Cresce a busca por práticas sustentáveis ​​de varejo entre a Geração Z

Um estudo recente da First Insight, realizado com mais de mil consumidores norte-americanos, entrevistados em dezembro de 2019, constatou que a geração Z está tomando mais decisões de compras com base em práticas sustentáveis de varejo do que as outras gerações.

De acordo com a pesquisa, 62% dos participantes da geração Z preferem comprar de marcas sustentáveis, enquanto 54% da geração X e 44% da geração silenciosa disseram o mesmo. Já os Baby Boomers são os que estão menos preocupados com a sustentabilidade: apenas 39% da geração concorda com o posicionamento.

“Embora os Baby Boomers pareçam ser os pontos fortes quando se espera práticas mais sustentáveis no varejo em geral, a pesquisa mostra que a cada geração, a sustentabilidade está se incorporando ainda mais nas decisões de compra“, expôs Greg Petro, CEO da First Insight.

Por outro lado, o estudo aponta que todas as gerações esperam que os varejistas e as marcas se tornem mais sustentáveis: 73% da geração Z, 78% da geração Y, 84% da geração X, 73% da geração X, 73% da geração baby–boom e 68% da geração silenciosa, desejam mais consciência no comportamento das empresas.

“É incrivelmente importante que varejistas e marcas continuem seguindo as vozes de seus clientes. Com a Geração Z em vias de se tornar a maior geração de consumidores este ano, os varejistas e as marcas devem começar a sobrecarregar as práticas de sustentabilidade agora, a fim de acompanhar as expectativas em torno da sustentabilidade para os consumidores da próxima geração, seja por consignação, upcycling ou até presentear nos principais feriados”, afirma Greg Petro.

Recommerce cresce entre os consumidores
Visto como uma opção de um consumo mais sustentável, o recommerce está ganhando força em todas as gerações. Conhecido como um comércio reverso, onde acontece o processo de venda de produtos novos ou usados, a alternativa traz grandes benefícios para o consumidor e o meio ambiente, diminuindo novas produções, muitas vezes desnecessárias.

A pesquisa mostra que a geração Z (59%), a geração X (63%), a geração Y (64%) e a geração silenciosa (62%) e até os Baby Boomers (52%) estão comprando em mercados secundários.

Outro modelo sustentável que está ganhando espaço entre os consumidores é o mercado de produtos reciclados: 59% da Geração Z, 57% da geração Y, 47% da Geração X e 38% dos Baby Boomers disseram que compram produtos feitos de objetos ou materiais descartados.

Qualidade x Sustentabilidade
Por mais que os resultados sejam agradáveis, a sustentabilidade ainda não é o principal fator que influencia os consumidores a escolherem adquirir ou não um produto.

Quando perguntados sobre o que era primordial para realizar uma compra, a qualidade ficou como superior às preocupações ambientais em todas as gerações: 78% da Geração Z, 85% da geração Y, 81% da geração X, 83% dos Baby Boomers e 70% da Geração Silenciosa classificaram a qualidade como importante.

Já as preocupações ambientais foram classificadas em segundo lugar com: 70% da geração Z, 71% da geração Y, 70% da geração X, 72% da geração Baby Boomers.

Contudo, as preocupações vão muito além do consumo pessoal na hora de presentear um ente querido. A busca por artefatos que agridem menos o meio ambiente também tem se tornado uma opção preferível: 65% da geração Z acredita que dar e receber presentes sustentáveis é extremamente importante.

Sustentabilidade deve ser parte da essência dos negócios para trazer resultados

O painel “Missão de base: a jornada para a sustentabilidade” fez mais do que apresentar programas complementares ou esforços pontuais para a sustentabilidade no palco do NRF Retail’s Big Show. Ele destacou as marcas que estão no mercado há muito tempo, tecendo conceitos e compromissos, como fornecimento ético, produtos artesanais, comércio justo e embalagens reduzidas para quem elas são.

Jennifer Walsh, fundadora da Beauty Bar e da Walk with Walsh, levou ao palco Heather Deeth, gerente de Compras Éticas da Lush Cosmetics North America, e Jennifer Gootman, vice-presidente de Inovação Social e vice-presidente de Responsabilidade Social Corporativa da West Elm. Deeth e Gootman compartilharam brevemente os esforços contínuos de suas empresas e, em seguida, responderam a um punhado de perguntas de Walsh.

A Lush é uma marca global de beleza de bilhões de dólares do Reino Unido. Possui 900 lojas – 250 nos Estados Unidos e Canadá – e uma presença digital significativa. A Lush North America também é verticalmente integrada, possuindo lojas próprias, fabricando e distribuindo seus próprios produtos no Canadá e comprando matérias-primas em fazendas no Arizona, Guatemala, Uganda e Peru.

Em termos de sustentabilidade como parte da estratégia, Deeth disse: “Temos muita sorte, porque temos seis valores que estão no nosso negócio desde o início.” Isso inclui políticas rigorosas contra testes em animais, cosméticos frescos com datas de produção, compras éticas, uma linha de produtos 100% vegetariana (80% vegana), foco em itens artesanais e embalagens “nuas”.

A compra ética se destaca, disse ela, devido ao enorme escopo de produtos e ingredientes envolvidos. Os valores compartilhados e a transparência vão além dos fornecedores de nível 1. As parcerias de longo prazo são importantes, assim como o fornecimento direto, tanto quanto possível, e uma política de “ir além” que se estende além da assinatura de códigos de conduta para explorar ecossistemas inteiros, a cadeia de suprimentos, a mão-de-obra e muito mais.

“Na Lush, estamos criando uma revolução cosmética para salvar o planeta”, disse Deeth. “Na verdade, acho que precisamos de uma revolução… Todos nós precisamos participar.”

Quanto à West Elm, Gootman levou o público de volta à fundação da empresa, em 2002, no Brooklyn, com o simples lema de ser “um pouco mais verde a cada dia”. A jornada para a produção ética e materiais responsáveis ​​continuou, especialmente quando a West Elm deixou de ser uma empresa de mobiliário para se tornar uma marca de estilo de vida. Começou a investir em artesãos, por exemplo, e em 2014, tornou-se a primeira varejista doméstica a obter a certificação Fair Trade.

Em 2016, a West Elm estabeleceu metas públicas em toda a empresa para algodão e madeira de origem responsável. E em 2018, trouxe programas de visão do bem-estar dos trabalhadores para 20.000 operários e tornou-se a primeira varejista a lançar o Selo Artesanal Ético da Nest nos produtos.

“Foi uma evolução e uma jornada”, disse Gootman. “Acho que é importante reconhecer que muitos varejistas que estão realmente interessados ​​neste espaço. Nem tudo acontece ao mesmo tempo. Você pode evoluir, aprender e descobrir o que é material para o seu negócio e desenvolvê-lo a partir daí. Se eu pudesse dizer o que nos tornou bem-sucedidos neste espaço, diria que esta visão é essencial para nossos negócios, está incorporado em nosso produto e atinge diretamente nossos clientes”.

Os participantes do painel ofereceram outras informações importantes sobre a cadeia de fornecimento. Gootman disse que foi útil construir relacionamentos com certificações independentes de terceiros e outros. Ela também observou que os esforços de sustentabilidade devem atingir todas as funções essenciais da empresa para serem bem-sucedidos e gerar valor.

Deeth falou sobre a importância de ver a rede de comércio como um estabilizador para muitas comunidades. “Não é uma coisa de caridade”, disse ela.

E uma última coisa: o trabalho está em constante evolução. “Nós realmente resolvemos problemas”, disse Gootman. “E não faltam problemas no varejo para resolver.”

Embalagem sustentável: o que os consumidores esperam no Natal?

Pesquisa realizada pelo Radar Pesquisas mostra preocupação dos consumidores com a embalagem de suas compras no fim de ano. De acordo com o levantamento, 69% dos brasileiros realizam compras de Natal pela internet. 41% dos entrevistados acreditam que as compras produzem muito lixo, enquanto metade acha que é possível reduzir a quantidade de embalagens envolvidas nas compras.

Além disso, 62% dos entrevistados diz que o e-commerce é uma opção mais econômica para comprar. Eles levam em consideração o custo que teriam em transporte e valor do estacionamento caso comprassem em um estabelecimento físico.

De acordo com a pesquisa, 80% dos consumidores acreditam que as lojas precisam repensar a maneira como embalam seus produtos para oferecerem opções mais sustentáveis.

Perfil do consumidor

A pesquisa mostra também o perfil do consumidor. Dos respondentes, 55% realizam reciclagem com frequência — por ponto de retirada no condomínio ou por levarem o lixo a um local adequado. Além disso, 3/4 dos respondentes sentem algum incômodo com relação ao excesso de lixo produzido durante as festas de fim de ano. Destes, 73% dizem buscar opções que produzam menos resíduos.

Com relação à atenção dos consumidores, 52% dizem se atentar aos embrulhos dos presentes e buscam reutilizá-los em ocasiões futuras.

Compras de Natal

A média dos entrevistados é de 6 presentes comprados, sendo que a classe A compra em média 9 presentes.

74% dos entrevistados acham ainda que os lojas não devam cobrar pela embalagem de presente. Além disso, 94% dos consumidores brasileiros recomendariam uma loja ao perceber que o embrulho foi pensado de maneira sustentável.

Embalagens online

Dos que realizam compra online, 60% diz jogar fora as embalagens em um ambiente próprio para o lixo reciclável. 50% acham que as empresas poderiam reduzir a quantidade de resíduo envolvido na embalagem do produto entregue e 41% acreditam que as compras online geram muito lixo devido ao excesso de embalagens.

Ao comprar online, muitos usuários também não se atentam à compra de uma embalagem para presente. Apenas 1/3 diz comprar as embalagens neste ambiente. Com relação à qualidade das embalagens oferecidas online, 4 em cada 10 responderam que sentem falta de embrulhos de qualidade, por isso, realizam as embalagens em casa.

Vivo inaugura loja sustentável

Vivo acaba de inaugurar uma loja que se destaca no cenário sustentável. Composta pelos padrões LEED – Leadership in Energy and Environmental Design, a empresa é a primeira operadora no país a seguir os quesitos internacionais de certificação em ponto de venda. O selo é um dos principais reconhecimentos para empresas e projetos de construção civil do mundo.

Se destacando no conceito de inovação sustentável, o espaço de 167m², localizado no Shopping VillaLobos, na capital paulista, atende as categorias da certificação ambiental internacional com o objetivo de atingir o selo Platinum.

“A sustentabilidade faz parte da estratégia de lojas da Vivo, que busca transformar pontos de venda em pontos de experiência, oferecendo espaços cada vez mais relevantes para os consumidores e a sociedade”, ressalta o diretor de Canais da Vivo, Fernando Rheingantz.

Mais sustentável do que nunca

A experiência sustentável dentro da empresa parte por muitos pontos, desde a redução do consumo de energia, até a não utilização de papel e copos descartáveis. De acordo com Rheingantz, “até o final de outubro, nenhuma das lojas da Vivo utilizará mais copos plásticos”.

A empresa também adere ao projeto Paper Less, que busca reduzir o volume de impressões de documentos e por versões digitais em tablets e smartphones.

Para se ter ideia, em 2018 foram assinados 11 milhões de contratos digitais em lojas e unidades administrativas da Vivo – uma economia de 56 milhões de folhas de papel.

Pensando na economia de energia, foram instalados sistema de automação para controle da iluminação, com sensores de presença e de desligamento automático.

A geração de energia também é 100% renovável por meio de sistema fotovoltaico e da contratação de energia verde no mercado livre incentivado.

Equipamentos de ar-condicionado com consumo reduzido de água gelada com sistema de recuperação de energia também foram instalados.  A previsão é que a redução do consumo ultrapasse 28% quando comparada com uma loja tradicional.

Os móveis da nova loja também ganharam madeira certificada FSC, que atesta o manejo correto e adequado às normas ambientais.

Já as paredes foram planejadas para causar o mínimo possível de impactos ao meio ambiente. As tintas usadas possuem baixo ou nenhum índice de Componentes Voláteis Orgânicos (COV) em sua composição.

A empresa ainda possui o programa Recicle com a Vivo, onde a operadora oferece para clientes e não clientes a coleta e destinação correta de celulares, carregadores e baterias sem uso.

Após passar pela arrecadação, os objetos são destinados à reciclagem de acordo com as normas ambientais. Em 2018, a empresa coletou cerca de cinco toneladas de equipamentos – mais de 76 mil itens.

Quem planeja trocar seu smartphone ainda pode optar pelo programa Vivo Renovaque oferece descontos mediante a entrega do aparelho usado.

Em 2018, foram recolhidas cerca de 12,9 toneladas de aparelhos, o equivalente a 84,2 mil itens. Com a ação a Vivo amplia o acesso dos clientes às novas tecnologias e dá ao equipamento usado uma destinação adequada.

Atualmente também é possível comprar um smartphone mais ecológico. Aproximadamente 73% dos aparelhos vendidos nas lojas Vivo possuem o selo Ecorating – avaliação desenvolvida pela ONG Forum for The Future, que analisa mais de 100 critérios socioambientais na produção e destinação dos aparelhos.

As apostas no varejo sustentável

Sustentabilidade virou a palavra da moda. Dos canudos plásticos proibidos até as ilhas de plástico no oceano, vemos no Brasil todo um processo de conscientização sobre o meio ambiente. No exterior, medidas decisivas em relação a esse assunto vêm sendo tomadas pelos governos. O Canadá, por exemplo, vai proibir os plásticos de um só uso até 2021.

Os consumidores começaram a entender que, se não adotarem um mundo mais sustentável, não vamos deixar nada para as próximas gerações. De acordo com uma pesquisa da Nielsen, pelo menos 68% (chegando até a 94% na América Latina) dos entrevistados no mundo todo entendem que as empresas devem implementar programas que melhorem o meio ambiente.

Temos três pilares dentro da sustentabilidade: ambiental, social e econômica:

A sustentabilidade ambiental é a de água, energia, resíduos e emissões carbônicas.  A água e energia têm um valor econômico muito importante, pois ao economizar, além de salvar o planeta, pode se reduzir o custo de sua própria operação. Resíduos e emissões carbônicas podem ser reduzidos pela troca de produtos ou reciclagem dos seus resíduos.

A sustentabilidade social é a educação de seus colaboradores e o respeito aos seres humanos. Também se destaca a escolha cuidadosa de fornecedores, evitando trabalhar com parceiros que tenham práticas negativas. Exemplo da Nike, que usava parceiros com alegações de trabalho escravo no China.

A sustentabilidade econômica advém do fato de que ao procurar defender o meio ambiente e a sociedade, a empresa tem que ser viável. Não adianta um modelo econômico que não gere lucro. O negócio tem uma razão de existir e, ao mesmo tempo, segue os outros dois pilares. Dentro da sustentabilidade econômica também existe a parte de “compliance” que exige governança corporativa.

Dentro da sustentabilidade ambiental podemos destacar diversos casos, como as sacolas de folhas de bananeiras para embalar frutas e legumes, que começaram a ser usadas na Tailândia e agora no Empório Santa Luzia, em São Paulo.

Outros varejistas como GPA, Carrefour e Wallmart oferecem sacolas reutilizáveis ecológicas. O Carrefour foi além e lançou na Espanha embalagens de algodão para frutas e legumes, que podem ser lavadas e reutilizadas. A expectativa é reduzir em 80% o consumo de sacolas plásticas.  Na Inglaterra, a rede de supermercados Lidl também criou “ecobags” que podem ser reutilizadas, reduzindo o consumo de plástico em sua rede.

Para minimizar o impacto ambiental, esses mesmos varejistas oferecem um espaço para coleta de materiais que serão reciclados, minimizando o impacto no meio ambiente.

Outro case de sustentabilidade ambiental que pode ser destacado é o posto eco eficiente da rede Ipiranga. O posto tem gestão de energia e água com fluxos controlados e desligamento automático. Algumas unidades contam inclusive com placas solares para gerar sua própria energia, além de reutilização da água da chuva. A rede também desenha suas lojas com muito vidro para maximizar a luz solar. O Ipiranga consegue com tudo isso reduzir seu custo de energia e água, tendo uma visão de empresa sustentável, atraindo cada vez mais consumidores para seus postos. Essa gestão de materiais, resíduos faz com que o negócio reduza a quantidade de poluição e materiais tóxicos que lança dentro do planeta Terra.

E você, caro leitor, o que sua empresa está fazendo de sustentável? Como você irá acompanhar esse novo cliente que exige empresas sustentáveis que ajudem a garantir o futuro do planeta?

Sustentabilidade e diversidade são tendências globais de consumo

A busca por produtos fabricados com materiais pouco ou nada nocivos ao meio ambiente e em cadeias de produção éticas tem movimentado o setor varejista. Se ainda existiam dúvidas, uma pesquisa de mercado realizada pela Euromonitor confirmou que os consumidores conscientes realmente vieram para ficar. É o que aponta o estudo Tendências Globais de Consumo, comandado pelas especialistas Alison Angus e Gina Westbrook.

No Brasil, o tema também é destaque. O estudo Estilos de Vida, realizado este ano em mais de 8 mil lares pela consultoria Nielsen, demonstrou que 65% dos brasileiros não compram de empresas associadas ao trabalho escravo.

Abaixo, aponto motivos pelos quais sustentabilidade socioambiental é o nicho do momento do setor varejista:

Selos de sustentabilidade impactam os negócios

Para se destacarem em um mercado mais alinhado com causas sociais e ambientais – e por competitividade –, as empresas passaram a buscar parceiros e fornecedores engajados em um mesmo propósito. É o que mostrou uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), em dezembro de 2018.

Fornecedores e subcontratados das mais representativas redes varejistas brasileiras ou que têm forte atuação no Brasil informaram que a obtenção e manutenção do Selo ABVTEX, obtido após a concussão do programa de monitoramento da entidade, faz com que a empresa seja vista de forma diferente pelos clientes, abrindo portas para novas parcerias.

A moda está cada vez mais acessível

Inclusão e diversidade estão pautando as escolhas de grande parte das marcas brasileiras, seja em campanhas de marketing, ou na abrangência de produtos. Os players do setor, principalmente de moda, reconhecem que os consumidores querem se sentir representados.

Com a moda cada vez mais acessível e o consumidor cada vez mais exigente, responsabilidade social e sustentabilidade entraram em cena. O tema não é novo para o varejo, mas é a primeira vez que a sustentabilidade entrou na lista dos desafios mais importantes do relatório The State of Fashion. Divulgado este ano pela McKinsey, o estudo apontou uma maior demanda por mais transparência nas cadeias de suprimentos.

Roupa não é apenas estética

Os consumidores cobram por mudanças no setor e por marcas que os represente não só esteticamente, mas também por seus valores. As empresas que não estiverem atentas a isso, muito rapidamente perderão mercado. Responsabilidade social, sustentabilidade e trabalho digno em todos os elos da cadeia de produção são urgências da moda.

Vestuário inacessível perde espaço para a beleza

Uma das principais razões pelas quais a moda está se tornando mais acessível e sustentável é por estar perdendo espaço para os cosméticos. O setor de beleza é um dos poucos que consegue driblar a crise.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), este mercado, em 2018, obteve um crescimento de 2,77% em relação a 2017. O aumento é discreto, mas representativo visto que o último ano foi desafiador para a economia.

E a sustentabilidade também entra em cena aqui. Na indústria de cosméticos, a demanda por produtos compostos de ingredientes naturais está aumentando. De acordo com a pesquisa Beauty Survey, realizada pela Euromonitor em 2018, cerca de 30% dos compradores buscam por esta opção de consumo, enquanto 19% valorizam a transparência da composição.

Redução do uso do plástico

Outra tendência global de consumo para 2019, de acordo com a pesquisa da Euromonitor, é a pressão para a diminuição do uso do plástico. A praticidade das embalagens produzidas com o material está sendo colocada em xeque e os clientes estão, pouco a pouco, dispostos a pagar mais pelas recicláveis.

Atenta a estes movimentos, a varejista britânica ASOS revelou planos de banir de suas lojas todos os produtos confeccionados com penas e penugens, seda, cashmere, ossos, dentes e conchas.

Artigo por Edmundo Lima, diretor-executivo da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX)

Graduado em administração de empresas, Edmundo Lima tem mais de 25 anos vivência no varejo de vestuário, em comércio internacional e nas cadeias fornecedoras nacional e internacional do setor. Atualmente, é diretor-executivo da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), entidade que representa cerca de 90 grandes marcas que comercializam itens de vestuário, acessórios e artigos têxteis para o lar.

Fonte: portalnovarejo.com

Yusen Logistics recebe Selo Verde

Os embarcadores estão, cada vez mais, valorizando operadores logísticos e transportadoras que tem ações na área de sustentabilidade. Portanto, todas as conquistas têm um grande valor para as empresas. Nesse sentido, a Yusen Logistics acaba de receber o Selo Verde por suas práticas e políticas na área de preservação e educação ambiental. O Selo é oferecido pelo “Jornal Meio Ambiente do Estado de São Paulo” em um projeto que conta com o apoio da prefeitura, do Estado e órgãos ambientais como Ibama e Conama, além da Secretaria e Ministério do Meio Ambiente. “Ficamos muito felizes em sermos reconhecidos por nossas práticas sustentáveis dentro da empresa. Ações deste tipo só nos ajudam a pensar em novas maneiras de continuarmos com esta postura  para termos resultados ainda melhores. Todos ganham”, disse Raquel Teixeira, diretora de Contract Logistics da empresa. Para quem não sabe, o olhar sustentável da Yusen, no Brasil, chegou com a implantação do conceito 5S, filosofia japonesa que visa promover a disciplina, segurança e produtividade no trabalho. As práticas do 5S, no dia a dia, estimulam o consumo consciente do uso do papel, reciclagem, higiene e bom relacionamento interpessoal. Mas no mundo todo a empresa tem ações e projetos na área de sustentabilidade. No ano passado, por exemplo, inaugurou um armazém de última geração no Reino Unido, certificado no começo de 2019 pelo programa The Planet Mark.  Graças ao trabalho da Yusen para compensar a emissão de carbono, 270 acres de florestas na Nova Guiné são preservados e oficinas sobre sustentabilidade são oferecidas a 230 crianças em duas escolas naquele país.

Tag: sustentabilidade

Fonte: transportemundial.com

Lightyear cria primeiro carro do mundo equipado com painéis solares

Lightyear, empresa holandesa de mobilidade, apresentou um protótipo do Lightyear One, primeiro carro elétrico do mundo equipado com painéis solares. A montadora, fundada em 2016, planeja lançar o carro em 2021. Segundo a companhia, o veículo elétrico terá até 800 km de autonomia e os motoristas poderão carregar 570 km de energia em apenas uma hora.

A empresa afirma que o carregamento solar poderá ser útil, principalmente, para dar uma carga extra enquanto o motorista se dirige até a tomada mais próxima. “Este momento é o começo de uma nova era na mobilidade”, disse Lex Hoefsloot, CEO e co-fundador da Lightyear, em um comunicado. “Nós trabalhamos duro por dois anos. Este é um grande passo em direção à nossa missão de tornar a mobilidade limpa disponível para todos “.

Tag: Tecnologia

Fonte: startse

O futuro da logística está no cliente e na sustentabilidade

Na quarta edição do estudo Logistics Trend Radar, uma série pioneira que começou em 2013, a DHL revela 28 tendências principais que podem impactar o setor de logística nos próximos cinco a dez anos. O estudo é desenvolvido por meio da análise de megatendências e microtendências, bem como da contribuição direta de um grande ecossistema de parceiros, incluindo institutos de pesquisa, empresas de tecnologia, startups e clientes. A maioria das ideias é coletada diretamente de mais de 10.000 profissionais de logística e especialistas em tecnologia que visitam anualmente os Centros de Inovação da DHL. As descobertas são agregadas e refletidas no estudo Logistics Trend Radar, que atua como uma ferramenta de previsão dinâmica e estratégica, que acompanha a evolução das tendências identificadas em edições anteriores e encontra novas tendências promissoras a cada atualização.

Criado pela DHL Trend Research, o estudo Logistics Trend Radar 2018/19 mostra que a inovação será mais importante do que nunca, uma vez que a digitalização está levando à maior transformação já vista na indústria nos próximos anos. “Nosso estudo Logistics Trend Radar serve como um roadmap para a inovação, ajudando a estruturar e catalisar pesquisas e projetos da indústria junto com nossos clientes e parceiros. Nesta edição, nos concentramos fortemente na revolução digital que está ocorrendo no setor e seu impacto em quatro elementos-chave que definem o futuro da logística: foco no cliente, sustentabilidade, tecnologia e pessoas”, disse Matthias Heutger, Vice-Presidente sênior da Área Global de Inovação e Desenvolvimento Comercial na DHL.

DHL estudo

O foco no cliente será crucial para atender às demandas dos clientes por uma experiência logística mais rápida e conveniente. Uma quantidade cada vez maior de bens que podem ser comprados online – especialmente no mercado B2B, está impulsionando a necessidade de soluções de logística Omnichannel B2B. A demanda dos clientes também está impulsionando o crescimento das remessas de bens sensíveis ao tempo e à temperatura, direto ao consumidor. Essa Fresh Chain exigirá inovações em embalagem, armazenamento e entrega de mercadorias, como alimentos e produtos farmacêuticos. Uma área fundamental para a inovação na comunicação entre provedores de telecomunicações e clientes será a integração de serviços de logística em ambientes domésticos inteligentes, que incluem a tão discutida tendência da “Vida Conectada”.

A sustentabilidade se tornará obrigatória para operar-se no setor de logística à medida que governos, cidades e fornecedores de soluções fazem acordos amplos para reduzir as emissões de CO2 e resíduos. A DHL, por exemplo, comprometeu-se a zerar suas emissões até 2050. A Logística de Energia Verde – o uso de energia elétrica nas frotas e instalações – oferece um enorme potencial para a logística se tornar mais sustentável. A Conteinerização Inteligente no transporte também será importante no desenvolvimento de formatos sustentáveis para entregas em cidades com tráfego congestionado.

A tecnologia se tornará difundida em logística conforme a proporção custo-desempenho se inclina para as principais tendências, como a Internet das Coisas e Inteligência Artificial nos próximos anos. Uma tendência que pode acelerar isso é a disseminação de redes sem fio de última geração que podem aumentar significativamente a economia e o valor derivado da conectividade na cadeia de suprimentos. Outra tendência destacada nesta edição é o blockchain, que tem tido muita expectativa e promessas para a tecnologia, mas conseguir a aceitação total da indústria pode revelar-se um obstáculo significativo para sua adoção.

As pessoas continuarão a ser o elemento principal na logística, mesmo que as tendências de robótica e automação, bem como automação de software redefinam a estrutura da força de trabalho na logística no futuro. Tarefas altamente repetitivas e de intensidade física serão auxiliadas pela tecnologia, permitindo que as pessoas realizem tarefas mais significativas que exijam gerenciamento, análise e inovação. Serão necessários conceitos de trabalho digital para atrair e manter talentos da geração millennial na área da logística, bem como para dar suporte à força de trabalho já existente na área de logística.

“Por mais que tenhamos como objetivo prever com extrema precisão, sabemos por experiência que o impacto de algumas tendências não se concretizará. A inovação não segue um caminho linear – o sucesso de algumas tendências dependerá da cultura e das capacidades, tanto em tecnologias inovadoras, quanto em perspicácia nos negócios. É por isso que precisamos nos envolver ativamente e diretamente para impulsionar o desenvolvimento dessas tendências,” disse Markus Kückelhaus, Vice-Presidente de Pesquisa de Inovação e Tendências, na Área de Inovação e Soluções para o Cliente DHL.

Os projetos transformadores de inovação da DHL também estão destacados no relatório, como por exemplo, o desenvolvimento de bicicletas elétricas para carga da DHL usadas para a logística urbana, testes de fechaduras inteligentes que permitem a entrega em domicílio e o uso de inteligência artificial para prever o comércio global. Após esta edição, a DHL iniciará experiências em novas tendências para explorar suas implicações em mais detalhes.

Fonte: portogente.com.br

Volvo entrega os primeiros caminhões elétricos

Em mais um passo na corrida para reduzir as emissões de poluentes e minimizar a dependência do transporte de carga em relação ao combustível fóssil, a Volvo começou a entregar a clientes europeus as primeiras versões totalmente elétricas das linhas FL e FE, apresentadas no ano passado. Uma unidade de FL seguiu para a empresa de reciclagem e coleta de lixo Renova e um FE para a transportadora TGM, parceira da empresa de logística alemã DB Schenker na Suécia.

A Volvo adianta que as opções das gamas equipadas com baterias começarão a ser produzidas e oferecidas ao mercado europeu no segundo semestre deste ano, ainda que em “número limitado de caminhões”. A fabricante aposta e reforça que a ausência de ruído e de emissões de escape contribuem para melhorar as condições de trabalho para os motoristas e proporcionam um ambiente urbano mais limpo e silencioso.

“Nossa estreita colaboração com motoristas e clientes nos permitiu desenvolver, em um curto espaço de tempo, soluções eletrificadas de transporte que atendem altos requisitos em termos de desempenho, autonomia, movimentação de carga e uso de veículos”, destaca Roger Alm, presidente da Volvo Trucks. “Continuaremos a desenvolver nossa oferta eletrificada. Ao mesmo tempo, estamos reduzindo maneira constante o impacto ambiental e climático provocado por nossos caminhões movidos a diesel e a gás, principalmente por meio de sistemas de transmissão, capazes de aumentar a eficiência energética.”

Os caminhões Volvo FL Electric e Volvo FE Electric foram desenvolvidos para operar no transporte de cargas em ambientes urbanos. O primeiro modelo tem capacidade para 16 toneladas de peso bruto total (PBT), enquanto o segundo atende necessidades de até 27 toneladas.

As entregas dos primeiros elétricos da Volvo coincidem com os novos regulamentos de emissões de CO2 para veículos pesados aprovados pela União Europeia. Pelo cronograma, as emissões médias de gases com efeito estufa deverão ser reduzidas em 15% a partir de 2015 e em 30% a partir de 2030, em comparação aos valores médios dos caminhões e ônibus produzidos em 2019. Segundo a União Europeia, o tráfego rodoviário de veículos pesados representa quase 5% das emissões totais de gases da Europa.

“Cortar as emissões de veículos pesados é uma tarefa incrivelmente importante e fundamental para nossas iniciativas para um transporte sustentável. É natural que a União Europeia introduza agora limites às emissões de CO2. Mas a fim de acelerar a transição, também gostaríamos de ver incentivos financeiros mais fortes para os clientes que assumem a liderança e escolham veículos mais amigáveis ao clima”, pondera em nota o presidente da Volvo Trucks.

Para a Volvo, o estágio atual de desenvolvimento de tecnologias capazes de reduzir as emissões de gases está praticamente pronta, mas há necessidade de a demanda ser estimulada. Soluções como uso de gás, biogás e bateria dependem do aumento da infraestrutura de abastecimento e recarga.

A marca sueca lembra ainda que embora os limites de emissões impostos pela UE estabeleçam um cronograma claro para as fabricantes, a meta de melhorar a eficiência do combustível e reduzir o impacto negativo no clima se apresenta há um bom tempo como uma das principais prioridades da indústria, mesmo porque o uso de combustível representa aproximadamente um terço dos custos para uma empresa de transporte.

“Se todas as partes do sistema de transporte trabalharem juntas em direção ao mesmo objetivo, poderemos reduzir muito mais o impacto sobre o clima”, diz Lars Mårtensson, diretor de meio ambiente e inovação da Volvo Trucks. “Melhor logística, maior acesso a biocombustíveis, treinamento de eficiência de combustível para motoristas, reboques aerodinâmicos, melhores padrões de estrada e ampliação de oportunidades para usar veículos de alta capacidade são apenas algumas das maneiras pelas quais outras partes podem contribuir.”

Fonte: estadao.com