Quatro tendências para os próximos anos no varejo e consumo sul-americano

O estudo “Tendências em Consumo e Varejo: o foco na América do Sul” foi realizado pela KPMG.

O investimento em transformação digital, a busca por um comércio fluído, a atenção à experiência de clientes, colaboradores e stakeholders, a busca por eficiência operacional com foco no gerenciamento de custos e o compromisso com a sustentabilidade e a agenda ESG são as principais tendências para o setor de consumo e varejo nos próximos anos.

“A demanda dos consumidores por mais comodidade, fluidez, personalização e compliance com as normas ambientais e sociais em seus produtos e serviços preferidos está cada vez maior, isso obriga o setor de varejo e consumo a adaptarem continuamente as suas estratégias e seus modelos de negócios para operar sem falhas em um mercado altamente complexo, dinâmico e competitivo”, afirma Fernando Gambôa, sócio-líder de Consumo & Varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul.

Essas informações são do estudo “Tendências em Consumo e Varejo: o foco na América do Sul”, elaborado pela KPMG, que destaca 4 tendências para o varejo sul-americano.

  • Tecnologia e omnichanell

Investir em tecnologias avançadas e adotar uma abordagem estratégica para o uso de dados são passos fundamentais para os varejistas, visto que os dados se tornaram um dos ativos mais valiosos. A automação da cadeia de suprimentos, aliada ao reconhecimento da importância das lojas físicas, também se mostra essencial. Em um cenário altamente competitivo, o comércio fluido e unificado ganha destaque, permitindo que os consumidores tenham uma experiência integrada entre os canais digitais e físicos.

  • Consumidores, colaboradores e stakeholders

A personalização da experiência do consumidor surge como prioridade, com um foco claro em compreender seus hábitos e comportamentos. Isso envolve oferecer uma experiência diferenciada que atenda às necessidades específicas de cada cliente, o que se torna um diferencial no mercado competitivo.

De acordo com a KPMG, “o desafio para os varejistas que adotam um modelo de comércio fluido é integrar a sustentabilidade em todas as áreas do negócio, além de atender às expectativas evolutivas de reguladores, investidores e consumidores”. Esse desafio reflete a necessidade de adaptação constante, mantendo a sustentabilidade como um elemento central das operações.

  • Custos e incertezas

Apesar do otimismo, as empresas precisam se ajustar ao aumento nos custos de produção, mão de obra e capital. Esses custos devem se estabilizar em níveis mais altos, exigindo um gerenciamento mais eficiente das operações e do capital de giro, para evitar o impacto negativo nas finanças e nas margens de lucro.

  • Sustentabilidade e ESG

A sustentabilidade e a agenda ESG são áreas em crescimento, com foco na redução das emissões de carbono ao longo da cadeia de valor, na implementação da economia circular e no impacto ambiental das tecnologias, como a inteligência artificial e o uso de dados. A acessibilidade e a inclusão também ganham relevância, reforçando o compromisso das empresas com práticas responsáveis e conscientes.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/28/01/2025/noticias-varejo/quatro-tendencias-para-os-proximos-anos-no-varejo-e-consumo-sul-americano/”

Consumidor está pensando mais a longo prazo, aponta estudo

Um estudo da Euromonitor trouxe as principais tendências de consumo para 2025, junto com o que se espera do comportamento das pessoas neste aspecto. De modo geral, a crença é de que o pensamento a longo prazo será uma tônica entre eles.

Ao todo, o levantamento mostra cinco movimentos principais relacionados aos consumidores neste ano. Resumidamente, o foco em termos de consumo será em saúde, dinheiro, sustentabilidade, exigência e inteligência artificial (IA).

Além disso, com o pensamento mais a frente do consumidor, questões como valor agregado na compra, qualidade, funcionalidade e benefícios sejam guias nas escolhas de consumo. As mudanças no comportamento são consideradas significativas pela Euromonitor.

Abaixo, um pouco sobre cada uma das tendências citadas:

1. Saúde

As informações coletadas apontam que os consumidores estão focados em viver mais e melhor. Com isso, 52% buscarão hábitos mais saudáveis para os próximos cinco anos, gerando a busca por soluções preventivas e personalizadas de saúde.

De modo prático, a projeção de vendas globais de vitaminas e suplementos chega a US$ 130,9 bilhões. Além disso, há um interesse em entender sobre isso, o que reforça a tendência de crescimento de consumo da categoria. Ao todo, 54% dos consumidores sabem quais vitaminas tomar para objetivos específicos de saúde.

2. Pagamentos

Os consumidores devem ser mais estratégicos nas compras, considerando muito mais fatores como valor e benefícios a longo prazo. Por conta disso:

  • 72% preocupados com o aumento do custo de itens cotidianos;
  • 48% planejam economizar mais dinheiro em 2024;
  • Apenas 18% fazem compras por impulso;
  • 57% pesquisam extensivamente produtos e serviços.

3. Sustentabilidade

Embora os detalhes específicos não estejam nos resultados de busca, a tendência sugere um foco em soluções ecologicamente conscientes.

4. Exigentes e consciente

Indica uma abordagem mais seletiva e consciente do consumo, relacionada às informações e escolhas à disposição.

5. Uso de IA

A relação do consumidor com a tecnologia será mais ambivalente, com reflexos positivos na aplicação do dia-a-dia, mas sem deixar de gerar preocupações aos usuários.

A pesquisa da Euromonitor foi feita entre janeiro e fevereiro de 2024, envolvendo 40.236 consumidores conectados à internet de 21 países.

Fonte: “Consumidor está pensando mais a longo prazo, aponta estudo – E-Commerce Brasil

Vans elétricas da Arrow Mobility otimizam logística da Amazon e Mercado Livre

Soluções sustentáveis de transporte impulsionaram a eficiência nas operações das empresas durante a Black Friday de 2024.

O uso de vans 100% elétricas fabricadas pela Arrow Mobility tem impactado a logística no e-commerce brasileiro, oferecendo soluções de transporte em períodos de alta demanda. Durante a Black Friday de 2024, essas vans foram utilizadas no transporte de mercadorias para empresas como Amazon e Mercado Livre, otimizando operações e reduzindo custos.

As vans operaram entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro, destacando-se pela capacidade de carga e rapidez na entrega. Segundo o membro do conselho de gestão da Arrow Mobility, Nestor Felpi, o desempenho foi importante para atender à alta nas compras durante o período.

“As vans da Arrow Mobility são projetadas para maximizar a produtividade, especialmente em datas como a Black Friday, onde a velocidade e o custo são determinantes. Nosso diferencial é entregar agilidade sem descartar a sustentabilidade”, afirmou o executivo.

Segundo a companhia, os veículos também foram usadas no transporte de itens volumosos, como eletrodomésticos, que estão entre os produtos mais procurados, de acordo com dados do Google e da associação de fabricantes Eletros. De acordo com Felpi, as vans possuem maior área de carga e sistemas que facilitam a organização, permitindo uma operação eficiente para mercadorias que exigem mais espaço e planejamento.

SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS MOLDANDO A LOGÍSTICA

Além de reduzirem custos, as vans elétricas oferecem uma alternativa ao transporte tradicional, com menor impacto ambiental. Segundo a empresa, a inovação atende à demanda de grandes eventos promocionais e pode influenciar a logística de longo prazo.

“A Black Friday deste ano confirmou a importância de alternativas inovadoras e sustentáveis para lidar com os picos de demandas. Neste sentido, só as vans elétricas conseguem sanar algumas dores do mercado”, ressaltou o executivo.

Fonte: “Vans elétricas otimizam logística da Amazon e Mercado Livre

 

Amazon investe em regionalização para transformar logística e agilizar entregas

Empresa ajusta o estoque para que os produtos estejam próximos dos clientes que mais precisam deles.

A regionalização é uma das estratégias da Amazon para atender seus clientes de forma rápida e eficiente. Com base em Inteligência Artificial, a empresa ajusta o estoque para que os produtos estejam próximos dos clientes que mais precisam deles. Itens como pás de neve e sal, por exemplo, não são armazenados em estados como o Texas, onde raramente há neve, mas sim em regiões do norte dos EUA.

“A regionalização nos permitiu sermos mais ágeis e aumentar a precisão para o cliente obter seu produto e serviços mais rapidamente”, disse Ray Roach, diretor de Operações e Atendimento ao Cliente na América do Norte da Amazon, durante o Retail Executive Summit (RES), evento promovido pela Gouvêa Experience, em Nova York, para consolidar os insights e aprendizados da NRF 2025.

Essa estratégia também acelera a entrega de itens essenciais, como produtos de higiene pessoal e alimentos, que podem ser disponibilizados em subinstalações para entrega no mesmo dia.

Com uma carreira de sete anos na Amazon, Roach liderou por quase 3 anos o JFK, que processa mais de 500 milhões de unidades por ano. O sistema conta com robôs, chamados AR (Amazon Robotics), que circulam pelos gigantescos pisos para otimizar a movimentação e organização dos produtos.

O caminho do pacote

Roach explica que o caminho do pacote começa com a chegada de produtos em grandes volumes nos centros de distribuição. Por exemplo, se uma marca como a L’Oreal envia mil batons em uma única caixa, a Amazon se encarrega de dividir essa carga em unidades individuais.

Uma vez selecionado, o produto passa por um rigoroso processo de embalagem e rastreamento. Se o pedido for simples, o item vai direto para o setor de “solteiros”, onde é preparado para envio. Se o pedido incluir vários itens, como um batom e um pincel de maquiagem, cada um segue para seu respectivo setor para ser combinado. A precisão é garantida através de uma tecnologia que escaneia os códigos de barras e direciona automaticamente os pacotes para os centros de distribuição corretos.

Após esse processo, os pacotes são encaminhados para os centros de triagem ou diretamente para um reboque, que segue para o centro de distribuição local, de onde os pacotes são finalmente enviados para os clientes. Isso acontece de forma tão rápida, que é possível, em alguns casos, receber um pedido em questão de horas após a compra.

“Ao usar os hábitos de compra dos consumidores, percebemos quais itens precisam estar mais próximos do cliente com base nos hábitos de compra de vocês como consumidores. Com base nisso, temos certos produtos em uma subestação no mesmo dia, como artigos de higiene ou descartáveis. Então, se você comprar escovas de dente ou pasta de dente, por exemplo, elas saem de uma subestação no mesmo dia”, explica.

Sustentabilidade

Roach destaca que a Amazon implementou práticas para reduzir o uso de materiais como papelão ondulado. Por exemplo, produtos como televisores agora são enviados em suas embalagens originais, eliminando a necessidade de reembalagem. Segundo Roach, isso também aumenta a produtividade, uma vez que os pacotes recebem apenas uma etiqueta antes de serem enviados.

Essas mudanças vêm acompanhadas de melhorias tecnológicas. No JFK, por exemplo, há sistemas avançados que fotografam os itens para monitorar o inventário em tempo real, garantindo maior precisão e organização. “Com essas melhorias, os produtos chegam aos clientes no prazo e em perfeito estado, o que aumenta a satisfação do consumidor”, afirma o diretor.

Fonte: “Amazon investe em regionalização para transformar logística e agilizar entregas – Mercado&Consumo

Logística 5.0: tecnologia está redesenhando o setor em 2025

O ano de 2025 marca o início de uma revolução na logística, com a integração de tecnologias avançadas transformando profundamente a maneira como empresas operam e atendem seus clientes. Neste cenário dinâmico, a inovação surge como uma ferramenta essencial para otimizar processos, reduzir custos e melhorar a experiência do consumidor em um mercado cada vez mais exigente.Entre as tendências que ganham destaque, a Inteligência Artificial (IA) lidera a transformação digital do setor. De acordo com um levantamento da Data Makers, 80% dos líderes empresariais priorizam investimentos em IA, reconhecendo seu potencial para revolucionar desde a automação de armazéns até o atendimento ao cliente.

IA em ação
A aplicação da IA em logística vai além da automação convencional. Com algoritmos inteligentes, as empresas podem prever demandas com precisão, otimizar rotas e gerenciar estoques de maneira eficiente. Essa tecnologia também se destaca na manutenção preditiva, onde sensores monitoram equipamentos em tempo real, reduzindo falhas e garantindo operações ininterruptas.

IoT e Robótica: conexão e automação
Outra tendência em alta é a Internet das Coisas (IoT), que conecta todos os elos da cadeia de suprimentos. Sensores inteligentes monitoram variáveis críticas como temperatura e localização, assegurando visibilidade total das operações. Enquanto isso, robôs autônomos e drones tornam armazéns mais ágeis, realizando tarefas como picking e inventário com precisão e velocidade.

Segurança e sustentabilidade no centro das decisões
A segurança e a transparência também ganham força com a adoção do blockchain, tecnologia que garante rastreabilidade e autenticidade dos produtos. Em paralelo, a sustentabilidade continua como prioridade, com empresas investindo em frotas eletrificadas, energias renováveis e embalagens ecológicas para reduzir o impacto ambiental.

Essas inovações representam não apenas avanços tecnológicos, mas uma transformação estrutural que beneficia tanto empresas quanto consumidores. Em um setor cada vez mais competitivo, a adoção dessas tendências pode ser o diferencial para se destacar no mercado em 2025.

Fonte: “Logística 5.0: tecnologia está redesenhando o setor em 2025

Gigantes da Logística: A operação do Grupo Boticário em números

A empresa opera com três fábricas no Brasil, dez centros de distribuição e uma rede de mais de 4 mil lojas espalhadas por mais de 1,7 mil cidades.

O Grupo Boticário é o destaque da quarta reportagem da série “Gigantes da Logística”, produzida com exclusividade pela MundoLogística. A empresa, uma das referências no mercado de beleza no Brasil, desenvolveu ao longo dos anos uma operação logística que sustenta sua presença em milhares de cidades brasileiras, conectando diferentes canais de venda.

A empresa opera com três fábricas no Brasil, sete centros de distribuição e uma rede de mais de 4 mil lojas espalhadas por mais de 1,7 mil cidades. Ao longo desta reportagem, exploramos como o Grupo Boticário organiza sua cadeia logística, o papel das transportadoras na operação e como a empresa responde às demandas de um mercado cada vez mais omnichannel.

Operação em Números

  • 3 fábricas
  • 10 CDs
  • 4.000 lojas
  • 1.700 cidades
  • 50 transportadoras terceirizadas
  • 3.000 colaboradores de logística
  • 4.000.000 de entregas/ano
  • 2 mil SKUs lançados/ano
  • + de 400 franqueados
  • + de R$ 4,2 bi em investimentos

Em entrevista exclusiva à MundoLogística, o diretor-executivo de Suprimentos do Grupo Boticário, Fabio Miguel, detalhou a complexidade da operação logística da empresa, que integra diversas etapas e canais de distribuição para atender ao mercado brasileiro.

“A operação do Grupo Boticário é bastante complexa, algo que explico como sendo end-to-end. Importamos matérias-primas e embalagens de sete países, além de trabalharmos com 300 fornecedores locais”, afirmou.

Segundo o executivo, toda essa logística envolve a captação e importação de insumos vindos de países como Alemanha, Estados Unidos e China, ou de fornecedores dentro do Brasil. Os materiais são armazenados em centros logísticos localizados dentro das fábricas, onde aguardam o momento certo para abastecer a produção.

Após a etapa de fabricação, os produtos são transportados para os centros de distribuição, o que Fábio Miguel denomina middle mile. A operação se divide em três fases principais: o first mile, referente ao transporte de insumos e embalagens; o middle mile, que conecta as fábricas aos CDs; e o last mile, responsável pela entrega final.

Na avaliação de Miguel, o last mile apresenta maior complexidade devido à diversidade de canais atendidos. “Estamos presentes com os franqueados, nossos parceiros há 47 anos, no modelo de lojas físicas; com as revendedoras do modelo door-to-door, em que entramos em 2012; em farmácias e supermercados; e no e-commerce, que cresceu significativamente, principalmente no período pós-pandemia”, destacou o executivo.

O grupo conta com sete centros de distribuição, localizados em Registro (SP), São Gonçalo dos Campos (BA), Serra (ES), Varginha (MG), Campina Grande do Sul (PR), Cajamar (SP), São José do Rio Preto (SP), Portugal, Colômbia e Estados Unidos.

MALHA LOGÍSTICA DO GRUPO BOTICÁRIO

A malha logística do Grupo Boticário reflete a dimensão e a diversidade das operações da empresa. Fábio Miguel detalhou como a rede de parceiros e a infraestrutura operacional sustentam o atendimento a mais de 4 mil lojas distribuídas em 1,7 mil cidades brasileiras.

“Nossa malha logística é ampla e diversificada. Contamos com 53 parceiros responsáveis pelo transporte no last mile e com outros 34 parceiros dedicados ao first mile e ao middle mile, que envolvem a importação de insumos e a distribuição entre fábricas e CD”, explicou.

A logística do grupo também enfrenta desafios impostos pela geografia e pelo clima. “Por exemplo, para atender localidades no Amazonas, é necessário transporte fluvial, utilizando navios e barcos até alcançar cidades menores. Em contrapartida, enfrentamos desafios sazonais, como chuvas no Sul, que no ano passado nos obrigaram a realizar desvios de até 400 km para alcançar destinos como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, saindo do Paraná”, ressaltou o executivo.

Apesar das dificuldades regionais, a operação também se beneficia das grandes rodovias que conectam as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, facilitando o transporte de mercadorias. A robustez da malha logística permite que o Grupo Boticário realize cerca de 4 milhões de entregas por ano, atendendo canais de venda variados, como lojas físicas, revendedoras, mercado B2B (farmácias e supermercados), e-commerce e omnichannel.

Na avaliação da companhia, a dimensão das entregas é tão significativa que equivale a quase 500 viagens de ida e volta à Lua, mostrando a escala e o alcance da operação.

Para Fábio Miguel, o principal diferencial da operação logística do Grupo Boticário está na capacidade de atendimento omnichannel e na proximidade com os franqueados. “Nosso principal diferencial é o tempo de atendimento e a parceria com os franqueados, além de nossa capacidade de entrega omnichannel, que abrange a casa das revendedoras e consumidores em qualquer parte do Brasil”, destacou.

Conforme explicação do executivo, o Grupo Boticário adota uma abordagem logística end-to-end. “No caso do Grupo Boticário, realizamos toda a operação de ponta a ponta, desde a produção até a entrega final. Seja na casa do consumidor ou na loja do franqueado, seja em Cuiabá, no Rio Grande do Norte ou no Rio Grande do Sul, toda a logística é gerida por nós”, explicou.

Além disso, Fábio Miguel comentou a estratégia do grupo para lidar com os desafios sazonais e os picos de demanda, especialmente durante datas comemorativas como o Dia das Mães e o Natal. “Cada vez mais, estamos antecipando a produção e as entregas. Por exemplo, no caso do Dia das Mães, que ocorre em maio, começamos a produção em janeiro, com entregas programadas para fevereiro e março. Para o Natal, iniciamos a produção em junho, com a primeira entrega em setembro, a segunda em outubro e a última em novembro”, explicou.

De acordo com o executivo, o planejamento antecipado permite que a demanda seja atendida de forma gradual, evitando sobrecarga em meses específicos. “Como os franqueados não têm capacidade para receber todas as entregas de uma vez, fatiamos as entregas, permitindo que eles recebam, armazenem e vendam de maneira mais eficiente.”

GESTÃO DO TRABALHO HUMANO

Com mais de 3 mil colaboradores diretos e indiretos na área de logística, o Grupo Boticário lida com a constante necessidade de capacitação e desenvolvimento dos colaboradores para manter a eficiência de suas operações. “Temos cursos e treinamentos muito fortes, especialmente voltados para o público operacional, que fazem parte da nossa rotina”, afirmou Fábio Miguel.

Segundo o executivo, a empresa oferece níveis de formação que vão do 1 ao 5. O nível 1, por exemplo, é um nivelamento de matemática, português e aulas básicas, até que o colaborador atinja o nível 5, onde ele já tem conhecimento sobre qualidade, produtividade, programas e eficiência.

“O objetivo é que ele seja capaz de resolver problemas com autonomia, sem precisar recorrer constantemente a um técnico ou supervisor no dia a dia. Assim, eles conseguem perceber, após 23 anos de formação, todo o seu desenvolvimento, e muitos se destacam. É nesse momento que muitos começam a assumir posições de liderança e maiores responsabilidades”, disse.

Além dos cursos internos, o Grupo Boticário também investe no desenvolvimento externo. “Se precisamos de um técnico de logística para aprender mais sobre automação, por exemplo, o enviamos para uma feira de logística na Alemanha. Esse trabalho é importante porque ele retorna com novas ideias, observa os temas e os problemas enfrentados por outras empresas e, ao voltar, já traz projetos novos, como de uma nova fábrica ou um novo centro de distribuição em Minas. Ele também compartilha ideias sobre o que deu certo e o que não deu certo, o que é importante”, destacou Miguel.

FROTA TERCEIRIZADA X INFRAESTRUTURA BRASILEIRA

A frota do Grupo Boticário é terceirizada, composta por mais de 50 transportadoras para atender todos os canais do grupo, como lojas, revendedoras e distribuidores. Para atender à crescente demanda do e-commerce, o grupo conta com 8 transportadoras dedicadas exclusivamente ao canal online.

Atualmente, a gestão logística do Grupo Boticário é voltada para o transporte rodoviário no Brasil. Como destaca Fábio Miguel, o Brasil é um país continental, sem uma malha ferroviária robusta como a de outros países continentais, como Estados Unidos e China, o que torna o transporte rodoviário ainda mais essencial. “No Brasil, a principal alternativa é o caminhão, e por isso há a necessidade de contar com um grande número de transportadoras, que geralmente são regionalizadas”, explicou.

Outro grande desafio mencionado pelo executivo é a sustentabilidade, uma vez que a logística rodoviária ainda possui grande impacto ambiental. No entanto, o Grupo Boticário está implementando iniciativas para minimizar esse impacto. “Estamos investindo no uso de GNV e estudando o biometano como alternativas mais sustentáveis”, disse o executivo.

Em grandes capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba, a companhia possui um projeto, que utiliza veículos elétricos, todos dirigidos por mulheres. Esse projeto inclui mais de 90 caminhões pequenos e elétricos que circulam durante o horário comercial, quando os caminhões maiores são restritos.

“Esses veículos elétricos, além de serem sustentáveis, são conduzidos por mulheres, o que gera um engajamento significativo, pois nossas franquias frequentemente são gerenciadas por mulheres. Assim, temos uma mulher realizando a entrega para outra”, ressaltou.

LOGÍSTICA INTERNACIONAL

O Grupo Boticário também expande suas operações além das fronteiras brasileiras, com centros de distribuição localizados em diferentes pontos do mundo. A companhia possui um CD em Lisboa (Portugal), facilitando o abastecimento do mercado europeu; em Charlotte, na Carolina do Norte (EUA), atendendo à demanda norte-americana; e em Bogotá (Colômbia), para atender à região da América Latina.

Quando questionado sobre a diferença da logística brasileira comparada com outros países, Fábio Miguel destacou a importância das parcerias regionais. “Temos 53 transportadoras, muitas delas especializadas em suas regiões, como na Bahia e no Amazonas. No Amazonas, por exemplo, a logística exige uma abordagem diferenciada. Chegar em Manaus é relativamente mais fácil, mas, uma vez lá, as operações se tornam mais complexas”, explicou.

No entanto, para alcançar as cidades do interior do Amazonas, a companhia utiliza barcos, o que apresenta desafios, principalmente durante a seca, quando a navegação fica mais difícil. “Também enfrentamos dificuldades em momentos de chuvas intensas no Rio Grande do Sul, o que exige um controle rigoroso das operações de estradas e caminhões para garantir o abastecimento”, disse o executivo.

Em comparação com outros países, como Portugal, a logística é mais simples, já que a malha viária é mais desenvolvida, além da diferença geográfica de tamanho. “Nos Estados Unidos e na Colômbia, também temos parcerias estratégicas. No caso dos Estados Unidos, o processo envolve o transporte do Brasil até as fábricas locais, e, a partir daí, um parceiro realiza a entrega diretamente nas casas dos consumidores, especialmente no e-commerce”, exemplificou.

INVESTIMENTOS FUTUROS

Em agosto de 2024, o Grupo Boticário anunciou um investimento de R$ 4,14 bilhões para aumentar a capacidade logística e industrial. A Bahia receberá parte desse montante para expandir em 50% a capacidade produtiva da fábrica de Camaçari e ampliar sua malha logística.

De acordo com a empresa, a nova fábrica em Pouso Alegre (MG), com aporte de R$ 1,8 bilhão, trará mudanças significativas para a logística nacional, aumentando a capilaridade das operações e otimizando os fluxos de distribuição.

Segundo Fábio Miguel, será necessária uma logística robusta para atender a nova fábrica. “Contaremos com 11 armazéns logísticos para armazenar matérias-primas, como vidros, válvulas, embalagens plásticas e bisnagas, essenciais para a produção de perfumaria, xampus e hidratantes. No processo de outbound, o centro de distribuição em Varginha será ampliado para concentrar grande parte dos produtos fabricados em Minas Gerais e redistribuí-los para outros CDs regionais. Além disso, Minas Gerais contará com um novo CD, associado à nova fábrica”, explicou.

O Grupo também investirá R$ 840 milhões na unidade de São José dos Pinhais (PR) e R$ 700 milhões em expansões logísticas por todo o país até 2027.

Fonte: “Gigantes da Logística: A operação do Grupo Boticário em números

 

Personalização, comunidade e sustentabilidade: tendências de consumo fortalecem marketplaces de nicho em 2025

As mudanças tecnológicas, como o avanço da digitalização e da inteligência artificial, estão provocando uma espécie de revolução na forma como as pessoas consomem. Quem trabalha com e-commerce, seja no papel de seller ou no papel de administrador das plataformas, precisa entender o que esse novo consumidor quer. O empresário Rodrigo Leite, sócio da Supletotal Suplementos, chama a atenção para uma tendência cada vez mais forte: a personalização.

“Antigamente, era uma pessoa falando para muitas. Hoje, você precisa falar para muitos individualmente. Quando se fala de personalização, eu sempre cito o exemplo do Ômega 3. No início, era um produto só. Atualmente, é preciso atender necessidades específicas. Tem Ômega 3 para visão, voltado para o coração, para questões neurocerebrais, etc. O consumidor quer um produto feito para ele”, diz Leite.

Além da personalização citada pelo empresário Rodrigo Leite, o relatório Global Consumer Trends 2025, da Mintel, aponta a comunidade e a sustentabilidade com outras grandes tendências de consumo para 2025. E, juntas, essas três tendências fortalecem os marketplaces de nicho que, por serem segmentados, apresentam uma oferta maior de opções customizadas de acordo com o perfil de cada cliente e são especializados naquilo que o público procura. É o caso da RD Saúde Marketplace, que investe na ampliação constante do portfólio e está sempre aberta a novas parcerias com sellers das áreas de saúde, bem-estar e beleza.

“Nós temos uma grande capacidade de oferecer o que o cliente busca dentro do nosso nicho. A personalização, a comunidade e a sustentabilidade estão no nosso DNA segmentado e ajudam a criar uma conexão verdadeira com o público. Do ponto de vista da personalização, expandir o portfólio e mostrar ao cliente uma vitrine que seja mais parecida com o que ele está procurando são ações complementares. Já quando falamos de sustentabilidade e comunidade, esses são pilares nossos, são compromissos que assumimos publicamente por sermos uma empresa de saúde”, afirma André Luiz Araujo, gerente de E-Commerce da RD Saúde.

No dia a dia, a Supletotal sente a diferença que faz estar em um marketplace que tem fit com os produtos que vende. “O público da RD Saúde procura os nossos produtos, que são suplementos. Eu não vendo, por exemplo, videogame. Tem gente que vende suplemento, videogame e bola de futebol. Fica difícil você formar uma comunidade quando lojista e plataforma não têm o mesmo objetivo. Com a RD Saúde Marketplace, temos a garantia de que andamos juntos em uma mesma direção”, explica o sócio Rodrigo Leite.

O estudo da Mintel traz o conceito de comunidades que mesclam a interação física com a digital. Na RD Saúde, isso já acontece de forma prática com um modelo que combina a digitalização com a força das mais de 3.000 lojas físicas da Raia e Drogasil espalhadas pelo país. Ao fazer uma busca on-line, o cliente da farmácia descobre que tem acesso também a uma prateleira infinita na plataforma e as duas formas de comprar se complementam. “Estamos sempre de olho nas orientações e nas novidades que a RD Saúde Marketplace nos oferece. Essa parceria de uma empresa de menor porte com uma plataforma robusta propicia um envolvimento completo da comunidade. O ecossistema vai se fechando”, completa Leite.

O ecossistema se fecha também quando o tema é sustentabilidade. “O nosso cuidado vai além da curadoria em relação aos sellers, em saber se eles estão em sintonia com as nossas metas de sustentabilidade. A gente vem mapeando os produtos que são locais, orgânicos, veganos e sustentáveis. Para 2025, temos como plano selar esses produtos e dar uma visibilidade diferente a eles – o cliente vai poder selecionar os itens que tenham essas características”, detalha André Luiz Araujo.

Se as grandes tendências de consumo de 2025 trazem desafios, também criam oportunidades. Mas é preciso estar atento aos novos tempos. O cliente, mais do que nunca, é quem decide o que é melhor para ele.

Fonte: “Personalização, comunidade e sustentabilidade: tendências de consumo fortalecem marketplaces de nicho em 2025 – E-Commerce Brasil

O impacto bilionário do live marketing na economia brasileira alinhado ao crescimento da conexão entre marca e consumidor

O live marketing tem crescido de forma acelerada, gerando um impacto expressivo na economia brasileira. Em 2023, São Paulo movimentou R$ 9,3 bilhões com 1.286 eventos, atraindo sete milhões de participantes, consolidando-se como o epicentro desse ecossistema dinâmico e vibrante. Em 2021, o setor representava R$ 50 bilhões e, em 2025, a previsão é de que ultrapasse a marca dos R$ 100 bilhões, de acordo com o Anuário Brasileiro de Live Marketing 2024-2025. O crescimento do setor reflete sua diversificação, com eventos cada vez mais complexos e envolventes, que abrangem arquitetura, segurança, tecnologia digital, alimentação e e-commerce.

O e-commerce no Brasil, por sua vez, segue em forte expansão, refletindo uma mudança clara no comportamento dos consumidores, que buscam conveniência e agilidade nas compras. Nesse contexto, o live marketing surge como uma poderosa ferramenta para conectar o físico e o digital. Ao transformar grandes eventos ao vivo em experiências interativas, as marcas conseguem não só engajar o público no momento, mas também direcioná-lo para plataformas de e-commerce, estimulando compras imediatas e criando um ciclo contínuo de engajamento e conversão. Durante eventos, a integração de tecnologias como QR codes, aplicativos e transmissões ao vivo se torna essencial para criar uma experiência contínua e engajante, permitindo que o público tenha acesso a descontos exclusivos e links para comprar produtos diretamente.

Integração de tecnologias

Eventos de grande porte como Rock in Rio e The Town são exemplos de como o live marketing tem se integrado perfeitamente ao cenário econômico do país. As ativações nesses eventos não apenas intensificam a experiência do consumidor, mas também impulsionam a compra de produtos e serviços diretamente nas plataformas digitais. O uso de tecnologias inovadoras, como realidade aumentada (AR), realidade virtual (VR) e metaverso, tem expandido as possibilidades de interação, permitindo personalizações em tempo real que direcionam o público para canais de venda, facilitando a conversão e fortalecendo a fidelização. Essas tecnologias não só transformam a maneira como as marcas interagem com o público, mas também permitem que as experiências sejam ainda mais imersivas e personalizadas, criando uma conexão profunda com os consumidores.

A recuperação acelerada pós-pandemia consolidou o live marketing como um dos principais motores de interação entre marcas e consumidores. Hoje, construir uma marca forte vai além das estratégias digitais: a experiência ao vivo é essencial para criar conexões genuínas e memoráveis. Além disso, a sustentabilidade tem ganhado cada vez mais relevância. Em um cenário no qual os consumidores estão cada vez mais atentos às práticas responsáveis, os eventos têm se preocupado em minimizar seu impacto ambiental, com ações como a redução do uso de plásticos, a promoção de transportes sustentáveis e a compensação de carbono. Essas iniciativas não só reforçam a imagem das marcas, mas também conectam-nas com um público que valoriza a responsabilidade social e ambiental. Além disso, promover produtos ecológicos ou de baixo impacto ambiental durante eventos é uma maneira eficaz de alinhar a marca aos valores dos consumidores conscientes.

O futuro e a sustentabilidade

O futuro do live marketing é promissor, com a expectativa de que os investimentos em ativações e eventos dobrem até 2025. Para que esse crescimento seja sustentável e eficaz, o setor precisa se organizar com mais transparência, garantindo um ambiente saudável e colaborativo entre agências, fornecedores e empresas. Para isso, as marcas devem focar na personalização das experiências, utilizando dados dos participantes para criar ofertas e conteúdos exclusivos que mantenham o engajamento após o evento. A utilização de plataformas digitais, como redes sociais e apps, é fundamental para garantir que a interação com os consumidores continue, criando um ciclo de fidelização e oportunidades de novas conversões.

A estratégia, ao unir o físico e o digital, oferece uma fórmula ideal para um mundo cada vez mais conectado, mas que ainda valoriza a experiência ao vivo. Sua integração com o e-commerce amplifica as oportunidades de conversão, enquanto seu impacto sustentável e tecnológico fortalece a relevância das ações. Essa estratégia se consolidou como uma ferramenta essencial na construção de marcas autênticas e impactantes. E, com um potencial de crescimento notável, continuará a ser um pilar central na economia brasileira.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/o-impacto-bilionario-do-live-marketing-na-economia-brasileira-alinhado-ao-crescimento-da-conexao-entre-marca-e-consumidor”

É o fim dos ‘influencers’? Veja dez tendências de marketing que vão bombar em 2025, segundo estudo

Conquistar a atenção dos consumidores será um desafio em 2025, a economia dos criadores deve crescer e a IA pode colocar barreiras para as marcas superarem.

Inteligência artificial que cria, escreve e interage. Consumidores mais conscientes sobre sustentabilidade e inclusão. Criadores de conteúdo emergindo como protagonistas na construção de comunidades. Essas são algumas das forças que, segundo um estudo da Kantar, estão prestes a inaugurar uma nova era no marketing.

O relatório prevê que 2025 será um ano de transformações significativas, impulsionado por avanços tecnológicos, mudanças nos hábitos de consumo e uma crescente demanda para que marcas se alinhem a valores sociais.

Veja, a seguir, dez tendências que prometem moldar o futuro do marketing e redefinir os rumos das marcas no cenário global.

1. Inteligência artificial: revolução com desafios

A inteligência artificial está redefinindo o marketing, mas ainda há barreiras a superar. Apesar de 68% dos profissionais de marketing terem uma visão positiva dessa tecnologia, 36% afirmam não possuir as habilidades necessárias para utilizá-la de forma eficaz. Além disso, 43% dos consumidores ainda desconfiam de anúncios gerados por IA, tornando a transparência e a qualidade dos dados de treinamento fundamentais.

2. Sustentabilidade: de opção a necessidade

Com 93% dos consumidores buscando um estilo de vida mais sustentável, a sustentabilidade deixou de ser apenas um diferencial para se tornar um imperativo. Empresas que integram a agenda ESG em toda a organização – e não apenas em campanhas de marketing – já estão captando bilhões em valor de marca.

3. Diversidade e Inclusão: prioridade para o crescimento

Quase 80% dos consumidores consideram a percepção de diversidade e inclusão de uma marca um fator decisivo de compra. A Geração Z e os Millennials, em particular, esperam que as marcas sejam representativas e justas.

4. Criadores de Conteúdo: a nova força de influência

Os ‘influencers’ não vão acabar. Pelo contrário. A economia dos criadores deve crescer de US$ 250 bilhões em 2024 para US$ 480 bilhões em 2027. Conteúdo liderado por criadores oferece 4,85 vezes mais distinção de marca, tornando-se uma ferramenta indispensável para gerar engajamento autêntico.

5. Menos consumidores, mais estratégia

Com a desaceleração do crescimento populacional global, marcas precisarão encontrar novas formas de expansão. Iniciativas como a criação de novos espaços e a predisposição de mais consumidores serão vitais para sustentar o crescimento.

6. Streaming e TV: a transformação da publicidade

Enquanto a TV aberta ainda domina o alcance, 50% dos espectadores já passam mais tempo em plataformas de streaming. Com 55% dos profissionais de marketing planejando investir mais em streaming em 2025, o desafio será encontrar a combinação certa entre canais tradicionais e digitais.

7. Comércio de livestreaming

O livestreaming já é responsável por uma fatia significativa do varejo na China e deve alcançar 20% do mercado até 2026. A modalidade, que combina entretenimento e compras, aumenta a afinidade de marca e a intenção de compra, representando uma grande oportunidade global.

8. Redes de mídia de varejo: precisão em publicidade

As RMNs, plataformas digitais operadas por varejistas, estão redefinindo a publicidade personalizada. Com previsão de representar quase 25% dos gastos publicitários nos EUA até 2028, elas são vistas como uma oportunidade estratégica para engajar consumidores de maneira mais eficaz.

9. Atenção como principal moeda

Conquistar a atenção dos consumidores será um desafio crescente em 2025. Com a saturação de anúncios, marcas precisarão elevar o nível de criatividade e relevância para capturar o interesse em meio à concorrência.

10. Inovação: explorando novos territórios

Marcas que buscam crescimento incremental estão apostando em inovações disruptivas. Aquelas que exploram novos espaços duplicam suas chances de crescimento, provando que a ousadia continua a ser uma vantagem competitiva.

Fonte: “https://exame.com/carreira/e-o-fim-dos-influencers-veja-dez-tendencias-de-marketing-que-vao-bombar-em-2025-segundo-estudo/”

 

Indústria logística deve reduzir emissões de carbono em 45% até 2030; entenda o estudo

Índice do BCG aponta que apesar da forte pressão do mercado, o setor ainda enfrenta dificuldades para avançar em soluções sustentáveis.

O Boston Consulting Group (BCG) analisou as 100 maiores empresas da indústria de logística global para identificar o avanço na jornada rumo à descarbonização. O estudo “Tapping into the Power of the BCG Decarbonization Index for Logistics Service Providers” apontou que, apesar do aumento da conscientização, a implementação de práticas sustentáveis ainda é um desafio para a maioria das companhias. O setor precisa reduzir em 45% as emissões de carbono até 2030.

A pesquisa identificou que a cadeia de logística emite globalmente 22% dos gases de efeito estufa, sendo o transporte de mercadorias responsável por mais de 40% desse total. Contudo, segundo o BCG Logistics Decarbonization Index — índice que comprime os dados do setor em um único sistema de pontuação — entre 2022 e 2023, a descarbonização do setor subiu apenas de 5 para 6 (em uma escala de 100).

O levantamento revelou que 43% dos entrevistados não fizeram praticamente nada em termos de descarbonização e somente 8% demonstram um compromisso real com a redução dos gases de efeito estufa, com metas ambiciosas, estratégias bem definidas e ações implementadas que geram resultados concretos.

De acordo com a análise, o cenário é impulsionado por três fatores principais: a crescente pressão do mercado por serviços logísticos verdes, com organizações sustentáveis apresentando retornos até 10% superiores para os acionistas; regulamentações governamentais mais rigorosas; e a crescente inovação e colaboração entre empresas.

Para acelerar o progresso rumo a um futuro com emissão zero, a consultoria recomenda que as empresas de logística adotem os “5 Ds”:

  • Determinar. Mensurar e monitorar a pegada de carbono para identificar as principais fontes de emissão.
  • Discernir. Analisar as pressões do mercado e as oportunidades emergentes na área de sustentabilidade.
  • Desenvolver. Criar um business case sólido para a descarbonização, considerando os custos, benefícios e retorno sobre o investimento.
  • Diferenciar. Produzir ofertas de serviços verdes que atendam às demandas dos clientes e se destaquem no mercado.
  • Desenhar. Elaborar um plano de transição detalhado com metas, prazos e recursos definidos.

Fonte: “Indústria logística deve reduzir emissões de carbono em 45%