Gigantes da Logística: A operação do Grupo Boticário em números

A empresa opera com três fábricas no Brasil, dez centros de distribuição e uma rede de mais de 4 mil lojas espalhadas por mais de 1,7 mil cidades.

O Grupo Boticário é o destaque da quarta reportagem da série “Gigantes da Logística”, produzida com exclusividade pela MundoLogística. A empresa, uma das referências no mercado de beleza no Brasil, desenvolveu ao longo dos anos uma operação logística que sustenta sua presença em milhares de cidades brasileiras, conectando diferentes canais de venda.

A empresa opera com três fábricas no Brasil, sete centros de distribuição e uma rede de mais de 4 mil lojas espalhadas por mais de 1,7 mil cidades. Ao longo desta reportagem, exploramos como o Grupo Boticário organiza sua cadeia logística, o papel das transportadoras na operação e como a empresa responde às demandas de um mercado cada vez mais omnichannel.

Operação em Números

  • 3 fábricas
  • 10 CDs
  • 4.000 lojas
  • 1.700 cidades
  • 50 transportadoras terceirizadas
  • 3.000 colaboradores de logística
  • 4.000.000 de entregas/ano
  • 2 mil SKUs lançados/ano
  • + de 400 franqueados
  • + de R$ 4,2 bi em investimentos

Em entrevista exclusiva à MundoLogística, o diretor-executivo de Suprimentos do Grupo Boticário, Fabio Miguel, detalhou a complexidade da operação logística da empresa, que integra diversas etapas e canais de distribuição para atender ao mercado brasileiro.

“A operação do Grupo Boticário é bastante complexa, algo que explico como sendo end-to-end. Importamos matérias-primas e embalagens de sete países, além de trabalharmos com 300 fornecedores locais”, afirmou.

Segundo o executivo, toda essa logística envolve a captação e importação de insumos vindos de países como Alemanha, Estados Unidos e China, ou de fornecedores dentro do Brasil. Os materiais são armazenados em centros logísticos localizados dentro das fábricas, onde aguardam o momento certo para abastecer a produção.

Após a etapa de fabricação, os produtos são transportados para os centros de distribuição, o que Fábio Miguel denomina middle mile. A operação se divide em três fases principais: o first mile, referente ao transporte de insumos e embalagens; o middle mile, que conecta as fábricas aos CDs; e o last mile, responsável pela entrega final.

Na avaliação de Miguel, o last mile apresenta maior complexidade devido à diversidade de canais atendidos. “Estamos presentes com os franqueados, nossos parceiros há 47 anos, no modelo de lojas físicas; com as revendedoras do modelo door-to-door, em que entramos em 2012; em farmácias e supermercados; e no e-commerce, que cresceu significativamente, principalmente no período pós-pandemia”, destacou o executivo.

O grupo conta com sete centros de distribuição, localizados em Registro (SP), São Gonçalo dos Campos (BA), Serra (ES), Varginha (MG), Campina Grande do Sul (PR), Cajamar (SP), São José do Rio Preto (SP), Portugal, Colômbia e Estados Unidos.

MALHA LOGÍSTICA DO GRUPO BOTICÁRIO

A malha logística do Grupo Boticário reflete a dimensão e a diversidade das operações da empresa. Fábio Miguel detalhou como a rede de parceiros e a infraestrutura operacional sustentam o atendimento a mais de 4 mil lojas distribuídas em 1,7 mil cidades brasileiras.

“Nossa malha logística é ampla e diversificada. Contamos com 53 parceiros responsáveis pelo transporte no last mile e com outros 34 parceiros dedicados ao first mile e ao middle mile, que envolvem a importação de insumos e a distribuição entre fábricas e CD”, explicou.

A logística do grupo também enfrenta desafios impostos pela geografia e pelo clima. “Por exemplo, para atender localidades no Amazonas, é necessário transporte fluvial, utilizando navios e barcos até alcançar cidades menores. Em contrapartida, enfrentamos desafios sazonais, como chuvas no Sul, que no ano passado nos obrigaram a realizar desvios de até 400 km para alcançar destinos como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, saindo do Paraná”, ressaltou o executivo.

Apesar das dificuldades regionais, a operação também se beneficia das grandes rodovias que conectam as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, facilitando o transporte de mercadorias. A robustez da malha logística permite que o Grupo Boticário realize cerca de 4 milhões de entregas por ano, atendendo canais de venda variados, como lojas físicas, revendedoras, mercado B2B (farmácias e supermercados), e-commerce e omnichannel.

Na avaliação da companhia, a dimensão das entregas é tão significativa que equivale a quase 500 viagens de ida e volta à Lua, mostrando a escala e o alcance da operação.

Para Fábio Miguel, o principal diferencial da operação logística do Grupo Boticário está na capacidade de atendimento omnichannel e na proximidade com os franqueados. “Nosso principal diferencial é o tempo de atendimento e a parceria com os franqueados, além de nossa capacidade de entrega omnichannel, que abrange a casa das revendedoras e consumidores em qualquer parte do Brasil”, destacou.

Conforme explicação do executivo, o Grupo Boticário adota uma abordagem logística end-to-end. “No caso do Grupo Boticário, realizamos toda a operação de ponta a ponta, desde a produção até a entrega final. Seja na casa do consumidor ou na loja do franqueado, seja em Cuiabá, no Rio Grande do Norte ou no Rio Grande do Sul, toda a logística é gerida por nós”, explicou.

Além disso, Fábio Miguel comentou a estratégia do grupo para lidar com os desafios sazonais e os picos de demanda, especialmente durante datas comemorativas como o Dia das Mães e o Natal. “Cada vez mais, estamos antecipando a produção e as entregas. Por exemplo, no caso do Dia das Mães, que ocorre em maio, começamos a produção em janeiro, com entregas programadas para fevereiro e março. Para o Natal, iniciamos a produção em junho, com a primeira entrega em setembro, a segunda em outubro e a última em novembro”, explicou.

De acordo com o executivo, o planejamento antecipado permite que a demanda seja atendida de forma gradual, evitando sobrecarga em meses específicos. “Como os franqueados não têm capacidade para receber todas as entregas de uma vez, fatiamos as entregas, permitindo que eles recebam, armazenem e vendam de maneira mais eficiente.”

GESTÃO DO TRABALHO HUMANO

Com mais de 3 mil colaboradores diretos e indiretos na área de logística, o Grupo Boticário lida com a constante necessidade de capacitação e desenvolvimento dos colaboradores para manter a eficiência de suas operações. “Temos cursos e treinamentos muito fortes, especialmente voltados para o público operacional, que fazem parte da nossa rotina”, afirmou Fábio Miguel.

Segundo o executivo, a empresa oferece níveis de formação que vão do 1 ao 5. O nível 1, por exemplo, é um nivelamento de matemática, português e aulas básicas, até que o colaborador atinja o nível 5, onde ele já tem conhecimento sobre qualidade, produtividade, programas e eficiência.

“O objetivo é que ele seja capaz de resolver problemas com autonomia, sem precisar recorrer constantemente a um técnico ou supervisor no dia a dia. Assim, eles conseguem perceber, após 23 anos de formação, todo o seu desenvolvimento, e muitos se destacam. É nesse momento que muitos começam a assumir posições de liderança e maiores responsabilidades”, disse.

Além dos cursos internos, o Grupo Boticário também investe no desenvolvimento externo. “Se precisamos de um técnico de logística para aprender mais sobre automação, por exemplo, o enviamos para uma feira de logística na Alemanha. Esse trabalho é importante porque ele retorna com novas ideias, observa os temas e os problemas enfrentados por outras empresas e, ao voltar, já traz projetos novos, como de uma nova fábrica ou um novo centro de distribuição em Minas. Ele também compartilha ideias sobre o que deu certo e o que não deu certo, o que é importante”, destacou Miguel.

FROTA TERCEIRIZADA X INFRAESTRUTURA BRASILEIRA

A frota do Grupo Boticário é terceirizada, composta por mais de 50 transportadoras para atender todos os canais do grupo, como lojas, revendedoras e distribuidores. Para atender à crescente demanda do e-commerce, o grupo conta com 8 transportadoras dedicadas exclusivamente ao canal online.

Atualmente, a gestão logística do Grupo Boticário é voltada para o transporte rodoviário no Brasil. Como destaca Fábio Miguel, o Brasil é um país continental, sem uma malha ferroviária robusta como a de outros países continentais, como Estados Unidos e China, o que torna o transporte rodoviário ainda mais essencial. “No Brasil, a principal alternativa é o caminhão, e por isso há a necessidade de contar com um grande número de transportadoras, que geralmente são regionalizadas”, explicou.

Outro grande desafio mencionado pelo executivo é a sustentabilidade, uma vez que a logística rodoviária ainda possui grande impacto ambiental. No entanto, o Grupo Boticário está implementando iniciativas para minimizar esse impacto. “Estamos investindo no uso de GNV e estudando o biometano como alternativas mais sustentáveis”, disse o executivo.

Em grandes capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba, a companhia possui um projeto, que utiliza veículos elétricos, todos dirigidos por mulheres. Esse projeto inclui mais de 90 caminhões pequenos e elétricos que circulam durante o horário comercial, quando os caminhões maiores são restritos.

“Esses veículos elétricos, além de serem sustentáveis, são conduzidos por mulheres, o que gera um engajamento significativo, pois nossas franquias frequentemente são gerenciadas por mulheres. Assim, temos uma mulher realizando a entrega para outra”, ressaltou.

LOGÍSTICA INTERNACIONAL

O Grupo Boticário também expande suas operações além das fronteiras brasileiras, com centros de distribuição localizados em diferentes pontos do mundo. A companhia possui um CD em Lisboa (Portugal), facilitando o abastecimento do mercado europeu; em Charlotte, na Carolina do Norte (EUA), atendendo à demanda norte-americana; e em Bogotá (Colômbia), para atender à região da América Latina.

Quando questionado sobre a diferença da logística brasileira comparada com outros países, Fábio Miguel destacou a importância das parcerias regionais. “Temos 53 transportadoras, muitas delas especializadas em suas regiões, como na Bahia e no Amazonas. No Amazonas, por exemplo, a logística exige uma abordagem diferenciada. Chegar em Manaus é relativamente mais fácil, mas, uma vez lá, as operações se tornam mais complexas”, explicou.

No entanto, para alcançar as cidades do interior do Amazonas, a companhia utiliza barcos, o que apresenta desafios, principalmente durante a seca, quando a navegação fica mais difícil. “Também enfrentamos dificuldades em momentos de chuvas intensas no Rio Grande do Sul, o que exige um controle rigoroso das operações de estradas e caminhões para garantir o abastecimento”, disse o executivo.

Em comparação com outros países, como Portugal, a logística é mais simples, já que a malha viária é mais desenvolvida, além da diferença geográfica de tamanho. “Nos Estados Unidos e na Colômbia, também temos parcerias estratégicas. No caso dos Estados Unidos, o processo envolve o transporte do Brasil até as fábricas locais, e, a partir daí, um parceiro realiza a entrega diretamente nas casas dos consumidores, especialmente no e-commerce”, exemplificou.

INVESTIMENTOS FUTUROS

Em agosto de 2024, o Grupo Boticário anunciou um investimento de R$ 4,14 bilhões para aumentar a capacidade logística e industrial. A Bahia receberá parte desse montante para expandir em 50% a capacidade produtiva da fábrica de Camaçari e ampliar sua malha logística.

De acordo com a empresa, a nova fábrica em Pouso Alegre (MG), com aporte de R$ 1,8 bilhão, trará mudanças significativas para a logística nacional, aumentando a capilaridade das operações e otimizando os fluxos de distribuição.

Segundo Fábio Miguel, será necessária uma logística robusta para atender a nova fábrica. “Contaremos com 11 armazéns logísticos para armazenar matérias-primas, como vidros, válvulas, embalagens plásticas e bisnagas, essenciais para a produção de perfumaria, xampus e hidratantes. No processo de outbound, o centro de distribuição em Varginha será ampliado para concentrar grande parte dos produtos fabricados em Minas Gerais e redistribuí-los para outros CDs regionais. Além disso, Minas Gerais contará com um novo CD, associado à nova fábrica”, explicou.

O Grupo também investirá R$ 840 milhões na unidade de São José dos Pinhais (PR) e R$ 700 milhões em expansões logísticas por todo o país até 2027.

Fonte: “Gigantes da Logística: A operação do Grupo Boticário em números

 

Personalização, comunidade e sustentabilidade: tendências de consumo fortalecem marketplaces de nicho em 2025

As mudanças tecnológicas, como o avanço da digitalização e da inteligência artificial, estão provocando uma espécie de revolução na forma como as pessoas consomem. Quem trabalha com e-commerce, seja no papel de seller ou no papel de administrador das plataformas, precisa entender o que esse novo consumidor quer. O empresário Rodrigo Leite, sócio da Supletotal Suplementos, chama a atenção para uma tendência cada vez mais forte: a personalização.

“Antigamente, era uma pessoa falando para muitas. Hoje, você precisa falar para muitos individualmente. Quando se fala de personalização, eu sempre cito o exemplo do Ômega 3. No início, era um produto só. Atualmente, é preciso atender necessidades específicas. Tem Ômega 3 para visão, voltado para o coração, para questões neurocerebrais, etc. O consumidor quer um produto feito para ele”, diz Leite.

Além da personalização citada pelo empresário Rodrigo Leite, o relatório Global Consumer Trends 2025, da Mintel, aponta a comunidade e a sustentabilidade com outras grandes tendências de consumo para 2025. E, juntas, essas três tendências fortalecem os marketplaces de nicho que, por serem segmentados, apresentam uma oferta maior de opções customizadas de acordo com o perfil de cada cliente e são especializados naquilo que o público procura. É o caso da RD Saúde Marketplace, que investe na ampliação constante do portfólio e está sempre aberta a novas parcerias com sellers das áreas de saúde, bem-estar e beleza.

“Nós temos uma grande capacidade de oferecer o que o cliente busca dentro do nosso nicho. A personalização, a comunidade e a sustentabilidade estão no nosso DNA segmentado e ajudam a criar uma conexão verdadeira com o público. Do ponto de vista da personalização, expandir o portfólio e mostrar ao cliente uma vitrine que seja mais parecida com o que ele está procurando são ações complementares. Já quando falamos de sustentabilidade e comunidade, esses são pilares nossos, são compromissos que assumimos publicamente por sermos uma empresa de saúde”, afirma André Luiz Araujo, gerente de E-Commerce da RD Saúde.

No dia a dia, a Supletotal sente a diferença que faz estar em um marketplace que tem fit com os produtos que vende. “O público da RD Saúde procura os nossos produtos, que são suplementos. Eu não vendo, por exemplo, videogame. Tem gente que vende suplemento, videogame e bola de futebol. Fica difícil você formar uma comunidade quando lojista e plataforma não têm o mesmo objetivo. Com a RD Saúde Marketplace, temos a garantia de que andamos juntos em uma mesma direção”, explica o sócio Rodrigo Leite.

O estudo da Mintel traz o conceito de comunidades que mesclam a interação física com a digital. Na RD Saúde, isso já acontece de forma prática com um modelo que combina a digitalização com a força das mais de 3.000 lojas físicas da Raia e Drogasil espalhadas pelo país. Ao fazer uma busca on-line, o cliente da farmácia descobre que tem acesso também a uma prateleira infinita na plataforma e as duas formas de comprar se complementam. “Estamos sempre de olho nas orientações e nas novidades que a RD Saúde Marketplace nos oferece. Essa parceria de uma empresa de menor porte com uma plataforma robusta propicia um envolvimento completo da comunidade. O ecossistema vai se fechando”, completa Leite.

O ecossistema se fecha também quando o tema é sustentabilidade. “O nosso cuidado vai além da curadoria em relação aos sellers, em saber se eles estão em sintonia com as nossas metas de sustentabilidade. A gente vem mapeando os produtos que são locais, orgânicos, veganos e sustentáveis. Para 2025, temos como plano selar esses produtos e dar uma visibilidade diferente a eles – o cliente vai poder selecionar os itens que tenham essas características”, detalha André Luiz Araujo.

Se as grandes tendências de consumo de 2025 trazem desafios, também criam oportunidades. Mas é preciso estar atento aos novos tempos. O cliente, mais do que nunca, é quem decide o que é melhor para ele.

Fonte: “Personalização, comunidade e sustentabilidade: tendências de consumo fortalecem marketplaces de nicho em 2025 – E-Commerce Brasil

O impacto bilionário do live marketing na economia brasileira alinhado ao crescimento da conexão entre marca e consumidor

O live marketing tem crescido de forma acelerada, gerando um impacto expressivo na economia brasileira. Em 2023, São Paulo movimentou R$ 9,3 bilhões com 1.286 eventos, atraindo sete milhões de participantes, consolidando-se como o epicentro desse ecossistema dinâmico e vibrante. Em 2021, o setor representava R$ 50 bilhões e, em 2025, a previsão é de que ultrapasse a marca dos R$ 100 bilhões, de acordo com o Anuário Brasileiro de Live Marketing 2024-2025. O crescimento do setor reflete sua diversificação, com eventos cada vez mais complexos e envolventes, que abrangem arquitetura, segurança, tecnologia digital, alimentação e e-commerce.

O e-commerce no Brasil, por sua vez, segue em forte expansão, refletindo uma mudança clara no comportamento dos consumidores, que buscam conveniência e agilidade nas compras. Nesse contexto, o live marketing surge como uma poderosa ferramenta para conectar o físico e o digital. Ao transformar grandes eventos ao vivo em experiências interativas, as marcas conseguem não só engajar o público no momento, mas também direcioná-lo para plataformas de e-commerce, estimulando compras imediatas e criando um ciclo contínuo de engajamento e conversão. Durante eventos, a integração de tecnologias como QR codes, aplicativos e transmissões ao vivo se torna essencial para criar uma experiência contínua e engajante, permitindo que o público tenha acesso a descontos exclusivos e links para comprar produtos diretamente.

Integração de tecnologias

Eventos de grande porte como Rock in Rio e The Town são exemplos de como o live marketing tem se integrado perfeitamente ao cenário econômico do país. As ativações nesses eventos não apenas intensificam a experiência do consumidor, mas também impulsionam a compra de produtos e serviços diretamente nas plataformas digitais. O uso de tecnologias inovadoras, como realidade aumentada (AR), realidade virtual (VR) e metaverso, tem expandido as possibilidades de interação, permitindo personalizações em tempo real que direcionam o público para canais de venda, facilitando a conversão e fortalecendo a fidelização. Essas tecnologias não só transformam a maneira como as marcas interagem com o público, mas também permitem que as experiências sejam ainda mais imersivas e personalizadas, criando uma conexão profunda com os consumidores.

A recuperação acelerada pós-pandemia consolidou o live marketing como um dos principais motores de interação entre marcas e consumidores. Hoje, construir uma marca forte vai além das estratégias digitais: a experiência ao vivo é essencial para criar conexões genuínas e memoráveis. Além disso, a sustentabilidade tem ganhado cada vez mais relevância. Em um cenário no qual os consumidores estão cada vez mais atentos às práticas responsáveis, os eventos têm se preocupado em minimizar seu impacto ambiental, com ações como a redução do uso de plásticos, a promoção de transportes sustentáveis e a compensação de carbono. Essas iniciativas não só reforçam a imagem das marcas, mas também conectam-nas com um público que valoriza a responsabilidade social e ambiental. Além disso, promover produtos ecológicos ou de baixo impacto ambiental durante eventos é uma maneira eficaz de alinhar a marca aos valores dos consumidores conscientes.

O futuro e a sustentabilidade

O futuro do live marketing é promissor, com a expectativa de que os investimentos em ativações e eventos dobrem até 2025. Para que esse crescimento seja sustentável e eficaz, o setor precisa se organizar com mais transparência, garantindo um ambiente saudável e colaborativo entre agências, fornecedores e empresas. Para isso, as marcas devem focar na personalização das experiências, utilizando dados dos participantes para criar ofertas e conteúdos exclusivos que mantenham o engajamento após o evento. A utilização de plataformas digitais, como redes sociais e apps, é fundamental para garantir que a interação com os consumidores continue, criando um ciclo de fidelização e oportunidades de novas conversões.

A estratégia, ao unir o físico e o digital, oferece uma fórmula ideal para um mundo cada vez mais conectado, mas que ainda valoriza a experiência ao vivo. Sua integração com o e-commerce amplifica as oportunidades de conversão, enquanto seu impacto sustentável e tecnológico fortalece a relevância das ações. Essa estratégia se consolidou como uma ferramenta essencial na construção de marcas autênticas e impactantes. E, com um potencial de crescimento notável, continuará a ser um pilar central na economia brasileira.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/o-impacto-bilionario-do-live-marketing-na-economia-brasileira-alinhado-ao-crescimento-da-conexao-entre-marca-e-consumidor”

É o fim dos ‘influencers’? Veja dez tendências de marketing que vão bombar em 2025, segundo estudo

Conquistar a atenção dos consumidores será um desafio em 2025, a economia dos criadores deve crescer e a IA pode colocar barreiras para as marcas superarem.

Inteligência artificial que cria, escreve e interage. Consumidores mais conscientes sobre sustentabilidade e inclusão. Criadores de conteúdo emergindo como protagonistas na construção de comunidades. Essas são algumas das forças que, segundo um estudo da Kantar, estão prestes a inaugurar uma nova era no marketing.

O relatório prevê que 2025 será um ano de transformações significativas, impulsionado por avanços tecnológicos, mudanças nos hábitos de consumo e uma crescente demanda para que marcas se alinhem a valores sociais.

Veja, a seguir, dez tendências que prometem moldar o futuro do marketing e redefinir os rumos das marcas no cenário global.

1. Inteligência artificial: revolução com desafios

A inteligência artificial está redefinindo o marketing, mas ainda há barreiras a superar. Apesar de 68% dos profissionais de marketing terem uma visão positiva dessa tecnologia, 36% afirmam não possuir as habilidades necessárias para utilizá-la de forma eficaz. Além disso, 43% dos consumidores ainda desconfiam de anúncios gerados por IA, tornando a transparência e a qualidade dos dados de treinamento fundamentais.

2. Sustentabilidade: de opção a necessidade

Com 93% dos consumidores buscando um estilo de vida mais sustentável, a sustentabilidade deixou de ser apenas um diferencial para se tornar um imperativo. Empresas que integram a agenda ESG em toda a organização – e não apenas em campanhas de marketing – já estão captando bilhões em valor de marca.

3. Diversidade e Inclusão: prioridade para o crescimento

Quase 80% dos consumidores consideram a percepção de diversidade e inclusão de uma marca um fator decisivo de compra. A Geração Z e os Millennials, em particular, esperam que as marcas sejam representativas e justas.

4. Criadores de Conteúdo: a nova força de influência

Os ‘influencers’ não vão acabar. Pelo contrário. A economia dos criadores deve crescer de US$ 250 bilhões em 2024 para US$ 480 bilhões em 2027. Conteúdo liderado por criadores oferece 4,85 vezes mais distinção de marca, tornando-se uma ferramenta indispensável para gerar engajamento autêntico.

5. Menos consumidores, mais estratégia

Com a desaceleração do crescimento populacional global, marcas precisarão encontrar novas formas de expansão. Iniciativas como a criação de novos espaços e a predisposição de mais consumidores serão vitais para sustentar o crescimento.

6. Streaming e TV: a transformação da publicidade

Enquanto a TV aberta ainda domina o alcance, 50% dos espectadores já passam mais tempo em plataformas de streaming. Com 55% dos profissionais de marketing planejando investir mais em streaming em 2025, o desafio será encontrar a combinação certa entre canais tradicionais e digitais.

7. Comércio de livestreaming

O livestreaming já é responsável por uma fatia significativa do varejo na China e deve alcançar 20% do mercado até 2026. A modalidade, que combina entretenimento e compras, aumenta a afinidade de marca e a intenção de compra, representando uma grande oportunidade global.

8. Redes de mídia de varejo: precisão em publicidade

As RMNs, plataformas digitais operadas por varejistas, estão redefinindo a publicidade personalizada. Com previsão de representar quase 25% dos gastos publicitários nos EUA até 2028, elas são vistas como uma oportunidade estratégica para engajar consumidores de maneira mais eficaz.

9. Atenção como principal moeda

Conquistar a atenção dos consumidores será um desafio crescente em 2025. Com a saturação de anúncios, marcas precisarão elevar o nível de criatividade e relevância para capturar o interesse em meio à concorrência.

10. Inovação: explorando novos territórios

Marcas que buscam crescimento incremental estão apostando em inovações disruptivas. Aquelas que exploram novos espaços duplicam suas chances de crescimento, provando que a ousadia continua a ser uma vantagem competitiva.

Fonte: “https://exame.com/carreira/e-o-fim-dos-influencers-veja-dez-tendencias-de-marketing-que-vao-bombar-em-2025-segundo-estudo/”

 

Indústria logística deve reduzir emissões de carbono em 45% até 2030; entenda o estudo

Índice do BCG aponta que apesar da forte pressão do mercado, o setor ainda enfrenta dificuldades para avançar em soluções sustentáveis.

O Boston Consulting Group (BCG) analisou as 100 maiores empresas da indústria de logística global para identificar o avanço na jornada rumo à descarbonização. O estudo “Tapping into the Power of the BCG Decarbonization Index for Logistics Service Providers” apontou que, apesar do aumento da conscientização, a implementação de práticas sustentáveis ainda é um desafio para a maioria das companhias. O setor precisa reduzir em 45% as emissões de carbono até 2030.

A pesquisa identificou que a cadeia de logística emite globalmente 22% dos gases de efeito estufa, sendo o transporte de mercadorias responsável por mais de 40% desse total. Contudo, segundo o BCG Logistics Decarbonization Index — índice que comprime os dados do setor em um único sistema de pontuação — entre 2022 e 2023, a descarbonização do setor subiu apenas de 5 para 6 (em uma escala de 100).

O levantamento revelou que 43% dos entrevistados não fizeram praticamente nada em termos de descarbonização e somente 8% demonstram um compromisso real com a redução dos gases de efeito estufa, com metas ambiciosas, estratégias bem definidas e ações implementadas que geram resultados concretos.

De acordo com a análise, o cenário é impulsionado por três fatores principais: a crescente pressão do mercado por serviços logísticos verdes, com organizações sustentáveis apresentando retornos até 10% superiores para os acionistas; regulamentações governamentais mais rigorosas; e a crescente inovação e colaboração entre empresas.

Para acelerar o progresso rumo a um futuro com emissão zero, a consultoria recomenda que as empresas de logística adotem os “5 Ds”:

  • Determinar. Mensurar e monitorar a pegada de carbono para identificar as principais fontes de emissão.
  • Discernir. Analisar as pressões do mercado e as oportunidades emergentes na área de sustentabilidade.
  • Desenvolver. Criar um business case sólido para a descarbonização, considerando os custos, benefícios e retorno sobre o investimento.
  • Diferenciar. Produzir ofertas de serviços verdes que atendam às demandas dos clientes e se destaquem no mercado.
  • Desenhar. Elaborar um plano de transição detalhado com metas, prazos e recursos definidos.

Fonte: “Indústria logística deve reduzir emissões de carbono em 45%

 

Tendências para o varejo em 2025

O mercado do varejo está em constante transformação, e as tendências para 2025 prometem revolucionar ainda mais o setor.

Impulsionada por avanços tecnológicos e mudanças nas expectativas dos consumidores, o varejo está vivendo mais uma transformação significativa. Em 2025, o setor será marcado por inovações que prometem não apenas melhorar a eficiência operacional, mas também criar experiências de compra mais personalizadas e envolventes. A inteligência artificial (IA) será uma das principais forças motrizes dessa mudança, com a maioria dos varejistas planejando sua implementação para prever o comportamento do consumidor e oferecer recomendações personalizadas. Segundo o levantamento Perspectivas da Agenda CIO para a Indústria e Varejo, da Gartner, nove em cada 10 varejistas entrevistados planejam implementar a tecnologia até o fim de 2025.

A sustentabilidade também se consolidará como uma prioridade central no varejo. Com uma crescente conscientização ambiental entre os consumidores, as empresas precisarão adotar práticas sustentáveis em todas as etapas de suas operações. De acordo com a Nielsen, 73% dos consumidores globais afirmam que mudariam seus hábitos de consumo para reduzir o impacto ambiental. Isso significa que as empresas precisarão adotar práticas mais sustentáveis, desde a produção até a entrega, para atender a essa demanda crescente. Ou seja, inclui desde a escolha de materiais e processos de produção até a logística de entrega. Para atender a essa demanda, muitos varejistas estão integrando módulos específicos em seus sistemas de gestão para monitorar e reduzir a pegada de carbono, promovendo um desenvolvimento mais sustentável. Essa abordagem não só atende às expectativas dos clientes, mas também contribui para a eficiência e a longevidade das operações de varejo.

Comércio eletrônico

O comércio eletrônico continuará sua trajetória ascendente, com a omnicanalidade se firmando como uma estratégia essencial. Segundo a Euromonitor International, as vendas online poderão representar 30% do total do varejo até o fim de 2025. Assim, a integração entre canais online e offline permitirá que os consumidores tenham uma flexibilidade nas compras, escolhendo como e onde desejam realizar. Setores como moda e alimentos estão particularmente bem posicionados para aproveitar esse crescimento, com tendências como a personalização de produtos e a moda sustentável ganhando destaque. Os eletrônicos também devem ter destaque em 2025, com o IDC 2022 prevendo um crescimento de 15% nas vendas de dispositivos como smartphones, notebooks e smartwatches até o final da temporada.

No entanto, a experiência do cliente será o verdadeiro diferencial competitivo, com marcas investindo em ambientes de compra imersivos e interativos para conquistar a lealdade dos consumidores. Segundo a WGSN, em 2024, houve um aumento significativo da chamada “funflation” (diversão x inflação), no qual o consumidor prioriza o momento vivido.

Redes

As redes sociais estão emergindo como uma força poderosa, com plataformas como Instagram e TikTok se tornando verdadeiros centros de compras. Essa tendência exige que os varejistas se adaptem rapidamente, utilizando essas plataformas não apenas como vitrines, mas como canais de vendas diretos. A capacidade de engajar os consumidores através de conteúdo criativo e interativo será crucial para capturar a atenção e o interesse do público.

Alias, apesar de não ser novidade, as collabs seguirão forte em 2025. Segundo a empresa de previsão de tendências Worth Global Style Network (WGSN), explorar diferentes setores, como alimentação, música e esportes, junto ao seu nicho podem ser o caminho para atrair novos clientes.

O futuro do varejo é brilhante e cheio de oportunidades para aqueles que estão dispostos a inovar e se adaptar. As empresas que conseguirem integrar tecnologia, sustentabilidade e experiência do cliente em suas operações estarão bem posicionadas para prosperar em 2025 e além.

Fonte: “https://cndl.org.br/varejosa/tendencias-para-o-varejo-em-2025/”

 

DHL e Green Eletron otimizam logística reversa de eletrônicos com nova operação

O projeto começou em São Paulo, com 40 pontos de coleta, e inclui planos de expansão para outras regiões do Brasil.

A DHL Supply Chain redesenhou a operação logística da Green Eletron, reduzindo em um terço as viagens e os custos associados à coleta e reciclagem de equipamentos eletroeletrônicos e pilhas. O novo modelo operacional, iniciado na cidade de São Paulo, será expandido para outras regiões do país. A iniciativa está alinhada com a meta da Lei 10.240/2020, que exige o aumento do percentual de eletrônicos reciclados de 12% para 17% até 2025. Em 2023, a Green Eletron reciclou mais de 4,2 mil toneladas de eletrônicos e 160 toneladas de pilhas.

Segundo a empresa, o novo formato possui uma operação dedicada com coletas em 40 pontos de descarte da Green Eletron em São Paulo percorridos de forma periódica. Os veículos utilizados terão uma plataforma para facilitar o carregamento. Os equipamentos descartados são levados então ao centro de distribuição da DHL em Barueri, onde são armazenados temporariamente até sua entrega consolidada aos operadores de manufatura reversa/recicladores homologados pela Green Eletron.

Para o diretor de Operações da DHL Supply Chain, Deividy Martins, o projeto tem um caráter duplamente sustentável. “Primeiro, garante que os equipamentos eletrônicos sejam corretamente descartados, conforme a Lei 12.305/2010. Segundo, pois reduziu o número de viagens. Este projeto evidencia também como a logística pode agregar valor aos negócios”, disse.

O gerente de processos LLP da DHL Supply Chain, Vinícius Viegas Lima, explicou que a estratégia logística foi desenhada para otimizar a coleta e a gestão de resíduos eletrônicos. O enfoque esteve na proposta de soluções que melhoraram a eficiência da cadeia logística, assegurando conformidade regulatória e alinhamento com as melhores práticas de mercado. Por meio desta parceria, contribuímos para a criação de uma operação mais inovadora e eficaz, atendendo tanto aos objetivos de expansão da Green Eletron quanto às demandas crescentes do setor dentro da DHL”, ressaltou.

O modelo também prevê a utilização da rede de 82 filiais da DHL no Brasil como pontos de coleta e hubs de consolidação de carga. Há ainda planos de conectar outros players do setor eletroeletrônico e até de outras indústrias, gerando sinergia, compartilhamento de custos e maior redução de impactos ambientais.

Fonte: “https://mundologistica.com.br/noticias/dhl-e-green-eletron-otimizam-logistica-reversa-de-eletronicos”

Do mercado ao atacarejo: a revolução do varejo alimentar no Brasil

Em 2024 o varejo alimentar no Brasil, enfrentou desafios gigantes causados por três fatores principais: econômicos, tecnológicos e sociais. A inflação empurrou o aumento de preço de alimentos e demais bens de consumo, gerando impacto no poder de compra dos consumidores e tornando extremamente sensível a dinâmica de gerenciamento de margens de lucro dos negócios.

Adicionalmente a esse cenário, o varejo alimentar, composto pelo grupo de supermercados, hortifrutis, empórios, mercados de bairro e conveniência, teve de enfrentar um feroz competidor, o atacarejo.

Desde a pandemia ele amplificou a captação de clientes de todas as classes sociais e, graças ao seu poder de compra e estratégias de fidelização extremamente atraentes, num contexto de sensibilidade aos preços, pressiona os demais atores do segmento e cativa consumidores.

Apesar do grande movimento de digitalização vivido no varejo alimentar nos últimos anos, torná-lo efetivamente viável dentro do negócio foi um grande marco em 2024. Entre idas e vindas de plataformas próprias de e-commerce, a logística sem dúvida é o “X” da questão. Então a associação a plataformas como Rappi, Ifood, entre outras, torna o contexto mais viável para atender ao consumidor, porém, com margens compartilhadas.

A boa notícia do ponto de vista tecnológico é que a Inteligência Artificial abriu uma nova janela de oportunidade para a evolução da eficiência operacional do negócio: controle de estoques, gerenciamento de perdas, escalas de funcionários, previsibilidade de compras, controle do consumo de “utilities” (água, luz, gás, etc), gestão das áreas de refrigeração e congelamento, personalização da experiência do consumidor e muito mais. Os negócios prontos para assumir a tecnologia conseguiram reverter os efeitos negativos gerados pela inflação.

O terceiro ponto são os movimentos sociais que conectam: sustentabilidade, saudabilidade e experiência. A consciência ambiental é crescente e a expectativa de obter mais visibilidade é imperativa. A boa notícia é que práticas sustentáveis geram mais eficiência para os negócios e, consequentemente, lucros. Assim, explode o movimento de utilização de energia por fontes renováveis e a demanda por aplicativos como “Food to Save”, que estimulam a comercialização de produtos ainda bons para o consumo, mas que seriam desperdiçados porque o consumidor típico os rejeitaria.

A saudabilidade é boa para o indivíduo e fundamental para mitigar os custos com saúde pública. Nesse caso, não é só o varejo alimentar manejar com qualidade a gestão da categoria de hortifrutigranjeiros. É abrir oportunidade para um novo perfil de produtos (orgânicos, plant based, zero). Dialogar com a grande e, especialmente, pequena indústria que abastece essa categoria, então, exige muita maturidade e um novo mindset negocial, já que os pequenos não estão prontos para fazer as contribuições da grande indústria para o negócio. E na grande indústria, essa é uma categoria em construção, portanto, exige mais flexibilidade e aposta dos dois lados.

Por fim, no bloco de consumidores, trazemos a experiência, cuja entrega tem a combinação de inúmeros elementos: curadoria, arquitetura, tecnologia, personalização e, principalmente, a conexão humana gerada pelo atendimento gentil e eficiente.

Para 2025 continuar perseguindo a evolução dos elementos anteriormente citados com o adicional de busca de novas formas de captação de receitas como o Retail Media, que tem o potencial de reposicionar o varejo alimentar como um eficiente centro de captação de dados para a indústria, pode trazer novo fôlego a sobrevivência de alguns. E, principalmente, acelerar o crescimento de outros.

NRF 2025

A NRF tradicionalmente nos brinda com cases de sucesso e muita tecnologia potencialmente aplicável no varejo alimentar. Claro, que nem tudo é totalmente viável para o mercado brasileiro. Mas muita coisa é. Como a segmentação de mercados étnicos (asiáticos, indianos, italianos etc), a ampliação das áreas de refeições prontas para consumo em loja ou to go, parcerias estratégicas com chefs como Buddy Valastro para assinatura de linhas de sobremesas uma iniciativa do Wallmart, entre outras.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/24/12/2024/artigos/do-mercado-ao-atacarejo-a-revolucao-do-varejo-alimentar-no-brasil/”

 

DHL Express projeta aumentar frota elétrica em 35% até 2026 no Brasil

Globalmente, a companhia planeja alcançar 80 mil veículos elétricos até 2030 como parte do objetivo de atingir emissões líquidas zero até 2050.

A DHL anunciou novas metas para aumentar a sustentabilidade em suas operações. Atualmente, as unidades de negócios Express e Supply Chain da empresa operam com 147 veículos elétricos no Brasil, com a meta de que 35% da frota seja elétrica até 2026. Globalmente, a companhia planeja alcançar 80 mil veículos elétricos até 2030 como parte do objetivo de atingir emissões líquidas zero até 2050.

Entre os investimentos recentes está o patrocínio da Fórmula E, onde a DHL é responsável pelo transporte do carro de corrida GEN3 Evo. Os veículos, projetados para facilitar ultrapassagens em corridas, utilizam motores elétricos que operam com 90% da capacidade de 600 kW e recuperam até 50% da energia durante as provas, incluindo recarga automática durante desacelerações.

“Globalmente, o Grupo DHL está impulsionando a transição para veículos elétricos, com planos de ter 80 mil unidades em sua frota até 2030, como parte de um esforço mais amplo para alcançar a meta de zero emissões líquidas até 2050”, explicou a CEO da DHL Express, Mirele Mautschke.

A DHL Express já opera com bicicletas, scooters, utilitários e vans elétricas, além de incorporar caminhões como o JAC iEV1200T, um modelo 100% elétrico, que contribui para a redução de emissões de CO2 por serem veículos zero poluição que antecipam o futuro do automóvel.

Fonte: “DHL Express projeta aumentar frota elétrica em 35% até 2026

ABOL lança 1º inventário de emissões para operadores logísticos

De acordo com o relatório, apenas 33,3% das empresas participantes possuem metas estabelecidas para reduzir emissões em todos os escopos.

A Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (ABOL) apresentou o “1º Inventário de Emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE)” de seus associados, consolidando dados de 2023. Realizada em parceria com o Instituto Via Green, o objetivo da iniciativa é traçar diagnósticos para ajudar os operadores logísticos a enfrentar os desafios climáticos e adotar políticas de redução de emissões.

A queima de combustíveis fósseis, em especial o diesel, foi identificada como a principal fonte de emissões, representando 94,5% do total no Escopo 1, que corresponde às emissões diretas das operações. Ao todo, as emissões contabilizadas chegaram a 973.987 tCO2e, incluindo 93.741 tCO2bio provenientes de fontes naturais.

O inventário segue o padrão do GHG Protocol e abrange três escopos: o Escopo 1 é referente a emissões diretas das operações, como transporte; o Escopo 2 contempla emissões indiretas, relacionadas ao uso de energia elétrica e refrigeração; e o Escopo 3 considera as emissões indiretas ao longo da cadeia de suprimentos, como de fornecedores e empresas parceiras.

Segundo a diretora-executiva da ABOL, Marcella Cunha, o lançamento reforça o papel da associação na agenda climática. “Com a realização da COP 30 no Brasil e a regulamentação do mercado de carbono prevista para 2025, a urgência para tratar questões climáticas se torna ainda mais evidente. O desenvolvimento de uma agenda focada em ampliar o conhecimento sobre inventários de emissões dentro do nosso setor de logística é essencial para entendermos o impacto de nossas atividades e identificarmos estratégias eficazes para reduzir a emissão de gases poluentes”, afirmou.

DESAFIOS E RESULTADOS

O estudo revelou barreiras significativas para a redução de emissões. Entre as 20 empresas participantes, os custos elevados e a necessidade de investimentos foram citados como os principais entraves. Apenas 33,3% das empresas possuem metas estabelecidas para reduzir emissões em todos os escopos, e 44,4% ainda não adotaram metas. Medidas como o uso de energia renovável, eficiência nos processos e combustíveis alternativos, como veículos elétricos e biometano, estão em fases iniciais.

“Conforme a perspectiva da proposta para o Mercado Regulado de Carbono no Brasil, recém-aprovada no Congresso Nacional e que aguarda sanção presidencial, parte importante das associadas à ABOL estará sujeita à regulação e terá a obrigatoriedade de relatar suas emissões de GEE e/ou atender outras obrigações previstas em lei”, complementou a diretora-executiva da ABOL.

COMPROMISSO ESG

Desde 2021, o Grupo ESG da ABOL tem intensificado esforços em sustentabilidade. Em 2022, a entidade se tornou signatária do Pacto Global da ONU e, em 2023, elaborou a “Matriz de Dupla Materialidade”, identificando cinco temas prioritários: clima, eficiência e carbono; talentos e diversidade; saúde, segurança e bem-estar; ética, integridade, transparência e privacidade. Essa matriz está conectada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Fonte: “ABOL lança 1º inventário de emissões para operadores logísticos