Brasil, Coreia do Sul e Oriente Médio vão liderar mercado de luxo nos próximos anos

Relatório da Vogue que será apresentado nesta semana aponta o consumidor brasileiro de luxo como extremamente exigente.

Citado como a categoria mais resiliente durante a pandemia de covid-19, o setor de luxo global começou a dar sinais de desaceleração em 2023. Diante da persistente inflação e das incertezas econômicas, os consumidores cortam gastos e diminuem a frequência de compra nos principais mercados europeus, Estados Unidos, China e Japão. Na contramão, Brasil, Coreia do Sul e Oriente Médio surgem como as principais oportunidades para as marcas de luxo investirem nos próximos anos, segundo o relatório Vogue Business Index, da Vogue, que será apresentado nesta semana e foi antecipado pela chefe de consultoria da Vogue Business, Anusha Couttigane, durante a NRF 2024, que aconteceu entre 14 e 16 de janeiro, em Nova York.

A MERCADO&CONSUMO esteve presente no evento e fez uma cobertura especial do evento, acompanhando a delegação da Gouvêa Experience.

“As categorias que circulam nesses três mercados geram taxas de penetração mais elevadas, enquanto estão a desacelerar em um mercado mais maduro, onde muitas marcas já estão estabelecidas”, diz Anusha. O Brasil, por exemplo, tem uma taxa mais alta de venda de relógios e calçados de luxo do que a média global, enquanto a Coreia do Sul vende mais bolsas.

O estudo semestral analisou 160 dados das 60 principais marcas de luxo globais, em áreas-chave de desempenho, como a percepção do consumidor, ESG omnicanal digital, inovação e resultados financeiros.

“No Brasil há uma série de condições macroeconómicas que nos dão motivos para olhar mais de perto”, afirma Anusha.

Entre os impulsionadores das oportunidades para as marcas de luxo investirem no País está a reforma tributária aprovada em 2023, que será implementada entre 2026 e 2032.

“Qualquer pessoa que já tenha feito negócios no Brasil sabe que é um mercado complexo quando se trata do custo de fazer negócios, principalmente do ponto de vista da tributação e do investimento. Com as mudanças, o custo que atualmente é de 34,4% deve passar para 27%. Isso é encorajador”, diz.

Anusha destacou ainda que, após a aprovação da reforma tributária, a agência de classificação de risco S&P elevou a nota de crédito de longo prazo do Brasil de BB- para BB, além da previsão do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) de que a mudança tem potencial para aumentar o PIB em 2,35% nos próximos oito anos.

Consumo peculiar

O relatório da Vogue aponta o consumidor brasileiro de luxo como extremamente exigente e que prefere o relacionamento direto e a experiência física.

“Existe um contexto de consumo peculiar no Brasil. Embora seja mais acessível para os consumidores brasileiros fazerem compras no exterior, eles são mais propensos a comprar em seu mercado interno”, destaca Anusha.

Ao mesmo tempo, eles querem ter diferentes opções de atendimento: 65% dizem que é realmente importante que as marcas ofereçam compras online.

Sustentanbilidade

Diferentemente do consumidor comum que prioriza a sustentabilidade na ESG, o de luxo valoriza mais a questão social. Ele quer saber se as marcas de luxo pagam um salário digno para seus funcionários e se investem em diversidade e inclusão.

“Quando perguntamos a eles o que lhes interessa quando se trata de ESG, eles tendem a priorizar mais o impacto social do que o impacto ambiental”, diz Anusha.

Fonte: “Brasil, Coreia do Sul e Oriente Médio vão liderar mercado de luxo nos próximos anos – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

Polar, do Grupo DHL, adquire 5 veículos multitemperatura para reduzir custos e emissões

Segundo a empresa, o novo perfil de veículo possibilita a realização de entregas de produtos que requeiram diferentes intervalos de temperatura; o investimento é de mais de R$ 5 milhões

A Polar, empresa do Grupo DHL especializada no transporte de medicamentos, vacinas e outros insumos médicos e hospitalares, incluiu em sua frota cinco caminhões multitemperatura, em um investimento de mais de R$ 5 milhões. Atualmente, a frota total da companhia é composta por mais de 350 veículos.

Segundo a empresa, o novo perfil de veículo possibilita a realização de entregas de produtos que requeiram diferentes intervalos de temperatura, algo ainda pouco comum no mercado de logística para saúde no Brasil.

“Temos avaliado alternativas para trazer ainda mais eficiência e flexibilidade a distribuição de produtos de saúde. O veículo multitemperatura amplia o potencial de uso da nossa frota, permitindo o compartilhamento do mesmo veículo para duas entregas (com a mesma ou diferentes temperaturas), de um mesmo cliente ou consolidando clientes diferentes”, disse o diretor comercial da Polar, Miquele Lioi.

“Com isso, consolidamos mais produtos, aproveitando melhor as entregas que já são realizadas, o que por sua vez reduz custos para nossos clientes e emissões”, ressaltou.

O veículo multitemperatura, do tipo Truck, possui uma divisória térmica, dois vaporizadores, podendo manter dois intervalos de temperatura: 2C° a 8C° e 15C° a 25C°, além de temperatura ambiente. Ele permite também o monitoramento individual das condições de cada compartimento isoladamente, além de possuir todos os requerimentos padrão para o transporte de medicamentos e outros insumos médicos e hospitalares.

“Essa modalidade traz opções muito interessantes para a roteirização e desenhos de planos logísticos, sendo especialmente útil para o transporte de insumos ou produtos farmacêuticos. Nos próximos meses, planejamos ainda mais investimentos no perfil de nossa frota de forma a atender com eficiência a crescente demanda do setor farmacêutico”, explicou o diretor da Polar.

‘https://mundologistica.com.br/noticias/polar-do-grupodhl-adquire-5-veiculos-multitemperatura

JSL passa a integrar a Carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3

Segundo a companhia, iniciativa reúne empresas de capital aberto e avalia quesitos como ética nos negócios, segurança do trabalhador, gestão ambiental e mudanças climáticas.

A JSL divulgou que foi selecionada para compor a Carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, bolsa de valores do Brasil. A iniciativa está na 19ª edição e reúne empresas de capital aberto selecionadas pelo comprometimento com a sustentabilidade empresarial, avaliando atributos como ética nos negócios, gestão de riscos, saúde e segurança do trabalhador, diversidade e inclusão, gestão ambiental e mudanças climáticas, entre outros.

Segundo a companhia, a empresa se destacou no último ano em outros importantes reportes de sustentabilidade, como o “Selo Ouro” no Programa Brasileiro GHG Protocol, o Carbon Disclosure Project (CDP) — no qual manteve a nota B, acima da média global do setor de transporte e logística — e o “Selo Prata” no EcoVadis, ficando entre as 25% melhores avaliadas pela plataforma.

Além disso, a empresa avançou em programas como o “Mulheres na Direção”, com a capacitação e contratação de mulheres como motoristas de caminhão e operadoras de empilhadeiras e “Você Quer? Você Pode!”, que capacita jovens em situação de vulnerabilidade social para o mundo do trabalho. A JSL também realizou a 1ª edição do “Mulheres na Liderança”, que apoia o desenvolvimento profissional de mulheres coordenadoras e gerentes.

“A JSL está comprometida com a evolução contínua de suas práticas ESG e continuará atuando ativamente para entregar novas e melhores soluções para seus clientes, construindo cadeias de valor mais sustentáveis e contribuindo para que cumpram seus objetivos”, declarou o CFO da companhia, Guilherme Sampaio. “Como líderes no nosso setor, somos responsáveis por contribuir com a busca e desenvolvimento de novas tecnologias e processos que tragam cada vez mais produtividade ao setor e impacto social e ambiental positivo nas cadeias.”

Fonte: JSL integra Carteira do Índice Sustentabilidade Empresarial (mundologistica.com.br)

Uma abordagem integrada para alcançar a sustentabilidade na cadeia de suprimentos

A busca por uma abordagem mais sustentável nas operações empresariais tem ganhado cada vez mais destaque, e uma área que merece especial atenção é a cadeia de suprimentos. Não sem razão: segundo um estudo recente da Accenture, o setor é responsável por gerar cerca de 60% das emissões globais de carbono. A boa notícia é que, tanto do lado corporativo, quanto do consumidor, essa é uma pauta prioritária.

Uma pesquisa realizada pela EY sobre as abordagens da cadeia de suprimento sustentável em 525 grandes empresas na Argentina, Brasil, Canadá, México e EUA, descobriu que oito em cada dez executivos da cadeia de suprimentos estão aumentando seus esforços em direção a operações sustentáveis.

Importância das práticas de sustentabilidade

O aumento da relevância do papel do Chief Sustainability Officer, ou diretor de ESG, nas empresas, é mais um indício dessa virada de chave. Um artigo recente da Harvard Business Review comparou a evolução do papel do CSO. Enquanto em 2018 o cargo era carregado de inconsistências e falta de acesso ao poder, hoje esses profissionais ganharam mais autoridade e estão mais envolvidos nas reuniões com investidores.

Do outro lado, os consumidores esperam mais empenho da parte das empresas. Uma pesquisa lançada em 2023 pela Manhattan Associates, em parceria com o Google Cloud e a Zebra Technologies, mostrou a preocupação dos clientes com a seguinte questão: segundo o estudo Unified Commerce Benchmark, apenas 20% dos compradores estão satisfeitos com as práticas de sustentabilidade de seus varejistas preferidos.

Isso mostra que a preocupação com a pauta da sustentabilidade da cadeia de suprimentos não é apenas uma tendência, mas uma necessidade imperativa em um mundo em que questões ambientais e sociais são centrais para consumidores, reguladores e investidores. Neste contexto, a união entre sustentabilidade e tecnologia surge como uma aliança estratégica capaz de impulsionar o progresso e transformar a forma como as empresas conduzem suas operações.

Tecnologias em prol do meio ambiente

Com uma tecnologia de gestão de armazém de última geração é possível, por exemplo:

– minimizar viagens de reabastecimento;

– fazer simulações de cubagem em estágio inicial para planejar necessidades de transporte mais precisas;

– realizar a separação simultânea de pedidos de varejo, atacado e comércio eletrônico para reduzir os caminhos de separação com diferentes locais de entrega, etc.

Esses são apenas alguns dos benefícios de um software pensado para minimizar o desperdício e os impactos ambientais associados.

Outras práticas para a sustentabilidade da cadeia de suprimentos

Além de investir em uma tecnologia que contribua para alcançar metas de sustentabilidade, outras práticas também ajudam nessa missão:

Defina objetivos

Estabeleça metas alinhadas com seus valores e estratégia de negócio. Elas devem ser mensuráveis, com o progresso monitorado e relatado regularmente.

Avalie fornecedores e parceiros

Entidades terceirizadas são uma extensão da sua organização. Avalie os fornecedores com base em suas práticas de sustentabilidade, incluindo impacto ambiental, práticas trabalhistas e direitos humanos.

Implemente práticas sustentáveis

Integre processos em toda a cadeia de suprimentos que reduzam o desperdício e as emissões, promovam a energia renovável e garantam que os trabalhadores sejam tratados de forma justa.

Envolva as partes interessadas

Você deve se conectar com as principais partes interessadas – clientes, colaboradores, fornecedores e comunidades – para entender suas preocupações de sustentabilidade e incorporar suas demandas em suas iniciativas.

Mensure e relate o progresso

Avalie e relate regularmente seu desempenho de sustentabilidade, incluindo o progresso em direção às metas definidas por sua organização.

Em resumo, a sustentabilidade da cadeia de suprimentos não é apenas uma questão ética, mas um impulsionador estratégico para o sucesso empresarial. A sinergia entre diferentes práticas, aliadas à tecnologia de última geração, pode transformar a maneira como as empresas operam, contribuindo para um futuro mais verde e próspero para todos.

O desafio agora é adotar essa abordagem integrada e liderar a mudança rumo a uma cadeia de suprimentos verdadeiramente sustentável.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/uma-abordagem-integrada-para-alcancar-a-sustentabilidade-na-cadeia-de-suprimentos”

China pede transição verde para o setor de entregas por conta do boom do e-commerce

A campanha de descarbonização da China tem a sua mira apontada para a montanha de material de embalagens de entregas descartado do país. Isso porque, enquanto Pequim se esforça para cumprir os objetivos climáticos, o volume de encomendas entregues atinge um máximo recorde no país.

A indústria de entrega expressa da China consome em média mais de 9 milhões de toneladas de papel e cerca de 1,8 milhão de toneladas de plástico a cada ano. Para tanto, o país pretende estabelecer um sistema padrão para embalagens de “entregas verdes” até o final de 2025 e proibir o uso de materiais tóxicos e nocivos.

Como comparativo, a China representa 50% do mercado global de comércio eletrônico, o que se traduz em quase 3 trilhões de dólares — uma cifra 54 vezes maior do que a do Brasil.

Proibição de plásticos não biodegradáveis

A China, maior gerador mundial de resíduos plásticos, iniciou um plano de cinco anos em 2020, estabelecendo metas ambiciosas. Isso inclui a proibição da produção e venda de sacos plásticos não biodegradáveis, produtos plásticos descartáveis ​​gratuitos em hotéis e embalagens plásticas usadas por entregas de correio em todo o país — até 2025.

Algumas das principais empresas de compras e logística online da China, incluindo o braço de logística do Alibaba Group Holding, Cainiao, JD.com e SF Express, também tomaram medidas para reduzir e substituir plásticos e outros resíduos de embalagens, experimentando a reciclagem de materiais de embalagem e caixas de entrega reutilizáveis.

Os gigantes do comércio eletrônico e as empresas de serviços de entrega devem assumir a liderança na redução do excesso de embalagens nas suas próprias plataformas e na promoção de embalagens de correio recicláveis. Isso ocorre devido a um plano de ação chinês que estabeleceu um prazo até ao final de 2025. Dentro dele, ao menos 10 por cento dos encomendas entregues na mesma cidade deverão usar embalagens recicláveis.

Mais de 100 bilhões de pacotes

O volume anual de entregas da China excedeu a marca dos 100 bilhões de pacotes durante três anos consecutivos desde 2021, de acordo com a Procuradoria Popular Suprema da China. Além disso, a Procuradoria afirma que o uso crescente de serviços de correio levou a um aumento do desperdício de pacotes.

“Como uma indústria emergente, o setor da entrega expresso desenvolveu-se rapidamente na última década, enquanto as suas leis, regulamentos e regras de apoio relevantes ainda estão em exploração e melhoria”, disse o comunicado. “A pressão exercida pelos resíduos de embalagens sobre os recursos e o ambiente está intimamente relacionada com a vida quotidiana das pessoas”, completou.

O plano de ação continua após o festival de compras 12.12 da China na semana passada, o qual os gigantes do e-commerce do país — Alibaba Group Holding, Pinduoduo e JD.com — lançaram grandes campanhas de vendas com descontos numa tentativa de recuperação econômica pós-Covid.

Faltando menos de um mês, o número de encomendas entregues na China este ano já ultrapassou 120 bilhões de peças (uma média de 100 encomendas por pessoa). De acordo com o State Post Bureau, o aumento foi de 8,5% em relação a todo o ano de 2022.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/china-sustentabilidade-setor-de-entregas-e-commerce”

Uma abordagem integrada para alcançar a sustentabilidade na cadeia de suprimentos

A busca por uma abordagem mais sustentável nas operações empresariais tem ganhado cada vez mais destaque, e uma área que merece especial atenção é a cadeia de suprimentos. Não sem razão: segundo um estudo recente da Accenture, o setor é responsável por gerar cerca de 60% das emissões globais de carbono. A boa notícia é que, tanto do lado corporativo, quanto do consumidor, essa é uma pauta prioritária.

Uma pesquisa realizada pela EY sobre as abordagens da cadeia de suprimento sustentável em 525 grandes empresas na Argentina, Brasil, Canadá, México e EUA, descobriu que oito em cada dez executivos da cadeia de suprimentos estão aumentando seus esforços em direção a operações sustentáveis.

Importância das práticas de sustentabilidade
O aumento da relevância do papel do Chief Sustainability Officer, ou diretor de ESG, nas empresas, é mais um indício dessa virada de chave. Um artigo recente da Harvard Business Review comparou a evolução do papel do CSO. Enquanto em 2018 o cargo era carregado de inconsistências e falta de acesso ao poder, hoje esses profissionais ganharam mais autoridade e estão mais envolvidos nas reuniões com investidores.

Do outro lado, os consumidores esperam mais empenho da parte das empresas. Uma pesquisa lançada em 2023 pela Manhattan Associates, em parceria com o Google Cloud e a Zebra Technologies, mostrou a preocupação dos clientes com a seguinte questão: segundo o estudo Unified Commerce Benchmark, apenas 20% dos compradores estão satisfeitos com as práticas de sustentabilidade de seus varejistas preferidos.

Isso mostra que a preocupação com a pauta da sustentabilidade da cadeia de suprimentos não é apenas uma tendência, mas uma necessidade imperativa em um mundo em que questões ambientais e sociais são centrais para consumidores, reguladores e investidores. Neste contexto, a união entre sustentabilidade e tecnologia surge como uma aliança estratégica capaz de impulsionar o progresso e transformar a forma como as empresas conduzem suas operações.

Tecnologias em prol do meio ambiente
Com uma tecnologia de gestão de armazém de última geração é possível, por exemplo:

– minimizar viagens de reabastecimento;

– fazer simulações de cubagem em estágio inicial para planejar necessidades de transporte mais precisas;

– realizar a separação simultânea de pedidos de varejo, atacado e comércio eletrônico para reduzir os caminhos de separação com diferentes locais de entrega, etc.

Esses são apenas alguns dos benefícios de um software pensado para minimizar o desperdício e os impactos ambientais associados.

Outras práticas para a sustentabilidade da cadeia de suprimentos
Além de investir em uma tecnologia que contribua para alcançar metas de sustentabilidade, outras práticas também ajudam nessa missão:

Defina objetivos
Estabeleça metas alinhadas com seus valores e estratégia de negócio. Elas devem ser mensuráveis, com o progresso monitorado e relatado regularmente.

Avalie fornecedores e parceiros
Entidades terceirizadas são uma extensão da sua organização. Avalie os fornecedores com base em suas práticas de sustentabilidade, incluindo impacto ambiental, práticas trabalhistas e direitos humanos.

Implemente práticas sustentáveis
Integre processos em toda a cadeia de suprimentos que reduzam o desperdício e as emissões, promovam a energia renovável e garantam que os trabalhadores sejam tratados de forma justa.

Envolva as partes interessadas
Você deve se conectar com as principais partes interessadas – clientes, colaboradores, fornecedores e comunidades – para entender suas preocupações de sustentabilidade e incorporar suas demandas em suas iniciativas.

Mensure e relate o progresso
Avalie e relate regularmente seu desempenho de sustentabilidade, incluindo o progresso em direção às metas definidas por sua organização.

Em resumo, a sustentabilidade da cadeia de suprimentos não é apenas uma questão ética, mas um impulsionador estratégico para o sucesso empresarial. A sinergia entre diferentes práticas, aliadas à tecnologia de última geração, pode transformar a maneira como as empresas operam, contribuindo para um futuro mais verde e próspero para todos.

O desafio agora é adotar essa abordagem integrada e liderar a mudança rumo a uma cadeia de suprimentos verdadeiramente sustentável.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/uma-abordagem-integrada-para-alcancar-a-sustentabilidade-na-cadeia-de-suprimentos

IA no comércio virtual: veja 11 tendências para o próximo ano

O mercado global de comércio eletrônico impulsionado por IA deve movimentar US$16,8 bilhões até 2030. Confira as tendências da área.

Até 2030, o mercado global de comércio eletrônico impulsionado pela inteligência artificial (IA) deve movimentar US$16,8 bilhões, de acordo com a Gartner, empresa americana de pesquisa e consultoria.

À medida que o mundo testemunha o aumento de conteúdo personalizado impulsionado pela IA, sobretudo no caso da generativa, pesquisas indicam que o valor da adoção dessa tecnologia na indústria do varejo está prestes a alcançar a cifra de US$ 36.462,5 milhões até 2030, coincidindo com a projeção das vendas do comércio eletrônico, que devem crescer para para US$ 7,3 trilhões até 2025.

Daniel Pisano, fundador da Vurdere, afirma que, conforme o comércio eletrônico se consolida como um componente do varejo, é imperativo que os negócios explorem estratégias inovadoras e se mantenham à frente das expectativas do consumidor. Nesse cenário, ele destaca 11 atitudes para entrar com o pé direito em 2024.

Tendências do comércio eletrônico para 2024:
1 – Regulamentação da IA

A transparência, com enfoque na aplicabilidade dos algoritmos, evitará decisões obscuras, trará privacidade e segurança na proteção de dados e respeito à privacidade dos usuários. Na primeira semana de dezembro, representantes da União Europeia alcançaram um consenso histórico nas primeiras regras abrangentes de inteligência artificial do mundo. Esse acordo estabelece as bases para a supervisão legal da tecnologia de IA, que promete transformar a vida cotidiana e tem despertado preocupações sobre possíveis perigos existenciais para a humanidade.

Durante as negociações, membros do Parlamento Europeu e representantes dos 27 países da UE conseguiram superar divergências significativas em questões controversas, como a IA generativa e o uso de reconhecimento facial para vigilância policial. O resultado foi a assinatura de um acordo político preliminar para o Ato de Inteligência Artificial. O Comissário Europeu Thierry Breton expressou a realização do acordo em uma mensagem no Twitter, destacando que a UE se tornou o primeiro continente a estabelecer diretrizes claras para o uso da IA.

2 – Personalização aprimorada

Investir em tecnologias de personalização alimentadas por IA para oferecer uma experiência de compra única, antecipando as necessidades e preferências individuais dos clientes. O perfil do consumidor vem mudando radicalmente na última década, tornando-os mais exigentes em relação às ofertas direcionadas ao seu contexto de vida e uma maior facilidade na compra. Além disso, o ambiente de compra mais social e participativo com pessoas que compartilham os mesmos interesses é uma tendência na personalização de conteúdo gerado pelo usuário.

3 – Integração omnichannel

Desenvolver estratégias omnichannel robustas, garantindo uma experiência integrada entre os canais online e offline, proporcionando conveniência ao cliente em todos os pontos de contato. Não seria interessante para a reputação do varejista que, ao pesquisar um produto na loja física, o cliente tivesse acesso às avaliações que seus conhecidos fizeram para aquele produto e ajudá-lo no momento da compra? Sim, já é possível uma maior integração da jornada de compra online e offline trazendo esse senso de comunidade e social commerce.

4 – Segurança e confiança

Reforçar medidas de segurança online para garantir a confiança do cliente, incluindo protocolos de pagamento seguros, políticas claras de privacidade e práticas antifraude eficazes. Essa dica é eterna!

5 – Experiências do usuário (CX) aprimoradas:

Explorar e estudar tendências e comportamentos que facilitem uma compra fluida e sem stress. A usabilidade das soluções e processo de cada pessoa são diversos, entender o comportamento desses perfis de compradores é fundamental para oferecer soluções que se encaixam à necessidade de assistência na compra, a suporte, logística, formas de pagamentos, entre outros. O varejo precisa entender a fundo seu consumidor e criar ferramentas que proporcionem fluidez para aumentar seu faturamento.

6 – Sustentabilidade e responsabilidade social

Integrar práticas sustentáveis em todas as operações, demonstrando compromisso com a responsabilidade social e atendendo às crescentes expectativas dos consumidores por negócios ecologicamente conscientes.

7 – Agilidade na logística

Aprimorar as operações logísticas, priorizando a rapidez na entrega e oferecendo opções flexíveis de frete para atender às demandas de consumidores cada vez mais exigentes. Além disso, reduzir o retorno dos produtos gerados pela insatisfação de compra. Nas tendências de personalização aprimorada, vemos soluções que trabalham em conjunto para minimizar esses custos, como soluções de provador virtual, realidade aumentada para dimensionamento do produto no espaço e soluções de social commerce para trazer primeiro o conteúdo de pessoas que compartilham os mesmos gostos e contextos.

8 – Análise preditiva:

Uso de análise preditiva para antecipar as preferências do cliente, prever tendências de compra e otimizar estratégias de estoque e precificação.

9 – Pagamentos com tecnologia sem contato

A demanda pelo uso de métodos de pagamento sem contato e carteiras digitais, com integração de tecnologias como NFC (Near Field Communication) e pagamentos biométricos, é crescente. O varejo precisa estar preparado para absorver novas tecnologias que garantam mais fluidez e menos fricção nos meios de pagamento.

10 – Uso de blockchain para transparência na cadeia de suprimentos

Implementação para registros distribuídos, garantindo transparência e imutabilidade. Com a rastreabilidade aprimorada impactará na Redução de Fraudes trazendo maior segurança e confiabilidade nas transações, minimizando riscos. A falta de entendimento sobre a tecnologia blockchain é uma barreira que as empresas fornecedoras de soluções precisam traduzir em benefícios para clientes no long tail.

Uma aplicação fundamental na segurança de dados é a possibilidade de proteger seus dados sensíveis que podem ser compartilhados e facilidades de pagamentos onde os pedágios para pequenos empreendedores sejam muito menores.

11- Uso de realidade virtual para experiências imersivas de compra

A criação de ambientes virtuais para compras imersivas incrementa a visualização e a interação de produtos em ambientes simulados antes da compra. A experiência realista reduz incerteza, aumentando a confiança do consumidor.

“Ao reconhecer não apenas a ascensão do comércio eletrônico, mas também a sua transformação contínua, os negócios estarão melhor posicionados para prosperarem em um ambiente digital dinâmico, respondendo de maneira eficaz às expectativas do consumidor e à evolução constante do mercado”.
Daniel Pisano
‘https://olhardigital.com.br/2023/12/28/pro/ia-no-comercio-virtual-veja-11-tendencias-para-o-proximo-ano/

Descomplicando o ESG

A sigla ESG significa em inglês Environmental, Social and Governance, o que em português se traduz como ASG – Ambiental, Social e Governança. Cada letra desta sigla representa um pilar a ser seguido no ambiente corporativo sobre o qual trataremos mais adiante.

As empresas, até o surgimento do ESG, eram movidas principalmente pelo lucro, faturamento e crescimento. Estes eram os pilares que determinavam as suas decisões. Esse conceito foi revolucionado em 2004, após uma provocação de Kofi Annan, ex-secretário da ONU em uma convenção para CEOs do mercado financeiro, que fez a seguinte indagação: “Como é possível integrar os fatores ambientais, sociais e de governança no mercado de capitais?”

A partir dessa provocação, as empresas de todos os tamanhos e setores do mundo começaram a definir bases do chamado investimento sustentável. Desde então, o termo ESG foi adicionado ao dicionário corporativo e as pautas de meio ambiente e sustentabilidade passaram a ter mais relevância nos negócios, incluindo também as questões de cunho social e governança.

É evidente nos dias de hoje a necessidade de as empresas abraçarem essa transformação para integrarem a sustentabilidade nas suas tomadas de decisões, devendo traçar novos planos de ação, superar desafios e acompanhar resultados medindo seus avanços, sob pena de perderem valor, relevância e reputação no mercado, além de investimentos pela falta de implementação das boas práticas ESG.

O que é ESG?
ESG ou ASG diz respeito a um conjunto de diretrizes, de boas práticas e estratégias a serem seguidas pelas empresas para que tenham um desenvolvimento com impactos positivos no meio ambiente, que sejam mais justas, conscientes e inclusivas no aspecto social e que, na tomada de decisões, sejam mais transparentes e responsáveis.

É certo que o tema tomou grande proporção e ganha força ano a ano no mundo dos negócios, sendo prioritário para nove de cada dez CEOs de empresas. Isso demonstra que, independentemente do tamanho ou segmento da empresa, em um futuro próximo aquelas que não aderirem ao ESG acabarão ficando para trás.

O ESG domina hoje as maiores conferências de negócios e meio ambiente do mundo, se tornou pauta cada vez mais obrigatória, de forma que as empresas que fecharem os olhos para esta transformação acabarão por serem devoradas por ela.

As letras que compõem a sigla ESG representam, cada uma, um pilar que demonstra os desafios a serem enfrentados no mundo dos negócios.

No pilar presente na letra “E”, que significa Environmental ou Ambiental, os maiores desafios hoje são as mudanças climáticas, o uso de recursos hídricos, gestão de resíduos, aumento da poluição e a preservação da biodiversidade.

No caso do pilar “S”, que significa Social, já podemos enfatizar como maiores desafios a diversidade e inclusão, a responsabilidade com clientes, a preocupação com a saúde e segurança de todos os colaboradores da empresa e a rastreabilidade da cadeia de fornecedores.

No último pilar, na letra “G”, que significa Governança, destacamos como desafios a necessidade de implementação de valores e cultura da organização com ampla divulgação e de forma transparente, regras de compliance, decisões responsáveis com transparência e ética, planejamento de longo prazo, gestão de risco e, principalmente, relacionamento com todos os stakeholders – o que, traduzindo para o português, podemos colocar como “parte interessada”.

Crise climática
Hoje é cristalino no mundo dos negócios que as empresas precisam implementar urgentemente as diretrizes ESG, e essa urgência parte primeiramente da consciência da crise climática, pois, sem recursos naturais, não sobrevivem negócios, não há vida.

É fato que tratar de sustentabilidade interfere diretamente na saúde financeira e na longevidade dos negócios, sendo certo que as empresas que ainda não se adequaram às diretrizes ESG tendem a perder não só reputação no mercado, mas também investimentos. É posição consolidada que as práticas ESG proporcionam retornos financeiros. Na bolsa de valores do Brasil, há, inclusive, um Índice de Sustentabilidade Empresarial.

Outro ponto de extrema relevância são os consumidores, que estão cada vez mais envolvidos e observando o que as empresas estão fazendo para se adequarem às diretrizes ESG e cada vez mais atentos a ações de fachada que, na prática, não ajudam a minimizar quaisquer impactos. Um estudo feito pela Bain & Company mostrou que propósito e sustentabilidade são dois dos critérios mais decisivos para os consumidores no ato da compra. Os consumidores hoje estão dispostos a pagar mais por produtos que sejam de fato sustentáveis.

Ainda podemos destacar que colaboradores e talentos também estão atentos e consideram um grande diferencial no aceite de proposta de novo emprego o fato de a empresa ter implementado e atuar com base nas diretrizes ESG.

As diretrizes ESG tendem a impulsionar a inovação e fortalecer a cultura da empresa. Além disso, ajudam na atração e retenção de talentos, garantem a responsabilidade nos processos e chamam a atenção de consumidores e novos investidores.

Bons exemplos
Podemos destacar empresas como Natura &Co, Apple, JBS, Itaú e Ambev, que são alguns exemplos de empresas que estão se dedicando continuamente às práticas ESG. Podemos, ainda, citar a iniciativa do Google, que lançou uma plataforma de dados para medir a percepção ESG do consumidor. Ela deve contribuir muito com as empresas na sua tomada de decisões com base em informações consolidadas e dados exclusivos.

Na prática, a implementação das diretrizes ESG serve para todas as empresas de todos os segmentos e tamanhos. Quando bem aplicadas nos negócios e de forma consistente, essas diretrizes geram valor e estabilidade para a empresa, Aos olhos dos stakeholders, são bem vistas as ações de comprometimento com as questões ambientais, sociais e de governança e, por consequência, estes tendem a promover e defender a marca, deixando evidente que resultados financeiros e ESG andam juntos.

Importante que, como primeiro passo, a empresa saiba que não necessariamente deverá implementar toda e qualquer diretriz ESG, mas sim as que se enquadram ao tamanho e segmento do seu negócio. Para isso, importante fazer o que chamamos de “matriz de materialidade” para definir qual pilar é prioritário em relação aos outros para sua empresa, pois sempre terá uma questão que demanda mais atenção, estratégia e ação, seja por um período, seja por toda a existência da empresa.

Materialidade significa a identificação e priorização dos aspectos de sustentabilidade que são mais relevantes para uma empresa específica, considerando seu tamanho, segmento, contexto operacional e stakeholders. É mais do que um conceito, é o que permite o alcance de uma sustentabilidade empresarial de sucesso.

A matriz de materialidade é a ferramenta que propicia identificar as questões mais materiais do seu negócio. Ao elaborar a matriz, será possível verificar as questões mais materiais do seu negócio e mais relevantes, e ainda entender como cada um dos seus stakeholders se envolve e é impactado por essas questões. Com a matriz de materialidade, é possível classificar os temas mais importantes e os riscos apontados e oportunidades associados a eles.

A partir da elaboração da matriz de materialidade é que será possível, com base nos riscos e oportunidades identificados, traçar os planos de ação que serão capazes de aumentar impactos positivos e mitigar os negativos.

20 anos
Considerando todos os pontos aqui abordados, resta evidente que são inúmeras as vantagens da implementação das diretrizes ESG, não só para o meio ambiente, mas também para sua empresa. É certo que isso mantém a longevidade do negócio e o coloca na frente dos seus concorrentes – se tornando referência no segmento em que atua -, garante a fidelidade dos seus stakeholders e retornos financeiros positivos alcançados pela implementação dessas boas práticas, agregando valor, relevância e propósito ao seu negócio.

No ano de 2024, o tema ESG fará 20 anos. Então coloque nas metas do próximo ano comemorar fazendo parte das empresas que adotam e implementam essas diretrizes.

Valéria Toriyama e Ana Paula Caseiro Camargo são advogadas do Caseiro e Camargo Advocacia Estratégica.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
‘https://mercadoeconsumo.com.br/28/12/2023/artigos/descomplicando-o-esg/

O impacto positivo da logística reversa no negócio e na sustentabilidade

Entender como a operação deve ser aprimorada para gerar menos resíduos e materiais que têm o aterro sanitário como destinação final é compromisso ambiental inadiável e se conecta com a saúde financeira das corporações.

As empresas que ainda não entenderam a dimensão do impacto das suas operações no meio ambiente estão, no mínimo, desatualizadas no debate sobre sustentabilidade. Saber o quanto o desenvolvimento dos produtos e serviços consome de matéria-prima e água ou geram de emissões de carbono e resíduos, atualmente, é tão importante quanto compreender como ele mobiliza a cadeia produtiva, o mercado e os consumidores finais.

Não é de hoje que sustentabilidade deixou de ser tema complementar. Entender como a operação deve ser aprimorada para gerar menos resíduos e materiais que têm o aterro sanitário como destinação final é compromisso ambiental inadiável, que também se conecta com a saúde financeira das corporações.

Mapear e atuar sobre os recursos que podem retornar para a empresa para serem reaproveitados ou recondicionados e quais podem ser reciclados e voltar para a cadeia produtiva também são sinônimo de economia.

É por isso que a logística reversa ocupa um espaço cada vez maior na pauta dos executivos das grandes companhias. Pensar em soluções que retornem insumos para a esteira de produção, reduzindo a necessidade de compra de matéria-prima e, ainda, garantindo o reuso é uma estratégia potente para empresas de qualquer setor.

Para alguns segmentos, como o de Bebidas, aliás, isso já é parte vital do negócio. O alto custo envolvido na produção do alumínio incentiva a reutilização do material pelas empresas do setor, o que explica a elevada taxa de reciclagem da lata de alumínio no país: 98%, de acordo com a Abralatas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio). Assim que foi estabelecida, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305, de 2010), determinou que diversos setores implementassem sistemas de logística reversa de produtos e embalagens pós-consumo com o objetivo de priorizar e estimular um novo ciclo de aproveitamento de insumos.

Aqui na Vivo, muito antes desse marco legal, a logística reversa de eletrônicos já ocupava espaço importante como contribuição para a economia circular, e isso tem se expandido de maneira significativa. Atualmente, somos responsáveis por reciclar mais de 15 mil toneladas por ano, falando apenas de materiais de infraestrutura, como cabos, aparelhos, materiais metálicos, plástico, entre outros, que voltaram para a Vivo por meio das equipes técnicas e pelo trabalho longevo e contínuo de campanhas voltadas ao cliente final. Esse volume representa o equivalente ao peso de 10 mil a 15 mil veículos de médio porte reciclados por ano.

Para se ter uma ideia, só entre janeiro e setembro de 2023, foram recuperados 850 mil aparelhos do serviço de fibra, como modens de banda larga e decodificadores de TV coletados junto aos clientes, evitando o descarte na natureza e novas demandas por recursos naturais.

Os aparelhos que não podem ser recuperados são direcionados para o Vivo Recicle e se tornam matéria-prima para a indústria. Para ampliar o alcance do programa de reciclagem, também utilizamos a inteligência artificial para contatar os clientes e oferecer opções para a coleta dos equipamentos ou devolução em loja – para aparelhos Vivo ou qualquer tipo que tiver, inclusive de outras operadoras. Mais recentemente, incluímos os Correios como opção de devolução, fornecendo gratuitamente um e-ticket para postagem.

A logística reversa da Vivo conta, ainda, com o suporte da plataforma de blockchain que controla e rastreia toda a cadeia de supply chain, da fabricação de equipamentos que transmitem a tecnologia da Vivo até a entrega na casa do cliente, o que ajuda a dar visibilidade para a área de logística reversa sobre o volume de aparelhos que poderá ser retirado e retrabalhado no futuro.

O momento atual é muito oportuno para o avanço da logística reversa no setor de tecnologia e eletrônicos. E a pressão por mudanças nas operações das empresas, independentemente do segmento, estimula o surgimento de pesquisas e de novos parceiros com soluções técnicas capazes de tratar mais tipos de materiais, segregar os componentes e dar uma reciclagem adequada para cada tipo.

Essa logística tem se profissionalizado, evoluído e hoje, é mais viável para qualquer empresa estruturar sua logística reversa utilizando tecnologias como o blockchain. Mas ainda há um longo caminho a ser trilhado. Mesmo bem consolidado, sabemos que o sistema de logística reversa ainda pode acomodar muitas inovações, endereçadas pela atuação sustentável das empresas e acompanhando a evolução na compreensão sobre esse reaproveitamento de recursos. Na Vivo, estamos atentos e abertos à essa evolução.

Até porque o tema avança para outras searas além da área operacional. Os consumidores estão de olho na movimentação das marcas por mudanças que impactem positivamente o planeta, e dispostos a orientar suas escolhas de consumo de modo a apoiar, boicotar as marcas usando a régua do impacto ambiental do produto ou serviço ofertado. Pesquisa da Bain & Company com consumidores mostrou que mais de 70% deles, por exemplo, estão dispostos a pagar um valor mais alto (de 10% a 25%) pela sustentabilidade, mesmo entre níveis de renda mais baixos.

Assim, além de apoiar a estratégia de sustentabilidade e de garantir financeiramente o negócio, a implementação de sistema de logística reversa conecta-se também à reputação das empresas. Quem prioriza o investimento em estudo técnico e operacional nessa área já sabe disso. E o seu negócio, em que etapa está nessa jornada?

* Caio Guimarães é diretor de Patrimônio, Compras e Logística da Vivo.

* Leandro Stumpf é diretor de Logística da Vivo.
‘https://mundologistica.com.br/artigos/o-impacto-positivo-da-logistica-reversa-no-negocio

A COP e a transição energética no transporte

No Brasil, está tramitando no Congresso Nacional a regulação do mercado de carbono; é importante perceber que esse é um passivo que vai chegar para todos, de fora para dentro.

Tive o privilégio de ser convidado para representar a Bravo na COP28, maior e principal evento do mundo para debater e buscar soluções para a crise climática global. O convite aconteceu por meio da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) para dividir o palco em um painel e falar sobre transição energética no transporte.

Foi uma oportunidade incrível ver tanta diversidade de povos e pessoas envolvidas na questão climática, olhando pelo planeta. Por outro lado, também trouxe algumas inquietações: a mudança climática já chegou e a transição energética está apenas começando.

O apelo feito ao final da COP28 por quase 200 países a favor de uma transição energética que permita abandonar progressivamente o uso dos combustíveis fósseis, foi um aceno importante. Não me arrisco a discutir se ainda há tempo de contermos o avanço da temperatura ou não, até porque não sou especialista em clima, mas é importante perceber que precisamos transformar as intenções em ações e o verbo agir precisa ser conjugado na primeira pessoa, é hora de ser protagonista e não seguidor.

E vale questionarmos: quanto a mudança climática pode afetar os nossos negócios? Muito. Estamos falando de secas, inundações, catástrofes, interrupção no fornecimento de energia, restrições na logística e mudanças de hábitos de consumo. Aqui no Brasil está tramitando no Congresso Nacional a regulação do mercado de carbono e é importante perceber que este é um passivo que vai chegar para todos, de fora para dentro.

Tudo indica que a partir de determinados limites de emissão, teremos responsabilidades no mercado regulado para reportar, reduzir e compensar. Importante termos consciência de que mudanças virão e nos prepararmos para elas — como pessoas e como empresas. É recomendável revermos nossas matrizes de riscos e agirmos antes que seja tarde para assegurar a longevidade dos nossos negócios.

Lembrando que risco e oportunidade caminham juntos. Muitos compromissos de redução de emissões de GEE (gases de efeito estufa) foram assumidos pelos mais diversos setores e as empresas de logística que se prepararem para atender as demandas de baixo carbono, encontrarão um mercado cada vez mais ansioso por novas soluções.

Não existe bala de prata, nem solução pronta que possa resolver a questão das emissões de GEE no transporte de uma forma geral. Qualquer solução tem prós e contras e precisa ser planejada em cada contexto. O caminhão elétrico, por exemplo, é uma solução com emissão zero, se a origem da geração da energia for de fonte renovável, mas que apresenta restrições de autonomia, sendo indicada para rotas curtas e mobilidade urbana. Já o biodiesel misturado ao diesel fóssil é tema de discussão sobre qual o percentual de mistura é adequado.

Os testes do B100 100% de biodiesel foram iniciados sob autorização da ANP. O biometano, já famoso nas discussões, tem grande potencial de crescimento e promete ser uma boa alternativa, mas deve encontrar soluções para a falta de infraestrutura de abastecimento. O HVO é o sonho de todo o transportador, pois é “drop in”, é abastecer e sair rodando nos veículos Euro 5 e Euro 6, mas tem alto custo e falta escalabilidade.

O hidrogênio verde surgiu como a grande promessa a longo prazo, mas tem a tecnologia de produção do veículo e combustível em desenvolvimento. Por fim, o diesel fóssil continuará a ser a matriz dominante nos próximos anos e deve ser utilizado de forma mais eficiente por meio de veículos com menor consumo e programas para redução de consumo e emissões.

Aqui na Bravo estabelecemos uma estratégia de combate às mudanças climáticas baseada em três pilares: malha logística, multimodalidade e transição energética. Com isso, buscamos soluções inovadoras, às vezes encontrando mais perguntas que respostas, mas no final trazendo de forma pioneira soluções de baixo carbono para os nossos clientes.

Mas temos a consciência de que estamos em uma jornada de aprendizado e desafios, já que temos um negócio com características específicas e rotas de longo percurso, o que dificulta abastecimento dos veículos com combustíveis renováveis, não disponíveis na cadeia de abastecimento tradicional.

Quando falamos em redução das emissões, não podemos resumir a transição energética ao transporte rodoviário — que corresponde a cerca de 11,8% das emissões no Brasil —, mas a cada um de nós, as ações de todos como uma comunidade. Olhando do ponto de vista pessoal, o quanto cada um de nós está contribuindo para o todo? Estamos dispostos a fazer mudanças? Que combustível utilizamos nos nossos veículos, quais os nossos hábitos de consumo, reciclamos nossos resíduos?

Mesmo sem perceber estamos nos adaptando a mudança climática, já enfrentamos as tempestades com cautela, nos preparamos melhor para enfrentar as altas temperaturas, levamos o clima mais seriamente ao planejar nossas viagens e por aí vai.

Olhando o cenário como um todo, é possível imaginar um trade-off de custo entre a transição energética e o impacto das mudanças climáticas. Se não começarmos a agir agora, talvez tenhamos uma conta muito maior a pagar no futuro. A jornada é longa, mas em 2030, o primeiro marco dos compromissos de redução de GEE do Pacto de Paris está logo aí. Então, mãos à obra!

* Marcos Azevedo é head de Sustentabilidade da Bravo Serviços Logísticos.

‘https://mundologistica.com.br/artigos/a-cop-e-a-transicao-energetica-no-transporte