Supply chain commerce: a chance para combinar lucratividade e sustentabilidade

Na ciência militar, o efeito multiplicador de força é a combinação de fatores individuais que, quando juntos, criam a capacidade de atingir uma eficácia operacional desproporcionalmente alta. Interessante, mas você pode perguntar: o que isso tem a ver com as cadeias de suprimentos contemporâneas?

Simplificando, o multiplicador de força em termos de movimentação de bens globais é a unificação da cadeia de suprimentos. Ele representa a quebra de silos de tecnologia e processos de negócios – muitas vezes tradicionais – para permitir que cada parte da cadeia de suprimentos se comunique simultaneamente e trabalhe em conjunto para alcançar maior eficiência, transparência e sustentabilidade. Na Manhattan, gostamos de nos referir a esse processo como supply chain commerce.

Embora o supply chain commerce seja uma categoria emergente no mercado, em sua essência ele aborda o antigo problema de oferta e demanda. Claro, as tecnologias, as expectativas do consumidor, o zeitgeist da época e as tendências macroeconômicas globais continuam a mudar (tornando a necessidade de inovação necessária), mas o cerne da questão sempre foi mover mercadorias do ponto A para o B.

Em termos de demanda, nos últimos dois anos centenas de milhões de pessoas se tornaram mais conscientes digitalmente. O tempo é valioso para os consumidores modernos e eles esperam que as empresas conheçam seus gostos – e desgostos-, e atendam e seus pedidos como, quando e onde quiserem, independentemente do canal.

No entanto, ao considerar o fornecimento, muitos varejistas ainda operam cadeias de suprimentos anteriores aos recursos omnichannel e às expectativas do consumidor pós-covid, com alguns ainda gerenciando comércio eletrônico e lojas físicas independentemente um do outro.

Otimizados para casos de uso individuais e não ágeis o suficiente para atender às demandas em constante mudança dos consumidores de hoje, esses sistemas legados simplesmente não funcionam mais em um cenário de varejo onde o digital em primeiro lugar é uma aposta em termos econômicos, mas também de um ponto de vista ambiental e para a perspectiva da experiência do cliente.

Para enfatizar ainda mais esse ponto, em uma pesquisa recente, apenas 6% dos varejistas entrevistados comentaram que sabiam onde cada peça de estoque estava 100% do tempo, destacando ainda mais os desafios reais apresentados por processos que não se comunicam entre as funções, mesmo hoje.

O supply chain commerce representa mais do que a evolução do atendimento direto da oferta e da demanda: ele cria novas oportunidades para as marcas serem mais inteligentes sobre seus processos e operações, ao mesmo tempo em que oferece aos consumidores opções que os capacitam a escolher produtos mais ecológicos, mais sustentáveis, além de mais opções de envio e de devolução.

Ele está ativo desde o momento em que uma pessoa clica no botão de comprar agora. Desde funcionalidades intuitivas de autoatendimento digital que permitem ao consumidor alterar uma encomenda até à saída do armazém; processos de embalagem mais eficientes que reduzem o desperdício de espaço de remessa ou transporte aéreo; até uma rota otimizada que reduz as milhas de viagem, caminhões na estrada e aviões no ar. Os resultados são experiências excepcionais do cliente, maior alinhamento com os sentimentos do consumidor e resultados mais ecológicos para o planeta.

Entregar esses resultados não é algo que acontece por mágica. Somente unificando todos os elementos da jornada de compra (do site ao depósito e transporte, ponto de venda e fulfillment), os varejistas podem oferecer aos consumidores o que eles desejam de uma forma que não comprometa a lucratividade ou a saúde do planeta.

Quer se trate de análise estratégica ou aquisição, planejamento de força de trabalho operacional, visibilidade de estoque, autoatendimento digital ou até mesmo pagamento de frete, quando você unifica sistemas individuais em uma plataforma convergente, pode gerar eficiências significativas e variadas.

Seja menos quilômetros de entrega percorridos, menos tempo parado no trânsito ou menos devoluções processadas, os sistemas unificados da cadeia de suprimentos permitem que as marcas melhorem a fidelidade do cliente, impulsionem a sustentabilidade e também obtenham resultados financeiros mais significativos.

Seja com recursos omnichannel que incentivem um comportamento mais ecológico do consumidor e forneçam maior visibilidade de estoque para os colaboradores da loja e seus clientes; seja com soluções de gerenciamento de armazém e transporte mais inteligentes que funcionam lado a lado para fornecer resultados maiores do que a soma de suas partes individuais, o supply chain commerce veio para ficar.

E, além dos benefícios materiais que o supply chain commerce tem a oferecer aos varejistas e consumidores em todo o mundo, acreditamos que ele representa uma oportunidade para uma mudança de mentalidade. Significa uma chance única numa geração para repensar os processos de negócios tradicionais e seguir um caminho diferente em direção a um futuro mais verde e sustentável, onde a evolução das expectativas do consumidor, a lucratividade e a saúde do nosso planeta podem, e irão coexistir.

Amazon Brasil e Cufa se unem para distribuir 120 mil livros à comunidades do Rio de Janeiro

Instituição continuará entregando os títulos para mais de 100 favelas

Amazon Brasil e Cufa se unem para distribuir 120 mil livros à comunidades do Rio de Janeiro
A Amazon doou 120 mil unidades de livros para facilitar o acesso de crianças, jovens e adultos periféricos à leitura. Com o apoio da Central Única das Favelas do Rio de Janeiro (Cufa Rio), a primeira onda de distribuição aconteceu em março, no espaço da Cufa sob o Viaduto Madureira.

“Esperamos que eles contribuam para popularizar o acesso à leitura para todos os moradores e moradoras das comunidades beneficiadas. Um agradecimento especial à Cufa e à Total Express que realizou toda a logística das entregas”, conta Juliana Sá, líder de impacto social das operações da Amazon Brasil.

A Cufa Rio continuará entregando os títulos para mais de 100 favelas, que vão distribuir os livros em seus territórios, bibliotecas comunitárias, associações de moradores e projetos sociais. As favelas beneficiadas estão cadastradas na base de dados da Cufa.

Corte de gastos
As incertezas econômicas, como a alta inflação e o aumento das taxas de juros, deixaram os consumidores mais cautelosos e a priorizarem os gastos com produtos essenciais e do dia a dia. Essa mudança de comportamento tem feito os varejistas reverem investimentos e cortarem custos, como ficou claro durante a apresentação de resultados da Amazon realizada em fevereiro.

A companhia reportou US$ 149,2 bilhões em vendas nos três meses encerrados em dezembro, que incluiu a temporada de compras natalinas, um aumento de 9% em relação ao ano anterior.

Entre os esforços para redução de custos da gigante de tecnologia está a demissão de 18.000 trabalhadores corporativos e de tecnologia – o maior corte de todos os tempos –, que custará US$ 640 milhões em rescisão.

Luft Logistics amplia programa de ESG e anuncia testes com caminhão movido a gás natural

Em um novo passo dentro do programa de ESG, a operadora logística Luft Logistics iniciou os testes com um caminhão modelo VW 19.320 movido a GNV (gás natural veicular) e biometano. Os testes de consumo e autonomia estão ocorrendo em coletas em clientes da Luft Healthcare, localizados no interior do estado de São Paulo.

A integração à frota desse tipo de veículo, além de gerar redução de custos com combustível, diminui em 25% as emissões de CO2 na atmosfera, segundo o fabricante MWM Motores. O motor possui 315 cavalos de potência e capacidade em cilindros de 172m³ de GNV. A previsão da empresa é de que o caminhão comece a operar na rota Itapevi (SP)/Rio de Janeiro (RJ) em março.

A diretora de Serviços da Luft Healthcare, Angélica Nogueira, explicou que a utilização de GNV permitirá a prática sustentável em longas distâncias, em complemento ao veículo 100% elétrico. “Trata-se de mais um importante passo de sustentabilidade nas nossas atividades”, afirmou.

Com matriz em Itapevi (SP) e filiais no Rio de Janeiro (RJ) e Itajaí (SC), a Luft Healthcare soma 180 mil m² de área total e mais de 100 mil m² de área construída. A empresa mantém cross docking em Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS) e Vitória (ES). Da expedição saem anualmente milhões de medicamentos, vacinas, produtos para saúde e bem-estar pessoal, além de matérias-primas e outros insumos do processo produtivo.

Tuk-tuk elétrico em SP facilita a logística e atende agenda ESG

Transporte de cargas ganha aliado ESG no trânsito das capitais.

O mundo corporativo pede cada vez mais que a agenda ESG (governança ambiental, social e corporativa) saia do discurso e entre na vida prática das empresas. Mas como conciliar essas práticas à logística de entregas, que tanto sofre com o trânsito das capitais brasileiras? A resposta pode estar no tuk-tuk.

Tuk-tuk é um veículo de três rodas com motor, que é usado como meio de transporte em muitos países da Ásia. O tuk-tuk é amplamente usado para transportar passageiros e mercadorias em curtas distâncias, como viagens dentro de uma cidade.

É o caso do tuk-tuk Formigão Baú, da Cicloway, que tem capacidade de 500 kg e é usado em diferentes segmentos da logística. A montadora inclusive promove a montagem de veículos elétricos dentro da lógica da responsabilidade social, com programas para incentivar a entrega e recolhimento de recicláveis.

“O Formigão Baú é uma alternativa excelente para as empresas, principalmente para a etapa final de transporte, o last mile. É um veículo que oferece economia a longo prazo, segurança para as cargas e conforto ao trabalhador”, disse João Hannud, diretor-executivo da Cicloway.” Além disso, vai de encontro ao nosso propósito de minimizar os impactos ao meio ambiente, por estarmos 100% alinhados aos compromissos ESG, zerando e neutralizando a emissão zero de gases poluentes. Os veículos elétricos têm tido um impacto ambiental muito positivo e têm sido bem recebidos pelo público corporativo.”
Opção ESG para empresas de logísticas e e-commerces

Em um primeiro momento, o principal público desse tipo de tuk-tuk elétrico são empresas de logísticas e e-commerces, além de negócios que têm a entrega na jornada de compra.

“Eles têm notado a vantagem em inserir em seus projetos veículos elétricos tanto por sua responsabilidade socioambiental quanto pela economia, inovação e tecnologia. Além disso, os ciclomotores são um modelo de publicidade sustentável por poderem ser mídias alternativas e meios para promover campanhas personalizadas sem emissão de divulgação sonora ou poluição visual. Estes veículos têm impacto de mídia e geram maior relacionamento tanto entre nós com os nossos clientes, quanto essas empresas com seus públicos de interesse”, defende Hannud.

O próprio Formigão Baú, por exemplo, faz a gestão de resíduos sólidos, promovendo a logística reversa, uma grande preocupação dos geradores de embalagem.

“Por não usar combustível, minimiza a poluição e anula a emissão de gases poluentes. Além disso, para que as práticas ESG sejam absorvidas pelos colaboradores, o desenvolvimento humano para que tenhamos mais agentes a favor do meio ambiente, é um outro ponto positivo. Por fim, o uso de veículos como este promove a transparência administrativa e o cumprimento da Lei de Resíduos Sólidos, entre outros”, completa o diretor-executivo da Cicloway.

O tuk-tuk elétrico na última etapa da entrega

Uma das empresas que já fazem uso do tuk-tuk elétrico em São Paulo é a Venuxx, agência de last mile delivery e logística premium feita por mulheres.

“Como forma de unir propósitos de responsabilidade socioambiental, o nosso objetivo ao sugerir o uso de veículos elétricos para executar as entregas, é promover menor impacto ambiental, com uma solução inovadora e que gere impacto visual também”, diz Gabrielle Jaquier, CEO da Venuxx. “Lembrando que a última etapa de entrega ― last mile delivery ― é muito importante para gerar uma experiência positiva no consumidor.”

“A empresa já trabalhava com projetos de compensação e neutralização de carbono e quis evoluir ainda mais. Com um processo logístico focado em cada cliente, a Venuxx consolida as cargas em uma unidade entregadora e traça as rotas de forma assertiva, combinando ESG e eficiência. A empresa tem seu serviço utilizado em mais de 50 cidades brasileiras, por mais de 350 lojas”, completa a executiva.

Quem também investe no tuk-tuk elétrico na capital paulista é a Da Santa, especializada na entrega de frutas, legumes, carnes, queijos, pães e massas. A empresa já usa o serviço há dois anos.

“Entre as vantagens, para nós o grande diferencial é a emissão zero de CO2 que está alinhada com os nossos objetivos, além, claro, da agilidade e a facilidade de estacionar. Acreditamos no Da Santa que o ESG tem que ser cultura e não estratégia ou oportunidade, a preocupação tem que ser cultural para que seja internalizada de verdade”, diz Julio Aoki, diretor e fundador da empresa.

“O uso de veículo 100% elétrico para entregas, conscientização sobre o uso racional de sacolas plásticas, não cobramos por elas por isso prefiro conscientizar, reaproveitamento das caixas de papelão para as entregas de e commerce e para substituir o uso das sacolas plásticas nos checkouts”, enumera Aoki as práticas ESG da empresa.

ESG na Logística: como incorporar os pilares ao processo?

Conceito muito abordado no mundo corporativo, o ESG abrange práticas ambientais, sociais e de governança. O ambiental está relacionado à sustentabilidade e redução de impactos no meio ambiente, já o social refere-se a processos da empresa como segurança no trabalho e diversidade. Por sua vez, a governança aborda etapas de administração focadas em transparência e ética. Durante a pandemia de covid-19, as empresas e consumidores passaram a se importar ainda mais com a sigla e com mudanças na cadeia de consumo. Consequentemente, o conceito foi trazido também para as operações logísticas.

A plataforma ainda possui um módulo de orquestração logística, o Maestro, o qual, por meio de automatização de processos e Machine Learning, possibilita same day delivery para os e-commerces e marcas

“A otimização de rotas, por exemplo, pode auxiliar na redução da pegada de carbono já que garante maior aproveitamento de recursos. Com ela, é possível diminuir o número de veículos nas ruas, reduzir a quilometragem percorrida e maximizar a taxa de ocupação dos veículos, por exemplo”, comenta Caio Reina, CEO e fundador da RoutEasy, startup que oferece soluções logísticas para e-commerces, transportadoras, indústria e varejo envolvendo otimização, gestão e orquestração.

Além disso, o investimento na digitalização do setor não apenas contribui para a redução de impactos ambientais, mas também reduz os altos custos com processos manuais e proporciona uma maior satisfação dos clientes. “Percebemos que, cada vez mais, as empresas bem sucedidas dedicam muito tempo e recursos para otimizar os processos logísticos por meio de tecnologias inovadoras e eficientes. A tendência é que esse investimento cresça ainda mais.”, opina Reina.

No social, o ESG aplicado à logística envolve cuidado com as pessoas, isto é, aos deveres das empresas com os envolvidos em toda a cadeia. É essencial a aplicação de tecnologia no controle da jornada laboral do motorista, na transparência de todas as etapas para o cliente e no que diz respeito à utilização da nuvem para controle de informações da forma mais segura possível. Nesse sentido, falar de segurança e controle interno já envolve o pilar de governança, uma vez que é primordial garantir transparência, ética e responsabilidade nas empresas tanto internamente quanto com seus clientes.

Para otimizar a logística, a RoutEasy desenvolveu um SaaS (Software as a Service) que oferece tecnologia e inteligência artificial presentes no planejamento, controle operacional e gerenciamento de rotas de entregas, coletas e serviços de campo. A solução conta com algoritmo genético, plataforma de roteirização em nuvem e torre de controle com gestão em tempo real. A Inteligência Artificial entra para otimizar e integrar processos, atribuindo maior produtividade e menor custo de entrega, além da garantia da qualidade do serviço que chega ao consumidor final. Além disso, a IA também é aliada do sistema na análise de informações da carga, como características das mercadorias, destinos e disponibilidade de veículos. A plataforma ainda possui um módulo de orquestração logística, o Maestro, o qual, por meio de automatização de processos e Machine Learning, possibilita same day delivery para os e-commerces e marcas.

Viveo anuncia investimento de R$ 40 milhões em CDs no Brasil

A Viveo, ecossistema controlado pela DNA Capital, anunciou investimento de R$ 40 milhões em sete centros de distribuição no Brasil. Os empreendimentos ficam nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Sudeste do país e os investimentos deverão ser concretizados ainda no primeiro semestre deste ano.

De acordo com a companhia, o objetivo da companhia é expandir a malha de distribuição. A estratégia também contempla a inauguração de um novo CD em Nova Santa Rita (RS).

O vice-presidente comercial de Distribuição e Operações Logísticas da Viveo, Vilson Schvartzman, declarou que, atualmente, a Viveo possui 10 mil itens disponíveis. “Com o investimento, queremos oferecer um portfólio mais abrangente, dobrar a capacidade de armazenagem e ganhar mais velocidade na entrega aos nossos clientes. Estrategicamente, estaremos posicionados próximos de fornecedores e clientes.”

Com a inauguração de um novo centro de distribuição em Nova Santa Rita, a empresa deve reduzir o tempo das entregas em todo o estado e litoral de Santa Catarina. “O potencial logístico da cidade foi fundamental para a escolha, o fácil acesso à capital e a conexão com as principais rodovias tornou Nova Santa Rita uma cidade estratégica para promover a expansão do Centro de Distribuição da Viveo, no Rio Grande do Sul”, completou Villeon Jacinto, Diretor de Supply Chain da Viveo.

Os CDs de Indaial (SC), Jaboatão dos Guararapes (PE) e Brasília (DF) serão reformados e terão suas capacidades de armazenamento ampliadas em até 100%. Já os CDs de Ribeirão Preto (SP), Catalão (GO) e Londrina (PR) serão revitalizados.

“Com finalização prevista para o primeiro semestre de 2023, as obras de ampliação dos CDs é um investimento que gerará cerca de 100 novos empregos”, destacou Vilson Schvartzman.

APOSTA EM CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL
Em acordo com a pauta sustentável, a Viveo está investindo em uma frota verde, e já adquiriu oito caminhões 100% elétricos. Nos próximos três anos, a companhia irá substituir o last mile de toda frota de veículos que atende a Grande São Paulo. Como referência, um veículo diesel, equivalente a este, emite 600 gramas de CO2 por km na atmosfera e esta ação tem o objetivo de reduzir em 100% a emissão.

Outra estratégia já aprovada é a substituição das embalagens EPS (Isopor) e ER (Elemento Refrigerante) no modal rodoviário, que são utilizadas para o transporte de medicamentos e vacinas, distribuídas por meio da Health Log. Essas embalagens estão sendo substituídas por embalagens retornáveis com tecnologia de PCM (Phase Change Material), contribuindo com a redução de resíduos para o setor da saúde. A estimativa é reduzir anualmente mais de 10 toneladas de resíduos sólidos.

Logística como fator fundamental no ESG

Os impactos da demanda do consumidor em nosso planeta são mais aparentes do que nunca, evidenciados principalmente pela diminuição dos recursos naturais e pela poluição ambiental.

Empresas em todo o mundo estão cada vez mais focadas em ESG. E fazem isso não apenas porque é a coisa certa, mas também porque se alinha com seus próprios interesses, bem como com os de seus stakeholders.

Essas partes interessadas — não apenas funcionários e investidores, mas também clientes — estão cada vez mais dedicados às questões ambientais, sociais e de governança. Querem trabalhar, investir, fazer parcerias e comprar de empresas mais ecológicas, seguras e éticas.

O resultado? Marcas líderes reconhecem que a logística pode desempenhar um papel crítico no cumprimento de suas próprias metas ESG, por isso procuram parceiros que possam ajudá-las a atingir ou até superá-las. Ao mesmo tempo, os provedores procuram clientes que compartilhem seus valores ESG. E as oportunidades para ambos são enormes.

O European Logistics & Supply Chain Sustainability Report 2022 apurou que, para 80% dos entrevistados, as ações destinadas a reduzir a pegada de carbono de suas operações serão fundamentais nos próximos cinco anos.

A pesquisa perguntou aos entrevistados o que leva fabricantes, compradores e operadores logísticos a serem mais sustentáveis ​​em seus negócios. O impulsionador mais importante para a ação ESG provou ser a necessidade de atender aos requisitos regulatórios e legais. O outro é o desejo de causar um impacto positivo no meio ambiente.

No entanto, o caminho para a sustentabilidade não é fácil. Muitas empresas da cadeia de suprimentos operam sob pressão de alto custo, grande concorrência e margens baixas. Portanto, investir na implementação de iniciativas de sustentabilidade é um desafio.

O Brasil está abaixo da maioria das economias desenvolvidas em emissões de carbono, energia renovável e política climática. O investimento sustentável é vital para o crescimento sustentável e, por sorte, investidores privados estão focados em financiar e apoiar soluções sustentáveis ​​e ações de apoio ao clima.

Provedores terceirizados comprometidos em fazer negócios da maneira certa podem agregar valor além de aumentar a eficiência e a produtividade de seus clientes. E eles podem fazer isso de várias maneiras.

Para o meio ambiente, ajudam a tomar decisões sustentáveis, como utilizar os serviços de uma transportadora digital que prefira caminhões parceiros com emissão de CO2 menor.

A redução da pegada de carbono também pode ser conseguida ao aumentar a eficiência logística, preferindo a reformulação de rotas com percursos menores, utilização total dos baús ou o compartilhamento da carga.

Para o social, fornecer um local de trabalho seguro e ajudar a construir uma cultura de inclusão e pertencimento. E para governança, construir a confiança por meio de gerenciamento de risco inteligente e práticas de governança sólidas. Todos esses exemplos de agregação de valor para os clientes podem transformar a logística em uma vantagem competitiva.

O ESG deve se tornar parte do DNA das empresas o quanto antes: os líderes empresariais encontram-se em um ponto crítico de escolha: evoluir ou enfrentar a força dos stakeholders.

O setor logístico tem conhecimento e tecnologia para abraçar o ESG e liderar o caminho para negócios e crescimento sustentáveis.

O Serviço Postal dos EUA anunciou uma transição massiva para o transporte elétrico

O Serviço Postal dos Estados Unidos (USPS) recentemente se preocupou não apenas com a entrega de pacotes de férias, mas também está trabalhando na atualização da frota de veículos para entrega de correspondência aos clientes. O serviço estatal anunciou a sua intenção de mudar para a entrega de encomendas e cartas por transporte elétrico, a fim de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.

O Postmaster General dos EUA, Louis DeJoy, anunciou na quarta-feira uma estratégia para fazer a transição para entregas de veículos elétricos. Agora, o USPS começará a substituir uma frota envelhecida, algumas das quais estão em serviço há pelo menos 30 anos, não têm ar condicionado e usam cerca de 23 litros de combustível por 100 quilômetros.

Um total de 66.000 veículos elétricos serão adquiridos, 45.000 dos quais serão fornecidos pela empreiteira de defesa Oshkosh, que já está fazendo negócios com o USPS e possui contratos conjuntos existentes. Os veículos restantes serão adquiridos de montadoras conhecidas. Até 2026, todos os novos veículos adquiridos pelo USPS serão elétricos. O USPS é obrigado a entregar correspondências e pacotes para 163 milhões de endereços 6 dias por semana e cobrir o custo de fazê-lo, disse DeJoy, mas isso deve ser feito da maneira mais ecológica.

DeJoy disse que o USPS começará imediatamente a integrar a infraestrutura de veículos elétricos às instalações de serviço existentes. O chefe dos correios nomeado por Trump está trabalhando para reduzir as emissões de carbono, otimizar a logística, o que pode reduzir o volume de entrega de mercadorias por via aérea e o tempo total de viagem do transporte terrestre.

A transição de US$ 9,6 bilhões para veículos elétricos é apoiada em parte pela Lei de Redução da Inflação recentemente aprovada, que planeja gastar US$ 400 milhões em segurança energética e combate às mudanças climáticas. A administração do atual presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou que as agências federais adquiram apenas veículos de emissão zero até 2035. Embora os 66.000 veículos elétricos sejam apenas uma fração da frota total de 220.000 veículos do USPS, será uma das maiores frotas de veículos elétricos do país. Além disso, os Correios pretendem continuar comprando veículos elétricos, com 108.000 veículos de emissão zero a serem adquiridos até 2028.

A administração Biden e os ativistas ambientais esperam que o uso de veículos elétricos em serviços de missão crítica, como entrega de correspondência, forneça um incentivo para mudar para novos veículos para aqueles que ainda não decidiram fazê-lo antes.

Sustentabilidade e otimização: como a tecnologia vai impulsionar a logística no país em 2023

Nos últimos anos, o setor logístico foi marcado pelo investimento em tecnologia e pela aceleração da transformação digital nas operações. Com o amadurecimento do comportamento do consumidor online e a jornada cada vez mais híbrida, aumenta a demanda por entregas cada vez mais flexíveis, ágeis e convenientes. Segundo relatório da CapGemini, 55% dos consumidores trocariam de varejista se ele oferecesse um serviço de entrega mais rápido.

Veja algumas reflexões sobre tecnologias e tendências para 2023, e o que as empresas devem priorizar para alcançar bons resultados no próximo ano, dado o cenário de alta competitividade.
Fato é que, hoje, podemos dizer que a logística se tornou o centro das atenções para a promoção da melhor experiência de compra. Por isso, neste artigo, trago algumas reflexões sobre as tecnologias e as tendências para o ano de 2023, e o que as empresas devem priorizar para alcançar bons resultados no próximo ano, dado o cenário de alta competitividade.

Comprimisso com sustentabilidade

Primeiramente, podemos esperar por parte das empresas maior compromisso com as questões voltadas para a sustentabilidade. O transporte de mercadorias apresenta um alto impacto no ambiente. Por isso, no caso do setor logístico brasileiro, que possui grande dependência do modal rodoviário, é bem provável que ao longo do próximo ano vejamos maior engajamento por parte das empresas para realizar entregas mais inteligentes, com investimento em soluções que otimizem as rotas, diminuindo assim a queima de combustíveis. Assim, tenho a certeza de que soluções de roteirização e monitoramento de cargas, com foco em otimização de rotas e em diminuição do tempo de viagem ganharão ainda mais relevância e poderão ser grandes aliados para a realização de entregas mais sustentáveis.

Ainda no viés da sustentabilidade, a economia colaborativa ganha mais relevância para escalar as operações de entregas por meio da utilização de pontos de retirada no first e last mile, diminuindo significativamente a quilometragem rodada pelas frotas por conta da centralização das entregas.

Marketplaces

Outra tendência que continuará forte em 2023 serão os marketplaces. Somente em 2021, US$3,23 trilhões foram gastos globalmente nos 100 principais marketplaces. Nos Estados Unidos, por exemplo, dados da Mirakl mostram que cerca de metade dos consumidores (51%) afirmaram comprar “exclusivamente” ou “muito” nos marketplaces em 2021.

Com a maior necessidade de personalização da jornada de compra, grandes players do setor acabam ajudando vendedores a alcançar novos consumidores. Então, podemos estar certos de que os marketplaces continuarão representando uma fatia significativa em representatividade de vendas no e-commerce. Assim, é de se imaginar que o desenvolvimento de soluções em tecnologia mais especificamente voltadas para a gestão de sellers nos marketplaces também seja uma forte tendência para o próximo ano.

Integrações logísticas

Aqui vale destacar também o papel importante das integrações logísticas ao longo de toda a cadeia de abastecimento e o compartilhamento de dados com transparência e confiabilidade. Nesse sentido, a tecnologia tem um papel fundamental, já que auxilia na criação de processos mais rápidos e automatizados, minimizando a possibilidade de erros. O relacionamento entre transportadoras, varejistas e operadores logísticos deverá ser cada vez mais baseado em dados e, nesse aspecto, a tecnologia auxilia na promoção de melhor visibilidade e conectividade ao longo da cadeia.

Com um mercado mais maduro e aderente ao varejo online, será preciso acompanhar as demandas do consumidor. Assim, o investimento em tecnologias de automação com foco em melhorias em produtividade é um caminho sem volta para as operações manterem um nível de eficiência competitivo. Um exemplo é a robotização na cadeia de suprimentos, com a adoção de robôs nos processos de carregamento e descarregamento de caminhões e picking. Para o próximo e os outros anos, a tendência é de que isso se torne cada vez mais comum nas operações logísticas.

Velocidade e visibilidade são dois fatores determinantes para a eficiência de qualquer operação logística. Assim, a partir da necessidade de colaboração, é bem provável que cada vez mais vejamos as empresas expandindo as suas redes de fornecedores, de tecnologia, apoiando-se cada vez mais na utilização inteligente de Big Data e distribuição, com o objetivo de obter uma cadeia logística mais resiliente, competitiva e ágil.

Inovabilidade: inovação e sustentabilidade a serviço dos negócios

Você já ouviu falar em Inovabilidade? Este termo, que é relativamente novo, vem do inglês Innovability. O conceito associa inovação e sustentabilidade na geração de produtos e serviços de uma empresa, promovendo estratégias de desenvolvimento competitivo, rentável e com responsabilidade socioambiental.

Com a crescente busca de empresas por ações ESG – além da cobrança de investidores e do mercado como um todo –, a inovabilidade se torna um dos pilares para os negócios, independentemente de seu porte.

Isso porque trata-se de um valor que pode ser aplicado a qualquer negócio, porém faz parte dos princípios das empresas de grande e pequeno porte por necessidades diferentes, que são:

Nas grandes empresas: chega para aperfeiçoar processos, mitigar impactos ou melhorar fluxos de operação.
Nos micro ou pequenos negócios, a inovabilidade costuma ser um valor que já nasce com a empresa, trazendo impacto social e resolvendo dores que já foram do próprio dono.
Sabemos que o Brasil é, atualmente, um celeiro de inovações, mas ainda estamos muito distantes dos países mais inovadores do mundo, sabia? Neste quesito, a Suíça lidera, seguida por Suécia, Estados Unidos, Reino Unido e Coreia do Sul.

O Brasil ocupa apenas a 57ª posição, segundo a World Intellectual Property Organization (WIPO). Nossos pontos de melhoria estão em instituições, infraestrutura e ambiente de investimento – o que representa um potencial imenso para crescermos economicamente de forma sustentável e nos tornarmos uma das maiores economias centradas em impacto social do mundo.

A inovabilidade só traz vantagens às empresas, começando pela inovação, perenização e possibilidade de crescimento. É boa também para o planeta, pois regenera, fortifica e pereniza.

Quer entender como algumas empresas colocaram em prática os conceitos de inovabilidade? Podemos citar organizações como Suzano, Enel e O Boticário, pra começar.

Na Suzano, a inovabilidade está diretamente ligada à ambição da companhia de ser uma empresa regenerativa, que quer trazer produtividade na sua cadeia, de ponta a ponta. Seu objetivo é gerar diferencial competitivo a partir das necessidades dos clientes e de novas formas de uso e aplicação de seus insumos.

Para fazer isso, a Suzano tem um planejamento estratégico composto por três níveis, contemplando Visão de Longo Prazo, Ambições e Batalhas de Médio Prazo. No primeiro nível, a visão considera um período de 10 a 15 anos.

Parte da iniciativa já foi conquistada, pois a empresa antecipou o compromisso de remover 40 milhões de toneladas de carbono da atmosfera de 2030 para 2025. Além disso, avaliou quase mil startups, nove projetos-prova de conceito, elegeu mais de 50 embaixadores de inovação aberta e criou mais de 40 iniciativas de inovação aberta em toda a sua cadeia produtiva.

Já na Enel, o grupo se conectou aos melhores ecossistemas de inovação do mundo, explorando continuamente novas oportunidades para inovar nos negócios tradicionais e criar novos negócios valiosos que sejam sustentáveis a longo prazo para a empresa e para todos ao redor.

Em 2017, a empresa implementou o Open Innovability, uma plataforma de crowdsourcing na qual necessidades tecnológicas e desafios da empresa são publicados com regras, deadlines e recompensas definidas.

São mais de 600 colaborações, 250 ideias transformadas em scale up e 9 hubs de inovação!

No caso do O Boticário, as iniciativas na direção de Inovabilidade incluem Boti Recicla, Produtos Veganos, Cruelty Free, Loja Sustentável e Fundação GB. Há, ainda, o Espaço Recriar, presente em escolas públicas para conscientizar sobre a importância das ações sustentáveis para o bem de todos.

Os aspectos ESG são monitorados pelo Comitê Executivo de Sustentabilidade e Diversidade, que define a estratégia de integração dos aspectos ESG no modelo de negócios do grupo.

Para garantir o cumprimento de sua matriz de materialidade, O Boticário engloba pontos como Embalagens e Resíduos, Consumo e Descarte de Água, Desenvolvimento dos Colaboradores, Diversidade na Cadeia de Valor, entre outros pontos, sempre focados na responsabilidade como líderes e seres humanos.

E aí? Como você avalia o nível de Inovabilidade do seu negócio? Se você já se adequou às práticas ESG, é hora de investir nesse ponto para deixar a sua empresa alinhada às tendências mais recentes de mercado!