Entre as tendências, a unificação de sistemas para as vendas on-line tem despertado o interesse de quem se prepara para o novo consumidor digital.
A situação pandêmica no Brasil fez com que muitas transformações acontecessem no comércio, que precisou se adaptar principalmente no meio digital. Para atender aos mais de 13 milhões de brasileiros que fizeram a primeira compra em 2020 (dados Ebit/Nielsen), as plataformas de e-commerce dispararam na popularidade entre os varejistas e puxaram o crescimento do varejo on-line brasileiro, que saltou 70% em 2020, de acordo com relatório da Mastercard SpendingPulse.
A corrida para se adaptar ao universo digital e sustentar as vendas em meio ao abre e fecha do comércio colocou no mercado soluções simplistas. “No começo da pandemia, vimos muitos varejistas adotando soluções emergenciais de e-commerce, com sites difíceis de mexer e gerir e que não permitiam, por exemplo, personalizar com a marca da empresa”, lembra Alessandro Gil, diretor-executivo da Linx Digital, unidade de negócio voltado ao varejo digital da Linx, especialista em tecnologia para o setor.
Porém, com a tendência de que o consumidor não deve abandonar o universo digital daqui para frente, o mercado começa a estudar soluções que preparem o negócio para o futuro que mistura a loja física e o e-commerce. “Para que o varejista possa aproveitar a mudança do comportamento do consumidor, é preciso adotar plataformas que se adaptem às necessidades de cada momento do negócio. Nós já temos sentido varejistas dos mais distintos portes buscando a Linx Commerce, nossa plataforma de e-commerce para implementar soluções digitais, como marketplaces e campanhas de marketing direcionadas, já conectadas às formas de pagamento e adaptadas ao omnichannel, com a integração com os estoques das unidades físicas, por exemplo”, explica.
Entre os principais pontos de atenção para o e-commerce do futuro, a omnicanalidade desponta como um dos principais atributos, pois os consumidores buscam uma convergência entre o físico e o virtual. Na prática, isso significa que o consumidor quer escolher a melhor forma para a sua jornada de compra. “A omnicanalidade integra as operações do físico e do on-line, inclusive os estoques. É essa funcionalidade que permite, por exemplo, que um cliente compre on-line e retire na loja; ou, uma opção que cresceu muito na pandemia, compre on-line e receba ‘express’ em poucas horas, com o produto saindo da loja mais próxima ao invés de partir do centro de distribuição”, detalha o executivo da Linx.
Dentro do universo digital, também é importante buscar por plataformas que ajudem a posicionar o negócio. “Sabemos que os consumidores são bombardeados por anúncios o tempo todo. Plataformas que trabalham com um ecossistema integrado ajudam a construir campanhas certeiras para cada cliente”, aponta Gil. Além da estratégia de marketing, a parceria com marketplaces pode ser uma ferramenta importante para impulsionar as vendas, alcançando um número de clientes muito maior do que apenas com o e-commerce próprio. Em 2020, a modalidade cresceu 52% em vendas de acordo com Ebit/Nielsen, superando 148 milhões de pedidos e mais de R$ 73 bilhões em geração de receita.
Hora de trocar de plataforma
Para o varejista que começou a vender on-line em 2020, com a urgência de se adaptar rapidamente e está na dúvida se sua plataforma está preparada para o futuro, Alessandro Gil aponta cinco indicadores de que é o momento de repensar a estratégia de e-commerce:
(1) site com baixa performance, com tempo de carregamento ruim ou baixa estabilidade;
(2) falta de controle para identidade da marca na loja on-line;
(3) poucas opções para compor estratégia digital;
(4) plataforma parada no tempo em relação à omnicanalidade;
(5) complexidade para integrar meios de pagamento e frete;
(6) dificuldade em plugar sistemas de outros fornecedores.
“Alguns problemas são fáceis de detectar e pedem até certa urgência na resolução para que o varejista não perca vendas – caso da baixa estabilidade, que pode fazer o cliente desistir de concluir a compra. Outros fatores são mais para o longo prazo, mas que terão impacto importante nas vendas conforme o novo consumidor fica mais exigente com sua jornada de compra”, finaliza Gil.
Fonte : https://www.segs.com.br/seguros/301721-e-commerce-apos-solucoes-emergenciais-varejistas-buscam-plataformas-completas