Amazon implementa nova taxa para vendedores que realizam envios próprios

A partir de outubro, Amazon passará a cobrar taxa adicional de vendedores que não utilizam o serviço de logística da empresa.

A gigante do comércio eletrônico Amazon está prestes a adicionar uma nova taxa para os vendedores que optarem por não utilizar o serviço de logística da empresa, de acordo com informações divulgadas pela Bloomberg e CNBC. Documentos obtidos pelas fontes indicam que a Amazon começará a impor uma taxa sobre cada produto que os comerciantes enviarem por conta própria.

A taxa, que supostamente entrará em vigor em 1º de outubro, será aplicada aos vendedores que fazem parte do programa Seller Fulfilled Prime (SFP) da Amazon. Diferentemente do programa Fulfillment by Amazon (FBA), o programa SFP permite que comerciantes terceirizados vendam produtos Prime diretamente de seus próprios armazéns, em vez de a Amazon lidar com o processo logístico. Isso significa que os vendedores também são obrigados a cumprir os padrões de entrega de um a dois dias do Prime, incluindo envios nos finais de semana.

Embora a Amazon tenha introduzido pela primeira vez seu serviço SFP em 2015, a empresa suspendeu novas inscrições em 2019. A lista de espera só foi reaberta em junho deste ano — uma decisão que, de acordo com a Bloomberg, a Amazon tomou para atender às exigências regulatórias. Não está claro por que a Amazon está implementando essa taxa agora.

Taxas em meio possível ação

A nova taxa de 2% não chega em um momento particularmente favorável para a Amazon, já que há relatos sugerindo que a Comissão Federal de Comércio (FTC) está se preparando para mover uma ação antitruste contra o gigante do comércio eletrônico. Essa taxa também se soma à comissão já cobrada pela Amazon, que varia entre 8% e 15% sobre pedidos realizados na plataforma.

Apesar disso, essa taxa adicional pode ser uma estratégia da Amazon para incentivar os vendedores a utilizarem seus serviços internos, o que daria à empresa maior controle sobre o processo logístico, além de aumentar os ganhos devido ao crescente custo do programa FBA. No entanto, essa medida poderá atrair uma maior atenção dos reguladores, uma vez que, em 2019, a Amazon já foi acusada por um vendedor de forçar comerciantes a utilizarem o serviço FBA da empresa.

‘https://www.mundoconectado.com.br/corporativo/amazon-implementa-nova-taxa-para-vendedores-que-realizam-envios-proprios/

Cinco marketplaces detêm quase 80% das vendas online no país

A informação faz parte do ranking das 300 maiores varejistas em faturamento feito pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.

A informação faz parte do ranking das 300 maiores varejistas em faturamento feito pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). O estudo avaliou a fatia dos marketplaces em relação às vendas totais online apuradas pela consultoria NielsenIQ.

“O peso e a relevância das grandes plataformas explodiram na pandemia e não pararam de crescer, mesmo num ano no qual o e-commerce avançou menos do que o varejo”, observa Alberto Serrentino, vice-presidente da SBVC e responsável pelo estudo.

Estreantes

Esta é a 9.ª edição do levantamento e, pela primeira vez, o Mercado Livre, maior marketplace do varejo nacional, informou o seu volume de vendas. O marketplace, de origem argentina, que liderou a lista dos shoppings virtuais, faturou R$ 80,5 bilhões no Brasil em 2022.

Na sequência, vêm Americanas (R$ 44,3 bilhões), Magazine Luiza (R$ 43,3 bilhões), Via (R$ 20,5 bilhões) e Amazon (R$ 14,6 bilhões). Os números da Americanas são anteriores à crise que atingiu a empresa após a revelação de inconsistências contábeis em seus balanços, em janeiro deste ano.

Eduardo Terra, presidente da SBVC, ressalta também que, pela primeira vez, foi estimado um valor de quanto a Amazon vendeu no País. A projeção foi feita com base na venda de redes de segmento e perfil similares.

O estudo também traz o ranking das dez maiores varejistas online, considerando apenas o faturamento obtido com estoque próprio. Essa lista é liderada pelo Magazine Luiza, que vendeu no ano passado R$ 27,9 bilhões pela internet. Na sequência, vêm Americanas (R$ 18,7 bilhões), Via (R$ 15,2 bilhões), Amazon (R$ 9,4 bilhões) e a Shein (R$ 7 bilhões) – esta última também estreante no ranking.

Whatsapp

Serrentino destaca ainda a forte digitalização do varejo brasileiro. Das 300 maiores varejistas, 74% vendem online. Essa fatia sobe para 91% quando não se consideram as empresas que comercializam alimentos. Nos supermercados, esse índice está em 57%. “A pauta online está contaminada para baixo pelo varejo alimentar, porque tem empresa que não vende pela internet”, observa.

Outro ponto de destaque é a diversificação dos canais online. No geral, 39% das varejistas online vendem por meio do WhatsApp. Quando se exclui o comércio de alimentos, esse índice também sobe, a 57%.

No setor de materiais de construção, por exemplo, as vendas por meio do aplicativo de mensagens é uma realidade para 70% das varejistas desse segmento. “O legado da pandemia foi a multiplicação das vendas digitais, não só por meio do e-commerce”, diz Serrentino.

‘ https://mercadoeconsumo.com.br/18/08/2023/noticias-varejo/cinco-marketplaces-detem-quase-80-das-vendas-online-no-pais/?cn-reloaded=1

A resposta das gigantes brasileiras às novas regras para Shein, Shopee e Aliexpress

Os representantes do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) pedem que seja revertida a regra que isenta o imposto de importação de compras no valor de até US$ 50 feitas em sites estrangeiros por pessoas físicas.

O pedido da associação que reúne mais de 60 empresas, como Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3), foi feito em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, neste sábado (1).

O IDV prevê que as novas regras do governo levarão ao fechamento de lojas e desemprego, por isso, a associação pede isonomia entre as varejistas.

“Não queremos aumento de impostos, mas isonomia. Que o varejo e indústria que atua aqui, com toda a folha de pagamento, tributos estaduais, federais e financeiros deve estar contemplados nessa alíquota”, disse o presidente da associação, Jorge Gonçalves Filho.

O IDV pede que o governo tenha uma alíquota que traga isonomia para a competição no setor varejista até o dia 1 de agosto. Segundo Gonçalves Filho, o ministro Haddad se comprometeu a corrigir a questão.

Isenção para Shein, Shopee e Aliexpress

O ministro da Fazenda assinou na sexta-feira (30) um conjunto de mudanças nas compras no comércio eletrônico internacional em sites como Shein, Shopee e Aliexpress.

Agora, as compras de até US$ 50 (cerca de R$ 240) terão a alíquota de impostos de importação zerada. No entanto, a medida será válida para empresas que ingressarem no plano de conformidade do governo, estando em dia com suas demais obrigações tributárias.

As gigantes internacionais Shein, Shopee e Aliexpress devem aderir ao plano de conformidade do governo. Anteriormente, a regra de isenção de compras de até US$ 50 era válida entre pessoas físicas.

A estratégia do Mercado Livre para bater de frente com a Shein em moda

Empresa firma acordo com lojistas do Brás e pretende replicar a estratégia em outros polos de moda pelo país.

O Mercado Livre anunciou na última quinta-feira, 29, sua estratégia de se aproximar dos polos de moda espalhados pelo país. A primeira ação está voltada ao Brás, região central da cidade de São Paulo.

A empresa, voltada ao comércio eletrônico, instalou-se na região com escritório e ponto logístico para captar pequenos e médios empreendedores que queiram vender seus produtos pela plataforma. A ideia a princípio, é atrair 400 empresas para o site, ampliando o potencial de vendas e de alcance deles por meio de um dos principais e-commerces da América Latina. A empreitada também reflete uma busca por parte do Mercado Livre para segmentos com maior recorrência de venda e, além disso, uma tentativa de brecar a expansão da chinesa Shein no Brasil.

O projeto, que ainda está em fase piloto, deve ser replicado em outras localidades posteriormente, como Franca, no interior de São Paulo, e Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. “A gente acredita muito que esse piloto vai dar certo. Vamos aprender bastante com esse piloto e ter o máximo sortimento possível de todos os polos que fizerem sentido para as duas partes”, diz Julia Rueff, vice-presidente de marketplace do Mercado Livre no Brasil. “A região de Franca, que é muito forte em calçados, e a região de Nova Friburgo, que é muito forte com lingerie e roupas de ginástica, estão mapeadas. Há muitos polos no Brasil que nós gostaríamos de nos aproximar e levar esse projeto”.

Para atrair vendedores da região, a empresa diz ter dado condições como acompanhamento com consultoria ao empreendedor, ponto fixo em um dos principais shoppings da região, estúdio fotográfico, hub logístico, publicidade de produtos na plataforma e melhores condições em caso de necessidade de acesso a crédito por meio da plataforma Mercado Pago. “Crédito é uma das alavancas importantes para o desenvolvimento dos vendedores que precisam aumentar o fluxo de caixa”, diz ela.

Este ano, o Mercado Livre anunciou investimento de 19 bilhões de reais no Brasil e irá contratar 5.700 pessoas (totalizando 21 mil funcionários no país). A expansão por meio do segmento da moda é uma tentativa de trazer maior recorrência de compra ao site e aumentar a penetração do e-commerce no comércio brasileiro. Hoje, cerca de 32 milhões de usuários acessam a seção de moda na plataforma mensalmente. “O e-commerce, antes da pandemia, tinha 7% de penetração. Saímos disso e fomos para 14%. Mesmo assim, quando a gente olha para outros mercados, como os Estados Unidos, que têm 25% de penetração, e a China, com 40%, vemos que ainda há uma avenida longa de oportunidades para crescermos aqui no Brasil”, afirma a executiva.

https://veja.abril.com.br/economia/a-estrategia-do-mercado-livre-para-bater-de-frente-com-a-shein-em-moda

 

 

 

 

 

 

 

TikTok busca equilibrar concorrência com Amazon e Shein no e-commerce

Gigante no mundo do conteúdo digital e das danças de 30 segundos, o TikTok apresenta, gradativamente, planos para entrar de vez no e-commerce global. Dessa vez, após anunciar investimento significativo no Sudeste Asiático, a empresa lança uma ferramenta voltada à compra dentro do seu ambiente tecnológico. A novidade ganhou o nome de “Trendy Beat”.

Segundo informações do Financial Times, usuários do TikTok no Reino Unido foram os primeiros a se depararem com o novo recurso. Ele mostra produtos populares por meio de vídeos no estilo já conhecido da plataforma e indica como comprá-lo ali mesmo, sem sair do app.

A nova empreitada se relaciona com o aporte bilionário na Ásia, mas vai além. Ainda em busca de tração no e-commerce fora da região, a companhia visa a conquista do público britânico e, no futuro, expandir para mais locais. Vale lembrar que Brasil e EUA são dois dos principais países quando o assunto é o uso do aplicativo.

Mais detalhes da operação

A estratégia arrojada do TikTok no e-commerce é chamada de “Projeto S” internamente e mira uma competição com Shein, Amazon e até a Temu, aplicativo associado à Pinduoduo.

Na liderança de Bob Kang, diretor de e-commerce da ByteDance, o Tiktok se utilizará, principalmente, do alcance com o público para vender. Com visualizações em escalada, os produtos serão promovidos no Trendy Beat, gozando também de tratamento preferencial frente outros vendedores que atuam na plataforma.

Em 2022, a ByteDance obteve US$ 85 bilhões em vendas globais, sendo a maior parcela dessa receita de operações comerciais na China.

Diferenças do TikTok Shop

Se a empresa já aplica estratégias relacionadas ao e-commerce com o TikTok Shop, qual a novidade com o Trendy Beat? A diferença, na prática, está relacionada ao ganho por trás das vendas realizadas.

Atualmente, em produtos comercializados por meio da primeira ferramenta, o TikTok lucra com pequenas comissões. Isso porque os itens são frutos de vendedores terceirizados. No caso da resolução mais recente, no entanto, espera-se que a ByteDance, holding do aplicativo, fique com todos os resultados do comércio online.

A explicação para isso também está em como o Trendy Beat funciona nos bastidores. Ao contrário do outro modelo, entende-se que a origem dos produtos, neste caso, será a China. Já a venda terá mediação de uma empresa do Cingapura pertencente a ByteDance.

Com o nome de Seitu, a introdução da subsidiária ao ecossistema da Trendy Beat corta o trabalho de terceiros e estabelece, assim, um e-commerce próprio que terá o TikTok como principal combustível.

https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/tiktok-no-e-commerce-investimentos

A chinesa Temu, pesadelo da Shein, virá ao Brasil

A Temu, um e-commerce do grupo chinês Pinduoduo que vale mais de US$ 100 bilhões na Nasdaq, já vende mais que a Shein nos EUA. E vai atuar no Brasil até o fim deste ano.

Nos últimos anos, a chinesa Shein se transformou na principal dor de cabeça dos varejistas brasileiros com a venda de peças de roupas baratas e com práticas comerciais consideradas pouco usuais.

Agora, o maior pesadelo da Shein no mundo está prestes a começar a operar no Brasil, segundo duas fontes com as quais o NeoFeed conversou.

Trata-se da Temu, um aplicativo de e-commerce que vende de roupas a utensílios domésticos a preços ultrabaixos e que foi lançado em setembro do ano passado pelo grupo chinês Pinduoduo (PDD Holdings). A empresa tem capital aberto na Nasdaq, vale mais de US$ 100 bilhões e conta com aproximadamente 900 milhões de usuários na China.

Em pouco tempo, a Temu se tornou o aplicativo de e-commerce mais baixado dos Estados Unidos, à frente da Shein. Em maio, de acordo com a Bloomberg Second Measure, que analisa bilhões de transações com cartões de crédito e débito, a plataforma vendeu 20% mais do que a Shein no mercado americano.

No Brasil, a Temu está seguindo um roteiro que é o playbook das companhias chinesas que têm planos de operar no País. No começo do ano, uma delegação de chineses veio visitar o Brasil.

Na sequência, um grupo de chineses se mudou para o País para começar a estruturar a operação. Até o fim do ano, a Temu deve começar a vender no Brasil, em uma operação cross-border clássica de muitas empresas chinesas.

Uma forma de atuar para ganhar projeção rápida é se associar com influenciadores digitais para que possam divulgar a marca e vender produtos diretamente, ganhando comissão pelas negócios gerados.

Isso tem sido feito nos Estados Unidos, Canadá e México, países das Américas onde a Temu ganhou projeção nos últimos meses. De acordo com o que apurou o NeoFeed, essa estratégia será replicada no mercado brasileiro.

O “recrutamento” de influenciadores é uma forma de atrair atenção ao aplicativo, que é o principal canal de vendas da Temu. Por isso, é importante estar à frente da Shein nas lojas de apps.

Não é só nos Estados Unidos que a Temu tem provocado calafrios na Shein. A consultoria americana Marketplace Pulse fez um levantamento mundial sobre downloads de aplicativos de e-commerce ao redor do mundo.

E os dados impressionam. A Shein e a Temu são os aplicativos mais baixados em 25 das 50 maiores economias do mundo. A Temu já está à frente da Shein em 12 desses mercados. Além dos EUA, o app da Temu lidera na Alemanha, no Reino Unido, na França, na Itália, no Canadá, na Austrália, na Espanha, na Holanda, na Suíça, na Áustria e na Nova Zelândia.

“Downloads não são receita, mas downloads indicam ambição”, escreveu Juozas Kaziukėnas, fundador do Marketplace Pulse, ao comentar esses dados.

Marketplace à la Amazon

Ao contrário da Shein, que tem sua própria marca e usa uma rede de fornecedores para produzi-las, a Temu é um marketplace ao estilo da Amazon. Seu modelo inclui comercializar direto da fábrica a preços muito baixos. Essa estratégia será usada no Brasil, importando diretamente mercadorias da China.

Outra diferença da Shein é que a Temu não é focada exclusivamente em roupas. A lista de categorias nas quais atua é bastante vasta, o que a faz ser mais parecida, em seu modelo de negócio, com Amazon e Shopee. A Temu vende roupas, produtos de beleza, calçados, joias, eletrônicos, produtos de jardinagens e para a casa, celulares… É uma infinidade de produtos.

No Brasil, a Shein anunciou um plano de investimento de R$ 750 milhões para criar uma rede de milhares de fabricantes no setor têxtil. A companhia também prometeu aumentar seu marketplace, incluindo fornecedores locais.

Uma parceria com a Coteminas, empresa comandada por Josué Gomes da Silva, que é também presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), vai ajudar a Shein a atrair fabricantes do setor têxtil.

Polêmicas da Temu

Mas assim como a Shein, a Temu já coleciona polêmicas. Em especial nos Estados Unidos, onde a tensão Washington e Pequim traz pressão para os negócios chineses.

Mas quem está reclamando das práticas comerciais é a própria Shein, que foi a Justiça contra a Temu, acusando-a de contratar influenciadores para fazer “declarações falsas e enganosas” contra a Shein em suas promoções. A Temu pediu ao tribunal que rejeite o processo, aberto em dezembro do ano passado.

A Pinduoduo, dona da Temu, também se envolveu com um entrevero com o Google, que tirou o aplicativo da loja de apps, sob a acusação de que ele baixava um “malware” – a empresa nega o incidente.

A Temu foi fundada, em 2015 por Colin Huang, um empresário cuja fortuna é avaliada em quase US$ 30 bilhões pela Bloomberg. Sua sede é em Xangai. Mas a companhia abriu o capital na Nasdaq em 2018, quando captou US$ 1,6 bilhão. A estratégia foi apostar em um modelo de compras coletivas – já testado aqui no Brasil e que nunca avançou.

No primeiro trimestre deste ano, a receita da Pinduoduo atingiu US$ 5,48 bilhões, uma expansão de 58% por conta da recuperação do e-commerce na China. O lucro passou de US$ 410 milhões para US$ 1,17 bilhão.

A Temu, de acordo com os dados, ainda tem uma baixa contribuição para a receita da Pinduoduo. “Para a Temu, nosso foco é sempre como entender melhor as necessidades do consumidor. As métricas financeiras serão um resultado natural de nossa criação de valor”, disse Jun Liu, vice-presidente de finanças da PDD Holdings, durante a teleconferência de resultados.

O fato é que, com pouco menos de um ano de vida, a Temu está se tornando o pior pesadelo da Shein no mundo. E pode virar mais uma dor de cabeça para as redes varejistas brasileiras.

‘https://neofeed.com.br/negocios/exclusivo-a-chinesa-temu-pesadelo-da-shein-vira-ao-brasil/’

Além dos estados: Governo federal prepara medida para garantir pagamento de impostos por varejistas internacionais

Estados definem alíquota de 17% de ICMS para compras de importados on-line.

O Ministério da Fazenda ainda trabalha no chamado “plano de conformidade” para fazer com que empresas de e-commerce, especialmente os estrangeiros, paguem os tributos devidos e respeitem a legislação brasileira. Esse imposto é de 60% e, na visão da Receita Federal, não está sendo pago por parte das empresas.

Nesta semana, o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) decidiu, por unanimidade, adotar uma alíquota de 17% de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as compras feitas em plataformas online de varejistas internacionais.
No campo federal, uma primeira versão do plano, com uma lista de ações, foi encaminhado para as empresas em meados do mês passado. As empresas, então, apresentaram sugestões e dados sobre o plano. A adesão será voluntária, mas o governo está confiante de que irá conseguir colher assinaturas das principais empresas do ramo.

Diálogo com os Correios
A expectativa interna no Ministério da Fazenda é que a medida seja concluída e assinada depois do feriado de Corpus Christi, que ocorre na semana que vem.

A pasta ainda acerta com os Correios os últimos detalhes do conjunto de ações. A conversa com os Correios é necessária porque a empresa pública é que faz a entrada das mercadorias no Brasil.

Lista de medidas
A plataforma de e-commerce que assinar o plano também terá que preencher antecipadamente a declaração de remessa de um produto de fora vendido no Brasil e recolher o tributo devido. Assim, a empresa pagará o imposto ainda no exterior, não apenas quando a mercadoria chegar ao Brasil.

A intenção do governo é que as empresas paguem o tributo, o imposto de importação, por meio de uma ferramenta online específica. Essa ferramenta está praticamente pronta e é de fácil execução, de acordo com integrantes da fazenda.
Assim, o pagamento seria feito ainda no território de origem do produto e pago diretamente pela empresa. Assim, a mercadoria chegaria no Brasil já com os tributos pagos e inclusive com mais facilidade para desembaraço aduaneiro.

Gestão de risco
Com esse dado em mãos, a Receita fará a gestão de risco enquanto o avião com as encomendas estiver a caminho do país. A ideia é que, antes de a mercadoria chegar, seja informado se o produto vai para o canal verde (onde é liberado e vai direto pra casa do adquirente) ou vermelho (onde é fiscalizado pela Receita).
Atualmente, todas as remessas vão para um local de triagem, a maior parte delas em Curitiba. Com a nova sistemática, boa parte dos pacotes poderá ir direto para a casa do consumidor. Sem a necessidade de o produto passar por um entreposto de fiscalização, ele chegará muito mais rápido na casa do consumidor.
Polêmica
A ideia surgiu depois da polêmica criada pela intenção do governo de acabar com a isenção de US$ 50 nas remessas de importados de pessoa física para pessoa física — forma pela qual a Receita Federal acredita que as plataformas de comércio eletrônico estrangeiras “burlam” o pagamento dos impostos. O presidente Lula mandou suspender a ideia depois da má repercussão.
Integrantes da Fazenda ressaltam agora que não haverá aumento e nem criação de tributos, porque o imposto já existe. Trata-se de um esforço para que os impostos de importação devidos sejam efetivamente pagos. O imposto de importação de produtos como esse é de 60%.
A equipe do ministro Fernando Haddad e ele pessoalmente conversaram com representantes das empresas asiáticas Shein, AliExpress e Shopee nas últimas semanas para que elas façam a adesão ao plano de conformidade.
Embora o governo tenha evitado citar o nome das empresas, são elas os principais alvos das medidas. Mas a Fazenda também manteve conversas e vai enviar o plano para outras companhias do ramo, como americana Amazon e Mercado Livre.
O governo tem dito que as empresas se comprometeram a não repassar o pagamento dos impostos para os consumidores.

E-commerce impulsiona empresas para atender ao próprio setor

O comércio eletrônico brasileiro alcançou a receita de R$ 262,7 bilhões em 2022; Thiago Camargo, CEO da Shipack, explica quais são os principais produtos demandados pelo setor.

O comércio eletrônico brasileiro alcançou a receita recorde de R$ 262,7 bilhões em 2022, um crescimento de 1,6% em comparação ao ano precedente, conforme indicativos da NielsenIQEbit. Segundo o estudo, o número de pessoas que consomem por meio do e-commerce no país avançou 24% em 2022, em relação a 2021.
Para os próximos anos, as perspectivas também são positivas. A modalidade deve crescer 55,3% até 2025, segundo uma projeção do relatório Global Payments Report, divulgado pela Worldpay from FIS, No Brasil, as vendas on-line devem aumentar 95% nos próximos dois anos.

Thiago Camargo, CEO da Shipack, empresa do setor de embalagens, chama a atenção para o fato de que a expansão do e-commerce impactou na criação de serviços e produtos específicos para atender aos empreendimentos que atuam na área.

“A crescente demanda do comércio eletrônico abriu espaço para que as empresas de tecnologia, logística, ERPs, emissores de nota fiscal, e tudo aquilo que rodeia esse universo, pudessem criar soluções para ajudar os vendedores de e-commerce”, afirma.

Camargo explica que, com o crescimento do comércio on-line, tornou-se evidente a necessidade dos lojistas em adquirir embalagens e insumos de qualidade voltados para a área.
“Nós, como lojistas do e-commerce, sentimos a dor desse setor com a falta de embalagens adequadas e, principalmente, a alta demora de envio dos insumos após a compra – o que atrasa o envio das vendas realizadas nas plataformas virtuais, acarretando o descontentamento dos clientes”, acrescenta.
Sendo assim, prossegue Camargo, a expansão do e-commerce fez com que os vendedores on-line precisassem de rapidez e agilidade no envio de suas compras de insumos, e que pudessem confiar na qualidade da embalagem ou produto para que não o deixassem na mão no momento da crescente de vendas.
“Dessa forma, a criação dos insumos pela Shipack para as vendas digitais se deu, de modo específico, devido à ‘dor’ dos lojistas frente à crescente demanda da modalidade e a necessidade de uma marca voltada 100% para essa demanda”, acrescenta.

O CEO da Shipack explica que diversas soluções podem ser empregadas nas empresas que atuam com e-commerce, como etiquetas térmicas para a impressão dos dados de envios, notas fiscais e envelopes de segurança para percorrer grandes distâncias para o envio em todas as regiões possíveis.

“Além disso, o mercado já oferece outros produtos para o comércio eletrônico, como fitas autocolantes, caixas de papelão dos tamanhos mais utilizados no mercado, e acessórios aplicados à expedição, como tesoura, estiletes e passa fita, entre outros necessários para uma loja do segmento que precisa enviar os produtos para os clientes”, conta Camargo.

Plano de tributação para compras internacionais será finalizado nos próximos dias, diz Ministro

Objetivo é que varejistas estrangeiras como Shein e Shoppe passem a arrecadar impostos no Brasil.

Técnicos do Ministério da Fazenda estão finalizando um plano para estabelecer os parâmetros para a atuação de gigantes do varejo online no Brasil, como AliExpress, Shein e Shopee, disse nesta segunda-feira (29) o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Haddad disse que a proposta de regulamentação está quase pronta, mas não revelou qual será a alíquota sobre as varejistas. “Não diria nesta semana, mas nos próximos dias. Está nos ‘finalmentes’. (A alíquota) ainda não está decidida”, afirmou.

Entre as medidas a serem estabelecidas, está a tributação e regulamentação conforme as normas brasileiras de operação no comércio de produtos. Não deverá ser criado um novo imposto, já que a tributação de 60% sobre as remessas internacionais já está em vigor e é normativa da Receita Federal.

O estabelecimento de um plano de conformidade para a atuação das empresas – estabelecidas, em especial, na Ásia – vai ocorrer após o debate firmado em torno da proposta de acabar com o benefício de isenção de impostos para remessas internacionais no valor de até US$ 50.

O benefício é destinado a envios de pessoa física para pessoa física, mas o mecanismo vinha sendo utilizado para burlar a Receita Federal, estimam integrantes da equipe econômica.

Diante da pressão de consumidores, a equipe econômica do governo federal retrocedeu e manteve a regra de isenção para pacote de até US$ 50. Quando o recuo foi anunciado, o ministro da Fazenda disse que a regulamentação se daria já a partir da venda.

Ou seja, as empresas terão de preencher antecipadamente a declaração de venda dos produtos a consumidores do Brasil para fins de recolhimento do tributo.

SHOPEE: gigante do e-commerce terá centro de distribuição no Pará

Com essa nova instalação, empresa alcança a marca de nove centros de distribuição espalhados pelo Brasil.
A Shopee, plataforma de marketplace, está expandindo sua presença no Brasil e vai abrir seu primeiro centro de distribuição no Norte do país, mais especificamente na cidade de Ananindeua, que faz parte da Região Metropolitana de Belém. O empreendimento é de propriedade do empresário Fred Bitar.

Com essa nova instalação, a Shopee alcança a marca de nove centros de distribuição espalhados pelo Brasil. Além de Ananindeua, outros centros da Shopee já estão localizados em Barueri (SP), São João do Meriti (RJ), Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP), Contagem (MG), Santana do Parnaíba (SP), Recife (PE) e Salvador (BA).

Essa expansão para o Norte do Brasil mostra o crescimento e o interesse da empresa em atingir novos mercados e fornecer seus serviços de marketplace em diferentes regiões do país. É uma boa notícia para os consumidores e vendedores da região, pois eles terão acesso a uma plataforma de comércio eletrônico popular e com mais opções de entrega e distribuição de produtos.

O Pará já recebeu instalações de centros de distribuição de grandes empresas do Brasil, Mercado Livre, a FedEx e o Magazine Luiza (Magalu) são algumas das empresas que têm expandido suas operações na região. Essas empresas buscam estabelecer centros de distribuição estrategicamente localizados para facilitar a entrega de produtos aos clientes na região Norte do Brasil. A crescente demanda por compras online e a necessidade de uma logística eficiente têm impulsionado essas expansões.

Veja algumas empresas brasileiras possuem centro de distribuição no Pará

Magazine Luiza (Magalu)

A empresa inaugurou um centro de distribuição sustentável, em Benevides, na região Metropolitana de Belém. O local dobrou a capacidade de armazenamento da loja no estado. A instalação conta com sistema de reuso de água, placas solares, jardim filtrante para tratamento de esgoto e opera com energia 100% renovável.

LOG

O centro de distribuição da empresa está localizado em Benevides, na Região Metropolitana de Belém. O empreendimento conta com estacionamento, pátio de manobras, prédio de apoio, restaurante e vestiários.

FedEx

A FedEx Express, maior empresa de transporte expresso do mundo, abriu um novo centro de distribuição em Belém. Construído para unir duas operações da companhia na cidade, a nova unidade conta com expansão de área de aproximadamente 3.500 m², comparada aos centros anteriores, totalizando 8.500 m². A unidade também oferece tecnologia de ponta para atender aos clientes do Pará e demais estados do País.