Como as marcas devem aproveitar as redes sociais para se conectar com o consumidor

A transformação digital no varejo e no consumo foi tema de uma das mesas da 10ª edição do Fórum Lide do Varejo e Marketing.

Os brasileiros ficam, em média, 3h42 por dia conectados nas redes sociais, segundo um estudo divulgado pela plataforma Cupom Válido, que reuniu dados da Hootsuite e WeAreSocial. Mais do que nunca, as redes sociais se tornaram um importante canal de conexão entre as marcas e os consumidores.

Com 1 bilhão de usuários ativos no mundo, o TikTok é cada vez mais usado pelas marcas para a comunicação com o cliente. Em junho de 2021, a BMW escolheu a plataforma para o lançamento do superesportivo BMW M3 no País. A transmissão no canal da marca foi a primeira a utilizar a rede social para o lançamento de um carro.

Esse foi um dos exemplos apresentados por Gabriela Comazzetto, head de Global Business Solutions do TikTok no Brasil, durante a 10ª edição do Fórum Lide do Varejo e Marketing, que aconteceu até o último dia 20, no Sofitel Jequitimar Guarujá, litoral de São Paulo.

Gabriela destacou que o TikTok, além de um canal de entretenimento, se transformou em um espaço onde as marcas podem se conectar de forma única com novas audiências. “Qualquer marca pode ser descoberta na plataforma. Hoje 52% dos nossos usuários afirmam que o TikTok é um bom lugar para descobrir novos produtos.”

Outro exemplo citado por Gabriela é a hashtag BookTok, que tem viralizado e impulsionado a venda de livros. “Essa hashtag está viralizando e transformando em comportamento de consumo. Nas livrarias tem indicação do TikTok”, comenta.

Varejo e indústria

Para Sergio Valente, CMO global da JBS, as empresas devem aproveitar a maior exposição das pessoas nas redes sociais para conhecê-las e se aproximar.

“A lógica do varejo é essa: conversar com gente. As pessoas nunca estiveram tão perto e dispostas a conversar. E a conversa precisa ser de encantamento”, afirma.

Por outro lado, Valente reforça a importância das lojas físicas como um canal de experiência. “A loja traz experiência. Por que a Amazon montou uma loja? Para criar esse canal”, diz.

Na JBS, exemplifica, as lojas da Swift surgiram para criar uma conexão direta com o cliente. “O B2C é uma realidade e não incomoda o comércio. Pelo contrário, outra tendência é o store in store porque somos um fator de atração pelo mix que entregamos, um ponto de experiência através do produto”, afirma.

Os marketplaces são outro exemplo onde a indústria e o varejista se conectam e complementam. Com 160 mil sellers, o Magalu quadruplicou o tamanho de marketplace em dois anos, com faturamento de R$ 13 bilhões em 2021.

“No Magalu, grandes sellers do marketplace também são nossos fornecedores. Eles passam a ser fornecedores e parceiros. A indústria usa muito o varejo para fazer a entrega para o consumidor”, afirma Fabricio Garcia, vice-presidente de Operações do Magalu. “Para atender ao impacto causado pela transformação digital, o Magalu apostou na criação de um ecossistema para ampliar o número de categorias oferecidas e diversificar receitas”, destaca.

A 10ª edição do Fórum Lide do Varejo e Marketing é promovida pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais e reúne os principais líderes dos dois setores para debater as mudanças e tendências. A curadoria é de Marcos Gouvêa de Souza, fundador e diretor-geral da Gouvêa Ecosystem, publisher da Mercado&Consumo e presidente do Lide Comércio; e Marcos Quintela, CEO e sócio da VMLY&R Group no Brasil e presidente do Lide Comunicação.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/03/19/como-as-marcas-devem-aproveitar-as-redes-sociais-para-se-conectar-com-o-consumidor/

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Pacote de R$ 165 bilhões do governo pode ter impacto positivo para bancos e varejistas, dizem analistas

Bancos com maior exposição a crédito consignado e varejistas de itens básicos tendem a ser beneficiados,

O pacote do governo que pretende injetar até R$ 165 bilhões na economia brasileira antes das eleições promete ser positivo para bancos e varejistas, na avaliação de alguns analistas. Entre as medidas anunciadas no último dia 17, estão a antecipação de pagamento do 13º salário para aposentados e pensionistas da Previdência e a possibilidade de sacar até R$ 1 mil do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), até 15 de dezembro deste ano.

Para o UBS, os estímulos devem ajudar a diminuir o volume de empréstimos bancários não pagos (NPL, na sigla em inglês), melhorando a qualidade dos ativos das instituições financeiras. “Vemos essas medidas como positivas para a dinâmica da qualidade dos ativos dos bancos brasileiros no curto prazo, pois ajuda a postergar um esperado aumento na inadimplência”, escreveram os analistas Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Kaio Prato.

O programa do governo também contempla um aumento de margem do empréstimo consignado para beneficiários do INSS, que passa de 35% da renda para 40%. “Essa expansão do limite deve estimular o crescimento do crédito consignado, que representa 19% do total de crédito às famílias, atrás apenas do crédito imobiliário, que representa 30%”, ressalta o UBS. O novo limite também impacta beneficiários de programas sociais, como o Auxílio Brasil.

Diante dessa análise, o UBS reforça a recomendação de compra para ações de quatro bancos: Bradesco (BBDC4), com preço alvo de R$ 28 para a ação BBDC4 (potencial de valorização de 32,2%); Itaú Unibanco (ITUB4), com preço alvo de R$ 30 (potencial de valorização de 14,7%); Banco Inter (BIDI11), com preço alvo de R$ 46 (potencial de valorização de 152,2%); e Nubank (NUBR33), com preço alvo de R$ 13 (potencial de valorização de 68%).

O UBS também vê os estímulos do governo federal como “marginalmente positivos” para o varejo, levando em conta que as medidas podem aumentar a renda disponível dos brasileiros em 2022. Nesse caso, varejistas voltadas a categorias essenciais, como mantimentos, e orientadas à clientela de baixa renda, tendem a ser mais favorecidas. Os analistas Vinicius Strano, Rodrigo Alcantara e Igor Spricigo citam Assaí (ASAI3) e Carrefour Brasil (CRFB3) .

“A nosso ver, a aprovação do projeto não deve ter impacto relevante na originação sobre a folha de pagamentos, pois é voltado à população de baixa renda, que depende fortemente desses benefícios”, afirma análise do Bradesco BBI. O texto destaca os bancos com maior exposição ao crédito consignado: Banrisul, com 44,9% da carteira nessa modalidade de empréstimo; Banco Pan, com exposição de 44,5%; e Banco do Brasil, com 13,6% da carteira em crédito consignado.

Fonte : https://infocredi360.com.br/noticias/bancos-e-varejo-tambem-esperam-ganhar-com-pacote

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Guerra e petróleo caro criam nova pressão sobre varejistas

Depois de um 2021 carregado de volatilidade e incertezas, o varejo não terá vida fácil em 2022. O discurso do comando das grandes varejistas do país, em teleconferências de resultados nos últimos dias, mostra que o setor já vinha administrando pressões maiores em despesas, como aluguéis e mão de obra, além da escalada dos custos dos seus produtos nos últimos meses. E o avanço da guerra no leste europeu volta a aumentar o nível de preocupação dos executivos com os números no curto prazo.

Levantamento do Valor Data com base em dados de 18 varejistas de capital aberto mostra que as vendas avançaram menos que custos e despesas no fim de 2021, e o lucro líquido e a rentabilidade caíram. A receita líquida subiu 5,3% no quarto trimestre de 2021, em termos nominais, para R$ 97,3 bilhões, versus o ano anterior, sendo que o custo de venda das mercadorias subiu um pouco mais, 6%.

Quando isso acontece, o lucro bruto perde força e a margem bruta cai – essa taxa foi de 26,6% para 25,8% no varejo entre os quartos trimestres de 2020 e 2021.

As despesas operacionais cresceram 8,4%, em parte, efeito de uma base de comparação mais fraca – a pandemia fechou escritórios e reduziu aluguéis de lojas e depósitos em 2020, mas os gastos administrativos e com locação estão voltando a níveis de mercado.

Em resumo, isso quer dizer que, quando entraram em 2022, as companhias já vinham carregando estoques mais caros das compras das indústrias – reflexo da escalada de preços de insumos, especialmente em alimentos e eletrônicos em 2021 – e também um retorno das despesas em patamares mais altos. O cenário fica mais adverso com as vendas em ritmo mais lento, diante da inflação.

“Nós tínhamos uma previsão de início de ‘normalidade’ após 2022. E falo em normalidade entre aspas, considerando que trata-se de um ano eleitoral e de vendas ainda em recuperação. Mas agora já temos bem claro que a inflação não vai ceder, e até deve subir, e a conta de insumos e de combustível, que afeta a distribuição no varejo, tende a piorar”, disse Gustavo Oliveira, sócio da gestora Tower Three (T3) com ações de redes na carteira.

Para Breno de Paula, analista de varejo da Inter Research, esse cenário põe em banho-maria planos mais agressivos de aberturas de lojas no varejo de duráveis e em parte das redes de moda. “Não à toa que, nas teleconferências de resultados em fevereiro e março, quase não se falou em muito mais aberturas [em relação a 2021], porque isso pesa nas despesas operacionais, e afeta o Ebitda [lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação] numa hora que não é nada boa”.

Na avaliação de Iago Souza, analista da Genial Investimentos, a cabeça do varejo neste ano difere daquela de 2021. “O foco agora é monetizar as estruturas que as empresas já têm, especialmente o ‘marketplace’ [shopping virtual], que boa parte das redes já opera. O jogo é elevar taxas dos lojistas e cobrar mais serviços para tentar nova receita e diluir custos”, afirmou.

O setor alimentar é um dos que já está atravessando, nessa primeira metade de 2022, uma nova escalada na inflação de custos, após um fim de ano ruim para os supermercados e melhor no atacarejo. Somadas, as vendas de GPA, Carrefour, Mateus e Assaí subiram 5,7% de outubro a dezembro, para uma elevação de custos de mercadorias de 8% e despesas subindo 10%. Como resultado, o lucro recuou 14%.

Assaí e Mateus, com preços mais agressivos, foram melhores que o braço de varejo do Carrefour e o GPA, e para as cadeias de supermercados, “este não é trimestre com grandes melhorias de cenário”, resumiu Jorge Faiçal, presidente do GPA, no fim de fevereiro, pouco antes do início da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Para um diretor com 30 anos de atuação no atacarejo, com as commodities agrícolas subindo mais desde a invasão russa e o combustível mais caro, a indústria paga mais pelos insumos, e a alta no custo do comércio deve aparecer mais claramente nos próximos balanços. “A gente já lidava com uma inflação de 10% em alimentos nos 12 meses até dezembro, mas ainda era nessa faixa de dois dígitos baixos. Só que isso subiu mais de um ponto desde janeiro”, afirma ele.

Segundo a XP, insumos como o petróleo, borracha sintética, metais, grãos e algodão já subiram aproximadamente 60%, 20%, 10%, 40% e 5% desde o início do ano, respectivamente, o que deve pressionar ainda mais os custos das varejistas. “No entanto, a valorização do real frente ao dólar deve compensar parte desse efeito”, diz Danniela Eiger, analista da XP.

Hoje menos pressionado em sua cadeia de suprimentos do que o varejo de alimentos, as redes de eletrônicos estão tendo que administrar um início de ano com revisão de despesas. “Acho que para o setor, diferente de alimentos, a preocupação maior é com ‘opex’ [sigla em inglês para despesas operacionais] e queda no estoque comprado com o dólar alto”, diz.

Os números do quarto trimestre mostram que Americanas, Magazine e Via fecharam o período com receita somada só 1,4% acima de 2020, e a maior queda no lucro entre os segmentos, de 36%. A venda caiu, só que o custo de mercadorias (que inclui a conta de estoques) ficou estável. Para Oliveira, da T3, os resultados do varejo de duráveis já vinham declinando desde o terceiro trimestre, pelo efeito de juros altos e do dólar encarecendo os produtos, mas parte delas não se ajustou a tempo.

“Além dos estoques de 2021 que Via e Magalu devem ir reduzindo agora, as redes carregam hoje um ‘turnover’ de empregados menor, por causa da crise. A questão é que essa saída de funcionários antes ajudava a reduzir gastos com mão de obra naturalmente”, lembra.

Magazine, Via e Americanas destacaram melhora nas vendas já no primeiro trimestre. “Vendo o lado do copo cheio, o estoque que vai entrar nas redes, depois dessa redução do estoque antigo, será mais barato. Isso porque não vemos movimento de repasse da indústria hoje, o dólar até caiu e a guerra não está encarecendo componentes. Se a covid na China não piorar, esse cenário pode até melhorar a margem bruta”, diz um executivo de uma rede tradicional.

Outros fatores podem ajudar a equilibrar um pouco essa balança, como a nova injeção de recursos na economia, com medidas do governo, que podem atingir R$ 86 bilhões nos próximos meses, e a conta de energia que parou de subir.

Para o varejo de moda, o cenário foi de vendas crescendo mais rapidamente no fim de 2021 – em parte pela base fraca de comparação de 2020, com lojas fechadas na pandemia -, com receita subindo 17% e lucro avançando 5%. Apesar disso, como vendem bens não essenciais, têm menos espaço para repassar alta de custos aos preços.

Fonte : https://www.infomoney.com.br/mercados/mercado-livre-meli34-aparece-como-preferido-entre-consumidores-e-investidores-em-meio-a-ceticismo-quase-geral-com-e-commerce/

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Varejistas dão até 80% de desconto para impulsionar o Dia do Consumidor

Criada nos Estados Unidos, data tem ganhado relevância no calendário do varejo brasileiro.

Data bastante tradicional no mercado norte-americano, o Dia do Consumidor tem sido cada vez mais adotado pelo varejo brasileiro para conquistar clientes e trazer picos de vendas em um mês com menor sazonalidade.

Eduardo Yamashita, COO da Gouvêa Ecosystem, explica que, assim, como outros movimentos, como a Black Friday e o Cyber Monday, o Dia do Consumidor começou no comércio eletrônico aqui no Brasil. “Há alguns anos, essa data passou a ser adotada no Brasil com a visão de trazer novas oportunidades de negócio. Assim como foi na Black Friday, esse movimento começou no varejo digital, mas, cada vez mais, passou a ser adotado pelo varejo tradicional”, diz.

A Semana do Consumidor deve movimentar R$ 6,3 milhões no comércio eletrônico neste ano, 25% acima dos R$ 5,1 milhões em 2021, segundo estimativa da Voxus, startup que impulsiona e-commerces e negócios digitais.

Os itens mais procurados pelos consumidores, segundo levantamento da empresa, serão roupas e sapatos femininos, smartphones, jóias, produtos de saúde e beleza e eletrodomésticos, principalmente televisores e fogões.

Neste ano, as estimativas indicam que as vendas de roupas e calçados femininos continuarão em alta, já que são considerados produtos de ‘compra por impulso’. “O nosso levantamento aponta que a comercialização de roupas e calçados femininos terá um aumento de 25% a 40% em relação ao ano passado”, afirma o Co-CEO da Voxus, Rodrigo Martins.

“Já na área de tecnologia, a venda de smartphones deve crescer aproximadamente 25%, principalmente por causa dos novos lançamentos de marcas como Samsung e Apple”, diz Martins.

Comemorada nesta terça-feira, 15, a data está sendo usada por varejistas de diferentes setores que oferecem descontos de até 80% mais barato, além de benefícios como frete grátis e cashback.

Confira algumas campanhas: 

Americanas

A Americanas lançou a Semana do Consumidor com campanha estrelada por Rodrigo Faro. Até o dia 16 de março, a varejista oferece até 80% de desconto, até 50% de cashback, cupons exclusivos e frete grátis. Também serão feitas lives especiais para os clientes aproveitarem as melhores promoções, às 19h, no app Americanas, além do YouTube, Instagram, Facebook e TikTok da marca.

Ponto e Casas Bahia

As marcas pertencentes à Via desenvolveram campanhas promocionais que permanecem ativas até dia 21 de março. Com o mote “Preços mais baixos que na Black Friday”, a Semana do Consumidor na Casas Bahia vai até 21 de março com descontos de até 70% em todas as categorias.

Evino

A Evino preparou o Mês do Consumidor, com até 70% de desconto em mais de 400 rótulos e 20 lançamentos, além de quatro dias de frete grátis.  A cada compra realizada com o mesmo e-mail, em março, o consumidor ganhará 5% de cashback, que poderá ser utilizado a partir do dia seguinte até 30 de abril. Para participar é necessário fazer a inscrição no site.

Cobasi 

Até o dia 20 de março, a Cobasi dará até 50% de desconto para os clientes Amigo Cobasi. A promoção valerá para itens para pets, casa e jardim nas 150 lojas da marca, no site e no aplicativo. A funcionalidade Meu Desconto, do app da Cobasi, também estará com promoções especiais, que devem ser ativadas na plataforma para resgatar descontos nas lojas físicas ou nos canais online.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/03/14/varejistas-dao-ate-80-de-desconto-para-impulsionar-o-dia-do-consumidor/

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Efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia devem ser duradouros no Brasil

Para economista da FGV, empresas devem adotar inovações mais baratas e sustentáveis como alternativa.

O economista destaca que a lista de derivados do petróleo vai muito além da gasolina e do diesel – que acabam de sofrer forte reajuste -, uma vez que o agronegócio, por exemplo, usa fertilizantes derivados deste recurso fóssil. “Não será somente o agronegócio o segmento afetado pela crise, uma vez que a indústria automobilística usa também resinas combustíveis para a fabricação de consoles, forros de portas e para-choques”, afirma.

Por não serem regulados, à medida que as cotações dos derivados de petróleo batem recordes e se estabilizam em patamares muito acima, por conta dos embargos impostos à Rússia para os grandes mercados por conta da guerra, essa nova realidade tende a ser mais duradoura e não será somente um breve período de incerteza, com ruídos de curto prazo.

Braz explica que, aos poucos, estes repasses vão chegar aos preços, uma vez que a guerra causará um choque de oferta: pouca matéria prima ou mercadorias para atender ao mercado, além da desmobilização das cadeias produtivas.

Diesel é o principal vilão

Ao observar o índice de preços ao consumidor amplo (IPCA), pode-se pensar que o diesel tenha pouca influência nos preços porque as famílias não têm carro com esse tipo de motor mais pesado. No entanto, para a atividade produtiva, este combustível é muito mais importante do que a gasolina.

“Basta olhar a frota de transporte de carga e a influência dos caminhoneiros. E ainda os tratores e máquinas do agronegócio e o transporte público nos grandes centros urbanos. Tudo isso é diesel na veia. Assim, este combustível é o maior vilão, porque causa uma inflação que a gente não percebe mas está no nosso dia a dia. Se você vai comprar uma couve na feira, o preço dela estará influenciado pelo frete que a levou até a barraca”, afirma Braz.

Medidas que reduzem custos

Para reduzir o impacto, Braz alerta que o empresário deverá adotar técnicas de produção e inovações mais baratas e sustentáveis como alternativa. “Eu acho que a redução de custos está na cartilha do empresário moderno e consciente que vislumbra a oportunidade de aumentar sua produtividade, diminuindo gastos”, afirma.

Nesta lista estão medidas como comprar maquinário mais eficiente, adotar fontes de energia renováveis, treinar a mão de obra ou investir em tecnologias que evitem a depreciação de seus equipamentos e máquinas.

As indústrias e o agronegócio, por exemplo, convivem com o crônico problema de acúmulo de resíduos ou mesmo de incrustações. A remoção destes restos e o reparo em maquinário e tubos trazem não somente despesas com produtos de limpeza e consumo de eletricidade, mas também prejuízos, como a queda de produtividade e a depreciação de equipamentos.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/03/14/efeitos-da-guerra-entre-russia-e-ucrania-devem-ser-duradouros-no-brasil/

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Modernização de público e de lojas é nova aposta da Marisa

Meta é que a participação das vendas pelo marketplace salte de 14% para 25% até 2025.

Sofrendo desde 2016 com os efeitos de uma série de más escolhas – como uma expansão desordenada -, a rede tentou uma virada nas operações a partir de 2018. Mas três anos depois, quando parecia que estava deixando o pior para trás, veio a pandemia. Agora, em 2022, o presidente da companhia, Marcelo Pimentel, quer mostrar ao mercado que a empresa finalmente acertou o passo, embora investidores ainda estejam desconfiados.

Uma das medidas para demonstrar esse novo momento foi reformatar e reposicionar a marca. O logo, por exemplo, mudou: com destaque para o ‘M’. A rede contratou a cantora e atriz Lellê para interpretar o sucesso Chega Mais, de Rita Lee, slogan da nova fase, em campanha que começa a ser veiculada nesta semana.

“Fizemos diversas apostas para o crescimento multicanal, lançamos o nosso marketplace e o social selling (plataforma de venda direta), e essa campanha. Chegou o momento para voltarmos a falar com as mulheres e ficar mais próximos delas”, diz Pimentel.

Faixa etária

A escolha de Lellê, segundo a diretora de marketing da Marisa, Christianne Toledo, passou por muito estudos. Nascida em 1997, a artista vai completar 25 anos em 2022 e esse é o público que a companhia quer: mulheres entre 25 e 45 anos, principalmente das classes C e D.

“Juntamos a música da Rita Lee, que traz uma lembrança para as consumidoras mais velhas, e vimos que junto da Lellê atinge mulheres de todas as idades e classes”, diz Christianne.

Além de mirar em um público-alvo mais jovem, a companhia vai reformatar as lojas físicas e investir no modelo multicanal para recuperar o patamar de vendas pré-pandemia.

A Marisa está redesenhando boa parte de suas 344 lojas com foco em um formato mais moderno e funcionalidades para agilizar os atendimentos. Algumas lojas já funcionam com prateleira infinita (que conecta os clientes do ponto físico ao digital) e locais de pagamento móveis, para evitar a fila do caixa.

Marketplace

A empresa também quer acelerar os negócios digitais. O marketplace foi lançado em novembro e a meta é que a penetração do comércio eletrônico nas vendas salte dos atuais 14% para 25% em 2025. A Marisa também está testando um modelo de carteira digital para o seu braço financeiro, o Mbank. Além de empréstimos para as consumidoras, a ideia é incluir outros produtos em seu ecossistema, como um seguro para pets.

Para Alberto Serrentino, fundador da consultoria Varese Retail, a empresa está indo para um caminho certo após anos complicados, mas vai precisar correr atrás das concorrentes. “A Marisa sofreu mais na crise do que as outras”, diz.

Atualmente, a empresa vale cerca de R$ 1 bilhão e o próprio presidente admite que o valor é muito baixo. Diante da capitalização abaixo das concorrentes, especialistas e investidores têm questionado quando a companhia será vendida.

No ano passado, houve conversas com Americanas, que quer ampliar o seu leque de produtos próprios, mas o negócio, até agora, não evoluiu. “Agora, não temos nenhuma movimentação nesse sentido e estamos totalmente focados na recuperação da companhia”, diz Pimentel. “Estamos olhando para dentro e tirando toda e qualquer distração.”

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/03/08/modernizacao-de-publico-e-de-lojas-e-nova-aposta-da-marisa/

Efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia serão sentidos no varejo

Expectativa de crescimento anual comparada com 2021 é tímida; aumento do preço de produtos e dificuldade de acesso ao crédito vão prejudicar o consumo.

Os efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia vão começar a ser sentidos no comércio do Brasil. A alta do petróleo, o aumento do câmbio, o encarecimento de produtos básicos como milho e trigo e a elevação do custo do frete para o transporte dos produtos, por conta do aumento do preço dos combustíveis, trarão reflexo direto para o bolso do consumidor.

O Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), já prevê desaceleração das vendas no varejo. Só que, mesmo com esta situação, o crescimento anual do comércio está estimado em 1,6% comparado com 2021, ainda por conta do aumento da mobilidade urbana gerada pela vacinação em massa da população.

Como resultado do embargo do Ocidente aos russos, os consumidores também poderão notar, em pouco tempo, o aumento do preço de itens como peças de vestuário, calçados e cosméticos. É que estes necessitam de insumos provenientes do petróleo para produção. Mas não vai ficar por aí. Matérias-primas caras e preço alto para o transporte elevarão os custos de todas as mercadorias, mesmo as que não derivam desse insumo.

Além disso, inflação alta tende a uma elevação da taxa de juros. Esta também sofrerá aumento acima do esperado pelo mercado, provocando ainda mais dificuldade para o consumidor ter acesso ao crédito na compra de bens e produtos. A ACSP estima que a taxa de juros básica vá para além dos 12% neste ano. “A manutenção de um ciclo de alta da taxa Selic deverá desacelerar ainda mais a atividade econômica, mantendo a taxa de desemprego em patamares elevados”, analisou Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP.

“O cenário de crescimento está mantido, até este momento, por conta da provável superação da pandemia ao longo do ano, e sob a hipótese de que o conflito na Ucrânia tenha rápida solução”, disse Ruiz de Gamboa. “Se os conflitos se prolongarem, no entanto, podemos ter impactos ainda maiores e esta expectativa de hoje já vai precisar ser revista”, complementou.

Fonte : https://www.abcdoabc.com.br/abc/noticia/efeitos-guerra-entre-russia-ucrania-serao-sentidos-varejo-149502

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Metaverso: os efeitos potenciais no e-commerce

Nos últimos dois anos, o desempenho das plataformas de e-commerce foi a diferença entre sobrevivência, crescimento e ruína do varejo.

E, no futuro próximo, é provável que continue assim.

Nesse artigo, você irá descobrir o que é o metaverso e os efeitos potenciais nos negócios de comércio eletrônico.

Em termos simples, o metaverso é um mundo de realidade virtual/realidade aumentada que permitirá às pessoas fazer compras, jogar, sair com amigos e desfrutar de todos os tipos de entretenimento no conforto de suas próprias casas.

O metaverso permitirá que as marcas ofereçam aos compradores uma experiência digital altamente personalizada.

O comércio eletrônico no metaverso certamente acelerará nos próximos anos. À medida que a tecnologia e a adoção da tecnologia crescem, ela trará ainda mais novos recursos que mesclam compras offline com compras online.

Desde que a tecnologia de compra de bens pela internet foi introduzida pela primeira vez, houve uma divisão entre o mundo real e o mundo digital.

Os estágios iniciais do comércio eletrônico no metaverso já estão aqui.

A gigante do e-commerce Amazon incorporou a tecnologia metaverso em seu mercado.

Sua mais nova ferramenta de compras AR, Room Decorator, permite que você use seu telefone ou tablet para ver como serão os móveis e outras decorações da casa em seu espaço.

Você não precisa ir muito longe para encontrar exemplos de como o e-commerce abraçou as possibilidades do metaverso.

Embora os fones de ouvido VR ainda estejam muito distantes para os consumidores convencionais, existem inúmeras marcas que estão mergulhando nessa nova fronteira digital.

Objetivo deles? Criar experiências mais integradas e envolventes que eliminem o atrito da jornada de compras e aumentem a fidelidade do cliente.

O metaverso chegou, pelo menos na consciência pública.

Comércio no metaverso

Zuckerberg e Meta deixaram explicitamente claro que compras e comércio serão a chave para a revolução digital.

Imagine que você está tomando café com uma amiga.

Ela menciona uma bolsa que ela gosta e sugere que você pode gostar dela também.

Em um instante, uma seleção de bolsas aparece em sua visão periférica.

À medida que as imagens digitais passam, ela detalha o estilo, permitindo que seu assistente de IA ajuste sua seleção.

Você vê a bolsa que ela recomendou, mas não gosta de alguns detalhes. Seu assistente de IA os copia e abre seu personalizador.

O Facebook tem grandes planos para o futuro e claramente quer se posicionar como líder nesta nova era da internet.

No momento, sua oferta de metaverso inclui Oculus (fones de ouvido VR), Portal (dispositivo de videochamada) e Horizon Worlds (um ambiente de jogo VR de mundo aberto.

Mas ainda há um longo caminho a percorrer até que o Facebook tenha uma oferta coesa de metaverso.

As empresas normais de e-commerce continuarão operando de forma independente.

Eles provavelmente estarão localizados no metaverso como uma loja compatível com VR e 3D.

Um aspecto que será vital no ambiente de compras online do metaverso é a flexibilidade do software headless, já que as empresas precisarão projetar suas lojas para uma variedade de formatos e mídias.

O metaverso removerá muitas restrições físicas

Em suma, o metaverso removerá muitas das restrições físicas que vemos hoje no comércio e possibilitará negócios totalmente novos.

Fonte : https://abcomm.org/noticias/metaverso-os-efeitos-potenciais-no-e-commerce/

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De acordo com o Sebrae, mulheres lideram 10,1 milhões de empreendimentos no Brasil

Um estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aponta que o empreendedorismo feminino no Brasil apresentou sinais de recuperação no último trimestre do ano passado, depois de sofrer retração a partir dos primeiros meses da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

O estudo foi realizado com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc). Neste caso, mostrou que após recuar para um total de 8,6 milhões, no segundo trimestre de 2020, o número de mulheres à frente de um negócio no país fechou o quarto trimestre de 2021 em 10,1 milhões, mesmo resultado registrado no último trimestre de 2019, antes da pandemia.

Apesar dessa evolução, a participação das mulheres empreendedoras no universo de donos de negócio no Brasil (34%) ainda está abaixo da melhor marca histórica, registrada no 4º trimestre de 2019, quando elas representavam 34,8% do total.

Maioria das mulheres está no setor de serviços

O estudo do Sebrae indica ainda que a participação feminina entre os donos de negócios empregadores também continua abaixo do período pré-crise. No final de 2019, havia 1,3 milhão de donas de empresas que contratavam empregados, o que representava 13,6% do total das donas de negócio. Já no final do ano passado, esse número havia recuado para 1,1 milhão (11,4% do universo).

Os dados mostram que 50% das proprietárias de negócios de estão no setor de serviços, enquanto 21% estão no setor de construção. Em relação aos homens, 35% dos donos de negócios se concentram no setor de serviços, enquanto 21% estão no setor de construção.

Ainda segundo a pesquisa, aumentou a proporção de mulheres que são chefes de domicílio. Em 2019, elas eram 47% e no último trimestre de 2021 as empreendedoras chefes de domicílio representaram 49% do total.

Por outro lado, diminuiu a participação das mulheres negras à frente dos negócios. No último trimestre de 2019, antes da pandemia, elas eram 50,3% das donas de negócio. Porém, no último trimestre do ano passado, elas passaram a responder por 48,5%. Já as mulheres brancas passaram de 48,4% das donas de negócio para 49,9%.

Maior escolaridade

O Sebrae mostra ainda que a escolaridade das mulheres que estão empreendendo aumentou. Aliás, a diferença do número de mulheres com ao menos o nível médio aumentou em relação aos homens entre o último trimestre de 2019 e o mesmo período de 2021.

No quarto trimestre do ano passado, 68% das empreendedoras tinham pelo menos o ensino médio. Entre os homens, essa proporção era de 54%. A variação no período foi de 11 pontos percentuais entre as mulheres e 4 pontos entre os homens.

A pesquisa mostrou crescimento da participação feminina nos setores de informação/comunicação e educação/saúde. Entre o quarto trimestre de 2019 e o mesmo período do ano passado, a presença das empreendedoras cresceu 3 pontos percentuais e 4 pontos, respectivamente.

 

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/sebrae-mulheres-lideram-empreendimentos-no-brasil/

Varejo: Fusões e Aquisições permitem crescimento de mercado e novas capacidades

O estudo foi feito pela Bain & Company e indicou outras tendências relacionadas aos varejo.

As mudanças nos hábitos e comportamento do consumidor, causadas pelas restrições impostas pela pandemia, fizeram com que as empresas do varejo precisassem agregar as “entregas rápidas” em suas operações ou estratégias de aquisições (M&A). Essa tendência foi mostrada pelo estudo Global M&A Report 2022, divulgado pela Bain & Company.

O levantamento também destacou que esse comportamento é uma tendência global. Os consumidores estão cada vez mais pedindo entregas rápidas, assim como a exigências por serviços mais imediatos e com uma melhor experiência.

Entretanto, os autores do estudo detalharam a necessidade de as empresas terem maior capacidade para competir se adequando ao novo modelo de comércio, e apresentam estratégias de M&A e a expansão de parcerias como as maneiras mais rápidas para desenvolver as novas necessidades do mercado.

De acordo com a Bain, a ligação entre M&A e desempenho corporativo é relevante principalmente no varejo, pois os varejistas com histórico frequente de fusões e aquisições superam significativamente seus concorrentes com pouca ou nenhuma atividade.

Para as startups, as fusões e aquisições com grandes empresas do varejo são importantes para aceleração da aquisição de clientes, fornecimento de maior portfólio de produtos e escalabilidade. Já do ponto de vista dos varejistas, eles se beneficiam da maior capacidade de entrega, logística e rede de transporte que as empresas mais jovens podem oferecer.

Nesse novo modelo de negócios, o estudo evidenciou como as empresas de sucesso se concentrarão em três grandes áreas: oferecer oferta diferenciada, aplicar dados a seu favor e utilizar M&A para integrar novos recursos.

Por fim, o relatório apontou que é de grande interesse a empresa se posicionar à medida que o mercado evolui, pois no meio do varejo se destaca quem pode entregar tudo, para qualquer perfil de consumidor e a qualquer momento. Mesmo que ocorra uma consolidação do mercado, ainda há bastante espaço para o comercio crescer ao longo desse tempo, apresenta a pesquisa. Toda a pesquisa está disponível, em inglês, clicando aqui.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/03/07/varejo-fusoes-e-aquisicoes-permitem-crescimento-de-mercado-e-novas-capacidades/

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