Mudanças no ranqueamento do Mercado Livre: quais são as razões por trás delas e como contorná-las

Marketplace aumenta em 280% número de pedidos exigido para conceder medalha de MercadoLíder, que traz melhor posicionamento nas buscas.

O início do ano foi deveras movimentado para o mercado de marketplaces, com crises, mudanças e inseguranças para muitos vendedores.

Nesse sentido, já nesta semana serão implementadas as novas modificações no Mercado Livre, o maior marketplace do Brasil e da América Latina, relacionadas às suas políticas de ranqueamento.

Essas novas regras incluem requisitos mais exigentes para os vendedores da plataforma, que devem aprimorar suas práticas para que não afete a sua reputação no Mercado Livre e, como consequência, o seu desempenho de vendas.

Neste texto, iremos abordar esse novo sistema de reputação e o possível por que de o marketplace estar realizando tais mudanças.

Quais são as mudanças do Mercado Livre implantadas no dia 21 de março?
Aqueles que já vendem no marketplace devem saber que a plataforma possui um sistema de ranqueamento baseado nos selos MercadoLíder que contempla igualmente as medalhas gold e platinum.

Essas medalhas representam o quão um vendedor atende a seus pedidos com eficiência, o que inclui fatores como entrega, cancelamentos e devoluções, reclamações etc., e os benefícios de quem possui uma delas incluem:

– Maior visibilidade para seus anúncios com o selo em destaque em seus anúncios;

– Atendimento personalizado da equipe do Mercado Livre;

– O vendedor pode oferecer frete grátis a seus clientes pelo Mercado Envios, o que também garante mais agilidade na entrega, e receber desconto em seu custo de envio;

– Consequentemente, esses fatores dão maiores chances de aumentar as vendas dos vendedores do marketplace. Porém, para adquirir uma das medalhas, é igualmente necessário ter um número de pedidos e faturamento mínimos para conseguir o título de MercadoLíder.

Vamos entender melhor como era antes das mudanças do dia 21:

– MercadoLíder: 60 ou mais vendas e ter faturado R$ 25 mil ou mais;

– MercadoLíder Gold: 150 ou mais vendas e ter faturado R$ 80 mil ou mais;

– MercadoLíder Platinum: 450 ou mais vendas e ter faturado mais de R$ 200 mil.

Já com as novas mudanças no ranqueamento, atualmente, para ter o título, é necessário ter os seguintes atributos:

– MercadoLíder: 230 ou mais vendas e ter faturado R$ 37 mil ou mais;

– MercadoLíder Gold: 575 ou mais vendas e ter faturado R$ 118,4 mil ou mais;

– MercadoLíder Platinum: 1725 ou mais vendas e ter faturado mais de R$ 296 mil.

Lembrando que esses dados são referentes aos últimos 60 dias da loja do vendedor.

As mudanças mais drásticas estão na medalha platinum, na qual o número de pedidos mínimos aumentou 280%, e as relacionadas à experiência do consumidor final.

Um exemplo disso é a taxa de reclamações e cancelamentos. Agora, a loja deve ter, no máximo, 1% de reclamações de vendas – antes, 2,5% – e os cancelamentos realizados pelo vendedor devem ser de no máximo 0,5%.

Ou seja, um lojista que faz 200 vendas por mês, poderá ter, no máximo, dois pedidos cancelados. Caso contrário, ele corre o risco de prejudicar sua reputação e até mesmo de perder a medalha de MercadoLíderes.

Para empreendedores que já mantêm esse padrão, pode ser uma oportunidade a mais para se destacar perante seus concorrentes, mas, da mesma forma, se torna uma pressão adicional. Afinal, todos estão suscetíveis a erros, sejam operacionais ou estratégicos, e será preciso mais aprimoramentos para seu negócio.

Quais são as razões por trás das mudanças no Mercado Livre?

Para se consolidar como o maior marketplace do Brasil e continuar nessa posição nos próximos anos, o Mercado Livre continuamente investe em soluções logísticas, novas tecnologias e serviços. Portanto, não é de se espantar que ele igualmente deseje que seus vendedores tenham um alto padrão de qualidade.

Além disso, há o crescimento de outros marketplaces nos últimos anos, como a Shopee, que contém diversos usuários e acessos via app, e a Amazon logo atrás – a qual se mantém como um dos maiores marketplaces globais.

Ranking e Market Share do E-commerce no Brasil (calculados a partir da audiência em sites e apps)

Mercado Livre – 14,0%
Amazon – 7,5%
Shopee – 6,3%
Magazine Luiza – 5,1%
Americanas – 3,4%
Aliexpress – 3,2%
Shein – 2,8%
Casas Bahia – 2,4%
Ifood – 2,2%
Samsung – 1,7%
Reprodução: Conversion -dados janeiro de 2023

Mesmo com sua alta participação de mercado, o Mercado Livre está se preparando para não perder para players que chegaram agressivamente com cupons de desconto e preço mais baixos, como a já citado Shopee, que em 2022 teve grande alta de acessos via web e app, e mesmo outros participantes asiáticos, como AliExpress e Shein.

Já em uma pesquisa realizada em 2021 pelo BofA (Bank of America Merrill Lynch), organização que traz insights e soluções globais para empreendedores, apontou que em quatro regiões dos Brasil a Shopee era a mais querida perante os consumidores tendo como base o NPS (Net Promote Score), que avalia a experiência e a lealdade dos compradores:

NPS
Shopee – 64
Mercado Livre – 61
Amazon – 58
Magazine Luiza – 48
Americanas – 46
Aliexpress – 35
Casas Bahia – 34
Extra – 29
Carrefour – 26

Em contrapartida, essas mudanças implicam como o Mercado Livre está investindo em melhorar a experiência de compra para seu consumidor final.

Um ponto em que ele está à frente da Shopee é que o marketplace possui uma alta capacidade logística, seja com centros de distribuição ao longo do país ou parcerias com transportadores locais.

Através dessas mudanças, ele irá incentivar os vendedores a fazer entregas mais rápidas que podem ser proporcionadas com seus serviços Mercado Envios Full e Flex, praticando uma das maiores tendências para os próximos meses e anos no e-commerce: os conceitos de Same Hour e Same Day, ou seja, entregas que chegam às mãos do cliente na mesma hora após o fechamento da compra ou no mesmo dia, respectivamente.

Em suma, podemos concluir nesse tópico que as possíveis razões para as mudanças do dia 21 de março são relacionadas a:

– Melhorar a experiência do consumidor;

– Aumentar a participação de mercado de concorrentes como a Shopee;

– Manter-se como maior marketplace do Brasil através de uma marca mais forte e consolidada para o público.

Melhores práticas para vendedores não perderem reputação
Com tais mudanças, os vendedores devem estar mais atentos para se aprimorarem e buscarem conhecimento para que não tenham problemas na plataforma do Mercado Livre e acabem perdendo reputação e vendas.

Para isso, será necessário dar mais atenção a pontos importantes que façam o comprador estar satisfeito, como:

– Agilidade no atendimento e em respostas a perguntas;

– Múltiplos pontos de contato, como redes sociais, o que inclui WhatsApp, caso seja necessário;

– Controle de estoque para não ter furos;

– Rapidez no processo logístico, desde emissão de NFs, mesa de expedição e acompanhamento do pedido até o cliente;

– Oferecer um pós-venda de qualidade.

Todavia, ter controle sobre todas essas questões pode ser exaustivo para o empreendedor, por isso outro ponto importante é que, à medida que seu negócio crescer, será necessário investir em tecnologias que facilitem, organizem e realizem todos os seus processos.

Tecnologia como aliada: a automação e a inteligência artificial como auxiliares
A exemplo de tecnologias que podem auxiliar os vendedores, temos o popular ChatGPT e ferramentas similares que automatizam processos de criação de textos que podem auxiliar vendedores do Mercado Livre em posts para redes sociais, descrições de anúncios, estratégias ou mesmo serem usados como chatbots através de sua API para oferecer atendimentos mais rápidos, Porém, devem ser usados com cautela e necessitam da revisão de quem está utilizando.

Para processos de expedição e emissão de notas fiscais, o uso de softwares como faturadores, ERPs e hubs integradores de marketplaces agiliza o despacho de suas mercadorias e auxilia no controle do estoque de maneira que sejam realizadas ações em uma única tela.

Ou seja, o investimento em automação se torna cada vez mais necessário para empreendedores que desejam minimizar seus erros nos marketplaces, principalmente em mudanças como a do Mercado Livre e possíveis outras modificações que ocorram em outros players do mercado.

Para concluir, devemos ter em mente que o comércio eletrônico está cada vez mais competitivo e com mais concorrentes. Portanto, os empreendedores não devem cair na zona de conforto, e sim continuar a investir em seus negócios para poder crescer.

Dona da Shopee, Sea surpreende e registra lucro líquido no 4º trimestre após reestruturação

Por outro lado, no acumulado de 2022, a companhia registrou prejuízo líquido de US$ 1,65 bilhão, redução de 18,9% nas perdas quando comparado com o ano anterior.

A Sea, dona da Shopee, registrou lucro líquido de US$ 422,8 milhões no quarto trimestre, revertendo o prejuízo de US$ 616,2 milhões de um ano antes. As receitas entre outubro e dezembro somaram US$ 3,45 bilhões, crescimento de 7,12% na comparação com o mesmo período de 2021.

“Nossa decisão de mudar o foco dos negócios para eficiência e lucro já se traduz em melhora significativa na última linha do nosso balanço”, diz Forrest Li, diretor-presidente da Sea. “Entregamos resultado positivo, mostrando a resiliência e execução do nosso modelo de negócios.”

No acumulado de 2022, a Sea registrou prejuízo líquido de US$ 1,65 bilhão, redução de 18,9% nas perdas quando comparado com o ano anterior. As receitas totais chegaram a US$ 12,4 bilhões entre janeiro e dezembro, o que representa um crescimento de 25,1% no ano.

Nas operações da Shopee, as receitas chegaram a US$ 2,1 bilhões, crescimento de 31,8% no ano. Retirando efeitos cambais, o crescimento foi de 42,3%. No Brasil, a companhia destaca uma redução de 53,9% no prejuízo por pedido, na comparação com setembro, a US$ 0,47.

O volume bruto de mercadorias da Shopee chegou a US$ 18 bilhões, queda de 1% na comparação anual. Retirando efeitos cambiais, o indicador apresentou crescimento de 7,7%. Segundo a Sea, a partir de 2023 a divulgação do GMV passará a ser anual e não mais trimestral.

Na Garena, desenvolvedora do jogo “Free Fire”, a Sea registrou receitas de US$ 948,9 milhões, crescimento de 6,27% no ano, mesmo com queda no número de usuários ativos. Em serviços financeiros, as receitas da Sea subiram 92,5% no ano, a US$ 380,2 milhões, destaca.

O diretor-presidente da Sea afirma que as incertezas macroeconômicas vão continuar em 2023, com flutuações de curto prazo nas operações da companhia, mas estão confiantes que a reestruturação os deixou em posição melhor e confia no potencial de crescimento de longo prazo.

Amazon expande entrega no mesmo dia enquanto enfrenta desafios por crescimento lento

Gigante da tecnologia continua a dedicar recursos a instalações e serviços estruturados para entregar pacotes aos clientes em menos de um dia.

A Amazon está expandindo as opções de entrega ultrarrápida, um sinal de que continua comprometida em aumentar a velocidade de seu sistema de logística enquanto reduz os planos em outras áreas.

A gigante da tecnologia continua a dedicar recursos a instalações e erviços estruturados para entregar pacotes aos clientes em menos de um dia. As expansões estão acontecendo em um momento crucial para a Amazon, que enfrenta concorrência por opções de entrega rápida, enquanto o diretor-presidente Andy Jassy coloca um foco renovado nos lucros.

Uma parte central da estratégia de entrega ultrarrápida da Amazon é sua rede de galpões que a empresa chama de locais no mesmo dia. As instalações são uma fração do tamanho dos grandes galpões de atendimento da Amazon e são projetadas para preparar produtos para entrega imediata. Em contraste, os galpões maiores da Amazon normalmente contam com estações de entrega mais próximas dos clientes para o estágio final de remessa.

A Amazon abriu cerca de 45 dos locais menores desde 2019 e pode expandir para pelo menos 150 centros nos próximos anos, de acordo com a MWPVL International, que rastreia as operações de armazenamento da Amazon.

Os locais abriram principalmente perto de grandes cidades e entregam os 100 mil itens mais populares do catálogo da Amazon, disse MWPVL. Novos locais foram abertos recentemente em Los Angeles, San Francisco e Phoenix, de acordo com a Amazon, que se recusou a fornecer informações sobre quantos locais no mesmo dia possui.

Com entrega ultrarrápida, a empresa de tecnologia está buscando novas maneiras de usar seu amplo aparato de logística para competir com empresas como Walmart e Instacart, que também oferecem opções de remessa rápida aos clientes. O Walmart usou suas milhares de lojas para ajudar a atender pedidos online rápidos.

Analistas dizem que o serviço da Amazon pode ajudar a empresa a reter usuários de sua assinatura Amazon Prime de US$ 139 por ano, que também oferece streaming, descontos no Whole Foods Market e outras regalias. O serviço de remessa rápida da Amazon pode adicionar taxas para pedidos pequenos.
“Estamos sempre explorando maneiras de oferecer aos nossos clientes novos níveis de conveniência e opções de entrega que funcionem melhor para eles. A entrega no mesmo dia é uma das inovações mais recentes”, disse uma porta-voz da Amazon, acrescentando que mais de 1,5 milhão de clientes um mês estão tentando a entrega no mesmo dia pela primeira vez.

Tecnologia 5G: a nova era do setor logístico

O ano de 2022 marcou a estreia do 5G no Brasil, onde as principais capitais passaram a contar com a nova tecnologia. Era natural imaginar que 2023 começasse com uma grande expectativa sobre a expansão do sinal para mais localidades e a previsão é que 420 municípios brasileiros deverão estar aptos a receber a quinta geração da internet móvel.

Cresce a expectativa por parte dos usuários, mas também das empresas. Isso porque a nova tecnologia promete aumentar mais de 10 vezes a velocidade das conexões na comparação com a geração anterior, permitindo a alta transmissão de dados e uma melhora na gestão das informações, que em muitos casos ainda é feito de forma manual.

Essa é a realidade de muitas empresas do setor logístico. Segundo uma pesquisa encomendada pela empresa Ericsson, um terço dos tomadores de decisão que atuam nesse segmento afirma que trocar informações facilmente com clientes e fornecedores é um obstáculo para melhorar as operações logísticas de suas empresas. Com o 5G a análise dos dados ganha impulso e esse cenário tende a reduzir drasticamente. Além disso, os gestores passam a contar com uma ótima ferramenta para melhorar a tomada de decisões estratégicas.

Confira abaixo quatro maneiras que o 5G pode ajudar a logística:

Mais velocidade: como mencionado anteriormente, o 5G oferece velocidades de conexão muito mais rápidas que o 4G. Dessa forma, os líderes logísticos passam a ter uma atualização em tempo real de veículos e entregas, possibilitando alteração de rotas por variáveis como acidentes e engarrafamento.

Maior capacidade de infraestrutura: além da velocidade, o 5G também oferece maior poder de processamento, o que significa que a infraestrutura de rede poderá acomodar um número maior de dispositivos conectados. Em um armazém, por exemplo, vários dispositivos podem manter uma conexão rápida e estável dentro da mesma rede sem sofrer interferências.

Adoção da nuvem e maior visibilidade do supply chain: a baixa latência oferecida pelo 5G é fundamental para que as soluções na nuvem entreguem os benefícios a que se propõe. O tempo de latência reduzido garante que as empresas não tenham que esperar muito para acessar os dados armazenados em cloud, possibilitando uma troca de informação quase que instantaneamente entre os sistemas. Isso é um fator preponderante para aumentar a visibilidade sobre todos os processos da cadeia de suprimentos.

Novos padrões de entrega: como já acontece em outros países, o setor de logística está desenvolvendo cada vez mais soluções de entrega remota, principalmente por drone. No entanto, essas ferramentas requerem uma rede de comunicação de alto desempenho. É nesse ponto que entra o 5G, melhorando significativamente a performance das entregas dos produtos por meio de drones ou carros autônomos, tornando o serviço mais eficiente e ágil.

Levará algum tempo para que o 5G na logística se torne comum, mas é perfeitamente possível imaginar que o seu potencial irá revolucionar o setor, transformando os processos logísticos mais eficientes, ágeis e competitivos. Já é possível ver alguns testes da nova tecnologia em vários setores, reescrevendo modelos de negócios atuais. A logística não pode ficar de fora dessa nova era.

O crescimento do e-commerce no Norte e Nordeste: o olhar que todo empreendedor deve ter

Sul e Sudeste são regiões mais lembradas do que Norte e Nordeste quando o assunto são negócios e grandes polos de comércio. No entanto, é um verdadeiro equívoco não direcionar o olhar para tais regiões, principalmente porque suas participações nas compras online estão crescendo mais do que nas demais há anos, como mostraremos neste texto.

O empreendedor – seja seller, marketplace ou mesmo empresas de logística – que negligencia essa parte do país perde valiosas oportunidades de crescer. Esse olhar deve vir junto de estratégias direcionadas a essas regiões.

Para quem é um empreendedor no comércio eletrônico dessa parte do país, a notícia é ainda melhor, já que conhece melhor os locais, as opções de parceria, a cultura e outras particularidades que impactam os negócios.

Neste artigo, vamos mostrar os índices, o porquê de ambas as regiões estarem crescendo e como utilizar essas informações para aumentar as vendas.

Histórico de crescimento

Faz alguns anos que as regiões Norte e Nordeste se destacam pelo crescimento no e-commerce do país. Foi em 2020 que o Webshoppers, da E-bit/Nielsen, mostrou que as duas regiões apresentaram crescimento significativo para serem consideradas mais relevantes dentro das estratégias dos setores de comércio eletrônico, ficando, respectivamente, em primeiro e em segundo lugares.

De acordo com o relatório mais relevante para o setor, a participação do Nordeste no faturamento nacional foi de 18%, com crescimento de 107% nas vendas. Já no Norte, as compras representaram 7%, com um salto de 93%. Os dados, divulgados em 2020, refletem o cenário de 2019.

Em 2021, em um dos picos da pandemia e onde o e-commerce cresceu consideravelmente, segundo a Synapcom, o Norte bateu recorde, com 672% de aumento nas vendas no primeiro trimestre daquele ano. O Nordeste veio em seguida, no segundo lugar, com 671% de crescimento. Podemos dizer que foi um empate técnico entre essas duas partes do país.

Ambas as regiões continuaram relevantes. O índice MCC-ENET, da Neotrust | Movimento Compre & Confie em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net), mostrou crescimento do Norte de 27,02% e do Nordeste de 22,79%. São as partes do país com crescimento mais relevante no período analisado – primeiro trimestre de 2022.

Por que Norte e Nordeste estão crescendo tanto no e-commerce?

Há uma série de fatores que explicam o porquê de o Norte e o Nordeste estarem puxando o crescimento do e-commerce no país, que incluem:

O impacto do frete grátis

O segundo fator com maior peso na decisão do consumidor, o valor do frete, parecia privilégio de quem mora nas regiões Sul e Sudeste, no entanto, isso está começando a mudar.

Com a oferta de entrega sem onerar o pedido, moradores do Norte e Nordeste começaram a comprar mais pelas lojas online.

A justificativa para a falta do benefício era a distância dos estados nordestinos e nortistas dos grandes centros de distribuição dos e-commerces, além de menor oferta de transportadoras, algo que também está diferente nos últimos anos, como veremos no tópico a seguir.

Segundo a Consumer Insights for the 2021 Holiday Shopping Season Survey, 38% dos consumidores consideram o frete decisivo para fechar uma compra ou abandonar o carrinho. Dessa forma, vantagens competitivas de entrega não podem ser desconsideradas nessas regiões, já que contribuíram para maior movimentação de compras online.

Expansão dos centros de distribuição

Uma das vantagens que faz os olhos do consumidor brilhar, o frete grátis, só foi possível porque grandes centros de distribuição instalaram-se no Norte e Nordeste.

A Amazon, por exemplo, tem três armazéns em cidades nordestinas, dois inaugurados de 2021 em diante. É provável que a decisão tenha acontecido depois que os dados de relevância da região apareceram e, como um grande player, o marketplace necessita manter sua posição e alcançar outras gigantes do país, como o Mercado Livre.

“O Nordeste é uma região de extrema importância para a Amazon, tanto que estamos inaugurando a nossa segunda operação em Pernambuco. Com isso, nosso intuito é aumentar a capacidade logística da empresa no país, aumentando a variedade e aproximando os produtos comercializados, melhorando a experiência dos clientes e reduzindo o tempo de entrega em nível nacional, além de gerar emprego e renda para as comunidades em que atuamos”, disse Ricardo Pagani, diretor de operações da Amazon.

Voltando a falar do Meli, não devemos deixar de citar a expansão de seu serviço fulfillment e a possibilidade de seu Mercado Envios Flex (que entrega pedidos em até 24 horas e está presente apenas em poucas regiões metropolitanas) chegar a ambas as regiões nos próximos anos.

A Americanas também inaugurou dois CDs – um na Bahia e outro no Pará – em 2022, e o Magalu investe igualmente em expandir seu território.

Mais transportadoras em território nacional

Segundo a Fretebras, houve um aumento de 9,6% de transportes de carga circulando no Nordeste de 2020 para 2021. Além de contar com os serviços de entrega dos grandes marketplaces, o seller passou a ter mais opções, o que ajudou a melhorar as condições para os compradores dos estados nordestinos.

A maior presença de CDs e transportadoras no Norte e Nordeste contribui para mais um fator de decisão do cliente: o tempo de entrega.

De acordo com a já citada pesquisa da Consumer Insights for the 2021 Holiday Shopping Season Survey, a velocidade com que as encomendas chegarão às mãos do cliente fica em primeiro lugar na decisão de compra – 52% dos consumidores analisam esse ponto para decidir se vão comprar online e de quem.

Marketplaces como principal canal de venda para consumidores

A popularização dos marketplaces e das vendas online também teve grande impacto no crescimento do e-commerce do Norte e Nordeste. Esses dois fatores levaram à maior diversidade de vendedores e compradores.

Se antes era difícil ter um comércio virtual, os marketplaces tornaram muito mais simples colocar as mercadorias à venda na internet.

Dessa forma, sellers de demais partes do país puderam aproveitar os benefícios do e-commerce. Isso significa mais facilidade na logística, menor impacto no valor do frete e até mais possibilidades de oferecer vantagens no valor da entrega nessas regiões do país.

Maior acesso à internet

As regiões Norte e Nordeste igualmente vêm crescendo em relação à conectividade de internet, seja por acesso a dispositivos móveis ou por domicílio.

Segundo o Pnad TIC (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, segmento de Tecnologia da Informação e Comunicação), divulgado pelo IBGE em 2021, o número de casas conectadas no Nordeste aumentou 9,5% em um ano. Já em 2019, a região fechou com aproximadamente 74,3% dos lares com acesso à internet.

Em contrapartida, no Norte, 25% da população ainda têm dificuldade em acessar a internet, mesmo com a mais recente tecnologia 5G, o que afeta a qualidade de navegação. Ou seja, ainda há muito o que melhorar para que todos do país tenham acesso a uma conectividade de qualidade.

Pandemia

Assim como nos outros lugares do Brasil, nordestinos e nortistas foram impactados pelo isolamento social e aderiram fortemente ao comércio eletrônico. O Nordeste chegou a 108% de aumento nas compras online durante a pandemia, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), sendo o maior crescimento, seguida pelo Norte, com 78,4%. Igualmente, a demanda dos Correios cresceu 25% na região.

Os hábitos de consumo também mantiveram-se com a estabilização da pandemia, como outras informações deste artigo mostraram.

Como aproveitar crescimento do Norte e Nordeste no e-commerce

Como os dados estão mostrando, o Norte e o Nordeste estão ganhando fatias cada vez maiores do faturamento no comércio eletrônico.

Para atender a essas demandas, os empreendedores devem dar devida atenção às seguintes ações, por exemplo:

Frete grátis para o Norte e o Nordeste

Um dos grandes obstáculos para a compra no Norte e Nordeste era o valor da entrega. E como mostrado ao longo do artigo, a concessão de frete grátis pelas maiores lojas online do Brasil incentivou o consumidor dessas duas regiões a comprar mais.

Ao conceder esse benefício, o seller deve destacar que é válido para todo país ou fazer promoções específicas para o Norte e o Nordeste. Afinal, por muitos anos, a entrega gratuita para Sul e Sudeste foi destacada nos maiores e-commerces brasileiros.

Aliás, ainda se encontra esse tipo de restrição da condição de compra em algumas lojas online. Pode, sim, haver barreiras para que isso não seja possível, mas o seller deve estar ciente de que pode comprometer as vendas e se planejar para dar cupons de frete grátis ou outras ações benéficas para tal público.

Parcerias logísticas nas regiões

Para conseguir proporcionar frete grátis ou entregas mais rápidas, é preciso ter parcerias logísticas estratégicas. Mesmo sem o benefício, escolhas de transportadoras, serviço próprio ou uso dos Correios ajudam a diminuir o valor da entrega, o que influencia diretamente a decisão de comprar ou não do seller.

Hoje, além da logística própria, é possível aderir ao fulfillment, serviços dos marketplaces para colaborar com essa etapa tão importante para a experiência do consumidor.

Marketing que valoriza o povo nordestino e o do Norte

Diversidade é bem-vinda em todos os espaços, e no e-commerce não é diferente. É preciso se lembrar do povo do Norte e Nordeste nas ações de marketing, não só nas datas comemorativas, como Dia do Nordestino, mas durante todo o ano para mostrar que a marca valoriza pessoas dessa parte do país.

Usar imagens e vídeos de pessoas que sejam da região (mas sem estereótipos), falar da cultura e dos lugares são ações que mostram que a loja também é para quem mora nesses lugares.

Além disso, é importante direcionar anúncios para essas regiões de forma segmentada e personalizada para que a loja fique conhecida e, como outras empresas, ganhe espaço nesses lugares.

Não é apenas um, mas vários pontos que vão resultar em sucesso de vendas no Norte e Nordeste. Então, cabe aos vendedores e à toda cadeia do e-commerce observar o crescimento e como fazer para estar presente nesses locais.

O ponto principal deste texto é deixar todos conscientes de que o consumo no Brasil já não está mais focado em poucas regiões, e a tecnologia e a democratização do acesso a internet beneficiam a todos, de consumidores a empreendedores.

Metaverso na Logística: sonho ou realidade?

Inovação, tecnologia e digitalização foram destaque no último dia da Intermodal 2023.

A 27ª Intermodal South America, o maior e mais completo evento das Américas de transporte de cargas, logística, intralogística e comércio exterior, teve destaque em seu último dia para como o setor tem encarado e evoluído em tecnologia, inovação e digitalização, já que o mundo todo passa por um grande crescimento em tais áreas.

Em uma das palestras da Arena Intermodal, local aberto ao público para painéis entre os estandes da feira, Rodrigo Vieira dos Santos, coordenador de atividades técnicas do Senai-SP, discutiu o metaverso e sua aplicabilidade na área de logística.

Diferentemente do que muitos pensam, ele lembrou que o metaverso não só pode ser utilizado na logística das empresas, como já está sendo utilizado. “Algumas empresas já saíram na frente e já estão fazendo uso do metaverso em algumas áreas, inclusive na logística. Muitas conseguem ter pelo metaverso um controle total da cadeia de suprimentos, com precisão, digitalização e rastreabilidade”, exemplificou Rodrigo.

Um dos grandes trunfos da utilização do metaverso na logística é conseguir gerenciar o estoque com eficiência mesmo de longe. “Imagina conseguir visitar seus 15 centros de distribuição sentado na sua própria sala, sem precisar perder tempo com deslocamento? É isso que vai acontecer. E com a precisão de centímetros das tags 5G que podem ser colocadas nos produtos para rastreamento e a atualização em tempo real, será exatamente como estar lá fisicamente”, comentou.

Para isso as empresas precisarão dos chamados Gêmeos Digitais, que nada mais são do que cópias da realidade virtualmente aplicadas. “Você pode construir dois tipos de mundos no metaverso. Aqueles que são diferentes da realidade, com cores e formatos próprios, ou aqueles que são réplicas do mundo real. Salas, galpões, prédios. Replicados da realidade para o mundo virtual, tornando a experiência de gerenciamento igual ao do mundo real”, finalizou Rodrigo.

Digitalização e tecnologia
No último painel da XXVI Conferência Nacional de Logística da Intermodal, evento de palestras realizado no mezanino da feira, Pedro Moreira, presidente da Abralog (Associação Brasileiro de Logística), recebeu alguns convidados para debater as macrotendências logísticas, com destaque para digitalização e tecnologia.

A pandemia acelerou muito a utilização de tecnologia, principalmente digital, em inúmeras áreas das empresas. Mas Kelly Carvalho, economista e assessora técnica do Comitê Logística da FecomercioSP, fez questão de lembrar que isso já vinha sendo observado como uma tendência.

“Antes mesmo da pandemia o e-commerce já vinha subindo. Mas realmente com a pandemia potencializou. Muitas empresas partiram marketplace e vendas por redes sociais também.
Dados da Fecomercio mostram que o faturamento real dessas empresas fechou em alta de 36% em 2022, com expectativa de seguir crescendo em 2023. Entendo que é uma grande oportunidade para a maturidade desse processo de e-commerce”, revelou Kelly.

E esse aumento do comércio online acabou ajudando a evolução tecnológica de outros setores nas companhias. “O e-commerce acabou pressionando todos os seguimentos. Todas as empresas precisaram rever a transformação digital. Fizemos uma grande pesquisa com os clientes para entender em que momento estamos. De zero a um. A média de logística ficou em 0,38. Então já sabemos que é um campo onde precisamos crescer”, revelou Angela Ghiller, diretora de produtos de logística da Totvs.

Mas Angela fez questão de alertar que não adianta tentar evoluir na digitalização das áreas, se os dados não estiverem interconectados. “As empresas sabem que precisam ter todos os sistemas conectados. Esse é o básico. Todos os dados digitalizados em tempo real. Percebemos que as empresas têm buscado e estão se preparando. Estão aprendendo a entregar”, comentou.

“A NRF (feira de varejo) falou muito esse ano do básico bem feito. Não adianta querer dar passos largos sem se estruturar para o crescimento. Mundo físico vai se reestruturar, mas não acabar”, garantiu Fernando Gasparini, diretor executivo de Supply Chain da Via. “Partimos para um modelo phygital, onde as experiências se integram. O consumidor vai na loja pra conhecer o produto, mas finaliza a compra no e-commerce. São canais complementares”, completou Kelly.

Expectativas para o futuro
O momento é de transformação no varejo e a pandemia ajudou a acelerar o processo. O digital chegou para ficar e complementar o físico, que está longe de desaparecer. Mas qual é a expectativa para as diversas áreas das companhias neste sentido?

“Chegamos em um novo patamar no e-commerce. Passamos um 2022 com muitas empresas se readaptando com o volume. E agora acabamos atingindo um platô. Um crescimento baixo. O phygital é realidade e vai continuar crescendo. Mais ainda estamos muito atrás em tecnologia, volumes, logística… É um desafio que temos. Aprender e desenvolver. Temos muito o que aprender. E um ótimo jeito é olhar para fora e entender os mercados que estão mais evoluídos nessas áreas”, garantiu Leandro Bassoi, COO Conselheiro da Madeira Madeira.

Shein e Shopee são os apps de compra preferidos dos brasileiros

Em alimentos e bebidas, o iFood lidera a categoria, segundo o levantamento feito pelo RankMyApp.

Shein e Shopee foram os aplicativos de compras mais buscados pelos brasileiros no segundo semestre de 2022, segundo um levantamento feito pelo RankMyApp com base no posicionamento diário dos apps nas principais categorias da Google Play Store Brasil e App Store Brasil.

Entre os usuários da Google Play, a Shein lidera, seguida de Shopee, Mercado Livre, Magalu e Americanas. Amazon Shopping, Casas Bahia, AliExpress, OLX e O Boticário completam a lista dos 10 preferidos.

Já entre os usuários da Apple Store, a liderança se inverte, com Shopee na primeira colocação, seguida pela Shein. Mercado Livre, Magalu, OLX, Americanas, Amazon Shopping, O Boticário, Enjoei e Lojas Renner completam o ranking.

“O estudo é fundamental para que as empresas possam avaliar como os seus apps estão posicionados em relação aos concorrentes e, a partir daí, tracem as melhores estratégias de mobile marketing”, afirma Rodrigo Thedim, head de Marketing e Vendas da RankMyApp.

iFood lidera em comida e bebida
Em alimentos e bebidas, o iFood lidera a sua categoria tanto no Google Play quanto na App Store. A surpresa fica por conta do app Zé Delivery, que ocupa a 2ª posição na Google Play, superando McDonald’s, Burger King, Habib’s, Aiqfome, Pede Pronto, Daki, Rappi e Bacio di Latte.

Atrás do iFood entre os mais buscados na Apple Store, estão McDonald’s, Burger King, Zé Delivery, Habib’s, Rappi, Ticket, Pede Pronto, Daki e Coco Bambu.

TikTok à frente na App Store e Netflix, na Google Play
As lojas de app apresentam uma diferença crucial ao definir o ranking de buscas em Entretenimento: o TikTok é incluído nessa categoria apenas pela App Store e ocupa a primeira colocação, seguido, respectivamente, por Netflix, HBO Max, Amazon Prime Video, Globoplay, Star+, Disney+, Top Figurinhas, Paramount+ e Face Dance.

Já na Google Play, que tem o TikTok na categoria Social, a líder é a Netflix, acompanhada por Pluto TV, HBO Max, Desfrutar de Dinheiro, Star+, Globoplay, Disney+, CineVision VS, Cine Flix Play V2 e ViX.

Nubank é o mais buscado em “Finanças”
O app do banco digital Nubank foi o mais buscado em Finanças tanto por usuários da Google Play quanto da App Store.

Na lista da Google Play, os melhores listados são Caixa Tem, Serasa, Inter, PicPay, C6 Bank, FGTS, Bitz, Carteira do Google e Caixa.

Já na App Store, aparecem Caixa Tem, C6 Bank, FGTS, PicPay, Inter, Caixa, Mercado Pago, Serasa e Banco Santander Brasil.

Uber lidera na Google Play e Google Maps, na App Store
Assim como em Entretenimento, as lojas avaliam de formas diferentes a categoria Mapas e Navegação. Considerada pela Google Play, a Uber lidera as buscas, seguida por 99, Waze, inDrive, Moovit, Cittamobi, Uber Life, Navegação GPS ao vivo, Radarbot e Lalamove para Entregadores.

Na App Store, que enquadra a Uber na categoria Viagens, o top 10 é composto por Google Maps, Waze, Moovit, Cittamobi, Bike Itaú, Radarbot, Urbano Norte, Waze Carpool, Spoten e Lady Driver.

Amazon amplia parceria com rival do ChatGPT na corrida pela inteligência artificial

Hugging Face, que desenvolve modelo de linguagem para rivalizar com robô virtual da OpenAI, associada à Microsoft, terá maior suporte da divisão de nuvem da empresa de Bezos.

Amazon entra na disputa pelo mercado de inteligência artificial com seu serviço de computação em nuvem AWS Bloomberg.

A Amazon Web Services, divisão de serviço de armazenamento em nuvem da Amazon. está ampliando sua parceria com a startup de inteligência artificial Hugging Face, que está desenvolvendo um sistema rival do ChatGPT. A ideia é oferecer produtos da Hugging Face aos clientes da nuvem, incluindo uma ferramenta de geração de linguagem que compete com a tecnologia por trás do robô virtual da OpenAI.

Deverão ter acesso os clientes que utilizam o serviço de nuvem e que tenham interesse em usar esses recursos para construção de seus próprios aplicativos. A Hugging Face criará também no serviço de nuvem da Amazon a próxima versão de um modelo de linguagem chamado Bloom.

A informação foi dada pelo vice-presidente de banco de dados, análise e aprendizado de máquina da unidade de nuvem da Amazon, Swami Sivasubramanian. A Hugging Face, que cria e hospeda produtos de inteligência artificial desenvolvidos por outras empresas, também está trabalhando com rivais de código aberto do ChatGPT e também usará a AWS para isso, disse o presidente-executivo da startup, Clement Delangue, em entrevista. As duas empresas têm uma relação próxima e já têm mil clientes em comum. Ainda assim, o acordo de nuvem não é exclusivo, pois dá ao Hugging Face a capacidade de trabalhar com outros provedores.

Na corrida pela IA

A AWS já tem mais de 100 mil clientes executando aplicativos de IA em sua nuvem, disse Sivasubramanian. Esses clientes agora poderão acessar as ferramentas Hugging Face AI por meio do programa SageMaker da Amazon.

Além disso, os desenvolvedores de software Hugging Face podem usar o poder de computação em nuvem da Amazon e seus chips projetados para tarefas de inteligência artificial. As empresas não divulgaram detalhes financeiros da parceria, mas a Amazon afirmou que não investiu na startup.

A parceria ocorre em meio a uma série de negócios e investimentos que vinculam os maiores provedores de nuvem a empresas que trabalham com IA generativa. No mês passado, a Microsoft Corp. fechou um acordo para investir na OpenAI, fabricante do ChatGPT, avaliada em US$ 10 bilhões, e usa a tecnologia da startup para seu mecanismo de busca Bing.

O que está em jogo é a capacidade de vender serviços de computação em nuvem para aproveitar o boom do interesse por programas generativos de IA, capazes de criar textos, fotos e gráficos.
Como os programas classificam um grande volume de conteúdo existente para gerar algo novo, eles exigem um poder de computação considerável fornecido pela nuvem e representam negócios lucrativos para Amazon, Microsoft e Google.

O uso do ChatGPT no e-commerce

Está na boca de todos, e não apenas entre os nerds conhecedores de tecnologia ou os chamados primeiros usuários. Não, esta tecnologia está abrindo um novo capítulo para a sociedade: ChatGPT, da startup americana Open AI.

Ao usar o ChatGPT no e-commerce, as empresas podem fornecer aos clientes uma experiência de compra simplificada e envolvente que ajudará a aumentar a fidelidade deles e a aumentar as vendas.
O ChatGPT pode gerar uma copy de marketing, iniciar um diálogo de conversação, entre outros usos. Mas será que a ferramenta de inteligência artificial pode ajudar as lojas online a aumentar as vendas?

Quais são as principais áreas em que a inteligência artificial terá impacto para marketing e negócios na internet?
A IA está tendo um impacto enorme no marketing e nos negócios na internet. Os insights orientados por IA podem ajudar os profissionais de marketing a identificar tendências, segmentar públicos específicos e otimizar campanhas. Os chatbots orientados por IA podem fornecer atendimento personalizado ao cliente, enquanto a análise orientada por IA pode ajudar as empresas a entender melhor seus clientes e adaptar suas ofertas de acordo. A IA também pode automatizar tarefas demoradas, como análise de dados, e marketing por e-mail. A automação orientada por IA pode ajudar as empresas a economizar tempo e dinheiro, aumentando a eficiência e a precisão.

Postagens nas redes sociais. Os profissionais de marketing já estão colocando o ChatGPT em teste de mídia social. A ferramenta irá gerar postagens para a plataforma que você especificar, injetando emojis e hashtags.

Descrições aprimoradas do produto
O comércio eletrônico é uma indústria muito competitiva. Entre o número de mercados e varejistas individuais, os consumidores têm opções aparentemente infinitas. As empresas devem ir além para se destacar. Para muitos, isso se resume a cativar o cliente em sua primeira visita ao site. Eles querem deslumbrar o cliente desde o início, apresentando um site com design impressionante, que seja facilmente navegável, oferecendo conteúdo claro e conciso.

Devido à competitividade do setor, a diferenciação pode aumentar suas chances de sucesso. Ao fornecer uma descrição de texto do seu produto, o ChatGPT pode produzir descrições de produtos exclusivas que você pode refinar ainda mais com base em suas necessidades. Fornecer descrições precisas a seus clientes ajuda a criar lealdade e credibilidade porque eles sabem que estão obtendo exatamente o que foi descrito.

Melhoria do suporte ao cliente
A maioria dos clientes espera que as empresas estejam disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana. Então, ei, isso não é um problema com o ChatGPT, e agora o chat poderá ajudar ainda mais clientes do que antes. Você provavelmente tem uma equipe de atendimento ao cliente que pode ser muito cara. Com chatbots, você pode eliminar ou diminuir esse custo e ainda garantir que seus clientes sejam atendidos.

Criação de conteúdo
O ChatGPT pode ser usado para gerar conteúdo de alta qualidade, exclusivo e envolvente para mídias sociais, postagens de blog e outros materiais de marketing. Isso pode economizar tempo e recursos para as equipes de marketing, além de fornecer aos clientes um conteúdo mais valioso e informativo.

Quando se trata de implementar o ChatGPT no e-commerce, é importante lembrar que a tecnologia deve ser usada como parte de uma estratégia geral de experiência do cliente. Isso significa que as empresas precisam garantir que suas mensagens estejam alinhadas com a voz de sua marca, além de serem personalizadas para cada cliente. Além disso, as empresas devem certificar-se de monitorar regularmente as conversas e coletar feedback dos clientes para garantir que suas mensagens sejam precisas e atualizadas.

Ao usar o ChatGPT no comércio eletrônico, as empresas podem fornecer aos clientes uma experiência de compra simplificada e envolvente que ajudará a aumentar a fidelidade deles e a aumentar as vendas.

A inteligência artificial quer mudar o mundo. E podemos ver isso acontecer muito mais rápido do que pensamos.

GS1 Brasil incentiva entrada das MEIs nos marketplaces

Os mais de 14,8 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) espalhados pelo Brasil — dados do governo federal de 11 de fevereiro de 2023 — contam com o apoio cada vez maior da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, que a partir de agora oferece duas novas categorias exclusivas para que essas empresas tenham acesso aos códigos de barras padronizados (EAN Registrado). A entidade oferece aos MEIs condições técnicas, para que consiga ter todos os requisitos necessários para vender seus produtos nos principais marketplaces no Brasil e no Mundo.

“Estamos sempre atentos às tendências de mercado e às novas necessidades, por isso criamos novas categorias de associação voltadas aos milhões de empreendedores individuais que atuam no País”, destaca João Carlos de Oliveira, presidente da GS1 Brasil, ao explicar que, para vender nos grandes marketplaces, é preciso ter o GTIN (Código EAN) padrão de identificação gerenciado e atribuído pela GS1 Brasil.

As novas categorias exclusivas para MEI permitem ao empreendedor cadastrar 10 ou 110 produtos, já que o código de barras é único para cada item, como se fosse o CPF do item comercial.

O uso do GTIN (Código EAN) para a identificação dos itens comerciais aumenta a relevância nos resultados de busca nas plataformas de marketplace e nos buscadores na Web, além de facilitar a pesquisa de preços. Isso faz com que a experiência do cliente e a qualidade e eficiência do catálogo de produtos sejam aperfeiçoadas.

Além dos códigos de barras, os associados nessas categorias terão acesso ao Cadastro Nacional de Produtos plataforma que faz a gestão dos dados de produtos de forma rápida e simples. Os microempreendedores individuais associados também poderão realizar a sincronização de seus produtos da base de dados global e no Cadastro Centralizado de GTIN (CCG), que é o banco de dados das Secretarias de Fazenda, para emissão de notas fiscais eletrônicas de acordo com a legislação vigente.