É preciso debater a “Era dos Dados” no Brasil

A experiência de trazer o maior evento de ciência de dados e inteligência artificial ao país, na voz do CEO e fundador da Semantix.

Hoje, muitos especialistas afirmam que vivemos um novo movimento na economia: a “Era dos Dados”, ou seja, a utilização da informação digital como grande ativo nas relações econômicas e sociais. Contudo, compreender esse cenário não é tarefa fácil até para quem trabalha nessa área. O mercado de Ciência de Dados e Inteligência Artificial engatinha em boa parte do mundo, inclusive no Brasil, e é preciso debater e aprofundar o conhecimento sobre as principais práticas e tendências. Só o conhecimento vai permitir que mais empresas percebam as vantagens que estes conceitos podem oferecer aos seus negócios.

Este era o nosso objetivo quando decidimos apoiar e auxiliar na organização do ODSC Brasil 2019, a primeira edição no país da maior conferência de Data Science e Inteligência Artificial em todo o mundo. Conseguimos alcançar uma audiência notável, com a participação de profissionais em mais de 20 sessões com foco em negócios e tecnologia, incluindo palestras internacionais, mesas-redondas e workshops em um único dia. Foi um primeiro passo importante e que nos motiva a pensar o próximo, em 2020, para aprofundar ainda mais as discussões sobre os temas.

Até porque há um espaço gigantesco de crescimento nessas duas áreas no cenário brasileiros. É hora, portanto, de transformar este potencial em ações que estimulem novos negócios na área, permitindo que o Brasil possa crescer e acompanhar o ritmo que hoje é ditado pela evolução tecnológica.

Até porque a Ciência de Dados e a Inteligência Artificial ainda estão em fase embrionária no Brasil. Há poucas iniciativas voltadas para a disseminação destes conceitos e as próprias empresas ainda se mostram relutantes em investir neles. É natural se pensarmos que estamos apenas no início de uma nova era e que sempre há desconfiança e temor por parte dos empreendedores. Mas é justamente por estar apenas no começo que se torna necessário dar passos maiores para colher bons resultados no futuro. Quem estiver disposto a ser protagonista neste novo movimento, terá uma oportunidade grande de conquistar uma parte significativa deste mercado.

Evidentemente o ODSC Brasil 2019 também mostrou que há muitos desafios para as empresas protagonistas no mercado nacional. O principal deles é a falta de capacitação do setor como um todo. Há poucas companhias e profissionais capazes de entregar soluções que resolvam problemas das corporações. Também falta conhecimento sobre a importância da Ciência de Dados e Inteligência Artificial no dia a dia – o que afasta potenciais clientes. É necessário estimular uma cultura de investimento que movimente o ecossistema e abra espaço para mais iniciativas deste tipo.

O setor de Ciência de Dados e Inteligência Artificial está em franco crescimento e não há sinais de desaceleração. Pelo contrário, a tendência é, cada vez mais, essas soluções fazerem parte do dia a dia das empresas. Já estamos na “Era dos Dados” e as organizações precisam se mexer para se adaptarem a esta nova realidade. Apenas com conhecimento e um bom planejamento é possível adequar seus processos e se adequar às demandas do século 21.

*Por Leonardo Santos, CEO e cofundador da Semantix, empresa especializada em Big Data, Inteligência Artificial, Internet das Coisas e Análise de dados.

**Sobre a Semantix: a Semantix é empresa referência na América Latina em big data/analytics, Inteligência Artificial e IoT e líder na oferta de soluções baseadas em open source software para grandes corporações. Fundada em 2010 no Brasil, a Semantix atua em toda a região desde seus escritórios em São Paulo, Cidade do México e Bogotá. Com uma oferta completa de produtos, consultoria, sustentação e treinamento especializados, baseada no modelo Data-Driven, a Semantix desenvolve soluções de negócio, incluindo aquelas de missão crítica, para coleta, armazenamento, enriquecimento e interpretação de grandes volumes de dados, permitindo o crescimento dos negócios, melhoria nos processos de decisão e satisfação dos usuários dos serviços dos clientes corporativos. O novo produto Open Galaxy, plataforma SaaS proprietária da Semantix, possibilita que empresas de todos os tamanhos desenvolvam, de maneira simples e menos custosa, soluções baseadas em tecnologias complexas de big data, analytics e em ferramentas de engenharia e ciência de dados, inteligência artificial, robôs de automatização de processos e algoritmos, com integração aos maiores provedores de serviços em nuvem (AWS, Google e Microsoft) e principais provedores de tecnologia on-premise.

 

 

Empresas se preocupam com cibersegurança, mas não sabem se proteger – e o 5G só vai dificultar

Steve Quane, da Trend Micro, fala sobre os maiores desafios da segurança digital hoje e no futuro.

“Posso desenhar?”. Steve Quane se levanta da mesa, procura uma caneta e começa a rabiscar no quadro branco da sala de reunião da Trend Micro, em São Paulo e dá uma aula. O executivo, vice-presidente de defesa de rede e segurança em nuvem híbrida da empresa, se empolga ao falar de cibersegurança. Não é à toa – ele trabalha na multinacional japonesa há quase 20 anos.

Em poucos minutos, o quadro está cheio de desenhos. Enquanto explica, pergunta diversas vezes se está sendo claro ou se está levando a conversa para um lado técnico demais. No fim, Steve ri: “você vai entender minha letra?”

Steve estava recém-chegado em São Paulo. Nos dias seguintes, teria reuniões com clientes e com a equipe da Trend Micro. Durante a conversa, falou sobre os desafios da cibersegurança, que tanto assunta as empresas, e sobre o que vai mudar com o 5G. (Spoiler: a nova tecnologia de conexão vai mudar todo o cenário para a segurança digital).

A cibersegurança é uma das maiores preocupações das empresas hoje. Mas, no geral, elas estão preparadas para se proteger?
As empresas têm dificuldade em encontrar as habilidades necessárias. Muitas vezes, nós como vendedores criamos uma nova tecnologia para barrar um ataque, mas os clientes não têm as pessoas preparadas para implementar a tecnologia. Então, mesmo que a gente consiga descobrir o próximo passo dos hackers, as empresas não conseguem usar nossa solução.

O que as empresas precisam fazer?
Há três questões principais. O primeiro passo é entender que você talvez não tenha o profissional de segurança ou de tecnologia com os conhecimentos necessários. Depois, é preciso treinar os usuários de tecnologia de dentro da empresa em questões de segurança, por exemplo como não cair em um phishing. É uma questão de conscientização e educação. É muito simples, mas para fazer isso é preciso investir muito dinheiro, e pode ser doloroso para as empresas. As pessoas não querem deixar de fazer o seu trabalho para ir a um treinamento de cibersegurança.

O segundo ponto é que estamos vendo muita automação, o que reduz os riscos de forma significativa. Quanto menos precisarmos dos humanos para configurar e atualizar a tecnologia, menores os riscos. O terceiro é o investimento em infraestrutura. Com a internet das coisas (IoT) e os sistemas industriais, as empresas têm cada vez mais sensores espalhados em suas fábricas, por exemplo, e esses equipamentos muitas vezes não são seguros, porque os fabricantes não têm a cibersegurança como prioridade.

Qual o erro mais das empresas na gestão dos riscos?
Quando alguém encontra uma vulnerabilidade em algum software, normalmente o desenvolvedor lança uma atualização que resolve esse problema e os hackers não têm mais acesso. Mas as pessoas e as empresas não têm tempo – ou não querem – parar as operações da sua empresa para fazer a atualização.

O que muda para a cibersegurança quando tivermos o 5G operando?
Tudo.

Como assim?
Com o 5G, estima-se que teremos 10 vezes mais capacidade de coleta de dados. Tudo vai ser digital, conectado com IoT. Isso será possível com o 5G, porque hoje, com wifi e as redes móveis atuais é muito difícil. Com o 5G, podemos colocar em prática todas as técnicas de automação com as quais sonhamos hoje.

Então, o primeiro desafio é com as empresas que fabricam os dispositivos inteligentes. A segurança não é um dos itens na lista de prioridades. Contratamos hackers éticos para tentar hackear esses dispositivos – temos cerca de 3.500 deles trabalhando conosco. Então, eles tentam coletar os dados de um novo sensor industrial que a Siemens acabou de lançar, por exemplo. Então, descobrimos onde estão as vulnerabilidades e conversamos com a Siemens para trabalharmos juntos e consertar o problema.

E como as empresas podem se proteger se estão usando um desses dispositivos e se a cibersegurança não é uma prioridade para a fabricante desse dispositivo?
Se a infraestrutura não é segura – e os fabricantes não estão fazendo um bom trabalho nesse aspecto – as empresas precisam se encarregar dessa questão. Uma das coisas que podemos fazer é analisar o tráfego de informação que está sendo gerado pelo dispositivo e ver se há alguma atividade suspeita. Em segundo lugar, muitos desses dispositivos usam serviços de computação em nuvem, e aqui podemos usar uma rede segura.

E isso depende das empresas, escolher a rede segura?
Sim, é como um funil. Os dados de todos os dispositivos estão sendo processados na nuvem, então as corporações deveriam buscar redes seguras para isso. Essa camada é muito mais fácil de gerenciar do que os milhares ou milhões de sensores. Nós achávamos que os fabricantes dos sensores criariam aplicações para o processamento dos dados, mas estamos vendo que não. Quem está se encarregando das aplicações são os provedores de serviços em nuvem, como Amazon, Google, IBM. Hoje, nossa avaliação é que a grande revolução será nessa camada, as aplicações feitas com inteligência artificial e machine learning.

E as empresas que começam a implementar os sensores hoje, estão trilhando o caminho mais recomendado para se protegerem de ataques?
As empresas passam muito tempo nos dois primeiros passos: checar o tráfego de informações dos dispositivos inteligentes e usar uma rede interna segura. Mas quando tivermos 5G, as empresas precisarão integrar seus sistemas às nuvens como as Amazon, IBM, Google, ainda mais se essas companhias de tecnologia estão investindo tanta energia no desenvolvimento das aplicações. A boa notícia é que essas infraestruturas são muito seguras.

Então qual é o problema?
É que as empresas estão acostumadas a apartar os dispositivos, porque entenderam que é assim que garantem a segurança. Mas assim, você não consegue usar todo o potencial dos dados – e quando os concorrentes começam a usar as aplicações e se movem mais rápido, as empresas percebem que precisam usar a infraestrutura e asaplicações da nuvem.

Mas apartar esses dispositivos não é mais seguro?
Sim, isso é engraçado. É a abordagem correta, é a forma mais segura. Mas uma estrutura apartada não atende mais aos modelos de negócios. As empresas precisam aprender a garantir a segurança de uma infraestrutura conectada. E quando começarmos a usar o 5G, não acho que as corporações terão outra escolha.

E em quanto tempo você prevê que teremos redes de 5G mais robustas e disseminadas?
Ainda vai levar algum tempo. Não acho que teremos isso nos próximos três ou quarto anos – o que é bom, porque assim temos tempo para nos prepararmos. E ainda que as empresas de telecomunicações sejam mais rápidas em oferecer esse serviço, as empresas vão demorar para se adaptar, porque terão que atualizar toda a infraestrutura, e isso é bom. O tecnólogo em mim quer ver isso o mais rápido possível, porque os ganhos em produtividade serão enormes, mas teremos novos problemas. Por sorte, os hackers também precisarão aprender isso tudo.

China ultrapassa EUA em número de unicórnios

Segundo lista revelada nesta segunda-feira, país asiático conta com 206 startups que valem pelo menos US$ 1 bilhão, diante de 203 da potência ocidental.

A China é o país com mais unicórnios do mundo, de acordo com um estudo do Instituto Hurun. Com 206 startups avaliadas em pelo menos US$ 1 bilhão, a China ultrapassou pela primeira vez os EUA nesta lista, que tem 203. Juntas, as duas superpotências mundiais concentram 83% dos unicórnios no mundo.

As três startups mais valiosas do mundo, ainda segundo o Hurun, também estão na China: Ant Financial (braço financeiro da Alibaba), com valor de mercado de US$ 150 bilhões, ByteDance (dona do app TikTok), US$ 75 bilhões, e Didi Chuxing (dona da 99), US$ 55 bilhões. Em seguida, aparecem as norte-americanas Infor, de softwares empresariais, e a JUUL, de cigarros eletrônicos, que valem respectivamente US$ 50 bilhões e US$ 48 bilhões.

É importante ressaltar que o estudo leva em conta apenas empresas fundadas a partir de 2001 e que não abriram capital na bolsa de valores. A data da análise foi 30 de junho deste ano. Ou seja, a Uber, por exemplo, não entra na lista por ter feito IPO no primeiro semestre.

“China e EUA dominam com mais de 80% dos unicórnios do mundo, apesar de representarem apenas metade do PIB mundial e um quarto da população mundial”, analisa Rupert Hoogewerf, presidente do Instituto Hurun. “O resto do mundo precisa acordar e criar ambientes que permitam que unicórnios prosperem”.

Apenas 24 países do mundo têm unicórnios. Entre eles, o Brasil aparece na oitava colocação, com quatro unicórnios contabilizados pelo estudo. São eles o Nubank, Gympass, iFood e Loggi. A Stone não foi considerada por ter feito o IPO, enquanto EBANX e QuintoAndar receberam o valuation bilionário após a data de corte. Já a 99 pode ter sido descartada por pertencer à Didi Chuxing.

Entre os investidores, o fundo Sequoia é o grande recordista no setor, tendo investido em 92 startups que chegaram ao valor de US$ 1 bilhão. Em seguida, aparecem o fundo da Tencent, com 46 unicórnios no portfólio, e o SoftBank, com 42.

Bancos apostam em novas tecnologia para atrair dinheiro

As formas de realizar pagamentos em todo o mundo estão se tornando cada vez mais instantâneas, invisíveis (feitas por meio digital) e gratuitas. Nesse cenário, os bancos que investirem em inovação tecnológica podem aumentar as receitas com pagamentos em US$ 500 bilhões até 2025. Essa é a conclusão de um relatório da empresa Accenture, feito com base em pesquisa com 240 executivos de pagamentos de bancos de 22 países, entre eles o Brasil.
Por outro lado, bancos que não adotarem modelos de negócios inovadores, segundo o documento, devem perder receitas. A estimativa de perda é de até 15% da receita global de pagamentos dos bancos, o equivalente a US$ 280 bilhões, devido ao crescimento de pagamentos digitais e pela concorrência com instituições não bancárias, as chamadas fintechs – empresas de tecnologia no setor financeiro.
A pesquisa indica que, atualmente, 46 países têm uma solução de pagamento instantâneo e mais 12 planejam implementar uma em breve. No Brasil, segundo afirmou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no fim do último mês, o projeto de pagamentos instantâneos será concluído em 2020, antes mesmo do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), que só tem previsão de lançar o modelo em 2024.
Por meio do pagamento instantâneo, a ideia é que pessoas e empresas possam transferir dinheiro em tempo real, sem restrição de horário. As transações com dinheiro em espécie ou por meio de transferências bancárias – Transferência Eletrônica Disponível (TED) e Documento de Ordem de Crédito (DOC) e débitos – serão substituídas por pagamentos instantâneos.
RECEITA GLOBAL O estudo da Accenture constatou que a receita global de pagamentos provavelmente crescerá a uma taxa anual de 5,5%, passando de US$ 1,5 trilhão em 2019 para mais de US$ 2 trilhões até 2025. Mas esse crescimento ficará restrito a bancos que transformarem seus modelos de negócios para adotar as mais recentes tecnologias e se concentrarem em fornecer mais valor agregado em serviços para seus clientes.
O relatório é baseado em um modelo de análise de risco de receita, para medir tendências de métodos de pagamentos entre consumidores e projeta mudanças no comportamento, na tecnologia e na regulamentação dos agentes de mercado.
Segundo o documento, nos próximos seis anos, os bancos vão enfrentar pressão adicional sobre as receitas de transações e taxas de cartões, com os métodos livres de impostos colocando em risco 8% da receita de pagamentos. Além disso, a concorrência de instituições não bancárias em pagamentos invisíveis – por meio dos quais os pagamentos são concluídos em uma carteira virtual em um aplicativo ou dispositivo móvel – colocará em risco 3,9% das receitas bancárias.
A substituição do cartão por pagamentos instantâneos, em que os fundos são liquidados e transferidos em tempo real e os bancos oferecem pouco ou nenhum juro, é projetada para colocar um risco adicional de 2,7% nas receitas de pagamentos.
O cenário se baseia nos atuais declínios em receitas de transações e taxas de cartões, em que a regulamentação vem desencadeando a compressão de taxas e a tecnologia, substituindo o papel dos bancos nos novos modelos de pagamentos. Entre 2015 e 2018, a receita das transações de cartão de crédito de clientes corporativos caiu 33%; a receita de transações com cartão de débito de pessoa física caiu quase 15%; e a receita oriunda de cartões de crédito caiu quase 12%.
A pesquisa mostra ainda que o setor está ciente dos desafios colocados pelas novas tecnologias em pagamentos. Mais de dois terços (71%) dos executivos entrevistados concordam que os pagamentos estão se tornando gratuitos; quase três quartos (73%) acreditam que a maioria dos pagamentos já é invisível ou o será nos próximos 12 meses; e ainda mais executivos (78%) disseram que os pagamentos já são ou se tornarão instantâneos nos próximos 12 meses.
O levantamento foi feito este ano com executivos da Austrália, Brasil, Canadá, China (continente e Hong Kong), Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Malásia, México, Noruega, Cingapura, Espanha, Suécia, Tailândia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos. (Agência Brasil)

Gol anuncia nova forma de pagamento para compra de bilhetes aéreos

Companhia oferece mais uma opção para compra de passagem aos Clientes, sem a necessidade de ter conta bancária ou cartão de crédito.

A Gol acaba de disponibilizar uma nova opção de pagamento para clientes “desbancarizados”, por meio da plataforma digital para compras à vista SafetyPay Brasil, em parceria com a Caixa Econômica Federal(CEF). Desta forma, não é necessário possuir conta em banco ou ter cartão de crédito para adquirir passagens aéreas e serviços da Companhia.

Para utilizar o novo modelo de pagamento, é necessário fazer a reserva dos bilhetes com até quatro dias de antecedência da data do voo, pelos canais de venda da Companhia, aplicativo, site ou nas lojas VoeGOL, e escolher a opção “Lotérica”. Após a finalização, a quitação do valor deve ser efetuada em até 24 horas corridas em uma das 13 mil Casas Lotéricas ou das mais de 4,1 mil agências da CEF, disponíveis em todos os municípios do país. Ao concluir a operação, o cliente receberá um e-mail ou SMS com a confirmação do voo.

A novidade complementa as formas de pagamento disponibilizadas pela companhia, que inclui as principais bandeiras de cartão de crédito e débito, cartões GOL, Visa Checkout, Masterpass, Paypal, UATP, Transferência Bancária e Smiles & Money.

Como o Dell Digital Way entrega a própria transformação digital da Dell?

Conduzir projetos de transformação digital não é uma tarefa trivial. Para empresas que já contam com um legado histórico, fazer a transição para adotar tecnologias como cloud, analytics e inteligência artificial, a missão ganha mais peso e, ao mesmo tempo, urgência. Afinal, companhias que não conseguem se reinventar para atender demandas digitais sabem que o horizonte tende a ser nebuloso. No caso da Dell Technologies, uma companhia que nasceu com base tecnológica, falar de transformação digital pode soar algo intrínseco. Mas a própria companhia tem passado por uma série de transformações para não sucumbir à concorrência. Olhe para a trajetória da Dell, que completou 35 anos em 2019, e você verá uma empresa que passou da venda de PCs para vender servidores e, mais recentemente, para também entregar soluções de infraestrutura na nuvem para o mercado corporativo. É ainda recente a aquisição da EMC – a mais cara da história da tecnologia (US$ 67 bilhões) pela Dell em 2015. Lidar com esse histórico e com uma operação global, cujo número de colaboradores ultrapassam os 145 mil, tem feito a Dell repensar a forma como trabalha com funcionários, clientes e, claro, com a própria a tecnologia. Muito dessa missão é assumida pelo CTO da divisão Dell Digital, Greg Bowen.

O executivo, que atende também como Senior Vice-presidente de Digital Acceleration da Dell Technologies, esteve recentemente no Brasil e concedeu uma entrevista exclusiva à CIO Brasil. Bowen, que antes de ir para a Dell Technologies, ficou cerca de 16 anos na Amazon, explica que a Dell Digital nasceu como sinal da companhia para atender as urgências de um consumidor digital, que compreende desde o funcionário Dell, o cliente corporativo até o consumidor final na ponta.

Dell Digital Way: fazendo da Dell seu próprio cliente

Em 2016, a companhia começou a implementar o Dell Digital Way, o nome que a Dell define para falar sobre a própria mudança cultural. Trata-se de uma mudança em como as equipes firmam parcerias com o negócio usando uma abordagem que Bowen diz ser direta e simplificada para desenhar, desenvolver, iterar e entregar mais rapidamente novos produtos e capacidades, incluindo aí práticas DevOps e adoção de tecnologias como inteligência artificial e machine learning. “Nós decidimos mudar de uma organização de TI para uma organização digital”, resume o CTO. “Somos responsáveis por toda a tecnologia que sustenta o nosso negócio. Sistemas de ERP, Recursos Humanos, o sistema de vendas, financeiro. E nós temos clientes externos do dell.com e isso vai desde alguém que está comprando um laptop a alguém que precisa comprar uma solução completa de data center”.

No final do dia, o Dell Digital Way diz muito sobre trabalho colaborativo. Bowen conta que a transformação da Dell começa há cerca de 16 anos, quando a companhia passou por uma transformação ágil. “Trouxemos coaches de Agile”, lembra. “Mas o que nós vimos é que uma vez que não mudamos a cultura por baixo, o Agile não funciona. Nós ainda estávamos fazendo o método waterfall (cascata) do Scrum, levando duas semanas para atingir o resultado. Nós tínhamos grandes times funcionais, desenvolvedores, gerentes de projetos, designers, programadores, e o que descobrimos era que a forma que fazíamos era lenta e entediante. A forma tradicional do waterfall demora muito e a qualidade de entrega não é muito alta. E quando se entrega para o usuário, ele pode ficar desapontado”.

Segundo Bowen, o Dell Digital Way surgiu, então, para endereçar todas essas frentes e garantir entregas mais rápidas e com feedback em tempo real. “O Dell Digital Way é sobre pessoas que saem dos silos e são colocadas em times pequenos de produtividade. Nós temos desenvolvedores, gerente de produto e designer de produto trabalhando juntos”, conta. Aqui, Bowen destaca a influência do Pivotal Labs na metodologia de trabalho para deixar o waterfall de lado. No mês passado, a VMWare, empresa sob o guarda-chuva Dell EMC, anunciou a aquisição da Pivotal por um valor de US$ 2,7 bilhões. Com a compra, a VMware adquire uma plataforma que facilita o trabalho de desenvolvedores para escreverem, testarem e implementarem suas aplicações.

“Nossos desenvolvedores trabalham em pares. Se você tem um copiloto, você navega melhor e mais rápido”, compara Bowen. Seguindo a mesma metodologia, o designer é responsável por falar com o usuário, dar feedback ao time e também direcioná-lo para que o ‘Agile Way’ seja entregue em uma base diária, ao invés de uma entrega mensal ou trimestral. “Quando você combina pessoas, processos e tecnologia, as coisas mudam”, pontua Bowen.

Quatro estratégias tecnológicas para o e-commerce do futuro

Como a tecnologia deve contribuir ainda mais para o avanço do comércio eletrônico? Entenda.

Estimativas apontam que o número de transações via comércio eletrônico deve dobrar nos próximos cinco anos, atingindo um volume de 5,7 bilhões de dólares em 2023. Diante deste cenário, não é difícil perceber que a tecnologia deve contribuir ainda mais para o avanço desse setor em âmbito global. A digitalização deve transformar negócios, criando novas oportunidades para vendedores e fornecendo aos compradores novas ferramentas e experiências.

Para que isso de fato aconteça, é necessário investir cada vez mais em tecnologias avançadas.

Mas, como fazer isso de forma eficaz? De acordo com a nossa experiência, esse investimento deve ser direcionado principalmente para quatro frentes:

1.FAST PAYMENTS
2. BIG DATA
3. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
4. TECNOLOGIAS PARA ATENDIMENTO AO CLIENTE

Em relação ao primeiro tópico, a constante mudança do perfil do consumidor e de como as marcas oferecem seus produtos exige a transformação nos métodos de pagamento, que devem ser cada vez mais cômodos e simplificados.

Companhias que atuam no varejo digital devem ficar de olho em pagamentos “invisíveis”, realizados diretamente pelo celular, sem a necessidade de utilizar algum cartão ou muito menos dinheiro.

A utilização de Big Data também vem se mostrando essencial para o desenvolvimento do e-commerce. Com ela, as marcas são capazes de conhecer a fundo seus clientes, segmentando os consumidores por valores de suas compras, canais em que realizam estas compras e podendo direcionar de maneira mais assertiva suas campanhas publicitárias.

Em terceiro lugar e fundamental para melhorar a relação entre marcas e consumidores, a Inteligência Artificial tem o papel de personalizar a experiência do cliente. Esta tecnologia possibilita às empresas monitorar a compra do cliente desde a busca e pesquisa por preços até o pós-venda, identificando falhas em toda a cadeia.

Por último, a integração entre os canais e serviços tem de funcionar perfeitamente, a fim de proporcionar a melhor experiência possível aos clientes.

Atualmente, a maioria dos consumidores prefere o atendimento via canais eletrônicos – porém poucos gostam de interagir com chatbots, por exemplo –, o que torna as interações cada vez mais dinâmicas e inteligentes.

Ou seja, é necessário estar atento para capturar o potencial de mercado que a tecnologia tem a oferecer. Mais do que disponibilizar os produtos ao público certo, é necessário saber dialogar com clientes e gerar eficiência de custos para tornar as operações sustentáveis. O varejo digital tem um amplo potencial de crescimento em todo o mundo (e, especialmente no Brasil) e saber como aproveitá-lo é um ponto fundamental para ter sucesso e garantir a própria sobrevivência nos próximos anos.

* Por Marcelo Bernardino, head de Indústria e Consumo da Minsait no Brasil

Tecnologia cresce no mundo e gera escassez de profissionais qualificados

Empresas atuam junto às universidades para cobrir o déficit de profissionais em blockchain.

Antigas tecnologias são substituídas por novas todos os dias, e já nos acostumamos a incorporá-las de forma automática à nossa conveniência, quase continuamente. Uma das inovações mais promissoras da atualidade é o blockchain, que tem se mostrado eficaz em processos de gestão de um grande volume de dados com privacidade. Na corrida pela adoção crescente do blockchain, surge um desafio para as empresas: a escassez de profissionais habilitados.

Sem surpresas, o déficit profissional é mais sentido nos Estado Unidos, onde estima-se que existam aproximadamente 14 vagas para cada candidato. De acordo com o LinkedIn, o número de vagas abertas cresceu 33 vezes, em 2018, e a posição de desenvolvedor de blockchain ocupou nada menos que o topo da lista das cinco carreiras emergentes. Em termos de demanda global, o crescimento foi de 500% em um ano, segundo a consultoria de recrutamento Hired. Os números são compreensíveis, considerando que a indústria do blockchain tem apenas 10 anos.

Atualmente, cerca de 56% das melhores universidades do mundo já oferecem ao menos uma aula sobre blockchain e ativos digitais em variadas disciplinas, como Direito, Engenharia, Matemática, Negócios e Administração, buscando atender à crescente demanda por mão de obra. As instituições também se dedicam a pesquisar o potencial, as vulnerabilidades e outras possíveis aplicações da tecnologia.

As empresas cumprem um papel importante de suporte a essas iniciativas, permitindo um avanço mais rápido. Um dos maiores projetos de incentivo é o University Blockchain Research Initiative(UBRI), que prevê a doação de 50 milhões de dólares para cerca de 30 das melhores universidades do mundo, com o objetivo de acelerar a inovação e novos casos de uso do blockchain. São as próprias instituições que definem as linhas de pesquisa, sendo que todas elas trazem benefícios sociais ao identificar e desenvolver projetos que visam aumentar a produtividade, otimizar processos, reduzir custos e proporcionar mais transparência e confiabilidade das informações.

Entre as participantes do UBRI estão duas brasileiras: a Universidade de São Paulo (USP) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Temas de pesquisa populares entre elas têm sido o uso do blockchain no mercado de capitais, agronegócio e compras no setor público, além da regulamentação de ativos digitais e sua aplicação em mercados emergentes. Uma pesquisa de alunos da USP, por exemplo, até aproveita a estrutura de dados subjacente do blockchain para criar um histórico de bate-papo de comunicações bancárias auditável, mas que preserva a privacidade.

Com o amadurecimento do conhecimento sobre a tecnologia – e mais profissionais treinados chegando ao mercado – não temos dúvidas de que o blockchain terá tanto impacto em nossas vidas quanto a internet. A dúvida é sobre a intensidade dessa mudança, sendo que é fato que o blockchain já está transformando alguns mercados, exigindo cada vez mais profissionais qualificados e mobilizando pesquisadores em alguns dos mais relevantes centros de ensino do mundo.

Ter o Brasil inserido nessa jornada é sem dúvida muito animador!

*Por Luiz Antonio Sacco é diretor geral da Ripple na América do Sul, e Ken Weber é diretor de Impacto Social. A Ripple é uma empresa norte-americana fundada com a visão de construir a “Internet de Valores” para proporcionar a experiência de enviar dinheiro ao mundo todo, sem entraves.

Fornecedora de soluções de IoT para carros recebe aporte de US$ 10 milhões

Os recursos serão usados para acelerar o desenvolvimento da nova geração da tecnologia de rastreamento usando IoT , que aumenta a produtividade da frota e da equipe em 27%

A Cobli, fornecedora de soluções de internet das coisas (IoT) para veículos e logística conectada na América Latina, anunciou a conclusão de sua Série A de US$ 10 milhões, liderada pela Fifth Wall, empresa de venture capital com foco em real estate do mundo.

Os recursos serão usados para acelerar o desenvolvimento da nova geração da tecnologia de rastreamento usando IoT , que aumenta a produtividade da frota e da equipe em 27%. Com a rodada, a Cobli alcança US$ 17 milhões  de funding, um dos maiores para uma empresa B2B SaaS na América Latina.

Ao reunir dados sobre localização, movimento e condição de veículos, a Cobli ajuda fornecedores logísticos a otimizar operações complexas. Em muitos casos, esses processos eram antes geridos manualmente – um grande contraste com o mundo atual do e-commerce.

Evento de startups reúne as maiores aceleradoras do país

Com público estimado de 10 mil participantes, CASE 2019 contará com conteúdo focados no futuro da inovação, área exclusiva aos expositores e feira de negócios.

O cenário nacional de startups contém pouco mais de 12.500 soluções mapeadas pela Associação Brasileira de Startups (Abstartups), entidade que representa o ecossistema; muitas que iniciaram seus negócios ou chegaram ao sucesso e consolidação por meio do incentivo das aceleradoras, que, hoje, são dezenas, e impulsionam os resultados do ecossistema nacional.

Nos dias 28 e 29 de novembro, a Abstartups dará a oportunidade para que empreendedores do setor se aproximem dessas incentivadoras durante a 6ª edição da Conferência Anual de Startups e Empreendedorismo, maior evento latino-americano voltado para startups, a ser realizado em São Paulo.

Com público estimado de 10 mil participantes, o CASE 2019 contará com conteúdo focado no futuro da inovação, além de uma área exclusiva dedicada aos expositores e feira de negócios. “Entendo que essas organizações são importantíssimas para o desenvolvimento do nosso ecossistema, sendo uma das pontas essenciais para encontrar e estimular negócios interessantes que, muitas vezes, podem ter mais dificuldades de aproximação com essas e outras grandes empresas no dia a dia”, pontua a vice-presidente da Abstartups, Tânia Gomes.

Entre as confirmadas, a Nexus trará, em seu stand, mais informações sobre seus programas Lab, Growth e Scale Up e outras experiências. Já a Darwin Startups divulgará seus programas de aceleração, além de abrir espaço para startups fazerem pitchs e mentorias com seus parceiros corporativos; enquanto a WOW Aceleradora lançará seu 4º grupo de investimentos. A Distrito e a Oxigênio Aceleradora também estão confirmados.

O evento deste ano contará também com uma plenária e quatro arenas de conteúdo voltadas para as principais áreas dentro de uma startup: hacker (desenvolvedores e tecnologia), hipster (design, UX e produto), hustler (vendas e customer success) e hyper (marketing e Growth Hacking).

Serviços:

CASE 2019

Data: 28 e 29 de novembro de 2019, das 10h às 20h

Local: Transamérica Expo Center

Endereço: Av. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387, Santo Amaro — São Paulo (SP)

Informações e ingressos: case.abstartups.com.br