Brasil terá centro avançado de inteligência artificial

A Universidade de São Paulo foi escolhida como parceira pela IBM e pela FAPESP para a criação do mais avançado Centro de Pesquisa em Engenharia em Inteligência Artificial do Brasil.

A IBM e  FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) selecionaram a Universidade de São Paulo (USP) como instituição parceira para a criação do mais avançado Centro de Pesquisa em Engenharia em Inteligência Artificial do Brasil.

As pesquisas serão aplicadas a diferentes segmentos do mercado, com destaque para recursos naturais, agronegócio, meio ambiente, finanças e saúde. O objetivo é fomentar avanços científicos significativos sobre o potencial da IA nesses setores.

Com financiamento de até 10 anos, IBM e FAPESP reservarão, cada uma, até US$ 500 mil anualmente para implementar o programa, que contará com avaliações periódicas das atividades do Centro. Já a USP investirá até US$ 1 milhão por ano em instalações físicas, laboratórios, professores, técnicos e administradores para gerir o Centro.

A parceria entre a empresa de TI e a universidade para a colaboração em Inteligência Artificial (IA) reunirá o conhecimento de cientistas, professores e estudantes, que irão colaborar para a realização de pesquisas e projetos conjuntos.

O Centro de IA também será o primeiro da América Latina a fazer parte do IBM IA Horizons Network (IAHN), criado em 2016 para promover a integração e a colaboração entre as principais universidades do mundo, estudantes e pesquisadores da IBM comprometidos em acelerar a aplicação de IA a alguns dos maiores desafios globais, como assistência médica, processamento e reconhecimento de imagem, aprendizado de máquina, processamento de linguagem natural e tecnologias relacionadas.

UPS recebe autorização do governo dos EUA para entregas com drones

UPS se tornou nesta terça-feira (01) a primeira empresa a receber uma “Certificação Padrão Parte 135” da FAA, agência reguladora do mercado de aviação nos EUA, para um serviço de entrega com drones. Com a certificação o serviço, operado pela subsidiária UPS FlightForward Inc., será capaz de fazer entregas comerciais basicamente sem restrições no tamanho e forma de operação.

A certificação permite à FlightForward fazer uma quantidade ilimitada de vôos, controlados por uma quantidade ilimitada de pilotos, a qualquer hora do dia ou da noite mesmo para destinos que estejam além do alcance visual dos pilotos.

Além disso a empresa agora tem autorização para que seus drones, modelos M2 produzidos pela Matternet, transportem cargas com peso superior a 24 quilos. A UPS FlightForward não perdeu tempo e comemorou a certificação fazendo sua primeira entrega comercial no campus da WakeMed em Raleigh, na Carolina do Norte, nos EUA.

“Isto é um feito histórico, e estamos só começando”, disse David Abney, CEO da UPS. “Nossa tecnologia está abrindo portas para a UPS e resolvendo os problemas de nossos consumidores de forma única. Em breve iremos anunciar outros passos para expandir nossa infraestrutura, os serviços para nossos clientes na área de saúde e encontrar novos usos para os drones no futuro”, afirmou o executivo.

Mas apesar da autorização, não espere ver tão cedo um drone pousando em seu jardim com suas encomendas da Amazon. A UPS está focando no segmento de saúde, mais especificamente no transporte de produtos e espécimes médicos entre laboratórios e hospitais.

Uso do smartphone para compra e pagamentos cresce no Brasil

O uso das conveniências dos smartphones vem crescendo entre os brasileiros. Segundo a pesquisa sobre Comercio Móvel no Brasil, realizada por Mobile Time e Opinion Box, com mais de 2 mil pessoas, 85% dos consumidores que possuem smartphone já fizeram compras pelo celular. A quantidade de pesquisados que já chamaram motoristas particulares ou táxis por aplicativo subiu de 66% para 75%.

A pesquisa mostrou a entrada dos aplicativos Uber Eats, Rappi e Amazon no ranking dos apps de m-commerce mais usados no Brasil. No segmento de delivery de comida, iFood e Uber Eats crescem, enquanto apps menores perdem terreno. Entre os apps de corrida, o 99 registra recuperação, enquanto Uber perde espaço entre os usuários. Entre as novas opções de meios de transportes, 9% dos internautas brasileiros já alugaram uma bicicleta via app e 4% optou por um patinete elétrico.

Outra mudança é o crescimento do pagamento por aproximação. Agora, 17% dos internautas brasileiros que possuem smartphone já experimentaram realizar um pagamento por aproximação com o aparelho. O pagamento por aproximação usando as tecnologias NFC ou MST (no caso dos aparelhos da Samsung) está disponível no Brasil há muitos anos, mas somente agora começa a ganhar adesão.

Para Fernando Paiva, editor do Mobile Time, e coordenador da pesquisa, “há algum tempo, os lojistas tinham até medo de aceitar essa forma de pagamento por não a conhecerem, mas, agora, pelo menos nos grandes centros urbanos, os funcionários nos caixas já estão acostumados com o procedimento que deve ser feito para receber um pagamento desta forma. Com a maturidade dos lojistas e seus balconistas, a tendência é que esta modalidade venha a crescer.

Um resultado curioso foi que a proporção de homens (21%) que utilizaram pagamentos por aproximação é maior do que a de mulheres (13%). A maior diferença está entre pessoas das classes A e B (23%) do que entre aquelas das classes C, D e E (15%), diferença que se explica pela necessidade de ter um smartphone moderno e um cartão de crédito.

Essa forma de pagamento é mais popular entre donos de iPhone (25,8%) do que entre aqueles com smartphones Android (16,6%). Há ainda uma diferença por faixa etária. Quanto mais jovem, maior a probabilidade de já ter usado o smartphone para pagar por aproximação. No grupo entre 16 e 29 anos, 21% já testaram essa tecnologia. A proporção cai para 16% no grupo entre 30 e 49 anos, e é de 12% naquele com 50 anos ou mais.

A utilização do smartphone como meio para a realização de compras online de produtos físicos segue crescendo no Brasil. Em quatro anos, de setembro de 2015 a setembro de 2019, a proporção de internautas brasileiros que já experimentaram o comércio móvel passou de 41% para 85%. Ou seja, a proporção de consumidores móveis, como pode ser chamado esse grupo, mais que dobrou, com um ganho de 44 pontos percentuais.

O uso recorrente do m-commerce também cresce. Outros 77% dos consumidores móveis afirmam que hoje fazem mais compras pelo celular do que seis meses atrás. E 75% deles fizeram alguma compra nos últimos 30 dias – um ano atrás essa proporção era de 71%.

“Além disso, quem experimenta o smartphone para compras acaba deixando de lado o desktop”, comentou Fernando Paiva. 73% dos consumidores móveis declaram que preferem comprar pelo celular que pelo computador. Isto está relacionado ao alto grau de satisfação para com a experiência em m-commerce: 88% dos consumidores móveis dizem que estão satisfeitos ou muito satisfeitos com ela. “Vemos aqui uma consolidação do m-commerce no país”, destacou o coordenador da pesquisa.

CCJ aprova proposta que zera taxas para incentivar internet das coisas

O objetivo do projeto é criar no Brasil um quadro regulatório favorável ao desenvolvimento da “internet das coisas” – sistemas digitais que permitem a interação inteligente entre os mais diversos tipos de objetos por meio da rede mundial de computadores.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que zera o valor de taxas e contribuições incidentes sobre as estações móveis de serviços de telecomunicações que integrem sistemas de comunicação máquina a máquina (conhecido como tecnologia M2M).

Empresas projetam até 30% da receita vindo de Internet das Coisas em dois anos

O objetivo do projeto é criar no Brasil um quadro regulatório favorável ao desenvolvimento da “internet das coisas” – sistemas digitais que permitem a interação inteligente entre os mais diversos tipos de objetos por meio da rede mundial de computadores. A tecnologia M2M permite o desenvolvimento de equipamentos que usam a internet para se comunicar remotamente, em tempo real, sem a necessidade de participação humana.

Mão-de-obra e tecnologia nos armazéns são prioridades para executivos brasileiros

O estudo Futuro dos Armazéns 2024, realizado pela Zebra Technologies Corporation, apontou que tanto o aumento da automação quanto o crescimento da força de trabalho serão soluções essenciais para armazéns, centros de distribuição e de abastecimento das empresas nos próximos cinco anos.

De acordo com os dados levantados, mais de 74% dos entrevistados brasileiros concordam que a introdução de mais trabalhadores em conjunto com soluções tecnológicas é a melhor maneira de automatizar os armazéns — embora apenas 35% veem claramente por onde começar esse processo. Vale adicionar que 89% dos tomadores de decisão brasileiros da área estão em processo de expansão ou já têm um plano para ampliar o tamanho de seus armazéns até 2024. Durante o mesmo período, 84% antecipam um aumento no número de galpões.

A pesquisa analisa estratégias de líderes de Operação e TI para modernizar seus galpões e acompanhar as exigências da economia sob demanda. Foram entrevistados 1.403 executivos dos setores de manufatura, transporte e logística, varejo, correio e distribuição por atacado na América do Norte, Ásia-Pacífico, Europa e América Latina, onde foram consultados tomadores de decisão brasileiros e mexicanos.

Achados chave do estudo no Brasil

Até 2024, a automação vai melhorar o desempenho do trabalhador ao invés de substituí-lo

  • 69% dos gerentes dos armazéns planejam a automação parcial ou o aumento da força de trabalho por meio da tecnologia.
  • 62% dos entrevistados consideram que a interação humana faz parte de um equilíbrio operacional ideal; 32% preferem a automação parcial (alguma participação humana) e 30% preferem o aumento do número de trabalhadores unido ao fornecimento de dispositivos tecnológicos a eles.
  • Tomadores de decisão antecipam a implementação de robótica/bots para gerenciamento de estoque em armazém (31%), embalagem para distribuição (20%) e recebimento de mercadorias (22%) até 2024.

Repensar estratégias e operações para enfrentar os desafios presentes em todo o armazém continua sendo uma prioridade.

  • 59% dos participantes do estudo citaram a disponibilidade de espaço como um dos desafios mais significativos e planejam expandir o tamanho de seus galpões.
  • 60% das organizações mencionaram a contratação de mão-de-obra e/ou a eficiência e a produtividade dos trabalhadores como seus principais desafios, com 63% dando importância aos resultados individuais e em equipe.
  • O uso da tecnologia foi identificado como o desafio operacional mais esperado dos próximos cinco anos (60%), bem como o resultado desejado a longo prazo para aumentar a visibilidade de ativos, o uso de informações em tempo real e o desempenho baseado em dados.
  • À medida que os armazéns se expandem, também aumentam as unidades de volume no inventário (SKU) e a velocidade na qual os itens devem ser enviados. Os gerentes buscarão aumentar a visibilidade e a produtividade otimizando processos como devoluções (86%), intervalo de tarefas (82%), serviços de valor agregado (86%) e logística de terceiros (95%).

O investimento e a implementação de novas tecnologias são um fator crítico para competir na economia sob demanda.

  • Quase metade dos entrevistados (48%) menciona a velocidade de entrega como o principal motivador da expansão de seus armazéns.
  • 74% dos tomadores de decisão concordam com a necessidade de modernizar seus armazéns para permanecerem competitivos na economia sob demanda, mas o processo de implementação de dispositivos móveis e outras tecnologias é lento.
  • 78% das empresas estão modernizando seus armazéns por meio da renovação de computadores móveis, tablets e scanners de código de barras.
    o Até 2024, a modernização será impulsionada por soluções de computação móvel baseadas no sistema operacional Android (95%), sistemas de localização em tempo real (RTLS) (51%) e sistemas de gerenciamento de armazém (WMS) com todas as funcionalidades necessárias (62%).
  • 58% dos entrevistados consideram as etiquetas de códigos de barras móveis e as impressoras térmicas como uma área de investimento essencial para adicionar aos seus planos, expandindo o uso e atualizando dispositivos nos próximos três anos.

Recortes regionais chave

América Latina

  • Tomadores de decisão da América Latina identificaram a eficiência ou a produtividade da força de trabalho (71%) como um dos principais desafios dos próximos cinco anos.
  • 95% das organizações planejam implementar computadores móveis com sistema Android no armazém até 2024, a fim de melhorar a eficiência e a produtividade do trabalhador.

Ásia – Pacífico

  • Até 2024, 87% dos entrevistados planejam implementar um sistema de execução móvel para gerenciar melhor os trabalhadores no armazém.
  • 73% dos gerentes planejam investir em relógios e lentes inteligentes, além de tecnologia sem fio para pendurar nos quadris nos próximos três anos.

Europa

  • Os metros quadrados de armazéns devem aumentar 26% nos próximos cinco anos; muito mais do que em qualquer outra região.
  • É esperado que até 2024, o uso de RFID e tecnologias de localização aumente nas operações de saída do armazém, uma vez que uma em cada cinco organizações planeja usá-las para embalagens (25%), gerenciamento de estoque (20%) e coleta de itens (19%).

América do Norte

  • Quase metade dos tomadores de decisão da América do Norte (49%) identificou embalagem, organização e carga de saída como desafios para o setor.
  • 94% dos entrevistados terão implementado ou planejado implementar soluções de otimização de carga até 2024.

Contexto e metodologia do estudo

O estudo Futuro dos Armazéns 2024 incluiu 1.403 tomadores de decisões operacionais e de TI dos setores de manufatura, transporte e logística, varejo, correio e distribuição por atacado na América do Norte, América Latina, Ásia-Pacífico e Europa, que foram entrevistados pela Qualtrics.

Wing, filial do Google, se une à FedEx e Walgreens para entregas por drones

A empresa está se unindo à FedEx, Walgreens e ao fornecedor de presentes Sugar Magnolia. Nesse caso, para fornecer produtos de saúde, alimentos e muito mais aos moradores da cidade de Christiansburg, no sudoeste da Virgínia.

O piloto, que faz parte do Programa Piloto de Integração do Departamento de Transportes dos EUA, tem como objetivo demonstrar a viabilidade da entrega de drones — que ainda está em um estágio inicial de desenvolvimento. No começo deste ano, a Wing se tornou uma das primeiras operadoras de drones a ser certificada como transportadora aérea comercial pela Federal Aviation Administration. Ela pode, por exemplo, entregar mercadorias comerciais autonomamente a destinatários que podem estar a quilômetros de distância, fora da linha de visão do operador.

Como vai funcionar a entrega por drones?

A Wing afirma que entregará em minutos medicamentos vendidos sem receita (e outros itens de saúde e bem-estar) aos clientes da Walgreens que os encomendarem online. A Walgreens será a primeira farmácia de varejo a oferecer entrega de drones nos EUA.

Enquanto isso, clientes elegíveis da FedEx Express que vivem nas “zonas de entrega designadas” de Christiansburg — e que optam pelo serviço de entrega da Wing — poderão receber alguns pacotes via drone. A Wing projetou uma caixa personalizada que seus drones usarão para transportar pacotes às casas dos destinatários.

Residentes interessados ​​em ter um drone com NyQuil ou uma caixa de cupcakes no quintal da frente podem se inscrever em http://wing.com/Virginia.

Sobre a Wing

No ano passado, a empresa se tornou uma empresa completa sob o guarda-chuva corporativo da Alphabet. Em dezembro, anunciou que estava lançando um serviço de teste na Finlândia, onde ofereceria entregas de 10 minutos gratuitamente na capital do país. A Wing também foi aprovada para lançar seu primeiro serviço público de entrega de drones na Austrália.

Quanto mais tecnologia, mais toque humano no varejo

Que as transformações estruturais no varejo impressionam, não resta a menor dúvida. Especialmente aquelas precipitadas pela crescente incorporação de tecnologia em todas as atividades do setor.

No início eram recursos destinados a melhorar o nível de controle geral dos negócios. Foram os sistemas dedicados a controle de estoque, de caixa, de inventário.

Ao longo do tempo, para além da melhoria da eficiência e produtividade, razão de ser das primeiras gerações de recursos tecnológicos, as soluções foram migrando para a lógica da melhoria da experiência do consumidor. E da individualidade e customização dessa experiência.

Além de passarem a se preocupar com a conveniência, as facilidades e a ausência de fricção (frictionless) nas relações de consumo.

Um capítulo à parte envolveu tudo relacionado ao avanço do e-commerce e sua inusitada capacidade de monitorar, e antecipar, demandas, proporcionando a solução individual customizada, algo difícil de ser reproduzido no ambiente das lojas.

Mas o avanço também incorporou as experiências únicas possíveis a partir da combinação de tecnologias como realidade virtual e e-commerce, que permitem abstrair da realidade da compra racional dominante no e-commerce para algo inusitado combinando a conveniência, experiência e facilidade do e-commerce com o mundo disruptivo emergente das realidades aumentada e virtual.

As mais novas combinações gravitam em torno dos meios de pagamentos com alternativas digitais, integrando nos Super Apps tudo que possa envolver o omniconsumidor, incluindo relacionamento, fidelidade, comunicação, promoção e pagamento. Mas com muito mais para ser incluído, pois a proposta, mais do que clara, é criar um instrumento único de conexão entre a vida digital e a vida real.

E nessa dimensão as plataformas exponenciais, Google, Amazon, Facebook e outras e mais os Ecossistemas de Negócios, Tencent, Alibaba e outros mais travam a mais ambiciosa, e talvez definitiva, batalha pelo protagonismo da conexão dominante com os omniconsumidores.

Mas o avanço irreversível da tecnologia precipita, em diversa direção, a crescente demanda de toque humano nos sistemas e práticas de negócios.

Tudo parece convergir, em especial no varejo, para o simples conceito de que quanto mais tecnologia, mais pessoas, reais de carne e osso, sorrisos, atenção e genuíno interesse por outras pessoas possam estabelecer a diferenciação definitiva entre marcas, conceitos e práticas.

Quantas vezes você voltou a um local, marca ou canal que proporcionou uma experiência humana autêntica e diferenciada? E quantas vezes prometeu a si mesmo jamais voltar, pois a experiência humana foi terrível?

Eis um desafio daqueles que são ótimos para serem equacionados, dentro da proposta do “Decifra-me ou Te Devoro”.

Quanto mais embarcamos tecnologia e soluções digitais em nossos negócios, mais somos desafiados a valorizar, integrar e diferenciar através das pessoas. De forma autêntica, espontânea, genuína e natural.

Eis o axioma do período. Quanto mais tecnologia, irreversivelmente incorporarmos aos nossos negócios, mais o caminho da diferenciação e dos resultados passará pelas pessoas.

Só para repetir. Decifra-me ou Te Devoro!

Pesquisa mostra WhatsApp como principal canal de atendimento de lojistas virtuais

Nos dias de hoje é praticamente impossível fazer algo que não tenha tecnologia envolvida. Diante desse cenário, está cada vez mais comum empreendedores usarem aplicativos como aliados para automatizar processos e melhorar o atendimento ao cliente. De acordo com uma pesquisa da Loja Integrada, plataforma gratuita para criação de lojas virtuais com mais 1 milhão de lojas criadas, 51% dos micros e pequenos lojistas virtuais usam o WhatsApp como principal canal de atendimento.

Instagram aparece em segundo lugar com 18%, seguido pelo Messenger online com 9,3%. A pesquisa foi realizada por meio de um formulário online com quase 1 mil lojistas virtuais de todo o país durante os meses abril e maio de 2019. “O atendimento ao cliente é um dos principais diferenciais competitivos das lojas virtuais e, por isso, garantir agilidade e eficiência nos contatos é cada vez mais importante. Na Loja Integrada, por exemplo, a equipe de atendimento recebe, mensalmente, em média 7 mil contatos. Os canais mais utilizados para que os lojistas entrem em contato com a empresa são o chat, as redes sociais, como Facebook e Instagram,”, explica Mariana Tiemi, especialista em comércio eletrônico e Sucesso do Cliente na Loja Integrada.

Sem dúvidas 

O WhatsApp está entre os apps mais baixados do Brasil, com mais de 120 milhões de usuários ativos no país. Os dados também mostram que 61% dos lojistas virtuais usam o serviços de comunicação como canal de vendas e 34,1% para atendimento e dúvidas. “Hoje eu faço praticamente todo o meu atendimento pelo whatsapp. Esse canal me permite mais agilidade para responder meus clientes e por meio dele também consigo realizar vendas, otimizando os resultados do meu e-commerce”, conta a empreendedora Luana Moraes, da loja de jóias Use Miaa, fundada em 2016 e hoje atende clientes de todo o Brasil por meio da loja virtual com o auxilio do app.

Smartphones e eletrônicos lideram compra de produtos usados pela internet

O orçamento apertado das famílias e o desemprego ainda em patamares elevados têm levado muitas pessoas a buscar alternativas na hora de comprar ou mesmo para fazer um dinheiro extra. Um levantamento realizado em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que os produtos usados vêm ganhando espaço entre os consumidores.

Praticamente três em cada dez (28%) consumidores entrevistados adquiriram algum item de segunda-mão pela internet nos últimos 12 meses da pesquisa — percentual que chega a 39% entre os mais jovens. O ranking dos objetos mais adquiridos é encabeçado por celulares ou smartphones (29%) e eletrônicos (27%). Em seguida aparecem roupas e calçados (26%), eletrodomésticos (18%), móveis (17%), além de brinquedos e artigos infantis (16%).

Dados da pesquisa também mostram uma parcela significativa de consumidores que vem se desfazendo de objetos sem uso, principalmente para conseguir uma renda extra. Cerca de 30% colocaram à venda itens pessoais em sites especializados ou redes sociais, como eletrônicos (28%), roupas e sapatos (24%), eletrodomésticos (21%), celulares ou smartphones (20%), brinquedos e artigos infantis (19%), além de móveis (15%).

Por outro, lado, 58% ainda não se sentem atraídos por esse tipo de modalidade. O tempo gasto para concretizar a venda, para a maior parte dos entrevistados, é relativamente curto: 40% precisaram de até uma semana, 28% levaram até 15 dias e 13% até um mês.

A principal razão apontada pelos adeptos da compra de usados pela web é a financeira: 70% destacaram a economia de gastos nas transações. Já 34% demonstraram preocupação em consumir de forma sustentável e consciente, enquanto 24% revelaram passar por apertos no orçamento, o que justifica a prática como forma de adquirir produtos a preços acessíveis.

Em média, os consumidores ouvidos adquiriram entre quatro e cinco produtos usados pela internet nos últimos 12 meses. Os locais de compras mais citados foram sites especializados (78%), comunidades na internet ou redes sociais (36%) e aplicativos (23%).

Além disso, 57% dos entrevistados costumam verificar a possibilidade de comprar um produto usado antes de um novo e a maioria acredita não ser preciso adquirir um item novo para estar satisfeito com o seu uso. Para 40%, vale mais a pena adquirir um livro usado do que um novo, por exemplo. A preferência por usados também é predominante no caso dos que realizaram compras de carros e motos (37%) e instrumentos musicais (29%).

“Diante do cenário econômico atual, a venda de usados tem sido a chance de muitas pessoas para adquirir produtos a preços acessíveis e lucrar com objetos que estariam parados ou ocupando espaço em garagens e armários”, afirmou Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil. De acordo com o estudo, seis em cada dez internautas ouvidos afirmam possuir itens sem uso em casa que poderiam ser vendidos a terceiros (61%).

Dentre os que compraram ou venderam produtos usados pela internet nos últimos 12 meses da pesquisa, 60% calcularam a economia proporcionada, sendo 41% no caso da compra e 34% com a venda. Em contrapartida, 40% nunca fizeram esse tipo de cálculo. Para 88% dos consumidores, a economia de dinheiro com a compra de usados foi significativa em alguma medida para o bolso.

“O comércio de usados vem ganhando cada vez mais espaço graças aos marketplaces, plataformas online de compra e venda que concentram diversas lojas e marcas em um mesmo local. Mas é preciso pensar muito bem antes de fazer uma aquisição”, afirmou José Vignoli, educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’ e do SPC Brasil.

Tecnologia gera valor nas operações

Portugal tem uma cadeia de abastecimento em temperatura controlada ao nível dos mercados mais desenvolvidos, e que procura dar resposta ao exigente ritmo de crescimento com inovações tecnológicas que fornecem soluções combinadas, altamente flexíveis, seguras e rastreáveis. O setor da Logística de Frio compete hoje com frotas multi-temperatura, modelos circulares de “share and reuse”, dispositivos de monitorização em tempo real e de controlo de localização e temperatura e serviços de valor acrescentado, como o copacking.

O mercado da Logística de Frio continua em crescimento, caracterizando-se por investimentos cada vez mais complexos em inovação tecnológica, a fim de acompanhar as exigências crescentes dos clientes com soluções rápidas e eficientes, operações integradas e oferta de serviços de valor acrescentado de armazenamento e distribuição de produtos com temperatura controlada.

Consciente das “necessidades particulares que a logística e o transporte de frio têm”, a Luís Simões “trabalha com o objetivo de oferecer os melhores serviços neste setor”, dispondo das infraestruturas necessárias para fazer a gestão de serviços como o transporte primário e a receção de paletes (numa área de armazenagem de frio superior a seis mil m2 distribuídos pelos seus centros de operações de Lisboa e Porto), a expedição de paletes e a preparação de pedidos. Para “satisfazer as necessidades de todos os clientes”, a empresa realiza ainda copacking, o que permite ter listas de pedidos para entrega em 24 horas em qualquer ponto do país, sublinha Daniela Simões, administradora de business development, subcontratação e recursos humanos da Luís Simões.

Com a Sogenave, a Telepizza, a Unilever, a Imperial, o Mercadona, a Nestlé e a Jerónimo Martins Distribuição como principais clientes de Logística e Transporte de Frio, a líder do mercado ibérico de fluxos rodoviários cria “soluções de valor acrescentado para a cadeia de abastecimento de acordo com as necessidades do mercado”, trabalhando constantemente para fazer evoluir a sua carteira de clientes “de forma estruturada e sustentada”.

Já a CHEP, que se afirma líder mundial em soluções de embalagens manuseáveis, retornáveis e reutilizáveis para a cadeia de abastecimento, “ajuda a transportar mais mercadorias para mais pessoas e mais locais do que qualquer outra organização no mundo”. A empresa está também presente no mercado não-alimentar, em áreas como o packaging ou a indústria automóvel.

Servindo “as mais importantes empresas do mundo em setores como FMCG (Bebidas e Alimentação), onde têm enorme importância os produtos frescos, como as frutas, legumes e o setor da carne, sob o modelo circular de “share and reuse”, conhecido por pooling”, como explica Country General Manager, CHEP Portugal.

Os modelos de negócio complexos e desenhados à medida de cada cliente permitem otimizar toda a supply chain” – Greenyard

Pioneira da economia de partilha, a empresa orgulha-se da partilha e reutilização que faz das suas plataformas, a partir do modelo pooling, as quais garantem o transporte das suas mercadorias “de forma eficiente, sustentável e segura”, afirma Filipa Ferreira Mendes.

Com cerca de 300 milhões de paletes, grades e contentores numa rede de mais de 750 centros de serviço, e apoiando mais de 500 mil pontos de contacto de clientes, a CHEP prepara soluções para a cadeia de abastecimento “tendo sempre em conta uma premissa base: cada etapa desta cadeia é diferente e necessita de produtos e soluções adequados aos desafios que se colocam”. Com soluções para a primeira milha que incluem paletes de plástico full-size (para transporte de matérias-primas), produtos semi-acabados e embalagens para as áreas de produção sem que seja necessária uma nova re-paletização dos produtos, a empresa dispõe de paletes que podem ser utilizadas pelos clientes em temperaturas entre -35 ºC e +45 ºC.

Multi-temperatura e monitorização em tempo real
A Greenyard Logistics Portugal oferece um serviço “abrangente e completo”, sendo especialista na logística e transporte de produtos alimentares perecíveis. Como sublinha Vitor Figueiredo, “a gestão de operações com fluxos tensos num contexto de peso variável, multi-temperatura, multi-cliente e multi-fluxo é a especialidade” desta empresa. Em termos de temperatura, consegue cobrir todos os intervalos indicados para produtos alimentares, desde -25ºC a +18ºC e ambiente, detalha o Country Manager da Greenyard Logistics Portugal.

Tecnologia gera valor nas operaçõesA empresa trabalha com produtos secos, pescado fresco, bacalhau seco, frutas e verduras, charcutaria, carnes frescas, laticínios, toda a gama de produtos congelados, e “conhece bem” os produtos que lhe “são confiados”, dispondo dos meios necessários para “os conservar e preparar da melhor forma”, garante o responsável. Além de receção, armazenagem, preparação de encomendas [em fluxo tenso (PBL) ou a partir de stock (PBS)] e expedição, a Greenyard realiza serviços de valor acrescentado, como lavagem e reembalamento de pescado fresco, pesagem e etiquetagem, copacking e tradução de etiquetas.

Em termos de transporte, toda a frota ao seu serviço é bi-temperatura e possui controlo de localização e temperatura através de GPS. A empresa consegue assim ”oferecer soluções combinadas, altamente flexíveis e eficientes com o máximo de segurança e rastreabilidade”. Como conclui Vitor Figueiredo, “sentimo-nos confortáveis com modelos de negócio complexos e desenhados à medida de cada cliente, que permitem otimizar toda a supply chain e não apenas a atividade de logística e transporte”.

Com “praticamente todo o negócio centrado em B2B”, a Greenyard realiza cerca de 50% do seu volume de negócio com a moderna distribuição. São várias as tipologias de negócio desenvolvidas com esta tipologia de clientes, desde a operação completa de todos os perecíveis, à gestão apenas de armazém ou transporte de algumas categorias de produtos, passando ainda pelo apoio sazonal do seu negócio. Os restantes 50% do volume de negócio são feitos com fabricantes, distribuidores e traders da indústria agroalimentar, quer nacionais, quer internacionais. Também nesta tipologia de clientes os modelos de negócio podem variar desde operações integradas com todos os serviços a apenas serviços específicos de transporte ou armazém. Segundo o responsável, “ambas as tipologias de clientes têm crescido, quer através da conquista de novos clientes, quer através da expansão dos serviços em clientes já existentes”.

2018 teve um contexto macroeconómico favorável, apesar do aumento do preço do barril de petróleo, que teve consequências drásticas no preço dos combustíveis” – Transportes Paulo Duarte

Por seu turno, a Transportes Paulo Duarte (TPD), que opera a nível nacional e internacional com serviços de logística e transporte de frio, lança este ano o Portal do Cliente, destaca Pedro Azevedo, diretor de área de transportes da empresa. O novo portal permite o acesso, consulta e obtenção de documentos digitalizados e faturas ou créditos com assinatura digital e tem um serviço Track & Trace, que permite controlar e seguir a temperatura da carga online em permanência.

Com os seus principais clientes nas áreas da indústria alimentar e das grandes superfícies, a Paulo Duarte tem acrescentado novos clientes à sua carteira, adianta este responsável.

A TRACKiT Consulting dá apoio à gestão das empresas que possuem frota própria, através de uma ferramenta na área da telemática dedicada à gestão de frotas. Na área de Logística do Frio a empresa possui uma solução de monitorização de temperatura adequada a transporte de perecíveis, transporte de medicamentos e transporte de animais vivos.

Com base no módulo Localizador GPS, são assegurados “padrões de qualidade em tempo real, para que os clientes possam oferecer os melhores serviços”. Como explica Paulo Fournier, CEO da TRACKiT, “a exigência do cliente final catapulta uma panóplia de requisitos, aplicáveis a entidades legisladoras e a todos os intervenientes (nomeadamente transportadoras) que integram e formam a cadeia de abastecimento de frio”.

O Tracking é um “gestor On-Line da qualidade do serviço de frio”. Este módulo fornece informação contínua de toda e qualquer não-conformidade, verificada na cadeia de transporte com monitorização de temperatura, e está disponível para executar serviços em tipologias VAN, Rígidos, Reboques e outro tipo de transporte.

Com uma carteira de clientes que “tem evoluído de forma muito positiva” dos principais clientes no nicho da Logística do Frio (TorresPharma, Transfrio, TFS – Transportes Florêncio e Silva, JLS, Hélder Sousa Congelados, Mariscos Barrosinho e Panicongelados, entre outros) para serviços que abrangem empresas de logística e transporte mas também empresas de indústria e distribuição, a TRACKiT afirma-se como “a única empresa no mercado português a oferecer este serviço de controlo de temperatura”.

Soluções integradas e com valor acrescentado
As empresas do setor confirmam o crescimento sustentado do mesmo. Para a CHEP, “o mercado de temperatura controlado tem assistido a um ritmo de crescimento constante e acima da variação do mercado alimentar, algo que, tudo indica, será para manter”. Na opinião de Filipa Ferreira Mendes, para esta conjuntura favorável contribuem as “muitas novidades a entrarem no mercado para dar resposta às tendências de hoje (sem glúten, componente nutritiva, rapidez de consumo / praticidade, bem-estar). Exemplos disso são categorias de congelados a crescerem a dois dígitos, como as sobremesas congeladas, categorias ditas “de nicho” como as refeições prontas a crescerem 8% (quase o triplo da categoria de congelados), ou ainda os queijos a registarem variações acima da média, suportadas nas “especialidades”.

Num negócio “com uma dinâmica de mercado em crescimento, e cada vez mais exigente”, a CHEP suporta a sua atividade na melhoria contínua dos seus serviços, desde a primeira à última milha, utilizando tecnologia para facilitar toda a operação e garantindo níveis de serviço superiores a 97%”, conclui a responsável.

Tecnologia gera valor nas operaçõesTambém na opinião de Pedro Azevedo, o ano 2018 “teve um contexto macroeconómico favorável que permitiu às empresas portuguesas alavancar crescimento ao nível de volume de negócios”. Isto apesar do “aumento do preço do barril petróleo, que teve consequências drásticas ao nível do preço dos combustíveis”, destaca, pela negativa.

A Paulo Duarte não foi exceção e reforçou a sua posição no mercado, aumentando a sua carteira de clientes e produzindo “um suporte sólido de crescimento aos seus clientes, com a aquisição de novas viaturas eficientes e equipadas com a tecnologia mais avançada do mercado”. Segundo o responsável, em 2019 a empresa irá aumentar o seu volume de negócios, com reforço de frota em cliente atuais, mas também com a captação de novos clientes e investimento em novas áreas de negócio.

O ano de 2018 foi igualmente de crescimento para a Greenyard, cujo volume de faturação ascendeu a 20,6 milhões de Euro, o que representa um crescimento de 30% face a 2017. Para além do crescimento da empresa a taxas superiores às do mercado, “assistimos a um crescimento geral do mercado de outsourcing da logística de frio”, comenta Vitor Figueiredo.

Na sua opinião, esta evolução positiva é maioritariamente justificada por três fatores: o primeiro é o reconhecimento das vantagens que o outsourcing logístico traz aos empresários, em especial pelo fato de permitir eliminar uma parcela significativa dos custos fixos tornando-os variáveis. O que se deu com a alteração de mentalidade relativamente à especialização do negócio, principalmente nas empresas do setor agroalimentar (com a maioria dos empresários a tomar consciência de que a logística gerida com meios próprios distrai do core business e requer investimento significativo e constante, “especialmente quando se trata de temperatura controlada”; e com o aumento das campanhas de promoção, “o que origina uma grande exigência relativamente à flexibilidade da cadeia de abastecimento”).

O segundo é a “riqueza de ofertas” por parte do mercado no que diz respeito à logística e transportes em temperatura controlada. “É um setor que, apesar de ter um número limitado de players, é altamente eficiente, moderno, dinâmico e competitivo. Portugal tem hoje uma cadeia de abastecimento em temperatura controlada ao nível ou até melhor comparativamente a mercados maiores e mais desenvolvidos, dentro do contexto europeu ou mundial. Esta riqueza da oferta resulta obviamente num elevado incentivo ao outsourcing”, conclui.

E o terceiro é que “o mercado passou a dar mais valor a uma oferta integrada de serviços altamente flexível e focada num nível de excelência e com uma abrangência internacional”, como a que disponibiliza a Greenyard, diz. Para o country manager são estes “os principais fatores que nos diferenciam da concorrência e a que o mercado tem vindo a dar cada vez mais importância”.

A Luís Simões enfrenta este ano com capacidade instalada para atender à crescente demanda logística de grandes clientes” – Luís Simões

“O compromisso constante com a inovação e a abertura de novos centros” permite à Luís Simões “enfrentar este ano com capacidade instalada para atender à crescente demanda logística de grandes clientes”. A empresa aposta claramente no crescimento, pelo que em 2019 espera “manter essa linha ascendente e consolidá-la nas bases”, afirma Daniela Simões.

Em 2018, a Luís Simões registou um volume de negócios consolidado de 244 milhões de euros (mais 2% do que em 2017), correspondendo 122 milhões de euros à atividade logística, o que representa um crescimento de 6,7% em relação ao ano anterior. Com o aumento das operações, “estimamos um crescimento de 8% para o ano de 2019”, avança.

2018 foi também “um ano de expansão” ibérica e para o Sul da Europa, graças à construção do novo Centro de Operações Logísticas (COL) de Guadalajara, inaugurado no início de 2019, e o ano em que a empresa fixou “o foco na sustentabilidade, sendo pioneira no uso de gigaliners, que reduziram 30% dos gases de efeito estufa, 203 toneladas de CO2e/ano e 56% de gasóleo”, conclui Daniela Simões.

Com uma faturação de 840 441 euros, 4% superior à registada em 2017, a TRACKiT perspetiva 2018 como o ano de consolidação da empresa no mercado. Com um foco “sempre presente nas grandes frotas, onde encontrou parceiros e não clientes, fazendo com que esta aprendizagem mútua resultasse no desenvolvimento de um serviço de excelência nos diferentes setores da gestão de frotas”, a empresa aposta no fortalecimento para 2019, “com a entrada de grandes frotistas” a quem irá fornecer “serviços ágeis e práticos”.

Este artigo foi originalmente publicado na edição 140 da revista LOGÍSTICA&TRANSPORTES HOJE

INVESTIMENTOS E NOVIDADES *

CHEP Portugal
Nos últimos anos, a CHEP tem vindo a investir cada vez mais no desenvolvimento de novas soluções, de modo a adaptar-se às novas exigências de mercado, tendo presente a eficiência, segurança e sustentabilidade em toda a cadeia de abastecimento. Além de fornecer um pool eficiente de paletes, investe para disponibilizar alternativas de transporte colaborativo, soluções em loja que otimizam a realização de promoções (contribuindo para uma maior rapidez na implementação de ações) e melhoram a reposição (reduzindo ruturas), soluções de produção e armazenamento que se adaptam à dinâmica de mercado, entre outras.

Promovendo eficiência e sustentabilidade ao longo da cadeia de abastecimento, a CHEP tem vindo a posicionar-se no mercado cada vez mais como um parceiro de negócio, “diferenciando-se pelo valor que traz” à mesma. A empresa desenvolve uma visão End-to-End que auxilia os clientes a “venderem mais por menos”, reduzindo ruturas de stock e melhorando a reposição e o merchandising.

A inovação é um pilar-chave da sua estratégia, focada essencialmente em Big Data, Realidade Virtual e IoT, mas também na adequação das paletes às solicitações do mercado.

Greenyard
São várias as novidades que a Greenyard tem preparadas para arrancar em 2019. Desde logo a abertura de uma nova plataforma logística no último trimestre de 2019, na zona norte do país. A expansão permitirá à empresa consolidar a posição naquela região do país, mas também aumentar a flexibilidade das operações de transporte.

Em termos de sistemas, a Greenyard está a desenvolver uma aplicação mobile, a utilizar pelos motoristas, que permitirá aumentar o controlo sobre a operação de entregas e a integração administrativa com as mesmas. Está também em desenvolvimento um novo portal de clientes que permita ao cliente fazer um follow up mais detalhado das suas encomendas e aumentar a visibilidade sobre toda a cadeia.

Por último, a empresa está a trabalhar em soluções que vão muito além do papel de operador logístico, nomeadamente, mas não só, no setor das frutas e verduras, onde o grupo é líder europeu, e na logística de inbound, “onde ainda existe muito por fazer no mercado português”, diz Vitor Figueiredo.

Luís Simões
No que diz respeito ao investimento, a Luís Simões destaca o crescimento previsto para a zona centro de Espanha, que vai permitir duplicar a sua capacidade atual, convertendo-a na maior região de Logística da Península Ibérica para a empresa em termos de capacidade de armazenagem. A inauguração do novo Centro de Operações Logísticas (COL) em Guadalajara (a 52 km de Madrid), com mais de 89 mil m2 de superfície e capacidade para 178 mil paletes, é um exemplo disso mesmo.

Equipado com a última inovação em tecnologia logística para a sua automatização, este Centro de Operações está dividido em três edifícios (A, B e C). A Nave A contará com uma capacidade total de armazenamento de 86.500 lugares de paletes (75500 em temperatura ambiente e 11 mil para produtos refrigerados) e 1800 de picking na área de automatismo. O sistema vai gerir de forma simultânea um fluxo, em hora de ponta, de 540 paletes de entrada e 440 paletes de saída. O armazém de picking está equipado com 10 transelevadores, suspensos a 20 metros de altura por cima das estanterias. Este design inovador permite a utilização do solo para outras operações logísticas, combinando operações de armazenamento, picking e copacking.

A nave B tem 34 cais de carga/descarga e capacidade para 43 mil paletes e conta contará com uma área para copacking (especialmente relevante para o desenvolvimento de serviços de logística promocional e de logística para o e-commerce). este armazém está equipado com uma câmara frigorífica que proporciona versatilidade e adaptabilidade a clientes de diversos setores.

A nave C, com capacidade para 49 mil paletes e 44 cais de carga/descarga, tem como objetivo trabalhar com clientes do setor alimentar e de bebidas. A Luís Simões tem capacidade para expedir uma média de 700 pedidos diários, movimentar 3500 paletes de entrada e 3800 paletes de saída. Neste armazém prepara 80 mil caixas de picking por dia.

Daniela Simões sublinha que “as oportunidades que este centro nos oferece são imensas, e a prova disso são as operações que temos a funcionar, destacando-se marcas de grande consumo, como é o caso da Nestlé”. O que irá permitir “agilizar ao máximo os tempos de cada processo logístico graças à sofisticação das instalações”, num COL que também está adaptado às novas tendências, como o e-commerce.

TRACKiT
Numa plataforma sempre em desenvolvimento, muito graças a uma equipa interna de R&D, estão sempre a surgir novas funcionalidades, serviços e melhorias. Na TRACKiT a evolução passa por disponibilizar uma plataforma de otimização de rotas e gestão de serviços completamente integrada na atividade da empresa.

A empresa antevê que novos parâmetros de avaliação da qualidade de condução dos motoristas irão tornar o módulo de Ecodrive ainda mais completo e fácil de utilizar.

E, apesar de ter o foco nas grandes frotas, uma nova estratégia está a ser delineada para que a TRACKiT entre no mercado dos pequenos frotistas, onde “os desafios são completamente diferentes e requerem outro tipo de abordagem”.

Transportes Paulo Duarte
Em maio de 2019, a Transportes Paulo Duarte terá instalações próprias no Algarve, com o intuito de estar mais próxima dos seus clientes, mas também de desenvolver mais atividade de transporte a sul do país. Com 475 viaturas e 435 reboques, a empresa avança que “o mercado ibérico é uma aposta forte a curto prazo”.

Como referido, a empresa lança este ano o Portal do Cliente, que permite o acesso, consulta e obtenção de documentos como CMR digitalizados associados a fretes efetuados; a consulta e obtenção de faturas ou créditos emitidos aos clientes, com a respetiva assinatura digital; e o Track & Trace, que está constantemente disponível para o cliente, tal como o respetivo controlo e seguimento da temperatura da carga online.