B2W Digital inicia operação com caminhões movidos a biometano e GNV

Com investimentos crescentes em soluções que gerem menos impacto no meio ambiente, a B2W Digital — dona das marcas Americanas, Submarino, Shoptime e Sou Barato — inicia a operação de uma frota de caminhões movidos a biometano e gás natural veicular (GNV), a primeira do e-commerce no país. Até o fim de maio, 10 caminhões estarão circulando por diferentes rotas da região Sudeste com a tecnologia mais sustentável.

Com capacidade de transportar até 23 toneladas de carga, oito veículos da frota já realizam viagens diárias para garantir as entregas em até 24 horas das marcas da B2W. Os caminhões circulam entre as capitais dos estados da região Sudeste, ligando os centros de distribuição aos hubs (ponto de partida da operação de “last mile”, a última milha da logística de entrega).

De acordo com a B2W, os veículos utilizados são híbridos e permitem o abastecimento com biometano ou GNV, gerando menos impacto no meio ambiente. Em uma viagem no trajeto Rio de Janeiro a São Paulo usando biometano, por exemplo, cada veículo evita a emissão de cerca de meia tonelada de CO2e na atmosfera, reduzindo as emissões em até 95% em comparação com o modelo movido a diesel.

“A frota de caminhões com tecnologia mais sustentável faz parte do nosso compromisso de ter uma operação que gere menos impacto ambiental, em linha com a estratégia de redução de emissão CO2 da B2W. Temos como objetivo ampliar este tipo de frota na medida em que mais regiões do país passarem a contar com postos com GNV e biometano”, explica Welington Souza, diretor geral da LET’S, plataforma de gestão compartilhada dos ativos de logística e distribuição da Americanas e B2W.

Outras iniciativas da B2W

Em 2020, a B2W chegou ao número de 1,8 milhão de entregas com bicicletas convencionais, número três vezes maior que em 2019. Investindo neste modal de entrega, a companhia colocou nas ruas uma frota de 50 bicicletas elétricas. No mesmo sentido, em março deste ano, a aposta da vez foram os tuc-tucs, que com uma maior capacidade cargueira aumentaram as possibilidades de entrega com os veículos elétricos.

Essas iniciativas estão em linha com a Agenda 2030 da ONU, na qual sociedade, governos e empresas se comprometem a desenvolver os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) até o ano de 2030, contribuindo para a estratégia de ESG da B2W Digital. Em 2020, por meio de um estudo de materialidade realizado para a nossa estratégia ESG, mapeamos os principais ODS que norteiam nossas ações. Entre eles, está o ODS 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima).

B2W coloca favelas no mapa do e-commerce com entregas em becos e vielas

Compras feitas nos sites da Americanas, Submarino, Shoptime e Sou Barato já são entregues em Paraisópolis; ideia da B2W é expandir para comunidades do Rio de Janeiro.

Moradores de Paraisópolis, segunda maior favela de São Paulo, podem agora receber compras feitas nos e-commerces da B2W Digital na porta de casa, mesmo nos becos e vielas de difícil acesso. A B2W engloba Americanas, Submarino, Shoptime e Sou Barato.

Por meio de um novo projeto de logística participativa da B2W Digital, os mais de 100.000 moradores da comunidade deixam de depender dos pontos de retirada dos produtos adquiridos pela internet, como agências de correios. A ideia é escalar a iniciativa para mais comunidades no país.

O projeto foi desenvolvido em parceria com o Favela Brasil Xpress, startup de logística local, e o G10 Favelas, bloco de líderes e empreendedores de impacto social das dez favelas mais ricas do Brasil.

Desde o início de abril, o Favela Brasil Xpress fez, diariamente, cerca de 350 entregas do e-commerce da B2W Digital aos moradores de Paraisópolis.

A operação conta com uma equipe de 35 colaboradores, incluindo entregadores da própria comunidade, que conhecem o bairro.

“O projeto desenvolvido em Paraisópolis envolve não apenas a venda e a conveniência na entrega de produtos mas também uma série de compromissos de sustentabilidade da empresa, como a geração de renda, inclusão e capacitação de pessoas em comunidades de vulnerabilidade social. Estamos usando a força da B2W para gerar impacto positivo na vida de muitas pessoas”, afirma André Biselli, gerente de operações da B2W Digital responsável pela logística “last mile”.

A próxima favela a ser atendida pela B2W é Heliópolis, também na capital paulista. Depois disso, a empresa pretende começar a operar em comunidades do Rio de Janeiro.

E se o seu vizinho lhe entregasse as encomendas?

A Shopopop, líder europeia de entregas colaborativas entre particulares, chega a Portugal para demonstrar que o seu modelo de delivery é uma solução segura, rápida – assegurando entregas a partir de duas horas após a recepção de pedido – e sustentável.

As entregas são realizadas por Shoppers, pessoas comuns, que rentabilizam os seus trajetos diários e tempos livres para ajudarem a sua comunidade e, em simultâneo, terem um rendimento extra.

Nos primeiros meses de operação, conta já com parceiros como lojas Minipreço, E.Leclerc, Meu Super e Horto do Campo Grande, e diversas pastelarias e mercearias.

A Shopopop é “a plataforma de logística ideal para sectores de atividade de grande distribuição alimentar, mas também para muitos outros negócios, cujas encomendas não se tratem de produtos para consumo imediato e não tenham dimensão superior à transportável num carro particular, de que são exemplo as floristas, mercearias, garrafeiras e grandes superfícies especializadas“, refere em comunicado.

Adicionalmente, disponibilizando serviços de ship from store, isto é, entregas ao domicílio a partir da loja, mas também store to store, assegurando o transporte de stock entre superfícies comerciais, num raio de 15km, a Shopopop representa também, em si própria, uma solução económica para o problema associado à last mile, onde se concentra 40% do custo total da logística.

Shopopop

Desde o seu lançamento em França, em 2016, a Shopopop acumulou 1400 parceiros com uma forte presença nas maiores cadeias de grande distribuição, como Intermarché, Eleclerc e Auchan, contabilizando cerca de 130 000 entregas mensais. Atualmente presente também em Itália, Bélgica e Portugal, o sucesso do modelo deriva do crescimento esperado do e-commerce para os próximos anos – o qual foi amplamente potencializado pelo contexto de Covid-19 –, mas também da tecnologia, do foco no cliente, facilidade de implementação, preço reduzido, capacidade de gerir as variações de volume de encomendas e ainda da sua vertente sustentável”, afirma João Sanches, Country Manager da Shopopop em Portugal.

“Na França, 20% dos supermercados já oferecem entregas colaborativas. Será interessante ver o quão rápido alcançaremos esta penetração nos novos países”, acrescenta.

Possibilitando entregas aos fins de semana e feriados e garantindo precisão horária de entrega ao cliente final, através de mensagens de aviso e possibilidade de monitorização em tempo real na plataforma, a Shopopop aproxima vizinhos e comunidades para assegurar entregas colaborativas eco-friendly, agora em Portugal.

 

 

C&A implementa entregas no mesmo dia utilizando bicicletas e patinetes

A varejista de moda C&A iniciou sua operação de entregas no mesmo dia de produtos comprados on-line utilizando bicicletas e patinetes elétricos. Em princípio, o modal será testado apenas em delivery na zona sul do Rio de Janeiro, mas a ideia é levar o meio de transporte para outros grandes centros do Brasil.

Inicialmente, de 10 a 20 bicicletas e patinetes estarão a postos para realizar até 600 entregas por dia. A quantidade de entregadores será ajustada de acordo com o raio de atuação da loja e eventual aumento no volume de pedidos para possibilitar entregas no mesmo dia ou no máximo dia seguinte.

Com as entregas no mesmo dia, a C&A espera  se aproximar mais do seu público, oferecendo a oportunidade do consumidor escolher produtos no site ou no aplicativo durante o dia, fazer o pagamento e já poder vestir a roupa de noite.

A entrega através de bicicletas e patinetes faz parte de um plano sustentável da empresa, que incentiva a moda com produtos reutilizáveis e que não agridem o meio ambiente.

Além disso, com a implementação do delivery, a C&A espera fortalecer o seu modelo de ship from store, com as grandes lojas servindo como estoque e centros de distribuição.

Pandemia impulsiona transformações no modelo de negócios do varejo

Pesquisa global da PwC revela uma clara aceitação da sustentabilidade.

Tendências de mudança no comportamento dos consumidores que já estavam em curso antes da pandemia da Covid-19 foram aceleradas pela crise e levarão os varejistas a reinventar a maneira como fazem seus negócios, de acordo com o estudo Global Consumer Insights Survey 2020, da PwC. No Brasil, um dos 36 países nos quais a pesquisa foi realizada, 53,4% dos consumidores informaram ter realizado compras de alimentos pela internet no último ano; enquanto 50,3% afirmaram terem optado por serviços on-line de entrega de alimentos. No total, foram consultadas 23,5 mil pessoas em todo o mundo, sendo 1.002 no Brasil.

“Embora certas tendências estejam em alta há algum tempo, a pesquisa revela que a pandemia aumentou o desejo dos consumidores por transparência, sustentabilidade e conveniência. As empresas mais recompensadas nesse cenário atual são aquelas que conhecem mais profundamente seu cliente, estabeleceram a confiança com o consumidor, investiram em uma jornada de compra de ponta a ponta, sem problemas e sem atritos, e priorizaram a saúde e a segurança dos consumidores”, avalia Carlos Coutinho, sócio da PwC Brasil.

O estudo, produzido a partir de dados coletados antes e durante a pandemia, tem como objetivo analisar os hábitos e comportamentos de compra do consumidor residentes em áreas urbanas e como a interrupção das atividades, em nível global, forçou a aceleração de um modo de vida mais digital, gerando uma nova era no consumo – uma vez que as cidades concentram a maior parte da atividade econômica.

Os hábitos dos brasileiros
Entre os consumidores brasileiros, consultados somente na primeira fase do estudo (antes da pandemia), para a maioria deles, as compras on-line já são uma realidade: 10,3% disseram fazer compras pela internet diariamente, contra 19,9% uma vez por semana e 31,2% uma vez por mês, enquanto 32,3% realizam compras on-line algumas vezes por ano, 4% uma vez por ano e apenas 2,3% nunca efetuam esse tipo de operação. Nessa amostra, o equipamento mais utilizado ainda é o computador entre 33,9% dos entrevistados. O smartphone vem em seguida, com 31,6%, e o tablet com 18,4%. Os assistentes de voz, mais recentes no mercado, são responsáveis por 13,5% das transações.

As medidas de distanciamento social adotadas em decorrência da pandemia do novo coronavírus afetaram os consumidores em todos os aspectos de suas vidas, incluindo a forma como eles compram mantimentos. Embora as compras nas lojas físicas sejam o principal canal de escolha em nível global, mais de um terço dos consumidores (35%) estão comprando alimentos nos canais on-line, e 86% destes planejam continuar a fazê-lo após o término das medidas de isolamento social.

Em relação aos itens não alimentícios, antes da pandemia as compras nas lojas físicas ainda eram dominantes (47%) em comparação às compras on-line, por meio de telefones celulares (30%), computadores (28%) e assistentes de voz inteligentes (15%). Desde então, essas compras tiveram um aumento substancial (celulares 45%; computadores 41%; e tablets 33%) e essa tendência é especialmente relevante na China e no Oriente Médio, com 60% e 58% dos entrevistados, respectivamente, dizendo que começaram a comprar mais usando seus celulares.

A pesquisa global mostrou uma clara aceitação da sustentabilidade e um senso de dever cívico. Nos resultados de pesquisas anteriores, realizadas antes da pandemia, 45% dos entrevistados em todo o mundo disseram que evitam o uso de plástico sempre que possível, 43% esperam que as empresas sejam responsáveis pelo impacto ambiental e 41% esperam que os varejistas eliminem sacolas plásticas e embalagens de itens perecíveis. Quando questionados sobre os maiores responsáveis pelo incentivo de comportamentos sustentáveis em suas respectivas cidades, 20% responderam “Eu, o consumidor”, enquanto 15% escolheram a opção “O produtor ou fabricante”. Quando consultados sobre sua disposição em compartilhar dados, 49% disseram que estavam dispostos a fazê-lo se isso ajudasse a melhorar sua cidade.

Nespresso e Correios se unem para aumentar pontos de coleta de cápsulas

A Nespresso vai disponibilizar uma base para recebimento de cápsulas de café usadas em unidades dos Correios. O projeto-piloto é fruto de uma parceria inédita entre as duas organizações, como parte da estratégia da Nespresso em ampliar sua capacidade de reciclagem em nível nacional. A ação começou em Fortaleza (CE) e agora segue para outros importantes mercados: São Paulo, Piracicaba e Santos, todas cidades paulistas, inicialmente como piloto também.

Os consumidores podem levar suas cápsulas usadas e descartá-las em local determinado dentro da unidade dos Correios, que fará a transferência do material até o Centro de Reciclagem da Nespresso, localizado na Região Metropolitana de São Paulo, para separar o pó de café do alumínio, sem a utilização de água.

“No processo de economia circular, o alumínio é infinitamente reciclável, ou seja, ele volta para o seu ciclo de vida em formas variadas, como bicicletas e canetas. Enquanto o pó de café será compostado, se tornando adubo orgânico”, explica Cecilia Soares, gerente de Sustentabilidade da Nespresso no Brasil.

Ações que geram ‘valor à sociedade’

A parceria com as agências nacionais dos Correios começa como um projeto embrionário, que pretende chegar a outros lugares, na medida em que evoluir. O presidente da estatal, Floriano Peixoto, ressaltou que “os Correios estão engajados em ações que promovam a sustentabilidade, fornecendo soluções acessíveis e confiáveis para aumentar a participação da população. A empresa tem adaptado seus serviços a essas necessidades, somando atitudes empresariais e individuais que gerem valor a sociedade”.

No Brasil, a Nespresso iniciou a reciclagem em 2011 e investe mais de R$ 5 milhões de reais por ano em ações ligadas à reciclagem. Desde 2011, atua com um sistema próprio de reciclagem, responsável por separar o pó de café do alumínio em seu Centro de Reciclagem.

Atualmente, a companhia possui 200 pontos de coleta espalhados pelo Brasil e tem a meta de atingir 30% de reciclagem efetiva até dezembro de 2021. Tanto as cápsulas da linha doméstica quanto da linha profissional podem ser recicladas.

Depois do e-commerce, Via Varejo foca em sustentabilidade e passará a fazer entregas por veículos elétricos

A Via Varejo, dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, está aderindo à mobilidade elétrica em suas operações. A partir deste mês, a empresa vai colocar em circulação 10 veículos totalmente elétricos para realizar entregas na cidade de São Paulo. A expectativa é que o número de veículos dobre ainda nos próximos meses.

Os caminhões e vans terão baterias com até 300 quilômetros de autonomia e serão capazes de transportar, individualmente, até 720 kg em mercadorias. Inicialmente, os carros irão rodar na zona sul da capital paulista, mas devem expandir as operações para outras regiões ainda em 2021.

“Em 2020 deixamos claro ao mercado nossos esforços para ESG -Environment, Social and Governance, como um todo, sobretudo na governança. Agora, do lado ambiental, sempre tivemos uma grande preocupação e a mobilidade elétrica surge como mais uma ampliação disso”, diz Roberto Fulcherberguer, presidente da Via Varejo.

A iniciativa faz parte dos planos da companhia de reduzir suas emissões de carbono até 2025 e tornar os processos de logística cada vez mais sustentáveis. Segundo Fulcherberguer, ações ambientais são parte indispensável da atuação da empresa, que já possui diferentes programas de logística reversa e economia circular. Um exemplo disso é que em 2020, a rede dobrou o número de lojas que servem de postos de coleta para o descarte de eletrônicos, chegando a 400 unidades.

Caminhão elétrico da Via VarejoVia Varejo

Aos consumidores que já autorizam a retirada das embalagens dos produtos no momento da entrega, a Via Varejo também faz o caminho reverso ao encaminhá-las a 11 cooperativas que ficam a cargo de reciclar as embalagens. Segundo Fulcherberguer, mais de 5 mil toneladas já foram recicladas e 250 famílias foram beneficiadas por meio do programa, que leva o nome de Reviva.

Os veículos elétricos, diz o executivo, também contemplam esforços da companhia em busca de matrizes energéticas mais limpas. “Já temos todas as lojas de Minas Gerais e 57 lojas no Rio de Janeiro são abastecidas unicamente com energia solar. Fazemos isso para reduzir nosso impacto”, diz.

Parte dos esforços “verdes” da Via Varejo nos próximos meses estarão voltados à eficiência logística. Com a compra da ASAP Log, empresa de tecnologia voltada a chamada “entrega de última milha” (trajeto entre o centro de distribuição e o destino final de um produto), em abril de 2020, a Via Varejo quer otimizar e trazer mais veículos eletrificados e até de motorizados como bicicletas, por exemplo, como alternativas para entregas em centros urbanos. Segundo Fulcherberguer, a parceria com a ASAP Log reduziu drasticamente o número de caminhões em circulação desde o ano passado.

Apesar de ter divulgado a emissão de 291,6 toneladas de CO2 em 2020, a empresa ainda não consolidou dados sobre a participação de cada etapa da operação nesse total. Sendo assim, ainda não é possível medir o impacto da operação logística e de transportes nas emissões da companhia. O portfólio de emissões, bem como as metas sustentáveis para o próximos anos serão divulgadas em breve, afirma Fulcherberguer.

Com a ação, a Via Varejo entra para o rol de empresas que olham para a mobilidade elétrica como solução para limpar suas operações. Em meados de março, a TelhaNorte anunciou a integração de caminhões elétricos para entregas, também na cidade de São Paulo.

“A evolução para uma frota de veículos é um pontapé inicial no que pode vir a ser uma grande revolução no nosso processo logístico a curto prazo”, diz Fulcherberguer.

FedEx coloca ambiciosa meta de neutralizar todo o carbono de seus voos até 2040.

A FedEx Corp, controladora da maior companhia aérea de cargas do mundo, anunciou uma meta ambiciosa de alcançar operações neutras em carbono globalmente até 2040. Para ajudar a atingir seu objetivo, a empresa está destinando inicialmente mais de US$ 2 bilhões de investimentos em três áreas-chave: veículos elétricos, energia sustentável e sequestro de carbono.

A iniciativa inclui também uma colaboração para a Universidade de Yale no valor de US$ 100 milhões para ajudar na criação do Yale Center for Natural Carbon Capture (Centro Yale de Captura de Carbono Natural) para acelerar pesquisas de métodos de sequestro de carbono em escala. O foco inicial será no suporte para compensar as emissões de gases de efeito estufa equivalentes às emissões atuais da companhia aérea.

“Temos a responsabilidade de realizar essas medidas ousadas para enfrentar os desafios climáticos”, disse Frederick W. Smith, Chairman e CEO da FedEx Corp. “Este objetivo se baseia em nosso compromisso de longa data com a sustentabilidade em todas as nossas operações, ao mesmo tempo em que investimos em soluções transformadoras de longo prazo para a FedEx e toda a nossa indústria”.

Os principais passos para alcançar o objetivo de carbono neutro incluem:

Veículos elétricos: até 2040, toda a frota de coleta e entrega de pacotes da FedEx será de veículos elétricos com emissão zero. Isso será feito por meio de programas, em fases, para substituir os veículos existentes. Por exemplo, até 2025, 50% das compras globais de veículos de coleta e entrega da FedEx Express serão elétricos, chegando a 100% de todas as compras até 2030.

Soluções sustentáveis para o cliente: a FedEx trabalhará com os clientes para oferecer serviços mais sustentáveis de ponta a ponta para suas cadeias de suprimentos, por meio de ofertas de remessas neutras em carbono e soluções de embalagem sustentáveis.

Combustíveis sustentáveis: a FedEx continuará a investir em combustíveis alternativos para reduzir as emissões de aeronaves e veículos.

Conservação de Combustível e Modernização de Aeronaves: a FedEx aproveitará suas iniciativas bem-sucedidas do FedEx Fuel Sense projetadas para  reduzir o consumo de combustível em suas aeronaves. Desde 2012, os programas FedEx Fuel Sense e o Aircraft Modernization pouparam 1,43 bilhões de galões de combustível para aviação e evitaram mais de 13,5 milhões de toneladas métricas de emissões de dióxido de carbono (CO2).

Instalações: a FedEx continuará seus esforços para tornar suas mais de 5.000 instalações em todo o mundo mais sustentáveis por meio de investimentos contínuos em instalações eficientes, energia renovável e outros programas de gerenciamento de energia.

Sequestro de carbono natural: o financiamento da FedEx ajudará na criação do Yale Center for Natural Carbon Capture (Centro Yale de Captura de Carbono Natural) para apoiar a pesquisa aplicada em soluções de sequestro de carbono natural.

O caminho rumo à sustentabilidade requer novas estratégias para remover e armazenar o excesso de carbono da Terra. O Yale Center for Natural Carbon Capture (Centro Yale de Captura de Carbono Natural) catalisará a pesquisa interdisciplinar em ciências naturais e engenharia em um esforço para acelerar este trabalho.

Os pesquisadores do Centro desenvolverão métodos baseados em sistemas naturais de armazenamento de carbono, incluindo ecossistemas biológicos e o ciclo geológico do carbono, melhorando, onde for possível, a rapidez com que essa substância pode ser absorvida, quanto pode ser contida e por quanto tempo pode ser armazenada. Por meio destes esforços, os cientistas de Yale pretendem criar um portfólio de estratégias de remoção de carbono que tenha impactos em escala global.

Com base nos sucessos iniciais no setor de aviação, o centro ampliará seu escopo para abordar fontes globais adicionais de emissões – publicando e compartilhando suas descobertas para que empresas, indústrias e governos possam se beneficiar de trabalhos que irão acelerar a adoção e a implementação de estratégias de captura natural de carbono em todo o mundo.

O compromisso da FedEx se baseia em um histórico de práticas sustentáveis. Desde 2009, os esforços da empresa contribuíram para uma redução de aproximadamente 40% na intensidade das emissões de CO² em toda a companhia, enquanto o volume de pacotes aumentou 99% durante esse período. Recentemente, a FedEx foi classificada em primeiro lugar em seu setor na lista da JUST Capital’s 2021 de “America’s Most Just Companies”  na categoria de meio ambiente e, em primeiro lugar, na categoria de viagens, transporte e logística da Newsweek  – America’s Most Responsible Companies 2021.

Ex-executivo do Walmart cria startup de entregas em caixas reutilizáveis

O aumento das compras on-line durante a pandemia criou pilhas de caixas nas portas de casas nos Estados Unidos. Um ex-executivo do Walmart e especialista em logística quer reduzir as montanhas de papelão.

Nate Faust, que por anos trabalhou ao lado do responsável pelas vendas on-line do Walmart Marc Lore, que saiu da empresa recentemente, estreou na última quarta-feira (17), um serviço de entrega chamado Olive, que consolida pedidos de marcas de moda como Michael Kors, Coach e Stuart Weitzman.

O serviço reunirá itens de mais de 100 marcas em seus dois centros, onde as caixas serão recicladas enquanto as mercadorias são enviadas aos consumidores sem custo extra em um contêiner reutilizável.

Faust, de 41 anos, reconhece que os clientes terão que esperar mais para receberem seus pedidos. Mas ele aposta que consumidores abastados e frequentes que lideram as compras de moda on-line não se importarão em esperar alguns dias extras para obter todas as compras em uma embalagem organizada. Itens indesejados podem ser devolvidos na mesma embalagem na porta de casa.

Ele teve a ideia de criar a Olive depois de observar pilhas de papelão nas calçadas de seus vizinhos em uma rua em Nova Jersey.

“Pensei: ‘Isso é loucura, depois de anos de comércio eletrônico, ainda é a experiência de entrega status quo’”, disse Faust, que cofundou a Jet.com com Lore antes de vendê-la ao Walmart por US$ 3,3 bilhões em 2016. Com a Olive, “é assim que o e-commerce deve funcionar, do ponto de vista do consumidor e de uma perspectiva ambiental”.

Logística da Olive

A Olive, que opera tanto como um aplicativo quanto como uma extensão no navegador em sites de parceiros, lucra ao receber cerca de 10% de cada pedido que consolida de suas marcas afiliadas, que incluem Adidas, Everlane e Hunter. O serviço conta com a Primary Venture Partners, Invus e SignalFire entre seus investidores.

A Olive, por sua vez, paga sua rede de transportadoras, que cuida das entregas e devoluções. Os clientes dizem à Olive quais itens não querem e, em seguida, deixam a caixa reutilizável na entrada da residência.

Carrefour reduz em 17% a tonelada de CO2 emitido na logística de transportes

O Grupo Carrefour está investindo em iniciativas para aumentar a eficiência em logística, na mudança da matriz energética da sua frota e em um programa de neutralização de carbono no Brasil. O objetivo é alinhar a operação à meta internacional da companhia de descarbonizar seus negócios e reduzir as emissões de CO2 dos produtos vendidos em suas lojas em 20 megatons até 2030.

Como resultado dessas medidas, comparando o primeiro semestre de 2020 com o de 2019, houve uma redução de 17% na tonelagem de CO2 emitido na distribuição de mercadorias.

A revisão de processos para aumentar a eficiência nos transportes proporcionou a redução da quilometragem rodada, o aumento do volume expedido por veículo e, consequentemente, um número menor de viagens. Em 2019, por exemplo, a rota São Paulo/Manaus começou a ser realizada via cabotagem, evitando-se 203 mil Km rodados em estradas. Já na rota São Paulo/Pernambuco, foi adotado o Rodotrem – um veículo com maior capacidade de carga.

Ajustes na logística, com a expedição direta entre Centros de Distribuição (CD) nos Estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e para o Distrito Federal, bem como a melhor ocupação e acomodação da carga nos CDs, também implicaram em maior eficiência. A alteração no perfil dos veículos para abastecer a loja Pamplona, em São Paulo, é outro exemplo de aumento da produtividade. Em vez de empregar nove veículos de pequeno porte e um de grande porte, a operação passou a ser feita por cinco de porte grande e apenas um de pequeno porte. Esse modelo gerou maior aproveitamento dos transportes e, portanto, menos viagens.

Tecnologia amiga

A tecnologia também é uma aliada do Grupo Carrefour Brasil para a diminuição dos gases poluentes na operação. Para reduzir a dependência de energias fósseis, a companhia adotou o Gás Natural Liquefeito (GNL). Dois caminhões ecológicos – que emitem 15% menos CO2 que a versão a diesel – estão circulando desde julho e atendem lojas da capital paulista e interior do Estado.

Neste mês, dois veículos 100% elétricos, equipados com uma bateria de 97 kWh, com 250km de autonomia e zero de poluição, começarão a rodar com a bandeira do Carrefour. Além de não emitirem CO2, também não provocam vibração ou ruídos, colaborando para redução da poluição sonora. O grupo também busca parcerias para a utilização de agrocombustíveis como o biometano, cuja redução de gases poluentes pode chegar a 90%, mas ainda não está disponível em larga escala no mercado.

“O aumento de produtividade na logística é fundamental para reduzirmos a pegada de carbono de nossa operação e colaborarmos para conter as mudanças climáticas”, avalia Lucio Vicente, head de Sustentabilidade do Grupo Carrefour Brasil. “A adoção de transportes com alimentação alternativa e de outros modais como a cabotagem, que respeitem o meio ambiente, também é uma transformação que começamos a viabilizar”, completa.

Negócio mais verde

Outra frente para assegurar a sustentabilidade em logística é a neutralização de emissão de CO2. O grupo tem mitigado os gases de efeito estufa de sua operação, por meio de projetos ecossistêmicos que englobam reflorestamento e proteção da biodiversidade, piscicultura, apicultura e educação ambiental. Apenas no primeiro semestre de 2020, houve 100% de compensação do CO2 emitido na operação de perecíveis de São Paulo, o equivalente a cerca de uma tonelada do gás.

“A meta é alcançar de 30 a 40% de redução de emissões logísticas, apenas com o sequestro de carbono”, informa Marcelo Lopes, Diretor Executivo de Supply Chain do Grupo Carrefour Brasil. “Em longo prazo, também planejamos ter infraestrutura para transformar resíduos de alimentos das lojas em biomassa para combustível de nossa frota, o que seria um ganho também no aspecto da economia circular”, antecipa.