Amazon planeja construir centro de robótica de R$ 160 milhões

Inaugurada em 2021, fábrica terá mais de 32 mil metros quadrados. Nesta quarta-feira (6), a Amazon anunciou que planeja construir um centro de inovação robótica de US$  40 milhões (R$ 160 milhões). A nova instalação incluirá escritórios corporativos, laboratórios de pesquisa e desenvolvimento e um espaço para fabricação robótica. A empresa disse que esta nova instalação será um acréscimo ao seu site existente da Amazon Robotics em North Reading, MA.

Segundo Tye Brady, chefe da Amazon Robotics, o novo espaço vai permitir à empresa avançar nas suas pesquisas de robótica. “Essa expansão nos permitirá continuar inovando rapidamente e melhorar a velocidade de entrega para clientes em todo o mundo”, contou.

A Amazon comprou em 2012 a Kiva Systems, empresa que desenvolvia robôs, por US$ 775 milhões e renomeou como Amazon Robotics. Nesse período, a empresa implantou mais de 100 mil sistemas robóticos apenas nos EUA, possuindo mais que o dobro disso no mundo todo.

60% das empresas no Brasil já usam data & analytics para apoiar estratégia de negócios

Estudo entrevistou 500 profissionais de inteligência de negócios, Data & Analytics no Brasil, Alemanha, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, durante o segundo trimestre de 2019.

No Brasil, 60% das empresas já usam Data & Analytics para orientar estratégias e mudanças necessárias nos negócios. Desenvolvimento de novos produtos, gestão de riscos, análise de força de trabalho e melhoria da eficiência de custos, destacam-se como os cinco principais usos destas tecnologias no mercado brasileiro. Os dados foram extraídos da pesquisa Global State of Enterprise Analytics 2019¸ iniciativa da MicroStrategy em parceria com a consultoria global de pesquisa Hall & Partners, que busca traçar um panorama global e intersetorial sobre o estado atual e o uso futuro de dados e análises corporativas.

Pelo segundo ano consecutivo, foram entrevistados cerca de 500 profissionais de todo o mundo que tomam decisões estratégicas baseados nas tecnologias de business intelligence e analytics. Os participantes foram questionados a respeito dos benefícios, desafios, investimentos e prioridades – e o mais importante, foram convidados a avaliar se suas inciativas estão avançando no sentido de possibilitar a adoção de uma cultura orientada a dados em suas empresas.

Segundo o levantamento, 2020 deverá marcar o início de uma nova era para Data & Analytics, com grandes promessas de inovação e promoção de experiências intuitivas que finalmente ajudarão a tornar as empresas mais inteligentes. É unânime, tanto no Brasil como globalmente, a convicção da enorme relevância dos dados e das soluções de analytics no processo de transformação digital: 94% dos entrevistados avaliam que são componentes cruciais em suas estratégias e esforços rumo à transformação digital.

Por aqui, quem participou da pesquisa está bastante seguro com o seu nível de maturidade no uso do Data & Analytics. Quase um terço (32%) dos brasileiros ouvidos posiciona-se à frente de seus pares no que diz respeito à prática de tomar decisões baseadas em dados – a média global é de 26%. Outro ponto interessante é que, ao contrário do cenário global em que Cloud Computing é a tendência que está no topo entre as que mais impactam a adoção do Analytics, no Brasil, essa tecnologia é a apenas a terceira entre as três mais citadas (17%), precedida por Inteligência Artificial e Machine Learning (17%) e Internet of Things (18%).

Sobre as barreiras e medos que impedem a adesão ao Data & Analytics, aparecem em primeiro lugar privacidade e segurança de dados (52%). São também citados aspectos como: acesso limitado a dados e análise em toda a organização (28%) e o fato das ferramentas não serem intuitivas (27%). Segundo os respondentes, são três os principais pontos que poderiam favorecer a implementação: incorporação do Data & Analytics às ferramentas como e-mail, SharePoint, navegador web (52%) e aos aplicativos comerciais mais populares, como Salesforce, Slack (50%); além da disponibilidade de ferramentas ou treinamentos mais intuitivos e convenientes (49%).

Vendas por aplicativos cresceram 23% no Brasil

Os aplicativos estão ganhando cada vez mais espaço no mercado. Sabendo desse crescimento exponencial, o Cuponation, plataforma de descontos online e integrante da alemã Global Savings Group, realizou um estudo para saber a média de downloads de aplicativos feitos no Brasil e no mundo e tentar entender como isso influencia na economia mundial.

O relatório Store Intelligence Data Digest, divulgado este mês pela empresa Sensor Tower, registrou que o Brasil ficou em terceiro lugar no ranking dos dez países que mais baixaram aplicativos em um comparativo entre o terceiro trimestre de 2018 e o mesmo período de 2019. Nosso país perde apenas para China e Estados Unidos, que ocupam o primeiro e segundo lugar, respectivamente.

Aplicativo ajuda as pessoas a terem controle de múltiplos cartões de crédito
A pesquisa aponta que a maior parte dos downloads foram feitos pela plataforma Google Play, loja oficial do sistema Android. Nessa lista, o Brasil está em segundo lugar  tanto no que diz respeito aos países que mais fizeram downloads pela plataforma (passando de 1,73 bilhão para 2 bilhões comparando o mesmo período entre 2018 e 2019) quanto nos lugares em que os downloads aumentaram (passando para 15,7%). Quando o assunto é número de downloads perdemos apenas para a Índia, e no quesito aumento de downloads ficamos atrás da Rússia.

Os aplicativos de jogos aparecem como os mais baixados tanto na plataforma Google Play quanto na App Store. Apenas na primeira os aplicativos de lojas online entraram no ranking das cinco finalidades mais baixadas, com 457 milhões de downloads mundiais – 17,9% a mais que no ano anterior, sendo o segmento com maior crescimento desde o terceiro trimestre de 2018. Veja os rankings completos no infográfico interativo do Cuponation.

Uma das explicações para esse fato tem base na ideia de que a economia mundial parece estar melhor do que nos últimos anos, fazendo com que as pessoas finalmente voltem a investir mais em compras. Além disso, a praticidade de ter o poder de fazer compras com apenas um clique no celular e sem precisar sair de casa combinam com a agilidade das lojas virtuais, que estão modernas o suficiente para garantir espaço no mercado de aplicativos. Dessa forma, elas oferecem ao consumidor não apenas facilidade como também meios de economizar com descontos, promoções, parcelamentos longos e até mesmo cupons que são fornecidos apenas ao realizar o download do app.

No país, os consumidores brasileiros também se mostraram mais confiantes nas compras, totalizando um crescimento de 23% nas transações online no primeiro trimestre de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018, o que representa um aumento significativo ao relacionar o mesmo período do ano passado com o de 2017, em que a alteração ficou por volta de 5% positivos, de acordo com informações da empresa de segurança digital e inteligência de mercado Compre&Confie, criada pela ClearSale.

FORUM MOBILE TRANSFORMATION

A edição de 2019 do Forum Mobile Transformation, que acontece dia 5, terça-feira, no WTC-SP, vai discutir o mercado e os desafios para monetizar aplicativos móveis.

Segurança digital: o que é preciso saber sobre a autenticação multifator?

Em transformação e alvo constante de ameaças, o ambiente digital atual exige muito mais do que apenas uma simples senha para garantir a segurança dos usuários. Nesse cenário, a autenticação multifator, que utiliza mais elementos para reconhecer e autorizar o acesso, é cada vez mais importante. De acordo com os especialistas da Cyxtera, provedora de segurança digital focada na detecção e prevenção total de fraudes eletrônicas, a autenticação forte é essencial para proteger recursos confidenciais.

“Com as forças de trabalho cada vez mais remotas e móveis, as empresas devem configurar defesas que cubram todos os aplicativos, redes e usuários. Uma camada adicional para fornecer acesso seguro aos recursos protegidos é fundamental”, afirma Michael Lopez, VP e gerente-geral de Total Fraud Protection da Cyxtera.

Solução de autenticação multifatorial da empresa, o DetectID Enterprise, por exemplo, permite acesso unificado e seguro aos recursos mais sensíveis da companhia, usando um único sistema integrado, que pode ser personalizado para atender a necessidades específicas de segurança.

Segundo Lopez, alguns pontos são fundamentais para entender as potencialidades e benefícios da autenticação multifator:

  • Há uma grande variedade de fatores avançados de autenticação. Entre eles, autenticação push, reconhecimento de dispositivo e senhas únicas fornecidas por software;
  • A solução oferece cobertura completa do usuário para proteger todos os funcionários e pontos de acesso;
  • É possível integrar todos os aplicativos corporativos;
  • No caso do DetectID Enterprise, as organizações podem escolher entre hospedar a solução na nuvem ou uma implantação no local, dependendo das necessidades específicas;
  • A autenticação multifator atende a qualquer tamanho de população de usuários;
  • Os dispositivos móveis podem ser utilizados como chaves de autenticação.

 

A tecnologia avança aceleradamente, mas ainda distante da condição humana

O ponto a ressaltar é que mesmo os sistemas mais sofisticados como o da Sophia não chegam nem a tangenciar a complexidade do funcionamento do cérebro humano.

Em Hamburgo, importante cidade portuária no norte da Alemanha, em 2017, a polícia foi chamada   pelos vizinhos porque a Alexa, assistente virtual da Amazon, “estava dando uma festa com o som altíssimo”. O dono do apartamento, Oliver Haberstroh, que na ocasião estava bebendo cerveja num bar, ao voltar para casa encontrou uma nova fechadura; na delegacia do bairro lhe entregaram as novas chaves e uma fatura. A Amazon, após minuciosa investigação, alegou que a Alexa foi ativada remotamente e o volume aumentou através do aplicativo de streaming de música móvel de terceiros, mas mesmo assim ofereceu pagar o custo do incidente. As duas hipóteses – defeito do assistente virtual ou ativação remota – não configuram autonomia, livre arbítrio, agenciamento, nenhum dos atributos que caracterizam os humanos.

Atlas é um humanóide criado pela Boston Dynamics (2013) capaz de reproduzir movimentos humanos tais como saltar, girar no ar, dar cambalhotas, todos efeitos do campo da robótica. Trata-se de um sistema de controle avançado que, recentemente, usando algoritmos de otimização, automatizou alguns desses movimentos (https://www.bostondynamics.com/atlas). Sophia, criada pela Hanson Robotics (2016), reconhecida como a fabricante de robôs “mais humanos”, dotada de expressividade, estética, interatividadade, pêlo maleável, tem dezenas de computadores acoplados que permitem simular uma gama completa de expressões faciais, rastrear os rostos da audiência, reconhecer rostos e imitar as expressões faciais de outras pessoas (para quem quiser acompanhar a vida de Sophia: https://www.hansonrobotics.com/being-sophia/). O primeiro simula o sistema motor humano, o segundo simula o sistema cognitivo humano, o aprendizado é o elemento comum entre os dois sistemas: programados para aprender como aprender.

As máquinas inteligentes estão sendo programadas para, com base em grandes conjuntos de dados, aprenderem por meio de processos não totalmente explicáveis, i.é., os programadores dessas máquinas não sabem exatamente como tais máquinas aprendem para desempenhar as tarefas (o chamado “the black box problem”, que não deve ser confundido com autonomia). O cientista da computação Davi Geiger alerta que aqui reside, talvez, a maior questão ética na inteligência artificial (IA), o fato de não sabermos o que e como as máquinas realmente aprendem, não deixando de lembrar que também não sabemos o que e como exatamente os humanos aprendem.

Os modelos de IA amplamente utilizados são chamados de “redes neurais” porque são inspirados no funcionamento do cérebro. Simplificadamente, no cérebro ocorrem continuamente impulsos nervosos  (sinais químicos e elétricos) que são conduzidos até o próximo neurônio num fenômeno conhecido como sinapse, ou seja, transmite a informação entre as camada de neurônios (com mais precisão: a sinapse refere-se a interrupção que ocorre entre as duas camadas de neurônios). Cada neurônio tem uma espécie de antena, chamada de dendritos que é o canal de entrada da informação. Os modelos de redes neurais reproduzem essa lógica (não são programados para executar tarefas a partir de equações predefinidas, a programação tradicional), e o nome Deep Learning (aprendizado profundo) vem do fato de que possuem várias camadas de processamento compostas de neurônios artificiais (cada camada aperfeiçoa a informação). Segundo o neurocientista Roberto Lent, “mesmo as alternativas oferecidas pela Inteligência Artificial, que podem propiciar retornos ‘inteligentes’ de reciprocidade aos aprendizes, não atingiram ainda a riqueza de possibilidades das interações entre humanos”.

O ponto a ressaltar é que mesmo os sistemas mais sofisticados como o da Sophia não chegam nem a tangenciar a complexidade do funcionamento do cérebro humano. O aprendizado humano depende de um grande número de neurônios que por sua vez formam circuitos complexos responsáveis pela nossa estrutura cognitiva e comportamental. Vejamos alguns números ilustrativos dessa complexidade: (a) cada ser humano tem 86 bilhões de neurônios, e cada neurônio recebe cerca de 10 mil sinapses (ordem de grandeza total na casa de quatrilhão); (b) a partir da 10º semana de gestação, a produção de novos neurônios no cérebro humano em desenvolvimento atinge aproximadamente a velocidade de 250 mil novas células por minuto; (c) as tecnologias atuais não permitem estudar o cérebro humano a nível microscópico, levando os cientistas a recorrerem a animais: o tempo de computação e análise utilizado por pesquisadores chineses para estudar as conexões de 135 mil neurônios de uma mosca foi de 10 anos, estimando-se em 17 milhões de anos o tempo necessário para o mesmo procedimento no cérebro humano (“O Cérebro Aprendiz”, Roberto Lent, 2019).

A IA hoje é fundamentalmente modelos estatísticos que, baseados em dados, calculam a probabilidade de eventos ocorrerem. Esse pequeno avanço tem sido responsável por transformações na economia, nas relações pessoais, na sociedade em geral, mas estamos a léguas de distância da chamada “General AI” que, supostamente, seria dotada de capacidades que superariam os humanos.

*Dora Kaufman é pós-Doutora COPPE-UFRJ (2017) e TIDD PUC-SP (2019), Doutora ECA-USP com período na Université Paris – Sorbonne IV. Autora dos livros “O Despertar de Gulliver: os desafios das empresas nas redes digitais” (2017), e “A inteligência artificial irá suplantar a inteligência humana?” (2019). Professora convidada da FDC e professora PUC-SP.

 

 

Empresa apresenta drone gigante que pode transportar até 200 kg

VoloDrone pode ser conrtolado remotamente ou seguir rota pré-planejada em modo autônomo.

A Volocopter, empresa presente no cenário de táxis aéreos, parece estar se preparando para entrar no mercado de drones. Muito parecido com o VoloCity, o apropriadamente chamado de VoloDrone, anunciado na quarta-feira (30), é similar a uma aeronave elétrica de 18 rotores.

O VoloDrone pode ser controlado remotamente ou seguir uma rota pré-planejada em modo autônomo. Ele foi criado para comportar vários tipos de carga e equipamento sob a “barriga”, sendo útil para fornecer ajuda em desastres, pulverizar campos agrícolas ou entregar produtos.

O veículo pode transportar carga útil máxima de 200 kg a uma distância de pouco mais de 40 km, atingindo uma velocidade máxima de 110 km/h. O carregamento é feito por meio da troca de bateria, que leva no máximo cinco minutos.

O VoloDrone terá como concorrente um drone de carga da Boeing que ainda está em desenvolvimento, mas promete ser capaz de transportar até 227 kg. Enquanto isso, outras empresas como Lilium e Kitty Hawk parecem estar mais focadas em transportar passageiros.

iFood vai testar robôs para entrega de comida e prevê operação em 2020

O aplicativo de entrega de comidas iFood trabalha para incluir robôs autônomos na etapa inicial ou final do processo de delivery, afirmou à reportagem Fernando Martins, gerente de inovação logística da empresa, em evento da marca nesta terça-feira (29) em Osasco (SP).

Os robôs são desenvolvidos pela empresa paulista Synkar e devem ficar prontos em janeiro, quando iniciam os testes.

Segundo Martins, a operação comercial está prevista para o segundo semestre de 2020, e dependerá de parcerias com shoppings centers e da regulamentação sobre os veículos automatizados nesses locais.

De acordo com a empresa, o robô será um complemento do modal de entrega, funcionando na primeira ou última etapa do processo, e funcionará apenas em ambientes controlados, como shoppings ou condomínios.

A ideia da empresa é usar o veículo – uma máquina com rodas, 100% elétrica e com capacidade para transportar até 30 quilos – para buscar a comida na praça de alimentação e levar até o local do motorista, diminuindo o tempo de entrega.

“O motorista também pode levar a encomenda até um condomínio sem precisar entrar na área. O robô leva até a casa da pessoa e otimizamos a entrega”, afirmou Martins.

Os shoppings precisarão ter centrais dedicadas ao iFood. A operadora de shoppings centers Aliansce Sonae anunciou parceria com a empresa nesta terça, segundo a Reuters. Os primeiros shoppings da marca a criar os espaços serão o D.Pedro Shopping, em Campinas (SP), e o Leblon, no Rio de Janeiro.

O ​iFood entrega mais de 21,5 milhões pedidos de comida por mês no Brasil, de acordo com Carlos Moyses, presidente da empresa. O app tem 116 mil restaurantes cadastrados e 83 mil entregadores.

Uber mostra novo drone de entregas do Uber Eats

Uber não está medindo esforços para testar seu novo serviço de entrega via drones para o Uber Eats. O programa vai começar em San Diego, em 2020. Nesta segunda-feira (28), a empresa lançou um novo visual para os drones de entrega. Como mostra a imagem, os modelos terão “asas rotativas com seis rotores” para permitir uma melhor transição entre a decolagem vertical e o voo horizontal.

Asas rotativas são uma característica mais comum em protótipos de carros voadores – raramente em drones. A Uber explica que os rotores são posicionados verticalmente para decolagem e aterrissagem, mas podem girar para a posição de avanço “para aumentar a velocidade e a eficiência do voo”.

Tanto o projeto do drone quanto o do táxi aéreo fazem parte do Uber Elevate, o plano ambicioso da companhia de mobilidade para levar seu serviço de transporte e entregas para os céus. A Uber ainda pretende realizar, em 2020, voos-teste dos táxis, com lançamento comercial previsto para 2023.

A capacidade de carga do drone é de “uma refeição para dois”, de acordo com a Uber. Segundo a empresa, o drone já passou por uma “revisão crítica do projeto” e deve voar antes do final deste ano. No início de 2019, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos deu à Uber luz verde para começar os testes em San Diego.

O drone foi projetado para realizar uma entrega em oito minutos, incluindo carga e descarga. A altitude de voo estará abaixo dos 120 metros, a fim de cumprir as regras existentes para os drones. Ele terá um alcance total de voo de até 20 km para fazer uma entrega. O drone também pode planar em velocidades de vento de até 50 km/h.

A entrega via drones está virando realidade com uma série de novos testes. Na semana passada, a Alphabet’s Wing implantou seus primeiros drones de entrega na Virgínia. Outras grandes empresas, como Amazon e UPS, também estão nos estágios iniciais de experimentação.

Conectividade: a infraestrutura digital essencial ao varejo

96% dos clientes do varejo preferem lojas que oferecem wi-fi, enquanto 78% dos compradores usam a conexão oferecida nestas lojas.

Uma pesquisa que vi recentemente mostra que 96% dos clientes do varejo preferem lojas que oferecem wi-fi, enquanto 78% dos compradores usam a conexão oferecida nestas lojas. Isso mostra que a infraestrutura digital é um elemento básico das soluções necessárias para os varejistas competirem no mundo do comércio e compras. O setor está em um ciclo de profundas mudanças, basicamente derivadas de dois fenômenos: a evolução da demanda do consumidor e as inovações tecnológicas.

Em um país em que o comércio eletrônico tem estimativa de crescer R$ 79,9 bilhões até o final de 2019, é natural que os varejistas tenham a necessidade, não apenas de estar no ambiente online, mas também de integrar as soluções oferecidas para atender o offline da melhor maneira. Isso traz vantagens para o cliente e para o negócio.

Um bom exemplo são as grandes redes que oferecem lojas guia em shoppings. Não há caixas ou produtos à venda. Nelas, é possível experimentar uma roupa e depois comprar, seja pelo tablet que fica na entrada, seja pelo app no celular. Outras, fazem uma interação maior ainda entre online e offline, ao permitir na loja física que o usuário leia o código QR da etiqueta do produto, compre imediatamente online e leve o produto na mesma hora para casa.

Para tornar a experiência do consumidor cada vez melhor, é preciso que o varejo físico entregue aos seus clientes uma boa conexão nas lojas, com o wi-fi gratuito, e uma boa experiência de compra conectada. Isso traz mais conveniência ao consumidor e o incentiva não apenas a comprar, mas a interagir com o aplicativo da marca, para, por exemplo, ter descontos aplicados em produtos. É uma excelente arma de fidelização dos clientes. Além disso, o varejista pode aproveitar os benefícios trazidos pela conectividade para entender o perfil do seu consumidor. Isso pode ser feito online, pelo caminho que o usuário segue enquanto compra, carrinhos que abandona, vezes que clica em anúncios e códigos promocionais, entre outras maneiras.

E também pode ser feito offline. Zonas de calor em lojas, por exemplo, por meio do mapeamento de circulação dos clientes dentro dos estabelecimentos, podem ajudar a criar a estratégia perfeita de posicionamento de produtos ou quais setores investir recursos e pessoal.

Entendo que todas as mudanças que o varejo está fazendo e as que virão exigem uma rede preparada para acompanhá-las, sempre disponíveis e oferecendo uma integração simples com soluções de segurança e conectividade.

Investir em tecnologia para a conectividade é vital para os desafios atuais e futuros do setor. Em um mundo que se prepara para tirar proveito da IoT e da inteligência artificial, o passo principal é garantir que sua conexão esteja sempre disponível, o que trará benefícios diretos aos negócios.

*Por Leandro Laporta, diretor de Arquitetura de Soluções e Parcerias da Orange Business Services para a América Latina

iFood faz parceria com a Amazon para realização de pedidos via Alexa

O iFood firmou parceria com a Amazon para que seus pedidos também possam ser realizados por comando de voz. Neste mês, a assistente virtual Alexa está chegando ao Brasil e deve mudar a forma de fazer pedidos e compras.

“O iFood desenvolve projetos para possibilitar que cada vez mais pessoas tenham acesso à revolução que está acontecendo a partir da inteligência artificial. Essa inovação com a Amazon vai exatamente ao encontro do nosso objetivo de facilitar a jornada de consumo e torná-la mais prazerosa. Sabemos do importante papel que serviços virtuais por voz, como Alexa, terão nos próximos anos e queremos levar mais essa inovação ao dia a dia dos nossos usuários”, disse Bruno Henriques, vice-presidente de Inteligência Artificial do iFood.

A partir do comando de voz, a Alexa irá direcionar o usuário para a escolha de restaurantes e opções de pratos entre os mais de 30 tipos de culinária disponíveis na plataforma do iFood. Para usar o tecnologia, o cliente deverá dizer o comando “Alexa, falar com o iFood” ou “Alexa abrir o iFood” e poderá obter informações sobre pedidos e também acompanhar o status, como tempo de preparação do restaurante, estimativa de entrega e chegada.

Para Caio Camargo, sócio-diretor da GS&UP, a tecnologia deverá trazer muitas mudanças para os hábitos de consumo do país: “Há alguns anos, nós víamos isso em filme e parecia um sonho. Pensava “que legal, espero que venha algum dia para o Brasil” e agora está se tornando uma realidade”.

O recurso do aplicativo de delivery será compatível com todos os dispositivos Alexa que estão chegando ao Brasil e funcionará com comandos de voz para fazer e rastrear pedidos. Com a assistente virtual, a Amazon mostra que a Internet das Coisas (IoT) é uma realidade no dia a dia das pessoas.

“Estamos empolgados em trabalhar com o iFood para aprimorar a experiência de seus clientes via Alexa”, disse Jose Nilo Martins, gerente nacional da Alexa Skills Brasil. “Acreditamos que a voz é o futuro, e o recurso compatível com o iFood é um exemplo de como a voz facilita a vida – permitindo que você gerencie e obtenha informações sobre seu pedido no aplicativo, apenas perguntando.”

A empresa de delivery está investindo em Inteligência Artificial para desenvolver todo o ecossistema de food delivery. A companhia anunciou, em abril deste ano, investimentos de US$ 20 milhões para os próximos meses para fortalecer sua área de AI, o que inclui a criação de uma Academia de Inteligência Artificial para desenvolver pesquisas nas áreas de deep learning, machine learning e eficiência logística.

Camargo acredita que as compras e serviços de conveniência deverão mudar. “Tem a opção de fazer compras de supermercados e itens básicos. Isso facilita muito o dia a dia! Já outras áreas como moda e eletrônicos não devem ser tão impactadas, porque não são itens que você vai comprar sem olhar”, afirmou.

A realização de compras não pode ser realizada no momento por meio da Alexa no Brasil. A tecnologia deverá ser implementada futuramente. No momento, é possível montar o carrinho de compras e acompanhar pedidos já realizados.