Americanas S.A. registra crescimento de 22% no primeiro trimestre de 2022

Na comparação com os 3 primeiros meses de 2021, a Americanas S.A. registrou crescimento de 22%. A expansão é reflexo da boa performance em todas as plataformas de negócios. Afinal, o físico cresceu 27%, enquanto o digital 20%, ainda que diante de uma base forte de comparação (+89% no 1T21). A rentabilidade também foi destaque no período: o Ebitda subiu 58%, atingindo R$ 660 milhões, maior valor da história para o período.

O sucesso da estratégia da Americanas S.A. fica evidente com a adição de 4 milhões de clientes no período de 12 meses, com a base ativa de clientes totalizando 52 milhões no 1T22. O mesmo vale para o crescimento de 20% do número de itens vendidos e de 17% das transações no período. Vale lembrar que a companhia ampliou seu sortimento em 37% nos últimos doze meses, totalizando 136 milhões de ofertas disponíveis.

Outros pontos ajudam a explicar a boa performance da empresa. Entre eles, a baixa dependência de algumas categorias de tíquete médio alto, somada à alta recorrência de compras e à credibilidade conquistada junto aos clientes. Hoje, a Americanas é uma das cinco marcas mais influentes do Brasil, segundo pesquisa divulgada em abril pelo Ipsos (Instituto de Pesquisa de Mercado e Opinião Pública) — é a primeira marca brasileira no ranking.

Americanas S.A. e a multicanalidade

Com a criação da Americanas S.A., a multicanalidade já é uma realidade da operação. Neste caso, as lojas físicas se tornaram um importante hub de relacionamento e distribuição. Somente em 2022, a companhia inaugurou 28 novas lojas, totalizando 3.581 estabelecimentos. Como resultado, no primeiro trimestre de 2022, quase 35% das entregas foram realizadas em até 3 horas. Um ano atrás, esse percentual era de 14%. Além da infraestrutura das lojas para reduzir tempo e custo de entrega, há ainda o investimento em inteligência artificial e análise de dados para otimizar fluxos e processos.

A AME, fintech da Americanas S.A., também se destacou no primeiro trimestre. Afinal, atingiu a marca de 32 milhões de downloads, com um TPV (volume total de pagamentos) de R$ 7,8 bilhões. Como comparativo, o crescimento foi de 53% em relação ao mesmo período do ano anterior. A operação se mostra cada vez mais relevante e estratégica, gerando o aumento da frequência e do gasto médio e a aquisição de novos clientes.

Os resultados de AME estimulam ainda mais a IF (motor de inovação da Americanas e responsável por liderar 10 fusões e aquisições entre 2020 e 2021) a seguir com o objetivo de incentivar o uso de novas tecnologias e buscar oportunidade para entrada em novos negócios. Por este motivo, a Americanas anunciou em abril a estruturação da vertical de corporate venture capital (CVC). A intenção, neste caso, é investir em até 20 startups neste ano em setores que tenham conexão com as estratégias de negócio da companhia — como tecnologia, cyber, fintech, logística e advertising.

Estratégia ESG reconhecida internacionalmente

Em janeiro, a Americanas S.A. entrou pela primeira vez no The Sustainability Yearbook 2022. Trata-se do anuário que reúne as empresas com melhores performances em sustentabilidade do mundo. Para tanto, a companhia foi destaque na seleção feita pela S&P Global em critérios como: transparência de informações; ética e conduta; compromissos ambientais e de impacto social. Além disso, foi listada no ranking das companhias abertas com as melhores notas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da bolsa brasileira, a B3.

Shopee e AliExpress disputam pequenos lojistas com Magalu, Mercado Livre e Americanas

Diante da disparidade de taxas cobradas, há vendedores que estão presentes no Mercado Livre, mas pedem para clientes comprarem na Shopee; varejistas nacionais contra-atacam com financiamentos a pequenos negócios.

Tanto é assim que já há lojistas que passaram a enviar a clientes bilhetes junto com suas entregas, convidando o comprador a mudar o marketplace escolhido na próxima compra, em troca de descontos. A postura dos gigantes asiáticos, cada vez mais agressiva, tem gerado reações. Varejistas nacionais, por exemplo, entraram nessa corrida pela preferência dos vendedores com logística mais rápida e até empréstimos para financiar as empresas parceiras.

No momento, a ordem é proteger mercado. Levantamento recente da NielsenQ Ebit mostra uma disparada do comércio “cross border”, de produtos importados, que cresceu 60% no ano passado no Brasil e somou vendas de R$ 218,9 bilhões – movimento puxado pela popularização dos marketplaces estrangeiros.

A expansão de nomes como Shopee e Shein levou gigantes brasileiras, como Americanas, Via e Magazine Luiza, a montarem uma ofensiva contra os rivais asiáticos, pedindo para o governo barrar esse crescimento, por meio de uma medida provisória que visa a ampliar os impostos incidentes sobre os produtos vindos de fora. A justificativa é de concorrência desleal.

Lojista busca opção mais vantajosa

Se antes a reclamação das gigantes nacionais estava somente na vantagem de trazer produtos “baratinhos” da China, agora o mercado se movimenta para proteger sua base de parceiros. Isso porque muitos vendedores utilizam mais de um marketplace. O comerciante Pedro Niglio, que vende roupas, concentra 70% das suas operações na Shopee, com os 30% restantes divididos entre Magazine Luiza e Mercado Livre.

Segundo ele, oferecendo a menor taxa de operação, além de outros benefícios, a Shopee consegue ser mais atrativa para os comerciantes locais. “É muito vantajoso para o meu tipo de negócio. Por isso, fechei a loja física e aluguei um galpão para ser meu centro de distribuição para as vendas no site”, conta.

Presente no Brasil desde 2019, a Shopee tem sido agressiva em sua estratégia para ganhar mercado e já atraiu 2 milhões de vendedores locais. A empresa hoje cobraria taxas equivalentes à metade dos valores cobrados pelo Mercado Livre, que hoje variam de 12% a 18% do valor do item, além de R$ 5 por cada anúncio no site, conforme lojistas consultados.

A reportagem do Estadão recebeu, em uma compra feita no Mercado Livre, um bilhete de um lojista avisando que oferece um desconto de 50% no item adquirido na plataforma asiática. Procurada, a Shopee disse, em nota, que “entre outros diferenciais da nossa plataforma estão as opções facilitadas de pagamento, visibilidade em campanhas de marketing, cupons de frete grátis e desconto”.

Mas nem sempre a escolha é pautada apenas pela menor taxa. “Às vezes acabamos preferindo o Mercado Livre, pois, mesmo com o custo bem mais alto, eles ainda têm  uma entrega melhor e um atendimento mais eficiente”, relata um comerciante, que preferiu não se identificar.  Hoje, a Shopee faz suas entregas pelos Correios e via a parceria com dez empresas de logística

Força na logística

Maior marketplace do País, o Mercado Livre tem investido em logística. Segundo a diretora sênior de marketplace da empresa, Júlia Rueff, uma das formas de ajudar os vendedores tem sido no apoio à formalização de seus negócios. Sobre as taxas cobradas, a executiva diz somente que elas são “coerentes aos serviços prestados”. Ela lembra que o Mercado Livre anunciou investimentos de R$ 17 bilhões no País só para 2022.

Para o Magalu, as lojas físicas são a aposta para disputar mercado com as asiáticas. A empresa vai lançar uma “carreata nacional”, com participação da fundadora Luiza Trajano, para digitalizar comerciantes e expandir o número de vendedores no seu e-commerce, que hoje tem 160 mil cadastrados. A companhia também decidiu ofertar empréstimos aos pequenos comerciantes que escolhem sua plataforma.

Em relação às acusações de competição desleal com os sites estrangeiros, o Magalu defende que os concorrentes passem a respeitar a legislação local e barrem produtos falsificados e vendidos sem nota fiscal. “Nós não estamos falando de competição desleal, nós estamos falando de competição ilegal”, afirma o diretor executivo de vendas online do Magalu, Leandro Soares.

Procurados, AliExpress e Via não quiseram comentar.

Como indústrias de nicho estão fazendo jornadas assertivas para o varejo e o que isso muda no ecossistema dos negócios

Energia solar, indústria de brinquedos, calçados e tantos outros segmentos que acompanhamos e para os quais desenvolvemos projetos aqui no Grupo Bittencourt há anos, ao colocar suas operações diretamente para os consumidores estão tendo a possibilidade de comprovar que ideias cercadas das demandas atuais, que incluem experiência, usabilidade, tecnologia e propósito, têm feito o sucesso de suas iniciativas.

Se antes era preciso uma movimentação intensa e mobilização de uma grande cadeia de stakeholders que fizessem seus produtos chegarem ao público final, muitas vezes mais complexos, o que tem sido comprovado é que quando a própria indústria decide iniciar uma operação direta de seu produto ou serviço para o consumidor, a mensagem chega mais verdadeiramente às pessoas e o engajamento tende a ser maior.

Nos últimos anos temos trabalhado com nossos clientes nessa jornada, que passa por entender o desejo de como esse produto que a indústria faz está carregado de signos, seja de história, seja de inovação, e de como eles podem se conectar com uma linguagem mais atualizada, sem perder a essência do seu legado.

Quando, por exemplo, nos prontificamos a fazer o projeto do Portal Solar, um marketplace de equipamentos e serviços para projetos de energia solar, lançamos uma operação de franquias que permite a qualquer empreendedor atuar no segmento investindo R$ 35 mil reais. Com um cenário no qual o número crescente de consumidores enxergando a produção própria de energia como alternativa para reduzir a conta de luz, aumentou a possibilidade de opções para os diferentes tipos de empreendedores que querem atuar num modelo de negócio que, além de rentável, é também ambientalmente responsável.

O franchising tem sido uma possibilidade para escalar esses negócios e também outros tipos, como no caso da Pampili, com quem começamos um trabalho em 2019, quando fizemos uma imersão completa no universo Pampili e seus canais de distribuição. A proposta era identificar qual seria a estratégia ideal para fazer com que a marca crescesse de forma sustentável por meio de uma rede de lojas de marca própria. A ideia do franchising era uma possibilidade, mas ainda não uma certeza.

Ao longo de diversos estudos avaliando as alternativas mais adequadas para a Pampili, olhando para o mercado, as oportunidades de expansão, pesquisas com vários stakeholders, e levando muito em consideração a necessidade de proteger a marca e a sua essência, o caminho ficou mais claro e decidiu-se de forma definitiva pela expansão com franquias.

Incluir nessa equação a figura de franqueados que sejam aderentes a esse propósito e valores e que se conectem com trabalho encantador para o universo das meninas traz uma condição ideal para que esse poder transformador seja multiplicado e ganhe ainda mais escala.

No caso da Estrela Beauty, marca do Grupo Brinquedos Estrela, a franquia, que possui unidades nos principais shoppings de São Paulo, entra em uma nova fase do seu projeto de expansão, que nasceu em 2018, e encara um desafio ainda maior: atrair franqueados profissionais, aqueles já com experiência comprovada em outros tipos de mercados, além dos individuais, que estão dispostos a investir no promissor mercado.

Tendo como base produtos que valorizam a diversidade, a experimentação e a autoconfiança, as lojas traduzem a missão de empoderar e fazer com que as meninas possam explorar suas personalidades de forma leve, lúdica e divertida. E um projeto de expansão como esse da Estrela Beauty está diretamente ligado a esse propósito, uma vez que, para ampliar a nova fase, se faz necessário trazer empreendedores que possam dialogar com esse modelo de negócio por meio dessas potencialidades.

Cumprir essas missões, de levar temas como inovação e propósito para marcas icônicas ao consumidor final, tem sido o nosso desafio. Temos sido muito bem sucedidos, mostrando aos clientes da indústria que apostar em inovação e mesclar isso aos seus valores, mesmo os de lá de trás, quando criaram suas marcas, e poder atualizá-los e ressignificá-los, tende a tirar do próprio legado o insumo necessário para os próximos passos, para o frescor dos novos tempos.

Magazine Luiza (MGLU3) vai fazer caravana de e-commerce com presença de Frederico e Luiza Trajano

A “Caravana  Magalu” é a nova ação da Magazine Luiza (MGLU3) para expandir o marketplace da empresa para pequenos e médios varejistas.

O evento vai percorrer diversas cidades do Brasil, começando pelo nordeste do país. A estreia será no dia 19 de maio, em Maceió, com a presença de Frederico Trajano, CEO da companhia, e Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração.

O grande objetivo é promover o marketplace do Magazine Luiza, destacando as ferramentas disponíveis para explorar o comércio eletrônico.

Como vai funcionar a caravana do Magazine Luiza

Os empreendedores serão recebidos nas lojas do Magazine Luiza e também na “Carreta Magalu”, um caminhão que circulará pela cidade com uma equipe treinada para tirar as dúvidas dos varejistas locais.

A “Caravana Magalu” vai percorrer centenas de municípios brasileiros nos próximos meses.

Segundo Soares, o modelo do evento foi inspirado no antigo formato de campanha eleitoral, quando os candidatos iam de cidade em cidade, realizando comícios para conquistar o voto do eleitor.

“No caso do Magalu, a Caravana quer mostrar ao varejista as oportunidades e facilidades da venda online”, explica.

Varejo marca primeira alta trimestral após duas quedas seguidas, diz IBGE

De janeiro a março, houve crescimento de 1,9%.

O volume de vendas no varejo restrito teve alta de 1,9% no primeiro trimestre de 2022, frente aos três meses antecedentes, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

É a primeira alta na série trimestral com ajuste sazonal desde o segundo trimestre de 2021 (2,2%). O comércio tinha recuado 0,1% no terceiro trimestre de 2021 e 2,3% no quarto trimestre daquele mesmo ano, ambos na comparação com os três meses imediatamente anteriores.

Esse aumento de 1,9% entre janeiro e março é o maior resultado para um primeiro trimestre de ano, na série com ajuste sazonal, desde 2017, quando tinha sido de 2,9%.
Na comparação anual, o varejo restrito também fechou com aumento no primeiro trimestre, mas de 1,3%.

Considerando apenas o mês de março, o varejo restrito subiu 1% ante fevereiro. É a terceira taxa positiva seguida, o que não ocorria desde 2020, quando o comércio se recuperava do período mais intenso de quedas do início da pandemia de covid-19.
No varejo ampliado, que inclui as vendas de veículos e motos, partes e peças, e material de construção, o volume de vendas subiu 2,3% nos três primeiros meses de 2022, frente ao trimestre anterior, na série com ajuste sazonal. É também o primeiro trimestre de alta após duas quedas: de 1,1% no terceiro trimestre de 2021 e de 1,8% no quarto trimestre daquele ano.

 

O impacto da crise pandêmica da China no varejo brasileiro

Números de grandes companhias já têm demonstrado desaceleração ao longo dos últimos meses, enquanto a conjuntura difícil ainda não dá sinais de arrefecimento.

Com o endurecimento das medidas restritivas em função da Covid-19 na China, o mercado global se preocupa com o caos logístico implantado em meio ao frágil cenário econômico. O setor de varejo é um dos que se preocupam com essa conjuntura.

O Brasil é um grande importador para sua indústria de transformação, com o objetivo de sustentação do mercado de bens de consumo duráveis, semiduráveis e industriais.

Mas a política de combate à pandemia na China tem trazido fortes implicações ao país, o que inevitavelmente interrompe a oferta de determinados produtos.

Por mais que a potência asiática esteja ampliando seu apoio à economia, o suposto recrudescimento do novo coronavírus no país tem assustado os negociadores que veem os portos abarrotados de contêineres.

Importância de duráveis e semiduráveis para o varejo

A venda de geladeiras, máquinas de lavar, aparelhos televisores são grandes chamarizes de varejistas como Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e Americanas S.A. (AMER3), que têm barganhas em negociação de preços com fornecedores.

A venda desses produtos, inclusive, foi um dos principais combustíveis das varejistas entre 2020 e 2021. A renda artificial criada pelo auxílio emergencial, findada no fim do ano passado, gerou uma corrida para a “renovação” da residência, estimulados pela maior permanência em casa devido ao lockdown.

Esse tipo de produto tem tíquete médio alto e, em relação à receita, gerou bons trimestres ao setor varejista.

A fins comparativos, no terceiro trimestre de 2020, período em que o Brasil já lidava com a pandemia, o GMV (valor bruto de mercadoria) total da Via (à época chamada de Via Varejo) saltou 43% ante o mesmo período de 2019.

Via desacelera receita depois de pico após pandemia

Fonte: TradeMap
Fonte: TradeMap

No caso do Magalu, o salto foi ainda maior, de 81,2%. A empresa é líder de mercado de bens duráveis, patamar alcançado em 2020 justamente pelas mudanças de perfil de consumo provocadas pela pandemia, como a direção assumiu no quarto trimestre do ano passado.

Já para Americanas – especificamente Lojas Americanas -, a melhora foi de 31,1% no terceiro trimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano anterior.

Embora as empresas não revelem de forma segmentada os dados relacionados às vendas de bens duráveis, não negam os impactos da conjuntura macroeconômica em seus modelos de negócio, enquanto os números de crescimento desaceleram.

A demanda por bens de capital estrangeiros havia se intensificado ao longo dos últimos meses, com o governo brasileiro reduzindo em 10% os impostos sobre a importação da categoria em março de 2021, e em mais 10% no mês passado.

Os números passados indicam que a China é a principal origem dessas importações. No ano de 2020, o país correspondeu a US$ 7,5 bilhões, ou 31% das compras do Brasil, de bens de capital e de produtos do setor de informática e telecomunicações.

Restrição da oferta acompanha queda da demanda

Se por um lado os preços tendem a cair em razão da demanda menor numa conjuntura “estável” de oferta de produtos, por outro os preços são sustentados e favoráveis às fabricantes devido à restrição da oferta, o que traz menos produtos ao mercado.

Isso não significa que as varejistas terão caminho livre neste segmento nos próximos meses. O setor opera com margens de lucro pequenas por causa da agressiva guerra de preços entre os players do mercado. Não há perspectiva de melhora de margens nos próximos resultados.

Além disso, um aumento significativo dos preços de bens duráveis deve pressionar ainda mais a procura dos consumidores, sobretudo em função da queda da renda da população e alta da inadimplência.

De acordo com a Pnad Contínua, a renda média da população brasileira caiu de R$ 2.876 em setembro de 2020, auge do pagamento do auxílio emergencial, para R$ 2.489 no trimestre encerrado em janeiro deste ano – baixa de 13,4%. Com menos renda e crédito mais custoso, a inadimplência voltou a aparecer.

Se o brasileiro médio está com pouco recurso para pagar suas contas básicas, tampouco irá renovar a mobília de suas casas, como o fizeram durante a pandemia.

No saldo final, Magalu, Via e Americanas fazem parte do varejo que atua com o público de baixa renda e que aos poucos diversificam suas operações para as demais camadas da sociedade. As empresas, contudo, não divulgam dados segmentados.

Resultados recentes mostram desaceleração do varejo

Os números das grandes varejistas já têm demonstrado desaceleração ao longo dos últimos meses, enquanto a conjuntura difícil ainda não dá sinais de arrefecimento.

A temporada de balanços do primeiro trimestre ainda não foi iniciada pelas grandes companhias do varejo. A expectativa do mercado é a de que o período tenha sido mais desafiador que o quarto trimestre de 2021, quando os números já desagradaram.

No caso do Magalu, a economia ruim e a concorrência acirrada tiraram o brilho do crescimento do marketplace, um dos únicos pontos positivos do resultado.

O contexto mostra-se arriscado para a companhia, que preferiu puxar o freio de mão e segurar o processo de aquisições.

Primeiro, porque a escolha agora é por colher os frutos das compras já realizadas, mas também porque entre o quarto trimestre de 2020 e o mesmo período de 2021, a empresa saiu de caixa líquido para dívida líquida de R$ 3,88 bilhões.

No caso da Via, o resultado mostrou uma baixa de 91,4% do lucro líquido contábil, para R$ 29 milhões.

Uma das justificativas da integrante do varejo brasileiro é o descasamento entre o fechamento de lojas e a abertura de novas unidades no período, além do aparecimento da ômicron – embora o período mais intenso da Covid-19 causada por essa variante no Brasil tenha sido entre janeiro e fevereiro deste ano.

O que fica de destaque é que a empresa tem preferido o crescimento em detrimento de margens. A margem líquida encerrou o trimestre em dezembro na casa de 0,4%. O impacto da queda nas vendas de bens duráveis, que oferecem margem mais robusta, é latente.

Já para a Americanas, o desempenho foi levemente mais positivo. A empresa viu suas vendas digitais dispararem 36% no quarto trimestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os dados de GMV, receita bruta, receita líquida e lucro líquido tiveram crescimento sólidos dois dígitos, mas o ponto fraco ficou para as margens.

A margem Ebitda, resultado da relação entre Ebitda e receita líquida, caiu 4,3 pontos percentuais entre o quarto trimestre de 2020 e o último trimestre de 2021, para 11,8%. O indicador mostra a eficiência da empresa exclusivamente com sua operação.

O caos pandêmico na China certamente tem trazido relevante impacto para o varejo brasileiro nas últimas semanas. O resultado disso virá ao mercado somente no segundo semestre, quando os balanços do período entre abril e junho forem divulgados. Por ora, cabe às empresas estancar as perdas estimadas.

O que está acontecendo na China

Desde o final de março, a megalópole Xangai, centro comercial da China que abriga cerca de 26 milhões de pessoas -mais que o dobro da cidade de São Paulo -, está de portas fechadas.

As rígidas restrições colocadas em prática pelo governo fazem parte da iniciativa de “Covid zero”. O país, marco zero da pandemia ainda no fim de 2019, tem por objetivo eliminar por completo e é avesso à mínima transmissibilidade da doença.

Esse “extremo” no combate à pandemia tem gerado insatisfação entre os moradores. Alguns estão confinados há mais de um mês e encontram dificuldades para suprirem suas necessidades básicas diárias.

Por conta das restrições à mobilidade terrestre, os portos da China estão congestionados, o que trouxe à tona novamente o entrave logístico instaurado sobre o comércio global durante o pico da pandemia.

O porto de Xangai, o maior do mundo em termos de toneladas transportadas, tem filas de espera, pressionando o escoamento da produção chinesa. A queda da atividade afeta particularmente a oferta de semicondutores e peças para produtos eletrônicos e eletroeletrônicos mundo afora.

A tolerância zero ainda não dá indícios de que está perto de acabar, com casos ainda sendo registrados fora das áreas sob forte lockdown em torno de Xangai. Na última segunda-feira (2), foram anotadas 58 infecções pelo vírus.

Dados do governo chinês registram pouco mais de 14 mil mortes pela Covid-19 desde o início da pandemia.

Do ponto de vista de expectativa para a “normalização” do cenário, pode-se esperar que os lockdowns na China não demorem muito a cessar, principalmente na capital Pequim, embora não haja indícios do fim.

No segundo semestre deste ano, ocorrerá o Congresso do Partido Comunista. O governo do país aprovou uma resolução no fim de 2021, podendo fazer com que o presidente Xi Jinping alcance seu terceiro mandato, o que até então não era possível.

Uma boa aceitação por parte de Pequim é bem-vinda, embora a ditadura do país dificilmente mude de plano em razão do descontentamento ou aprovação pública.

3 pontos a observar na implantação da entrega rápida

Nos dias de hoje, a velocidade de entrega é um diferencial competitivo para o varejo. Observe que envios rápidos são capazes de convencer o consumidor a comprar e, não raramente, ele chega a pagar um pouco mais caro para receber a mercadoria o quanto antes. Sendo assim, podemos concluir que a velocidade de entrega é um benefício percebido pelos clientes e, por causa disso, deve ser explorada ao máximo para maximizar os resultados.

Diferencial competitivo

Uma vez que a agilidade para receber produtos em casa é um diferencial competitivo e convence o consumidor, temos como consequência o fato de que ela acaba convencendo também os investidores. Não sem razão, grandes players do comércio eletrônico têm investido muito em logística, firmando parcerias com logtechs que oferecem soluções extremamente ágeis.

Sempre que uma das empresas de e-commerce, de capital aberto, anuncia novidades, como uma nova e mais ágil modalidade de entrega, o resultado é que suas ações sobem no mercado. Elas ganham força porque mostram que estão mais preparadas para atender o consumidor da forma que ele valoriza.

Além do prazo, há a conveniência da entrega. E-commerces têm expandido parceria com lojas que se comportam como extensões dos Correios. O cliente pode retirar a mercadoria comprada em uma padaria ou em uma loja de materiais de construção perto de casa.

Melhor ainda, havendo necessidade de devolução, basta levar o produto em uma dessas unidades parceiras. É o que se chama de logística reversa. Antigamente, era comum o consumidor fazer esse trâmite em unidades dos Correios. Agora, isso é desnecessário. Essa malha construída com parceiros gera uma conveniência muito grande para o consumidor. Trata-se de uma estratégia interessante para o varejo observar e absorver, um diferencial competitivo que cria vínculo com o cliente.

Desafios

Toda solução, no entanto, gera desafios. E quais são os obstáculos da implementação da entrega rápida e de serviços que facilitam caminhos para os consumidores?

Precificação do carrinho

O primeiro é como o varejista precifica não só o produto, mas também o carrinho, porque, no final das contas, o cliente não paga só pelo produto, paga pela entrega. Então, existe uma composição formada pelo preço do produto mais o valor da entrega. Isso é o carrinho.

Como é que o lojista equilibra o preço do produto e da entrega em uma determinada região? É necessário também observar o envio na hora certa em que a loja precisa ser competitiva em um determinado local.

Índice de competitividade

Derivado do ponto acima, surge o segundo desafio: como se cria um índice de competitividade? Usualmente, costuma-se dividir o seu preço pelo preço médio da concorrência para saber se o seu índice é maior do que 1 (mais caro) ou menor do que 1 (mais barato).

Saber se está mais caro ou mais barato, ou quanto mais caro e quanto mais barato. Isso é bem comum em pricing. Porém, aqui estamos falando do índice de competitividade do preço do carrinho. Porque seu varejo pode ser mais barato no produto, porém, muito mais caro no carrinho, pois o frete e a logística não são os ideais.

Então, chegar a esse índice é muito difícil pelo fato de que o volume de dados empregados em uma análise dessas é gigantesco. Tem o desafio de conseguir montar o índice de competitividade por região geográfica (Sul, Sudeste, Norte, Nordeste e Centro-oeste). Por estado, município, capital ou interior.

Ter informação sobre competitividade de frete ajuda a formar o índice de competitividade no preço do carrinho. Mas como se vê, esse é um dos desafios da área de pricing que pode ser maior conforme a modalidade e os prazos de entrega, que também são específicos conforme a data e o momento do dia.

O monitoramento do frete

A pergunta é: como enfrentar tantas dificuldades? A única forma realmente eficiente de monitorar o frete e, assim, precificar adequadamente o valor do carrinho, considerando as mais diversas variáveis, é com o apoio de soluções que se baseiam em inteligência. Elas ajudam o e-commerce a enfrentar os desafios na precificação. E como isso é feito? Tais soluções entregam escala nas informações de competitividade do mercado, fazendo monitoramento dos produtos e fretes nas regiões de entrega, capturando preços, prazos e modalidades. E tudo em uma velocidade muito rápida.

Soluções inteligentes de pricing conseguem tornar não só o preço do produto dinâmico como também levam em conta o preço do carrinho. Ou seja, monitoram o valor do produto, do frete, dos competidores, e só depois disso determinam a precificação.

Em resumo, a entrega rápida é uma importante estratégia, pois atualmente tem grande poder de influência na decisão do cliente. Porém, por se tratar de um fator extremamente dinâmico em um mercado altamente concorrido, a única forma de oferecer esse benefício com eficiência e competitividade é com o apoio da tecnologia. A inteligência de dados aplicada à estratégia faz a total diferença na hora do resultado.

* Ricardo Ramos é CEO e fundador da Precifica.

O gigantismo do Mercado Livre

O segmento dos marketplaces no Brasil e no mundo sofreu grandes mudanças com a chegada da pandemia e do isolamento social, fatos estes que resultaram em um crescimento sem precedentes para a categoria.

O Mercado Livre em especial teve crescimento além do esperado segundo o próprio cofundador da companhia, Stelleo Tolda. O período de confinamento e a forte digitalização fizeram com que adiantassem em dois anos as estimativas traçadas para a empresa.

No período entre janeiro e setembro de 2020, o número total de usuários únicos ativos era de 56 milhões aproximadamente, e em 2021 esse número dobrou, chegando a 112,5 milhões.

O volume de vendas nesse mesmo período foi de US$ 14,36 bilhões, que corresponde a um aumento de 42%.

O valor das ações também acompanhou esse crescimento em 2019. No início da pandemia, possuíam o valor de R$ 249,00 aumentando 80% no ano de 2020, quando chegaram a R$ 449,00, e em 2021 alcançaram seu pico, no valor de R$ 1.700,00.

E o crescimento não parou no ano de 2022, assim como os planos da companhia para os anos subsequentes. Acompanhe a leitura.

Linha de crescimento do Mercado Livre

O Mercado Livre, durante o período de 2020 e 2021, se tornou a empresa mais valiosa da América Latina, ultrapassando a Vale e a Petrobras, e para explicar esse gigantismo, nada melhor do que dados.

Valor de mercado

O valor de mercado da empresa atingiu números recordes, fazendo um paralelo de 2018 até 2021. Esses dados são disponibilizados a cada fechamento de trimestre e anualmente pelo site oficial.

Linha de crescimento do valor de mercado do Mercado Livre.

Em 2018, o Mercado Livre possuía um valor de mercado avaliado em US$ 15 bilhões de dólares, além de atingir importantes marcas como um milhão de itens vendidos em apenas um dia e um milhão de transações no Mercado Pago em 24 horas.

Já em 2019 a empresa teve seu primeiro salto, com muita relação com a pandemia e a mudança de comportamento de seus consumidores. Alcançou o valor de US$ 28,4 bilhões, um aumento de mais de 89% em relação ao ano anterior.

No ano seguinte, mais um aumento. Segundo dados da consultoria Economatica, o marketplace ultrapassou a mineradora Vale (US$ 59,3 bilhões) e se tornou a empresa mais valiosa da América Latina com a marca de US$ 60,6 bilhões.

Com capital aberto na bolsa americana Nasdaq, a empresa argentina foi uma das grandes vencedoras do segundo trimestre, com suas ações valorizando 101,8% entre abril e junho.

Em 2021, segundo dados também fornecidos pela consultoria do Economatica, em 20 de setembro, o Mercado Livre chegou a US$ 90,51 bilhões. Algum tempo depois, a Vale subiu novamente para o primeiro lugar com a alta do minério de ferro.

Além de se destacar em valor de mercado, o Mercado Livre se destaca no meio de outros concorrentes no segmento de marketplaces, chegando à marca de dez produtos vendidos a cada segundo.

Comparação de valor de mercado entre os maiores marketplaces do Brasil

Por estar em constante expansão, o Mercado Livre, segundo dados da pesquisa do Economatica, em 2020, permanece destoando de seus concorrentes diretos.

Segundo o levantamento feito no ano, o Mercado Livre chegou a valer o dobro do valor de mercado do Magalu Marketplace e quase cinco vezes mais do que o Americanas Marketplace, como mostra o gráfico abaixo.

Valor de mercado em 2022 dos maiores marketplaces do Brasil.

Além disso, pesquisas apontam que o varejista se mantém na primeira posição em número de acessos mensais dentre todos os outros marketplaces, como Amazon Brasil, Magazine Luiza, Shoppe e Aliexpress.

A empresa possui um volume mensal de 1,75 bilhões de acessos, com 44% das buscas diretas pelo endereço eletrônico do site e 26,6% de pesquisa orgânica feita a procura de um produto específico no Google.

Receita líquida do Mercado Livre em 2021

A cada trimestre concluído, todos os marketplaces lançam os seus resultados dentro de suas plataformas para passar informações de forma mais transparente para investidores e também sócios.

Esses resultados também podem ser importantes para vendedores e interessados em entrar, se manter ou sair de cada um desses canais de venda. Dessa forma, eles podem acompanhar de perto se a empresa está gerando resultados positivos.

Esse é o caso do Mercado Livre, que divulgou os resultados do primeirosegundoterceiro e quarto trimestres em seu site oficial e disponibilizou muitas informações que, analisadas da forma correta, podem servir de grande ajuda para quem tem interesse em aderir ao marketplace.

Como mostra o gráfico abaixo, a receita líquida do Mercado Livre cresceu constantemente, atingindo no final do ano de 2021, último relatório divulgado pelo site, um crescimento de 66,7% do primeiro trimestre para o último.

Assim como já citado anteriormente, o Mercado Livre teve um grande salto de crescimento desde o início da pandemia.

No quarto trimestre de 2021, o Mercado Livre chegou a US$ 2,1 bilhões de renda líquida. Já em 2019, no mesmo período, obteve um resultado de US$ 674,3 milhões, o que corresponde a um aumento de mais de 200%.

Volume de vendas

Uma vez que estamos falando sobre oportunidades de maior visibilidade do vendedor dentro do Mercado Livre, é necessário trazer dados sobre o volume de vendas da plataforma.

A base de usuários ativos em janeiro de 2021 era de 69,8 milhões e, no fim do mesmo ano, conquistou a marca de 82,2 milhões.

Isso significa que o mercado está ficando cada vez mais competitivo, porém grandes oportunidades surgem dentro disso, fazendo com que o vendedor pense em diferentes formas de se destacar, seja melhorando a qualidade de seu produto ou serviço, sua abordagem ou também sua reputação, assunto este que será tratado de forma detalhada ao longo deste texto.

O volume de vendas (GMV – Gross Merchandise Volume) foi de US$ 6,1 bilhões em janeiro para US$ 8 bilhões em dezembro de 2021, um aumento de 21,2% em relação ao ano anterior.

Segundo dados fornecidos pelo próprio varejista, foram vendidos 222 milhões de itens apenas no primeiro trimestre do ano passado, o que significou um aumento de 110,2%.

Resultados do Mercado Envios

O fulfillment do Mercado Livre também passou a ser mais utilizado dentro do Brasil. No fim do ano de 2021, a rede do Mercado Envios chegou a 40% de penetração da rede logística dentro dos seus centros de distribuição, versus 25% do período de 2020. O serviço possui uma frota de mais de mil vans por todo país.

No encerramento do quarto trimestre, o Mercado Envios chegou a enviar 276 milhões de itens, aumentando em mais de 32% ao longo do ano seu volume de entregas.

Como se destacar entre tantos vendedores do Mercado Livre?

Depois de analisar inúmeros dados e acompanhar o crescimento desse marketplace, é preciso saber como fazer para se destacar na gama de vendedores do Mercado Livre.

Sendo assim, apresento cinco hacks de como vender mais dentro do Mercado Livre de forma inteligente e estratégica.

Como funciona a escala de cores e a reputação dentro do Mercado Livre

O sistema de reputação do Mercado Livre funciona dentro de uma escala de cores que vai do vermelho ao verde, sendo o vermelho o pior e o verde, o melhor.

E uma última categoria que possui três níveis, sendo a primeira Mercado Líder, a segunda Mercado Líder Gold e a última Mercado Líder Platium. Elas possuem regras mais rígidas a serem seguidas pelo vendedor.

Escala de cores de reputação do Mercado Livre.

Segundo a empresa, o ranqueamento começa a valer a partir das dez primeiras vendas realizadas e levam em consideração os seguintes pontos:

Reclamações do comprador

  • Vendedor que possui a cor verde: as reclamações não podem passar de 3% do total de vendas;
  • Vendedor que possui a cor amarela: as reclamações não podem passar de 7% do total de vendas;
  • Vendedor que possui a cor vermelha: as reclamações não podem passar de 12% do total de vendas.

Atraso na postagem do produto

  • Vendedor que possui a cor verde: o tempo de envio não pode passar de 15% do total de vendas;
  • Vendedor que possui a cor amarela: o tempo de envio não pode passar de 20% do total de vendas;
  • Vendedor que possui a cor vermelha: esse tempo não pode passar de 30% do total de vendas.

Vendas canceladas pelo vendedor

  • Vendedor que é Mercado Líder: as vendas canceladas por ele mesmo não podem ser maiores do que 2% do total de vendas;
  • Vendedor que possui a cor verde: esse valor é de 3%;
  • Vendedor que possui a cor amarela: esse valor é de 7%;
  • Vendedor que possui a cor vermelha: esse valor não pode ser mais de 10%.

O prazo de referência para calcular a reputação é o das vendas concretizadas nos últimos 60 dias. Se esse valor não atingir o número mínimo de 60 vendas, o cálculo base é feito com o total de vendas nos últimos 365 dias.

Seguir as diretrizes que a plataforma impõe é sempre a melhor forma de alcançar uma boa reputação dentro do Mercado Livre. Contudo, existem mais formas de evitar possíveis complicações. Por exemplo, postar um produto simples, com preço baixo e muita saída, vai aumentar as vendas e dificilmente terá reclamações. Outra saída é sempre dar atenção a respostas de dúvidas rapidamente e de forma educada.

Crie diferentes combinações de títulos

É importante lembrar que o alcance do Mercado Livre preenche cada canto do Brasil, ou seja, a regionalidade deve sempre ser considerada, uma vez que um determinado produto pode ter nomes diferentes em cada estado.

Para não ter problemas com isso, é possível utilizar uma das ferramentas do marketplace, o Mercado Livre Tendências, para fazer pesquisas de mercado. Ele entrega os 40 itens mais pesquisados e facilita a busca por suas variações.

É preciso ser capaz de se comunicar com todos os públicos, entregando o nome do produto tanto para profissionais quanto para leigos.

Como “Barraca 4 pessoas Camping”, “Barraca para acampamento” ou “Barraca de trilha 4 pessoas” – nem todos sabem as especificações do produto, mas esperam e precisam obter o resultado da pesquisa da mesma forma.

Publicar anúncios em categorias diferentes

Alguns produtos podem ser encaixados coerentemente em diferentes categorias. Essa ação garante que o produto seja visto mais vezes dentro da plataforma por mais consumidores.

Por exemplo, uma creatina monohidratada que pode ser encaixada em duas categorias:

  • Esportes e Fitness > Suplementos e Shakers > Suplementos
  • Saúde > Suplementos alimentares

Outra dica é evitar ao máximo encaixar qualquer produto como “outros”. Isso dificulta o ranqueamento do item, além de não entrar para as categorias entregues pelo Mercado Envios, fulfillment da plataforma.

Enviar cards ou flyers sobre a loja junto ao produto

O envio de cards ou flyers é uma boa oportunidade para disseminar informações privilegiadas sobre conteúdos da própria loja.

Eles podem servir para aumentar a reputação. Com o intuito de diminuir as reclamações, eles podem conter instruções de como contactar o suporte do próprio lojista e solucionar as questões.

Dessa forma, essa reclamação não contabiliza dentro da plataforma do Mercado Livre e, com isso, não afeta a reputação do vendedor.

Além disso, eles podem exercer a função de incentivar a recompra, tanto de produtos similares quanto de novos que podem ser usados como complemento, ou também contendo cupons de desconto.

Tirar boas fotos

O Mercado Livre possui exigências de boas práticas para o bom ranqueamento do produto dentro da plataforma. O ideal é que a primeira foto respeite exatamente as exigências solicitadas pela empresa. São elas:

  • Utilizar fundo totalmente branco;
  • Não adicionar itens extras às fotos, como marcas d’água ou adesivos;
  • Não incluir as condições de vendas;
  • Garantir que elas estejam nítidas;
  • Mostrar um modelo por foto;
  • Usar fotos originais, com direito de uso.

Investimentos para o ano de 2022

As expectativas para os próximos anos são altas, uma vez que a companhia argentina pretende investir R$ 17 bilhões no Brasil em 2022. O montante representa um aumento de 70% referente ao valor injetado no país em 2021.

Esse investimento faz parte da estratégia de crescimento e consolidação do Mercado Livre no país de forma definitiva. Além disso, uma boa parte do valor vai ser direcionado a melhorias e atualizações da fintech Mercado Pago.

A plataforma já conta com mais de 34 milhões de usuários ativos e pretende oferecer novos produtos, serviços e experiências, e tornar a conta digital mais completa, podendo, assim, competir com os grandes bancos digitais do mercado.

Além disso, parte do investimento terá como foco a inauguração de quatro novos centros de distribuição no estado de São Paulo, permitindo dobrar a capacidade de entrega de encomendas no território nacional.

Depois de tudo pronto, o Mercado Livre, com as novas estruturas, passará a contar com 12 centros de distribuição fulfillment e, assim, conseguir acelerar o processo de entregas, com a gestão do estoque feita de forma interna.

O grupo já realiza entregas no mesmo dia em 50 cidades, e mais de 2,1 mil localidades estão aptas a receber encomendas em até um dia. E o número de envios em até dois dias equivale a mais do dobro, chegando a 4,7 municípios.

De acordo com dados divulgados pelo banco BTG Pactual, as vendas do Mercado Livre podem chegar a R$ 500 bilhões em 2025. O varejista passará de 7% de penetração dentro dos e-commerces em 2019 para 21,8% nos próximos três anos.

Essa presença se tornará cada vez mais competitiva se levarmos em conta que a China possui 25% das vendas online no país, segundo a plataforma Statista.

De acordo com o Goldman Sachs, a tendência dos próximos anos é de uma concentração crescente nas mãos dos líderes Mercado Livre, Magazine Luiza e Americanas, que chegarão a dominar 77% do mercado em 2024.

James Delivery Cresce Triplo Dígito -GPA Inicia Integração de Plataformas Digitais

Antes visto como um diferencial, o serviço de delivery se tornou uma necessidade com a chegada da pandemia. Na esteira desse avanço, o GPA viu as suas vendas do e-commerce crescerem 32% no segundo semestre de 2021, comparado ao mesmo período do ano anterior, e a operação online já representa 8,2% da venda total de alimentos. Em 2020, a companhia, detentora de bandeiras como Mercado Extra e Pão de Açúcar, bateu o recorde de R$ 1 bilhão em vendas online. Em entrevista exclusiva ao Jornal Giro News, Illan Israel, Diretor Geral do James Delivery, conta que o aplicativo próprio do grupo também colheu frutos no período: “Nesses últimos dois anos, o GMV (Volume Bruto de Mercadoria) do James cresceu 3 dígitos”.

Mercado de Delivery
  Em 2019, o GPA adquiriu o James Delivery para fazer entregas exclusivas da companhia, mas com o acirramento do mercado de delivery e investimentos do setor, também passou a operar nas plataformas iFood, Rappi e Zé Delivery. Segundo Israel, no início, foi a plataforma que cumpriu o papel de propor ao cliente as jornadas de conveniência que o grupo ainda não oferecia. “Unimos a cultura ágil do James com o know how do GPA no varejo. O grupo possui muitos ativos, sortimento de qualidade e força comercial, mas com a união, a startup teve a oportunidade de alavancar a proposta de valor, e o GPA, de adquirir ativos digitais.” Atualmente, o James Delivery está presente em mais de 10 estados, atuando em todas as bandeiras da companhia, com exceção do Compre Bem.

Unificação das Frentes Digitais
  As modalidades de entregas rápidas representaram 74% do total de vendas online, no segundo trimestre de 2021 e, em fevereiro deste ano, o James Delivery iniciou sua aposta na modalidade “Mercado Flash”, com entregas em até 20 minutos. “Estamos operando o modelo a partir de quase 30 lojas e temos mais de 30 pontos adicionais para avançar nas próximas semanas.” Além disso, o James e o GPA estão passando por um período de unificação dos serviços. “Temos um projeto em que o James irá assumir e apoiar a logística, não apenas do James, mas também do GPA em todas as frentes digitais.” De acordo com executivo, haverá uma unificação das plataformas de logísticas, com base de entregadores e frota maiores, acarretando uma sinergia econômica.

Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3), Americanas (AMER3) e mais: O que esperar das varejistas no 1T22?

Na análise do Bradesco BBI, a temporada de balanços referentes ao primeiro trimestre de 2022 mostra mais uma safra de resultados “mistos” para as empresas de varejo.

As empresas deste setor começaram a divulgar seus números nesta semana, começando pela Grendene (GRND3) em 28 de abril.

A Lojas Quero-Quero (LJQQ3) anuncia seus números na segunda-feira (02), seguida pela maioria das outras nas duas semanas seguintes, com uma “super quinta-feira”, em 5 de maio, – quando serão reportados os balanços de oito empresas.

O que esperar dos balanços?

Richard Cathcart e Flávia Meireles, analistas do BBI, esperam ver um impulso mais forte da receita líquida e uma demanda mais consistente entre os nomes de vestuário, embora vários ainda sofram pressão de margem.

Em contraste, os analistas destacam que as categorias de ticket alto devem permanecer sob pressão.

“Esperamos que o crescimento do comércio eletrônico diminua, mas também esperamos ver sinais de recuperação de margem – particularmente em Magalu e Via – uma vez que a administração das companhias fez ajustes para se adequar à realidade de um ambiente de demanda mais fraco”, completam.

Cathcart e Meireles ressaltam que a Americanas S.A. (AMER3) deve registrar a maior taxa de crescimento de GMV (volume bruto de mercadorias), de 18%.

Quais ações comprar?

Arezzo, Lojas Renner (LRNE3) e Petz (PETZ3) são as ações favoritas dos analistas do BBI para o setor varejista.

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