Corrida da inovação: Alibaba testa ferramenta de IA no estilo ChatGPT

A gigante chinesa é a mais recente empresa de tecnologia a anunciar sua entrada na corrida da inteligência artificial.

O Alibaba disse na quarta-feira (8) que está desenvolvendo uma ferramenta no estilo ChatGPT, a ferramenta que pode gerar artigos, ensaios e até piadas em resposta a solicitações e foi classificado como o aplicativo de consumo de crescimento mais rápido em história.

A versão da ferramenta chinesa está, atualmente, em testes internos e ainda não tem data oficial de lançamento.

A empresa também informou que se concentrou em grandes modelos de linguagem e inteligência generativa por vários anos. Estes modelos de linguagem ampla são sistemas de processamento de linguagem natural que são treinados em grandes volumes de texto e são capazes de responder e compreender perguntas, bem como gerar novos textos.

A empresa chinesa é a mais recente concorrente na corrida pela inovação que começou no fim do ano passado, quando a OpenAI lançou o ChatGPT. Na segunda-feira (6), Sundar Pichai, CEO do Google e da Alphabet apresentou o Bard, um chatbot inteligente para chamar de seu, e procurou acabar com as impressões de que a gigante de tecnologia estaria chegando com algum atraso ao debate de inteligência artificial.

A gigante de buscas Baidu também anunciou que planejava concluir o teste de seu “Ernie bot” em março e a Microsoft, uma das investidoras da OpenAI vinculou o ChatGPT ao seu mecanismo de busca Bing.

Google anuncia Bard, ferramenta rival do ChatGPT

CEO da empresa diz que implementação ao motor de buscas será nas próximas semanas.

Sundar Pichai, CEO do Google e da Alphabet, anunciou no último dia 6 de fevereiro um novo serviço que será incorporado ao mecanismo de busca. Trata-se do Bard, ferramenta de inteligência artificial conversacional que está em período de testes antes de ser lançada ao público.

A novidade foi transmitida por meio do Google Blog, em um post intitulado “Um próximo passo importante em nossa jornada pela inteligência artificial”. De acordo com o executivo, a novidade deve chegar aos usuários nas semanas seguintes.

Mas, afinal, o que é o Bard?
Assim como o ChatGPT, o Bard é um modelo de linguagem, tecnologia que avalia parâmetros de probabilidade de sequência de palavras e frases para entregar uma resposta em linguagem natural e compreensível ao ser humano.

Esse tipo de inteligência se baseia em um banco de dados. No caso do ChatGPT, por exemplo, a checagem toma como base toda a internet, muito embora ainda existam limitações, como o fato de que a varredura é realizada apenas em páginas publicadas até 2021. Esse tipo de problema pode levar a informações desatualizadas.

Contudo, é preciso ter em mente que a tecnologia avança em uma velocidade jamais imaginada. A famigerada “Lei de Moore” previu que os avanços tecnológicos dobrariam a cada dois anos. No atual estágio, isso acontece a cada 6 meses (Cornell University, 2022).

O Bard será alimentado pela LaMDA (Language Model for Dialogue Applications), ferramenta de IA que ganhou capas de sites e jornais em 2022, quando um de seus engenheiros se demitiu por concluir que a máquina tornou-se consciente (The Washington Post, 2022).

Não há como saber qual é o real potencial desse modelo de linguagem até o seu lançamento. Mas, de acordo com Sundar Pichai, “o Bard combina a amplitude do conhecimento do mundo com o poder, a inteligência e a criatividade de nossos modelos linguísticos. Baseia-se nas informações disponíveis na web para fornecer respostas atualizadas e de alta qualidade”.

O Google tem um longo histórico de inovações tecnológicas na área de inteligência artificial. De fato, o “T” do ChatGPT significa “Transformer”, tecnologia generativa criada pelo próprio Google.

Em seu anúncio, Pichai cita que a companhia continuará a incentivar os avanços no segmento, oferecendo a possibilidade de utilização da linguagem da LaMDA como um API para desenvolvedores. Ele também reitera a responsabilidade ao lidar com tecnologias tão avançadas, citando um documento chamado “Princípios da AI”, desenvolvido pelo Google em 2018.

O fim do monopólio do Google?
O anúncio vem como forma de rebater opiniões de que o maior buscador do mundo poderia estar diante de ameaças.

Em setembro de 2022, Prabhakar Raghavan, vice-presidente da companhia, assumia a preocupação em relação à crescente tendência de buscas fora do Google pela geração Z.

De acordo com ele, “40% dos mais jovens utilizam o TikTok ou o Instagram para encontrar um lugar para comer”, citando, inclusive, novos modelos de perguntas utilizados nessas plataformas (Forbes, 2022).

Como consequência, o Google realizou uma série de mudanças em sua ferramenta de buscas, tornando-a mais visual e lançando opções que interpretam tanto texto quanto imagens.

Porém, o maior baque ocorreria dois meses depois, com a chegada do ChatGPT ao alcance do público. A ferramenta de inteligência artificial generativa alcançou 100 milhões de usuários apenas dois meses após o lançamento (The Guardian, 2023).

À época, grandes veículos de imprensa como The New York Times (2022) e Bloomberg (2022) destacaram manchetes que previam indícios de forte concorrência ao líder em market share há anos.

Isso porque a ferramenta da OpenAI oferece uma nova experiência de busca, na qual não é necessário clicar em links para obter as respostas desejadas em um formato que estimula a conversação e a continuidade da busca.

O assunto ganhou ainda mais destaque quando a Microsoft, dona do buscador rival Bing, anunciou investimento de 10 bilhões de dólares na companhia (Forbes, 2023). A nova versão de seu mecanismo de busca será alimentado por um modelo atualizado do GPT-3.5 (The Verge, 2023), ainda mais poderoso que o anterior e chamado de “Prometheus”.

A CEO da empresa, Satya Nadella, decretou: “a corrida começa hoje e vamos nos mover depressa. Esperamos nos divertir muito inovando novamente nas buscas, pois já estava na hora”.

A Microsoft não é a única a que deseja emergir diante desse novo cenário. O Baidu, buscador chinês, anunciou que pretende implementar o seu próprio chat à busca (CNN, 2023).

O Yahoo Search reativou sua conta no Twitter e dá claros indícios de que voltará a investir nas buscas (Search Engine Land, 2023). E rumores dizem que a Apple pode lançar o seu próprio motor de pesquisa (Macworld, 2022). Sem contar novas ferramentas que surgiram recentemente, como o You.com.

Um movimento desesperado?
A revelação do Bard pode aparentar uma atitude desesperada do Google diante da ascensão do ChatGPT e sua inclusão no Bing, especialmente após o acionamento interno do “código vermelho” e a convocação dos antigos executivos Larry Page e Sergey Brin para a “guerra fria” da inteligência artificial (The New York Times, 2023).

Não é de hoje que a empresa realiza esforços focados nesse tipo de tecnologia. “[…] (a inteligência artificial) abre novas oportunidades que podem melhorar significativamente bilhões de vidas. É por isso que reorientamos a companhia em torno da IA há cerca de 6 anos”, disse Pichai em seu comunicado.

Para ele, é a forma mais importante de entregar a missão da empresa: “organizar as informações do mundo e torná-las acessíveis e úteis”.

Em outro post recente do Google Blog, James Manyika, Vice-Presidente Sênior de Tecnologia e Sociedade, comentou sobre as preocupações da companhia para garantir que as ferramentas de IA cheguem ao público de maneira consciente.

“Compreendemos que a IA, enquanto tecnologia emergente, apresenta complexidades e riscos. Nossa utilização de IA deve considerá-los. É por isso que, como empresa, avaliamos como essencial utilizá-la de maneira responsável”, relatou.

Em uma era em que as fake news ganham a atenção da sociedade, a credibilidade da informação é uma preocupação latente para respostas concedidas por meio da inteligência artificial.

Em tempo real: Gmail permite acompanhar encomendas pelo Android e iOS

Funcionalidade do Google permite que o usuário rastreie as compras feitas pela internet.

O rastreamento do seu pedido feito pela internet pode ser feito utilizando o Gmail, serviço de e-mail do Google. Conforme anunciado em novembro, os usuários podem utilizar a ferramenta que detecta o código de rastreio enviado por correio eletrônico, indicando a situação atual da entrega do produto. Essa funcionalidade pode ser utilizada nos dois principais sistemas operacionais de smartphone: Android e iOS.

Cabe destacar que o Google ainda não confirmou se essa nova funcionalidade será efetivamente implementada no Brasil. O que se percebe no comunicado é que o rastreamento dos pacotes está disponível “na maioria das principais transportadoras dos EUA”. Mesmo assim, a opção de habilitar o rastreador está disponível para algumas contas de usuários brasileiros. Quer conferir a sua? É bem simples de acessar. Veja logo abaixo:

Como usar o rastreador de encomenda do Gmail?

Antes de mais nada, é preciso que o aplicativo esteja atualizado no aparelho. O usuário também precisa aceitar uma notificação que irá aparecer na tela inicial da ferramenta. No caso da notificação realmente não aparecer no sistema operacional Android, basta seguir o passo a passo:

Entre no aplicativo Gmail;
Acesse as configurações;
Escolha uma conta de e-mail;
Busque pela opção “Rastreamento de Pacotes”;
Ative.

No caso de aparelhos com iOS, dá para habilitar a funcionalidade seguindo este procedimento:

Entre no Gmail;
Acesse as configurações do aplicativo;
Escolha uma conta de e-mail;
Busque pela opção “Rastreamento de Pacotes”;
Ative.

Como funciona o rastreamento?

A nova funcionalidade permite que o usuário seja avisado diretamente pelo aplicativo de e-mail quanto à localização de sua entrega, sem que seja necessário entrar no Gmail, copiar um código e ir para outro site ou aplicativo para acompanhar a posição da encomenda naquele momento.

Quando acessar o Gmail, será exibido com destaque uma linha do tempo com três situações para sua encomenda: “Pedido confirmado”, “Enviado” e “Entregue”, todos acompanhados por dois botões que permitem o acesso a mais detalhes e informações sobre a compra feita.

‘Unicórnio’ Loggi demite 7% dos funcionários em nova rodada de cortes

A Loggi anunciou nesta segunda, 6, que vai demitir 7% dos empregados – a informação foi confirmada ao Estadão por Thibaud Lecuyer, CEO da companhia. Os cortes acontecem seis meses depois de a startup de logística reduzir o quadro de 3,6 mil funcionários em 15%.

Segundo Lecuyer, a decisão é motivada por conta da perspectiva macroeconômica global para o ano. “A gente esperava que 2023 seria difícil e janeiro já confirmou isso. A expectativa é de inflação alta, o que reduz o poder de compra das pessoas e o consumo. A inflação não é algo que se reduz em dois ou três meses, então os clientes e o mercado estão se preparando. Tivemos que enxergar a realidade e nos adaptar”, disse ele à reportagem.

Para a Loggi, a expectativa de inflação se reflete na expectativa de vendas do comércio eletrônico, o que afeta diretamente os negócios da companhia, que se especializou na entrega de pacotes de vendas online e que está presente em 4 mil municípios brasileiros.

Lecuyer, que antes de se tornar CEO foi o diretor financeiro da startup, afirma que as reduções serão feitas em todas as áreas da empresa, incluindo tecnologia, marketing, vendas, administração e recursos humanos. Os demitidos terão três meses do plano de saúde, incluindo filhos, apoio psicológico, serviço de recolocação no mercado e flexibilização nas condições de participação de ações da empresa para funcionários que tinham pouco tempo de casa.

Além das demissões, a companhia diz que está renegociando contratos, inclusive com fornecedores, para poder se preparar para o ano. O executivo refuta que as novas demissões estejam atrelados a um mau momento da Loggi. “ A gente cresceu 50% em 2022, enquanto o comércio eletrônico cresceu abaixo de 20%”, disse.

O CEO afirma que a Loggi tem caixa preservado e a ideia é preservá-lo. Em março de 2021, a companhia levantou US$ 212 milhões, maior captação já realizada pela empresa. “Estamos preparados para um longo inverno”, disse. Ele confirmou que a companhia não busca aportes no momento e que estará pronta para abertura de capital quando os mercados forem propícios para o movimento.

Investimentos
Por outro lado, o executivo diz que vai focar em áreas estratégicas para o negócio, como a consolidação do serviço para grandes clientes e a aceleração do serviço para pequenas e médias empresas.

Além disso, Lecuyer anunciou a abertura de um novo centro de distribuição (ou crossdocking) no Rio de Janeiro, com capacidade para processar até 200 mil pacote por dia – ele deve iniciar a operação com capacidade de 150 mil pacotes. Em novembro de 2021, a companhia inaugurou um galpão de entregas em Cajamar (SP) de R$ 150 milhões, com capacidade para processar até 1 milhão de pacotes por dia. Porém, o galpão nunca operou em capacidade máxima.

Sobre manter investimentos ao mesmo tempo em que demite, Lecuyer citou o caso da Microsoft. Em janeiro, a gigante demitiu 10 mil pessoas e anunciou um investimento de US$ 10 bilhões na OpenAI, empresa do ChatGPT. “Assim como eles, precisamos ganhar eficiência e investir nos produtos do futuro”.

O início de 2023 traz o prenúncio de um ano difícil para as startups brasileiras. Neste começo de ano, os unicórnios estão promovendo novas rodadas de demissão, como a Olist e a Unico. Entre os motivos citados, o cenário econômico de inflação alta é apontado como um dos principais fatores.

Ao contrário do período visto até 2021, as empresas de tecnologia vêm sofrendo pressão com a alta dos juros e o cenário inflacionário, que forçam os negócios de startups a se tornar mais eficientes e rentáveis diante de investidores avessos ao risco. Por isso, com objetivo de enxugar custos, demissões tornaram-se comuns em um mercado conhecido por contratar milhares de pessoas para manter o alto ritmo de crescimento.

Segundo levantamento do Estadão, somente no Brasil, cerca de 4 mil demissões em massa foram realizadas entre startups “unicórnios”, clube de elite do mercado que diz respeito a pequenas empresas de tecnologia de capital fechado com avaliação superior a US$ 1 bilhão. Entre as 24 startups nacionais, 19 realizaram grandes cortes com fins de enxugamento de custos.

O quadro, porém, também atinge o mercado de startups de modo geral, sem incluir os unicórnios. A healthtech Alice cortou mais de 170 pessoas até dezembro de 2022, enquanto a Buser enxugou em 30% o pessoal, cerca de 165 funcionários, e a Pier dispensou 111 pessoas. Esses números, no entanto, não compõem o levantamento do Estadão.

Para 2023, especialistas apontam que a tendência de austeridade vista em 2022 deve continuar. Além disso, sem capital necessário para continuar operando, os negócios insustentáveis devem quebrar ou fechar as portas, dizem.

Amazon usa Machine Learning para aprimorar o processo de listagem de produtos

O time de tecnologia da Amazon Brasil criou uma ferramenta que tem como objetivo principal automatizar as tarefas da validação da listagem de produtos no marketplace da plataforma para tornar a rotina dos vendedores parceiros ainda mais fácil.

Chamada de Product Matching Machine Learning, a ferramenta possibilita que, ao submeter seu inventário, o vendedor parceiro tenha a correspondência de seus produtos à venda com o catálogo da Amazon feita de forma automatizada, segundo a empresa.

Assim, a experiência de listagem torna-se mais simples e o produto é disponibilizado com mais agilidade para o consumidor. O mecanismo foi criado pela equipe exclusiva dedicada à ciência de dados e Machine Learning da Amazon baseada no Brasil.

Ainda de acordo com a plataforma, os vendedores parceiros são responsáveis por cerca de 58% de unidades vendidas no site global e essa nova tecnologia permite que eles tenham seus produtos catalogados com mais rapidez.

“Oferecemos uma seleção de mais de 50 milhões de produtos em mais de 30 categorias, por isso o desafio foi criar uma experiência simplificada de ‘arrastar e soltar’ dentro do próprio sistema da Amazon”, comentou o head de Data Science e Machine Learning da Amazon na América Latina, William Giotto.

A companhia destacou que investiu US$ 18 bilhões desde 2020 para garantir o sucesso dos seus vendedores parceiros e ajudá-los a alcançar mais consumidores finais. Globalmente, são mais de 1,9 milhão de pequenas e médias empresas vendendo na Amazon

As reais razões das demissões nas big techs

Várias das maiores empresas de tecnologia do mundo demitiram mais de 150 mil trabalhadores nos últimos meses.

Juntas, quatro das maiores companhias de tecnologia – Meta, Alphabet, Amazon e Microsoft – fizeram 50 mil demissões. Ao mesmo tempo, Elon Musk, o novo CEO do Twitter, desligou metade dos funcionários da empresa que assumiu no ano passado

Algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo demitiram mais de 150 mil trabalhadores nos últimos meses. As companhias envolvidas apresentaram uma variedade de razões para a necessidade disso, o que basicamente se resume em uma necessidade de reduzir custos com a diminuição do crescimento econômico global.

Na verdade, as empresas precisarem de dinheiro não parece ser a principal razão. A Microsoft, que desligou aproximadamente 10 mil funcionários, simultaneamente anunciou seus planos de investir US$ 10 bilhões (R$ 51 bilhões) na Open AI, a empresa criadora do viral ChatGPT. Parece provável que exista uma estratégia de negócios por trás da decisão de investir em uma companhia de inteligência artificial um valor que, se dividido, dá US$ 1 milhão (R$ 5,098 milhões) para cada empregado que foi demitido.

Da mesma forma, a empresa dona do Google, a Alphabet, divulgou planos para reduzir 12 mil funcionários – um corte de 6% da sua mão de obra. Sundar Pichai, o CEO da empresa, havia descrito a inteligência artificial como a tecnologia mais inovadora de todos os tempos e que, com os layoffs, a estratégia seria direcionar os talentos e capitais às prioridades mais altas.

Então, qual é a real razão para essas demissões em massa que deixaram dezenas de milhares de pessoas (80% delas nos EUA) sem emprego? Foi isso o que os especialistas da empresa de análise de dados 365 Data Science tentaram descobrir ao analisar os números dessas demissões.

Algumas das descobertas talvez nem sejam tão surpreendentes. As empresas de tecnologia, que tiveram receitas recordes, fizeram contratações massivas durante a pandemia da Covid-19. Os salários atingiram níveis recorde com a competição pelos melhores talentos e os maravilhosos benefícios dados viraram notícia. Então, não é um choque descobrir que o tempo médio de trabalho na empresa do empregado demitido é de dois anos. Isso pode significar que, de certa forma, essas demissões representam um recuo nas políticas de contratação adotadas desde a pandemia.

Mais surpreendente, talvez, é que o tempo médio de experiência desses funcionários seja de 11,5 anos. Então, não é necessariamente verdade que todos aqueles demitidos eram pouco experientes e poderiam ser rapidamente substituídos ou ter seus empregos automatizados. Uma possível razão para essa estatística poderia ser que os funcionários com mais tempo de serviço tendem a receber maiores salários e, assim, o desligamento deles poderia ajudar os negócios a bater seus objetivos financeiros.

Apesar disso, é interessante notar que os cargos e as funções profissionais daqueles mais afetados pelas demissões foram em RH, que compõem uma parcela de 28% de todos os layoffs. Há duas possíveis razões para isso: primeiro, se as companhias estiverem demitindo seus funcionários, elas também estarão diminuindo as contratações, o que significa uma menor necessidade de profissionais de RH.

Uma segunda razão provavelmente relevante, por outro lado, é que, na área de RH, várias funções estão sendo substituídas por automatizações. Já há plataformas com o objetivo de automatizar tarefas cotidianas relacionadas a entrevistas e ao onboarding de novos funcionários, como checar referências, verificar identidades e lidar com exames médicos e de segurança. Nos últimos anos, empresas como Amazon têm usado inteligência artificial para identificar funcionários com baixo desempenho e, então, demiti-los.

Também conseguimos tirar algumas conclusões de como esses cargos afetados mudam de acordo com cada empresa. Enquanto RH e busca de talentos foram aqueles mais impactados na Microsoft e na Meta, foram os engenheiros de software os mais afetados no Google e no Twitter.

Os dados da 365 Data Science também mostram que a maioria dos funcionários demitidos (56% deles) eram mulheres. Isso é preocupante, ainda mais com o fato de que a indústria de tecnologia tem passado o último ano tentando lidar com o desequilíbrio de gênero no ramo, particularmente nas posições técnicas e de engenharia. Isso não leva uma mensagem positiva às potenciais candidatas que, junto de uma faixa salarial e uma probabilidade menor de chegar a cargos de liderança, têm que se contentar com uma maior chance de serem demitidas.

Por fim, uma outra estatística preocupante do relatório é o fato de que somente 10% daqueles desligados já publicaram a notícia de um novo emprego no LinkedIn. Claro, ainda é cedo demais para saber se isso gerará desemprego a longo prazo – muitos deles podem simplesmente estar descansando antes de buscar um novo emprego. Ou, ainda, muitos podem não ter atualizado seus perfis.

Mas, monitorar esses dados nos próximos meses pode nos dar ideia se ainda é, ou não, fácil para profissionais habilidosos de tecnologia fazerem a transição entre empregos. É perfeitamente possível que um número substancial deles escolham se tornar autônomos e virar freelancers.

Será que as gigantes de tecnologia simplesmente se expandiram muito e rápido demais? Ou será que as novas tecnologias de inteligência artificial criaram uma situação na qual a melhor maneira de substituir pessoas é com máquinas? Na verdade, é mais provável que seja um pouco de cada motivo. Nenhuma das empresas especificaram que a automação foi uma motivação para suas recentes ações, mas, por causa das posições afetadas, é tentador tirar a conclusão de que esse é um fator que contribuiu para as demissões.

Leia mais em: https://forbes.com.br/carreira/2023/01/as-reais-razoes-das-demissoes-nas-big-techs/

Eu Entrego cresce 23% em 2022 e espera 6 milhões de entregas em 2023

Empresa vai expandir a plataforma ship from store, chegando a 600 cidades.

A Eu Entrego, que conecta varejistas com a maior rede de entregadores autônomos do Brasil, registrou aumento de 23% na receita de 2022 em comparação ao ano anterior, com destaque para o impulsionamento da omnicanalidade no e-commerce, aliado à maturidade do mercado na utilização de inovações tecnológicas para logística. O período do Natal e da Black Friday conquistou ainda mais expressividade, com crescimento de 71%.

Posicionada como uma logtech, além da capacidade de conectar lojistas a entregadores autônomos, atendendo a uma frota de mais de 50 mil motoristas em 300 cidades brasileiras, a Eu Entrego desponta no desenvolvimento de tecnologia para transformar a gestão de entregas. O lançamento da plataforma Envoy viabilizou a escalada das operações de varejistas com maior economia e eficiência, ampliando o “product market fit” dos clientes.

O software foi desenvolvido com tecnologia própria. Trata-se da versão SaaS do sistema Eu Entrego, adaptado para necessidades específicas de cada cliente, porém trazendo ainda todas as funcionalidades e, principalmente, os aprendizados coletados ao longo da jornada de gerir uma base tão grande de entregadores autônomos. O resultado do teste in loco foi tão positivo que os varejistas/clientes se interessaram em utilizar a plataforma para gerir 100% de suas entregas, mesmo as que não são feitas pela Eu Entrego.

Em poucos meses de aplicação, a companhia já integra dezenas de clientes, seja com frotas próprias, seja com transportadoras terceirizadas. De acordo com o CEO Vinicius Pessin, a expectativa é que o modelo de SaaS seja responsável por até 30% do faturamento da empresa esse ano.

O sistema funciona com geolocalização inteligente adaptada para os desafios do Brasil; roteirização otimizada baseada em machine learning para aprimoramento das rotas; tracking em tempo real que permite a visualização do entregador e a sincronização da coleta, com comprovante de entrega e de pagamento; gestão de entregas por meio de torre de controle completa que favorece o acompanhamento de frota própria e terceirizada e, claro, o aprimoramento da operação logística com base nos dados coletados; e sistema de expedição eficiente que organiza todas as etapas, eliminando os gargalos da operação.

Tudo isso em uma plataforma com interface intuitiva e responsiva que facilita o manuseio cotidiano e o treinamento de colaboradores.

Perspectivas para 2023

Com foco em oferecer opções logísticas de forma mais inteligente e apoiada em inovação, a empresa espera um resultado ainda mais promissor em 2023. Nesse sentido, projeta ampliação de 50% no faturamento. A expectativa é realizar mais de 6 milhões de entregas neste ano por meio da expansão do serviço de ship from store, chegando a 600 cidades. Além da ampliação da participação em SaaS (licenciamento da tecnologia para clientes) e da consolidação da estratégia de hubs metropolitanos de entregas. Na contramão do mercado de trabalho, a companhia planeja ainda ampliar o quadro de funcionários, fomentando crescimento de aproximadamente 22% nas contratações.

Apoiada em parcerias com empresas em franco crescimento, como Vivo, Ri Happy, Cobasi, RaiaDrogasil, O Boticário, Petz, Kalunga e Bemol, a Eu Entrego observou grande ampliação na base de clientes, abertura dos hubs metropolitanos de entrega e crescimento da modalidade de SaaS em 2022. Este ano, a empresa segue com importantes investimentos em tecnologia, ofertas e atendimento ao cliente e mira ampliar a atuação nos segmentos de moda, farma, pet e eletroeletrônicos.

“A inovação está em nosso DNA e, por meio desse conceito, conseguimos entregar um projeto logístico que vem revolucionando a forma de realizar entregas no Brasil. Com dinâmica cada vez mais moderna e rápida, prevemos crescimento exponencial nos próximos anos”, afirma Pessin.

Uma nova era de engajamento aprimorado para o cliente

O processamento de linguagem natural realizado com o uso de inteligência artificial será um grande aliado dos negócios.

Não é de hoje que os negócios estão se utilizando de ferramentas on-line para atrair clientela, otimizar processos e obter resultados. E essa é uma tendência que ganha força desde 2022. Segundo a pesquisa AI-Powered Language: A New Era of Enhanced Customer Management, da Coresight Research – patrocinado pela Persado, as organizações seguem implantando tecnologias avançadas para melhorar a satisfação do cliente, o engajamento e impulsionar valor incremental.

Especificamente, ferramentas de marketing habilitadas para inteligência artificial (IA), que simulam a inteligência humana, estão sendo usadas e permitem que as empresas tomem decisões automatizadas com base em dados, análise e observações adicionais de audiência ou tendências econômicas que podem afetar esforços de marketing.

A pesquisa, realizada novembro de 2021 com 165 executivos C-level que trabalham em companhias de diversos setores nos Estados Unidos, traz luz a três insights interessantes:

Os profissionais de marketing digital estão usando processamento de linguagem natural, uma tecnologia orientada por IA que interpreta a fala humana ou texto usando software para gerar conteúdo. Isso ajuda a segmentar os consumidores, selecionando as melhores palavras e frases para cada mensagem;

A IA pode ajudar as organizações a aprimorar as investidas em personalização: 53,9% dos entrevistados afirmaram que já fazem uso dessa tecnologia e/ou de machine learning;

Muitos profissionais de marketing já estão usando a IA para gerar o máximo de benefícios dos dados primários para se posicionarem à frente da concorrência e gerarem receitas incrementais por meio de experiências do cliente diferenciadas (CX).

A tecnologia para obter engajamento
O marketing digital continua a evoluir à medida que as organizações se voltam cada vez mais para tecnologias avançadas para melhorar suas capacidades, incluindo IA, machine learning e aprendizado profundo. As ferramentas usam dados para entender as melhores maneiras de se comunicar com os clientes e, em seguida, fornecer mensagens personalizadas automatizadas e sem intervenção humana.

Com isso, as organizações estão usando IA não apenas para fins operacionais, incluindo análise preditiva e segmentação, mas também para gerar conteúdo criativo, melhorar a personalização das iniciativas e facilitar o uso mais eficaz de dados primários.

No relatório da Coresight Research, a expectativa é de que essa tecnologia ​seja uma área de foco nos próximos anos e no mundo todo, pois foram identificados três resultados da IA ​​que apoiarão sua crescente adoção no marketing digital daqui para frente:

As plataformas de linguagem baseadas em IA permitem que os profissionais de marketing nos setores de varejo, finanças e indústrias de mídia gerem conteúdo criativo envolvente;
A IA permite que os profissionais de marketing ofereçam uma experiência personalizada ao cliente ao analisar dados detalhados, como geolocalização, histórico de compras, interações de mídia social e informações de navegação;
A IA pode melhorar a forma como as empresas usam dados primários, o que é particularmente importante devido ao aumento das regulamentações de privacidade e legislações específicas, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, e a General Data Protection Regulation (GDPR), na Europa.

Além disso, com o processamento de linguagem natural, o estudo ressalta cinco pontos positivos a serem explorados no desenvolvimento de plataformas e programas:

Geração de linguagem natural: programação de IA para produzir narrativas escritas ou faladas de um conjunto de dados, resumindo insights de vários pontos de dados;
Conversão de fala para texto: tradução de linguagem quebrada em texto;
Conversão de texto para fala: aceitação, interpretação e produção de linguagem audível;
Processamento de texto: pouca ou nenhuma intervenção humana para identificar e extrair informações relevantes para gerar insights;
Chatbots: responder a perguntas específicas e fornecer respostas coerentes.

Personalização e uso de dados cada vez mais presentes
A personalização, compreendendo o consumidor através de contextos em tempo real e usando isso para transformar a experiência em algo relevante, é um dos elementos mais significativos do envolvimento do cliente hoje e os profissionais de marketing estão focando suas iniciativas nisso.

A personalização também pode ser incorporada à comunicação via e-mails/mensagens, recomendações de produtos, preços dinâmicos e segmentação personalizada de anúncios.

No entanto, oferecer um atendimento ao cliente personalizado pode ser um desafio para as organizações, já que coletar e gerenciar efetivamente o enorme volume de dados que está à disposição é extremamente complexo. Por isso, a IA automatiza tarefas simples e repetíveis, e agiliza o reconhecimento de padrões, que ajuda as empresas a fornecer a oferta certa, para a pessoa certa, na hora certa e no canal certo.

Já acerca do uso de dados primários, mais de três quartos dos entrevistados pela Coresight Research relataram que analisá-los é algo “muito importante” ou “extremamente importante”. Desse modo, as organizações usam insights para oferecer recomendações, aumentar as taxas de conversão e reduzir custos de aquisição de clientes. Outros benefícios possíveis, de acordo com o levantamento, são:

Antever as necessidades dos consumidores;
Gerar, avaliar e qualificar leads;
Produzir conteúdo criativo e impactante;
Construir o reconhecimento da marca;
Impulsionar as vendas on-line.
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A tecnologia substituirá completamente os humanos em termos de engajamento?
Ao que tudo indica, não, mas sua presença no cotidiano mercadológico tende a crescer exponencialmente e os profissionais de marketing devem ser capazes de lidar com isso e responsabilizar a IA pelo conteúdo que gera, quantificando e rastreando o impacto dessas mensagens na conversão em compras. É hora de compreender que a tecnologia, se bem aplicada, é aliada, e não inimiga, quando se trata de negócios.

“É mais provável que o engajamento das marcas entre um mundo onde os humanos e as máquinas trabalharão de forma coesa e em sinergia para atingir as metas propostas pela companhia”, finaliza o estudo da Coresight Research.

Geomarketing aumenta o lucro das empresas

É indiscutível que conhecer o cliente, seus hábitos e necessidades se tornou obrigatório no varejo. Investir em serviços de inteligência de dados virou necessidade imediata para as empresas. Já imaginou saber de forma assertiva informações detalhadas sobre o perfil dos consumidores que vivem e frequentam a região em que você pretende abrir seu empreendimento? E se isso ainda vier com um histórico de negócios da localidade e fatores demográficos? As ferramentas de geomarketing tornam essa projeção muito mais precisa.

A Consumidor Moderno entrevistou Valéria Duarte, sócia fundadora e diretora de operações da Geofusion. A executiva explica como o geomarketing traz crescimento e lucratividade para as empresas e como a Geofusion, com mais de 26 anos no mercado, se tornou líder nesse tipo de solução. Fazem parte do portfólio da Geofusion empresas como Leroy Merlin, Whirlpool, Danone, Pague Menos, Mc Donald’s, MadeiraMadeira e Heineken. Confira abaixo a entrevista com Valéria Duarte:

CM – Explica para a gente o que é o geomarketing e quais informações relevantes o geomarketing traz para as empresas?

Valéria Duarte – O geomarketing é uma metodologia que busca entender o espaço geográfico onde estão os consumidores e ajuda a conhecer as características e comportamentos deles. Essas informações são extremamente importantes para melhorar a performance de qualquer negócio. Com o geomarketing as empresas conseguem saber não só onde os consumidores estão, mas o potencial de consumo de cada região, a faixa de renda, quais concorrentes têm presença marcante nesse mercado e como está o desempenho delas. São informações demográficas, socioeconômicas e de mercado que ajudam muito no planejamento tanto de quem vai abrir um negócio ou expandir pontos de venda.

CM – Falando agora especificamente da solução de geomarketing oferecida pela Geofusion. Como ela funciona? Como as informações são entregues para os clientes?

Valéria Duarte – A solução da Geofusion entrega para os clientes mapas detalhados de todo o Brasil, com as características de cada quarteirão do país. Indicamos, por exemplo, quantas pessoas moram naquele quarteirão, a idade desses indivíduos, religião, faixa de renda, potencial de consumo, preferência por categoria de produto, quantas escolas têm em cada região e o perfil dos alunos desses colégios, quantos bancos e quantos hospitais existem nessa localidade. Tudo isso de forma muito detalhada.

A visualização das informações no mapa acontece através de mapas de calor. Nós vamos “pintando as ruas do Brasil”. Quanto mais quente, maior a quantidade de comércio, de movimento. O cliente pode ir navegando por categorias. Também oferecemos a possibilidade do cliente acessar mapas temáticos, como o de renda, de densidade demográfica. Fazemos tudo isso apoiados em uma avançada tecnologia de Inteligência Artificial e Machine Learning.

CM – Como a Geofusion consegue reunir todos esses dados, todas essas informações?

Valéria Duarte – Combinamos mais de 500 fontes de informação, que vão desde o IBGE até nossos próprios robôs de coleta de dados. Temos parcerias também com bandeiras de cartão de crédito e outras plataformas como a Educa Insight. Contamos com uma equipe especializada de cientistas de dados que vão analisar toda essa imensidade de informações e gerar insights para os clientes.

O varejo precisa saber onde está o consumidor. Com esse grande volume de informações e os insights gerados pela nossa equipe, as empresas conseguem aumentar a lucratividade e potencializar o crescimento.

CM – Você falou em lucratividade e crescimento. O que você destacaria como principal benefício que a ferramenta de geomarketing da Geofusion proporciona para os clientes?

Valéria Duarte – No varejo é fácil saber quanto você vai gastar para abrir um estabelecimento, uma pizzaria, por exemplo. Você calcula o que vai gastar com reforma, produtos, equipe. O difícil é você saber o quanto vai faturar com aquele empreendimento.

Sem nenhuma ferramenta, a pessoa pode andar em volta do ponto em que pretende abrir a loja, observar, ver o fluxo de pessoas. Mas, o resultado disso é muita percepção e pouca informação. O geomarketing aumenta a assertividade da projeção, no momento da abertura de um novo negócio.

É importante destacar que no caso de grandes redes, os benefícios do geomarketing chegam em todas as pontas, inclusive nas franquias. O franqueado geralmente economiza dinheiro para abrir um empreendimento e deposita nele todas as fichas. Uma maior assertividade de projeção auxilia o franqueado no sucesso do negócio.

CM – Como as empresas fazem para ter acesso à solução da Geofusion?

Valéria Duarte – A Geofusion lançou essa plataforma de geomarketing no mercado em 2001, muito antes de existir o Google Maps. Inicialmente, a solução era oferecida para empresas de forma individual, depois nós decidimos ampliar o acesso para todo o Brasil. Com essa democratização, muitas empresas procuraram a gente passaram a acessar a ferramenta. E quanto mais gente entra na plataforma, mais dados são gerados, aprimorando ainda mais nossa solução.

Cada empresa que entra, coloca informações sobre o seu negócio, nos dizendo, por exemplo, qual é o tipo de empreendimento, o tamanho, como são as instalações, quanto vende em média na região e por aí vai. Fazendo uma análise cruzada de todas essas informações, conseguimos gerar ainda mais insights.

Nós oferecemos diferentes pacotes para o cliente que quer contratar os serviços da Geofusion. Isso porque temos a opção da empresa ter acesso à plataforma e explorar as informações disponíveis livremente e damos também consultoria, que foi na verdade como nascemos. A gente inicialmente “pescava o peixe” para o cliente, agora a gente “ensina ele a pescar”, para que depois ele possa ter autonomia para navegar nos dados.

CM – Mas, é uma ferramenta de fácil leitura? O cliente que não tem experiência com geomarketing, ou que não tem muita facilidade com tecnologia, consegue fazer análises e interpretar os dados?

Valéria Duarte – Temos uma filosofia de troca de conhecimento, então nossa prioridade é atender bem o cliente. Pensando nisso, a Geofusion está sempre oferecendo cursos, realizando eventos, webinar e dando todo tipo de suporte que seja necessário. Nós temos também a Academia de Geomarketing, que ajuda o cliente a mergulhar no assunto.

Logo que o cliente chega para a gente, assina o contrato, fazemos uma primeira etapa de onboarding, na qual nossos consultores fazem um exercício com a empresa a quatro mãos, ajudando na primeira análise, primeiro estudo. Depois disso, toda quinta-feira tem um treinamento com a nossa equipe de Customer Success, que faz muita troca com os clientes, ensinando e aprendendo com eles. Esse processo é essencial para seguirmos inovando e entregando uma melhor experiência.

CM – Vocês estão há mais de 26 anos no mercado. Como começou essa jornada?

Valéria Duarte – A Geofusion completa 27 anos em fevereiro. Começamos como consultoria aplicando tecnologia ao geomarketing. Em 1996 era tudo no papel, a gente comprava os mapas e usava os alfinetes para fazer as marcações. Nossa equipe ia à sede do IBGE para tirar xerox das informações. Nosso “Google Earth” era o helicóptero. Tudo super analógico.

Até 2000, os mapas eram caríssimos. Em 2001, começamos com o mapa digital. Aos poucos, foi surgindo esse desejo de levar informações mercadológicas para o máximo de empresas que pudéssemos. Hoje estamos na quarta geração da tecnologia, com mais velocidade, mais armazenamento, com uma ferramenta mais acessível. Nosso objetivo é continuar melhorando, nos aperfeiçoando, para continuarmos como líder no mercado.

CM – Quais são os principais diferenciais da Geofusion no mercado hoje, que é bem diferente do mercado de 20 anos atrás?

Valéria Duarte – Hoje já existem muitos mapas digitais com informações gratuitas. A grande diferença é que eles não têm o mesmo propósito que uma ferramenta de geomarketing. Não têm o detalhamento de informações. Não têm curadoria. Não tem a profundidade que nós temos. Nos últimos anos, sistemas parecidos foram desenvolvidos. Mas, nenhum deles têm a experiência, o histórico que a Geofusion tem no ramo.

Por termos começado como consultoria, conhecemos o mercado. Foram horas e mais horas de sola de sapato. Conhecemos o mercado do Brasil como ninguém. Sabemos o impacto que cada decisão tem na hora de definir o sucesso ou não de um negócio. Outro diferencial é que pensamos em qualidade de informação, não só em quantidade. Então, buscamos fontes confiáveis. Dados errados geram erros de planejamento e podem ser fatais para um empreendimento, trazendo um baita prejuízo.

Por último, mas não menos importante, a Geofusion tem uma preocupação especial com o relacionamento com os clientes. O Software é importante, mas nada é mais relevante que o “service”. Nosso lema é: acompanhar, trocar e auxiliar. Não é um serviço básico analisar o mercado e auxiliar em um processo decisório que vai definir o destino de um empreendimento.

Sobre a Geofusion

A Geofusion é a líder em soluções de inteligência geográfica de mercado, com mais de 26 anos de experiência, tendo como clientes nomes como McDonald’s, Natura, Whirlpool, Oxxo, O Boticário, Localiza e Santander. Oferece produtos que visam trazer maior assertividade nas decisões relacionadas ao crescimento, sejam elas abertura de novas unidades, gestão de território de vendas ou outras. A Geofusion é uma empresa da Cortex Intelligence, tendo sido adquirida em outubro de 2022 e se mantendo como business unit com operação apartada.

CADE investiga Apple a pedido do Mercado Livre

De acordo com o Mercado Livre, a Apple abusa de sua posição dominante no mercado com relação a disponibilização de aplicativos. Por este motivo, o marketplace solicitou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que investigasse a distribuição de aplicativos para o sistema iOS, com o qual os aparelhos da marca são equipados.

Segundo o Mercado Livre, são dois pontos que chamam a atenção e devem ser investigados:

Desenvolvedores
Por estar em uma posição dominante, o Mercado Livre acredita que a Apple impõe aos desenvolvedores de bens e serviços digitais uma série de restrições para compras dentro dos aplicativos (compras in-app). Para o marketplace, essa prática tem o objetivo de evitar ou limitar a entrada de competidores da marca de aparelhos no mercado.

Sistema de pagamentos
A Apple impõe ainda aos desenvolvedores de aplicativos que as compras realizadas dentro deles sejam pagas pelo sistema de pagamentos da empresa.

As práticas restritivas da Apple já são investigadas em outros locais, como União Europeia, no Reino Unido, nos Países Baixos, na Alemanha, Austrália, Coreia do Sul, no Japão, na Índia e Indonésia.

Resposta da Apple
Em resposta enviada ao Cade no dia 06 de janeiro, a Apple alegou não ter capacidade de implementar medidas como as descritas pelo Mercado Livre e que prejudicassem a concorrência.

Além disso, a Apple informou que não tem uma posição dominante no Brasil, já que os aparelhos da companhia representam apenas 20% dos dispositivos móveis usados no país.

Por fim, a defesa da gigante de tecnologia afirma ainda que não há material concorrencial a ser analisado pelo Cade, mas sim argumentos que “funcionam apenas para encobrir uma disputa privada contra a Apple com o objetivo de obter benefícios privados”.

A Apple tem até dia 27 de janeiro para se manifestar sobre a nota técnica emitida pela Superintendência Geral do Cade, emitida dia 12 sobre a investigação, sob risco de pena diária de R$ 5 mil por dia.