Inteligência artificial na logística: como usá-la para melhorar o prazo de entrega?

A inteligência artificial na logística está impulsionando uma transformação sem precedentes no setor de e-commerce.

Tarefas que antes consumiam tempo e recursos agora podem ser otimizadas de forma muito mais estratégica.
Mas não se trata apenas de cortar custos. Estamos falando de transformar a logística em uma vantagem competitiva real.

Saiba como a inteligência artificial está revolucionando a logística no e-commerce, tornando processos mais rápidos, eficientes e estratégicos para entregar resultados além do esperado.
Planejamento de rotas, gestão de estoques, previsão de demandas… tudo isso é feito com mais eficiência, precisão e velocidade com o apoio da IA.

Se você ainda pensa que essa tecnologia é exclusividade de gigantes do mercado, este artigo certamente te fará mudar de ideia.

A inteligência artificial está mais acessível do que nunca, pronta para impulsionar qualquer negócio que queira crescer e se destacar. Se você quer entender como tornar isso uma realidade, fique por aqui.

Como funciona a inteligência artificial na logística?

A inteligência artificial na logística é sobre usar tecnologia para deixar os processos mais rápidos, inteligentes e, principalmente, eficientes.

Quando falamos de IA nesse setor, estamos falando de algoritmos avançados que conseguem analisar uma quantidade enorme de informações, encontrar padrões e, a partir disso, ajudar a tomar decisões muito mais precisas.

Por exemplo, imagine um sistema que ajusta automaticamente o estoque da sua empresa com base em dados históricos de vendas, sazonalidade e até informações externas, como mudanças no mercado.

É isso que a IA faz. Mas, claro, o cenário atual ainda está longe de ser perfeito.

Muitas empresas – especialmente as pequenas e médias – ainda dependem de métodos tradicionais, como planilhas Excel, para controlar estoques, rotas e até mesmo previsões de demanda.

O problema é que essas ferramentas, por mais úteis que sejam, já não dão conta da complexidade do mercado atual. É aí que entra o ponto mais importante: a transição para a IA não é mais uma escolha, é uma necessidade.

Como a inteligência artificial na logística otimiza a entrega?

Entregar rápido, no prazo certo e com custos controlados é o que toda empresa busca. E é aqui que a inteligência artificial faz a diferença.

Vamos ver como isso acontece na prática?

Abaixo, eu listei os principais pontos em que a IA faz toda a diferença na otimização das entregas.
Confira:

1. Planejamento de rotas em tempo real
Se tem uma área em que a inteligência artificial mostra todo o seu poder, é no planejamento de rotas.

Hoje, esse processo não é mais sobre simplesmente calcular um caminho fixo e torcer para que tudo dê certo.

Soluções como Waze e Google Maps, integradas à telemetria – ou seja, coleta informações dos veículos em tempo real -, levam em conta fatores como trânsito, clima, obras e até acidentes para garantir entregas no menor tempo possível.

E as entregas rápidas têm sido cada vez mais decisivas no processo de compra: de acordo com uma pesquisa da Capterra, 73% dos consumidores esperam que e-commerces ofereçam entregas ultrarrápidas.

2. Previsão de demanda mais inteligente
Quem empreende sabe que prever a demanda é um dos maiores desafios na logística. Afinal, errar nessa etapa pode significar estoques cheios de produtos que não vendem ou prateleiras vazias quando o cliente mais precisa.

Para resolver esse problema, a IA utiliza dados históricos de vendas, tendências de mercado e sazonalidade para prever o que será necessário em determinado período.

É como ter um sistema que consegue antecipar a próxima ação do mercado, mas com base em dados reais.

E como isso acontece? A chave está na capacidade de cruzar diferentes fontes de informação.

3. Gestão preditiva da frota
Quebras inesperadas, manutenções fora de hora e até o consumo excessivo de combustível podem impactar diretamente nos custos e no desempenho da sua operação logística.

É aqui que a gestão preditiva da frota, com ajuda da inteligência artificial, faz toda a diferença.

A IA coleta dados em tempo real de sensores instalados nos veículos. Esses sensores monitoram tudo: desgaste de peças, consumo de combustível, temperatura do motor e até o comportamento do motorista.

Com essas informações, a IA consegue prever quando um veículo precisa de manutenção, antes mesmo de apresentar qualquer problema.

4. Otimização de cargas
O processo funciona assim: a IA analisa dados como dimensões dos produtos, peso, pedidos a serem entregues e até restrições específicas, como fragilidade ou temperatura.

A partir dessas informações, ela cria o melhor plano de carregamento possível, garantindo que cada centímetro do veículo seja bem utilizado.

Essa tecnologia também ajuda a organizar as entregas em ordem lógica, priorizando o que precisa ser descarregado primeiro – algo que não só melhora a produtividade dos motoristas, mas também reduz o tempo de parada em cada entrega.

5. Rastreamento e monitoramento contínuos
Saber onde está cada entrega em tempo real não é só uma vantagem competitiva: é uma necessidade para oferecer o nível de serviço que o cliente espera.

Com a inteligência artificial, esse processo fica ainda mais eficiente e detalhado.

A IA trabalha conectada a dispositivos IoT, telemetria dos veículos e sistemas de monitoramento. Essas tecnologias capturam dados sobre a localização do veículo, condições da carga e também fatores externos, como trânsito e clima.

Tudo isso é analisado em tempo real para garantir que as entregas sigam conforme o planejado.

IA como diferencial competitivo no e-commerce
Se você quer se destacar no e-commerce, não dá para ignorar as vantagens que a inteligência artificial pode trazer para sua logística.

Mas antes de sair adotando qualquer ferramenta, é essencial entender as principais dores da sua operação e planejar a implementação da IA de forma estratégica.

Primeiro, analise onde sua logística tem falhas ou gargalos:

– Está enfrentando atrasos nas entregas?

– Problemas com estoques mal planejados?

– Altos custos operacionais?

Essas questões precisam ser identificadas antes de buscar uma solução.

Depois de entender os pontos críticos, o próximo passo é escolher as ferramentas de IA que realmente atendam às suas necessidades.

Aqui, a ideia é começar pequeno, com uma solução que traga resultados visíveis e permita que sua equipe se adapte à tecnologia.

Para te inspirar, vamos explorar como grandes empresas já estão utilizando IA para se destacar no mercado.

Amazon
A Amazon é referência quando falamos de IA na logística.

A empresa implementou sistemas que combinam IA com algoritmos avançados para reduzir a distância entre o produto e o cliente.

Essa estratégia, conhecida como “regionalização”, usa armazéns mais próximos dos consumidores para acelerar as entregas.

Além disso, a Amazon investiu em robôs e drones que otimizam tanto o transporte quanto a operação interna de seus armazéns.

Um exemplo famoso é o robô Scout, que realiza entregas de forma autônoma nos Estados Unidos. A iniciativa ainda é um teste, mas mostra o que pode ser possível daqui a alguns anos.

Renner
No Brasil, a Renner também está mostrando o poder da IA na logística.

O novo centro de distribuição em Cabreúva (SP) conta com mais de 300 robôs responsáveis por gerenciar o armazenamento de produtos e organizar pedidos.

Essa tecnologia permite que a Renner integre totalmente suas lojas físicas e o e-commerce, acelerando o processo de reposição e entrega.

A IA também é usada para trabalhar com dados de vendas e prever demandas futuras, garantindo que as lojas e o e-commerce tenham os produtos certos no momento certo.

Mercado Livre
O Mercado Livre é um exemplo prático de como a inteligência artificial já faz parte da logística moderna.

Nos centros de distribuição, a IA identifica onde cada produto está armazenado, direciona os operadores para coletarem os itens na sequência mais eficiente e calcula a melhor embalagem para otimizar o transporte.

Tudo pensado para ganhar tempo e reduzir erros.

Na etapa de entrega, a IA entra novamente em ação. Com base em dados de trânsito e condições climáticas, ela ajusta as rotas em tempo real para garantir que os prazos sejam cumpridos.

Esse nível de precisão só é possível com algoritmos que cruzam informações continuamente e ajustam as operações de forma dinâmica.

Quais os desafios e as limitações da IA na logística?
Apesar de todos os benefícios que a inteligência artificial pode trazer para a logística, implementar essa tecnologia não é tão simples.

Os principais desafios da IA na logística são:

– O custo inicial;

– A necessidade de treinamento e adaptação da equipe;

– Dependência de dados de qualidade.

Softwares avançados, sensores e sistemas integrados não são baratos e podem assustar, especialmente negócios menores.

Vale lembrar também que a transição para uma logística impulsionada por IA não é apenas tecnológica, mas também humana.

Os colaboradores precisam se adaptar a novas ferramentas e aprender a interpretar dados complexos, algo que pode gerar resistência inicial e comprometer os resultados.

E por último, mas não menos importante, a eficácia da IA depende diretamente da qualidade e da quantidade dos dados disponíveis.

Empresas que não possuem um histórico robusto de dados ou que utilizam métodos manuais para registrar informações podem enfrentar dificuldades em obter resultados precisos.

Mas esses obstáculos têm solução! O primeiro passo é buscar parcerias com fornecedores especializados.

Empresas experientes na aplicação da inteligência artificial na logística podem fornecer as ferramentas certas, mas também ajudar na implementação e no treinamento. Além disso, fica mais fácil se você começa pequeno.

Priorize processos críticos, como planejamento de rotas ou gestão de estoque, para introduzir a IA gradualmente. À medida que a equipe se adapta e os resultados aparecem, fica mais fácil expandir.

Com planejamento e as decisões certas, a IA pode deixar de ser um desafio para se tornar a maior aliada da sua logística. O segredo é começar.

A importância da capilaridade no varejo de produtos de uso contínuo

A capilaridade no varejo, especialmente em relação a produtos de uso contínuo, como gás, medicamentos e alimentos, é crucial para garantir que esses itens essenciais estejam sempre acessíveis à população. Este artigo explora a importância da capilaridade no varejo e destaca algumas boas práticas implementadas no Brasil para otimizar a distribuição desses produtos.

Capilaridade no varejo: conceito e importância

A capilaridade no varejo refere-se à capacidade de uma rede de distribuição e vendas de atingir uma ampla extensão geográfica e diferentes perfis de consumidores, garantindo presença física ou virtual em regiões urbanas e rurais. Para produtos de uso contínuo, isso significa que os consumidores podem adquirir itens essenciais sem grandes deslocamentos ou atrasos, promovendo conveniência e fidelidade.

A capilaridade vai além da presença física de lojas e revendas. Ela engloba a eficiência logística, a disponibilidade de canais de atendimento e a flexibilidade para adaptar-se às demandas regionais. Esse conceito é essencial em mercados como o brasileiro, onde há grande dispersão populacional e desafios de infraestrutura.

Principais setores impactados pela capilaridade

Gás de cozinha

O gás de cozinha é um item essencial para a maioria das famílias brasileiras. Mais de 91% delas utilizam o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) em botijões, principalmente para cozinhar alimentos.

A capilaridade no varejo de gás garante que até mesmo as regiões mais remotas tenham acesso a esse produto. As empresas investem em uma vasta rede de distribuidores e revendedores para assegurar a disponibilidade contínua do gás. A malha logística do segmento de gás é uma das mais avançadas no Brasil, incluindo entregas diretamente nas residências dos clientes. Segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo), existem 58 mil revendas autorizadas no Brasil. Muitas dessas revendas oferecem serviços de entrega por telefone ou aplicativos, facilitando o acesso ao gás em tempo real, especialmente em regiões periféricas.

Medicamentos

A disponibilidade de medicamentos é crítica para a saúde pública. Farmácias e drogarias espalhadas por todo o território nacional garantem que a população tenha acesso aos medicamentos necessários, independentemente da sua localização.

A indústria farmacêutica e as redes de farmácias têm estratégias robustas de capilaridade para garantir acesso aos medicamentos, mesmo em áreas de difícil alcance.

  • Grandes redes de farmácias: Drogasil, Droga Raia, Pague Menos e Drogaria São Paulo possuem milhares de lojas espalhadas por todo o Brasil. O CFF (Conselho Federal de Farmácias) contabiliza 90 mil estabelecimentos neste segmento. Muitas delas estão localizadas em áreas estratégicas, como centros comerciais, periferias urbanas e pequenas cidades.
  • Farmácia Popular: Esse programa governamental permite a distribuição subsidiada de medicamentos em parceria com farmácias privadas, alcançando uma grande população, inclusive em regiões carentes.
  • Vendas por e-commerce e entrega em domicílio: empresas como a Drogaria Pacheco e Panvel utilizam plataformas digitais para vender medicamentos, complementando sua capilaridade física e atendendo consumidores em áreas remotas.
  • Distribuição em locais remotos: para medicamentos essenciais, como insulina e vacinas, distribuidoras farmacêuticas, como a EMS e Eurofarma, utilizam sistemas logísticos avançados que garantem o transporte em condições controladas para clínicas, postos de saúde e farmácias em todas as regiões.

Alimentos

A distribuição de alimentos deve ser eficaz para evitar desperdícios e garantir que todos tenham acesso a produtos frescos e de qualidade. Redes de supermercados e pequenos comerciantes trabalham em conjunto para criar uma cadeia de suprimentos eficiente, desde a produção até o consumidor final. De acordo com o Ranking Abras 2024, o Brasil conta com aproximadamente 94 mil lojas empenhadas diariamente em atender um público estimado em 28 milhões de consumidores.

Boas práticas no varejo brasileiro

Relacionamos a seguir as boas práticas que têm feito diferença no avanço da capilaridade de grandes empresas.

Expansão por meio de franquias

Redes como Ultragaz (no segmento de gás de cozinha) e Drogasil (no setor farmacêutico) utilizam modelos de franquia para ampliar sua presença. Esse modelo permite que empreendedores locais operem lojas em suas comunidades, garantindo uma operação mais eficiente e adaptada às necessidades regionais.

Redes de distribuição

Muitas empresas brasileiras implementam redes de distribuição robustas para garantir a capilaridade de seus produtos. Utilizam centros de distribuição estrategicamente localizados para otimizar o transporte e reduzir o tempo de entrega.

Parcerias estratégicas

Formar parcerias com pequenos comerciantes locais e cooperativas é uma prática comum que aumenta a capilaridade no varejo. Essas parcerias permitem que produtos cheguem a mercados que grandes varejistas talvez não consigam alcançar diretamente.

Tecnologia e logística

Investimentos em tecnologia e logística são cruciais para melhorar a capilaridade. Sistemas de gestão de estoques, monitoramento de rotas de entrega e plataformas de e-commerce são exemplos de como a tecnologia pode facilitar a distribuição eficaz de produtos.

Programas governamentais

Programas governamentais, como o Programa Farmácia Popular, ajudam a aumentar a capilaridade de medicamentos no Brasil. Através de subsídios e parcerias com farmácias privadas, o governo garante que medicamentos essenciais estejam disponíveis a preços acessíveis em todo o país.

Desafios e oportunidades

Embora a capilaridade apresente inúmeros benefícios, também existem desafios a serem enfrentados. A infraestrutura deficiente em algumas regiões e os altos custos de logística podem dificultar a distribuição. No entanto, estas dificuldades também representam oportunidades para inovação, como o desenvolvimento de novas tecnologias de transporte e a criação de modelos de negócios mais sustentáveis. Aqui estão alguns exemplos de empresas brasileiras do varejo que possuem uma grande capilaridade de lojas:

Grupo Boticário: Com mais de 3.700 lojas espalhadas por todo o Brasil, o Grupo Boticário é uma das maiores redes de perfumarias e cosméticos do País.

Cacau Show: Especializada em produtos de chocolate e confeitaria, a Cacau Show possui mais de 4.500 lojas em várias regiões do Brasil.

Magazine Luiza: Uma das maiores varejistas do Brasil, a Magazine Luiza conta com uma vasta rede de 1.200 lojas físicas em 21 estados, além de uma forte presença online. O Magazine Luiza transformou suas lojas em pontos de distribuição de produtos, reduzindo substancialmente os prazos de entrega para os clientes.

Via Varejo: Esta empresa, que inclui as marcas Casas Bahia e Pontofrio, também possui uma vasta rede de mais de 1.000 lojas em 400 municípios de várias regiões do Brasil.

Redes como Petrobras (BR Distribuidora), Ipiranga e Shell são exemplos de empresas que possuem ampla capilaridade, com milhares de postos espalhados pelo Brasil. Elas alcançam desde grandes centros urbanos até cidades menores e rodovias remotas, garantindo o abastecimento contínuo de veículos.

Essas empresas conseguem alcançar uma ampla capilaridade graças a estratégias eficazes de distribuição, parcerias estratégicas e investimentos em tecnologia e logística.

Conclusão

A capilaridade no varejo de produtos de uso contínuo é essencial para garantir o bem-estar da população e um desafio para grandes varejistas. No Brasil, diversas boas práticas têm sido implementadas para melhorar a distribuição e garantir que todos tenham acesso a itens essenciais.

Investir em redes de distribuição eficientes, formar parcerias estratégicas e utilizar a tecnologia são estratégias fundamentais para alcançar uma capilaridade eficaz e, consequentemente, um varejo mais inclusivo e eficiente.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/31/12/2024/artigos/a-importancia-da-capilaridade-no-varejo-de-produtos-de-uso-continuo/”

Com descentralização da inovação, tech hubs brasileiros ganham nova geografia

Polos emergentes fora do eixo Sul-Sudeste ganham destaque no cenário de startups da América Latina.

A fase atual dos tech hubs no país é marcada por uma descentralização do eixo Sul-Sudeste. Esses polos emergentes de inovação, que impulsionam as startups ao gerar conexões entre centros de pesquisa, universidades, corporações, incubadoras e investidores, ganham força pelo Brasil.

Uma das explicações para o desenvolvimento desses locais está justamente nas diferenças de atributos entre as regiões onde despontam. “Cada cidade possui características culturais e de empreendedorismo próprias e únicas para incentivar a inovação”, afirma Gabriel Silva Póvoa, analista de inovação do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

As particularidades de perfis estão conectadas a interesses e formas de crescimento de cada hub, bem como aos tipos de negócio que impulsionam. São Paulo, por exemplo, ao concentrar bancos e profissionais da área, tornou-se um local propício para o surgimento de tech hubs estruturados pelas próprias instituições financeiras, interessadas em produzir fintechs e talentos que enriqueçam o setor. Em outros centros, o empurrão do poder público é crucial para que a inovação avance e atenda a demandas específicas, como a transformação do próprio município em cidade inteligente. É o que acontece em Belém.

Cidades como Florianópolis e Vitória contaram com incentivos fiscais e a instalação de indústrias de tecnologia. A capital catarinense, por sinal, é um dos polos que seguem o modelo de “ter à frente universidades e centros de inovação”, afirma Tony Chierighini, vice-presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e diretor-executivo da incubadora Celta. “O crescimento da oferta de serviços de saúde e a força dos cursos da Unisul [Universidade do Sul de Santa Catarina] nessa área têm fomentado ações nos hubs para gerar tecnologia e mão de obra qualificada para o setor, direcionando a vocação do ecossistema local.” A cidade capixaba, por sua vez, se beneficia dos aportes do Fundo Soberano do Estado do Espírito Santo em startups de tecnologia.

Incentivos a negócios inovadores no país também partem de “aceleradoras locais e bancos de desenvolvimento regionais”, avalia Emanuel Hernandez, diretor de pesquisas da Lavca, associação para o investimento do capital privado que realizou o “2024 Latin American Startup Ecosystem Insights”.

Por esse relatório, Blumenau, Brasília, Campinas e Vitória figuram pela primeira vez no ranking de plataformas emergentes de startups, juntando-se a Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro. O estudo considera cidades em que ao menos dez startups receberam aporte de venture capital nos últimos cinco anos. São Paulo é o principal e mais consolidado hub de toda a América Latina.

Fonte: “https://revistapegn.globo.com/startups/noticia/2024/12/com-descentralizacao-da-inovacao-tech-hubs-brasileiros-ganham-nova-geografia.ghtml”

Business Intelligence (BI): a tendência que moldará o e-commerce em 2025

Você consegue imaginar a quantidade de dados que um e-commerce produz diariamente? Dados da jornada do cliente, indicadores de desempenho e vendas, status dos pedidos e por aí vai. Mas, se esses dados estiverem “espalhados”, um em cada plataforma ou planilha, de nada valem para construir uma loja online que se mantém a longo prazo.

A solução para esse “problema” está na estratégia de Business Intelligence (BI), que vem despontando como uma ferramenta essencial para garantir eficiência operacional, personalização de experiências e tomada de decisão guiada pelo pote de ouro do varejo digital moderno: os dados.

Por isso, neste artigo, tenho a missão de pontuar algumas tendências de BI em que você deve investir para atingir todo o potencial do e-commerce em 2025, aproveitando o diferencial competitivo da análise de dados. Vamos lá?

O papel estratégico do BI no e-commerce

De acordo com a McKinsey, empresas que utilizam dados de maneira estruturada podem crescer entre 15% e 25% acima da média do mercado. No e-commerce, essa prática se traduz em análises mais rápidas e precisas, permitindo entender o comportamento do consumidor, identificar tendências e otimizar operações. Assim, as plataformas de BI estão à frente dessa transformação, proporcionando flexibilidade e integração de dados, uma necessidade cada vez maior no setor.

Na prática, as ferramentas de BI oferecem dashboards interativos que permitem acompanhar métricas como volume de vendas, origem dos pedidos (marketplace ou loja própria), produtos mais vendidos e até indicadores financeiros. Esse acompanhamento é indispensável em momentos de alta demanda, como a Black Friday ou o Natal, quando decisões rápidas e precisas são indispensáveis.

Tendências de BI para 2025

A adoção das ferramentas de dados segue impulsionada por avanços tecnológicos e mudanças nas expectativas das empresas de e-commerce, somada a um apetite cada vez maior por consumo de dados íntegros e históricos.

Com esse cenário em mente, trago para este artigo quatro tendências de BI que vão fazer a diferença nas vendas online no próximo ano.

1 – Integração de dados em nuvem

A centralização de informações de diversos canais de vendas em um único painel de dashboard, acessível em qualquer lugar e a qualquer momento, é um diferencial competitivo. Essa abordagem facilita a visualização da jornada de compra do consumidor, otimizando a experiência do cliente e a gestão operacional, assim como permite a realização de análises preditivas, o que está atrelado ao próximo tópico.

2 – Automação com inteligência artificial (IA) e machine learning

Quando a inteligência artificial (IA) é acrescentada ao BI, as análises vão além da simples visualização de dados. Com algoritmos avançados, é possível prever vendas, recomendar estratégias de abastecimento e até identificar padrões de comportamento ocultos nos dados. Por exemplo, uma ferramenta de BI pode sugerir automaticamente o aumento de estoques em determinadas categorias com base em tendências históricas, o que gera projeções mais assertivas.

3 – Aplicação em diversas etapas da jornada de compra

Mas se engana quem pensa que as ferramentas de BI são exclusivas do setor de vendas. Elas também estão sendo amplamente utilizadas em áreas como marketing, logística, CRM e tecnologia. O compartilhamento de dados por meio de um dashboard unificado permite que diferentes departamentos trabalhem com informações consistentes e que estejam na mesma “página”.

Para que tudo funcione dentro dos trilhos, então, é fundamental investir em capacitação do time e em tecnologias que democratizam o acesso às análises, como o Self-Service BI. Esse modelo permite que profissionais de diferentes áreas explorem dados de forma ágil e eficiente.

4 – Governança e qualidade dos dados

À medida que mais empresas adotam ferramentas de BI, a governança e a qualidade dos dados se tornam prioridades. A implementação de frameworks sólidos garante que as decisões sejam tomadas a partir de informações confiáveis, acuradas e integradas, minimizando erros e riscos ao longo de toda operação de e-commerce.

BI e a personalização da experiência do cliente

Como já disse ao longo deste conteúdo, o BI desempenha um papel crucial ao permitir análises detalhadas do comportamento do cliente, facilitando a criação de campanhas segmentadas. E justamente por isso, ele é a carta na manga para nutrir experiências cada vez mais personalizadas e direcionadas para cada perfil de público.

Análises de Cohort e RFV (Receny, Frequency and Value) fornecem insights relevantes sobre o padrão de comportamento dos clientes, além de auxiliar no entendimento do modo como esse padrão oscila no decorrer do tempo.

Com essas informações, é possível, por exemplo, antecipar as necessidades dos consumidores, enviar recomendações de produtos de acordo com as suas preferências e até mesmo ajustar preços de maneira dinâmica para aumentar a conversão.

E então, o que vem por aí?

Por todos os argumentos que trouxe ao longo deste artigo, o BI é um diferencial estratégico que capacita as empresas a responderem rapidamente às mudanças do mercado, otimizando processos e melhorando a experiência do consumidor.

Em 2025, aqueles que souberem aproveitar o poder do BI estarão mais preparados para liderar essa nova era dos negócios digitais. Utilize os dados a seu favor e veja o seu e-commerce entrar no próximo ano com o pé direito.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/business-intelligence-bi-a-tendencia-que-moldara-o-e-commerce-em-2025”

 

 

Lucro no e-commerce: 7 pontos de atenção para não deixar dinheiro na mesa

É oficial, a agenda de eventos do E-Commerce Brasil encerra-se em Porto Alegre com a Conferência Rio Grande do Sul. Depois de um ano repleto de conteúdos, Marcelo Vieira e Mauro Tschiedel, apresentadores do palco desta edição, disponibilizaram uma palestra com provocações sobre a lucratividade dos negócios digitais.

De acordo com Marcelo, “o básico nos escapa por entre os dedos”, principalmente quando pensamos em pequenos e médios lojistas, os “super heróis”, que fazem de tudo um pouco dentro da operação.

Para ele, existem 7 tópicos com pontos de atenção para estruturar a estratégia de um e-commerce.

1. Planejamento e viabilidade

“O cerne de qualquer negócio é o planejamento”, argumenta. “Se o seu negócio começa sem um planejamento, o que acontece muito, ele já começou errado”.

Para Mauro, isso fica óbvio em datas de queima de estoque, como a Black Friday, em que o lojista vende acima de suas capacidades de estoque, entrega e atendimento.

2. Controle financeiro

Observar os pormenores da conciliação e contratos com parceiros comerciais é uma forma crucial de verificar onde estão as margens de lucro do lojista. Comissões de marketplaces estão entre as principais armadilhas de quem vende online sem estratégia, principalmente quando não há alguém focado em cuidar desta conta.

Marcelo explica que “dinheiro de verdade custa muito caro, pois ele entra na conta, mas depois será repassado para alguém, para pagar contas e fornecedores”. Com base na estratégia, o lojista consegue visualizar quais demonstrativos financeiros devem ser analisados mais de perto, pois ditarão quais canais, campanhas, produtos e estratégias estão dando certo ou não.

Mauro completa que “não é preciso ter um software da NASA para juntar os dados financeiros e ficar de olho nos dados”. Mediante planilhas de Excel é possível verificar as entradas e saídas da loja, bem como as margens de lucro e racionais do processo.

3. Precificação

“Muitas vezes, definir os preços com base no mercado não pagará as contas nem vai gerar uma margem boa de lucro. Vai se destacar quem conseguir agregar valor ao negócio e entregar diferencial”, pontua Marcelo.

Hoje, com tecnologia e inteligência de dados, é possível acompanhar milhares de preços de produtos e variáveis que tragam vantagens para o consumidor. Marcelo entende que nem sempre é o preço bruto do produto que atrai ou afasta um consumidor, mas a qualidade de sua descrição, imagens ou vídeos, bem como o prazo de entrega ou custo do frete. Confiabilidade e política de devolução também entram nessa equação.

A composição da precificação deve levar tudo isso em consideração, inclusive os custos da operação no marketplace e as vantagens dos concorrentes.

4. Contratação de pessoas

“Treinar pessoas é difícil, assim como pagar salários de funcionários qualificados. Porém, achar o funcionário certo é a diferença entre seu negócio dar certo ou não”, argumenta Marcelo. Reconhecer, treinar e orientar funcionários bons gera lucro real para organizações. Pagar bem, na visão do executivo, é um diferencial altamente lucrativo para a companhia quando o colaborador gera resultados.

Dentro deste cenário, a cultura organizacional é um aspecto importante para garantir a retenção de talentos e, por consequência, a satisfação dos clientes.

5. Crescimento

Para os executivos, não há crescimento concreto sem uma análise detalhada do mercado e do que a loja pode oferecer.

Por mais que existam riscos no processo de crescimento da loja – que passa pela exploração de novas praças, desenvolvimento de novos produtos e pela conquista de novos consumidores – há oportunidades com alianças, aquisições, fusões e parcerias estratégicas.

6. Operação logística

Um dos maiores gargalos do lucro de muitos e-commerces é a logística mal organizada. Isso porque ela permeia desde a saída do produto da fábrica até a entrega na porta do cliente. Neste ínterim, há deslocamentos entre centros de distribuição, distribuidores, lojas, centrais locais e terceiros que vão realizar a entrega.

O estoque e o produto parado também custam caro para o lojista. Se o consumidor não receber o produto no prazo esperado, isso também pode custar caro para a loja. “A primeira compra é do marketing, mas a segunda é da logística”, conclui Marcelo.

Avarias e descuidos no processo de entrega também tem um impacto grande no bolso de quem vende, pois impacta diretamente na reversa e no descarte de produtos devolvidos.

Alguns processos, como TMS e Gateway de frete ajudam a organizar entregas que fazem sentido para o cliente.

7. Ciclo do pedido

Monitorar cada etapa do processo de entrega do pedido evita perdas de tempo desnecessárias e insatisfação dos clientes. Marcelo explica que “na grande maioria das vezes, o cliente não devolve nem cancela pedidos atrasados quando ele é avisado com antecedência de possíveis atrasos ou mudanças de previsão de entrega”.

O cliente paga pela expectativa quando realiza uma compra online e quer ver seu investimento de volta. Um cliente satisfeito, consequentemente, confia e paga mais.

Fonte:”https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/lucro-no-e-commerce-7-pontos-de-atencao-para-nao-deixar-dinheiro-na-mesa”

NRF 2025: a personalização como protagonista no futuro do varejo

A NRF 2025 é um dos eventos mais importantes do varejo mundial, no qual especialistas discutem novidades do mercado, tecnologias e ideias para melhorar as vendas. Reunindo as principais empresas, devemos ver na NRF o debate sobre como aprimorar a relação entre marcas e consumidores através da personalização.

Mesmo em meio a desafios econômicos, os consumidores têm mostrado uma demanda crescente por mais do que apenas produtos. Eles buscam experiências que reflitam seus valores e estilos de vida, criando conexões mais significativas com as marcas. Esse movimento, aliado à evolução tecnológica, vem redesenhando a maneira como o varejo opera.

A ascensão da personalização no varejo

Uma pesquisa recente reforça essa direção: 73,2% dos líderes do varejo acreditam que a combinação de personalização e novas tecnologias será determinante para o relacionamento com clientes. Ferramentas como inteligência artificial e análise de dados estão se tornando indispensáveis para criar experiências de compra cada vez mais ajustadas às preferências individuais.

No entanto, a personalização vai além da tecnologia. Trata-se de compreender profundamente as expectativas e necessidades dos consumidores. As lojas físicas, por exemplo, estão se transformando em espaços que não apenas vendem produtos, mas proporcionam momentos únicos e memoráveis. Essa abordagem cria um ambiente de proximidade e autenticidade, valores cada vez mais valorizados pelos clientes.

Tecnologia e humanização: o equilíbrio essencial

A tecnologia desempenha um papel estratégico nesse contexto. Soluções baseadas em inteligência artificial permitirão identificar padrões de comportamento, oferecer recomendações personalizadas e ajustar estratégias de marketing em tempo real, sempre garantindo o respeito à privacidade dos consumidores.

Ainda assim, o futuro do varejo não será movido apenas por máquinas. A humanização do atendimento e a construção de relacionamentos autênticos continuarão a ser pilares indispensáveis. O equilíbrio entre inovação tecnológica e a conexão humana será o grande desafio para as empresas que desejam se destacar.

Outro ponto de destaque será a integração dos canais online e offline, consolidando as estratégias omnichannel. Os consumidores já não diferenciam mais esses ambientes: para eles, o importante é ter uma experiência consistente, seja no e-commerce, no aplicativo ou na loja física. Empresas que unificarem seus pontos de contato de maneira eficiente, como oferecer opções de compra online com retirada em loja ou permitir devoluções de produtos comprados digitalmente, terão maior sucesso em atender às expectativas do consumidor moderno.

A personalização no varejo não se limita ao produto ou serviço oferecido. Temas como sustentabilidade e diversidade estão cada vez mais no centro das decisões de compra. Marcas que investem em práticas ambientalmente responsáveis e inclusivas, como o uso de materiais reciclados ou o desenvolvimento de campanhas que representem diferentes perfis de consumidores, têm mais chances de conquistar a lealdade do público.

Com tantas mudanças e possibilidades, a NRF 2025 promete ser um verdadeiro laboratório de ideias e soluções. Mais do que discutir tendências, o evento será uma oportunidade para varejistas de todos os portes entenderem como aplicar essas transformações no dia a dia de seus negócios. A capacidade de adaptação será o diferencial para navegar em um mercado cada vez mais dinâmico e centrado no consumidor.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/nrf-2025-a-personalizacao-como-protagonista-no-futuro-do-varejo

MEIs devem impulsionar vendas no e-commerce com Black Friday 2024

Segundo pesquisa do Sebrae e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), cerca de 70% dos Microempreendedores Individuais (MEIs) e pequenas empresas no Brasil utilizam a internet para vendas digitais. Aproximadamente 40% da receita total desses negócios vem do comércio online, destacando a relevância crescente do e-commerce para os microempreendedores.

Entre os canais preferidos, o WhatsApp lidera com 56% de adesão, seguido pelo Instagram com 43%. A Black Friday surge como uma oportunidade estratégica para impulsionar vendas, com o aumento das compras digitais no Brasil, pequenos negócios têm apostado em estratégias inovadoras para aproveitar essa data, uma das mais importantes do comércio.

Redes sociais: vitrine e canal de vendas

De acordo com levantamento da Hootsuite e We Are Social (2023), 75% dos consumidores pesquisam produtos em redes sociais antes de comprar online. Além disso, 54% utilizam essas plataformas para buscar informações e avaliações, enquanto 40% afirmam já ter feito compras diretamente pelas redes.

Esse número é ainda maior em países como o Brasil, que possui alta penetração nas redes sociais.

“Uma das principais dicas para microempreendedores é planejar com antecedência as ofertas. Isso inclui revisar o estoque e selecionar produtos que realmente tenham potencial de atrair os consumidores. Definir descontos que sejam vantajosos tanto para o cliente quanto para o negócio é um passo importante para garantir que as promoções sejam sustentáveis e eficientes”, declara Tibeti Caviglioni Daniel, CMO da Wevy.

Tecnologia é aliada

Regis Melo, CPO da Wevy, explica: “atualmente, existem aplicativos e ferramentas voltadas especificamente para microempreendedores que ajudam a organizar e automatizar tarefas, facilitando o processo de vendas”.

Aplicativos como Buffer e Canva também são úteis para quem deseja profissionalizar suas postagens nas redes sociais, oferecendo planejamento visual e de conteúdo de forma acessível.

Para quem usa o WhatsApp como principal canal de vendas, configurar respostas automáticas com informações básicas sobre produtos e formas de atendimento é uma estratégia eficaz. A agilidade atrai consumidores e contribui para sua fidelização. Além disso, oferecer opções variadas de pagamento e incentivos como frete grátis para compras acima de um valor determinado pode aumentar o ticket médio das vendas.

Após a Black Friday, é essencial analisar os resultados. Ferramentas de análise de dados ajudam a identificar o que funcionou e apontam oportunidades de melhoria para futuras campanhas. A cada ano, MEIs e pequenas empresas demonstram maior maturidade no comércio digital, aproveitando datas importantes como a Black Friday para expandir sua atuação.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/meis-devem-impulsionar-vendas-no-e-commerce-com-black-friday-2024”

 

 

Esta simples mudança fez as vendas do Walmart aumentarem

Lição reforça a importância de estar atento às necessidades dos consumidores e de utilizar tecnologia para transformar dados em ações concretas

A busca constante por entender e atender às necessidades dos clientes é um dos fatores mais determinantes para o sucesso de grandes empresas. No caso do Walmart, uma simples mudança estratégica foi capaz de impulsionar suas vendas de forma significativa, reafirmando a importância de ouvir e responder às expectativas dos consumidores.

De acordo com uma matéria publicada pela Inc., o Walmart focou em garantir que seus produtos estivessem disponíveis exatamente quando os clientes precisavam deles. Essa mudança foi possível graças a investimentos em tecnologia para aprimorar a gestão de estoque e prever a demanda de forma mais precisa. O objetivo era eliminar frustrações comuns, como a falta de itens essenciais nas prateleiras.

O impacto de ouvir os clientes

O Walmart passou a monitorar de forma mais ativa o comportamento dos consumidores, identificando padrões e ajustando sua logística para atender a essas demandas. Esse esforço foi uma resposta direta às queixas de clientes que, frequentemente, encontravam produtos fora de estoque. Ao implementar essas melhorias, a empresa conseguiu aumentar a satisfação e fidelidade do público.

Tecnologia como aliada

Para atingir esses resultados, o Walmart investiu em sistemas de análise de dados e inteligência artificial, que permitem prever com mais precisão quais itens serão mais procurados em cada local e momento. Esse monitoramento constante possibilita ajustar o estoque e garantir que os produtos certos estejam disponíveis no lugar e na hora certos.

Aumento de vendas como consequência

Essa mudança aparentemente simples gerou resultados significativos. Com prateleiras sempre abastecidas, o Walmart conseguiu não apenas aumentar as vendas, mas também melhorar a experiência de compra. Clientes mais satisfeitos tendem a voltar com maior frequência e a gastar mais, o que fortalece o desempenho financeiro da empresa.

Um exemplo de adaptação ao mercado

O caso do Walmart é um exemplo claro de como ouvir o cliente e adotar soluções práticas pode gerar grandes impactos nos negócios. Ao priorizar a experiência do consumidor e investir em inovação, a empresa demonstrou que mudanças focadas em atender às expectativas do público podem ser mais eficazes do que estratégias complexas.

Essa lição reforça a importância de estar atento às necessidades dos consumidores e de utilizar tecnologia para transformar dados em ações concretas. No final, a simplicidade de atender bem é o que garante resultados duradouros.

Fonte: “Esta simples mudança fez as vendas do Walmart aumentarem

Black Friday: 4 dicas para superar os desafios logísticos no atacado distribuidor

A Black Friday é um dos momentos mais intensos do calendário comercial do varejo e, em 2024, as vendas neste período devem alcançar faturamento de cerca de R$ 7,6 bilhões, o que configura aumento de 10% em relação ao ano passado, segundo pesquisa realizada pela Haus.
Esse crescimento nas compras afeta tanto o varejo quanto o atacado, que precisa estar preparado, com uma logística eficiente e bem-orquestrada, para abastecer o varejo antes da data oficial. O período também eleva a demanda por veículos de transporte e mão de obra, o que pode resultar em desafios operacionais, como aumento de frete, demoras nas entregas e falta de produtos.
Para lidar com todas essas exigências, é preciso realizar uma preparação antecipada, fazendo com que o atacado inicie sua Black Friday cerca de uma semana antes do varejo para garantir que todos os produtos estejam na prateleira a tempo. Mas como fazer a preparação correta do atacado? A seguir listamos quatro práticas para atender à alta demanda.
1 – Alinhamento entre o time comercial e a logística: o setor comercial deve comunicar com antecedência quais produtos serão promovidos, permitindo que a logística prepare para a data, gerenciando o estoque e reorganizando o depósito de forma estratégica.
2 – Preparação do time: é preciso organizar a equipe para que se tenha o número de colaboradores necessários nos horários de pico para suprir a demanda de entrega. Pode ser interessante aumentar o time nessa data ou mesmo estender um pouco o horário de trabalho no estoque para que as entregas sejam feitas no prazo.
3 – Investimento em tecnologia: a adoção de tecnologias para logística, como sistemas de gerenciamento de armazéns (WMS) e coletores de dados, contribui para a aumentar a agilidade na separação e na expedição de pedidos, eliminando a necessidade de processos manuais, como o uso de papel. Em datas comemorativas, a automatização de processos é indispensável na conferência de mercadorias e pode reduzir o tempo gasto nessa etapa, aumentando ainda mais a eficiência operacional.
4 – Organização do estoque: a disposição correta de itens com mais saída pode poupar tempo e erros em momentos em que a agilidade é necessária. Por isso, para melhorar o processo de entrega, é preciso posicionar as mercadorias com maior demandas à frente do estoque para que fique acessível aos colaboradores que estão encarregados de pegar os produtos, embalar e colocar no caminhão para entrega, fazendo com que eles gastem o menor tempo possível e evitem falhas.
Com o aumento exponencial de pedidos e das limitações de recursos, como veículos e mão de obra, os atacados que investirem em tecnologia, organização do estoque e alinhamento entre setores terão vantagem competitiva e conseguirão suprir as demandas da Black Friday. Uma logística eficiente não só garante que os produtos cheguem ao destino no prazo, como também assegura que o atacado e o varejo possam aproveitar ao máximo o potencial de vendas na data.

Fim dos caminhões no Japão? O projeto ambicioso para revolucionar a logística do país

País tem investido em soluções ambiciosas de tecnologia e infraestrutura para driblar o choque demográfico.

Até 2030, o Japão tende a perder até 34% de seus motoristas de caminhão, de acordo com o Ministério da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo japonês (MLIT). O motivo é simples: as pessoas têm se aposentado.

O país tem passado por desafios demográficos motivados pelas baixas taxas de natalidade e pelo envelhecimento populacional crescente — um bom sinal de longevidade, mas um problema para a economia.

Por isso, o Japão tem investido em soluções ambiciosas de tecnologia e infraestrutura capazes de compensar o choque demográfico e modernizar setores estratégicos, como o de transportes.

O país, já conhecido por seus hotéis e carros cápsula, agora quer desenvolver também “cápsulas autônomas” para o transporte de cargas, uma substituição para os caminhões — e, de quebra, para os caminhoneiros.

O projeto consiste em desenvolver uma faixa de rodovia exclusiva para automóveis-cápsula que funcionariam de maneira autônoma no transporte de cargas.

Essas cápsulas, que devem ser capazes de transportar mercadorias de até 1,8 m e altura, devem ter suas faixas dispostas ao longo do acostamento ou dos canteiros centrais das pistas, na superfície ou em construções subterrâneas, como a de um metrô, de forma que não atrapalhem o tráfego de carros comuns.

Também deve ser instalada, para “cobrir” as faixas de trânsito das cápsulas, uma redoma toda feita de vidro, a fim de manter as pistas protegidas e de evitar “interferências externas” que possam resultar em danos (ou em roubos) das cargas.

De acordo com o governo japonês, as cápsulas podem substituir até 17 mil pessoas e tirar 25.000 caminhões de carga das estradas, e o projeto deve começar com a instalação de faixas entre as cidades de Tóquio e Osaka, num perímetro de aproximadamente 500 km.

O início das operações, por sua vez, está previsto para 2027, e o governo agora busca por parcerias com empresas de engenharia e infraestrutura que queiram colaborar no desenvolvimento do projeto.

Economia de recursos

Um dos “efeitos colaterais” desse projeto pode ser a economia de luz.

O movimento dos veículos autônomos poderia, a longo prazo, eliminar a necessidade de iluminação nas ruas, caso os veículos usem LiDAR (tecnologia para detecção e alcance por luz) como mecanismo de visão computacional. Com um sistema de transporte autônomo, portanto, seria possível dispensar a iluminação das estradas.

Além disso, a implementação de veículos autônomos programados para operar à noite pode significar um custo operacional mais baixo.

Fonte: “Fim dos caminhões no Japão? O projeto ambicioso para revolucionar a logística do país | Revista Fórum