Como a gamificação pode mudar a relação entre colaboradores e empresa

Já se animou para fazer um treinamento corporativo? Se a resposta foi não é porque você integra o enorme grupo de pessoas que coleciona experiências pouco memoráveis com processos de capacitação empresarial.

Essa resistência existe porque embora a demanda de treinamentos seja alta, as companhias ainda falham ao oferecer melhores experiências para seus colaboradores e procurar por melhores alternativas para otimizar a absorção de informações e aumentar a retenção de conhecimento.

Por isso, a gamificação tem sido cada vez mais utilizada nas organizações, já que entretem e diverte os colaboradores, aumentando seu engajamento através de mecânicas de jogos que servem para atingir melhores resultados em atividades da vida real. Além disso, quando a pessoa está relaxada, o aprendizado acontece de maneira mais fácil.

Mas por que adotar esse tipo de iniciativa dentro das empresas? A resposta é promover uma melhor experiência para as pessoas. Hoje essa busca em proporcionar uma melhor experiência para os usuários é o que tira o sono de qualquer empresa. A cada dia somos bombardeados por soluções que tornam a nossa vida mais fácil e mudamos a maneira como fazemos tarefas cotidianas.

Mas nos esquecemos que nossos colaboradores são também usuários de outras empresas e têm, na palma da mão, melhores experiências a cada dia. E continuamos a oferecer a eles as mesmas coisas que fazíamos há 10 anos atrás – materiais em Power Point, Telas de Sistema e por aí vai.

Neste contexto, a gamificação passa a integrar uma nova maneira de se relacionar com o trabalho. A área de recursos humanos não deve ser a única responsável pelo processo. Planejar uma nova forma de se comunicar no ambiente corporativo é dever de todos os envolvidos nas decisões estratégicas da companhia. A premissa básica é “por que não pode ser divertido tratar de questões importantes no ambiente de trabalho?”

Além do aumento do engajamento e interesse dos colaboradores, o uso de soluções de games facilita a mensuração de resultados, permitindo um feedback em tempo real. Empresa e colaborador tem acesso aos desempenhos no jogo, o que permite que o líder avalie a evolução da equipe.

Quando usada, a gamificação permite que os seus usuários recebam recompensas e reconhecimentos, resultando em funcionários mais envolvidos e empenhados. Seja no treinamento, em materiais institucionais ou em um sistema de comunicação interna, ela ainda traz o benefício da redução de custos e tempo.

A lógica da recompensa, envolvida em qualquer jogo, influencia o envolvimento e resulta em funcionários mais empenhados para superar desafios. Tudo em um ambiente mais descontraído e propenso a gerar mais resultados a partir de plataformas que desencadeiam sentimentos positivos e otimistas nos usuários.

Norte-americanas UPS e CVS fazem primeiras entregas de medicamentos por drones

O drone sobrevoou a cerca de 6 metros e desceu lentamente por cabo os pacotes até o chão, na frente da residência dos pacientes.

A UPS Flight Forward (UPSFF), subsidiária da UPS, e a CVS Pharmacy, da CVS Health Corporation, realizaram a primeira entrega comercial de um medicamento prescrito de uma farmácia CVS diretamente na casa de um consumidor, usando o sistema de drones M2 da Matternet, parceiro da UPS. Uma segunda operação desse tipo foi feita logo em seguida, dessa vez para uma comunidade de aposentados.

As empresas planejam o desenvolvimento contínuo desse programa para oferecer as vantagens de velocidade e conveniência desses equipamentos para o mercado nos próximos meses. Os voos ocorreram em 1 de novembro com a aprovação da Agência Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos.

As entregas também são um passo importante para a UPSFF, que expande suas operações para novas áreas, além das instalações hospitalares. A UPSFF foi a primeira empresa aprovada pela FAA a operar uma companhia aérea de drone, tendo obtido sua certificação – a mais ampla disponível – no final de setembro. Ela permite que a empresa receba pagamentos pelas entregas por drones e faça voos em quantidade ilimitada para atender à demanda dos clientes.

O drone sobrevoou a cerca de 6 metros e desceu lentamente por cabo os pacotes até o chão, na frente da residência dos pacientes. Um dos pacotes foi entregue a um cliente da CVS com dificuldades de locomoção.

A UPSFF e a Matternet já concluíram também mais de 1.500 entregas comerciais por drones (quase 8.000 amostras médicas) no complexo do WakeMed Hospital, localizado na Carolina do Norte, desde o lançamento do serviço em março de 2019. A UPSFF está construindo sua infraestrutura terrestre para permitir a expansão desse serviço para vários setores no futuro.

18% das empresas brasileiras podem ser consideradas “inteligentes”, aponta estudo

De acordo com pesquisa feita pela Zebra Technologies, 18% das empresas brasileiras podem ser consideradas “inteligentes”. O índice aumentou comparado com o registrado em 2018 pela empresa, quando apenas 8% podiam estar neste patamar. Em processo de transformação, estão outras 70%, outro crescimento comparado ao ano anterior, quando 63% das empresas estavam neste estágio.

O investimento médio, em 2019, das empresas em Internet das Coisas (IoT) e em outras plataformas de tecnologia de dados foi de US$ 6,1 milhões, 45% a mais que no ano anterior. Esperam incrementar ainda mais essa cifra nos próximos dois anos, 88% das empresas do país. A pesquisa foi realizada com 950 tomadores de decisão de TI em nove países – entre eles, o Brasil.
O índice da Zebra considera “inteligentes” empresas que alcançaram 75 pontos ou mais, o que vem aumentando ano a ano.

Globalmente, as PMEs se destacam como as que obtiveram maior pontuação: média de 64,5 versus 61,5 registrada pelas grandes empresas. Entre as PMEs, 37% podem ser consideradas “inteligentes”, demonstrando que, muitas vezes, estão à frente de grandes corporações quando o assunto é IoT.

A maior evolução ficou por conta do setor de varejo. Impulsionado pela pressão esmagadora do mercado para melhorar a experiência do cliente, o segmento passou da parte inferior do ranking de 2018 para quase o topo da lista em 2019, depois do setor de saúde.

A pontuação das empresas é calculada com base em 11 critérios diferentes, definidos por importantes tomadores de decisão, incluindo a visão de IoT, adoção, gerenciamento de dados, análise inteligente e muito mais. A pesquisa analisa até que ponto as empresas estão conectando seu mundo físico ao digital para impulsionar a inovação em ambientes de orientação em tempo real, baseados em dados e com fluxos móveis de trabalho colaborativo.

Programa da Intel impulsiona desenvolvimento de negócios de internet das coisas

Segundo a empresa, o Brasil tem 300 milhões de devices IoT conectados, mercado que cresce 30% ao ano.

Com o objetivo de incentivar as empresas a criarem soluções completas de Internet das Coisas para o mercado brasileiro, a Intel anuncia que seu programa IoT Market Ready Solutions já ultrapassa mais de 10 empresas certificadas no país.

Para integrar o Intel IMRS, as empresas devem seguir as seguintes diretrizes do comitê da Intel: incluir todos componentes edge-to-cloud; demonstrar valor comercial claro e mensurável; ser implantado comercialmente e ser uma solução com suporte completo. O parceiro poderá compor soluções com diferentes parceiros, com exceção de incorporação de gateway e servidores da marca.

A iniciativa também permite que os desenvolvedores ofereçam soluções inéditas no mercado, auxiliando na adoção de tecnologias da nova era como o IoT, cloud, 5G e inteligência artificial.

As empresas brasileiras Digifort, de São Caetano (SP), e Seebot, de Maringá, no Sul do país, já desenvolveram soluções que podem ajudar a resolver questões ligadas a segurança e a mobilidade urbana com o uso de câmeras para identificação de suspeitos e semáforos inteligentes para o controle de tráfego em áreas com alto fluxo de automóveis. A primeira está inclusive levando suas soluções para EUA e Austrália; e segunda para a Argentina.

Além delas, integram o programa as soluções da inglesa Facewatch – inovação na prevenção de crimes, furtos e controle de acesso, que utilizada tecnologia de visão computacional e a ViewSonic, conhecida fabricante de monitores global que oferece soluções de soluções de visualização, integrando hardware e  software que permite uma experiência colaborativa digital segura e escalável para utilização em salas de aula, conferências e reuniões, entregando segurança e confidencialidade através da solução Intel Unite.

O Intel IMRS tem como objetivo promover a aceleração e inovação em IoT, permitindo que o diversificado ecossistema de parceiros e desenvolvedores Intel crie novas soluções rapidamente. Segundo a empresa, o Brasil tem 300 milhões de devices IoT conectados, mercado que cresce 30% ao ano.

O ecossistema de IoT no Brasil inclui também a parceria com empresas nacionais e globais com soluções para os setores de educação, varejo e indústria. Atualmente compõem o grupo de parceiras nomes como: Multilaser, Laurenti, Diebold, Axxonsoft, Milestone, Ponfac e Norion.

Google Pay quer democratizar acesso a compras online no Brasil

Um movimento não exatamente recente sobre pagamentos via dispositivos móveis tem ganhado mais espaço. O Google Pay, por exemplo, chegou por aqui em outubro de 2017 no mundo on-line e passou para o off-line em novembro do mesmo ano.

Ele é a carteira digital do Google disponível para dispositivos Android. Se você tem um iPhone, a empresa alerta que o aplicativo só funciona nos Estados Unidos.

Inclusive, por lá, segundo dados de outubro da eMarketer, o concorrente Apple Pay atingiu 30 milhões de usuários ativos, contra 12 milhões do serviço do Google.

Basicamente, se você tem um smartphone com NFC (Near Field Communication) e realiza compras com cartão, pode optar por adicioná-lo ao seu dispositivo e deixar o cartão em casa. Já existem centenas de maquininhas e estabelecimentos compatíveis.

Porém, tratando-se de exclusividade, o Google lançou em outubro a função de débito online, que não necessita de um dispositivo com chip NFC, de fato.

Em um evento online em agosto para desenvolvedores, a companhia inclusive chegou a dar pistas da nova funcionalidade.

Segundo estudo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) aponta que 61% dos internautas fizeram alguma compra usando aplicativos de lojas nos últimos 12 meses.

Neste caso, eles podem optar tanto pelo crédito quanto pelo famoso boleto. Que é exatamente o ponto que o Google quer “acabar”.

Dois ambientes

Usuários do Google Pay tem a opção de realizar as compras tanto no mundo off-line quanto no on-line. Entre os bancos parceiros, instituições como Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Caixa, Itaú, Neon, Next, Porto Seguro Cartões e outras estão inclusas.

Felipe Cunha, Head de Parcerias do Google Pay na América Latina, exemplifica as duas vertentes. A primeira é no off-line, “onde o cliente vai lá, adiciona seu cartão [ao app] e via NFC paga compras no comércio físico”. Já a segunda “é o Google Pay online, para aplicativos e sites”.

“Para o ambiente off-line, a pessoa tem que ter um celular que tenha o chip NFC. E não são todas as pessoas do Brasil que têm isso”, diz o executivo.

De fato, não é uma característica comum em todos os smartphones disponibilizados no país ter chip NFC. A tecnologia, inclusive, vem sendo testada para pagamentos de passagens de ônibus em algumas cidades do país.

Já no ambiente online, o uso é mais democrático, como diz Cunha. Isso porque a solução “funciona em 99.999…% dos Androids e qualquer usuário pode fazer uma compra com o Google Pay”.

Sem dar detalhes numéricos, Cunha ainda cita que o uso nos dois ambientes, on-line e off-line, “tem crescido muito”.

Facilidade para lojistas

Qualquer lojista online pode adotar a solução de pagamentos do Google, o que inclui a de débito. A API é gratuita, de fácil instalação e leva um prazo de cerca de uma semana para sua implementação.

Cunha diz que a API “tem dez linhas de código e não necessita assinar nenhum contrato com o Google”. Com a novidade de pagamentos por débito on-line, existem dois beneficiados diretos: 1) consumidores que não possuem cartão de crédito; 2) lojistas.

Ele explica que antes do lançamento, nove lojistas trabalharam em conjunto com a equipe do Google. A solução é exclusiva para o Brasil e foi pensada naqueles cartões que têm múltipla função.

Para os lojistas, Cunha relaciona três vantagens específicas que podem ser sentidas com a chegada da funcionalidade:

  • Não precisa depender só do boleto;
  • Tarifas menores em relação a pagamentos com crédito;
  • O recebimento do pagamento é por volta de dois.

Caminhões autônomos podem dobrar produtividade, diz estudo

Caminhões autônomos, com implementação total da tecnologia, podem fazer viagens duas vezes mais longas e ainda reduzir custos operacionais, segundo o estudo da Cognizant, uma das empresas líderes mundiais em tecnologia e negócios.
Segundo o estudo, que aborda o futuro dos veículos conduzidos por Inteligência Artificial, dobrar a produtividade significa agregar valor à supply chain de bens não perecíveis e com taxa de turnover alta.
Com velocidade de 80 km/h, esses veículos conseguem cobrir quase 2 mil quilômetros diariamente, agilizando de forma considerável o tempo de entrega dos produtos.

O impacto dos caminhões autônomos no mercado de trabalho

Certamente, a chegada dos caminhões autônomos terá impacto direto no mercado de trabalho. No entanto, os responsáveis pelo estudo lembram que antes de pensar em demissões em massa de motoristas é preciso pensar que eles podem trocar viagens longas por curtas ou até mesmo ser treinados para operar remotamente esses veículos.

Caminhões autônomos devem gerar profissões do futuro

Ao passo que o trabalho com os caminhões ficará diferente, surgirá espaço para novas profissões. Por exemplo: os caminhões autônomos não farão a troca de pneus sozinhos, ou seja, demandará um profissional de suporte que se tornará essencial para garantir que os veículos estejam em perfeitas condições de manutenção. Enfim, surgirão tarefas oportunidades com condições melhores na indústria.
O estudo sugere três profissões do futuro:

• Gerente de recursos éticos: será necessário para gerenciar todos os recursos e discutir as soluções mais éticas e inclusivas;
• Analista de cibercidades: vai garantir que caminhões autônomos sem condutores fiquem fora de vias urbanas ao mesmo tempo em que coordena a chegada de motoristas em hubs de transferência para permitir a entrada desses veículos em áreas metropolitanas;
• Gerente de coordenação homem-máquina: o futuro do trabalho será baseado em como as empresas incorporam e potencializam as habilidades de humanos e máquinas ao fazê-los trabalhar juntos.

Legislações precisarão ser revistas

Outro impacto dos caminhões autônomos será na legislação. As três esferas do poder público (municipal, estadual e federal) precisam estar alinhadas para desenvolver regulações e leis específicas. Em termos de planejamento, as cidades podem repensar sua engenharia de tráfego e seus desenhos urbanos. “Enquanto algumas cidades grandes possuem os recursos e o capital humano para trabalhar em leis a respeito de veículos autônomos, muitas comunidades menores não têm a capacidade de fazer o mesmo. Será necessária uma ação legislativa unificada com a finalidade de alinhar as legislações de veículos autônomos no país todo”, comenta Guerreiro.

Os caminhões autônomos terão vulnerabilidades

No viés contrário a produtividade, os caminhões autônomos têm algumas questões de segurança que colocam em risco sua aceitação (neste momento). Como qualquer outro dispositivo conectado a uma rede há o risco de ciberataques. Assim, as empresas de logística precisarão encontrar novas maneiras de protegê-los. Atualmente, em um acidente o motorista geralmente é o responsabilizado, mas com caminhões conduzidos por Inteligência Artificial quem será responsabilizado?

De todo modo, há níveis de automação que não dispensam totalmente o condutor. Veja os níveis possíveis:
• O líder do comboio (um motorista na frente com dois ou mais veículos o seguindo)
• O rodízio (motoristas seriam retirados das cabines para viagens longas, mas pegariam no volante em hubs de transferência para que esses caminhões possam trafegar nas cidades, por exemplo)
• O drone (os caminhões seriam pilotados remotamente de centros de operação).

De acordo com a Sociedade de Engenheiros Automotivos (SAE), a automação de veículos pode ser mensurada de 0 a 5. Quanto mais alto, maior o nível de automação do veículo. Enquanto o ecossistema agitado das cidades requer o maior nível de automação possível para veículos de passeio, as viagens realizadas por caminhões e caminhonetes já se beneficiam com nível menores de automação.

Yandex inicia testes com robôs autônomos de entregas na Rússia

Yandex, empresa russa de tecnologia, anunciou que começou a testar um robô autônomo de entregas para pequenas cargas. Chamado Yandex.Rover, o veículo é equipado com seis rodas e pode navegar a partir de rotas pré definidas nas calçadas na velocidade de um pedestre, segundo descrição da empresa. O projeto faz parte da divisão de tecnologia autônoma da companhia.

No Brasil, o iFood começa a testar o uso de robôs autônomos, a partir de janeiro de 2020, para facilitar e agilizar o trajeto dos entregadores em ambientes controlados, como levar a refeição pronta do restaurante de um shopping a um entregador em um ponto de encontro.

Já na Russia, os robôs da Yandex estão transportando pequenos pacotes nas instalações da sede da empresa, em Moscou, com mais de 7 mil funcionários. Durante os testes, eles estão se circulando sob supervisão remota. Com o uso de sensores LIDAR (Light Detection And Ranging), os robôs são capazes de reconhecer objetos, parar para pedestres e evitar obstáculos.

“Acredito que robôs como esse terão uma variedade de aplicações em um futuro próximo. Eles podem, por exemplo, tornar-se indispensáveis ​​para a entrega da ‘última milha’”, afirmou Dmitry Polishchuk, chefe de direção autônoma da Yandex, em um comunicado.

No futuro, a empresa planeja usar o Yandex.Rover em seu serviço de delivery de restaurantes, o Yandex.Eats, e também na divisão de entregas de supermercados, a Yandex.Lavka. A companhia ainda divulgou que pretende comercializar a solução para outras empresas após o período de testes, beneficiando “milhões de usuários”.

Repensando a inteligência de mercado

Minha proposta com esse artigo é dividir com vocês alguns pensamentos sobre o futuro da Inteligência de Mercado e do entendimento do comportamento do consumidor na era digital. A inteligência de mercado é um segmento – que assim como todos os demais – vem sendo desafiado pelas rápidas transformações da sociedade e do mercado, sendo “disruptado” rapidamente.

Tenho certeza que você já passou por uma situação similar a essa que vou relatar. Você está conversando com algum amigo sobre um tema específico e “do nada” seu celular passa a exibir propagandas direcionadas sobre aquilo que você estava falando. Você começa a se perguntar como as empresas sabem que vocês estavam falando sobre aquilo, uma vez que você não pesquisou (ou não lembra de ter pesquisado) nada sobre o tema. Você passa a se perguntar “será que as empresas estão usando o microfone do meu celular para ouvir as minhas conversas?”. NÃO. Você não está sendo vítima de escuta ilegal por parte das gigantes de tecnologia, mas essa é a prova definitiva do profundo conhecimento que tais empresas possuem sobre o comportamento dos consumidores, através dos seus modelos preditivos e com base no comportamento de outras pessoas com hábitos similares aos seus, é possível determinar com bastante acuracidade qual será o seu próximo passo a ponto de você se questionar se está sendo espionado(a) ou não.

Entender o consumidor em profundidade e de forma abrangente sempre foi (e continua sendo) o santo graal do varejo e do consumo. Não é por menos que as empresas que o fazem na nova economia da era digital estão abrindo um GAP praticamente intransponível frente à concorrência, estamos sim falando dos GAFA (Google, Amazon, Facebook, Apple) e claro dos ecossistemas chineses como Alibaba, Tencent, Toutiao, Pinduoduo, Meituan, etc.

O ATUAL CENÁRIO DA INTELIGÊNCIA DE MERCADO

Mais rápido, mais barato, mais completo e com mais qualidade. Esse é o novo mantra do mercado, posso dizer que vemos, sentimos e constatamos uma clara mudança na dinâmica de mercado nessa direção, onde os clientes/contratantes/usuários de inteligência de mercado exigem resultados melhores, mais abrangentes, mais rápidos e pagando uma fração do preço que usualmente pagavam, assim como nós, como consumidores, eles querem mais por menos.

Independentemente da metodologia, cada vez mais perdem espaço no mercado as pesquisas tradicionais que levavam meses para que seus resultados fossem entregues e que muitas vezes custavam centenas de milhares de reais. Prevejo que esse mercado não desapareça, mas que perca consideravelmente a sua relevância. Digo isso não porque o resultado desse tipo de metodologia seja ruim, mas sim porque a informação é um dos ativos mais perecíveis nos dias de hoje. De que adianta uma análise sobre um mercado que já mudou?

A resposta para essa demanda de mercado passa necessariamente pelos dados…

DATA IS KING

Cada vez mais as empresas que possuem esse profundo conhecimento do consumidor têm utilizado tais competências aplicadas para a inteligência de mercado.

Um dos melhores casos que melhor exemplifica isso é o da Unilever com o Alibaba. As empresas possuem um time conjunto alocado na sede do Alibaba, dedicado a explorar oportunidades através dos dados sobre os consumidores que a companhia possui. Nesse caso, o time identificou uma oportunidade latente para o desenvolvimento de uma linha de produtos de beleza com foco na limpeza contra a poluição, linha essa de produtos que a Unilever não possuía no seu portfólio global.

Com base nesse insight, em questão de horas o time desenvolveu 48 ideias de produtos, foram criados 48 anúncios diferentes para essas ideias, cada uma com características, posicionamento de preço e visual diferentes. Os produtos simplesmente não existiam, o que existia eram apenas as imagens dos anúncios que foram geradas em computador. O time então anunciou os produtos na plataforma de ecommerce do Alibaba para diferentes grupos de controle e passaram a medir quais e quantos clientes clicavam e compravam os produtos. Se o cliente clicasse em comprar ele recebia uma mensagem dizendo que tinha acabado de participar de um estudo de teste de produto e que receberia um voucher de compras como agradecimento.

O resultado disso foi que em dias o time desenvolveu do zero uma nova linha de produtos, fez uma aferição da real intenção e mediu o real potencial de compra desse produto (que simplesmente não existia), tudo isso por perfil de consumidor e por geografia.

Com essa nova abordagem, o tempo total de desenvolvimento do produto, da sua concepção até o seu lançamento, foi reduzido de 18 para 6 meses.

VISÃO DE LONGO PRAZO

Falamos de todas essas transformações e não estamos nem arranhando a superfície desse tema. Novas tecnologias como a Inteligência Artificial e IoT já estão exponencializando a captura, organização, processamento, extração de valor e ativação dos dados.

Para encerrar, não estou aqui dizendo através desse artigo que a inteligência de mercado tradicional acabará nos próximos anos, mas estou dizendo que esse mercado mudará profundamente. As empresas e profissionais que não estiverem alinhados com essa nova realidade e com essa nova velocidade provavelmente estarão fora do mercado.

 

60% das empresas no Brasil usam Data & Analytics para apoiar estratégia de negócios

Estudo Global State of Enterprise Analytics 2019¸ realizado pela MicroStrategy em parceria com a consultoria global Hall & Partner, entrevistou 500 profissionais de inteligência de negócios, Data & Analytics no Brasil, Alemanha, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, durante o segundo trimestre de 2019. Dos respondentes, 94% considera a cultura de dados um fator crucial no processo de transformação digital em suas empresas

No Brasil, 60% das empresas já usam Data & Analytics para orientar estratégias e mudanças necessárias nos negócios. Desenvolvimento de novos produtos, gestão de riscos, análise de força de trabalho e melhoria da eficiência de custos, destacam-se como os cinco principais usos destas tecnologias no mercado brasileiro.

Os participantes foram questionados a respeito dos benefícios, desafios, investimentos e prioridades – e o mais importante, foram convidados a avaliar se suas inciativas estão avançando no sentido de possibilitar a adoção de uma cultura orientada a dados em suas empresas.

Segundo o levantamento, 2020 deverá marcar o início de uma nova era para Data & Analytics, com grandes promessas de inovação e promoção de experiências intuitivas que finalmente ajudarão a tornar as empresas mais inteligentes. É unânime, tanto no Brasil como globalmente, a convicção da enorme relevância dos dados e das soluções de analytics no processo de transformação digital: 94% dos entrevistados avaliam que são componentes cruciais em suas estratégias e esforços rumo à transformação digital.

No Brasil, quem participou da pesquisa está bastante seguro com o seu nível de maturidade no uso do Data & Analytics. Quase um terço (32%) dos brasileiros ouvidos posiciona-se à frente de seus pares no que diz respeito à prática de tomar decisões baseadas em dados – a média global é de 26%.

Outro ponto interessante é que, ao contrário do cenário global em que Cloud Computing é a tendência que está no topo entre as que mais impactam a adoção do Analytics, no Brasil, essa tecnologia é a apenas a terceira entre as três mais citadas (17%), precedida por Inteligência Artificial e Machine Learning (17%) e Internet of Things (18%).

Sobre as barreiras e medos que impedem a adesão ao Data & Analytics, aparecem em primeiro lugar privacidade e segurança de dados (52%). São também citados aspectos como: acesso limitado a dados e análise em toda a organização (28%) e o fato das ferramentas não serem intuitivas (27%).

Segundo os respondentes, são três os principais pontos que poderiam favorecer a implementação: incorporação do Data & Analytics às ferramentas como e-mail, SharePoint, navegador web (52%) e aos aplicativos comerciais mais populares, como Salesforce, Slack (50%); além da disponibilidade de ferramentas ou treinamentos mais intuitivos e convenientes (49%).

Outros destaques revelados sobre uso do Data & Analytics globalmente
– Governança de dados: apenas 15% das companhias afirmam ter mais de 75% dos seus dados governados;

– Uso avançado de Data & Analytics: 59% estão somente agora trabalhando para construir aplicações avançadas e preditivas;

– Mobilidade: 85% das empresas consideram esse tipo de estratégia importante para o sucesso dos seus negócios;

– Cloud: 40% planejam a mudança no próximo ano e 31% estão considerando migrar nos próximos cinco anos para aplicações cloud based BI;

– Investimentos: Para o próximo ano 65% das empresas ouvidas pela Pesquisa têm planos de investir mais em suas iniciativas de Data & Analytics e 65% também pretende investir em aquisições de novos talentos.

O estudo de Data & Analytics conclui que à medida que esta nova década movida pela inovação aproxima-se, uma porcentagem menor de líderes se sentem confiantes com o progresso de suas estratégias. Com a disrupção digital surpreendendo e até mesmo provocando a extinção de grandes marcas, as organizações estão sendo alertadas de que essa é a hora de mudar. E para isso, serão necessários novos insights que as capacitem a avançarem cada vez mais. Enquanto algumas dessas empresas optaram por apertar o “pause” e a transformação digital dos seus negócios, outras já estão na direção de promover essas mudanças a partir de 2020, cenário este exigirá experiências e respostas baseadas em informações, em tempo real.

Transações em rede blockchain crescem 10 vezes em 2019

Ripple ultrapassa os 300 clientes e informa aumento das transações realizadas na rede RippleNet pelas instituições financeiras.

A Ripple, solução empresarial de blockchain para pagamentos globais, anunciou que superou a marca de 300 clientes. Além disso, registrou um crescimento de 10 vezes em relação ao ano anterior nas transações realizadas via RippleNet, a rede global de bancos e instituições financeiras que permite pagamentos mais rápidos e de baixo custo em todo o mundo.

A empresa também anunciou um enorme crescimento das transações envolvendo o ativo digital XRP como moeda-ponte, o que elimina a necessidade de pré-financiamento em pagamentos entre fronteiras. Esta modalidade de liquidez sob demanda, a On-Demand Liquidity (ODL), foi lançada há um ano e conta com duas dezenas de clientes, como goLance, Viamericas, FlashFX e Interbank Peru. O número de transações cresceu sete vezes na comparação entre o final do primeiro trimestre e o final de outubro deste ano.

Os primeiros corredores disponíveis para as transações ODL envolveram o México e as Filipinas, a agora alcançam a Austrália. Em 2020, devem se expandir na Ásia-Pacífico, Europa, Oriente Médio e América Latina, inclusive no Brasil.

“Este ano foi o mais forte da Ripple até agora. Em 2019, observamos um aumento contínuo de clientes, do crescimento da RippleNet e da adoção da ODL. Em apenas um ano desde o lançamento da ODL, já estamos causando impacto nos resultados de nossos clientes”, afirmou Brad Garlinghouse, CEO da Ripple. “Estamos empolgados em continuar esse crescimento e a expansão do ODL para novos mercados no próximo ano”.

Em junho a MoneyGram, uma das líderes em transferências internacionais, anunciou seus planos de aderir à ODL. Em apenas dois meses, a empresa iniciou suas transações entre Estados Unidos e México, ampliando agora para as Filipinas.

“Um dos pontos altos da MoneyGram é o nosso mecanismo global de liquidez, que permite que nossos clientes enviem dinheiro em mais de 200 países e territórios. Nossa parceria com a Ripple nos ajudou a melhorar esse ponto forte, e já começamos a ver o potencial do produto para otimizar nossas capacidades de back-end”, disse Alex Holmes, CEO da MoneyGram. “Pela primeira vez, estamos efetuando transferências em segundos e, por causa desses resultados, estamos expandindo nossa parceria com a Ripple e animados em anunciar que começamos a executar transações em moeda estrangeira com o peso Filipino usando a ODL”.