Lu do Magalu fará anúncio da Samsung na Times Square

A Lu do Magalu será a garota-propaganda dos novos modelos de smartphones dobráveis da Samsung. Para o lançamento da linha, a companhia sul-coreana vai expor a influenciadora virtual em uma das principais “vitrines” da publicidade no mundo, a Times Square, em Nova York — é a estreia de uma “assistente virtual brasileira” nos famosos telões.

“É a estreia de uma influenciadora virtual brasileira na avenida mais famosa do mundo”, diz o gerente de redes sociais do Magalu, Pedro Alvim, sobre a famosa praça nova-iorquina. A ação faz parte do Samsung Unpacked, evento semestral para o lançamento de novos aparelhos da marca.

Apesar de ocorrer originalmente na Coreia do Sul, a cerimônia será transmitida pelos telões da Times Square e pelas redes sociais do Magazine Luiza, em evento que terá duração de 20 horas.

Além da participação da Lu do Magalu, a campanha da Samsung envolverá o núcleo de criação de conteúdo do Magazine Luiza, com a participação de empresas adquiridas pela varejista, como Jovem Nerd, Steal The Look e Canaltech.

Locaweb compra Síntese com foco em varejo digital

Aquisição de empresa brasileira fundada em 2013 envolve R$ 35,2 milhões.

A Locaweb informou na sexta-feira (5),que a Tray, sua subsidiária que atua no comércio eletrônico, comprou a Síntese Soluções por R$ 35,2 milhões. A empresa oferece produtos e serviços de softwares de gestão para varejistas.

“Com essa aquisição, a Locaweb reforça o seu portfólio de comércio eletrônico e dá um passo importante na digitalização do varejo físico por meio de uma plataforma robusta de integração do comércio on-line e as lojas”, afirmou a empresa, em nota.

De acordo com a companhia, a Síntese, que foi fundada em 2013, vem apresentando importante aceleração desde 2018, com crescimento anual composto entre 2018 e 2021 de cerca de 45%, e opera com rentabilidade positiva.

A volta da Locaweb ao mercado de fusões e aquisições é o principal sinal positivo que a compra da Síntese apresenta, em um momento que a baixa liquidez pode beneficiar preços interessantes, escreveram, em relatório a clientes, os analistas do Citi.

Os analistas Gabriel Gusan, Roberta Versiani e Karina Salva Martins escrevem que a adição da Síntese fortalece a Tray, podendo ampliar a conversão de clientes com melhor integração on-line e off-line. E recomendam compra para os papéis da Locaweb, com preço-alvo em R$ 11.

Entrega rápida ou preço baixo? O que os consumidores preferem nas compras online?

Atualmente muito se fala sobre o desejo crescente dos brasileiros de receberem suas compras feitas pelos canais digitais cada vez mais rápido e com frete grátis. Estatísticas mostram que metade dos consumidores tendem a fechar uma compra se a entrega for realizada no mesmo dia. Mas o que é o same day delivery e como funciona? Quem já pratica essa modalidade de entregas?

Vejamos a seguir como a velocidade das entregas tem avançado e se tornado um diferencial importante, ou não.

Entendendo o Same Day Delivery
Embora seja o sonho de todo consumidor, essa estratégia tem diversas limitações para acontecer, que vão desde o tipo e tamanho físico do produto, até a região onde o serviço pode ser realizado.

Para que a entrega no mesmo dia aconteça, o consumidor deve realizar a compra em até determinado horário do dia, liberando a operação logística para separações, embalagem e expedições dos produtos.

Depois, a entrega pode ser realizada por entregadores expressos (bicicleta, moto) ou por uma transportadora em veículos leves com acesso liberado nas zonas de tráfego restritas das grandes cidades.

Em todos os casos, o Centro de Distribuição Central precisa estar num raio máximo de 50 Km dos destinos alcançados. Neste ponto observamos uma solução interessante que foi criada e está se expandindo rapidamente nas grandes cidades: as dark stores.

Dark Stores como solução para entregas no mesmo dia
Essas unidades são exclusivas para armazenamento, separação e envio de produtos comercializados online, ou seja, são fechadas ao público. Diferentemente dos centros de distribuição tradicionais, elas têm tamanho reduzido e estão localizadas em centros urbanos, muito próximas dos consumidores finais.

Rappi, Lojas Marisa e Drogaria São Paulo são algumas das empresas no Brasil que já incorporaram as dark stores em sua rede. Apesar do alto nível de planejamento logístico, montar uma dark store exige menos investimentos do que uma loja tradicional, principalmente no que se refere à infraestrutura.

A startup paulistana Daki, fundada em janeiro de 2021 e focada em produtos de supermercados, decidiu oferecer a entrega ultrarrápida: a empresa promete chegar com as compras em até 15 minutos. Para isso, o cliente precisa morar na zona de atendimento de um dos cerca de 50 bairros de atuação em São Paulo, ABC, Campinas, Rio de Janeiro e Niterói.

Mas neste tema não podemos esquecer o bom e velho Sedex dos Correios, que tem o serviço na modalidade Sedex Hoje, entrega no mesmo dia, porém, restrito a algumas capitais do País. Mesmo nas modalidades de entregas em D+1 até às 10 ou 12h do dia seguinte, é uma opção confiável, de custo competitivo e com uma maior capilaridade de destinos neste tipo de serviço de entrega expressa.

Cross Border Trade – A onda crescente de sites importadores do e-commerce
No extremo oposto à entrega no mesmo dia que estamos falando, assistimos ao crescimento de uma outra modalidade de canal digital relacionada aos sites internacionais de vendas que operam no Brasil.

Segundo a NielsenIQ Ebit, em 2021, a compra online em sites importadores de produtos, conhecidos como cross border traders, cresceu 60% em faturamento sobre o ano de 2020, apontando para uma alternativa importante para os consumidores brasileiros.

Considerando bases de distribuição fora do país, sites como Shein, Aliexpress, Alibaba oferecem produtos importados com preços muito competitivos que virão diretamente para a casa do consumidor, sem utilizar armazenagem em solo brasileiro. Os prazos de entrega variam de 30 a 45 dias.

Então, vem a pergunta: como podemos explicar o comportamento dos consumidores que querem ao mesmo tempo entregas no mesmo dia e, por um preço mais competitivo de produtos, aceitam esperar até 45 dias para receber mercadorias?

A resposta vem por dois motivos básicos: o primeiro é que o poder aquisitivo do brasileiro vem caindo no pós-pandemia dado que a alta da inflação gera uma procura maior por preço, em vez de nível de serviço de entrega.

O segundo motivo é que o Brasil é um ótimo mercado para expansão das vendas online e ainda tem muito a percorrer. Enquanto 75% de consumidores de países desenvolvidos como EUA, Inglaterra e Alemanha apontam para, no mínimo, uma compra nos últimos 12 meses, aqui no Brasil este índice de penetração não passa de 49%.

Naturalmente, existem oportunidades de negócios para todos os tipos de players digitais, com toda a gama de preços e níveis de serviço. Isto passa também pelas oportunidades exploradas pelos sites importados.

Concluindo, vale a pena repensar como atender o novo consumidor dos canais digitais e desenvolver estratégias que contemplem todos níveis de serviço quando o assunto for prazo de entrega.

Mercado Livre: receita líquida cresce 56,5% atingindo US$ 2,6 bilhões no 2º trimestre

O Mercado Livre atingiu um novo recorde de receita total no segundo trimestre de 2022, superando a performance do primeiro trimestre. A receita líquida alcançou US$ 2,6 bilhões no segundo trimestre de 2022, crescimento de 52,5%, em dólar, e de 56,5% em moeda constante, na comparação com o mesmo período de 2021. O Brasil representa cerca de 56% da receita líquida total do Mercado Livre, tendo alcançado US$ 1,4 bilhão e crescimento de 52,5%.

Segundo a companhia, a receita líquida do negócio de commerce aumentou 23,0% em dólares na comparação anual, para US$ 1,4 bilhão, impulsionada pelo marketplace, expansão da publicidade digital e pelos 41 milhões de compradores únicos no trimestre. Os consumidores se mantêm ativos, gerando crescimento na quantidade de itens por comprador em relação ao trimestre passado. Já a receita líquida de fintech cresceu 112,5% em dólares, chegando a US$ 1,2 bilhão, ano contra ano — superando a marca de US$ 1 bilhão pela primeira vez, com o aumento da relevância dos serviços financeiros no ecossistema.

No segundo trimestre, o Mercado Pago ultrapassou 38 milhões de usuários ativos, alta de 26,3%, com crescimento em todos os mercados da região, sobretudo nos serviços de pagamento via código QR, transferências dentro do ecossistema e usuários de crédito.

“Observamos um trimestre forte em todos os negócios, refletindo a melhora contínua da rentabilidade com resultados recordes em receita líquida e lucro bruto. Como consequência desse desempenho consistente, seguimos firmes em nosso propósito de ampliar o acesso ao comércio e aos serviços financeiros”, afirma André Chaves, vice-presidente sênior de Estratégia e Desenvolvimento Corporativo do Mercado Livre.

Ainda segundo ele, a operação de marketplace alcançou resultados sólidos, com crescimento das vendas e da base de compradores. “Já o Mercado Pago mantém forte ritmo de crescimento, com sua base de usuários em ascensão e aumento no volume de pagamentos da conta digital e adquirência. Nossa estratégia continua priorizando o equilíbrio entre crescimento rentável e gestão de caixa, apoiando o investimento em tecnologia para o desenvolvimento de produtos, sempre com foco na diferenciação no longo prazo”, completa.

Commerce no Mercado Livre
O volume de vendas (GMV) do marketplace atingiu US$ 8,6 bilhões no segundo trimestre, crescimento de 21,8%, em dólar, e de 26,2% em moeda constante. Ao todo, foram vendidos 275,2 milhões de itens, sendo 6,7 itens por comprador, o que representa um crescimento de 12,3% — com destaque para Argentina, Brasil e México.

Ainda segundo a empresa, o volume total de anúncios registrados na plataforma chegou a 300,5 milhões. O Brasil se destaca na região com incremento de 18,6% no GMV, em moeda constante, e 143 milhões de itens vendidos no período — sendo 6,6 itens por comprador, o nível mais alto da média histórica para o segundo trimestre.

Com o Mercado Envios, 264,1 milhões de itens foram enviados na região, aumento de 26,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram significativos os avanços na execução e velocidade do Mercado Envios, cuja penetração atingiu 98,6% de toda operação, acima dos 97,3% registrados no mesmo trimestre de 2021. Desse total, mais de 91,1% correspondem à rede gerenciada do Mercado Livre — sendo 38,6% dos envios via modelo fulfillment. Do volume geral de mercadorias, cerca de 80% foi entregue em até 48 horas e cerca de 55% no mesmo dia ou no dia seguinte à compra.

Fintech
A carteira de crédito atingiu quase US$ 2,7 bilhões — era de US$ 2,4 bilhões ao final do primeiro trimestre de 2022. No período, o Mercado Crédito concedeu mais de US$ 2 bilhões em créditos, o que representa mais do que o triplo do valor registrado no segundo trimestre de 2021, atingindo mais consumidores e vendedores.

Já o volume total de pagamentos (TPV) via Mercado Pago atingiu US$ 30,2 bilhões pela primeira vez, crescimento de 72,1%, em dólar, e de 83,9% em moeda constante. Esse aumento é observado tanto em adquirência, como no uso da carteira digital. Já o volume total de transações (TPN) no período cresceu 72,9%, ano contra ano, superando cerca de 1,2 bilhão no segundo trimestre, o terceiro trimestre consecutivo com TPN acima de 1 bilhão.

O volume total de pagamentos via Mercado Pago, fora da plataforma do Mercado Livre, atingiu US$ 21,2 bilhões, crescimento de 104,7%, em dólar, e de 135,5% em moeda constante.

O total de pagamentos processados pode ser dividido entre o volume total de cobranças processadas e o volume total de transações de contas digitais. O primeiro inclui cobranças na plataforma do Mercado Livre, cobranças online e cobranças processadas por meio das maquininhas de cartão Point e dispositivos QR, que totalizaram US$ 20,8 bilhões, crescendo 48,5% em dólar, ano contra ano, e 49,4% em moeda constante. No segundo trimestre, foram vendidas 1 milhão de maquininhas, impulsionando o volume de pagamentos por dispositivo, especialmente no Brasil e no México.

O volume de transações por meio da carteira virtual, que inclui ainda transferências entre usuários do Mercado Pago, transações de cartão de crédito, débito e pré-pago, cresceu 166,7% em moeda constante, na comparação anual, totalizando mais de US$ 9,3 bilhões.

Ao final de junho, mais de 22,4 milhões de usuários contavam com contas com recursos investidos, que reúne os usuários de conta digital com rendimento, alta de quase 30%, ano contra ano, nos três principais mercados (Brasil, México e Argentina). No Brasil, único país que oferece carteira de criptomoedas atualmente, a base de usuários do serviço acumula mais de 1 milhão de pessoas.

No período, foram distribuídas mais de 684 mil apólices de seguros, volume 230% maior do que aquele registrado no segundo trimestre do ano passado, representando penetração de quase 8% do total de usuários. No Brasil, a distribuição de seguros para cartão e para pagamentos via Pix reforçam a oferta de seguros do Mercado Pago, que lançou um novo serviço de seguro para vida no país, em linha com a expansão da proposta de valor em todos os principais mercados.

Desempenho financeiro
O lucro bruto do Mercado Livre foi de cerca de US$ 1,3 bilhão, aumento de 70,3% em dólar na comparação com o mesmo período do ano anterior. As margens brutas seguem crescendo, ano a ano e trimestre contra trimestre, à medida que escalamos nossos negócios. O lucro líquido bateu os US$ 123 milhões, alta de 79,8%, com melhora na margem total, ano contra ano. Já o resultado operacional foi de US$ 250 milhões, crescimento de 50,6% em dólares, atingindo novo recorde no trimestre, com margens similares na comparação com o ano anterior.

A base geral de usuários únicos ativos do ecossistema atingiu 84,3 milhões ao final do trimestre, alta de 11% em comparação com o mesmo período de 2021 — sendo 3,5 milhões de novos usuários incorporados somente no segundo trimestre deste ano.

Mercado Livre inaugura no Brasil o 1º Sortation Center da América Latina

O Mercado Livre anunciou na última quinta-feira (4), a implantação do primeiro Centro de Consolidação (Sortation Center) da América Latina. Localizado em Cajamar, em São Paulo, o novo centro logístico deve consolidar cerca de 450 mil pacotes por dia – número que corresponde a cerca de 30% das entregas realizadas no Brasil, conectando suas origens na rede do Mercado Livre com mais de 100 destinos pelo Brasil.

“Trabalhamos continuamente para oferecer a melhor experiência de compra para nossos usuários e isso passa diretamente pelo nosso investimento em inovações que apoiam a eficiência da rede de operações logísticas. Com o Sortation Center, além de ganhar agilidade no dia a dia da operação, também nos antecipamos em desenvolver soluções que mantenham o nosso crescimento na velocidade das entregas durante todo o ano, inclusive em grandes picos de compras e datas promocionais, como a Black Friday. Nesta data teremos potencial para consolidar mais de 450 mil pacotes”, destaca Eduardo de Sá, diretor de transportes do Mercado Livre.

De acordo com a empresa, o sistema funciona como uma grande esteira seletora de pacotes, que conecta todas as origens da rede do Mercado Livre com mais de 100 destinos em 24 estados do Brasil, por meio de tecnologia desenvolvida pela companhia. Além de otimizar a roteirização dos pacotes em transportes, o investimento chega para otimizar ainda mais a eficiência da malha logística do Mercado Livre.

Geração de empregos do Mercado Livre
Atualmente, a operação do consolidador conta com 200 colaboradores e a expectativa é que, até o final do ano, sejam ofertadas mais 200 vagas para complementar o time, acompanhando o plano de investimento do Mercado Livre não só na implementação de inovação e tecnologia, mas na abertura de novas vagas. O time do Sortation é liderado por Ana Flávia Montagnolli, gerente de operações do Centro de Distribuição.

“Estamos muito entusiasmados com essa fase de construção do time para chegarmos ao potencial máximo da nossa operação. Temos oportunidades abertas para diversos perfis, desde o primeiro emprego, para jovens que vão conhecer sobre a operação logística, até especialistas do setor”, enfatiza Ana Flávia.

Empresas chinesas crescem no e-commerce; Mercado Livre ainda lidera ranking de acessos

De maneira geral, o e-commerce brasileiro registrou 2,09 bilhões de acessos em junho, queda de 1,8% em relação ao mês anterior.

Ainda recente no mercado brasileiro de e-commerces, o Shopee registrou crescimento significativo durante 2022. De janeiro a junho, o número de acessos mensais da plataforma cresceu 7%. O crescimento fez com que ela ocupasse a segunda colocação entre os marketplaces mais visitados do País, segundo dados do Relatório Setores do E-commerce de junho elaborado pela Conversion. O Mercado Livre, no entanto, ainda é o maior e-commerce do País.

Bem como o Shopee, outra companhia chinesa vem crescendo mês a mês nessa mesma métrica. A Shein, empresa do segmento de vestuário, viu um crescimento de 51% no número de acessos mensais em suas plataformas digitais. Atualmente na décima colocação do ranking de e-commerces mais acessados, a chinesa já se aproxima da Netshoes, que mantêm a média de 38 milhões de acessos por mês.

De maneira geral, o e-commerce brasileiro registrou 2,09 bilhões de acessos em junho, queda de 1,8% em relação ao mês anterior. Mais da metade dos acessos teve origem em dispositivos móveis (52%) e 22% via app, consolidando a relevância dos smartphones para o e-commerce.

O CEO da Conversion, Diego Ivo, explicou que a chegada dos marketplaces da China ao mercado nacional tem potencial para reestruturar a concorrência entre os grandes players. “Os players asiáticos conseguiram identificar uma grande lacuna no e-commerce global, que é o ticket baixo, criaram muito senso de urgência com suas promoções e construíram uma verdadeira experiência de busca de achados”, destacou Ivo.

Amazon é referência
Apesar do crescimento no número de acessos, as plataformas chinesas ainda estão longe de ameaçar as marcas mais procuradas da internet brasileira. A Conversion utiliza o conceito de Share of Search, que é a participação no volume de buscas que uma marca tem no Google dentre todas as pesquisas no segmento em que ela atua.

A Amazon é a empresa que possui o maior Share of Search do e-commerce brasileiro: 55% de todas as buscas feitas em seu segmento, importados, fazem menção direta a ela. Em seguida, representando 46% das buscas de seu setor, está a Loja do Mecânico, no segmento de ferramentas e acessórios. A Petz ocupa a terceira colocação, com 44% de tudo procurado por usuários relacionados ao e-commerce de pets.

Nessa mesma métrica, o Mercado Livre é tão líder no seu segmento quanto no volume de acessos do e-commerce como um todo. A marca tem 28% do Share of Search entre os marketplaces e está à frente de seu principal concorrente, a Amazon, com 13,5%, e da Shopee, com 11%.

Segundo a Conversion, apesar de a métrica de buscas não representar obrigatoriamente a mesma proporção da divisão de receitas do mercado (Market Share), os estudos apontam cada vez mais que os gráficos andam em paralelo.

“Para crescerem, é preciso que as concorrentes sejam mais buscadas. Isso explica não apenas o porquê de a Amazon permanecer soberana no e-commerce de importados, por exemplo, mas também ajuda a entender como os chineses estão conseguindo ganhar mercado no Brasil”, analisou Ivo.

Extrema, cidade no interior de Minas Gerais, vive “boom”, vira berço do e-commerce e enfrenta déficit habitacional

Polo de centros de distribuição, a cidade mineira a 100 km da capital paulista sente dores do crescimento, que segue acelerado.
Um em cada quatro produtos vendidos no e-commerce brasileiro sai de um centro de distribuição da cidade de Extrema, em Minas Gerais. Nos últimos anos, o município se transformou em expoente para o setor logístico e atraiu centenas de empresas. Por trás desse poder de atração está a combinação de posição geográfica – a meros 100 km da capital paulista, principal polo econômico do País – com tributo estadual mais favorável: a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) é pelo menos 50% inferior à de São Paulo para vendas interestaduais.

No período de pandemia, o e-commerce no Brasil deu salto, o que fez as empresas investirem nos seus centros de distribuição em Extrema. Diante desse cenário, a cidade viu sua população crescer, o que hoje já se reflete em uma crise imobiliária, dado o aumento na procura por casas, apartamentos e até de vagas em hotéis para os trabalhadores que querem se instalar no município.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o município tinha, em 2021, 37 mil habitantes. Contudo, um levantamento feito pela prefeitura de Extrema mapeou aproximadamente 53 mil moradores na cidade, o que representa um crescimento populacional de 43% em dois anos. As informações foram compiladas pela Secretaria Municipal de Saúde para entender a quantidade de vacinas de covid-19 que seriam aplicadas.
Além de o número de moradores ter crescido exponencialmente, a cidade ainda recebe diariamente cerca de 10 mil trabalhadores flutuantes, ou seja, pessoas que trabalham em centros de distribuição locais, mas vivem nos municípios próximos. “As empresas têm um esquema de ônibus fretados que levam para as cidades vizinhas, como Itapeva, Pouso Alegre e Bragança Paulista. Há pessoas que vêm todos os dias de São Paulo para cá”, relata a gerente de desenvolvimento econômico de Extrema, Mônica Vieira.

Extrema, no interior de Minas Gerais, se transformou em expoente para o setor logístico e atraiu centenas de empresas Foto: Daniel Teixeira/Estadão
Hoje, o município mineiro tem 6 mil CNPJs cadastrados, dos quais 300 são do setor industrial. “No começo, nós batíamos na porta da empresas, convidando-as a se instalar em Extrema. Agora, são elas que nos procuram para montar negócios aqui”, relembra.

Procura-se
Com a vinda de empresas e de novos moradores, encontrar um lugar para residir em Extrema virou uma tarefa difícil. Dono de imobiliária, Ricardo Di Lorenzo conta que a demanda por imóveis vem crescendo. Ele relata que já é quase impossível encontrar opções para locação e venda nas áreas mais cobiçadas da cidade. “Falta casa na cidade para oferecer para os clientes”, diz.

Para tentar suprir a demanda, Extrema vem dialogando com empresas da construção civil com o objetivo de atrair empreendimentos imobiliários. Em 2021, as empresas HM Engenharia e a BRZ empreendimentos anunciaram um investimento de R$ 400 milhões para a construção de 1,3 mil unidades residenciais. Além disso, o município já aprovou a construção de outros 3 mil lotes residenciais. Segundo empresários locais ouvidos pela reportagem, o déficit de moradias varia entre 15 mil e 20 mil unidades.

O crescimento da procura por galpões para centros de distribuição, movimento que se intensificou no início da pandemia, parece não estar perto de acabar. Conforme apurou o Estadão, a próxima gigante que deve abrir um centro de distribuição na cidade é a marca de produtos esportivos italiana Fila. Por enquanto, apesar de ter batido o martelo, a empresa ainda não tem data para a inauguração da operação local.

Quem passa pela cidade vê, além do cenário mineiro de montanhas, diversas obras em andamento de futuros barracões industriais. O presidente da Fulwood Condomínios Logísticos, Gilson Schilis, explica que o modelo mais procurado pelas companhias são os chamados de “big boxes” – terrenos com mais de 50 mil metros quadrados. “Estamos finalizando uma obra de 100 mil metros ainda em 2022. Para o ano que vem, já temos outra de 210 mil metros quadrados, que abrigará a operação de uma empresa multinacional.”

Todos esses investimentos se refletem positivamente no mercado de trabalho. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que, no último ano, foram criados mais de 4,5 mil postos de trabalho em Extrema, o melhor desempenho no Estado. Com a maior parte dessas oportunidades no setor logístico, as companhias que já estão instaladas no município precisam se esforçar para reter os funcionários que vêm sendo assediados pelos concorrentes.

Esse é o caso da gerente de prevenção e perdas do Mercado Livre, Ariana Ribeiro. Depois de trabalhar 12 anos em uma loja online nacional de artigos esportivos, a funcionária recebeu a oferta da gigante argentina de e-commerce. “Com esse mercado aquecendo na pandemia, as empresas precisaram melhorar os salários e os benefícios para competir com os concorrentes. Por isso eu decidi mudar de emprego.”

Desafios à frente
Para Ricardo Taborda, o sócio da 7D – empresa especializada em soluções para logística -, a baixa disponibilidade de imóveis e de terrenos para construção de galpões pode afetar a decisão das companhias de escolher o município mineiro como seu novo endereço logístico. “Extrema é o melhor lugar que temos hoje, mas qualquer coisa que mude em relação a esses dois pontos pode tirar a atração da cidade aos olhos dos investidores”, afirma.

Um em cada quatro produtos vendidos no e-commerce brasileiro sai de um centro de distribuição da cidade.

Na visão de Taborda, a cidade vive um momento decisivo na sua consolidação como um polo nacional de centros de distribuição – e precisará oferecer mão de obra e também estrutura para quem chega ao município. “É uma janela de oportunidade que Extrema tem. Quando a reforma tributária ocorrer, talvez eles não sejam tão atraentes do ponto de vista fiscal, então é o momento de investir para a cidade crescer e se tornar desejada mesmo depois do fim dos incentivos”, avalia.

Uma das preocupações da administração municipal na estratégia de atrair empresas é formar trabalhadores qualificados para o trabalho dentro dos centros de distribuição. Atualmente, a prefeitura de Extrema tem parceria com o Sistema S de ensino, que fica responsável pela qualificação técnica dos futuros funcionários. Além disso, também há programas voltados o aperfeiçoamento de motoristas de caminhão. Com auxílio do Sebrae, Senai e Sicredi, o executivo local organizou a criação de uma cooperativa de transporte, a Cooper Extrema, que conta com 23 caminhoneiros treinados ofertar seus serviços às grandes empresas e realizar o escoamento da produção feita em Extrema.

Os desafios de tecnologia no Labs da Magalu

Com a aquisição de 22 empresas nos últimos 18 meses pelo grupo Magalu, os anos recentes da empresa foram de crescimento acelerado. Nesse contexto, o desafio do time de tecnologia, hoje com 2 mil pessoas, foi descobrir como extrair e fundir o melhor das empresas, entendendo como as novas aquisições poderiam fazer uso das soluções Magalu e vice-versa.

André Fatala, VP de Tecnologia do Magazine Luiza, conta que depois de um trabalho minucioso de definição estratégica, os resultados começaram a aparecer e as fusões se mostraram favoráveis à experiência do consumidor. Um exemplo disso é a absorção da logística da Netshoes pelo Magalu Entregas, gerindo operação das entregas e permitindo também que os clientes retirem suas compras em lojas físicas.

Além disso, a aquisição dessas 22 empresas permitiu também o desenvolvimento de um modelo de mini apps, com a compra do sistema de novos sistemas e oferecimento do login via API.

Os detalhes da aceleração
Segundo André, o desenvolvimento depende de análises técnicas, da eficiência do fluxo e do envolvimento por demanda. Sob sua liderança, o time do grupo se norteia por 4 métricas-chave do accelerate, sendo elas:

Elite e alto, que indicam cenários com quantidade diária de deploys cada vez maior e tempo de recuperação cada vez menor;
Mediano e baixo, apontando falta de uso da automação para alcançar as mesmas métricas e objetivos.
Além de trabalhar com objetivos e medição de resultados, é importante também escutar a visão do time usando essas métricas. No Magazine Luiza, negócios e tecnologia trabalham estreitamente juntos, em busca de um mesmo objetivo. “Aproximar os times para gerar de verdade times multidisciplinares é um processo”, diz Fatala.

Digitalização atinge 94% dos varejistas do país

A maioria dos varejistas brasileiros têm ao menos um canal de vendas virtual; especialista fala sobre a importância desses canais como fonte de coleta e sistematização de dados

Cada vez mais, as atenções dos empresários brasileiros estão voltadas para a o ambiente virtual, fato que foi comprovado por uma pesquisa desenvolvida pela Totvs. Segundo a análise, 94% dos varejistas têm ao menos um canal de vendas no meio digital, ainda que a maior parte (67%) do faturamento continue vindo de espaços físicos. As lojas on-line, por sua vez, são responsáveis por 14% da receita média, ao passo em que contatos com representante ou telefone respondem por 19%.

Segundo publicação do site Mercado & Consumo, o estudo aponta para o fato de que a maioria dos empreendimentos investiu em canais digitais para garantir melhor proximidade e atendimento, além de fidelizar e conquistar clientes. De forma síncrona, um levantamento da Visa Consulting & Analytics demonstrou que cerca de 70 mil negócios entraram para o comércio eletrônico desde o início da pandemia de Covid-19.

Pedro Ruibal, CEO da Olga – empresa que atua com Inteligência de dados para restaurantes -, destaca que o movimento de digitalização dos canais de venda já existia, porém, a pandemia acelerou este processo.

Ao lado da afirmação de Ruibal, indicativos de um estudo divulgado em dezembro de 2021 pela Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais) também destacam que as circunstâncias em torno da crise sanitária tiveram um papel decisivo na digitalização da economia.

“Uma empresa sem presença digital tende, inevitavelmente, ao desaparecimento. A digitalização das vendas traz benefícios operacionais, mas também permite que as empresas consigam mapear de forma mais consistente a jornada de compra dos consumidores, o que agrega uma gama de novas oportunidades”, afirma Ruibal.

Para ele, os canais digitais são a peça-chave para o desenvolvimento dos negócios e podem funcionar como um meio de coleta e sistematização de dados. “Muitas empresas olham para os canais digitais simplesmente como facilitadores da operação, mas a grande maioria deixa de lado a preocupação com a coleta e gestão dos dados que são produzidos a partir de canais como estes”.

É aí que mora a grande oportunidade, prossegue o especialista. “Canais digitais permitem que as marcas rastreiem. Tanto on-line, como off-line, a jornada de compra dos seus clientes, fazendo com que a empresa os conheça com muito mais profundidade”, complementa o CEO da Olga.

A nível mundial, o e-commerce deve crescer 55,3% nos próximos três anos, segundo estimativa do relatório Global Payments Report, divulgado em março pela Worldpay from FIS. De acordo com a análise, as vendas do gênero no Brasil devem crescer 95% até 2025.

No último ano, as vendas no ambiente virtual avançaram 48% no país em comparação a 2020, mesmo com o avanço da vacinação contra Covid-19, com o término do confinamento e com reabertura do comércio em todos os estados, como mostra o índice MCC-ENET, conduzido pela Neotrust | Movimento Compre & Confie, em colaboração com o Comitê de Métricas da Camara-e.net (Câmara Brasileira da Economia Digital).

Para mais informações, basta acessar: http://olga.tech

2% do PIB: setor de operadores logísticos teve receita bruta de R$ 166 bilhões em 2021

Dados são referentes à 5ª edição do “Perfil do Operador Logístico no Brasil”, publicado na Biblioteca do RadarIC, em Pesquisas Externas (link ao final da matéria) e realizado pela ABOL em parceria com o ILOS; 82% dos OLs entrevistados tiveram alta de receita bruta no período.

O setor de operadores logísticos registrou receita bruta de R$ 166 bilhões em 2021, representando aproximadamente 2% do PIB brasileiro no período e ocupando a 4ª colocação no índice de faturamento dos setores de serviço no país. Os insights foram divulgados pela Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL) na 5ª edição do “Perfil do Operador Logístico no Brasil”, estudo que neste ano foi realizado, pela primeira vez, em parceria com o Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS).

Ao todo, a pesquisa teve a participação de 117 empresas – dessas, 31 são associadas da ABOL. Entre as companhias entrevistadas, 82% ressaltaram o aumento de receita bruta no período, enquanto 13% mantiveram a receita e 4% registraram queda. Outros destaques do estudo foram o aumento de aumento da capilaridade regional, o índice de custos nas operações e o investimento dos OLs em tecnologia, especialmente atrelado a startups e logtechs.

Segundo o presidente do Conselho Deliberativo da ABOL, Djalma Vilela, o setor de operadores logísticos teve grande importância nos últimos anos por conta da pandemia de Covid-19. No período, transporte e armazenagem tiveram alta para atender à demanda por vacinas e suprimentos de maneira geral.

No entanto, apesar do crescimento em receita bruta, a 5ª edição do “Perfil do Operador Logístico no Brasil” ressaltou que a margem de lucro não acompanhou a alta de receita de forma proporcional. “Nem todos conseguiram repassar os aumentos de custos para os preços oferecidos aos clientes finais”, explica Maria Fernanda Hijjar, sócia-executiva do ILOS. “O preço não acompanhou esse aumento, o que influencia diretamente na taxa de lucro.”

Nas empresas em que a margem de lucro diminuiu, observou-se que o preço do serviço cresceu menos do que o aumento de custos. Já entre os OLs que registraram alta de lucro, a pesquisa apontou que a estratégia de oferecer mais serviços foi usada como forma de distribuir o aumento de custos sem prejudicar a margem de lucro.

“O nosso setor vem batendo recordes de carga transportada e movimentada. Aumentamos substancialmente a receita bruta, mas não conseguimos fazer esse mesmo aumento de resultado. Há uma dificuldade de repassar os aumentos de insumos nos últimos dois, três anos.” – Djalma Vilela, presidente do Conselho Deliberativo da ABOL.

E-COMMERCE E SETORES DE DESTAQUE

De acordo com a pesquisa realizada pela ABOL em parceria com o ILOS, 65% dos OLs têm clientes no setor de cosméticos e personal care, uma alta de 12% em relação a 2020. Segmentos como alimentos processados, eletroeletrônicos, bebidas e o setor automotivo/autopeças também aparecem na cartela de clientes de, respectivamente, 61%, 60%, 57% e 57% empresas respondentes.

Apesar de menos da metade dos respondentes terem clientes no e-commerce, o comércio eletrônico foi o setor em que os OLs mais firmaram novos negócios: de 26% em 2020 para 42% em 2021. A alta acompanhou o crescimento notável do e-commerce no Brasil, que aumentou de R$ 144 bilhões para R$ 183 bilhões em vendas – um salto de 27% –, segundo levantamento da Ebit/Nielsen.

CAPILARIDADE: DESTAQUE PARA O CENTRO-OESTE

Apesar de o Sul e o Sudeste ainda concentrarem grande parte das operações, o que a pesquisa apontou foi o aumento da atuação dos OLs na região Centro-Oeste. Entre 2020 e 2022, a presença dos operadores logísticos na região aumentou 25% – de 37% para 62%. Apesar disso, as regiões Sul e o Sudeste também tiveram alta em termos de presença: 12% e 2%, respectivamente.

Entre as empresas respondentes da pesquisa, 37% atuam nas cinco regiões do país. Já 51% dos OLs participantes têm operações no exterior.

INVESTIMENTO EM TECNOLOGIA

No caso do investimento em tecnologia, houve um aumento de 86% em relação à 2020. Segundo Beatris Huber, sócia-gerente do ILOS, há uma grande intenção por parte dos OLs de apostar em tecnologias disruptivas. “Nenhum dos respondentes da pesquisa manifestou interesse em diminuir o investimento em qualquer tecnologia, o que mostra que as empresas estão cientes dos benefícios que as tecnologias podem trazer.”

Entre as tecnologias mais utilizadas pelos OLs estão TMS e WMS, com 93% cada, computação em nuvem (72%) e torre de controle (55%). Porém, quando se fala em recursos que ainda são poucos difundidos, o percentual diminui: o uso de drones, realidade aumentada e virtual, veículos autônomos e blockchain já são utilizados por 14%, 12%, 9% e 9% dos operadores logísticos entrevistados, respectivamente.

A diretora executiva da ABOL, Marcella Cunha, ressalta que não existe nenhuma tecnologia disruptiva que seja unanimidade entre os OLs. “Algumas empresas já usam drones para entregas e meio de transporte, e também dentro de um armazém para controle e gestão de estoque. Eles estão investindo em inovação e tecnologia para isso, mas essa ainda não é uma realidade para as empresas menores e médias. Isso também vale para a realidade expandida/aumentada, que também não é um recurso tão estabelecido.”

Apesar disso, a 5ª edição do “Perfil do Operador Logístico no Brasil” aponta uma projeção positiva para o futuro da tecnologia dentro dos OLs. De acordo com os dados levantados, 38% dos respondentes preveem aumento do investimento em drones, por exemplo, até 2024, enquanto 62% planejam manter o valor gasto nesse tipo de tecnologia.

A integração com o cliente foi outra estratégia que se destacou dentro dos OLs: 88% dos entrevistados afirmaram ter tecnologias específicas para isso. Isso se reflete nas ações dedicadas à integração de forma geral, que tiveram alta em 90% dos operadores respondentes da pesquisa.

“A integração com cliente e a digitalização estão quase juntas”, ressalta Marcella Cunha. “Isso acontece porque não há como falar em integração sem pensar em um app ou um serviço personalizado, por exemplo.”
CUSTOS E A ALTA DO DIESEL

A alta acelerada e desproporcional do preço do diesel, que disparou 41,48% entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022, também apareceu na pesquisa. Sem surpresas, 77% dos operadores logísticos entrevistados apontaram que o custo com combustível foi o grande responsável pelo aumento de gastos entre 2020 e 2021.

O preço elevado do diesel é reflexo do conflito no leste europeu e as sanções que a Rússia tem sofrido. Essa crise pode, inclusive, prejudicar o abastecimento de combustível – o que, segundo Maria Fernanda Hijjar, sócia-executiva do ILOS, é uma possibilidade.

“É um risco. Não podemos dizer que isso não vai acontecer porque estamos em um momento de muita instabilidade. Temos alternativas, mas elas não são o suficiente. Se acontecer [o desabastecimento], é como se fosse uma paralisação de transporte e outras operações que usem o diesel.” – Maria Fernanda Hijjar, sócia-executiva do ILOS.

Para Marcella Cunha, a questão do diesel e o risco de desabastecimento são motivos para voltar as atenções para fontes renováveis – como veículos elétricos e movidos a GNV – de forma urgente e racional. “As novas fontes podem resolver a questão e contribuir com a sustentabilidade, que é outra demanda importante”, reforça a diretora executiva.

Atualmente, 26% dos OLs que participaram da 5ª edição do “Perfil do Operador Logístico no Brasil” já usam veículos elétricos e 52% que já estão direcionando investimentos para essa implementação.

Conheça o relatório completo “Perfil do Operador Logístico no Brasil” publicado na Biblioteca do RadarIC em Pesquisas Externas “https://radaric.correios.com.br/3d-flip-book/perfil-dos-operadores-logisticos-2022-abol/”