Programas de aceleração de startups valem mesmo à pena?

Recentemente recebi o convite de um jornal para falar sobre minha experiência como empreendedora. No dia da gravação, durante um papo descontraído, contei ao jornalista como havia surgido a Vittude. Falei da ideação, das fases que passamos e das conquistas atuais. Uma das perguntas feitas foi sobre a eficácia dos programas de aceleração.

Ele compartilhou que frequentemente recebe e-mails de aceleradoras, querendo participar de alguma pauta do jornal. Além disso, ao longo das entrevistas com outros empreendedores, observou que alguns problemas costumam ser comuns entre empresas que passaram por aceleração. Uma das queixas recorrentes era o excesso de diluição do capital social, o que eu aprendi a chamar de cap table sujo com alguns fundos de investimento.

Além disso, essa semana li uma matéria noticiando o encerramento do programa de aceleração da ACE, antiga Aceleratech, uma das mais prestigiadas aceleradoras brasileiras. A decisão, muito comentada no ecossistema e nos grupos de Whatsapp de empreendedores, com certeza é um avanço a ser celebrado.

Enquanto empreendedora, pude experimentar dois opostos. Passei por dois programas de aceleração. Ambos proporcionaram momentos de aprendizado, no entanto, um deles gerou também frustração e muita dor de cabeça. Decidi compartilhar a minha experiência com aceleradoras de startups e talvez ajudar futuros empreendedores a fugir de algumas possíveis armadilhas.

Se você está avaliando recorrer a alguma aceleradora para avançar com sua startup, separe uns minutinhos para ler os próximos parágrafos! Eu adoraria que alguém tivesse me contado, 3 anos atrás, tudo o que vou escrever abaixo. Tenho certeza que esse conhecimento teria me livrado de algumas noites sem dormir e muitos comprimidos de advil.

Afinal, aceleração de startups vale à pena?

Minha resposta é depende!! Cada um sabe bem onde seu calo aperta, não é mesmo? O primeiro ponto, e talvez o mais crucial de todos é entender qual é a contrapartida do programa de aceleração. Se houver equity envolvido, abre o olho!

Esse equity, que parece inofensivo quando estamos começando a empresa, pode inviabilizar completamente o crescimento e o futuro da sua startup. Na matéria que citei acima, há um parágrafo que explica exatamente o que eu quero dizer.

“No começo da aceleradora, era comum investir de 20 a 50 mil reais nos negócios em troca de 10 a 15% de participação. Tais valores, hoje, seriam pouco para o caixa de uma startup e a participação inviabilizaria a captação de rodadas posteriores.”

Logo, ceder equity em função de mentorias e um pequeno aporte de dinheiro, ao invés de ajudar, pode inviabilizar completamente seu sucesso.

A boa notícia é que tem crescido o número de programas e iniciativas de apoio a startups em nosso país! Siga comigo.

Fomento e contribuição ao ecossistema

Algumas organizações têm estruturado programas de aceleração corporativa com o objetivo de contribuir para o fomento do ecossistema. Entre elas, cito duas que amo de paixão: Google e Facebook. As duas organizações possuem programas de residência e aceleração no Campus São Paulo e na Estação Hack, respectivamente.

Apesar de não ter sido acelerada pelo Google for Startups Brazil, a Vittude teve a alegria de ser indicada pela organização, por meio da Fernanda Caloi, para um programa de imersão no Vale do Silício chamado BlackBox Connect. Nesse programa, fiquei duas semanas em São Francisco com outras 13 empreendedoras de todos os continentes. Recebi uma bolsa de U$$ 17 mil do Google for Startups e tive a oportunidade de me desenvolver enquanto líder e CEO. Essa imersão tinha por objetivo desenvolver as fundadoras, dar a elas instrumentos que ajudassem a levar sua organização para um próximo nível. Não canso de dizer que foi uma das experiências mais ricas que já tive o prazer de experimentar. O programa de residência no Campus também é reconhecido por empreendedores do ecossistema como sendo diferenciado e bastante disputado.

Em 2018, a Vittude foi uma das 10 startups selecionadas pela Artemisia para aceleração na Estação Hack, primeiro centro de inovação do Facebook no mundo. O programa tem um foco voltado para Impacto Social. Trata-se de uma aceleração destinada a startups que utilizam dados para o bem. O principal diferencial é que cada empresa possui a figura do acelerador (membro da Artemísia que vai acompanhar semanalmente a startup) e o mentor Facebook. Estamos falando de um programa de aceleração personalizado para a necessidade de cada organização. Ao início estabelecemos em conjunto qual será a meta de crescimento, se existe necessidade de mudança no modelo de negócios ou se há uma demanda, por exemplo, de coaching ou preparação do time. Todas as empresas que passam por lá experimentam não só crescimento, como um aumento significativo do networking e exposição a parceiros e potenciais investidores.

Além do grande aprendizado proporcionado por essas organizações, o mais legal é que  nenhum dos programas que citei acima tomam equity dos fundadores.

Fonte: e-commerce news

Da cópia à inovação: investimentos e consumo colocam China na rota do desenvolvimento tecnológico

Japão e Coreia do Sul foram acusados de copiar tecnologia ocidental. Hoje, ninguém duvida da qualidade da Toyota e da Samsung, por exemplo. A China segue o mesmo caminho.

NOVAREJO mergulhou na economia chinesa desde a Revolução Cultural de Mao Tsé-Tung até o império do Alibaba, de Jack Ma, para entender como o gigante asiático saiu de uma economia agrária ineficiente para se tornar o maior varejo do mundo. Confira o terceiro capítulo da série sobre a China.

Nas últimas décadas do século 20, Japão e depois Coreia do Sul usaram a boa relação que mantinham com o capital europeu e principalmente americano para desenvolver sua produção nacional. Na fase mais incipiente de suas indústrias, japoneses e coreanos tinham seus produtos classificados como de segunda linha pelos consumidores ocidentais. Hoje, ninguém classifica os carros da Toyota e os smartphones da Samsung como de qualidade inferior aos equivalentes ocidentais.

A indústria chinesa de alto valor agregado segue o mesmo caminho. Os smartphones chineses, por exemplo, já começam a expandir seus domínios para a Europa e para a América graças a décadas de bom relacionamento entre a China e as empresas ocidentais, que ao levarem sua produção para o País permitiram à China absorver conhecimento e tecnologia para desenvolver seus próprios produtos. No 19º Congresso do Partido Comunista, em 2017, o presidente do País, Xi Jinping, anunciou a ambição da China em se tornar o principal polo tecnológico do mundo até o fim da próxima década, quando o País também deve chegar à posição de principal economia do mundo, segundo estimativas do FMI e do HSBC.

A especialização da indústria chinesa tem sido o principal motor do crescimento das vendas cross-border. Em 1979, a China tinha apenas 1,02% do comércio internacional. Em 2008, passou a 6,9%. No âmbito de investimentos estrangeiros diretos (IED), o país tinha, em 1990, 7,2% dos investimentos estrangeiros no mundo, saltando para 25% já em 2000. Os dados foram compilados com base nos números oficiais chineses na obra “China: Infraestruturas e crescimento econômico”, do professor de Planejamento Econômico da FCE/UERJ, Elias Jabbour.

Nos contratos que faziam com as empresas ocidentais, o país incluía a necessidade de as estrangeiras criarem parcerias com as chinesas, o que permitiu que a indústria local absorvesse tecnologia de ponta. Além de copiar diretamente tecnologias estrangeiras, a China também comprava pacotes que envolviam o “manual técnico” de desenvolvimento da tecnologia, no modelo “faça você mesmo”.

O autor da obra coloca como um dos aspectos centrais da política econômica chinesa a transferência de tecnologia via investimentos estrangeiros diretos, mas com um diferencial: o controle absoluto do fluxo de capitais. “Ao contrário de países como o Brasil, onde o capital estrangeiro entra quase sempre sob a égide do capital especulativo ou na forma de privatização ou fusões e aquisições de empresas privadas nacionais”, afirma Jabbour.

Segundo Jabbour, são dois movimentos: “um de joint venture, de repassar tecnologia para a China; e o outro, de transformar o País em uma potência financeira capaz de oferecer 32 bilhões de dólares pelo escritório de P&D da Siemens, na Alemanha, por exemplo”, explica o professor.

Investimento e câmbio

Os investimentos estrangeiros diretos (IEDs) na China correspondem a apenas 10% da formação bruta de bens de capital intensivo (relacionado a atividades que demandam mais dinheiro que mão de obra). “Na China, existe um forte controle da conta de capitais. Não é qualquer capital que entra no país, apenas o capital produtivo. Na China, o capital estrangeiro é só para o chamado Greenfield, que é o investimento produtivo e para onde ele está dirigido. No Brasil, temos uma conta de capitais aberta e o dinheiro pode entrar e sair a hora que quiser”, detalha Jabbour.

O financiamento do desenvolvimento chinês está intrinsecamente ligado ao sistema financeiro estatal, que responde por 50,2% de todo o crédito voltado para formação bruta de capital intensivo (FBCI), que compõe a relação de investimento/PIB. Na China, essa relação chegou a quase 50%. “Está caindo e o consumo tem tendido a ocupar esse espaço. Mas ainda é muito alta (a taxa de investimento). O Brasil tem hoje uma taxa de 15% enquanto a China ainda está em 45%”, detalha Jabbour.

O professor de Relações Internacionais e Economia da UNIP, especialista em Ásia e doutorando sobre a economia chinesa contemporânea na UNESP, Luis Fernando Mocelin destaca, o esgotamento da política de crédito subsidiado. “É mais ou menos como o governo Dilma fez aqui e deu errado. Taxas cada vez mais baixas de crédito subsidiado para fazer frente à concorrência exterior, que está tentando entrar na China. Eles estão tentando proteger o mercado via injeção de capital. E o governo está fazendo isso tendo em vista que as exportações não estão oferecendo mais oportunidades conforme oferecerem ao longo dos últimos 40 anos”, alerta o especialista.

O principal instrumento usado para avançar no mercado internacional, segundo Jabbour , foi o câmbio. As reservas internacionais da China saltaram de US$ 2,5 bilhões em 1980 para US$ 212 bilhões em 2001, e para 2,447 trilhões em 2010, segundo o site Chinability. Jabbour afirma que essa estratégia de acúmulo de moeda estrangeira foi a principal causa de a China ter resistido às crises financeiras. Além disso, ele destaca a política do País de superávit na relação comercial com os Países ricos e déficits com a periferia, em especial, com seus países vizinhos.

Jabbour avalia que a política cambial da China estava relacionada ao esforço do País para proteger seu mercado interno da invasão de importações ocidentais. Ele destaca o fato de que proteger a indústria local é uma estratégia socioeconômica central para o gigante asiático. “A China precisa gerar, por ano, 13 milhões de empregos urbanos”, algo que passa diretamente pela manipulação do câmbio, que, segundo Jabbour, “o estado manipula para que se possa atingir seus objetivos estratégicos, seja para diminuir a pobreza, seja para alavancar exportações”.

O autor afirma que o câmbio administrado não deve ser alterado pelo menos até 2030 e que o país trabalha com o câmbio desvalorizado para, entre outras, coisas, equiparar, no longo prazo, as rendas dos chineses das diferentes regiões do País. “A estabilização da moeda significa, para os chineses, a estabilização dos níveis de renda e emprego”, afirma.

Financiamento

A enorme reserva cambial que a China acumulou até a crise de 2007 possibilitou que o país girasse o compasso, deixando de focar na exportação para depositar a sua sustentação no mercado interno, permitindo taxas de juros atraentes para o crédito e para o consumo no auge da crise. Além disso, o êxito rural concentrou o consumo nas cidades.

O financiamento tanto das empresas quanto do consumo na China está concentrado em um grupo de bancos estatais que se equivalem ao BNDES brasileiro, “bancos públicos que estão desde 1992 colocando quase 100 bilhões de dólares para financiar o consumo das famílias e os investimentos dos empresários. Esse ponto está inserido na estratégia chinesa de financiamento público da economia”, explica Mocelin.

Além da facilitação do crédito, o consumo foi impulsionado pela migração interna na China. Esse evento teve como resultado o fortalecimento do setor de serviços, que saiu de 24% de participação na economia em 1978 para 42% atualmente. “O setor de serviços explodiu e o governo passou a ter uma atenção especial para esse setor porque ele ajuda a dinamizar a economia e é fundamental para fazer com que os empresários tenham uma expectativa quanto a investimentos e consumo”, explica Mocelin.

Além dos grandes bancos estatais, a economia chinesa conta com os bancos regionais e cooperativas de crédito que estimulam o financiamento das atividades agropecuária, industrial e comercial, a um spread bancário de 3% ao ano. No Brasil, o spread bancário oscila entre 30 e 40%.

Fonte: portalnovarejo.com

Ahi Gvirtsman montou uma aceleradora de ideias na HP – e criou um ecossistema de inovação

O cientista da computação israelense Ahi Gvirtsman conta o que aprendeu em uma década de HP, em entrevista exclusiva à StartSe, e fala de seu novo empreendimento, a Duco

Inovação não é um fim, mas um processo. Ela requer disciplina e não está restrita às startups. Grandes corporações podem implementar a inovação, desde que estejam dispostas a gradualmente transformar suas estruturas. No centro de tudo isto, estão as pessoas. Elas precisam ter a disposição de testar, a coragem para falhar, a visão analítica para identificar os erros e, principalmente, a resiliência para tentar novamente, aperfeiçoando o produto ou serviço.

Esta é a visão do israelense Ahi Gvirtsman, que foi head de inovação da HP e hoje é o CPO (Chief Product Officer) da startup Duco. A empresa implementa o processo de inovação em outras corporações e está em fase de expansão para impactar negócios fora de Israel.

Ecossistema inovador na HP

Em 2006, Gvirtsman entrou na HP com a missão de transformar a unidade de softwares da empresa. O primeiro passo foi diagnosticar por que a maioria dos projetos na área falhavam, para então tomar medidas que aumentassem a eficiência. “Eu sabia o quanto minha equipe era talentosa e inteligente, e por isso comecei a investigar nossos erros. Eu encontrei padrões que se repetiam em nossas falhas”, conta o israelense em entrevista exclusiva à StartSe.

Na época, inovação não era a “palavra de ordem” a que o mundo empresarial está acostumado a lidar hoje. Só que era exatamente este componente que faltava para o maior sucesso desta unidade. Neste momento, Gvirtsman soube que era ali que estava a resposta para o problema da unidade de softwares da empresa. Faltava inovação e para isso, os profissionais precisavam mudar o jeito de pensar e trabalhar.

“Não fazia sentido para mim o fato de estarmos em uma grande corporação, sem escassez de recursos, com a confiança da gestão e mesmo assim falharmos repetidamente”, diz Gvirtsman. “Quando me tornei líder de inovação na HP, eu decidi criar um ambiente onde pessoas como eu, com projetos em mente, tivessem uma chance muito maior de terem sucesso”. A partir daí, ele passou a implementar a inovação na cultura da área de software da empresa.

Na prática, isto significou criar uma espécie de aceleradora interna, que internalizasse o processo de inovação no dia-a-dia dos funcionários. O projeto diminuiu drasticamente o custo de experimentos, o que possibilitou um maior número de testes e tornou o impacto de cada falha menos expressivo. A iniciativa tornou todo o processo mais transparente para os executivos e aproximou áreas distintas (como setor jurídico, financeiro e outros) dos engenheiros de software.

Toda esta combinação, que envolveu 20 mil funcionários, criou um ecossistema de inovação dentro da HP do qual a empresa colhe frutos até hoje. O sucesso da empreitada, no entanto, não acomodou Ahi, que decidiu sair da gigante da tecnologia para embarcar na startup israelense Duco como CPO (Chief Product Officer).

Inovação é um processo

A Duco tem como missão implementar a cultura de inovação em outras empresas. Neste sentido, a startup criou um método que inclui transformar gradualmente uma organização por dentro, incorporar ferramentas e técnicas de gestão ágeis e incentivar a mentalidade de execução, em que cada tentativa e erro gera uma evolução.

Segundo Gvirtsman, a concorrência tradicional deste mercado costuma trabalhar de duas formas diferentes do método da Duco. Fazendo uma analogia com um processo medicinal, consultorias têm, normalmente, dois tipos de abordagem.

O primeiro é um método paliativo, que “passa maquiagem” na corporação para que ela pareça inovadora. Assim, instaura-se uma série de ações como workshops e hackatons, em uma aproximação com o mundo do empreendedorismo, mas que não transforma a cultura da empresa internamente.

O segundo é uma “cirurgia no coração”, nas palavras do empreendedor israelense. Consultorias que trabalham desta forma alteram toda a estrutura da empresa, mirando a inovação como um fim, sem focar no processo.

A Duco, por sua vez, reconhece que cada vez que um funcionário ou uma equipe de uma corporação executa um projeto de forma ágil e transparente, ela se torna mais inovadora no processo. “Para curar a ‘doença’, usamos probióticos em doses homeopáticas. É algo gradual, uma transformação que acontece de dentro da empresa, a partir da instauração de uma mentalidade em que se faz, se testa, e, ao fim, se implementa projetos”, explica o israelense.

“No momento em que você começa a executar desta forma, cada projeto executado e testado coloca um passo mais próximo de uma cultura de inovação”, diz. Isto não significa, porém, que a implementação do método dura anos. As experiências da startup em Israel mostraram que, em geral, leva de seis a doze meses para que a cultura da inovação esteja internalizada como um processo de execução de tarefas. Depois, as pessoas da empresa estão prontas para caminharem sem o auxílio da equipe da Duco.

O cenário ideal

Não existe um setor da indústria ou um tamanho da corporação que seja impeditivo para o processo de inovação. “Nossos métodos são relevantes a partir de um ponto em que a organização de uma empresa inibe a habilidade de tomar decisões de forma ágil”, explica Ahi Gvirtsman. Basta ter disciplina para mudar a mentalidade, o que é um processo diário.

Entre os clientes da Duco, estiveram empresas de áreas diversas como bancos, seguradoras, hardware e software. De acordo com o israelense, “ter esta ampla gama de clientes prova a tese de que é possível implementar inovação sistemática em qualquer organização e em qualquer indústria”. “Há padrões, e os desafios são similares”, diz.

Entretanto, Ahi admite que há fatores externos que influenciam – positiva ou negativamente – a implementação de uma cultura de inovação. Para o empreendedor, o governo israelense foi responsável por criar um “solo fértil” para que o ecossistema pudesse evoluir como um todo.

“Quando eu liderava o ecossistema de inovação na HP, eu compreendi que seria muito fácil tentar controlar as pessoas, mas que isso não me traria o resultado esperado. O que eu deveria fazer é facilitar o caminho para que projetos saíssem do papel, sem interferir neles”, conta Ahi Gvirstman.

“Neste sentido, acredito que o mesmo raciocínio possa ser pensado no âmbito nacional, para um governo. Isso significa tornar o mais fácil possível, sem burocracia, para se abrir uma nova empresa. Simplificar a regulação fiscal. Reduzir empecilhos, como taxas, para pequenas empresas, encorajando o crescimento. Basicamente, criar o cenário perfeito para aumentar as probabilidades de que algo interessante, com grande potencial, surja”, completa.

Fonte: startse.com

As 35 pessoas mais inovadoras abaixo dos 35 anos, segundo o MIT

Homens e mulheres têm avançado em terapias genéticas, inteligência artificial e muitas outras soluções para resolver problemas urbanos, de energia e doenças.

Programar células brancas para atacar o câncer. Construir uma impressora 3D gigante para imprimir um foguete espacial. Treinar um software de inteligência artificial (IA) a jogar pôquer. Essas são algumas das inovações feitas pelas 35 pessoas mais inovadoras abaixo dos 35 anos apontadas pelo MIT Tecnology Review. Homens e mulheres têm avançado em terapias genéticas, IA e muitas outras soluções para resolver problemas urbanos, de energia e doenças.

A lista é divulgada anualmente há 20 anos e destaca pessoas que estão inovando e empreendendo em diversas áreas, criando tendências ou projetos com potencial econômico e humanitário. A lista é dividida em cinco categorias: Inventores, Empreendedores, Humanitários, Visionários e Pioneiros.

Inventores

Jason Buenrostro, 31 anos
Universidade de Harvard
Ele criou uma ferramenta chamada ATAC-seq que consegue identificar os genes ativos dentro de uma célula. O avanço pode ajudar diferenciar uma célula sadia de uma célula cancerígena, por exemplo. É possível ainda usar essa informação para prever e determinar comportamentos de uma célula enquanto ela se desenvolve.

Silvia Caballero, 34 anos
Vedanta Biosciences
Ela está trabalhando para identificar bactérias que podem ajudar a combater três tipos de bactérias resistentes, encontradas especialmente em hospitais e responsáveis por infecções. Caballero criou a maior base de dados de bactérias intestinais. Por meio de testes, ela já conseguiu identificar um coquetel bacteriano derivado da flora intestinal humana que pode controlar todos os três tipos de bactérias resistentes. O objetivo agora é iniciar estudos clínicos com esse possível medicamento em 2021.

Dawei Di, 34 anos
Universidade de Zhejiang e University de Cambridge
Ele co-inventou um novo tipo de LED que consegue gerar luz de forma mais eficiente. Além disso, Di ainda produziu um material mais barato, simples e que demanda menos energia, na comparação com as opções do mercado.

Olga Dudchenko, 34 anos
Faculdade de Medicina Baylor da Universidade de Rice
Por meio de Hi-C, uma técnica originalmente criada para estudar o formato dos cromossomos, ela usa partes do DNA que estão próximas umas das outras para fazer o sequenciamento dos genes. Junto com algoritmos, esse método torna o sequenciamento mais simples e efetivo. Dudchenko já “organizou” o DNA de mais de 50 espécies de animais e tem como objetivo criar um banco de dados de todos os animais do mundo – o que pode, por exemplo, ajudar no combate à extinção de espécies.

Abhinav Kandala, 32 anos
Área de pesquisa da IBM
Ele está usando computadores quânticos para prever propriedades de possíveis novos remédios e materiais. Kandala já conseguiu simular átomos, criando a maior molécula feita por um computador quântico.

Marc Lajoie, 33 anos
Lyell Immunopharma
Ele criou uma forma de programar as células brancas de um paciente para que elas ataquem células cancerígenas. Pelo método do Lajoie, é como se as células recebessem um “chip” que possibilita que os cientistas as controlem para não só atacar um antígeno, mas combinações deles. Assim, esse tratamento pode ser aplicado em vários tipos de câncer, e não apenas em alguns, como anteriormente.

Ritu Raman, 27 anos
MIT
Por meio de impressoras 3D, ela criou robôs minúsculos feitos parcialmente de tecidos biológicos e musculares. Os robôs conseguem medir a temperatura, PH, pressão e outros fatores do ambiente ao seu redor. Segundo Raman, esses robozinhos podem ser usados para limpar água poluída, por exemplo.

Isaac Sesi, 26 anos
Sesi Technologies
Com rádios antigos e outras peças, ele criou um dispositivo para solucionar um problema comum de contaminação entre a maioria dos agricultores da África Subssariana. Sesi alterou o circuito interno de um dispositivo que mede a umidade de grãos após a colheita e criou um aparelho de apenas US$ 80 (os tradicionais custam US$ 400). Ele ainda criou um aplicativo que os ajuda a identificar insumos ideais para o solo.

Brandon Sorbom, 32 anos
Commonwealth Fusion Systems
Os reatores de fusão são caros, mas graças a Sorbom, isso pode mudar. Ele desenvolveu um sistema eletromagnético com condutores em alta temperatura que isolam parte do processo de fusão.

Archana Venkataraman, 33 anos
Universidade de John Hopkins
Ela está usando inteligência artificial para mapear todo o cérebro e assim desenvolver novos diagnósticos e tratamentos menos invasivos. Venkataraman usa os dados de exames de imagem já existentes, como eletroencefalograma, para desenvolver algoritmos que “destravam” funções desconhecidas do cérebro.

Empreendedores

Anurag Bajpayee, 34 anos
Gradiant
Ele criou um sistema de descontaminação de água que reduz a quantidade de produtos químicos necessários no processo. Bajpayee vai lançar, ainda este ano, seu primeiro sistema comercial baseado em uma nova tecnologia que pode ser instalada em usinas de dessalinização de água do mar e promete aumentar a eficiência na geração de água doce para até 85%.

Vivian Chu, 32 anos
Diligent Robotics
Usando inteligência artificial, ela criou um robô que ajuda nas atividades braçais de hospitais. Chamado de Moxi, o robô trabalha 22 horas por dia (demora duas horas para carregar) levando suprimentos, exames e limpando os quartos dos pacientes. Assim, de acordo com Chu, os profissionais do hospital podem passar mais tempo atendendo os pacientes.

Tim Ellis, 29 anos
Relativity Space
Ele criou uma impressora 3D de seis metro de altura para construir satélites e foguetes. A máquina funciona com machine learning, que automatiza o processo, selecionando quais partes imprimir e a melhor forma de fazer isso. O objetivo da empresa é criar um foguete em 60 dias – bem abaixo dos 18 meses da indústria tradicional –, o que reduziria os custos de produção.

Kathy Hannun, 32 anos
Dandelion Energy
Ela criou um sistema mais acessível de captação de energia geotérmica. Hannun criou um sistema de perfuração que não precisa de grandes superfícies para atingir os mesmos resultados. Com esse método, ela conseguiu reduzir o custo pela metade.

Qichao Hu, 33 anos
SolidEnergy Systems
Segundo a publicação, ele é a pessoa que chegou mais perto de comercializar baterias feitas de metal lítio. Esse tipo de bateria promete o dobro de densidade de energia das baterias de íon de lítio, o modelo mais usado pelo mercado na maioria dos aparelhos eletrônicos e elétricos.

Riana Lynn, 33 anos
Journey Foods
A bióloga está usando IA para desenvolver comidas industrializadas mais saudáveis e usando apenas vegetais. Lynn já criou barrinhas de cereais e planeja desenvolver bebidas e massas.

Visionários

Raluca Ada Popa, 32 anos
Universidade de Berkeley
Ela criou um sistema de criptografia de segurança que não precisa de firewall para afastar os hackers. Com seu software, mesmo que os ataques aconteçam, os hackers não conseguem decifrar os dados do sistema.

Noam Brown, 31 anos
Facebook
Ele criou um sistema de IA que joga pôquer. Chamado de Libratus, o software foi treinado primeiro jogando com si mesmo, depois com jogadores humanos. O sistema ganhou de quatro dos melhores jogadores de pôquer do mundo em 2017. Diferente de jogos como xadrez ou Go, o fato de as cartas do oponente estarem escondidas de um jogador e a possibilidade de blefar aumentam a complexidade do jogo para a inteligência artificial. Isso importa porque a maioria das situações reais que envolvem estratégia possuem algum tipo de informação oculta. Brown espera que o software possa ser usado em soluções automatizadas, como organização de trânsito, previsão de desempenho do mercado e negociações de segurança nacional.

Camille Francois, 30 anos
Graphika
Por meio de machine learning, ela mapeia comunidades online para detectar informações erradas e campanhas de assédio na internet. Ela aplica métodos de investigação e ciência de dados nesses mapas para encontrar os padrões dessas campanhas coordenadas.

Guosong Hong, 33 anos
Universidade de Stanford
Ele desenvolveu um eletrodo semelhante a uma malha pequena e flexível que pode ser injetado, por meio de uma agulha, em uma determinada região do cérebro. Esse dispositivo permite aos cientistas analisar as atividades cerebrais sem a necessidade de apelar para métodos mais invasivos, como cirurgia. Esse dispositivo pode ajudar a estudar doenças como Parkinson e Alzheimer.

Patrick Hsu, 27 anos
Instituto de Estudos Biológicos de Salk
Ele expandiu a tecnologia de edição genética CRISPR para também editar o RNA – molécula responsável por traduzir as informações do DNA em proteínas. Hsu está usando a técnica para estudar doenças cerebrais.

Azalia Mirhoseini, 32 anos
Google Brain
Ela está usando IA para desenvolver chips de IA mais eficientes. Normalmente, os cientistas adaptam chips existentes para aplicar em sistemas de IA. Pelo método de Mirhoseini, os chips são mais ágeis e eficazes – o que reduz os custos.

Kimberly Stachenfeld, 28 anos
DeepMind
Ela está usando uma teoria sobre o hipocampo, região do cérebro responsável pela memória espacial e navegação, para aprimorar o desenvolvimento de IA. Pela teoria dela, o hipocampo consegue prever e analisar suas opções de forma rápida antes de tomar decisões. Se conseguir aplicar esse sistema em softwares de IA, Stachenfeld acredita que não será necessário tantos dados.

Liang Xu, 31 anos
Ping An Technology
Ele está desenvolvendo uma plataforma de IA para tornar as cidades mais responsivas aos cidadãos. Seu software aumentou em 95% a eficiência do sistema de saúde e ainda reduziu o tempo de processamento de documentos.

Humanitários

Himabindu Lakkaraju, 29 anos
Universidade de Harvard
Ela desenvolveu um programa de IA para eliminar o viés nas decisões de juízes e médicos. O sistema criado por Lakkaraju usa dados para prever tanto a decisão da máquina como dos humanos.

Ida Pavlichenko, 32 anos
Instituto Wyss da Harvard
Ela desenvolveu aparelhos auditivos menores que os tradicionais para serem usados no tratamento contra infecção de ouvido. O aparelho de Pavlichenko é menor e mais seletivo, assim consegue inserir a medicação, mas sem que água do banho, por exemplo, entre e infeccione a região.

John Porter, 33 anos
Universidade de Washington
Ele criou um sistema para que desenvolvedores de vídeo games desenvolvam programas que levam em conta a acessibilidade desde o começo.

Pioneiros

Rediet Abebe, 28 anos
Universidade de Cornell
Por meio de algoritmos e IA, ela está desenvolvendo formas de diminuir as desigualdades sócio-econômicas. Os softwares criados por Abebe, identificam as regiões que mais precisam de recursos e informações médicas, por exemplo.

César de la Fuente
Universidade da Pennsylvania
Ele desenvolveu algoritmos para criar antibióticos artificiais mais eficientes no tratamento de doenças.

Nicole Gaudelli, 34 anos
Beam Therapeutics
Ela desenvolveu um método que “corrige” mutações de um único gene. Por exemplo, uma adenina de ácido nucleico, chamado de A, fora do lugar, está presente em diversos tipos de câncer e doenças como Parkinson e Alzheimer.

Grace Gu, 30 anos
Universidade de Berkeley
Com IA, ela está desenvolvendo materiais mais leves e resistentes que podem ser usados em armaduras, implantes médicos e painéis solares.

Song Han, 30 anos
MIT
Ele desenvolveu um software e hardware que permitem que programas de IA possam ser implantados em dispositivos móveis de cargas baixas. Essa técnica permite que algoritmos de IA possam ser feitos em smartphones.

Jinxing Li, 32 anos
Universidade de Stanford
Ele criou micro robôs que combatem doenças em animais. Li projetou micromotores que funcionam no meio de fluidos intestinais em um animal vivo. Depois de acabar com a doenças, eles se biodegradam.

Mariana Popescu, 32 anos
ETHZ
Ela desenvolveu um sistema computacional que transforma tecidos de malha em moldes para edifícios de concreto. Essa invenção possibilita a construção de projetos customizados e complexos mais rapidamente, com menos desperdício e emissões de carbono.

Wojciech Zaremba, 30 anos
OpenAI
Por meio de machine learning, ele treinou uma mão robotizada para aprender por conta própria como pegar um brinquedo em diferentes ambientes. O robô foi feito com um programa de computador em forma de rede neural que imita as associações feitas em um cérebro.

Fonte: epocanegocios.globo.com

Apple lança programa de incentivo para desenvolvedores de apps na China

A Apple lançou em Xangai, na China, um programa de incentivo a desenvolvedores de aplicativos. A iniciativa conta com palestras, workshops e sessões para networking que miram os mais de dois milhões de desenvolvedores chineses de aplicações para o sistema operacional iOS. As informações são da Reuters.

As vendas de iPhone estão diminuindo no mundo todo, inclusive na China, o principal mercado da empresa fora dos EUA. Por outro lado, cada vez mais a Apple foca em serviços como fonte de receita, como ficou claro nos lançamentos de plataformas de streaming de filmes, de games e de notícias. Neste sentido, o desenvolvimento de apps nativos do público chinês torna-se uma promessa de aumentar a arrecadação através da App Store.

Segundo estudo da consultoria Evercore ISI, a receita de serviços da Apple aumentou no trimestre que acabou em junho, em parte por conta do crescimento na China. Ainda de acordo com a Reuteurs, o CEO Tim Cook elogiou a situação do mercado de serviços da empresa no país asiático.

Fonte: startse.com

B2W planeja entrega por drone nos próximos meses

Na era da agilidade e da robotização, gigantes como Americanas.com e Submarino devem iniciar em breve a entrega por drones. Isso porque a B2W, controladora dos ecommerces, anunciou que fará os primeiros testes desta modalidade. 

Desta forma, deve se consolidar com a primeira plataforma digital a investir nesse tipo de tecnologia para o varejo. Outro fato que chama atenção é que o serviço será totalmente disponibilizado pela SMX Systems/Speedbird Aero que utiliza tecnologia nacional. 

Para regularizar a entrega por drones, a B2W já iniciou o processo burocrático perante a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a previsão é que os primeiros voos aconteçam em até 18 meses. 

A primeira fase de testes começa com entregas de produtos dos centros de distribuição diretamente para as lojas físicas da Americanas. Em um segundo momento, o consumidor final receberá seus pedidos em casa através dos drones. 

A B2W e a SMX realizaram um voo experimental no final de junho, que foi realizado em Itapevi no percurso de 1km. A expectativa é que os drones tenham autonomia de voo de até 10km. 

De acordo com o site InfoMoney, até o momento a Anac já registrou mais de 68 mil drones no país e em breve devem ser criadas normas específicas para o varejo.

A iniciativa segue a risca os passos da empresa mais valiosa do mundo, a Amazon, que realizou sua primeira entrega via drone em 2016. 

Em junho, a gigante do varejo anunciou os planos de entregar pequenos itens em menos de 30 minutos com seu modelo de drone mais recente. A tecnologia tem design híbrido, o que significa que pode redecolar e aterrizar na vertical, como um helicóptero, e mudar para o modo avião enquanto estiver no ar para um voo mais eficientes.

A expectativa da Amazon é que os drones tenham autonomia de até 24 quilômetros para entregar pacotes abaixo de 2,2kg em menos de 30 minutos.

Google também deu início neste ano ao seu serviço de delivery via drones, o Wing, e realizou sua primeira entrega oficial no norte de Canberra, na Austrália. A Wing atua em parceria com pequenos negócios locais, como farmácias e cafés.

A empresa estima que esse é um mercado promissor. De acordo com números da companhia, esse tipo de entrega pode gerar entre US$ 21 milhões e US$ 28 milhões para os comércios da região. Outro dado interessante é que até 2030, os drones podem ser responsáveis por até 25% dos envios de mercadorias locais.

Fonte: portal no varejo

A jornada das empresas na era digital

A cada inovação feita no mercado, vemos que os modelos tradicionais de trabalho já não se aplicam mais na rotina profissional. A era digital chegou há algum tempo e, com ela, é inegável a transformação no nosso cotidiano.

Processos simples que antes levavam um certo tempo para ser realizados agora contam com uma rapidez sem igual, seja em pequenas ações do dia a dia, como, por exemplo, fazer pesquisa sobre determinado assunto, ou nos ambientes corporativos.

Mas, ainda assim, vemos que grandes empresas se consolidaram no mercado através dos recursos antigos, provindos de etapas anteriores à transformação digital. Dessa forma, percebemos que mesmo a tecnologia apresentando tantos benefícios, ainda há alguns desafios a serem enfrentados. Como se adaptar a nova era digital? Devemos mudar a mentalidade empresarial de nossas corporações? Qual seria a melhor forma de dialogar com tantas inovações?

Dentro deste cenário, notamos que é necessário se reinventar. Neste artigo, explorarei essas questões que têm tanto impacto atualmente e que nos fez questionar as formas de trabalharmos. Largue os controles manuais e veja como a transformação digital mudou a forma de fazermos negócio!

Antes e depois

Pode parecer simplória a comparação entre os cenários corporativos, mas são diversos fatores que se transformaram com a consolidação da tecnologia. Um estudo feito pela We Are Social e pelo Hootsuite apontou que o Brasil é o terceiro país em todo o mundo que mais fica online diariamente, sendo que a média de tempo todos os dias é 9 horas e 14 minutos. O mesmo estudo também revelou que mais de 4 bilhões de pessoas usufruem da internet em todo o mundo.

Dessa forma, notamos que o impacto da era digital se dá em diversos âmbitos, começando por nossas vidas pessoais. Os números relacionados à expansão da internet pelo mundo crescem exponencialmente todos os dias e é irreversível a presença da tecnologia na história das pessoas e na forma de fazer negócios.

Sendo assim, precisamos encontrar formas de se adaptar a este novo mundo, mais conectado e moderno, onde cada ação acontece de forma muito rápida e repentina. Este ponto também vale para o ambiente corporativo, o qual deve se ajustar o quanto antes para poder acompanhar o ritmo das mudanças vistas no mercado. Abaixo, elenco algumas ações para pensarmos ao falar da jornada das empresas nessa nova era digital:

A tecnologia é um fenômeno global

Quando pensamos em transformação digital e todas as mudanças que vieram com este processo, devemos lembrar que o Brasil não é o único país que vivencia este novo cenário. Longe disso. As empresas com atuação nacional devem sempre lembrar que o mundo está em constante transformação e que a tecnologia veio para revolucionar as formas convencionais de trabalho que já conhecemos.

Já as multinacionais com atuação no Brasil precisam notar que mesmo que a tecnologia seja um fenômeno global, cada país lida com ela de um jeito. É necessário buscar a melhor forma para contribuir com o mercado, enxergando as peculiaridades do nosso país em relação à tecnologia.

Novas gerações já nasceram com o digital nas mãos

O mercado conta com as mais diversas gerações contribuindo em conjunto. E, dessa forma, vemos que existem os mais diversos tipos de pensamentos relacionados às formas de trabalho dentro de uma corporação. As novas gerações já nasceram com uma forte presença da tecnologia em suas vidas. Agora, elas entram no mercado e trazem consigo outros pontos de vista para a execução das atividades empresariais.

A adaptação é um processo, mas não pode ser lenta

Ainda sobre o processo de adaptação às novas tecnologias, sabemos que ele deve acontecer, e que é um procedimento natural. Entretanto, ao analisarmos o contexto o qual estamos inseridos, não podemos deixar de lado o fato de que tudo acontece muito rápido. As mudanças surgem de forma extremamente veloz e cabe a nós estarmos antenados a estes movimentos.

Inovações são sempre bem-vindas

Outro ponto de reflexão que deixo é sobre o que ainda há para ser explorado neste universo. A transformação digital possibilitou inúmeras formas de renovar os negócios, aguçando a criatividade dos empresários para se inovarem e pensarem em soluções diferenciadas. Para o futuro, a ideia seria continuar explorando este mercado, procurando novos meios para se reinventar.

Mudança na cultura empresarial

Por último, o tópico mais importante. Para aplicarmos todos os requisitos necessários para a jornada de nossos negócios na era digital, precisamos adotar uma nova cultura empresarial, que dialogue com a mudança que vem ocorrendo no mercado. Essa mentalidade precisa ser moderna, olhando para um cenário onde, cada vez mais, promove mudanças e um espírito criativo.

Largue os controles manuais!

É fato que as empresas necessitaram encontrar novos meios para se atualizar e estarem por dentro das inovações que impactam o mercado. Lembram daquele cenário o qual anotávamos tudo manualmente, em planilhas ou em cadernos e, algumas vezes, as informações não batiam? Ou quando um colaborador perdia um dia inteiro para atualizar as informações?

Isso mudou graças à era digital, onde vemos que é possível transformar a maneira de nos organizarmos, adotando soluções modernas, e saindo daquele cenário antigo em que as empresas conviviam com altos custos e baixa produtividade.

Por fim, destaco a importância de nos anteciparmos sempre, reinventado nossas operações antes mesmo do futuro chegar. Podemos (e devemos) automatizar nossa rotina empresarial, buscando o melhor para nossos negócios e para nosso dia a dia. Repense as ações estratégicas adotadas por sua empresa e veja como muita coisa mudou.

Fonte: itforum365

A era do pagamento instantâneo está chegando

Uma das iniciativas mais comentadas nas últimas semanas, o pagamento instantâneo, promete facilitar as transações financeiras entre pessoas, empresas, governo e profissionais autônomos/liberais. A grande dúvida é: como?

Podemos entender “pagamento instantâneo” como um projeto conduzido pelo Banco Central, previsto para entrar em operação em 2020, que tem como objetivo garantir a interoperabilidade dos meios de pagamentos por meio de transferências instantâneas, disponíveis 24h por dia, sete dias por semana. Com isso, a expectativa é que o dinheiro flua mais rapidamente para o recebedor/vendedor e com custo de transferência baixo (a expectativa gira em torno de pouco centavos), sendo possível pagar, por exemplo, um cafézinho sem o custo associado às taxas de adquirência ou às de uma TED.

A ideia do Banco Central é criar uma nova infraestrutura, similar a existente para as TEDs (Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB), mas que funcione 24h e que não fique restrita apenas a bancos. Assim, fintechs, varejistas e iniciadores de pagamento (e-wallets) poderão ter acesso a esta rede, incentivando a compatibilidade e democratizando seu acesso por parte da população. Esta rede também tem como objetivo evitar o surgimento de um monopólio, ou duopólio, de meios de pagamento, caso da China com Alipay e WeChat Pay.

Alguns bancos e fintechs estão se antecipando a esta tendência, procurando criar redes de pagamentos com características similares. Recentemente, o Itaú anunciou o lançamento do Iti, app que terá este recurso e atenderá, inclusive, os desbancarizados. O Mercado Pago também vêm estabelecendo parcerias com estabelecimentos comerciais (redes de farmácia, combustível, restaurantes) a fim de permitir o pagamento online e sem os intermediários tradicionais, como Visa, Mastercard, Cielo, Rede, Getnet.

Ainda segue em discussão como tudo isso irá funcionar, mas imaginamos que essas transferências possam ser feitas por celular, via WhatsApp, por exemplo, ou usando QR Code. Biometria facial, pulseiras eletrônicas também são outros caminhos para as (poucas) situações onde não estamos com nosso celular disponível.

As possibilidades e potenciais benefícios para a sociedade são muito grandes. Além da redução dos custos das transações financeiras (TEDs, boletos, guias de arrecadação devem virar coisa do passado), com o advento do Open Banking, podemos estabelecer uma infraestrutura que, em um futuro próximo, atinja um nível de interoperabilidade e de abrangência tão grande que nos permita imaginar uma economia sem dinheiro em espécie! Mais segurança, maior acesso aos serviços financeiros, novos modelos de negócio, maior transparência e, quem sabe, redução da corrupção e da lavagem de dinheiro.

Longe da sua melhor utilização, os meios de pagamento tradicionais estão cada vez mais em desuso, e esta nova tecnologia promete revolucionar o mercado financeiro. O caminho ainda é longo, mas o mais importante está sendo feito: sem um um primeiro passo, ninguém sai do lugar!

Fonte: tramp.com

HP, Dell e Amazon podem reduzir produção na China

O embate entre China e Estados Unidos vai muito além de sanções econômicas e trocas de farpas na imprensa. Empresas de equipamentos e gadgets tecnológicos continuam em uma incessante batalha para evitar as possíveis novas taxas que os EUA prometem impor em exportações vindas da China. De acordo com fontes anônimas em depoimento à Fast Company, essas mesmas empresas continuam a buscar novos territórios asiáticos para suas produções.

A mão de obra chinesa é infinitamente mais barata, no entanto, em outros países da Ásia, ela pode ser mais barata ainda. E é por isso que companhias como HP e Dell pretendem mudar 30% de sua produção de laptops para outros países como Taiwan, Vietnam, Indonésia e Filipinas.

Outras grandes companhias da web que estão desenhando planos emergenciais de contingência são Amazon, Google, Microsoft, Nintendo, Sony, Asus e Acer. Segundo o veículo chinês Nikkei, a Apple estuda um movimento de 30% da sua produção para outros países. Novamente, todos esses movimentos são consequências da procura por uma redução de custos e uma fuga das possíveis taxas e sanções implantadas por Donald Trump.

Mão de obra na China e a realidade das fábricas

Segundo o ChinaGate, funcionários regulares do chão de fábrica em Shenzen recebem em torno de 1.500 RMB (moeda local), cerca de US$ 230 dólares americanos. Um cargo de gerência chegaria ao máximo de US$ 1.000 dólares. De qualquer forma, o trabalho por lá não é escravo. As conquistas trabalhistas na China são recentes e os salários ainda são baixos e custam pouco para as empresas. No entanto, todos recebem salários nas fábricas das mais diversas companhias.

Estados Unidos e o turbilhão de taxas

No início deste ano, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que trabalharia para aplicar mais de US$ 325 bilhões em taxas para exportações chinesas. A intenção era aumentar a taxa de 10% sobre US$ 200 bilhões para 25% na mesma semana.

Apesar da aplicação das taxas ter sido adiada, no ano passado uma decisão do governo americano já havia afetado as exportações chinesas. Uma taxa de 10% sobre US$ 250 bilhões. O cenário teve melhora devido às constantes conversas entre os governos dos dois países líderes da economia.

A junção das taxas ao aumento de custos para a mão de obra chinesa é a principal razão do desespero das companhias que precisariam investir mais e aumentar o preço de seus produtos no mercado.

Os representantes do governo em Pequim alertaram para uma possível recessão e consequências para ambos os países caso taxas adicionais sejam aplicadas unilateralmente. O Ministro do Comércio da China, Gao Feng, disse que a China tem sido firme contra as taxas e que, o trabalho em cooperação é o melhor para os interesses de ambas economias.

Fonte: portal no varejo

Tegma busca startups com soluções para controle de estoque e separação de pedidos

Para impulsionar o crescimento de startups, a Tegma criou a TegUp Ventures, aceleradora e braço de inovação aberta e tecnologia da empresa. Com a iniciativa, a companhia busca produtos, serviços e inovações relacionadas ao universo da logística. As startups aceleradas recebem infraestrutura, acesso ao networking da Tegma e um laboratório real para testes e mentorias.

No ciclo 2019 do programa, a companhia busca startups para solucionar oito desafios. No primeiro deles, a Tegma deseja encontrar uma solução para contabilizar, de forma automática e ágil, o inventário de estoque de seus clientes. A ferramenta também deve fazer o gerenciamento dos SKU’s de produtos.

No segundo desafio, também voltado para clientes, a companhia busca tecnologias que melhorem o processo de separação de pedidos B2C, tornando as etapas mais ágeis para auxiliar os operadores. Por fim, a Tegma também procura soluções que aumentem a produtividade e eficiência do processo de separação de materiais e movimentação de pallets em armazéns.

As startups também podem apresentar projetos para outros cinco desafios: Consulta de multas dos veículos, Melhoria no processo de identificação de lacres dos veículos, Controle de pressão para cintas de amarração de cargas, Monitoramento da altura e peso das cargas e Roteirização da navegação de frotas.As empresas interessadas em participar do TegUp 2019 podem fazer inscrições até o dia 14 de julho. Em agosto, as startups selecionadas deverão apresentar suas soluções em um Pitch Day. As próximas fases incluem um período de conexão, desenvolvimento e execução de piloto e um demoday com avaliação de resultados.

Fonte: startse