Como o QR Code transformou o Alibaba e a Tencent em meios de pagamentos

Quando o canadense Zennon Kapron chegou na China em 2004, ele tinha que sacar uma grande quantia de dinheiro no banco para conseguir pagar o aluguel. “Eu não conseguia sacar no caixa eletrônico, então sacava o dinheiro, colocava em um saco de papel e ia embora”, contou o diretor da consultoria financeira Kapronasia, que tem escritórios em Xangai, Singapura e Hong Kong.

Zennon é especialista em fintechs na China. Ele esteve no Fintech Conference da StartSe que acontece nesta quarta-feira (22).

No mesmo ano, o Alibaba lançou o AliPay, sistema de pagamento através de QR Code. “Hoje as pessoas não aceitam o dinheiro, elas aceitam o QR Code. Fintechs trouxeram mudanças em muitos lugares, mas em nenhum lugar do mundo podemos ver a mesma mudança que aconteceu na China”, comentou.

Hoje os QR Codes dominaram o mundo físico, mas a mudança foi pensada inicialmente para o pagamento de compras online. “O objetivo era de diminuir a fricção das transações. Nós pagávamos em dinheiro para o responsável pela entrega, o que era ineficiente e pouco confiável. O AliPay surgiu para resolver o problema de confiança”, explicou Kapron.

O WeChat, aplicativo de mensagens semelhante ao WhatsApp e que se tornou um super aplicativo na China, implantou o WeChat Pay logo depois. Produto da Tencent, outra gigante de tecnologia chinesa, o aplicativo passou a dividir o mercado com o AliPay. “Um ano depois, minha mulher estava feliz que eu havia gastado menos no AliPay, mas o que aconteceu é que o WeChat ganhou tração e eu passei a usá-lo também”, explicou o consultor financeiro.

A penetração de smartphones na China foi indispensável para as mudanças nas formas de pagamento, pois os celulares se tornaram o próprio banco. A adoção aconteceu mais rapidamente do que em qualquer outro lugar do mundo, segundo Kapron (gráfico). Agora, é possível realizar empréstimos, pagamentos e transferências através de apenas um aplicativo – se o AliPay ou WeChat, fica ao gosto do freguês.

Apesar de tudo ter começado com os meios de pagamento, os superaplicativos chineses hoje concentram soluções de diversas empresas bilionárias e líderes de mercado. Não é necessário realizar reservas de hotéis através do Kayak, por exemplo – é possível fazê-lo no mesmo aplicativo em que você troca mensagens. Pedir uma corrida por aplicativo na China não significa abrir o aplicativo da Uber ou Lyft, mas buscar uma corrida da Didi Chuxing no próprio WeChat.

Uma carteira digital internacional

Empresas como a Tencent e Alibaba estão saindo da China e fortalecendo suas operações fora do país. Um dos objetivos é criar uma carteira digital internacional que seja capaz de enviar dinheiro para qualquer lugar do mundo em poucos segundos, segundo relata Kapron.

Por oferecer tantas opções de serviços online aos usuários, essas companhias acabam acumulando uma das maiores riquezas no setor de tecnologia hoje: dados. Segundo pesquisa da Kapronasia com 2 mil millenials (a famosa geração Y), 53,5% não se importaria se um banco sugerisse um produto de gestão financeira com base em seus salários e hábitos de consumo. “Eles estão dispostos a trocar a privacidade para ter mais produtos financeiros”, explicou Zennon.

Isso é importante porque muitas dessas pessoas eram desbancarizadas ou possuíam pouco acesso a empréstimos e outros produtos financeiros devido a uma falta de histórico de crédito. Agora, além de vender produtos – o principal negócio do Alibaba é o e-commerce -, a empresa começa a atuar como um banco para os chineses. O mesmo acontece com a Tencent, que deixa de oferecer apenas jogos e aplicativos para a população e passa a ser intermediadora de pagamentos e fonte de serviços financeiros.

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Tag: Tecnologia

Escritório de advocacia lança Inteligência Artificial para fintechs na Fintech Conference

Depois de conquistar o mercado de startups, o caminho natural de crescimento para Silva | Lopes Advogados foi consolidar o seu nome como referência no ecossistema de fintechs, que ganha cada vez mais espaço não só no Brasil, mas em o mundo.

O escritório de advocacia vai lançar sua inteligência artificial (AI, na sigla em inglês) focada em fintechs no maior evento do setor na América Latina: o fintech Conference. Realizado pela StartSe, o evento acontece no dia 22 de maio, em São Paulo.

O Silva | Lopes Advogados, que tem sede em Porto Alegre e filial na capital paulista, conta com mais de 50 fintechs em seu portfólio e atua com matérias relacionadas com o Banco Central do Brasil (BACEN), como por exemplo: sociedade de empréstimo entre pessoas (SEP), sociedade de crédito direto (SCD), correspondentes bancários, instituições de pagamento, instituidores de arranjos de pagamento e bancos digitais.

Com uma base de clientes 100 % do setor de tecnologia e inovação, o escritório também atua com matérias reguladas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), como corretoras digitais, gestoras e escritórios de agentes autônomos de investimento, além de clientes no mercado de crowdfunding, criptomoedas e desenvolvimentos de softwares para mercado financeiro.

O Silva | Lopes Advogados vem solidificando o seu posicionamento para ser também um desenvolvedor de tecnologia e não, apenas, um mero escritório de advocacia. Com esse objetivo, o escritório vai lançar sua AI focada no cumprimento de regras do BACEN durante o Fintech Conference.

O robô Toddy, desenvolvido pelo escritório para auxiliar em demandas de registro de marcas, agora aprendeu sobre regulamentações para fintechs. De acordo com o fundador e CEO do Silva | Lopes Advogados, Layon Lopes, o software Toddy deve analisar o modelo de negócio de fintechs e identificar quais as normativas que devem ser cumpridas, dentre mais de 40 mil resoluções, portarias e circulares do BACEN.

“O projeto surgiu em meu mestrado, onde tinha o objetivo de utilizar o Toddy para potencializar a análise dos modelos de negócios de fintechs, fazendo um filtro inicial de normativas que nossos advogados precisam analisar. Hoje, um advogado comum gasta cerca de 40 a 50 horas para encontrar todas as normativas que uma fintechtem que cumprir, com o Toddy conseguimos reduzir isso para cerca de dois minutos”, conta Lopes.

Atualmente, o Toddy possui a capacidade de entender fintechs ligadas à crédito, identificando se elas são SEP, SCD, financeiras ou atuam como correspondentes bancárias. Futuramente, a função será ampliada para outros tipos de fintechs e com envolvimento com normativas da CVM.

Recentemente, o escritório também lançou seu próprio sistema de gestão de demanda. A postura de desenvolver de tecnologia faz com que o escritório se destaque não somente pelo atendimento de qualidade, mas também por compreender na prática os desafios cotidianos deste setor.

Fonte: startse

WhatsApp permitirá a lojista subir catálogo de produtos diretamente no aplicativo

WhatsApp vai, nos “próximos meses”, liberar uma funcionalidade que permite a lojas e empresas que usam o WhatsApp Business apresentar seus catálogos de produtos e serviços diretamente no aplicativo.

O anúncio foi feito por Mark Zuckerberg nesta terça-feira (30), durante o F8 – evento que apresenta novidades da “família Facebook”.

“Em um ano, milhões de pequenos negócios usam o WhatsApp Business para se comunicar com os seus clientes. Agora, estamos lançando uma nova ferramenta, Catálogo de Produtos. Você conseguirá ver facilmente o que está disponível de cada empresa”, afirmou o fundador do Facebook.

“Isso será especialmente importante para todos os negócios que não têm presença na internet [site próprio, por exemplo] e que estão aumentando o uso de plataformas de uso privado para interagir com seus clientes”, concluiu.

Pagamentos

Zuckerberg também abordou o desenvolvimento da solução de pagamentos diretamente pelo WhatsApp. No exemplo mostrado durante o evento, é possível ver uma conversa entre o que parece ser uma lojista e um consumidor.

No diálogo, o cliente paga pela entrega do pedido pela própria plataforma. Essa é uma funcionalidade em teste na Índia, mas que, segundo Zuckerberg, será disponibilizado em outros países até o fim de 2019. “Estamos testando com cerca de um milhão de pessoas, e o feedback tem sido ótimo. Teremos muitas novidades para conversar neste ano que virá”, anunciou, sem dar mais detalhes.

Fonte: ecommercebrasil.com.br

Tag: Tecnologia

A solução para o incremento da Eficiência Operacional – RPA (Robotic Process Automation)

Cada vez mais as empresas estão se preocupando com a eficiência no back office com o mesmo cuidado que cuidam dos incrementos em vendas. Isto pode se traduzir em diversas iniciativas já bem conhecidas, como centros de serviços compartilhados, orçamento base zero, compartilhamento de equipes, terceirizações, BPM (business process management), entre tantas outras ações.

Em qualquer iniciativa de eficiência, inevitavelmente, entramos em discussões de head count que começam pelo span of control (de forma simplificada, análise da estrutura organizacional), que por si só nos dá uma análise fria da estrutura.

Para complementar a análise, identificamos as tarefas realizadas pelas estruturas e tradicionalmente buscamos alternativas de simplificá-las ou de melhorar a utilização do sistema, reduzindo controles manuais e/ou paralelos, centralizando informações.

Atualmente a automação das tarefas através de robôs é uma alternativa relevante que vem somar os resultados à busca de eficiências. Os robôs mais simples podem executar processos de negócio rotineiros, imitando pessoas.

Assim como os profissionais, os robôs têm níveis de maturidade, ou sejam, podem acumular funções cognitivas e inteligência artificial. Eles podem realizar tarefas rotineiras como usuários humanos, como fazer consultas e buscar arquivos em sites (arquivos de nota fiscal, por exemplo), fazer baixas de títulos, calcular rescisões, consultar SERASA, realizar conciliações, entre diversas outras tarefas e transações. Tudo isso com agilidade, assertividade e escala. Mesmo demandando pessoas para darem suporte aos robôs (sim, eles também precisam de ajuste a qualquer mudança no ambiente), a relação custo versus benefício é impressionante.

Mesmo o assunto não sendo tão novo, sua utilização ainda não está disseminada em grande parte das companhias, e embora não pareça, é um tema de muita simplicidade para a implantação.

Com frequência temos sido questionados sobre “por onde devo começar com o RPA?”. Nossa recomendação é sempre a mesma: comece pelo simples. Faça um piloto em processos onde você tenha atividades rotineiras e mais de uma pessoa envolvida. Quanto maior o FTE (full-time equivalent ou o tempo de envolvimento do colaborador por atividades), mais sentido fará o RPA.

E se você faz parte do time que acha que o processo não está otimizado, que robotizar algo que não está eficiente é como “asfaltar caminho de cabra”, esqueça! Buscar eficiência há muito tempo deixou ser opção. Faça por processo, comece devagar, mas comece! É muito mais simples do que você imagina e também temos experiência e convicção de que o retorno financeiro e qualitativo é indiscutível.

Fonte: e-commerce news

Prateleiras inteligentes otimizam operação de supermercados e “conversam” com consumidor

Equipamentos fornecem dados como perfil dos consumidores, produtos mais vendidos e horário com maior movimento, além de auxiliar na reposição de produtos…

O cliente retira um produto da prateleira e, em seguida, display interage com ele sugerindo outro item para complementar a compra ou mostrar as informações nutricionais se for um produto alimentício ou ainda chamar para uma promoção. O que é uma experiência diferenciada para o consumidor, para os varejistas e fornecedores significa acesso a dados como o perfil do público de sua loja, os produtos mais comprados ou a posição mais privilegiada na gôndola.

Estes são algumas das funcionalidades da ‘prateleira inteligente’  desenvolvida pela Sensormatic Solutions em parceria com a Equipa PDV. As prateleiras foram programadas para otimizar a operação de supermercados e melhorar a experiência dos consumidores, por meio de sensores e telas inseridos nas gôndolas para trazer inteligência ao negócio.

Pusher

Além de tornar a experiência do cliente com menor fricção ao trazer automaticamente os produtos para a ponta da prateleira, o hardware ajuda no controle de estoque. O Pusher serve para contabilizar os itens que foram retirados das geladeiras e gôndolas.

“Uma notificação é enviada ao sistema na nuvem para alertar quais e quantos itens estão faltando e precisam ser repostos. O supermercadista, então, pode melhorar a disposição de produtos”, explica Sérgio Thomé, diretor Comercial da Sensormatic.

Tela LED

As telas instaladas deixam os produtos expostos mais atrativos visualmente e apresentam mídias relevantes para os clientes. O apelo visual é feito com animações. As faixas de LED podem exibir preço, valor nutricional, promoções, informações sobre o fabricante e, depois que o produto é retirado da prateleira, o equipamento pode exibir uma mensagem de agradecimento. O conteúdo pode ser desenvolvido pela Sensormatic ou pela contratante.

Reconhecimento facial

A geladeira inteligente usa a tecnologia para indicar o gênero e faixa etária de quem está comprando, ou considerando comprar, os produtos. A funcionalidade está disponível apenas para os refrigeradores.

Dados em tempo real

Todos as funcionalidades do produto geram dados relevantes que serão usados pelo varejista para melhorar sua operação. A solução permite conhecer o público da loja, produtos mais vendidos, período de maior consumo e melhor forma de organizar os produtos. O varejista recebe um relatório ou acesso ao sistema para acompanhar os dados em tempo real.

Quem pode contratar a solução?

O produto pode ser contratado por varejistas e fornecedores que procuram mais exposição de sua marca. No segundo caso, as empresas contratam espaços exclusivos nos supermercados. Para o varejista, o equipamento “melhora a atratividade no momento da compra, a experiência de venda e também pode impulsionar mais vendas a partir de uma melhor exposição dos produtos”, diz Thomé.

Quem já usou a solução?

RedBull, PepsiCo e Vigor estão entre as que contrataram a solução. A fabricante de energéticos fez uma ação na loja do Pão de Açúcar da rua Teodoro Sampaio, em São Paulo. A empresa locou uma ponta de gôndola para uma campanha de carnaval. Já a PepsiCo usou a solução para promover produtos da marca Doritos.

Fonte: Portal no Varejo

E-commerce: Novo boleto confirma pagamento em tempo real

Concretizar uma compra em um e-commerce utilizando boleto é um processo mais lento, que pode desmotivar os clientes pela demora na efetivação da entrega do esperado produto. Essa forma de pagamento, porém, é vantajosa às lojas virtuais por ter taxas menores. Para solucionar o entrave, a fintech PagHiper (www.paghiper.com.br), lançou uma ferramenta que identifica o pagamento logo após o depósito, antes da compensação bancária, e avisa o lojista, para que agilize a expedição do pedido.

Normalmente, ao emitir o boleto, o comerciante separa o produto em estoque e libera a entrega apenas com a confirmação da transação – que ocorre na madrugada posterior. A nova funcionalidade cria um passo intermediário entre os status “aguardando” e “aprovado”: o “reservado”. Ele indica que o consumidor já liberou o valor e, assim, possibilita o preparo do item para envio antecipado, o que, consequentemente, contribui para a satisfação e fidelidade do destinatário.

“Melhorar a experiência do usuário é um desafio constante aos e-commerces, e essa ferramenta veio para contribuir, solucionando a barreira do tempo de compra”, afirma Weslley Ribeiro, fundador da fintech. Outro diferencial da funcionalidade é que o consumidor pode efetuar o pagamento em qualquer estabelecimento que aceite o documento, como bancos e casas lotéricas, sem restrição de bandeiras ou instituição financeira.

Ainda, os lojistas que têm o hábito de enviar lembretes via SMS e e-mail ou fazer telefonemas para lembrar o comprador sobre o vencimento do boleto – artifício oferecido pela PagHiper –, podem abandonar essa rotina, economizando recursos. Também há menor risco de perder a venda, caso o cliente esqueça, não tenha tempo de fazer o pagamento ou até mude de ideia. Dessa forma, diminui-se o índice de desistência e aumenta-se a movimentação da empresa.

O fundador da fintech recomenda, porém, cautela na liberação de entrega do item sem a confirmação do banco, já que há incidência – mesmo que muito baixa – de pedidos cujos pagamentos não são concretizados. “É possível que haja erros no depósito ou até pagamentos falsos, já que é difícil medir o perfil do consumidor no comércio virtual. Portanto é importante ter cautela para evitar prejuízos financeiros”, afirma Weslley. O ideal é já separar o produto no estoque quando “reservado”, para agilizar a remessa e enviar com mais agilidade.

Lançada no final de janeiro, a funcionalidade da PagHiper não tem nenhum custo adicional aos usuários da solução, que já somam quatro mil lojistas de diversos segmentos em todo o Brasil. A meta é dobrar de tamanho em 2019.

Brasil lidera inovação e adoção de novas tecnologias na AL, segundo estudo da Visa

O Brasil lidera a a América Latina em inovação tecnológica e é pioneiro na adoção de novas tecnologias, como machine learning, inteligência artificial, big data, biometria entre outras modernas soluções. Esta é a conclusão do relatório ‘The State of Innovation in Latin America’, elaborado pela Americas Market Intelligence (AMI) e publicado pelo Centro de Inovação da Visa, em Miami.

Segundo o estudo, a inovação nos pagamentos foi favorecida pelo robusto ecossistema de pagamento local, incluindo grupos varejistas de classe mundial, autoridades reguladoras com visão de futuro que tornaram a interoperabilidade dos cartões obrigatória há quase dez anos, além de investimentos de capital de risco em fintechs – as startups brasileiras atraíram quase 90% dos 570 milhões de dólares investidos em fintechs em 2017.

O relatório examina os indicadores, as tendências e os referenciais das empresas mais inovadoras da América Latina e do Caribe partindo da perspectiva de pagamentos e serviços financeiros. Elaborado pela Americas Market Intelligence (AMI), o relatório avalia o nível de inovação nas empresas dos principais mercados da região: Argentina, Brasil, México, Chile, Colômbia e Peru.

“A inovação em nossa região tem vindo de lugares surpreendentes: varejistas estão se tornando provedores de serviços financeiros, enquanto mercados virtuais oferecem serviços bancários e bancos usam mais plataformas abertas para facilitar pagamentos – tudo isso, em um esforço para reter clientes”, explica Vanessa Meyer, VP de Inovação da Visa na região América Latina e Caribe.

“Os consumidores estão exigindo experiências de compra mais rápidas, integradas e convenientes, além de novas formas de pagar. É isso que as empresas inovadoras estão entregando, e este estudo sinaliza fortemente como podemos continuar trabalhando com nossos parceiros na região para acelerar a inovação nos pagamentos”.

Com o enfoque em diferentes tipos de empresas, o estudo inclui instituições financeiras, estabelecimentos comerciais, gateways de pagamento, agregadores e fintechs. Para medirem o grau de inovação, AMI e Visa avaliaram as empresas considerando quatro pilares-chave, como o apoio interno à inovação, habilidade de executar, uso de novas tecnologias e capacidade de escalar as soluções.

Entre as empresas com os níveis mais altos de inovação estão as que já nasceram digitais, bancos líderes e alguns varejistas tradicionais. Após analisar suas estratégias, o estudo indicou que as empresas mais inovadoras na América Latina têm várias características importantes em comum:

· Equipe, departamento ou centro dedicados à inovação;

· Laboratórios de inovação e espaços abertos dentro dos escritórios para promover a colaboração entre os diferentes departamentos;

· Incorporam a inovação interna e externamente, com uma média de 140 APIs e parcerias com 15 startups por ano, em média

· Dessas empresas, 80% usam tecnologias líderes de indústria, como Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning

· Conseguem escalar suas soluções internacionalmente, levando-as para mais de cinco mercados

· Produziram uma média de 57 provas de conceito nos últimos três anos

· Desenvolvem soluções em menos de cinco meses

O estudo mostra ainda que os níveis de inovação na região são bem heterogêneos, variando conforme a indústria e o local pesquisado. Abaixo algumas das conclusões por países:

No Brasil, bancos e varejistas brasileiros se destacam pelo seu envolvimento em biometria com ênfase no reconhecimento facial, assim como tokenização, chatbots e outras ferramentas de alta tecnologia. Por todas essas razões, o Brasil está posicionado para continuar a liderar a região em inovação, forjando o caminho para o resto da América Latina seguir.

O mercado mexicano lidera em termos de inovação em modelos de negócio, expandindo o acesso a serviços bancários, desenvolvendo soluções omnichannel e métodos alternativos de pagamento para os consumidores com pouco acesso a serviços bancários. O México sedia mais de 300 startups do setor fintech em franco desenvolvimento.

A recente legislação mexicana está fortalecendo o ambiente para as fintechs, enquanto soluções omnichannel para serviços financeiros e cartões de crédito pré-pagos estão expandindo o acesso a serviços bancários de formas inéditas, ajudando a garantir um futuro promissor para a economia digital local, bem como a adoção de inovação e a inclusão financeira no país.

Na Colômbia, agregadores, plataformas digitais e instituições financeiras estão tornando os pagamentos digitais mais acessíveis e melhorando o acesso aos meios eletrônicos de pagamento, especialmente nos pagamentos card-on-file, carteiras digitais e adquirentes.

O país conta com uma das poucas empresas latino-americanas avaliadas em mais de um bilhão de dólares – a Rappi, plataforma on-line de serviços de entrega em rápida expansão para vários países da região e que lançou uma carteira digital própria, a RappiPay. Outras plataformas de pagamento digital da Colômbia seguem pelo mesmo caminho.

A Argentina, que conta com uma das indústrias de desenvolvimento de software mais fortes da região e uma força de trabalho talentosa, impulsionou o sucesso dos maiores sites de comércio eletrônico da região, como o MercadoLibre, o primeiro da América Latina em número de visitantes.

A inovação nos pagamentos deve ganhar muita força este ano dadas as iniciativas do governo e do banco central para promover os pagamentos em tempo real e uma carteira digital desenvolvida pelo governo, além de mudanças na iniciativa privada com uma abertura significativa na indústria de adquirentes.

O Chile é o líder regional em termos de penetração de transações com cartões de pagamento por aproximação, modernizando a experiência no PDV; além disso, sedia diversas startups de peso. Grupos varejistas alcançaram e até superaram os bancos em termos de emissão de cartões e têm forte presença no comércio eletrônico.

Na frente regulatória, em 2017, o país aprovou uma lei que autorizou os meios eletrônicos de pagamento pré-pagos e trouxe mais dinamismo ao processamento de cartões, o que deve viabilizar mais inovações financeiras nos próximos anos, como um aumento no acesso a cartões pré-pagos, permitindo a compra de produtos e serviços digitais em sites internacionais.

O Peru, cuja economia está em rápido crescimento, ainda depende bastante do dinheiro em papel, motivo pelo qual a adoção de novas tecnologias está abaixo dos outros mercados. A transformação digital ainda engatinha no país, e as empresas peruanas estão se concentrando em criar aplicativos e habilitar o comércio eletrônico. Entretanto, instituições financeiras estabelecidas, startups e estabelecimentos comerciais estão aumentando continuamente o acesso aos pagamentos digitais.

No geral, o estudo indica que a América Latina está caminhando para um paradigma em que fontes abertas e modelos de plataforma aberta estão se tornando o padrão.

Fonte: tiinside.com

Inteligência artificial vai gerenciar startup brasileira

Plataforma vai gerir ações administrativas e automatizar até a entrega do “cafezinho” em reuniões.

DATA H, startup brasileira de inteligência artificial (AI) da área de saúde, cibersegurança e processamento de linguagem natural, iniciou uma nova fase do seu projeto mais desafiante: o Ziggy Stardust, plataforma de inteligência artificial capaz de gerir uma empresa. A nova fase do Ziggy está focada na gestão de projetos e ajudará no trabalho das equipes da companhia, localizadas em diferentes partes do mundo.

O nome é inspirado na obra de David Bowie e tem os seus motivos. “Ziggy Stardust foi um marco da ópera rock. Um álbum que conta uma única história da primeira a última música. Na empresa, a plataforma fará o mesmo”, afirma Evandro Barros, CEO e cofundador da DATA H. Ele detalha: “O nosso Ziggy Stardust é a junção de todas as soluções de inteligência artificial desenvolvidas pela DATA H e será o responsável pela completa a gestão da empresa. Isso abarca desde ações da área administrativa até a entrega autônoma do cafézinho, quando iniciamos uma reunião”.

Com esse nível de automação, ninguém saberá tanto da empresa quanto o Ziggy, o que deve proporcionar um nível de eficiência operacional nunca visto. A meta da startup é atingir 70% de autonomia até o final de 2020. Ou seja, grande parte das decisões empresariais será feita por algoritmos que terão a capacidade de se adequar ao mercado de forma muito mais rápida que os executivos.

No entanto, isso não é novo na DATA H. O conceito nasceu no início da empresa, em 2016, com o nome Human Torrent. “Agora já conseguimos unir tecnologias capazes gerir risco de projetos, eficiência de desenvolvimento etc, de uma maneira em que humanos não conseguiriam, de forma efetiva”, observa Celso Azevedo, cofundador e CTO da startup.

O Ziggy, além de orientar os desenvolvedores e cientistas, cruza dados internos e externos para determinar o risco e as mensurações de um projeto. Sua base de dados leva em consideração dados de rede, modelos de código, reuniões de equipe e até comportamento de usuários tudo isso sendo processado em um poderoso conjunto de GPUs que equivalem a mais de 20 mil notebooks.

Fonte: computerworld.com

Walmart inaugura robôs inteligentes que escaneiam prateleiras das lojas

Os novos ajudantes conseguem gerar relatórios e alertar funcionários sobre itens que precisam ser reabastecidos.

Walmart está testando uma nova ferramenta em uma de suas lojas. De acordo com o Tampa Bay Times, a varejista implantou, na cidade de Jacksonville, pequenos robôs que monitoram as prateleiras para identificar espaços vazios ou preços desatualizados. Automaticamente, os novos ajudantes conseguem gerar relatórios e alertar os funcionários sobre itens que precisam ser reabastecidos.

Em entrevista ao Tampa Bay Times, Phillip Keene, diretor de comunicações corporativas do Walmart, afirmou que a companhia pretende, depois de testes bem-sucedidos, adotar os robôs em outras lojas em breve.

O executivo acredita que a nova tecnologia não está roubando o trabalho dos funcionários, mas realizando uma tarefa rotineira para que eles se tornem mais livres para interagir com os clientes. “Ainda existem muitas pessoas que gostam de entrar em uma loja e fazer compras. Que querem tocar, sentir e gostar do ambiente e da interação”, disse.

Além dos robôs, o Walmart tem investido em uma série de iniciativas para tornar seus processos mais ágeis por meio da tecnologia. Em outubro de 2018, a companhia anunciou sua primeira loja sem caixas nos Estados Unidos. Pouco depois, falou sobre o seu Laboratório de Inteligência do Varejo e iniciou testes com câmeras nas prateleiras de uma unidade de Nova York. Além disso, firmou parcerias com a Ford e Microsoft para transformar o setor.

Fonte: startse.com