Como a pandemia moldou o consumidor online: impactos e tendências das gerações millennial e Z no e-commerce.

A pandemia de Covid-19 transformou profundamente o e-commerce, mudando o comportamento dos consumidores e acelerando a adoção de compras online. Com a necessidade de isolamento social, milhões de pessoas migraram para plataformas digitais para adquirir produtos e serviços.

Como resultado, observou-se um crescimento sem precedentes nas vendas online, e essas mudanças, em grande parte, permanecem no cenário pós-pandemia. Além disso, as novas gerações, como os millennials e a geração Z, estão assumindo papéis de liderança nas tendências de consumo online, com preferências e comportamentos distintos que moldam o futuro do comércio digital (Deloitte, 2022). Este artigo explora essas mudanças e tendências emergentes, focando nas demandas dos consumidores após a pandemia e nas implicações para o setor de e-commerce.

A revolução do perfil do consumidor no e-commerce pós-pandemia

A pandemia trouxe uma disrupção sem precedentes, forçando o comércio a migrar rapidamente para o ambiente digital. O consumidor pós-pandemia se adaptou a essa nova realidade e, como resultado, o e-commerce agora desempenha um papel central em suas rotinas de compra (Accenture, 2021).

– O novo normal no e-commerce: de acordo com dados da McKinsey (2021), 75% dos consumidores que adotaram novas plataformas de compra online durante a pandemia continuarão usando esses canais. Para esses consumidores, o online não é mais uma alternativa, mas uma preferência consolidada.

– Conveniência como principal fator de decisão: um aspecto que ficou claro durante a pandemia foi o valor da conveniência. As compras online agora se destacam por sua capacidade de oferecer entregas rápidas, flexibilidade nas devoluções e pagamento simplificado, transformando a experiência de compra em algo fácil e descomplicado (EY, 2021). Empresas que investiram em agilidade de logística e em um checkout simplificado tiveram vantagem.

– Maior uso de ferramentas digitais: tecnologias como realidade aumentada (RA), inteligência artificial (IA) e chatbots tornaram-se ainda mais populares. Essas soluções permitem que os consumidores visualizem produtos de maneira imersiva e obtenham atendimento automatizado em tempo real, contribuindo para uma experiência de compra mais personalizada (KPMG, 2022). Plataformas de e-commerce que incorporam essas tecnologias estão capturando a atenção do consumidor digital moderno.

As gerações millennial e Z: protagonistas da transformação digital no e-commerce

As novas gerações estão impulsionando mudanças no e-commerce, e as empresas precisam entender suas preferências para se manterem competitivas. Millennials e geração Z estão moldando o futuro do consumo, com expectativas e comportamentos distintos das gerações anteriores (Deloitte, 2022).

– Omnicanalidade e experiências integradas: essas gerações esperam uma experiência de compra omnicanal fluida, integrando o online e o offline. Um estudo da NielsenIQ (2022) revelou que 73% dos millennials e gen Z desejam experiências de compra que transcendam o ambiente digital, com uma transição perfeita entre plataformas online e lojas físicas. Isso significa que empresas que ofereçam uma experiência omnicanal coesa, como a possibilidade de retirar na loja o que foi comprado online, estão em uma posição vantajosa.

– Personalização e experiências únicas: ambos os grupos valorizam a personalização. A geração Z, em particular, quer uma experiência de compra única, com recomendações baseadas em seus interesses pessoais (Salesforce, 2021). Ferramentas de machine learning e algoritmos de recomendação são cruciais para capturar a atenção desses consumidores.

– Adoção de novas formas de pagamento: as novas gerações estão mais abertas a opções de pagamento alternativas, como carteiras digitais (Apple Pay, Google Pay) e criptomoedas. Estudos mostram que 45% da geração Z nos EUA já utilizaram ou demonstraram interesse em usar criptomoedas para pagamentos (PwC, 2022). Oferecer diversidade de opções de pagamento pode ser um diferencial competitivo.

Principais tendências no e-commerce impulsionadas pelas novas gerações

Com as mudanças aceleradas no comportamento do consumidor, algumas tendências no e-commerce têm ganhado mais força, especialmente entre os millennials e a geração Z.

– Crescimento do social commerce: a presença de influenciadores digitais nas redes sociais tem um impacto crescente no e-commerce. Plataformas como Instagram, TikTok e YouTube estão se tornando centros de vendas, onde marcas e influenciadores podem engajar diretamente com os consumidores e vender produtos em tempo real (Statista, 2022). O social commerce é especialmente atraente para a geração Z, que é altamente influenciada por campanhas interativas e conteúdo gerado por usuários. Empresas que integram suas lojas a essas plataformas têm uma vantagem significativa.

– O metaverso e realidade virtual no e-commerce: a realidade virtual (VR) e o metaverso estão rapidamente se tornando o novo playground do e-commerce. Marcas estão criando lojas virtuais onde os consumidores podem “caminhar” e “experimentar” produtos digitalmente antes de efetuar uma compra. Essa tendência atende particularmente à geração Z, que busca experiências imersivas e interativas ao fazer compras online (Mehta et al., 2021).

– Sustentabilidade como fator decisivo: a geração Z é notoriamente mais preocupada com questões ambientais e sociais. De acordo com um estudo da BCG (2021), 70% desses consumidores preferem comprar de marcas que demonstram compromisso com a sustentabilidade. Produtos feitos de materiais reciclados, embalagens ecologicamente corretas e práticas comerciais éticas são fatores que influenciam diretamente suas decisões de compra. Empresas que implementam iniciativas de sustentabilidade não estão apenas atendendo às demandas dos consumidores, mas também construindo uma imagem de marca positiva e duradoura.

Adaptando estratégias de e-commerce para o futuro

À medida que as novas gerações se tornam o grupo dominante de consumidores, as empresas de e-commerce precisam ajustar suas estratégias para se manterem relevantes.

– Investir em tecnologia: as lojas de e-commerce devem adotar tecnologias que ofereçam personalização e conveniência, como IA, algoritmos de recomendação e chatbots automatizados, para criar uma experiência de compra otimizada.

– Criar uma estratégia omnicanal coesa: oferecer uma experiência de compra fluida entre o online e o offline é essencial. Isso significa investir em logística eficiente e em uma estratégia integrada de marketing para garantir que os consumidores possam comprar quando, onde e como quiserem.

– Focar em sustentabilidade e transparência: as marcas que conseguirem alinhar suas práticas comerciais com as demandas por sustentabilidade terão uma vantagem competitiva significativa. Transparência em toda a cadeia de valor e práticas éticas são diferenciais que atraem a geração Z e os millennials.

A pandemia mudou o comportamento de compra dos consumidores de maneira irreversível, acelerando a adoção do e-commerce e consolidando a conveniência digital como um fator essencial.

As novas gerações, millennial e Z, são os motores dessas mudanças, trazendo consigo demandas específicas por personalização, experiências omnicanal e responsabilidade ambiental. As empresas que se adaptarem a essas tendências e investirem em tecnologia e inovação estarão melhor posicionadas para capturar a lealdade desses consumidores e prosperar no futuro do comércio digital.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/como-a-pandemia-moldou-o-consumidor-online-impactos-e-tendencias-das-geracoes-millennial-e-z-no-e-commerce

Estudo da DHL aponta que 65% das PMEs dos EUA esperam vender mais na Black Friday 2024

Os números foram divulgados em coletiva internacional em que a empresa fez breves previsões de negócios para o final deste ano.

Para entender as expectativas de vendas de fim de ano das pequenas e médias empresas (PMEs) nos Estados Unidos, a DHL, empresa global de logística, promoveu uma pesquisa com sua base de clientes e percebeu, primeiro, que o número de PMEs cresceu 7% e, segundo, que a expectativa de 65% dessas companhias é vender mais na Black Friday deste ano. Quase um quarto (24%) delas acredita que o crescimento será significativo. Os números foram divulgados durante uma coletiva online internacional com executivos da DHL, realizada na última quinta-feira, 3. A companhia apresentou as suas previsões de negócio e apontou algumas inovações, como o uso de robôs.

De acordo com a DHL, as PMEs estão impulsionando o PIB nos principais mercados globais. Nos EUA, especificamente, 53% delas estão de olho na expansão internacional como a melhor oportunidade. Para a empresa de logística, o dado é bastante encorajador, uma vez que que a DHL Express dos Estados Unidos está focada na exportação, principalmente, para México, Canadá, Reino Unido, França e Alemanha.

O estudo com análises de mercado oferece insights para a companhia se posicionar. Para a DHL, é crucial acertar nas previsões da Black Friday para PMEs, um segmento essencial ao negócio de logística.

Apesar da grande importância da data comercial, a alta de vendas no mercado norte-americano vai da Cyber Monday (primeira segunda-feira após a Black Friday) até o Natal. Já o pico de recebidos em volume ocorre no dia 23 de dezembro, com acréscimo de 50% em comparação a um dia normal.

Ainda neste ano, a DHL está aproveita ao máximo os investimentos feitos na pandemia, contudo, destacou a necessidade de destinar recursos para a automação e antecipou que irá incorporar robôs à operação.

Na Europa, os desafios pra a companhia envolvem questões ambientais. O foco em sustentabilidade se dá por meio do programa GoGreen Plus, que usa combustível de aviação sustentável.

América Latina

Na América Latina a DHL destacou papel do México como um centro de comércio importante e o crescimento de setores como o automotivo.

As observações feitas durante o encontro evidenciam o papel cada vez mais relevante do e-commerce para a região e o investimento, por parte dos governos, em infraestrutura, destacadamente em países como Chile e Panamá, para dar suporte à logística e atender à demanda de temporada.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/08/10/2024/logistica/estudo-da-dhl-aponta-que-65-das-pmes-dos-eua-esperam-vender-mais-na-black-friday-2024/”

 

O novo paradigma do consumo: convergência de tendências e desafios no varejo brasileiro

O consumo no Brasil está passando por uma transformação profunda, impulsionada por uma combinação de forças econômicas, sociais e tecnológicas. O estudo Tomorrow’s Consumer Wave 24, realizado pela Mosaiclab em setembro de 2024, revela como essas dinâmicas afetam o comportamento do consumidor e os desafios que marcas e varejistas precisam enfrentar para se adaptar a esse novo cenário.

A força das pressões econômicas

Um dos fatores mais impactantes na transformação do consumo é o contexto econômico desafiador. A inflação elevada, o aumento do custo de vida e as taxas de juros em patamares historicamente altos estão reduzindo o poder de compra dos brasileiros. Dados do estudo apontam que 37% dos consumidores relatam enfrentar dificuldades financeiras significativas, com o endividamento e os juros altos restringindo a capacidade de consumo.

Além disso, as apostas online (btes) têm um impacto considerável nas finanças das famílias. Nos últimos dois anos, 18% da população admitiu ter feito apostas online, e 20% dos apostadores afirmam que essas atividades afetam de forma significativa o orçamento familiar. Esse comportamento é majoritariamente masculino (60% homens) e tem forte concentração nas classes B (42%) e C (36%). A faixa etária mais representativa é de 18 a 30 anos, que corresponde a 33% dos apostadores. Além disso, 20% dos apostadores já reconhecem uma tendência ao vício em jogos, o que aumenta o impacto financeiro e emocional dessas práticas.

A consequência direta desse cenário é uma maior infidelidade às marcas, com consumidores mais dispostos a mudar de marca em busca de melhores preços e ofertas.

A digitalização como catalisadora

Se a economia impõe limitações, a tecnologia está se tornando uma ferramenta essencial para que os consumidores superem essas barreiras. A digitalização do consumo cresce rapidamente, com compras online ganhando relevância nos próximos anos.

A adoção de novos meios de pagamento também está transformando a experiência de compra. Programas de cashback, por exemplo, são altamente atrativos, com consumidores aprendendo a usar esse benefício de forma mais eficiente. No entanto, o estudo ressalta que, ao mesmo tempo em que o cashback oferece conveniência e fideliza os consumidores, ele também retira dinheiro de circulação que poderia ser usado para a compra de outros produtos e serviços. Ou seja, enquanto facilita o consumo e gera lealdade, impacta o fluxo de dinheiro pelo uso de descontos e pontos, criando um paradoxo entre lealdade e redução da receita circulante.

Sustentabilidade em xeque

Embora as preocupações com sustentabilidade tenham sido destaque nos últimos anos, o estudo Tomorrow’s Consumer Wave 24 mostra que os atributos relacionados a ESG (Environmental, Social, and Governance) estão perdendo importância no momento da compra. A importância de fatores sustentáveis caiu em 2024, e muitos consumidores demonstram ceticismo em relação ao impacto real de suas escolhas sustentáveis. Barreiras econômicas, culturais e educacionais ainda impedem uma adoção mais ampla dessas práticas.

Mesmo assim, as empresas que conseguem alinhar práticas sustentáveis com conveniência e preço competitivo têm uma vantagem importante, especialmente em tempos de incerteza econômica, em que a busca por valor é o principal motivador das decisões de compra.

O smart consumer e a busca por valor

O smart consumer – mais crítico, impulsivo e menos fiel – é o novo perfil do consumidor brasileiro. Movido pela combinação de tecnologia e busca por valor, este consumidor utiliza intensivamente plataformas digitais para tomar decisões de compra informadas. Comparam preços, leem avaliações e são fortemente influenciados por avaliações online e recomendações digitais.

Esses consumidores buscam otimizar cada transação, recorrendo a promoções, impulsionados pela conveniência e pelo valor percebido pelo que é comprado.

A jornada digital e a reconfiguração dos canais de venda

A migração para os canais digitais continua a crescer, refletindo uma mudança no comportamento do consumidor. Embora a maior parte das compras ainda seja realizada em lojas físicas, o canal digital continua ganhando participação. Essa transição destaca a necessidade de uma abordagem omnichannel pelas empresas, que precisam oferecer uma experiência integrada, fluida e consistente entre os diferentes pontos de contato – sejam eles físicos ou digitais.

Adaptar-se ou ser deixado para trás

O consumidor brasileiro está mais exigente, informado e conectado do que nunca. As empresas que desejam prosperar nesse novo cenário devem focar em agilidade, inovação e transparência. Isso significa oferecer não apenas produtos de qualidade, mas também uma experiência de compra integrada, que atenda às demandas de um consumidor que valoriza conveniência mais do que em outro períodos.

Os dados da Tomorrow’s Consumer Wave 24 mostram que o sucesso das marcas dependerá de sua capacidade de se adaptar às novas dinâmicas do mercado, compreendendo profundamente as mudanças no comportamento do consumidor. Mais do que nunca, o desafio é alinhar estratégia, tecnologia e propósito para atender às demandas de um consumidor cada vez mais complexo e volátil.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/04/10/2024/artigos/o-novo-paradigma-do-consumo-convergencia-de-tendencias-e-desafios-no-varejo-brasileiro/”

Uma oportunidade pouco explorada da temporada de compras

A temporada de compras de fim de ano é um período crucial para o varejo, mas também apresenta uma oportunidade valiosa e ainda pouco explorada para se destacar. Todas as grandes marcas estão se preparando para os grandes descontos da Black Friday e do Natal, mas nem todas estão olhando para a chance de inserir causas socioambientais no discurso.

À medida que os consumidores se tornam mais conscientes e exigentes em relação às práticas éticas das empresas, integrar esses valores às estratégias de marketing pode não apenas aumentar as vendas, mas também fortalecer o vínculo entre o cliente e a marca de forma mais perene, indo além de datas comerciais específicas.

Primeiramente, a sustentabilidade se tornou um dos principais pilares na decisão de compra. Com a crescente preocupação com as mudanças climáticas e a degradação ambiental, os consumidores buscam produtos que minimizem o impacto no planeta.

Marcas que optam por utilizar materiais reciclados, processos de produção ecológicos e embalagens sustentáveis podem se diferenciar em um mercado saturado. Além disso, a transparência nas cadeias de suprimento e a responsabilidade social são fatores que atraem um público mais jovem, que valoriza empresas que alinham seus valores com ações concretas. Aproveitar o enorme tráfego de público em seus canais para reforçar esse compromisso – se ele existir, é claro – é uma ótima estratégia.

Em paralelo, iniciativas de doação durante a temporada de fim de ano podem criar um forte vínculo emocional entre a marca e os consumidores. Algumas empresas adotam o arredondamento de troco ou possuem seus próprios produtos sociais, que geram renda para organizações sociais, enquanto outras adotam modelos de “um por um”, em que, para cada produto vendido, um item é doado a quem precisa. Essa abordagem não apenas ajuda comunidades em situação de vulnerabilidade, mas também proporciona aos clientes a sensação de que suas compras estão fazendo a diferença.

Segundo dados da pesquisa Varejo com Causa, lançada pela MOL Impacto neste ano, 80% dos doadores do varejo acreditam que promover a doação melhora a imagem da loja, e 85% deles comprariam novamente no estabelecimento se soubessem que o local possibilita a realização de doações. Além disso, campanhas de doação podem ser promovidas nas redes sociais, incentivando os clientes a compartilharem suas experiências e aumentando o engajamento com a marca.

Finalmente, ao adotar essas práticas, as marcas não estão apenas gerando impacto positivo real para a sociedade, mas também construindo uma identidade mais forte e autêntica. A temporada de compras de fim de ano é uma oportunidade única para as empresas se unirem a causas que ressoam com seus valores e de seus consumidores, criando um ciclo positivo que vai além do lucro. A verdadeira essência do consumo consciente se revela quando as compras não são apenas transações, mas também atos de solidariedade e responsabilidade.

Ao abraçar causas como a sustentabilidade e a cultura de doação, as marcas não apenas se destacam em um mercado competitivo, mas também desempenham um papel significativo na construção de um futuro mais ético e sustentável.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/02/10/2024/artigos/uma-oportunidade-pouco-explorada-da-temporada-de-compras/”

8 Tendências Emergentes no E-commerce

Em 2024, diversas tendências emergentes estão moldando o futuro do comércio eletrônico.

O e-commerce tem se transformado rapidamente, impulsionado por avanços tecnológicos e mudanças nas preferências dos consumidores. Em 2024, diversas tendências emergentes estão moldando o futuro do comércio eletrônico, exigindo que as empresas se adaptem para continuar competitivas. Este artigo explora oito dessas tendências, que são fundamentais para o sucesso no cenário atual.

1. Comércio social

Uma das tendências mais notáveis no e-commerce é a integração com as redes sociais, conhecida como “comércio social”. Essa abordagem permite que os consumidores comprem produtos diretamente através de plataformas como Instagram, Facebook e TikTok. O objetivo é transformar a jornada do cliente, permitindo que ele descubra e adquira produtos sem sair de suas redes sociais favoritas.

Com a crescente influência dos criadores de conteúdo, as plataformas sociais estão se tornando vitrines para marcas, onde influenciadores recomendam produtos e facilitam a compra com links diretos. Essa tendência não só melhora a experiência de compra, como também aumenta as taxas de conversão, já que os consumidores podem adquirir produtos no momento em que são inspirados.

2. Novas formas de pagamento

O cenário de pagamentos no e-commerce está se diversificando, indo além dos métodos tradicionais como cartões de crédito. Carteiras digitais e soluções como “buy now, pay later” (BNPL) estão ganhando popularidade, especialmente entre os jovens, oferecendo mais flexibilidade e conveniência.

Outra tendência importante é o crescente uso de criptomoedas nas transações online. A aceitação de criptomoedas como o Bitcoin está se expandindo, permitindo que consumidores realizem compras com criptoativos. A conversão de BTC to BRL (Bitcoin para Real), por exemplo, já é uma realidade em algumas plataformas, ampliando as opções de pagamento e oferecendo maior liberdade para os consumidores.

3. Personalização avançada

A personalização está se tornando essencial no e-commerce. Com o uso de inteligência artificial (IA) e análise de dados, as empresas podem oferecer uma experiência de compra altamente personalizada, desde recomendações de produtos até campanhas de marketing individualizadas.

Essa personalização é possível graças ao monitoramento em tempo real do comportamento dos usuários, permitindo que as marcas entreguem ofertas e conteúdos que realmente interessam ao consumidor. Isso não só aumenta a satisfação do cliente, como também melhora as taxas de conversão e fidelização.

4. Sustentabilidade no E-commerce

A sustentabilidade tornou-se uma prioridade para muitos consumidores, e isso está refletindo nas estratégias das empresas de e-commerce. Marcas que adotam práticas sustentáveis, como o uso de embalagens ecológicas e operações logísticas mais verdes, estão ganhando a preferência dos consumidores.

Além disso, a economia circular, que promove a reutilização e reciclagem de produtos, está ganhando força. Empresas que conseguem integrar essas práticas em seus modelos de negócios não só contribuem para a preservação do meio ambiente, mas também conquistam a lealdade de consumidores cada vez mais conscientes e exigentes.

5. Entregas ultra rápidas

A rapidez na entrega é um fator decisivo no e-commerce atual. Com consumidores cada vez mais exigentes, as empresas estão investindo em tecnologias e soluções logísticas que permitam entregas em poucas horas.

O uso de drones e veículos autônomos já está se tornando uma realidade em algumas regiões, proporcionando um serviço de entrega quase instantâneo. Essa tendência responde à demanda por conveniência e rapidez, onde os consumidores esperam que as compras online sejam tão imediatas quanto as realizadas em lojas físicas.

6. Realidade Aumentada (AR)

A Realidade Aumentada (AR) está revolucionando o e-commerce, oferecendo uma experiência de compra mais imersiva. Com a AR, os consumidores podem “experimentar” produtos virtualmente, seja uma peça de roupa ou um móvel, antes de realizar a compra.

Essa tecnologia é especialmente útil para reduzir incertezas em compras online, aumentando a confiança do consumidor e diminuindo as taxas de devolução. Marcas que adotam AR estão proporcionando uma experiência diferenciada, que atende às expectativas crescentes dos consumidores por interações digitais mais ricas e envolventes.

7. Modelos de assinatura

Os modelos de assinatura estão se consolidando em diversos setores do e-commerce, desde alimentos e bebidas até produtos de beleza e moda. Esse modelo oferece aos consumidores a conveniência de receber produtos de forma recorrente, sem a necessidade de realizar novas compras constantemente.

Para as empresas, a assinatura garante um fluxo de receita previsível e permite a criação de um relacionamento contínuo com o cliente. Além disso, facilita a coleta de dados sobre as preferências dos consumidores, permitindo uma personalização ainda maior das ofertas.

8. Expansão global

A expansão para mercados globais é uma tendência crescente no e-commerce. Com o apoio de plataformas globais e soluções logísticas cada vez mais eficientes, as empresas estão explorando novos mercados para expandir seus negócios.

Entretanto, a expansão global não é simples e exige uma adaptação cuidadosa às preferências culturais, regulamentações locais e necessidades específicas de cada mercado. As empresas que conseguem navegar por esses desafios com sucesso ganham acesso a uma base de consumidores muito maior e a novas oportunidades de crescimento.

Fonte: “8 Tendências Emergentes no E-commerce – Imirante.com

Operadores logísticos registram receita bruta de R$ 192 bilhões e crescem 15% em 2023

Números integram a edição 2024 do “Perfil dos Operadores Logísticos”, estudo promovido pela Associação Brasileira de Operadores Logísticos.

Em 2023, os operadores logísticos atuantes no Brasil registraram receita bruta operacional de R$ 192 bilhões, cerca de 15% a mais do que o verificado em 2021, última vez em que o montante foi apurado e ficou em R$ 166 bilhões. O valor atual é equivalente a quase 2% do PIB e a 17% dos custos de transporte e armazenagem do país, que somam R$ 1,1 trilhão. Além disso, 76% das empresas informaram aumento no faturamento.

Os números fazem parte da edição 2024 do “Perfil dos Operadores Logísticos”, estudo promovido pela Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL) e encomendado ao Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS). O material analisou a performance das operadoras e revelou a evolução, desafios e anseios do setor.

A pesquisa estimou um universo de 1,3 mil empresas, de pequeno, médio e grande portes. Deste, 127 operadores, entre eles, os associados à ABOL, colaboraram diretamente com o material. Juntos, eles representam 40% do faturamento do setor.

ARRECADAÇÃO, TRABALHO E INVESTIMENTOS
Segundo o estudo, no período, os operadores logísticos arrecadaram R$ 43 bilhões em tributos. Quando comparado ao total de impostos recolhidos no Brasil, os OLs foram responsáveis por 0,5%, 1,1% e 0,7% do máximo arrecadado pelas esferas municipais, estaduais e federais, respectivamente.

Além disso, os operadores logísticos foram responsáveis por cerca de 2,3 milhões de empregos diretos e indiretos no ano passado. A maioria das vagas foi no regime CLT.

“Os dados apurados reforçam a relevância dos operadores logísticos não apenas para a evolução contínua da modalidade de serviços no Brasil, mas também para o desenvolvimento da economia nacional. Essa representatividade se evidencia diante dos investimentos feitos em 2023, que chegaram a R$ 20 bilhões”, destacou a diretora-executiva da ABOL, Marcella Cunha.

Em 2023, 68% dos OLs avançaram nos investimentos em comparação ao volume injetado em 2022. Em 2021, o percentual foi de 59% em relação ao exercício anterior. O foco dos operadores logísticos foi nos softwares (83%).

De acordo com os dados levantados, as obras de infraestrutura receberam capital de 78% dos operadores respondentes e aparecem em segundo lugar no ranking de aportes. Logo depois vem a aquisição de novas máquinas ou equipamentos, por 69%.

O relatório apontou que em meio aos novos projetos, os OLs sentiram o impacto do incremento no preço do combustível em 2023, também constatado na edição anterior. Outras despesas com acréscimos relevantes foram: mão de obra, equipamentos e transporte rodoviário, todos com aumento considerado médio ou alto por mais de 60% dos operadores. No geral, 75% não repassaram a elevação dos custos para o valor do serviço.

“Não é de hoje que os OLs driblam a alta do combustível, que sempre representa uma parcela significativa dos seus custos operacionais, e vêm buscando alternativas para evitar grandes prejuízos. Quando se trata de investimentos, a constante evolução tecnológica tem impacto direto, uma vez que os operadores precisam acompanhar as tendências, aumentando a produtividade e mantendo a competitividade”, ressaltou Marcella.

ABRANGÊNCIA SETORIAL E DE ATIVIDADES
Segundo o estudo, do total de OLs, 47% operam nas cinco regiões brasileiras ao mesmo tempo e 40% possuem participação internacional, revelando um incremento ao longo dos últimos anos na atuação regional das empresas. Em 2022, 37% estavam presentes em todas as regiões brasileiras.

Desde a edição 2020 da pesquisa, as altas foram de 25% para 51% no Norte, de 43% para 69% no Nordeste, de 37% para 70% no Centro Oeste, de 63% para 76% no Sul e de 92% para 94% no Sudeste.

Os dados apontaram que as empresas de maior porte são as de superior abrangência geográfica: 81% delas estão presentes em todas as regiões. Por outro lado, os OLs de menor porte são aqueles com atuação mais regional, com boa parte se posicionando como especialistas em mercados locais. Em média, cada um opera 19 instalações, como galpões, CDs, transit points e cross docking. No entanto, 64% dos participantes da pesquisa garantiram que estão incrementando esse número.

Levantamento mostrou que o transporte rodoviário fechado é o serviço mais comum, presente em 92% das operações. Logo em seguida, o transporte rodoviário fracionado representa 63% das atividades, destacando-se como uma opção essencial para entregas de menor volume.

Além disso, a distribuição urbana, que atende especialmente à crescente demanda por entregas rápidas nos centros urbanos, está presente em 27% dos serviços oferecidos. Já o transporte aéreo nacional, embora menos utilizado, abrange 21% das operações, atendendo a necessidades específicas de agilidade.

INDÚSTRIAS ATENDIDAS
Com o aumento da posição geográfica dos OLs, cresceu também os segmentos da economia atendidos. A pesquisa revelou que os operadores atuam em mais de 20 setores diferentes, posicionando-se em diversos elos da cadeia de suprimentos. Cada um possui, em média, clientes de nove indústrias distintas.

No topo da lista está o setor de bebidas, com 72%, alta de 14% em comparação a 2022. Em seguida, aparece automotivo e autopeças, com 70% e expansão de 13% nos últimos dois anos. Na terceira posição estão os cosméticos, com 66% e elevação de 2%.

INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA E AEROPORTUÁRIA
A edição 2024 do “‘Perfil dos Operadores Logísticos”’ trouxe, pela primeira vez, o posicionamento mais aprofundado das empresas em relação às infraestruturas portuária e aeroportuária do país. No caso dos portos, os operadores entendem que são necessárias melhorias estruturais, de forma que apenas 18% não apontam gargalos logísticos nas operações.

Os OLs também destacaram a existência de potenciais oportunidades de melhoria na infraestrutura aeroportuária para o transporte de cargas. O levantamento revela que 26% observam carência de disponibilidade para carga nos aeroportos brasileiros.

Ao analisarem as rotas aéreas domésticas, dos 46% que atuam nesse modal, somente 6% dos entrevistados caracterizam-nas como ótimas.

DESCARBONIZAÇÃO
Com as atenções voltadas à mitigação dos impactos das suas operações no meio ambiente, diante de um cenário no qual 13% das emissões de gases do efeito estufa são feitas pelo setor de transporte, o estudo apontou que 94% dos operadores logísticos possuem um departamento responsável por temas relacionados à sustentabilidade.

Os operadores logísticos com maior avanço nesta questão (39%) têm metas e objetivos claros e a área responsável tem um orçamento definido. Outros 23% também já têm um setor com indicadores, mas ainda sem definição orçamentária.

Quando se trata de descarbonização, o objetivo médio para redução de pegada de carbono é de 37% em até oito anos. Para as empresas que buscam diminuir em 100%, o prazo seria entre 20 e 26 anos. O cumprimento dos períodos estipulados está alinhado a iniciativas como a redução da idade média da frota (55%), otimização da malha logística (47%) e a roteirização (47%).

Entre as medidas já adotadas estão o uso de veículos elétricos e a utilização de energia renovável, com 41% e 53% das empresas apostando nessas soluções, respectivamente.

A busca de outras fontes de combustível também faz parte dos planos dos OLs dentro da premissa ESG. A eletricidade para veículos, conforme apontado por 39% das empresas consultadas, teve a preferência. Outras fontes em uso são o etanol (33%) e o GNV (26%). Ambos possuem baixos níveis de emissão de carbono e maior quantidade de pontos de abastecimento espalhados pelo país.

Há ainda o biogás, diesel verde, gás natural liquefeito e hidrogênio verde, usados por menos de 10% dos operadores, porém com grande potencial para se desenvolverem no médio e longo prazo. A maioria dos operadores logísticos (63%) afirmou que absorve totalmente os custos para redução das emissões, sem qualquer tipo de repasse para o preço final de seus serviços.

As inovações da Amazon para realizar entregas por todo Brasil, incluindo comunidades ribeirinhas do Amazonas

Entregas mais rápidas agora são uma realidade para comunidades de Manaus e diversas regiões remotas do país, promovendo inclusão e desenvolvimento.

Em 2019 as operações da Amazon no Brasil contavam com apenas 1 Centro de Distribuição e um portfólio de 1 milhão de produtos disponíveis para venda. 5 anos depois, com mais de 100 polos logísticos e um portfólio entre varejo e serviços de marketplace, a Amazon realiza entregas para clientes em 100% dos municípios brasileiros.

Foi com esse propósito que desenvolvemos um projeto de entregas na Amazônia, incluindo a zona rural de Iranduba, a 27 quilômetros de Manaus. Com poucas rodovias, muitas delas em condições precárias, e com acessos interrompidos em dias de chuva, além da necessidade de barcos para chegar até a porta dos moradores, essa comunidade vivia isolada. Porém, desde o lançamento do projeto, as 86 famílias que vivem ali agora recebem suas encomendas com velocidade de até dois dias para milhares de produtos, graças a um barco voadeira que realiza as entregas diretamente às suas portas.

Entregas a cada vez mais CEPs em cada vez menos tempo

Na Amazon, otimizar as entregas é uma prioridade constante. Com o apoio da nossa inteligência artificial de última geração, conseguimos aprimorar nossas operações de maneira significativa. Tecnologias como empacotamento e roteamento otimizados, baseadas em algoritmos de Machine Learning, nos permitem escolher o tamanho ideal das embalagens e as rotas mais eficientes, o que resulta em uma redução no uso de materiais, maior aproveitamento do espaço nos caminhões, diminuição do tempo de entrega e cortes no consumo de combustível e emissões de carbono.

Além disso, analisamos cada região individualmente, adaptando os meios de transporte às necessidades específicas, seja por via aérea, terrestre ou fluvial. Manaus é um exemplo disso. Por lá, combinamos transporte aéreo e fluvial, com as entregas de última milha realizadas via lancha para a comunidade ribeirinha do Lago do Catalão que, até então, não recebiam encomendas de quaisquer ordens uma vez que nem os Correios chegam nessa região.

Mas não é só no Norte do país que a Amazon se dedica em realizar entregas. Nossa prioridade é que os clientes recebam seus produtos de forma rápida, segura e com nosso padrão de qualidade em todas as regiões. Só nesse ano, a Amazon Brasil e a Azul anunciaram 18 novas rotas aéreas para acelerar o atendimento nas regiões Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste do país, como parte da missão de otimizar entregas para ainda mais clientes, reduzindo prazos de até sete para dois dias em diversas localidades. Totalizando 42 rotas em todo o país, a Amazon e Azul já entregaram mais de 12 milhões de produtos por diversas regiões do Brasil, e nosso objetivo é continuar a ofertar entregas cada vez mais seguras em um menor tempo possível para todo o território nacional.

Mais que produtos: inclusão e desenvolvimento

Levar o consumo para a comunidade ribeirinha de Manaus e região Norte não diz respeito apenas aos produtos. É um passo fundamental para promover a inclusão social e o desenvolvimento econômico local. A maior acessibilidade a produtos e serviços impacta positivamente a vida das pessoas, gera oportunidades de emprego e renda, e contribui para o desenvolvimento da região.

Afinal, a expansão abraça o jeito Amazon de impactar positivamente a comunidade à qual atende e na qual opera. Para isso, contratamos mão de obra local e de comunidades próximas. Além disso, providenciamos a instalação de um poço artesiano, que serve como ponto estratégico para as entregas realizadas por barco.

A Logística da Amazon opera por meio de uma rede interconectada de pessoas, centros logísticos e tecnologias avançadas, fortalecida por provedores parceiros de entregas. Essa infraestrutura visa oferecer um serviço mais rápido e confiável, aprimorando a experiência geral do cliente.

A ação soma-se a diversas de nossas iniciativas recentes, que incluem envolvimento em projetos sustentáveis, como a parceria com a To Do Green, focada na neutralização de carbono, com a Favela Log, focada na entrega em favelas, e com a Azul Linhas Aéreas, que busca encurtar os tempos de entrega nas distâncias mais longínquas do nosso país.

Na Amazon somos comprometidos em constantemente melhorar a experiência do cliente e, ao mesmo tempo, impactar positivamente o país, gerando novos empregos (diretos e indiretos), capacitação e oportunidades de negócios para todos os tipos de empresas e membros das comunidades onde operamos.

A transformação da logística integrada e o impacto para a experiência do cliente

Tradicionalmente vista como uma operação de bastidores, a logística vem ganhando um papel central na experiência do cliente, impulsionada pelo avanço tecnológico e pela crescente demanda por inovação e serviços personalizados. Nesse cenário, empresas que já vêm investindo em operações multimodais estão redefinindo o conceito de atendimento ao consumidor ao resolver suas necessidades com novas soluções.

Isso porque a logística integrada não se trata apenas de conectar diferentes etapas da cadeia de suprimentos, mas sim de criar um sistema fluido, no qual a informação e os produtos são interligados com agilidade e precisão. Quando bem implementada, essa integração permite uma visão completa de todo o processo, desde a produção até a entrega final, o que facilita a gestão, reduz custos e aprimora a tomada de decisão.

A tecnologia tem um papel de destaque nessa nova era do setor logístico. Plataformas avançadas de gestão, como sistemas de ERP (Enterprise Resource Planning) e WMS (Warehouse Management System), permitem a coleta e análise de dados em tempo real, proporcionando visibilidade para tomar decisões, como a otimização de rotas ou o gerenciamento de estoques em tempo real. Além disso, a automação de processos aumenta a precisão e a velocidade do fluxo de operações, impactando diretamente na satisfação do cliente.

Entre as mais recentes inovações tecnológicas implementadas pelo setor logístico estão a Internet das Coisas (IoT) e a Inteligência Artificial (IA), que permitem previsões precisas de demanda, automação de processos e personalização da entrega. A IA, por exemplo, pode ser usada para prever demandas e otimizar rotas, enquanto a IoT permite o monitoramento contínuo das mercadorias, garantindo que possíveis problemas sejam identificados e resolvidos antes que impactem o cliente.

Integração de modais

Além das novas tecnologias, a combinação de diferentes modais de transporte, como a cabotagem e o rodoviário, também oferece uma série de benefícios estratégicos para as operações logísticas. Essa integração não só reduz custos, como também otimiza a eficiência operacional, contribuindo significativamente para a sustentabilidade das empresas.

A cabotagem, por exemplo, é uma opção econômica para o transporte de grandes volumes em longas distâncias, enquanto o modal rodoviário se destaca na distribuição final, garantindo entregas rápidas e precisas até a porta do cliente. Essa sinergia entre os modais permite uma gestão mais eficiente da cadeia de suprimentos, melhorando o tempo de trânsito e facilitando ajustes rápidos em situações emergenciais.

Outro ponto fundamental é a contribuição para a sustentabilidade. A cabotagem emite significativamente menos CO₂ em comparação ao transporte rodoviário, o que torna essa integração uma escolha estratégica para empresas que buscam reduzir sua pegada de carbono. Além disso, a diminuição do número de caminhões nas estradas contribui para a redução de congestionamentos e aumenta a segurança das mercadorias em trânsito.

A utilização de operações multimodais permite, ainda, a otimização dos recursos e a minimização do consumo de combustível. O transporte marítimo, por exemplo, é mais eficiente em termos de energia por tonelada-quilômetro do que o rodoviário. Ao reservar o transporte rodoviário apenas para os trechos finais de entrega, as empresas conseguem não só reduzir as emissões de CO₂, mas também maximizar a capacidade de transporte ao consolidar cargas em hubs logísticos estrategicamente localizados.

Desta maneira, a integração desses modais oferece uma cadeia de suprimentos mais eficiente, sustentável e capaz de responder de maneira mais eficaz às demandas do mercado e às expectativas dos clientes, tornando-se uma estratégia fundamental para empresas que buscam competitividade e responsabilidade ambiental.

Mais integração, mais qualidade

Entretanto, no mercado atual, os consumidores não mais buscam somente serviços ou produtos de qualidade, mas também uma experiência positiva de ponta a ponta. Assim, a logística integrada contribui para a satisfação do cliente ao garantir que o produto certo chegue no lugar certo por meio de processos integrados que garantem maior consistência e precisão, aumentando a confiança dos clientes na marca e na experiência de compra. E, mais do que isso, toda essa integração ainda permite que as empresas ofereçam opções de entrega flexíveis, rastreamento em tempo real e um atendimento pós-venda eficiente, o que reduz a espera e a incerteza dos clientes.

Além disso, a gestão eficiente de recursos já é uma prática comum na cadeia de suprimentos integrada, com a adoção de embalagens recicláveis e reutilizáveis, além da minimização de resíduos nos centros de distribuição. Empresas também estão incorporando tecnologias de energia renovável, como painéis solares, para alimentar armazéns e centros de distribuição, diminuindo a dependência de fontes de energia não renováveis. Em um cenário onde a responsabilidade ambiental é cada vez mais valorizada pelos consumidores, essa abordagem soma como mais um diferencial competitivo.

De modo geral, as estratégias de integração criam um serviço logístico mais eficiente, confiável e personalizado, que busca atender plenamente às expectativas dos clientes e destaca as empresas que desenvolvem essas soluções. A evolução contínua da logística integrada, portanto, aponta para um futuro em que a experiência do cliente será o centro das decisões da empresa. O estudo da jornada do cliente é impreterível para a melhor decisão logística da sua cadeia de suprimentos. À medida que as tecnologias avançam e as expectativas dos consumidores aumentam, as empresas que conseguirem integrar perfeitamente suas operações logísticas, com total visibilidade do processo do cliente, estarão mais bem posicionadas para oferecer uma experiência de compra de alto valor agregado.

A transformação da última milha: o potencial do out of home delivery no Brasil

Considerando que o faturamento do e-commerce brasileiro em 2022 alcançou R$ 262,7 bilhões, conforme dados do E-commerce Brasil, o setor enfrenta desafios na logística de última milha, especialmente com a crescente demanda por entregas rápidas e eficientes.

Os desafios da logística urbana no Brasil ficaram mais evidentes com o crescimento exponencial do e-commerce, especialmente na última etapa do processo logístico, conhecido como última milha de entrega ou last mile delivery, que compreende o trecho final da entrega, no qual o produto é transportado do centro de distribuição até o destino final, geralmente a residência do cliente. Esse estágio é amplamente reconhecido como o mais complexo e dispendioso de toda a cadeia logística, podendo representar até 65% do custo total de transporte (Last Mile Experts, 2024).

No Brasil, a última milha enfrenta adversidades únicas devido às características dos grandes centros urbanos: congestionamentos, infraestrutura urbana desigual, dificuldades de acesso a determinadas áreas por falta de endereçamento, código de endereçamento postal ou insegurança local. Essas adversidades resultam em aumento dos custos operacionais, atrasos e insatisfação dos consumidores, que exigem entregas rápidas e seguras (Guarino Neto & Vidal Vieira, 2023; Resende et al., 2023).

O que é out of home delivery?
Diante dos desafios crescentes da logística de última milha, o modelo de out of home delivery (OOHD) surge como uma solução inovadora e eficiente. OOHD envolve a entrega de pacotes em locais alternativos ao endereço residencial, como lockers, pontos de coleta (PUDOs) e estabelecimentos comerciais parceiros.

Essa abordagem não só aumenta a flexibilidade para os consumidores, permitindo que escolham pontos de retirada convenientes, mas também melhora a eficiência operacional ao reduzir a dependência das entregas domiciliares.

Ao atender à crescente demanda por conveniência e personalização no e-commerce, o OOHD se estabelece como uma estratégia crucial para otimizar a logística de última milha (Janinhoff et al., 2024).

Além disso, a experiência europeia em OOHD pode servir como um exemplo para o mercado brasileiro. Na Europa, países como Polônia, Reino Unido, França, Alemanha e Itália lideram a adoção desse modelo, com um número expressivo de lockers e PUDOs.

Por exemplo, em 2024, a Polônia contava com aproximadamente 79.590 pontos de entrega, seguida pelo Reino Unido com 66.300 e França com 63.370. Esse crescimento rápido na Europa demonstra como a expansão de uma rede robusta de pontos de entrega pode melhorar significativamente a eficiência logística e a satisfação do consumidor (Last Mile Experts, 2024).

Vantagens do out of home delivery no contexto brasileiro
Adaptabilidade às realidades urbanas: no Brasil, onde o tráfego urbano e a insegurança em certas áreas urbanas podem dificultar as entregas, o OOHD oferece uma alternativa segura, eficiente e efetiva para o transportador. Locais de coleta podem ser posicionados em áreas de fácil acesso, reduzindo a necessidade de o entregador enfrentar dificuldades em áreas menos seguras (Guarino Neto & Vidal Vieira, 2023).

Redução de custos logísticos: a centralização das entregas em pontos estratégicos, como lockers e PUDOs, ajuda a diminuir os custos operacionais tanto para as empresas de logística quanto para os comerciantes. Em cidades onde a última milha tradicional tem custo relevante, o OOHD se apresenta como uma solução para otimizar os recursos. Essa eficiência é reforçada pela efetividade da entrega, em que muitas encomendas podem ser entregues em um único ponto, diferentemente do modelo tradicional de entrega (Janinhoff et al., 2024; Last Mile Experts, 2024; Guarino Neto & Vidal Vieira, 2023).

Sustentabilidade ambiental: o modelo de out of home delivery (OOHD) desempenha um papel fundamental na promoção de práticas logísticas mais sustentáveis ao reduzir o número de entregas domiciliares individuais, o que diminui o consumo de combustível e as emissões de carbono. Além disso, a consolidação de entregas em lockers e PUDOs contribui para a eficiência no uso de veículos, minimizando as distâncias percorridas e, consequentemente, o impacto ambiental. Essas iniciativas alinham-se com as metas globais de sustentabilidade, promovendo uma logística urbana mais limpa e eficiente (Janinhoff et al., 2024; Last Mile Experts, 2024; ONU, 2015).

Melhoria na experiência do consumidor: a flexibilidade de escolher onde e quando retirar suas compras é um grande diferencial para os consumidores brasileiros, que enfrentam rotinas cada vez mais dinâmicas ou residem em locais com restrições de entrega. A facilidade de uso dos lockers e a conveniência de pontos de coleta em estabelecimentos comerciais parceiros tornam a experiência de compra mais satisfatória para o consumidor (Janinhoff et al., 2024; Last Mile Experts, 2024).

Desafios na implementação do OOHD
A implantação de redes de lockers e PUDOs pode enfrentar desafios significativos nas dimensões comportamento do consumidor, integração com marketplaces, engajamento da comunidade, infraestrutura e capacidade tecnológica.

No que diz respeito ao comportamento do consumidor, muitos mercados ainda são fortemente voltados para a entrega domiciliar. A mudança dessa mentalidade, tanto por parte dos consumidores quanto das empresas, é essencial para a popularização do OOHD.

Campanhas educativas e incentivos podem ser necessários para promover a adoção de lockers e PUDOs como alternativas convenientes e eficazes. Essa transição cultural é crucial para a implementação bem-sucedida do modelo (Janinhoff et al., 2024).

Na dimensão de integração com marketplaces, a eficiência do OOHD depende da capacidade de conectar esses pontos de entrega com as operações de marketplaces e plataformas de e-commerce. Isso exige a criação de uma infraestrutura tecnológica avançada que suporte automação de processos, sistemas de rastreamento em tempo real e comunicação eficaz entre todos os atores envolvidos na cadeia de entrega (Last Mile Experts, 2024).

Engajamento com a comunidade: outro desafio importante, principalmente em áreas urbanas de difícil acesso, como favelas e comunidades urbanas, é o engajamento das lideranças comunitárias com o OOHD. Nessas áreas, o sucesso do modelo depende não apenas da instalação de pontos de entrega em locais estratégicos, mas também da construção de parcerias com líderes comunitários e do engajamento direto com os moradores.

Conforme discutido no estudo “E-COMMERCE WILL NOT GO UP THE HILL!”, adaptar as operações logísticas às realidades locais e garantir a aceitação do modelo pela comunidade são fundamentais para superar os impedimentos logísticos e aumentar a eficiência. Além disso, iniciativas que envolvem a criação de empregos locais e o fortalecimento do relacionamento com a comunidade podem ajudar a consolidar o OOHD como uma solução viável e sustentável.

Em termos de infraestrutura, a implantação de redes de lockers e PUDOs enfrenta desafios significativos, especialmente em regiões com infraestrutura precária. Nessas áreas, a falta de recursos adequados pode dificultar a expansão dessas redes, exigindo um planejamento cuidadoso e investimentos substanciais para garantir o sucesso do modelo.

Por fim, a capacidade tecnológica é um ponto crucial. A eficiência do OOHD requer sistemas de TI que consigam integrar perfeitamente as operações logísticas com os pontos de coleta. A diversidade de provedores de serviços e a falta de padronização tecnológica em alguns mercados representam barreiras significativas para a implementação eficiente dessas soluções (Janinhoff et al., 2024; Last Mile Experts, 2024).

Enquanto muitos mercados ainda enfrentam esses desafios, o segmento de e-commerce na Europa já superou várias dessas barreiras. O alto grau de capilaridade e a densidade de pontos de entrega foram alcançados por meio de um planejamento estratégico que levou em consideração a demografia e a distribuição geográfica dos consumidores. Esse modelo pode servir de inspiração para outros mercados ao redor do mundo, como o Brasil, que devem adaptar-se às suas realidades urbanas e logísticas para alcançar resultados semelhantes.

Estudos de caso e exemplos no Brasil
No Brasil, a implementação do modelo de out of home delivery (OOHD), com foco em lockers e PUDOs, tem ganhado força, especialmente nos grandes centros urbanos, onde os desafios da última milha são mais evidentes. Um exemplo bem-sucedido é a utilização de lockers em estações de metrô e centros comerciais nas cidades do Rio de Janeiro/RJ e de São Paulo/SP.

Devido ao crescimento do comércio eletrônico e às adversidades existentes nessas localidades, esses pontos de entrega oferecem ao consumidor um endereço alternativo, proporcionando uma opção de entrega conveniente e segura. Isso é particularmente relevante para aqueles que enfrentam dificuldades com entregas domiciliares, seja por horários de trabalho inflexíveis ou por problemas de segurança em seus bairros.

Na Figura 1, os círculos vermelhos representam os terminais de lockers implantados na cidade, enquanto os círculos azuis indicam as áreas de maior concentração de usuários. Quanto maior o círculo azul, maior o número de pessoas utilizando os terminais naquela localização específica.

Esse exemplo prático não apenas destaca a eficácia do modelo OOHD em uma área densamente povoada, mas também reforça a importância da proximidade dos pontos de entrega para aumentar a conveniência e a eficiência logística. Com base nesses dados, é possível maximizar o valor percebido pelos consumidores e aprimorar ainda mais sua experiência de compra.

Figura 1 – Cidade de São Gonçalo/RJ – julho de 2024.
Outros estudos conduzidos em mercados emergentes, como o artigo An Investigation of Consumer Intention to Use Pick-up Point Services for Last-mile Distribution in a Developing Country (Guarino Neto & Vidal Vieira, 2023), mostram que o sucesso dos PUDOs em países como o Brasil está diretamente relacionado à percepção de conveniência e segurança por parte dos consumidores.

No caso brasileiro, o crescimento da adoção de PUDOs em locais estratégicos, como supermercados e estações de transporte público, tem sido uma resposta às adversidades ambientais e à necessidade da população urbana, que passa a maior parte do tempo fora de casa devido à rotina intensa.

Potenciais e desafios do out of home delivery no Brasil
O modelo de out of home delivery (OOHD) tem o potencial de transformar significativamente a logística urbana no Brasil.

Em um cenário de crescimento acelerado do e-commerce, o OOHD surge como uma solução que beneficia tanto as empresas quanto os consumidores, oferecendo maior flexibilidade e conveniência.

No entanto, ainda existem desafios a serem enfrentados: adaptar a mentalidade dos consumidores habituados a entregas domiciliares, superar as limitações de infraestrutura em algumas regiões e garantir que a tecnologia esteja preparada para atender às demandas.

Apesar desses obstáculos, as vantagens do OOHD são evidentes. Ele pode reduzir custos, emissões de gás carbônico, otimizar operações logísticas e aumentar a satisfação dos clientes.

A experiência europeia, na qual o modelo já está consolidado, serve como um exemplo de sucesso que pode ser adaptado ao Brasil. Aqui, o segredo para o sucesso está em unir esforços entre empresas, governo e consumidores para criar uma rede eficiente e acessível de lockers e pontos de coleta.

Com os investimentos adequados e a conscientização dos consumidores, o Brasil tem todas as condições de aproveitar os benefícios do OOHD, assim como já acontece em outros países. O futuro da logística urbana brasileira pode ser mais eficiente, sustentável e seguro, e o OOHD certamente desempenhará um papel fundamental nessa transformação.

Referências:

1. Bispo, A. S., Resende Jr., P. C., Fujihara, R. K., Santana, R. S., & Albuquerque, B. B. M. (2023). E-commerce will not go up the hill! Anais do Semead – Seminários em Administração, Universidade de São Paulo.

2. E-commerce Brasil. (2023, 23 de janeiro). E-commerce fatura R$ 262 bilhões em 2022. E-commerce Brasil. https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/e-commerce-fatura-r-262-bilhoes-em-2022

3. Guarino Neto, L., & Vidal Vieira, J. G. (2023). An investigation of consumer intention to use pick-up point services for last-mile distribution in a developing country. Journal of Retailing and Consumer Services, 74, 103425. https://doi.org/10.1016/j.jretconser.2023.103425

4. Janinhoff, L., Klein, R., Sailer, D., & Schoppa, J. M. (2024). Out-of-home delivery in last-mile logistics: A review. Computers & Operations Research, 168, 106686. https://doi.org/10.1016/j.cor.2024.106686

5. Last Mile Experts. (2024). Out-of-home delivery in Europe 2024: PUDOs and Automated Parcel Machines.

6. Organização das Nações Unidas (ONU). (2015). Transformando nosso mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

7. Resende, P., Silva, T., & Souza, A. (2023). Last Mile Logistical Constraints in Slums. Journal of Harbin Engineering University.

Setor de bens de consumo tem sido impactado por redução de gastos dos consumidores

Segundo estudo da Bain & Company, 54% das empresas entendem que o freio do consumidor tem afetado os resultados.

O mundo vem passando por um período financeiro complicado, vendo uma onda inflacionária acabar aumentando os preços de um modo geral. Segundo o novo Relatório Global de Bens de Consumo da Bain & Company, chegou a hora das empresas recuperarem o crescimento em volume. O estudo ressalta uma necessidade de reformulação de conceitos e estratégias nas organizações, já que o espaço para aumento de preços e redução de custos é pequeno.

A consultoria estratégica global entrevistou mais de 120 executivos sêniores de diversas regiões do mundo para entender as perspectivas sobre como restaurar valor e lucratividade ao setor. De forma global, o valor das vendas no varejo (RSV) subiu quase 10% de 2022 para 2023. Contudo, três quartos do total são resultado de aumento de preços. Nos Estados Unidos e na Europa, os aumentos de preços foram responsáveis por 95% do crescimento do RSV, enquanto na América Latina essa parcela representa 85% do total. Essa escalada nos preços ocorreu principalmente pelo aumento de custos e commodities para as organizações.

“De um lado, durante a alta dos preços, os consumidores acentuaram a polarização do consumo, com muitos migrando para marcas mais acessíveis ou para produtos premium em categorias específicas – outros também passaram a comprar menos ou em promoções. Em contrapartida, os preços não subiram o suficiente e, para reduzir gastos, grande parte das principais companhias do setor está recorrendo a grandes programas de corte de custos para compensar o impacto nas margens”, comenta Ricardo de Carli, sócio da Bain e líder da prática de bens de consumo para a América do Sul.

Os números do segmento confirmam essa contraposição: enquanto 54% dos executivos dizem que foram significativamente afetados pela redução dos gastos dos consumidores em 2023, suas organizações aumentaram os preços em mais de 20%, em média, desde o terceiro trimestre de 2021. Ainda assim, a margem EBIT média ficou próxima ao mínimo dos últimos 10 anos (12,2% no terceiro trimestre de 2023 na comparação com um máximo de 13% em 2020).

Desse modo, a busca pelo crescimento sustentável nesse novo panorama envolve desde o investimento em mercados emergentes, que oferecem maior espaço para crescimento de volume, até um entendimento profundo das novas demandas dos consumidores, que estão mais sofisticados e heterogêneos. O crescimento vai depender de uma reformulação completa das propostas de valor, dos portfólios e dos modelos de negócio.

Desafios do setor

Investimentos em ESG e tecnologia se destacam como desafios que, enfrentados com seriedade e diligência, têm o potencial de criar vantagens competitivas para o negócio. Em relação à tecnologia, os pioneiros terão maior facilidade para capitalizar o conhecimento em gestão de dados e Inteligência Artificial generativa. As possibilidades de ganhos com otimização de tempo, personalização no atendimento e ampliação do relacionamento com o consumidor são os exemplos mais evidentes.

A pressão crescente sobre a sustentabilidade exige que as empresas avancem em direção a metas ambientais, sociais e de governança. Metade dos consumidores globais diz agora que a sustentabilidade é uma das quatro principais considerações quando fazem compras. Apesar disso, apenas 20% dos entrevistados apontam que a proteção ao meio ambiente é uma prioridade em 2024. Por outro lado, entre as companhias, apenas cerca de 10% sentem que estão atrás de seus concorrentes em relação a produzir um impacto positivo no planeta.

A redefinição da agenda de crescimento é a principal prioridade para o setor de bens de consumo em 2024 e a melhor forma para alcançar esse objetivo é uma abordagem equilibrada para atender a consumidores, clientes, colaboradores e o planeta. Para a maioria das organizações, isso deve exigir uma transformação completa – do portfólio, das capacidades e das empresas. Embora não seja uma tarefa simples, pode ser feita. Com as pressões crescentes do mercado, a adaptação e a inovação serão essenciais para o sucesso contínuo da indústria de bens de consumo.

Fonte: “Setor de bens de consumo tem sido impactado por redução de gastos dos consumidores – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)