FedEx vai reduzir quadro de executivos para adequar suas operações, afirma diretor-presidente

“É minha responsabilidade olhar de maneira crítica os negócios e determinar onde alinhar melhor o tamanho de nossas operações às demandas dos consumidores”, diz Raj Subramaniam.

A FedEx anunciou que vai demitir mais de 10% dos funcionários em cargos de direção e executivo em meio ao programa de corte de custos para adequar suas operações nas tendências de demanda.

“É minha responsabilidade olhar de maneira crítica os negócios e determinar onde alinhar melhor o tamanho de nossas operações às demandas dos consumidores”, diz Raj Subramaniam, diretor-presidente da FedEx, em nota enviada aos funcionários.

Em setembro, a companhia de logística havia anunciado interrupção nas contratações, o fechamento de 90 lojas e a parada de alguns aviões de carga. Entretanto, ainda não haviam demitido funcionários.

A FedEx não comentou o assunto e não informou quantos funcionários serão demitidos no processo. No fim do ano passado, a empresa disse que havia identificado mais de US$ 1 bilhão em iniciativas de redução de custos.

“Esse processo é crítico para garantir que permaneçamos competitivos em um ambiente em rápida mudança e requer algumas decisões difíceis”, disse o CEO, por meio do comunicado.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/02/01/fedex-vai-reduzir-quadro-de-executivos-em-busca-de-agilidade-e-eficiencia-afirma-ceo.ghtml

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Operadores Logísticos planejam alternativas para superar dificuldades em 2023

Flexibilizar contratos, revisar as cadeias de suprimentos, fazer uso mais intensivo de dados, executar o compartilhamento de capacidade e, também, fomentar a multimodalidade. Essas são algumas das alternativas propostas pelos Operadores Logísticos (OLs), diante da previsão de que o aumento do combustível ainda será uma realidade no primeiro trimestre de 2023. A perspectiva foi apontada por um estudo realizado pelo Instituto de Logística ILOS. Em 2022, a variação constante no preço do diesel foi um dos principais desafios enfrentados pelas empresas filiadas à Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (ABOL).

Diante do que estar por vir, aliado à transição do governo e à conjuntura internacional, os OLs destacam a importância de trabalharem a questão da resiliência e da flexibilidade para se adaptarem com agilidade aos próximos movimentos do mercado. Além disso, eles trazem aprendizados obtidos no ano passado, que prometem contribuir para superar os obstáculos e garantir o crescimento do setor. O foco em políticas e soluções ESG estão na lista dos ensinamentos a serem aplicados ao longo de 2023. Segundo os OLs, é um caminho sem volta, de forma que as empresas que não se adaptarem estarão fora do mercado, já que haverá um número crescente de clientes dispostos a pagar por um Operador mais verde.

Mas, não para por aí. Os Operadores Logísticos também sabem que é fundamental priorizar os colaboradores e clientes, investir em tecnologias estratégicas para alavancar o negócio – como o data analytics –, ter persistência, fortalecer o networking e o alinhamento com o time, e, ainda, melhorar os controles e a gestão interna. Outra comprovação foi de que o segmento alimentício apresenta maior estabilidade em momentos de crise, pois ao atender uma necessidade, é sempre priorizado. Entre 2020 e 2021, quando a pandemia ainda estava no auge, por exemplo, o faturamento das empresas do ramo alimentício cresceu 16,9%. Elas fecharam o ano de 2021 com um ganho de R$ 922,6 bilhões, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA).

O posicionamento das empresas deixa claro que o objetivo é dar continuidade a projetos que foram destaque em 2022, quando muitas direcionaram investimentos para pessoas e segurança, como o Grupo Toniato, que aplicou recursos em sensores de fadiga e câmeras frontais nos equipamentos de transporte, beneficiando os motoristas de caminhões. Isso sem contar os softwares de rastreabilidade e comportamento no transporte. Novos mercados e serviços, armazenagem, ecommerce, inovação e digitalização também foram o foco dos OLs.

“Nossa grande aposta em 2022 foi no mercado de algodão de Mato Grosso, estado que responde hoje por quase 70% da produção brasileira. Fechamos 2022 com cerca de 30% de share neste mercado. Outro investimento bastante importante para nós tem sido na pauta ESG. Investimos em programas que incentivam o respeito à diversidade, aderimos ao Pacto Global da ONU e lançamos o primeiro Relatório Anual de Sustentabilidade da Brado”, destacou o CEO da Brado, Marcelo Saraiva. Na DHL, a expansão da frota elétrica conduzida por motoristas femininas e o teste de uma solução inovadora de picking (separação de pedidos) com a utilização de uma prateleira autônoma inteligente foram considerados os projetos mais relevantes de 2022.

Ao observar o planejamento estratégico adotado pelos OLs ao longo dos últimos anos e a sinalização de incremento, a diretora-executiva da ABOL, Marcella Cunha, prevê um bom momento para 2023, acompanhando recentes recordes de movimentação dos operadores. “Esperamos que o cenário econômico melhore nos próximos meses, com uma proposta de reforma tributária sendo discutida no Congresso Nacional e uma maior valorização real do salário mínimo, trazendo mais qualidade de vida e aumento do poder de compra dos brasileiros. Do nosso lado, vamos trabalhar para movimentar mais e melhor, com contratação e formação de mão de obra contínua e respeito às políticas ESG que os elos da cadeia exigem. A ABOL também se tornou signatária do Pacto Global para melhor auxiliar seus associados nessa jornada.”

Fonte : https://mundologistica.com.br/noticias/operadores-logisticos-planejam-alternativas-para-superar-dificuldades-em-2023

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Operadores logísticos: ABOL apresenta demandas para novo Ministro dos Transportes

As principais demandas dos Operadores Logísticos (OLs), assim como o perfil da atividade no Brasil, foram apresentadas pela Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (ABOL) ao novo ministro dos Transportes, Renan Filho, em reunião realizada esta semana, em Brasília (DF). O encontro também contou com a presença do deputado federal Carlos Chiodini (MDB-SC).

Entre os assuntos estão a volatilidade do preço do combustível, créditos tributários na aquisição do óleo diesel, desoneração da folha de pagamentos, reforma tributária e regulamentação do mercado de carbono e ESG. Também estiveram em pauta a implementação do Documento Eletrônico de Transporte (DT-e) e a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas.

Conforme a ABOL, o aumento constante do diesel tem sido, há pelo menos dois anos, um dos principais responsáveis pela elevação dos custos dos OLs. O cenário impacta diretamente na margem de lucro dessas companhias, já que as despesas operacionais representam 74% do montante acumulado. E com a previsão de que o preço do combustível continuará oscilando, a ABOL segue com o tema no radar, buscando minimizar os impactos às empresas filiadas. Quanto ao tabelamento do frete mínimo, estabelecido em 2018, a entidade defende que o mesmo deve ter caráter referencial e não obrigatório, uma vez que fere o princípio constitucional da livre concorrência.

Durante o encontro com o ministro, a diretora-executiva da Associação, Marcella Cunha, mostrou a representatividade dos OLs para a economia brasileira, conforme consta no estudo mais recente desenvolvido pela ABOL em parceria com o Instituto de Logística ILOs. Ela destacou os 2 milhões de empregos gerados em 2021, a arrecadação de R$ 44 bilhões em tributos e o transporte de 391 milhões de toneladas de cargas, entre outros.

“Além disso, falamos também sobre a importância da aprovação do PL 3.757/2020, que regulamenta o segmento, aproveitando a presença do Dep. Chiodini, relator do projeto na Câmara dos Deputados Federais. O projeto pretende desburocratizar as operações, diminuir ingerência de órgãos anuentes e fiscalizadores, reduzindo autuações indevidas e fomentando o mercado no país. Fomos muito bem recebidos e tenho certeza de que caminharemos juntos”, disse Marcella, que estava acompanhada do presidente do Conselho Deliberativo da ABOL, Djalma Vilela.

Fonte : https://mundologistica.com.br/noticias/operadores-logisticos-abol-apresenta-demandas-para-novo-ministro-dos-transportes

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Setor de condomínios logísticos alcança 22 milhões de m² e bate recorde no país

Segundo SiiLA, empresa de análise dados, tendência é de continuidade da ampliação para áreas além da região Sudeste.

O mercado de condomínios logísticos – espaços usados para armazenamento e distribuição de mercadorias – no Brasil somou 812 mil metros quadrados de áreas entregues no terceiro trimestre deste ano e chegou a 22,4 milhões de m² totais no país, o maior patamar da série histórica. Os dados são da plataforma Market Analytics da SiiLA, multinacional de análise de dados do mercado imobiliário comercial na América Latina.

Entre julho e setembro, foram 11 novos empreendimentos e sete expansões. O CEO da SiiLA, Giancarlo Nicastro, afirma que foi a terceira maior entrega de novo estoque já registrada desde o início do monitoramento do mercado pela empresa. Outros 4 milhões de m² devem ser finalizados até o fim de 2023, 80% deles na região Sudeste.

A ampliação dos imóveis logísticos também foi acompanhada pelo aumento da taxa de vacância, que passou de 8,89%, no segundo trimestre, para 10,25% no terceiro. Das áreas novas, por exemplo, 70% foram entregues vazias, ou seja, sem inquilinos.

Giancarlo Nicastro, no entanto, afirma que a taxa de vacância ainda está dentro do equilíbrio.

“O que a gente vê hoje de entregas são projetos que foram aprovados há três ou quatro anos, que estavam esperando um mínimo aquecimento do mercado. É importante lembrar que o setor tem um ciclo longo. E apesar de serem entregues vazios, existe ainda uma necessidade de expansão de atividades e até mudança de tipo de empreendimentos, como no setor de varejo, transporte e logística, e-commerce”, colocou à CNN Brasil.

Segundo o CEO da SiiLA, desde 2010, o mercado brasileiro passou a receber condomínios logísticos de alto padrão, que atenderam uma demanda reprimida. Com a pandemia e a aceleração das compras online, houve uma procura intensa por essas áreas.

Hoje, segundo ele, o Sudeste concentra cerca de 76% dos condomínios logísticos, com aproximadamente 18 milhões de m². Mas há necessidade e tendência de novos mercados, como a região Sul, onde a taxa de vacância é de pouco mais de 7%, Pernambuco, com quase 4%, e Ceará, com índice de imóveis vazios próximo a 0%.

“As empresas começaram a expansão pela região Sudeste, que é o polo financeiro do país, mas a necessidade de expansão para outras regiões é latente. A grande competição é para quem entrega mais rápido e no menor custo. Para isso, precisa ter uma boa localização”, afirmou.

O balanço do terceiro trimestre mostra também um avanço de 6,2% no preço do m² nas áreas de logística, com um aumento de R$ 21,84/m² para R$ 23,08/m². De acordo com Nicastro, o valor é um desafio atual, diante do aumento dos custos de operação e terrenos.

Já entre as absorções do período, as maiores foram observadas por uma rede de petshop online, com 78 mil m² em Minas Gerais; por uma companhia do setor petroquímico, com 45 mil m² na região do Grande ABC; e ainda por uma empresa de transportes e logística, com 41 mil m², no interior paulista.

Fonte : https://www.cnnbrasil.com.br/business/setor-de-condominios-logisticos-alcanca-22-milhoes-de-m%C2%B2-e-bate-recorde-no-pais/

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Operadores Logísticos: aprovado pela Câmara dos Deputados PL que regulamenta atividade

A Comissão de Viação e Transportes (CVT) da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3757/2020, que regulamenta a atividade dos Operadores Logísticos (OLs) no Brasil. A aprovação ocorreu na sessão do último dia 09.

O texto foi proposto pela Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (ABOL) em 2020 com o objetivo de trazer maior segurança jurídica ao setor, reduzindo a burocracia e, consequentemente, melhorando o dia a dia operacional dessas empresas e atraindo novos investimentos. Atualmente, a figura do OL, que oferece serviços integrados de transporte, armazenagem e gestão de estoques de mercadorias, não está prevista em nenhuma norma legal ou administrativa.

Ao longo dos últimos dois anos, o PL foi construído e aprimorado a várias mãos, com o apoio dos deputados federais Hugo Leal (PSDB/RJ) e Carlos Chiodini (MDB/SC), autor e relator do projeto, respectivamente. Também contou com a colaboração do presidente da CVT, deputado Hildo Rocha (MDB/MA). Além disso, a ABOL fez um trabalho de esclarecimento contínuo sobre a importância do texto junto aos parlamentares interessados em entender melhor a função e as áreas de atuação dos OLs.

De acordo com a associação, o PL seguirá sendo prioridade para a ABOL em 2023. O próximo passo é garantir que ele seja aprovado pela demais comissões da Câmara e também do Senado Federal.

De acordo com o deputado Hugo Leal, todo o trabalho realizado até agora busca trazer mais conforto jurídico e operacional às empresas que movem o País pela logística. “Sem elas, não há escoamento do agro; não há alimentos, bebidas, remédios, cosméticos, eletroeletrônicos nas prateleiras do comércio e não há crescimento sustentável do e-commerce. Temos vários gargalos logísticos e este PL propõe resolver alguns que impactarão positiva e diretamente os negócios dos embarcadores e as vidas dos consumidores brasileiros. Com isso, esperamos que ele seja aprovado e se torne lei já em 2023”, afirmou o autor do projeto.

No mesmo sentido, o deputado Chiodini reiterou que é o Operador Logístico quem recebe a carga e entrega na sua casa, quem fraciona e faz toda a logística de armazenagem. “Mas, é um setor que, infelizmente, mesmo com toda essa representação, não tem uma CNAE exclusiva e por isso é reconhecido como transportador e armazenador. Estamos simplificando, unindo essas pautas em respeito aos Operadores Logísticos, algo que é muito importante e representativo no estado de Santa Catarina com a força dos nossos Portos, a integração multimodal logística dos aeroportos e estradas e tudo mais, faz com que nosso estado seja um polo”, destacou.

Segundo a diretora executiva da ABOL, Marcella Cunha, o OL – ou “3PL”, como é conhecido internacionalmente – tem um papel fundamental e imprescindível na cadeia produtiva e de abastecimento do país e exerce atividades que muitas vezes são invisíveis aos olhos do consumidor e da sociedade civil em geral.

“A pandemia mostrou ainda mais a relevância dos Operadores, que foram responsáveis pelo transporte das doses de vacina contra a Covid-19. Eles seguiram atuantes durante todo o período, garantindo o abastecimento do País. Isso sem contar o seu papel diante do aumento das vendas online. O PL nada mais é do que o reconhecimento de uma atividade imprescindível. É um projeto que todo setor almeja, de modo que possamos prover maior segurança para os planos de expansão dos OLs aqui no Brasil.” – Marcella Cunha, diretora executiva da ABOL.

Fonte : https://mundologistica.com.br/noticias/operadores-logisticos-aprovado-pela-camara-dos-deputados-a-pl-que-regulamenta-atividade

Extrema, cidade no interior de Minas Gerais, vive “boom”, vira berço do e-commerce e enfrenta déficit habitacional

Polo de centros de distribuição, a cidade mineira a 100 km da capital paulista sente dores do crescimento, que segue acelerado.
Um em cada quatro produtos vendidos no e-commerce brasileiro sai de um centro de distribuição da cidade de Extrema, em Minas Gerais. Nos últimos anos, o município se transformou em expoente para o setor logístico e atraiu centenas de empresas. Por trás desse poder de atração está a combinação de posição geográfica – a meros 100 km da capital paulista, principal polo econômico do País – com tributo estadual mais favorável: a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) é pelo menos 50% inferior à de São Paulo para vendas interestaduais.

No período de pandemia, o e-commerce no Brasil deu salto, o que fez as empresas investirem nos seus centros de distribuição em Extrema. Diante desse cenário, a cidade viu sua população crescer, o que hoje já se reflete em uma crise imobiliária, dado o aumento na procura por casas, apartamentos e até de vagas em hotéis para os trabalhadores que querem se instalar no município.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o município tinha, em 2021, 37 mil habitantes. Contudo, um levantamento feito pela prefeitura de Extrema mapeou aproximadamente 53 mil moradores na cidade, o que representa um crescimento populacional de 43% em dois anos. As informações foram compiladas pela Secretaria Municipal de Saúde para entender a quantidade de vacinas de covid-19 que seriam aplicadas.
Além de o número de moradores ter crescido exponencialmente, a cidade ainda recebe diariamente cerca de 10 mil trabalhadores flutuantes, ou seja, pessoas que trabalham em centros de distribuição locais, mas vivem nos municípios próximos. “As empresas têm um esquema de ônibus fretados que levam para as cidades vizinhas, como Itapeva, Pouso Alegre e Bragança Paulista. Há pessoas que vêm todos os dias de São Paulo para cá”, relata a gerente de desenvolvimento econômico de Extrema, Mônica Vieira.

Extrema, no interior de Minas Gerais, se transformou em expoente para o setor logístico e atraiu centenas de empresas Foto: Daniel Teixeira/Estadão
Hoje, o município mineiro tem 6 mil CNPJs cadastrados, dos quais 300 são do setor industrial. “No começo, nós batíamos na porta da empresas, convidando-as a se instalar em Extrema. Agora, são elas que nos procuram para montar negócios aqui”, relembra.

Procura-se
Com a vinda de empresas e de novos moradores, encontrar um lugar para residir em Extrema virou uma tarefa difícil. Dono de imobiliária, Ricardo Di Lorenzo conta que a demanda por imóveis vem crescendo. Ele relata que já é quase impossível encontrar opções para locação e venda nas áreas mais cobiçadas da cidade. “Falta casa na cidade para oferecer para os clientes”, diz.

Para tentar suprir a demanda, Extrema vem dialogando com empresas da construção civil com o objetivo de atrair empreendimentos imobiliários. Em 2021, as empresas HM Engenharia e a BRZ empreendimentos anunciaram um investimento de R$ 400 milhões para a construção de 1,3 mil unidades residenciais. Além disso, o município já aprovou a construção de outros 3 mil lotes residenciais. Segundo empresários locais ouvidos pela reportagem, o déficit de moradias varia entre 15 mil e 20 mil unidades.

O crescimento da procura por galpões para centros de distribuição, movimento que se intensificou no início da pandemia, parece não estar perto de acabar. Conforme apurou o Estadão, a próxima gigante que deve abrir um centro de distribuição na cidade é a marca de produtos esportivos italiana Fila. Por enquanto, apesar de ter batido o martelo, a empresa ainda não tem data para a inauguração da operação local.

Quem passa pela cidade vê, além do cenário mineiro de montanhas, diversas obras em andamento de futuros barracões industriais. O presidente da Fulwood Condomínios Logísticos, Gilson Schilis, explica que o modelo mais procurado pelas companhias são os chamados de “big boxes” – terrenos com mais de 50 mil metros quadrados. “Estamos finalizando uma obra de 100 mil metros ainda em 2022. Para o ano que vem, já temos outra de 210 mil metros quadrados, que abrigará a operação de uma empresa multinacional.”

Todos esses investimentos se refletem positivamente no mercado de trabalho. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que, no último ano, foram criados mais de 4,5 mil postos de trabalho em Extrema, o melhor desempenho no Estado. Com a maior parte dessas oportunidades no setor logístico, as companhias que já estão instaladas no município precisam se esforçar para reter os funcionários que vêm sendo assediados pelos concorrentes.

Esse é o caso da gerente de prevenção e perdas do Mercado Livre, Ariana Ribeiro. Depois de trabalhar 12 anos em uma loja online nacional de artigos esportivos, a funcionária recebeu a oferta da gigante argentina de e-commerce. “Com esse mercado aquecendo na pandemia, as empresas precisaram melhorar os salários e os benefícios para competir com os concorrentes. Por isso eu decidi mudar de emprego.”

Desafios à frente
Para Ricardo Taborda, o sócio da 7D – empresa especializada em soluções para logística -, a baixa disponibilidade de imóveis e de terrenos para construção de galpões pode afetar a decisão das companhias de escolher o município mineiro como seu novo endereço logístico. “Extrema é o melhor lugar que temos hoje, mas qualquer coisa que mude em relação a esses dois pontos pode tirar a atração da cidade aos olhos dos investidores”, afirma.

Um em cada quatro produtos vendidos no e-commerce brasileiro sai de um centro de distribuição da cidade.

Na visão de Taborda, a cidade vive um momento decisivo na sua consolidação como um polo nacional de centros de distribuição – e precisará oferecer mão de obra e também estrutura para quem chega ao município. “É uma janela de oportunidade que Extrema tem. Quando a reforma tributária ocorrer, talvez eles não sejam tão atraentes do ponto de vista fiscal, então é o momento de investir para a cidade crescer e se tornar desejada mesmo depois do fim dos incentivos”, avalia.

Uma das preocupações da administração municipal na estratégia de atrair empresas é formar trabalhadores qualificados para o trabalho dentro dos centros de distribuição. Atualmente, a prefeitura de Extrema tem parceria com o Sistema S de ensino, que fica responsável pela qualificação técnica dos futuros funcionários. Além disso, também há programas voltados o aperfeiçoamento de motoristas de caminhão. Com auxílio do Sebrae, Senai e Sicredi, o executivo local organizou a criação de uma cooperativa de transporte, a Cooper Extrema, que conta com 23 caminhoneiros treinados ofertar seus serviços às grandes empresas e realizar o escoamento da produção feita em Extrema.

Fonte : https://www.terra.com.br/economia/extrema-vive-boom-vira-berco-do-e-commerce-e-enfrenta-deficit-habitacional,49769f456b8d83b3ece1b8c125a66204y0v7ir7u.html

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2% do PIB: setor de operadores logísticos teve receita bruta de R$ 166 bilhões em 2021

Dados são referentes à 5ª edição do “Perfil do Operador Logístico no Brasil”, publicado na Biblioteca do RadarIC, em Pesquisas Externas (link ao final da matéria) e realizado pela ABOL em parceria com o ILOS; 82% dos OLs entrevistados tiveram alta de receita bruta no período.

O setor de operadores logísticos registrou receita bruta de R$ 166 bilhões em 2021, representando aproximadamente 2% do PIB brasileiro no período e ocupando a 4ª colocação no índice de faturamento dos setores de serviço no país. Os insights foram divulgados pela Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL) na 5ª edição do “Perfil do Operador Logístico no Brasil”, estudo que neste ano foi realizado, pela primeira vez, em parceria com o Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS).

Ao todo, a pesquisa teve a participação de 117 empresas – dessas, 31 são associadas da ABOL. Entre as companhias entrevistadas, 82% ressaltaram o aumento de receita bruta no período, enquanto 13% mantiveram a receita e 4% registraram queda. Outros destaques do estudo foram o aumento de aumento da capilaridade regional, o índice de custos nas operações e o investimento dos OLs em tecnologia, especialmente atrelado a startups e logtechs.

Segundo o presidente do Conselho Deliberativo da ABOL, Djalma Vilela, o setor de operadores logísticos teve grande importância nos últimos anos por conta da pandemia de Covid-19. No período, transporte e armazenagem tiveram alta para atender à demanda por vacinas e suprimentos de maneira geral.

No entanto, apesar do crescimento em receita bruta, a 5ª edição do “Perfil do Operador Logístico no Brasil” ressaltou que a margem de lucro não acompanhou a alta de receita de forma proporcional. “Nem todos conseguiram repassar os aumentos de custos para os preços oferecidos aos clientes finais”, explica Maria Fernanda Hijjar, sócia-executiva do ILOS. “O preço não acompanhou esse aumento, o que influencia diretamente na taxa de lucro.”

Nas empresas em que a margem de lucro diminuiu, observou-se que o preço do serviço cresceu menos do que o aumento de custos. Já entre os OLs que registraram alta de lucro, a pesquisa apontou que a estratégia de oferecer mais serviços foi usada como forma de distribuir o aumento de custos sem prejudicar a margem de lucro.

“O nosso setor vem batendo recordes de carga transportada e movimentada. Aumentamos substancialmente a receita bruta, mas não conseguimos fazer esse mesmo aumento de resultado. Há uma dificuldade de repassar os aumentos de insumos nos últimos dois, três anos.” – Djalma Vilela, presidente do Conselho Deliberativo da ABOL.

E-COMMERCE E SETORES DE DESTAQUE

De acordo com a pesquisa realizada pela ABOL em parceria com o ILOS, 65% dos OLs têm clientes no setor de cosméticos e personal care, uma alta de 12% em relação a 2020. Segmentos como alimentos processados, eletroeletrônicos, bebidas e o setor automotivo/autopeças também aparecem na cartela de clientes de, respectivamente, 61%, 60%, 57% e 57% empresas respondentes.

Apesar de menos da metade dos respondentes terem clientes no e-commerce, o comércio eletrônico foi o setor em que os OLs mais firmaram novos negócios: de 26% em 2020 para 42% em 2021. A alta acompanhou o crescimento notável do e-commerce no Brasil, que aumentou de R$ 144 bilhões para R$ 183 bilhões em vendas – um salto de 27% –, segundo levantamento da Ebit/Nielsen.

CAPILARIDADE: DESTAQUE PARA O CENTRO-OESTE

Apesar de o Sul e o Sudeste ainda concentrarem grande parte das operações, o que a pesquisa apontou foi o aumento da atuação dos OLs na região Centro-Oeste. Entre 2020 e 2022, a presença dos operadores logísticos na região aumentou 25% – de 37% para 62%. Apesar disso, as regiões Sul e o Sudeste também tiveram alta em termos de presença: 12% e 2%, respectivamente.

Entre as empresas respondentes da pesquisa, 37% atuam nas cinco regiões do país. Já 51% dos OLs participantes têm operações no exterior.

INVESTIMENTO EM TECNOLOGIA

No caso do investimento em tecnologia, houve um aumento de 86% em relação à 2020. Segundo Beatris Huber, sócia-gerente do ILOS, há uma grande intenção por parte dos OLs de apostar em tecnologias disruptivas. “Nenhum dos respondentes da pesquisa manifestou interesse em diminuir o investimento em qualquer tecnologia, o que mostra que as empresas estão cientes dos benefícios que as tecnologias podem trazer.”

Entre as tecnologias mais utilizadas pelos OLs estão TMS e WMS, com 93% cada, computação em nuvem (72%) e torre de controle (55%). Porém, quando se fala em recursos que ainda são poucos difundidos, o percentual diminui: o uso de drones, realidade aumentada e virtual, veículos autônomos e blockchain já são utilizados por 14%, 12%, 9% e 9% dos operadores logísticos entrevistados, respectivamente.

A diretora executiva da ABOL, Marcella Cunha, ressalta que não existe nenhuma tecnologia disruptiva que seja unanimidade entre os OLs. “Algumas empresas já usam drones para entregas e meio de transporte, e também dentro de um armazém para controle e gestão de estoque. Eles estão investindo em inovação e tecnologia para isso, mas essa ainda não é uma realidade para as empresas menores e médias. Isso também vale para a realidade expandida/aumentada, que também não é um recurso tão estabelecido.”

Apesar disso, a 5ª edição do “Perfil do Operador Logístico no Brasil” aponta uma projeção positiva para o futuro da tecnologia dentro dos OLs. De acordo com os dados levantados, 38% dos respondentes preveem aumento do investimento em drones, por exemplo, até 2024, enquanto 62% planejam manter o valor gasto nesse tipo de tecnologia.

A integração com o cliente foi outra estratégia que se destacou dentro dos OLs: 88% dos entrevistados afirmaram ter tecnologias específicas para isso. Isso se reflete nas ações dedicadas à integração de forma geral, que tiveram alta em 90% dos operadores respondentes da pesquisa.

“A integração com cliente e a digitalização estão quase juntas”, ressalta Marcella Cunha. “Isso acontece porque não há como falar em integração sem pensar em um app ou um serviço personalizado, por exemplo.”
CUSTOS E A ALTA DO DIESEL

A alta acelerada e desproporcional do preço do diesel, que disparou 41,48% entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022, também apareceu na pesquisa. Sem surpresas, 77% dos operadores logísticos entrevistados apontaram que o custo com combustível foi o grande responsável pelo aumento de gastos entre 2020 e 2021.

O preço elevado do diesel é reflexo do conflito no leste europeu e as sanções que a Rússia tem sofrido. Essa crise pode, inclusive, prejudicar o abastecimento de combustível – o que, segundo Maria Fernanda Hijjar, sócia-executiva do ILOS, é uma possibilidade.

“É um risco. Não podemos dizer que isso não vai acontecer porque estamos em um momento de muita instabilidade. Temos alternativas, mas elas não são o suficiente. Se acontecer [o desabastecimento], é como se fosse uma paralisação de transporte e outras operações que usem o diesel.” – Maria Fernanda Hijjar, sócia-executiva do ILOS.

Para Marcella Cunha, a questão do diesel e o risco de desabastecimento são motivos para voltar as atenções para fontes renováveis – como veículos elétricos e movidos a GNV – de forma urgente e racional. “As novas fontes podem resolver a questão e contribuir com a sustentabilidade, que é outra demanda importante”, reforça a diretora executiva.

Atualmente, 26% dos OLs que participaram da 5ª edição do “Perfil do Operador Logístico no Brasil” já usam veículos elétricos e 52% que já estão direcionando investimentos para essa implementação.

Conheça o relatório completo “Perfil do Operador Logístico no Brasil” publicado na Biblioteca do RadarIC em Pesquisas Externas “https://radaric.correios.com.br/3d-flip-book/perfil-dos-operadores-logisticos-2022-abol/”

Fonte : https://mundologistica.com.br/noticias/2-do-pib-setor-de-operadores-logisticos-teve-receita-bruta-de-r$-166-bilhoes-em-2021

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Amazon investe em transportadora para crescer marketplace no Brasil, dizem fontes

A Amazon aposta no apoio da Total Express para diminuir o tempo de entrega de itens de revendedores parceiros no seu marketplace no Brasil.

A Amazon.com comprou uma participação minoritária na transportadora de mercadorias Total Express, para acelerar o crescimento de seu marketplace no Brasil, disseram ao Scoop by Mover duas fontes com conhecimento direto do negócio.

Primeiro investimento da gigante do e-commerce no segmento no país, a Amazon exerceu uma opção para comprar 9,68% da holding que controla a Total, de acordo com as fontes e documentos revisados pelo Scoop. A Abril Comunicações controla os 90,32% restantes na holding, que está sediada em Delaware, nos Estados Unidos.

As fontes não revelaram o valor da transação. A decisão reflete a necessidade da Amazon em garantir um serviço confiável de transportes de encomendas no Brasil como forma de aperfeiçoar as entregas na chamada “última milha”.

Procurada, a Amazon não comentou. A Total Express confirmou o negócio.

A transação ainda depende de aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, disse a Total ao Scoop, notando que a participação da Amazon não afetará o controle, a governança e o modelo de gestão da transportadora.

Com receita de R$1,2 bilhão em 2021, a Total Express tem crescido rapidamente para concorrer de forma mais eficaz com a estatal Correios. De acordo com cálculos feitos pelo escritório de advocacia BMA, baseado em dados da NielsenIQ, o setor de entregas faturou perto de R$39 bilhões no ano passado.

Marketplaces
O e-commerce movimentou no Brasil R$182,7 bilhões em 2021, de acordo com levantamento feito pela consultoria NielsenIQ. As vendas de produtos de terceiros, nos diferentes marketplaces, representaram pouco mais de 70% desse volume, indica a pesquisa.

A Amazon não divulga o volume geral de vendas de seu marketplace no país. Contudo, as estimativas feitas pela companhia e presentes nos documentos enviados ao Scoop indicam que as vendas feitas por meio de seu ecossistema representam menos de 10% do segmento e que ele seria o quinto maior do país em volume geral de vendas.

Estão à frente Mercado Livre, Americanas, Magazine Luiza e Shopee. Atrás, viriam Via Varejo e Carrefour.

Líder do segmento no Brasil, a Mercado Livre fez um movimento similar um ano atrás ao comprar a plataforma de encomendas Kangu — empresa que realiza entregas em até um dia para mais de 2 mil cidades no Brasil.

Outras concorrentes também fizeram investimentos em transportadoras em anos recentes. A Via, em janeiro deste ano, anunciou a aquisição da CNT, uma startup do segmento. A transação visava o aperfeiçoamento da cadeia logística da companhia para atender os diferentes marketplaces das marcas Casas Bahia, Ponto, Extra.com.br e AsapLog.

A Magazine Luiza, outro gigante no e-commerce, iniciou esse movimento há mais tempo. Em 2018, adquiriu a Logbee, e no ano passado comprou a Sode, com a promessa de realizar entregas em uma hora.

A explicação por trás do interesse das varejistas em melhorar o tempo de entregas está na taxa de conversão das compras. À época da aquisição da Sode, a Magazine Luiza argumentou que a taxa de conversão de vendas que seriam entregues em até uma hora era 62% maior quando comparado com prazos superiores a 48 horas.

Segundo as fontes, a Amazon aposta no apoio da Total Express para diminuir o tempo de entrega de itens de revendedores parceiros no seu marketplace, reforçando a tendência iniciada por seus concorrentes neste segmento.

Na terça-feira, a Amazon anunciou um investimento no segmento de entregas nos Estados Unidos. A companhia adquiriu 2% da empresa de entrega de refeições GrubHub, de propriedade da Just Eat Takeaway.

Fonte : https://site.tc.com.br/noticias/mercados/amazon-investe-em-transportadora-para-crescer-marketplace-no-brasil-dizem-fontes

Leroy Merlin escolhe a Jplog para operação de transporte e entregas

A varejista Leroy Merlin firmou uma parceria com a JPLog para atender as operações de entrega da marca, tanto de compras realizadas nas lojas físicas quanto via e-commerce. A partir de agora, a empresa de logística realizará o transporte até o consumidor final a partir do novo centro de distribuição localizado em Santana de Parnaíba (SP).

As movimentações incluem os mais diversos tipos de produtos, desde itens de decoração e pisos até portas, janelas e banheiras. As entregas são realizadas em um raio de até 50 km do CD, abrangendo os municípios próximos e todas as regiões da cidade de São Paulo.

“Para atender a essa operação, estamos investindo cerca de R$ 100 mil anuais no CD, além da aquisição de dois veículos de pequeno porte e duas carretas sider”, explica João Alfredo do Carmo, diretor de Operações da JPLog.

Segundo o executivo, a novidade representa uma expansão no portfólio de serviços prestados pelo operador logístico.

“Atualmente trabalhamos com cargas lotação e cargas provindas dos clientes. Nesse novo contrato passamos a ter responsabilidade por toda a cadeia logística, desde a coleta no cliente, passando pela atividade de separação de pedidos, até a entrega para o consumidor final.” – João Alfredo do Carmo, diretor de Operações da JPLog.

Carmo destaca que o objetivo é crescer de forma consciente e organizada. “Essa nova operação com certeza vai elevar ainda mais a nossa imagem perante o mercado e os clientes. Buscamos ser a melhor empresa no ramo de distribuição da nossa região.”

Fonte : https://revistamundologistica.com.br/noticias/leroy-merlon-escolhe-a-jplog-para-operacao-de-transporte-e-entregas

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