Empresa de delivery compra startup de veículos autônomos e de direção remota

A empresa de entregas estadunidense Doordash anunciou a compra da Scotty Labs, uma startup que trabalha com tecnologia de direção autônoma e direção remota. A tendência por testar e futuramente utilizar a tecnologia dos veículos sem seres humanos, dirigidos por computadores, se confirmou com a confirmação de que, além da aquisição, foram contratados para o quadro executivo da Doordash dois co-fundadores da Lvl5, outra empresa adquirida pela companhia de delivery, que trabalhava com o desenvolvimento de mapas de alta resolução para veículos autônomos.

Essa não é a primeira iniciativa na direção do uso dessas novas tecnologias para entregas: o Uber Eats já realizou testes nesse sentido, e a própria Doordash já havia estabelecido uma parceria com a Starship Technologies e a Marble, a fim de testar a eficácia da entrega de comidas através de robôs. Outra parceria se deu com a Cruise, que desenvolve carros autônomos, a fim de testar a utilização da tecnologia para seus serviços de entrega.

Se o futuro dos transportes e deliveries parece inevitavelmente ser o uso dos veículos dirigidos por computadores, essa tendência não se dá sem imensos debates: no passado recente, um veículo autônomo em teste atropelou e matou uma mulher nos EUA. Além disso, um estudo sugere que o uso da tecnologia pode piorar o trânsito nas grandes cidades – e ainda reduzir as oportunidades de emprego para seres humanos.

Coca-Cola European Partners testa robots de entrega

A Coca-Cola European Partners (CCEP) está a testar a tecnologia robótica no parque temático Alton Towers Resort, no Reino Unido.

Como parte do seu fundo de investimento em inovação Ventures, a empresa está a trabalhar com a TeleRetail, especialistas em condução autónoma, para testar esta tecnologia de ponta num local de alto tráfego.

Durante o teste, o robot vai recolhar produtos do centro de distribuição da Alton Towers e vai entregá-los às lojas de bebidas em todo o parque, usando inteligência artificial (IA) para manobrar em torno de milhares de visitantes durante a alta temporada de verão.

O robot, que viaja a 3 milhas por hora (quase 5 km/h) e percorre distâncias de até 50 quilómetros, está equipado com tecnologia GPS, sensores de visão, som e movimento para navegar com segurança. Também usa sensores a laser para medir a distância de possíveis obstáculos, permitindo que pare com segurança e evitar colisões.

“Estamos à procura de novas tecnologias de ponta que nos ajudem a crescer. Estes robots permitem-nos melhorar na logística de 24 horas por dia, sete dias por semana”, assegura o vice-presidente da Coca-Cola European Partners, Leendert Den Hollander, acrescentando que “ao desenvovler tecnologia, soluções e processos, podemos melhorar a maneira como operamos, para melhor atender os nossos clientes e consumidores, agora e no futuro“.

No futuro, o software pode ser usado em veículos de tamanhos diferentes e, se for bem-sucedido, “o teste pode mudar a maneira como a CCEP entrega produtos aos seus clientes e transformar a experiência do consumidor“, diz a empresa.

Robô de entrega da FedEx é visto no centro de Memphis

MEMPHIS, Tennessee (WMC) – Empresas em Memphis estão testando o robô de entrega autônomo da FedEx e uma foi vista no centro de Memphis na terça-feira.

Roxo estreou em uma reunião do Conselho da Cidade de Memphis um mês depois que a FedEx revelou o robô no “Tonight Show” e agora o bot chegou às ruas de Memphis. Foi visto na rua principal na terça-feira.

O robô alimentado por bateria pesa cerca de 200 libras e pode transportar até 100 libras e é monitorado por um operador remoto em todos os momentos.

O bot, projetado para percorrer estradas e calçadas, possivelmente será utilizado por varejistas como Pizza Hut, Target, Walgreens e Walmart.

O robô também está sendo testado em Manchester, New Hampshire.

Cultura das empresas é a principal razão para o atraso da inovação no Brasil, diz pesquisa

Estudo do coletivo Open Innovation traz as principais preocupações e perspectivas de executivos sobre o tema de inovação no Brasil.

A lentidão na mudança de mindset dentro das grandes empresas ainda é um impeditivo para o avanço da inovação no Brasil, segundo pesquisa feita pelo coletivo Open Innovation do Brasil, obtida com exclusividade por Época NEGÓCIOS. O estudo elencou os principais desafios e preocupações de executivos para o avanço da inovação aberta no país. Os dados foram obtidos em parceria com o SocialData, que por sua vez utiliza o banco de dados da MindMinners.

A pesquisa intitulada de “Os Desafios da Inovação Aberta no Brasil” consultou, entre 24 de junho e 12 de julho de 2019, cerca de 126 membros de diferentes equipes do coletivo em todo o país. Os times regionais são compostos por empreendedores, consultores e representantes de empresas interessadas no tema de inovação. Aos entrevistados, foram feitas perguntas relacionadas à percepção da inovação na atualidade, perspectivas e preocupações.

O desenvolvimento do ecossistema de inovação também exige uma melhoria social e educativa, de acordo com a pesquisa. A transformação cultural contabilizou o maior número de respostas, sendo unanimidade entre 70% dos entrevistados. Em seguida está a melhor formação acadêmica dos profissionais (42%) e a redução da burocracia (40%).

O Open Innovation é uma iniciativa criada em 2017 que reúne diretores de inovação de todo o país em um ecossistema de colaboração e troca de experiências, com o objetivo de incentivar empresas a aderirem à Inovação Aberta no Brasil.

Flávio Ferrari, gerente do Copenhagen Institute for Futures Studies (CIFS) e coordenador do time do Open Innovation de São Paulo, explica que o fator humano aparece com tanta evidência, seja positiva ou negativamente, devido ao fato da colaboração ser o grande guia no processo de inovação aberta.  “A filosofia da inovação aberta é justamente o processo colaborativo. É preciso aceitar as ideias do vizinho”, diz.

Segundo o executivo, a transformação cultural não acompanha o avanço acelerado da digitalização. “A  questão agora é a mudança de mindset. Falamos muito de transformação digital, mas a verdade é que a tecnologia já é uma commodity. O determinante agora é o que faremos com ela”, diz.

De acordo com os autores do estudo, a inovação aberta corresponde a um novo paradigma onde o ambiente externo às empresas também deve ser considerado como fonte de recursos para a estratégia de inovação corporativa interna.

Principais tendências

Os entrevistados também foram convidados a opinar, numa questão aberta, sobre as tendências mais relevantes para o desenvolvimento da inovação aberta no Brasil. Dada a grande diversidade de respostas, a pesquisa considerou algumas das principais questões. Entre elas estão: Evolução das tecnologias cognitivas, evolução da inteligência artificial (IA), fortalecimento das redes de colaboração, oferta de ecossistemas de pagamento, novas ferramentas de gestão e desenvolvimento de treinamentos para soft skills.

As próximas ações do coletivo estarão focadas nas principais preocupações evidenciadas pela pesquisa, explica Ferrari. “A pesquisa nos ajudou a priorizar nossa ordem de trabalho, agora sabemos o que devemos usar como pauta daqui pra frente”. Uma série de encontros para debater os temas em destaque estão previstos nos próximos meses.

Mapeamento mostra que Brasil tem 363 incubadoras e 57 aceleradoras

Estudo mapeia o ecossistema do empreendedorismo inovador no Brasil.

Estudo divulgado no último dia 12 no evento Innovation Summit mostra que o Brasil conta com 363 incubadoras de negócios inovadores e 57 aceleradoras. O Mapeamento dos Mecanismos de Geração de Empreendimentos Inovadores, também estima que, em 2017, as 3.694 empresas incubadas no Brasil foram responsáveis pela geração de 14.457 postos de trabalho e faturaram conjuntamente R$ 551 milhões.

Incubadoras são instituições que auxiliam as empresas que tenham como principal característica a oferta de produtos e serviços no mercado com significativo grau de inovação. Elas geralmente ofertam espaço físico ou infraestrutura e suporte adaptados para alojar os empreendedores, promovendo acesso a serviços ou orientações que as empresas dificilmente teriam encontrado sozinhas.

Já as aceleradora de negócios são semelhantes às incubadoras, porém, o tempo de contribuição com o desenvolvimento do negócio é determinado, e normalmente é responsável por investir financeiramente em startups, que são pequenas empresas de tecnologia com viés inovador, que fornecem serviços à sociedade em diversas áreas. .

O levantamento foi feito em parceria entre a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) .

O estudo mapeia o ecossistema de empreendedorismo inovador do Brasil, por meio de pesquisas com incubadoras e aceleradoras do país.

Negócios inovadores
Os mecanismos de geração de empreendimentos inovadores compreendem as organizações, programas ou iniciativas de geração de empreendimentos inovadores ou de apoio ao desenvolvimento de empresas nascentes de base tecnológica, o que inclui as incubadoras de empresas, as aceleradoras de negócios, os espaços abertos de trabalho compartilhado e os laboratórios abertos de prototipagem rápida.

A maior parte dessas incubadoras, ou 61% do total, são mantidas por universidades. Grande parte atua nas áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Agronegócio e Saúde/Ciências da Vida.

Aceleradoras

O Brasil tem também, segundo o estudo, 57 aceleradoras, sendo que a maioria delas, 45 no total, estão localizadas nas regiões Sul e Sudeste. A maior parte atua no setor de agronegócio, educação, eletroeletrônico, saúde e ciências da vida, financeiro e varejo. O estudo estima que um total de 2.028 startups foram aceleradas no país. Estima-se também que tenham sido gerados um total de 4.128 empregos diretos nas startups apoiadas. Em 2017, o faturamento de todas as startups aceleradas foi estimado em R$ 474 milhões.

Levantamento

O estudo foi feito entre setembro de 2018 e março deste ano. Participaram da pesquisa 121 incubadoras e 29 aceleradoras. “Estamos em um momento de escalabilidade das iniciativas de apoio à inovação. E esse estudo vai ajudar bastante nesse processo de tomada de decisão. E o segundo ponto fundamental é que isso é uma realidade brasileira, já está acontecendo. O Brasil está nessa onda. Temos indicadores que demonstram que estamos já com resultados significativos e esse efeito multiplicador precisa acontecer. Essa é uma agenda do bem”, disse Paulo César Rezende de Carvalho Alvim, secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTIC), em entrevista à Agência Brasil nesta segunda-feira (12/08/19).

Segundo o secretário, além dos números, o estudo mostra também a diversidade de iniciativas no país. “Outro ponto fundamental é que, a partir de uma experiência, começa-se a incorporar outros instrumentos e mecanismos que podem robustecer o processo”, acrescentou.

O presidente da Anprotec, José Alberto Sampaio Aranha, disse que o objetivo das entidades com esse estudo é “conseguir uma informação atualizada” sobre o ecossistema do empreendedorismo inovador brasileiro. “Se juntar esse mapeamento e essas informações com as políticas públicas que estão sendo estabelecidas – como a MP de Liberdade Econômica, o Marco Legal de Startups e o PNI (Programa Nacional de Incubadoras e Parques Tecnológicos), desatar os nós e se conseguir começar a empreender, isso será uma coisa fantástica e fará com que o Brasil, em um ano, consiga se transformar totalmente”, disse.

O estudo, segundo Aranha, mostrou ainda a transformação do ecossistema e dos seus novos atores, o crescimento das aceleradoras e os caminhos que as incubadoras estão encontrando para sobreviver. “Tínhamos, primeiro, esse movimento baseado em universidades. Depois entraram as grandes corporações. E agora está entrando o governo. Isso tudo é muito dinâmico”, explicou.

Segundo Claudia Pavani, do Instituto Christiano Becker de Estudos sobre Desenvolvimento, Empreendedorismo e Inovação e coordenadora técnica do mapeamento, o estudo demonstrou também “que há um movimento de mudança muito forte”. “Em parte por incursões macroeconômicas e econômicas. Um dado importante, por exemplo, é que boa parte das incubadoras são ligadas às universidades – e universidades federais. Então, quando temos um momento de restrição orçamentária para as universidades federais, as incubadoras sofrem também. O estudo foi feito em 2017, quando tínhamos vindo de dois anos de recessão econômica. Por outro lado, o movimento das startups mudou muito e cresceu muito. Então, esses mecanismos estão tendo que se adaptar a essas mudanças para poder lidar com essa nova empresa, que é uma empresa mais rápida, de tecnologia e que precisa de muitos recursos”.

Para ela, o mapeamento demonstra que “existe um número representativo sim de incubadoras e aceleradoras no país”. “E elas estão conseguindo fazer empresas e promover a criação e o fortalecimento de empresas novas. E essas empresas estão faturando, pagando impostos e gerando postos de trabalho. E as empresas graduadas estão faturando R$ 18 bilhões. O que é um número representativo para um negócio que não existia antes”, falou.

Fonte: epocanegocios.globo.com

 

Apesar de carteira digital, a alta do Mercado Livre vem das maquininhas

Fundado em 1999, o Mercado Livre ficou conhecido por ser um lugar em que se podia não só comprar como vender de tudo na internet. Mas seus dias de foco único no comércio eletrônico ficaram definitivamente para trás.

A empresa anunciou em seus resultados do segundo trimestre, um número marcante em meio aos esforços para tornar seus serviços de pagamento tão conhecidos quanto seu braço de vendas por marketplace: no mês de junho, pela primeira vez na história, o valor total dos pagamentos transacionados pelas plataformas da empresa foi maior fora do Mercado Livre do que nas compras internas.

Isso significa que mais pessoas estão usando as soluções do Mercado Pago, braço da companhia que oferece opções como carteira digital, QR Code posicionado em estabelecimentos físicos e maquininhas de cartão de crédito para pequenos lojistas.

A área de pagamentos fora do Mercado Livre teve alta de 233% em volume transacionado no trimestre, sendo a maior responsável pelo crescimento de 90% no volume total transacionado no período (em câmbio constante). Uma alta bem maior do que a de vendas brutas no marketplace, que subiram 33% no período.

Assim, dos 6,5 bilhões de dólares transacionados pela empresa argentina no trimestre, 3,1 bilhões foram em compras no marketplace do Mercado Livre (48%) e 3,4 bilhões de dólares foram realizados em outros lugares (52% do total).

O diretor financeiro do Mercado Livre, Pedro Arnt, disse em conferência com analistas nesta quarta-feira que os pagamentos devem “trazer muito mais aquisição de usuários nos próximos anos”. “Mas não significa que não há espaço para atrair usuários do marketplace também”, disse o executivo. “Ter esses dois negócios juntos [fintech e marketplace] é uma das maiores vantagens competitivas que temos.”

Reinado das maquininhas

Em sua transição para fintech, a empresa argentina passou a oferecer um aparato de possibilidades a seus mais de 290 milhões de usuários cadastrados, como usar a carteira digital do Mercado Pago para pagar boletos, recarregar o celular ou fazer compras na rua pagando com QR Code em vez de cartão.

Mas uma mostra da verdadeira realidade da América Latina é que, de todas essas inovações financeiras, o melhor negócio até agora vem sendo as boas e velhas maquininhas de cartão.

De todas as tão celebradas compras fora do Mercado Livre, a Point, maquininha da empresa, respondeu por 42% das transações. O produto existe desde 2015 no portfólio, mas ganhou modelos diferentes e investimento nos últimos trimestres, com foco em pequenos lojistas e microempreendedores individuais. Foram quase 3 milhões de maquininhas ativas em junho, o dobro do mesmo período do ano passado.

A carteira digital, embora tenha crescido mais de 400% em volume de transações, está na casa dos 20% do total transacionado fora do marketplace. São 4,5 milhões de clientes ativos, grande parte na Argentina, onde o serviço foi lançado primeiro.

A empresa abriu ainda um braço de empréstimos, o Mercado Crédito, que cresceu 75% em relação ao segundo trimestre do ano passado e, na Argentina, já começou a ser oferecido para transações fora do Mercado Livre. O produto mais recente foi um cartão de crédito em parceria com o Itaú e bandeira Visa, lançado em julho e que será sem anuidade e controlado pelo aplicativo do Mercado Livre.

Ter as maquininhas como principal produto, contudo, faz o Mercado Livre precisar fincar o pé em um mercado que nunca esteve tão disputado. A “guerra das maquininhas” virou também guerra do QR Code e da carteira digital, desencadeada pela entrada de novos concorrentes como PagSeguro e Stone fazendo frente às tradicionais Rede (do Itaú), Cielo (de Banco do Brasil e Bradesco) e GetNet (do Santander).

Ao falar sobre o Brasil em conferência com analistas nesta quarta-feira, Arntusou a expressão em inglês late for lunch (“atrasado para o almoço”), para dizer que os argentinos, de fato, “chegaram atrasados” na alta das maquininhas e dos pagamentos digitais no Brasil.

O número de transações feitas com cartões cresce na casa dos dois dígitos trimestre após trimestre, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços. Só a procura por maquininhas no Google cresceu 129% nos últimos cinco anos, segundo estudo da Azulis.

O papel do marketplace

Apesar de “atrasado”, a empresa argentina tentará usar os 20 anos de marca construída entre seus clientes e o fato de ter no portfólio, só entre usuários ativos, 29 milhões de compradores e 7 milhões de vendedores no primeiro semestre de 2019.

Como toda transação do Mercado Livre precisa ser paga com Mercado Pago, e como o aplicativo do marketplace e da carteira digital é o mesmo, essa base de usuários é vista pelos analistas como uma grande carta na manga. “Vemos o tamanho da base de usuários de cada carteira como a chave do sucesso de longo prazo, porque é uma base de usuários crescente que pode criar um efeito cascata”, escreveram analistas do Bradesco BBI em relatório em junho.

Só no Brasil, que respondeu por 62% do faturamento total da empresa no segundo trimestre (ante 21% da Argentina), o Bradesco estima que estejam cerca de 60% dos usuários ativos do Mercado Livre.

Assim, há mais de 20 milhões de potenciais usuários brasileiros para o Mercado Pago, mais que os 10 milhões de usuários do atual líder do mercado nacional, o PicPay.

Para chegar até eles, o Mercado Livre tem, além de marca consolidada, muito dinheiro para queimar. A empresa levantou neste ano 1,85 bilhão de dólares de recursos em ofertas de capital, para investir, principalmente, em seu marketplace e em sua divisão financeira, Mercado Pago. (Boa parte do dinheiro veio do rival americano PayPal, que quer investir em pagamentos na América Latina.)

Com marketing, tecnologia e descontos para quem usar os pagamentos digitais, os gastos operacionais do Mercado Livre subiram 26% e fecharam o trimestre em 256 bilhões de dólares, com perspectiva de que aumentem ainda mais nos próximos trimestres. O que não é visto como um problema: a empresa afirmou que vai continuar investindo “agressivamente” para conseguir mais usuários, mesmo que “à custa da lucratividade de curto prazo”, segundo Arnt.

Afinal, ainda que o lado fintech continue dominando as conferências do Mercado Livre nos próximos trimestres, fazer a empresa ser vista como uma prestadora de serviços financeiros mais do que é vista como uma plataforma que “vende tudo” ainda vai exigir alguns bilhões de dólares.

Fonte: Exame.abril.com

Freshworks lança app integrado ao Mercado Livre para experiência de compra aprimorada

A Freshworks Inc e o MercadoLivre anunciaram o lançamento do aplicativo Freshdesk para os vendedores do MercadoLivre. A Freshworks é uma empresa global de software e o MercadoLivre, companhia de comércio eletrônico da América Latina, que atende 267 milhões de usuários registrados.

O suporte técnico do software Freshworks está agora disponível na loja de aplicativos MercadoLivre. O app foi projetado e desenvolvido pela Nearsoft, que é uma parceira da Independent Software Vendor (ISV), que pertence à Freshworks.

Usando o aplicativo, as equipes de suporte dos vendedores do MercadoLivre poderão obter todas as informações do cliente no painel Freshdesk. O aplicativo visa simplificar a experiência de serviço do Mercado Livre, tornando mais fácil para os vendedores resolverem as consultas dos usuários.

Experiência do usuário

Em 2018, o MercadoLivre vendeu mais de 334 milhões de itens, totalizando mais de US$ 12 bilhões em volume de mercadorias brutas (GMV). À medida que mais e mais consumidores compram e vendem on-line, os consumidores esperam uma melhor experiência.

De acordo com a “Pesquisa PwC de Experiência do Cliente 2017/18”, representando uma amostra de 15.000 pessoas de 12 países, 49% dos clientes da América Latina deixariam de fazer negócios com uma marca que gostavam após uma experiência ruim.

Mercado Livre

Com o aplicativo Freshdesk no MercadoLivre, os vendedores podem oferecer suporte ao cliente rápido e personalizado. A ideia é ajudar as empresas a criarem clientes permanentes. A integração apoiará empresas de todos os tamanhos com base nas demandas de seus clientes ou prospects e tem várias funcionalidades:

 Oferecer melhor experiência ao cliente com comunicação contextual

  • Perguntas criadas nas listagens de produtos dos vendedores aparecem como tickets da Freshdesk
  • Os vendedores podem pré-definir o nível de prioridade para tickets criados a partir de perguntas
  • As equipes de suporte podem ver todas as informações sobre um produto dentro do ticket Freshdesk

Centralizar a comunicação usando o Freshdesk

  • Todas as respostas são visíveis na sua página de produto MercadoLivre
  • Mantenha um registro de cada pergunta e a resposta do seu agente dentro do ticket
  • Veja o que o usuário pediu anteriormente e as respostas que foram dadas

Melhorar a experiência e fixação do cliente no MercadoLivre

  • Configurar mensagens pós-venda sempre que uma venda é encerrada para envolver os clientes
  • Responda aos seus pedidos de pós-venda dos seus clientes do MercadoLivre no Freshdesk
  • Entre em contato com os clientes de forma proativa, agradeça a eles, forneça um código de desconto e notifique-os sobre quedas de preço

Fonte: e-commerce Brasil

 

Negociações buscam colocar Campinas como a 1ª do país a ter entregas de refeições por drone

As discussões entre a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e uma empresa que desenvolve sistemas aéreos para entregas de cargas leves buscam colocar Campinas (SP) como a primeira cidade brasileira a ter delivery de alimentos por meio de drones.

A companhia SMX Systems/ Speedbird Aero, que desenvolve drones, é parceira do iFood, grupo que planeja usar o novo modal a partir de setembro. A empresa de entregas espera reduzir o tempo de serviço, geralmente realizado entre 15 e 20 minutos, para dois minutos e meio, ou 150 segundos.

“Esse é um projeto que vai gerar conhecimento. Vamos aprender em Campinas, para que possamos levar para outras cidades”, diz o diretor de logística do iFood, Roberto Gandolfo.

A empresa do ramo de entregas diz que o parceiro no projeto de pesquisa trabalha para aprimorar os equipamentos, com objetivo de cumprir exigências dos órgãos regulares, e fará pedidos formais de autorizações necessárias para a Anac e ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).

Pioneira no serviço

A Anac confirma que fez reuniões com a empresa a SMX Systems/ Speedbird Aero, responsável pelo desenvolvimento do produto, a fim de esclarecer aspectos regulatórios que visam segurança.

Segundo a assessoria, a agência não recebeu dela ou de qualquer companhia um pedido formal para testes complexos (áreas habitadas, por exemplo), o que impede prazo certo para início das entregas. Além disso, completou que não há operações de serviços idênticos no Brasil.

“Atualmente, a empresa pode realizar voos dentro do escopo permitido – em áreas segregadas e operações na linha de visada visual – sem a necessidade de autorizações técnicas ou formais”.

O Decea informou, por nota, que ainda não recebeu contato da empresa. Segundo site do departamento, o “uso irresponsável do espaço aéreo” pode infringir leis previstas no Código Penal, Código Civil, Código Brasileiro de Aeronáutica e Lei de Contravenções Penais.

Como vai funcionar?

De acordo com Gandolfo, são previstas “duas rotas na cidade”. Uma dentro da área de um shopping, para levar pedidos da área dos restaurantes para uma central de distribuição, e outra para envio direto ao consumidor final.

“A primeira aplicação, dentro do Shopping Iguatemi, vai permitir maior agilidade entre a saída do pedido até o entregador. O trajeto que leva de 8 a 12 minutos a pé, até a área externa do centro de compras, pode ser feita entre 30 segundos e um minuto pelo drone”, explica.

A segunda aplicação, cujo destino não é confirmado, inclui levar o pedido direto até a porta do cliente. Para esse tipo de entrega, há dois grandes empecilhos. Cada rota diferente precisa ser autorizada pelo Decea, e nem todo local serve para pouso da aeronave que, de acordo com o desenvolvedor, tem como ponto ideal para aterrissagem uma área com 5 metros de diâmetro.

“A ideia é realmente aprender. Além de ser um mercado que operamos há muitos anos, com uma densidade grande de pedidos, Campinas tem uma geografia que favorece”, completa o diretor.

O equipamento

O drone desenvolvido para as entregas de alimento é 100% nacional, conta com 1,4 metro de diâmetro, seis motores, dois aparelhos de GPS, funciona com tecnologia 4G e tem até paraquedas para situações de emergência.

“Se um motor parar, ele consegue voltar para o ponto de origem. Se dois falharem, ele aciona o paraquedas. Há uma preocupação com a segurança”, avisa Samuel Salomão, desenvolvedor do DLV-1, nome de batismo do equipamento criado pela Speedbird.

Segundo o desenvolvedor, a aeronave que será utilizada em Campinas é capaz de levar até 2 kg por viagem, e a caixa de transporte possui monitoramento da temperatura.

“No e-commerce, em geral, cerca de 80% dos produtos estão abaixo de 2 kg, incluindo alimentos. O drone foi direcionado para esse trabalho”, explica Salomão.

Em “condições ideias”, o drone tem autonomia de voo de 30 minutos, em velocidade que varia de 36 a 38 km/h, em um raio máximo de cinco quilômetros.

Sobre as “condições ideais”, Salomão lembra que, como qualquer aeronave, para o drone operar é necessário ter certas condições climáticas.

“Chuva pode impactar e o equipamento teria dificuldade de voar com ventos acima de 50 km/h.”

Voo automatizado, mas monitorado

O software para navegação e operação do drone também foi desenvolvido pela Speedbird e, segundo Salomão, realiza todo o voo de forma automatizada. Por uma questão de legislação, no entanto, é acompanhado por um operador, que pode intervir caso necessário.

“Todo voo será automatizado, é pré-definido antes da decolagem. O acompanhamento existe porque não há, no mundo, autorização para voo autônomo.”

‘Drone delivery’ pelo mundo

Outros países já estão mais avançados no transporte de comida via drones. Há testes em andamento nos EUA (Califórnia), China e Austrália, por exemplo.

Fonte: g1.globo.com

Postmates poderá testar robôs autônomos para entregas em São Francisco

A startup Postmates recebeu permissão para testar robôs autônomos para entregas nas calçadas de São Francisco. De acordo com San Francisco Public Works, as licenças estarão ativas por 180 dias e autorizam os testes de até três dispositivos de entrega autônoma. Cada robô deverá ser acompanhado por pelo menos um operador humano.

O robô ainda possui um conjunto de sensores, usa um processador NVIDIA XAVIER e pode transportar 22 quilos e percorrer cerca de 48 km com uma única carga. Os clientes interagem com o Serve usando uma tela sensível ao toque e câmeras. A startup afirma que a solução “incorpora sua visão para o futuro da entrega”.

“Estamos ansiosos para trabalhar diretamente com as cidades para buscar uma abordagem colaborativa e inclusiva para a implantação robótica que respeite nossos direitos públicos de passagem, inclua contribuições da comunidade e permita que as cidades desenvolvam regimes regulatórios”, disse um representante da Postmates em uma declaração ao TechCrunch.

De acordo com o veículo, a licença deve ser emitida em breve. Com isso, São Francisco se tornará uma das primeiras cidades a permitir formalmente os testes de robôs autônomos para entregas. Em Washington, testes parecidos também estão sendo realizados — nesse caso, com a Amazon.

Fonte: startse

Como Business Intelligence pode inovar os seus negócios

Estar a frente da gestão de negócios até então significava tomar boas decisões a partir de previsões de mercado e com base na experiência nos negócios. A incerteza e a instabilidade estão sendo pouco a pouco substituídos pela inteligência de mercado, potencializada na transformação digital através do Business Intelligence.

Apostar nesta estratégia significa utilizar os dados disponibilizados através das plataformas para estruturar soluções dentro dos cenários da empresa. Isso pode ser aplicado em questões relacionadas ao espaço administrativo, ao mercado e também aos consumidores.

O Business Intelligence oferece uma série de oportunidades para análise, basta encontrar aquela que mais tem a ver com o seu negócio. Dentre as opções disponíveis está a possibilidade de identificar tendências, o entendimento a respeito do público-alvo e a oportunidade de inovação, uma vez que permite a visibilidade da cadeia logística, o monitoramento de cargas, a análise da concorrência e também reconhecer as necessidades dos clientes.

Muito mais do que planejamento e conhecimento, aplicar o Business Intelligence está atrelado ao uso de tecnologia. E nesta realidade, o Big Data é uma das tendências no que se refere armazenamento e processamento de dados. Já no Comércio Exterior, o que antes gerava o acúmulo de documentos abre espaço para o acesso de dados em tempo real. E é com esses dados que acontece a interpretação e o cruzamento, que permitem embasar novas tomadas de decisão.

Apostar no Business Intelligence requer a preparação e o treinamento de toda a equipe para transformar a forma de pensar e executar ações no cenário digital. Com o acesso a uma ferramenta de ponta, invista em metodologias práticas e explore os relatórios gerados visualmente para facilitar a interpretação dos dados. Em um segundo cenário, utilize as entregas do Business Intelligence para corrigir problemas, evitando erros humanos, eliminando a falta de informações atualizadas e as dificuldades na análise de mercado.

Fonte: ecommercenews.com.br