“Mercado Livre aposta em tecnologia na logística para otimizar processos”, revela executivo

A logística figura entre as áreas mais importantes do e-commerce, especialmente em tempos de entrega mais rápida, em que a distância entre o clique da compra e o aviso de recebimento está cada vez mais curta. Porém, não é possível apresentar uma logística eficiente sem uma infraestrutura que comporte os desafios de demanda. E, se a infraestrutura presente não é suficiente, a tecnologia pode preencher essa lacuna. Esta é a receita do Mercado Livre apresentada por Luiz Augusto Vergueiro, diretor de Operações Logísticas do Mercado Livre, durante o Fórum E-Commerce Brasil 2022.

Para otimizar os processos, o marketplace criou uma rede de logística própria, com diversos setores integrados, como o de Automação e Sorter, que distribuem produtos e pacotes para os destinos dentro do CD (centros de distribuição) ou destinos de entrega do Mercado Livre, em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo.

“A logística precisa investir em infraestrutura, que é centro de distribuição, caminhão, tecnologia, processos e pessoas, principalmente. Hoje, o Mercado Livre é a maior rede de logística da América Latina”, conta o executivo.

Entre os processos da empresas, destacam-se o cross docking e o fulfillment. Vergueiro explica que, no cross docking, são coletados os pacotes e os produtos separados para seus destinos. Hoje, existem 13 operações de cross docking operando no Mercado Livre. Já na operação de fulfillment, a empresa armazena os produtos e, quando a venda acontece, os mesmos são coletados e entregues. O marketplace conta com 12 operações de fulfillment nos estados de Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina e São Paulo.

“As operações precisam ser dedicadas para serem eficientes. O vendedor vende de tudo, mas as operações são separadas. Criamos um centro onde comunicação com usuário é única, mas fazemos a distribuição em CDs específicos, Deixamos de usar o fulfillment tradicional para virar um ponto de separação dos produtos que serão enviados para localidades mais distantes. O Meli é uma empresa de tecnologia que faz logística”, detalha Vergueiro.

Fonte: Mercado Livre
Capacidade de envios do Mercado Livre
Atualmente o marketplace entrega no mesmo dia para 100 cidades brasileiras. Veja os demais números da empresa:

254 milhões de itens foram enviados no trimestre (+22,2%);
2,8 milhões de produtos enviados por dia;
54% foi entregue no mesmo dia ou no dia seguinte à compra;
80% foi entregue em até 48 horas;
81% foram entregas gratuitas;
90,5% enviado via MeliNet – rede gerenciado do Mercado Livre.

Americanas Marketplace consolida trabalho com Big Data e IA

O trabalho para evitar fraudes e o mau processamento de dados começou com a B2W Digital, mas a Americanas Marketplace manteve os holofotes em demandas de Big Data e Inteligência Artificial (IA). Mesmo com a operação da primeira unificada à segunda desde abril do ano passado, a modelo de trabalho dividido em sistemas e pessoas têm dado certo.

Quem conta é Tiago Andrade, diretor de Big Data, Analytics & Inteligência Artificial da Americanas Marketplace. De acordo com ele, o trabalho com dados da empresa têm unido governança e velocidade.

“Para um bom desempenho, desde 2020, a Americanas organiza informações de forma acessível e útil para duas vertentes: pessoas e sistemas”, conta.

Além disso, Andrade afirma que a velocidade da inovação está relacionada diretamente com a interação dos produtos por meio do modelo bee form. Neste caso, a Americanas Marketplace consegue processar mais de 4,5 pbs de daos por dia.

“Somamos mais de três mil de DAUs (Daily Active Users, ou Usuários Ativos Diariamente) relacionados ao negócio que conseguem acessar dados de produtos. Em complemento, mil DAUs de tecnologia conseguem construir soluções de dados com o modelo utilizado”, finalizou o executivo da Americas Marketplace.

Alibaba alia tecnologia e capilaridade para expandir em logística

Qual a tecnologia por trás da logística do Grupo Alibaba? Com um alcance grande por meio de seu principal canal de e-commerce, o AliExpress, a companhia desmistifica o desempenho das entregas na China e mundo, realizadas pela Cainiao Network.

Em apresentação durante o primeiro dia do Fórum E-Commerce Brasil 2022, Michael Tang, diretor de Operações do Grupo Alibaba (Cainiao Network) no Brasil, reforçou que o pensamento, principalmente em logística, deve se voltar à experiência do cliente. À equação, portanto, soma-se o uso amplo da tecnologia.

“Nosso principal objetivo é atender consumidores e lojistas com o mesmo nível de satisfação e entrega. A logística, seja a tradicional ou last mile, deve focar em experiência e compreender a malha à disposição. tecnologia, neste caso, ajuda em processos corriqueiros como a pesagem ou distribuição do que será despachado e quando isso acontecerá. Com este auxílio, o ponto é que isso fique cada vez mais rápido”, explicou Tang.

De acordo com o executivo, o panorama de entregas da Alibaba dentro da China é de até 24 horas. Fora do país, a empresa tenta atender entregar em, no máximo, 72 horas.

“Nossa operação cross border está em expansão constante e auxilia na implementação da malha do Grupo Alibaba fora do território chinês. A cobertura last mile (última milha) recebe ajuda, por exemplo, dos armários inteligentes, ou smart lockers, deixando o custo da entrega 100% voltado à primeira — e única — tentativa. Isso é um exemplo do uso da tecnologia a favor das atividades logísticas”, complementou.

Rede da Alibaba com a Cainiao Network
A estrutura para a logística da Alibaba Group por meio da Cainiao conta com uma série de pontos estratégicos. A companhia conta com hubs, armazéns, linhas aéreas e oceânicas, bloqueios aéreos e armários inteligentes.

Veja o portfólio completo em cada segmento relacionado à logística da entrega dos produtos:

Cobertura
6 hubs de comércio eletrônico;
Capacidade de 2 milhões de m² em armazém;
Presença em 224 países e regiões
Capacidade
Mais de 1,8 mil linhas aéreas e oceânicas;
Bloqueio de mais de 300 voos por mês;
Uso de ligação ferroviária entre China e Europa
Rede de armários inteligentes (smart lockers)
Rússia (5 mil)
1,2 mil (Polônia)
Para o Brasil em específico, o objetivo do Grupo Alibaba é ampliar a oferta de smart lockers para 1,5 mil em São Paulo já no ínicio de agosto. No país como um todo, a ideia, segundo Tang, é chegar a cinco mil armários do gênero.

O Fórum E-Commerce Brasil 2022 está acontecendo entre 26 e 27 de julho, no Transamérica Expo, em São Paulo.

Carteira do Google chega ao Brasil com suporte a pagamentos, ingressos e cartões

O Google anunciou a chegada do seu serviço de carteira digital para o Brasil na última quarta-feira (20). Chamado Carteira do Google (Google Wallet, em inglês), o aplicativo vai permitir armazenar e centralizar itens digitais, como cartões de crédito e débito, comprovantes de vacinação, bilhetes de transporte e ingressos para cinema ou eventos diversos.

Serão disponibilizados aplicativos para Android e WearOS. Dessa forma, será possível usar a Carteira nos celulares ou relógios inteligentes. O Google Pay, também conhecido como GPay, será integrado ao serviço para permitir o pagamento sem contato com dispositivos.

Esse modelo havia sido anunciado em maio desde ano, durante a Google I/O, e chegou apenas a poucos países. Agora, no total, 38 países devem receber a Carteira do Google nos próximos meses.

O serviço está bem parecido com o aplicativo de carteira da Apple, que também unifica tudo em um só local. Milhões de pessoas já usam seus celulares para comprar ingressos para shows, entradas de cinema ou teatro e fazer pagamentos em restaurantes ou estabelecimentos comerciais, mas o problema é que tudo costuma ficar espalhado em dezenas de apps diferentes ocupando oespaço no seu celular e exigindo a memorização de dezenas de senhas.

O que faz a Carteira do Google?
Um dos destaques é o armazenamento do comprovante de vacinação contra a covid-19, emitido pelo Ministério da Saúde. Graças a uma parceria com o Datasus, as pessoas poderão baixar diretamente do site e guardá-lo na Carteira do Google para exibir em locais onde for exigida a comprovação.

Imagem do aplicativo da carteiro do Google em um smartphoneCartões de embarque, cupons de fidelidade, ingressos de shows, comprovantes de vacina e cartões de pagamento podem ser adicionados na Carteira do Google (Imagem: Divulgação/Google)
Quem frequenta shows e cinemas também têm novidades: ingressos para o Rock In Rio 2022 também devem ser suportados pelo programa, e a platforma Ingresso.com integrou a API da Carteira para permitir que você centralize seus passes de entrada de modo digital no app do Google.

Mudança nas compras digitais
Segundo dados do Google, somente no ano passado, as buscas por pagamento sem contato cresceram 24%, um claro resultado do interesse dos brasileiros nesta nova forma de pagamento. Os pagamentos sem contato corresponderam a quase 1/3 das transações em março de 2022, conforme a Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

A gigante das buscas explica que dados pessoas não poderão ser compartilhados com terceiros sem a sua permissão e tudo só será acessado com senha, desenho do padrão ou biometria. Em caso de perda ou roubo do celular, a Carteira do Google oferecerá suporte ao recurso de “Encontrar meu dispositivo”, assim dá para localizar, bloquear ou apagar remotamente seu aparelho.

Quem já tem o Google Play instalado no dispositivo nem precisa se preocupar com o download, já que o aplicativo será atualizado automaticamente. Os que ainda não conhecem podem acessar a Play Store e procurar por “Carteira do Google” para começar a desfrutar dessa importante novidade.

Quais bancos são compatíveis com a Carteira do Google no Brasil?
Segundo a companhia, são 17 instituições parceiras da Carteira do Google no Brasil, o que inclui bancos, emissores de cartões e bandeiras:

Bradesco;
Banco do Brasil;
Caixa;
BTG;
C6Bank;
Itaú;
Inter;
Digio;
Neon;
Next;
Nubank;
XP;
Visa;
Mastercard;
ELO;
Ministério da Saúde;
e Ingresso.com.
A lista deve ser expandida nos próximos meses, principalmente porque qualquer pessoa pode fazer a integração. É só baixar a API e fazer os ajustes no serviço para oferecer o suporte à Carteira do Google.

Uma das possibilidades seria atrair órgãos públicos para permitir o armazenamento de documentos oficiais. Em vez de baixar um aplicativo para RG e outro para a Carteira de Motorista, você poderia apenas deixar tudo em um só local, sem a necessidade de andar com a versão física para lá e para cá.

AliExpress instala mais de 36 mil lockers em países da Europa

Objetivo da gigante de comércio eletrônico é montar mais de 47.500 até o final deste ano na região

O AliExpress, gigante de comércio eletrônico do grupo chinês Alibaba, já instalou mais de 36 mil lockers na na Europa até o final de junho e está a caminho de montar mais de 47.500 até o final deste ano.

A rede de armários dá aos consumidores do AliExpress acesso a um serviço de logística sem contato com horário de coleta flexível. Os compradores podem optar por retirar as encomendas conforme sua conveniência, digitalizando um código QR no locker mais próximo ou inserindo um código digital.

O AliExpress começou a construir sua rede de armários em colaboração com a Cainiao, a rede de logística do Alibaba, e seus parceiros locais em março do ano passado. A rede hoje alcança centros de negócios e pontos turísticos nas principais cidades europeias, incluindo Madri, Barcelona, ​​Paris e Varsóvia.

De acordo com o AliExpress, o uso diário de armários de encomendas na Espanha aumentou 15 vezes de março do ano passado até o final de junho. Na França, o uso diário de armários aumentou três vezes no mesmo período.

Robôs autônomos
Na China, o Alibaba, dono do AliExpress, segue apostando em robôs autônomos, que ultrapassaram a marca de 10 milhões de encomendas entregues em 31 de março, de acordo com o último relatório de ganhos da empresa. Mais de 500 robôs elétricos sem motorista, apelidados de Xiaomanlv, fazem entregas desde setembro de 2020 em campi universitários em toda a China.

Os dispositivos, equipados com tecnologia do Autonomous Driving Lab do instituto de tecnologia e ciência do Alibaba DAMO Academy, podem transportar cerca de 50 pacotes por vez e percorrer 100 quilômetros com uma única carga.

Os robôs do Alibaba podem navegar 99,9% do tempo sem intervenção humana, auxiliados por um algoritmo que encontra as rotas de entrega mais eficientes.

A empresa supervisionou a implantação dos robôs em mais de 200 universidades chinesas, onde entregam encomendas enviadas pelo sistema de correio Cainiao Post.

DHL investe em avião próprio para reduzir tempo de entrega no Brasil

No total, empresa de logística está aportando R$ 370 milhões no País.

A multinacional de logística DHL Express agora tem um avião próprio para fazer entregas no Brasil. A aeronave, um Boeing 767 com capacidade de 52 toneladas, faz a rota Miami-Campinas-Bogotá numa frequência de seis vezes na semana, com uma pausa técnica para manutenção, e custou R$ 130 milhões. No total, a DHL está investindo R$ 370 milhões no Brasil para diminuir o tempo de entrega de mercadorias, ampliar a atuação em ações ESG e aumentar a participação de mercado da empresa.

“Queremos aumentar nossa participação no mercado sem deixar a qualidade de lado e inserindo, cada vez mais, ações de sustentabilidade. De 2019 a 2021, foram investidos R$ 90 milhões. De 2022 a 2025, serão outros R$ 280 milhões, incluindo o avião”, destaca a CEO da DHL, Mirele Mautschke. Segundo ela, com o avião próprio a empresa quer dar a garantia de embarque para todos os clientes, independentemente do tamanho da remessa, em qualquer época do ano, sem depender das malhas aéreas comerciais.

A DHL continuará com voos diretos para os principais países da América Latina e Europa, oferecendo, assim, menor tempo de trânsito para as encomendas. Os clientes do Estado de São Paulo serão beneficiados com um dia a menos no tempo de trânsito para alguns tipos de importações.

Investimento em Viracopos
Maior aeroporto de cargas do País, Viracopos, em Campinas, também vai receber parte dos investimentos anunciados. Serão aportados R$ 40 milhões, nos próximos anos, para aumentar a capacidade de operação dos serviços de exportação. O investimento torna a DHL a primeira empresa a ter armazém alfandegário próprio no Brasil, o que permitirá ter o total controle sobre a cadeia logística das remessas no desembaraço da importação formal.

Em 2019, a Receita Federal do Brasil certificou a empresa como Operador Econômico Autorizado (OEA), na função de Agentes de Carga, Transportadora e Depositário Fiel.

A empresa também está investindo quase R$ 3 milhões para abrir ou ampliar lojas da DHL em diversas cidades do País, como Florianópolis (SC) e Vitória (ES). Ainda no Espírito Santo, outros R$ 3,5 milhões foram investidos na ampliação da filial DHL na cidade de Serra, região metropolitana da capital capixaba, para aumentar a capacidade de atendimento. A DHL possui 16 lojas próprias com mais de 450 parceiros e 19 filiais.

A DHL também vai eletrificar a frota de carros e motos, em até 60%, até 2030. Outro destaque é a parceria de R$ 2 milhões com a ONG Sobrasa, que atua na prevenção a afogamentos no mar e em águas doces.

Como a MOBY está transformando a logística brasileira por meio das torres de controle

Desde 2017, a Moby Consulting vem trazendo ao mercado um conceito inovador e disruptivo de torres de controle. A empresa é responsável pela implementação das torres de controle mais emblemáticas do Brasil e está presente nos segmentos do agronegócio, cervejeiro, combustíveis, bens de consumo, florestal, de logística rodoviária e varejo online.

De acordo com Achiles Rodrigues, diretor Comercial e de Marketing da empresa, depois de dezenas de torres implementadas, a Moby desenvolveu uma metodologia própria que vem mudando a forma de fazer logística no Brasil. A metodologia Moby consiste em integrar todo o ecossistema tecnológico (sistemas e infra) do negócio inserindo a empresa de vez no ambiente 4.0.

Aliando tecnologia de vanguarda com processos consistentes e – principalmente – capacitação das pessoas, a Moby apoia clientes a colocarem online todos os dados relevantes em uma só tela e ao alcance de poucos cliques.

A partir daí, em tempo real, a torre se torna responsável por suportar tomadas de decisão, possibilitando um monitoramento ativo sobre os tempos e movimentos envolvidos em diversas etapas da operação, maximizando os ativos e reduzindo custos em tempos ociosos e/ou improdutivos.

Além da atuação em tempo real na correção dos desvios, a metodologia Moby traz ferramentas importantes, como a criação de benchmark interno, KPIs estratégicos, gestão à vista e melhoria contínua dos processos, fundamentados em metodologia ágil e Lean Six Sigma.

COMO A MOBY AJUDA NA CONQUISTA DOS RESULTADOS?

Com dois braços de negócio, a Moby Consulting implementa torres de controle em três vertentes:

Torre InHouse: implementada na casa do cliente com transferência do know-how Moby;
BPO (Business Process Outsourcing) puro: torre de controle dedicada ao cliente, nas instalações da Moby em Campinas (hoje, torre de controle referência no Brasil) com todo o know-how e expertise já citados, em favor da operação do cliente;
BPO híbrido: torre de controle como outsourcing na casa do cliente, além de infraestrutura do cliente com a torre operada pelo time Moby. Significa dizer que a Moby faz alocação da equipe e também da metodologia e know-how.
Ao entregar maior eficiência e produtividade dos processos e equipamentos, seja em fases inbound ou outbound da cadeira, a empresa consegue aumentar a lucratividade e reduzir os custos operacionais em qualquer um dos três modelos.

Os benefícios proporcionados pela torre são:

Automação;
Visibilidade em tempo real (gestão à vista);
Rastreabilidade e Monitoramento;
Escalonamento de Gargalos Operacionais;
Padronização de Tratativas;
Redução Tempo Ocioso;
Atuação em Paradas Não Programadas;
Compartilhamento de metas;
Programação;
Padronização operacional;
Adoção de métricas (KPI / SLA);
Excelência na execução.
Como maior benefício destacado pela equipe está o aumento de performance dos equipamentos e redução de custos diretos da logística.

Em conjunto, todas essas ações proporcionam retornos diretos na conta frete em até 25%. Isso, sem mencionar os ganhos em reputação, qualidade, market share e segurança das informações, de pessoas e produtos.

Achiles ainda garante que diferente de outras empresas de mercado a Moby vem crescendo exponencialmente por não ser uma empresa de Power point, mas, por ser uma empresa mão na massa.

”Nós não falamos de teorias que só funcionam no campo das ideias ou em ambientes controlados. A Moby leva o cliente para conhecer o dia a dia de torres de controle que são referências no mercado e que monitoram ativamente milhares e milhares de ativos todos os dias do ano. E então, depois de um diagnóstico sobre os pilares de tecnologia, processos e pessoas, e, um business case bem estruturado, a Moby constrói junto com cada cliente a melhor solução em torre de controle para atender seu negócio e suas particularidade de logística e segurança.” – Achiles Rodrigues, diretor Comercial e de Marketing da Moby Consulting.

Operações da Amazon Brasil unem regionalismo e elementos da cultura estrangeira

Do estilo de operação à valorização do fator humano, empresa tem buscado incrementar o know-how internacional com particularidades marcantes da logística e do consumo brasileiros.

Dizer que a logística ganhou um papel de destaque durante a crise de Covid-19 é quase clichê. Mas os clichês existem porque são verdade – e, neste caso, a verdade é comprovada na prática. Que o diga a Amazon: dos 12 centros de distribuição que a empresa tem atualmente no Brasil, 11 foram inaugurados durante a pandemia, refletindo um momento em que o comércio eletrônico ganhou status de necessidade básica para a população.

O investimento em Logística tem sido considerável, contemplando, inclusive, a força de trabalho humana. Atualmente, a área de operação da empresa, que chegou ao Brasil em 2012 e expandiu o target em 2017, é formada por 8 mil funcionários.

E, apesar de o fator tecnológico estar presente nos centros de distribuição, o posicionamento da companhia é taxativo: “Não é o nosso intuito automatizar a operação, mas sim ter a tecnologia auxiliando os nossos colaboradores. Temos muita tecnologia para tornar melhores a vida e a atividade dos nossos funcionários, e não para substituí-los”, pontua Thomas Kampel, head of Public Relations de Operações da Amazon no Brasil.

Segundo Kampel, essa premissa é fortalecida pela expansão global da companhia, que deixa de ser vista como uma empresa americana.

“O que a gente tenta sempre é trazer inovação de outros mercados para aplicar aqui, além de ter flexibilidade em desenvolver ações pontuais no Brasil. É a mistura de inspiração em quem começou e o regionalismo para deixar a operação com a cara do Brasil.” – Thomas Kampel, head of Public Relations de Operações da Amazon no Brasil.

Um exemplo disso é o centro de distribuição da empresa em Nova Santa Rita (RS), empreendimento de 41 mil m² inaugurado em novembro de 2020 para o processamento das vendas feitas pela Amazon na região Sul do Brasil. Apesar de formado por sistemas e processos que são padronizados em nível global, o espaço também foi otimizado para refletir as características da operação, como o processo de armazenagem sortida.

A estratégia de armazenagem sortida consiste em distribuir produtos diversos de forma quase aleatória, seguindo tendências de consumo. Assim, quando um cliente faz uma compra de itens que, em via de regra, não se relacionam – exemplo: um livro, um fone de ouvido e um par de sapatos –, não se desperdiça tempo no processo de picking, uma vez que há uma variedade de produtos que foram armazenados estrategicamente próximos.

O fator humano também aparece nas questões particulares ao Brasil. De acordo com a líder do centro de distribuição da Amazon em Nova Santa Rita (RS), Ana Laura Bueno, foram contratados 550 funcionários temporários para trabalhar neste CD durante o Prime Day, evento de vendas da empresa marcado para os dias 12 e 13 de julho. Regularmente, o empreendimento em Nova Santa Rita possui 350 colaboradores regulares.

“O nosso ponto é simplificar. Além de que a contratação de novas pessoas é uma forma de garantir a qualidade de vida dos profissionais e não estressar a cadeia”, explica Ana Laura, enfatizando que o benchmark com unidades em outros países é fundamental para alcançar essa eficiência operacional.

“Se tem alguém lá na Europa utilizando uma ferramenta nova e ela fizer sentido para a nossa realidade, é possível trazê-la para cá, uma vez que é um sistema interligado. A gente faz muita troca com outros países. É uma forma de usar essa conexão para nos inspirar, até porque a Amazon ainda é uma empresa muito recente no Brasil.” – Ana Laura Bueno, líder do centro de distribuição da Amazon em Nova Santa Rita (RS).

CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO “SURPRESA”
No ano passado, em um intervalo de menos de dois meses – entre setembro e novembro de 2021 –, a Amazon inaugurou três centros de distribuição no Brasil – no Rio de Janeiro (RJ), em Cabo de Santo Agostinho (PE) e em Fortaleza (CE) – sem grandes alardes. E, de acordo com o Country Manager da empresa no Brasil, Daniel Mazini, o objetivo é esse mesmo.

“A gente não tem o hábito de anunciar o CD antes de lançar para que possamos ter a oportunidade de avaliar a viabilidade até o último momento possível, pois os planos podem mudar. Estamos analisando isso e vamos continuar lançado, mas só vamos lançar somente quando estivermos prontos para isso.” – Daniel Mazini, Country Manager da Amazon no Brasil.

Essa estratégia é associada à criação de centros urbanos, caracterizados por estações de entrega nas grandes metrópoles. Porém, Mazini explicou que o grande desafio desses centros urbanos é a quantidade de produtos possíveis de serem alocados.

Além disso, o executivo pontuou para a empresa uma meta ambiciosa: ter SKUs suficientes para que qualquer produto seja escolhido o mais rápido possível. “Para isso, a gente precisa investir em logística de mid mile e obter um last mile eficiente”, ressaltou.

A visão do executivo está em consonância com Ricardo Pagani, em entrevista exclusiva para a Mundo Logística em março deste ano. “Para selecionar um novo local, sempre fazemos uma análise da topologia de nossa rede de distribuição para descobrir quais as principais cidades para abastecermos com os produtos que vendemos e fazermos as entregas”, pontuou, na ocasião.

“Nós queremos criar um impacto real para o consumidor brasileiro ao anunciar que a Amazon aumentará significativamente sua estrutura por meio de um sistema de logística atualizado que reduzirá o tempo de entrega e aprimorará a experiência de compra com as novas operações no local. […] A Amazon tem um forte compromisso de longo prazo com o Brasil e planeja, acima de tudo, oferecer a melhor experiência de compra para nossos clientes. Isso envolve, é claro, uma melhoria contínua de nossa infraestrutura.” – Ricardo Pagani, diretor de Operações da Amazon no Brasil, em entrevista para a Mundo Logística.

Internet das Coisas: os impactos da chegada do 5G

Com o aumento das conexões digitais, a nova geração da internet deve transformar o mercado brasileiro.

Na última semana, foi confirmada a chegada da última geração da internet móvel ao Brasil. Primeiro, o 5G foi implementado em Brasília e, agora, está sendo gradualmente disponibilizado nas capitais restantes. Como esperado, a novidade vai aprimorar e agilizar as conexões entre aparelhos eletrônicos, mas não para por aí. O sinal 5G pode impactar o conceito da Internet das Coisas (IoT na sigla em inglês) e atuar nas áreas de educação, saúde, transporte, segurança, entretenimento e finanças.

De forma direta, quando falamos sobre a chegada de uma conexão mais rápida, os benefícios imediatos que pensamos são aqueles mais rasos: rapidez na entrega de mensagens, melhora no download de arquivos, fim da lentidão em chamadas de vídeos, entre outros. Contudo, a revolução que a nova tecnologia deve trazer vai além do setor de telecomunicações – é aí que entra a Internet das Coisas (IoT).

A expressão IoT foi criada em 1999 por Kevin Ashton, pesquisador britânico do Massachusetts Institute of Technology (MIT), e nada mais é do que a possibilidade de conexão entre as pessoas e os objetos que as cercam, que funciona a partir de redes sem fio. Alguns exemplos comuns do uso dessa tecnologia são encontrados em Smart TVs, fechaduras inteligentes, smartwatches etc.

Seguindo o conceito de IoT e começando pela área de educação, a tecnologia pode impulsionar o ensino digital do País através do acesso à internet mais rápida. Durante a pandemia, muitos professores e estudantes sofreram com a falta de acessibilidade digital na educação a distância. O 5G vai expandir essa acessibilidade e transformar o ensino de diversas instituições que mantiveram o modelo a distância ou híbrido.

Falando de saúde, a estabilidade da rede faz com que seja possível que médicos auxiliem cirurgias de maneira remota, o que facilita a intervenção e o acompanhamento de pacientes que não conseguem comparecer ao local de atendimento específico.

Os impactos aos meio de transporte e segurança andam juntos, já que os automóveis poderão estar conectados e em sintonia a fim de diminuir os números de acidentes. No entretenimento, as vantagens encontram-se na rapidez do download de games e streamings.

O 5G, por fim, também tem o poder de movimentar o ecossistema de negócios e, consequentemente, as finanças do País. Com a possibilidade de desenvolvimento de novas tecnologias, como as citadas acima, há a expectativa de uma geração significativa de novos empregos. Além disso, a rede deve agilizar processos operacionais burocráticos, como os de onboarding e os de pagamentos digitais.

Falando em números, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) pretende arrecadar até R$ 49,7 bilhões com o leilão do 5G, sendo R$ 39,1 bi em investimentos e outros R$ 10,6 bi em outorgas.

A Accenture, empresa de consultoria global, publicou um estudo que diz que a tecnologia vai gerar um lucro de mais de 2 trilhões de euros entre 2021 e 2025 na Europa. Nos Estados Unidos, os ganhos devem chegar em mais de US$ 2,7 trilhões de vendas, com o potencial de criar 16 milhões de empregos em todos os setores da economia norte-americana.

A empresa de consultoria afirmou que ainda é muito cedo para ter certeza do impacto no Brasil, já que a tecnologia ainda nem chegou em todas as cidades, mas as expectativas são boas. Estamos em um momento propício para acompanhar a aceleração digital que já acontece em outros lugares do mundo.

Com a mão de obra correta, o 5G pode ser o recurso que faltava para que consigamos ampliar nosso gerenciamento da tecnologia. Enquanto esperamos pelos resultados futuros que podem revolucionar o mercado brasileiro, os usuários já podem aproveitar o envio rápido de mensagens e as chamadas de vídeo sem travar.
Carlos Carvalho é CEO da Truppe!

Inflação no comércio eletrônico deve crescer 0,27% em junho

Maiores altas foram nos preços de notebooks, panelas elétricas e bicicletas.

O Índice de Inflação na Internet (E-Flation), que mede a variação no preços dos produtos comprados virtualmente, deve crescer 0,27% em junho, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar). No acumulado dos últimos seis meses, o índice deve manter estabilidade.

“Apesar das alterações bastante significativas mês a mês, nos últimos seis exercícios, os preços na internet ficaram praticamente estáveis no acumulado do semestre, ou seja, uma variação positiva de apenas 0,8%. No mesmo período, apenas como referência, pois se trata de uma outra cesta de bens, o IPCA cresceu 5,5%”, analisa Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar, em nota à imprensa.

Em junho, as maiores altas no E-Flation foram nos preços de notebooks, com aumento de 6,54%; panelas elétricas, com 2,92%; bicicletas, com 2,76%; e lavadora de roupas, com 2,61% aparecem em seguida.

Os itens que apresentaram menor variação de preço foram TVs, com queda de 3,58%; geladeiras, com baixa de 3,17%; fones de ouvidos, com 2,75%; e micro-ondas, com 1,63%. A única categoria a se manter estável no mês foi a de calçados. O Ibevar coletou informações de preços dos produtos mais vendidos no ambiente digital em 35 categorias.