E-commerce ganha preferência para compras de Natal

Foco em Presentes

Um levantamento feito pelo Mercado Ads, unidade de negócios de publicidade do Mercado Livre, apontou que 90% dos consumidores farão alguma compra online para presentear em dezembro.

Do total, 56% afirmaram que vão comprar presentes para amigos e familiares, 54% comprarão produtos de uso pessoal que farão parte das festas de fim de ano e férias de verão, 51% terão como foco alimentos e bebidas para as festas de dezembro e 45% farão compras para casa com a intenção de receber amigos e familiares para as festividades.

Nuvemshop e Meta anunciam iniciativa para impulsionar vendas no e-commerce com whatsapp

A Nuvemshop, plataforma de e-commerce líder na América Latina com mais 100 mil lojas ativas, e a Meta anunciam uma iniciativa para oferecer aos empreendedores uma solução de vendas online completa para seus clientes, aliando o WhatsApp ao e-commerce. A estratégia passa pela integração da Nuvemshop a diversos recursos para negócios da Meta, o que permite que os lojistas façam o setup nos produtos da Meta de forma simples e otimizada, sincronizem sua presença no Facebook, Instagram e WhatsApp, e criem anúncios, tudo diretamente na plataforma.

As empresas, que já são parceiras há três anos, têm como objetivo incentivar a adoção do comércio conversacional entre os negócios que fazem parte da plataforma Nuvemshop, incluindo pequenas, médias e até grandes empresas. O formato conversacional promove atendimento automatizado e rápido em conversas pelo aplicativo de mensagens, otimizando o relacionamento com clientes e proporcionando maior conversão de vendas no site. De acordo com uma pesquisa da Kantar realizada em abril de 2022, 77% dos brasileiros preferem se comunicar com as empresas por meio de mensagens. A Nuvemshop conta com o apoio da empresa de atendimento digital Robbu para integração e automatização da estratégia de vendas.

A iniciativa busca aumentar a conversão de vendas dos e-commerces, sendo possível recuperar carrinhos abandonados e pedidos reprovados com uma estratégia de interação com os consumidores em tempo real na Plataforma WhatsApp Business. Ela inclui um conjunto de mensagens automatizadas pensadas exclusivamente para a loja e a jornada do consumidor neste segmento. As primeiras mensagens podem, depois, se tornar uma conversa com o atendente da loja e ser implementadas em todas as etapas da jornada do cliente. Além disso, é possível criar jornadas direcionadas para a conversão via WhatsApp, através dos recursos de anúncios da Meta. Com a integração Meta Ads Plugin diretamente no painel da plataforma Nuvemshop, o lojista poderá facilmente criar anúncios que clicam para o WhatsApp. O Click-to-WhatsApp é um formato de anúncio que já atende 40% dos anunciantes da Meta globalmente e permite às empresas aproveitarem os feeds populares do Instagram e Facebook para iniciar conversas no WhatsApp.

“A Nuvemshop está ao lado dos melhores parceiros do mercado, como Meta e Robbu, para integrar a geração de demanda através de anúncios e conversas no WhatsApp à loja virtual. A parceria possibilitará não apenas uma maior conversão de vendas, mas também melhor atendimento, pós-venda e fidelização de clientes em um contexto em que os consumidores estão hiperconectados. Assim, incentivamos o empreendedor a dar um novo significado aos canais de mensagens, que têm grande potencial quando usados de forma aliada ao e-commerce”, comenta Luiz Figueira, Diretor Geral de Desenvolvimento de Plataforma e Ecossistema LATAM da Nuvemshop.

Além de melhorar a conversão de vendas, a estratégia apoia pequenos, médios e grandes empreendedores na geração de maior satisfação e fidelização dos clientes. Com o comércio conversacional, o lojista consegue dar suporte rápido para dúvidas do cliente e criar uma experiência de compra personalizada, evitando desistências de compras.

De acordo com estudo desenvolvido pela empresa de pesquisas Opinion Box, o WhatsApp está instalado em 99,2% dos smartphones do Brasil, 88% dos usuários abrem o aplicativo todos os dias, e, ainda, 80% deles utilizam o serviço para se comunicar com as marcas. Já segundo dados divulgados pelo departamento de pesquisa do consumidor da Meta (Facebook IQ), 61% dos consumidores consideram o envio de mensagens como a forma mais simples de entrar em contato com uma marca. Ainda de acordo com a mesma pesquisa, 34% dos consumidores começam sua jornada de compra online via mensagens.

“Estamos orgulhosos em fortalecer nossa parceria com a Meta, que já faz parte dos nossos mais de mil parceiros do ecossistema de e-commerce, incluindo integrações com redes sociais como Facebook e Instagram. Nosso maior objetivo é apoiar nossos clientes a conquistar melhores resultados em vendas, extraindo o máximo de valor do ecossistema de e-commerce. Pensando nisso, promovemos um evento de Conversational Commerce no escritório da Meta, exclusivo para clientes Nuvemshop Next, nossa solução de e-commerce focada em lojistas que faturam acima de 100 mil reais mensais. O evento teve a finalidade de compartilhar conhecimento sobre a tecnologia com os empreendedores, com palestras com os melhores especialistas do mercado, para eles estarem aptos a aplicarem a estratégia em seus negócios”, ressalta Figueira.

‘Social selling’ e ‘conversation commerce’ entram em cena

Comércio on-line deve reforçar ações de integração e socialização com o cliente.

Um faturamento estimado de R$ 169,5 bilhões é o que projeta a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcoom) para o e-commerce brasileiro este ano. Em 2021, as vendas alcançaram R$ 150,8 bilhões. O volume de consumidores eletrônicos também deve saltar de 78,9 milhões para 83,7 milhões no mesmo período. Com números atraentes e desempenho acima da média dos países da América Latina, de acordo com o relatório Latim America 2022, da britânica Retail X, fica a pergunta: como será o comércio on-line num futuro próximo?

Para Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail, é difícil traçar tendências a longo prazo para um segmento tão dinâmico como o comércio eletrônico e o mundo digital. “Após o avanço brutal na pandemia, atravessamos um momento de busca de equilíbrio entre expansão e vendas com qualidade”, afirma o consultor. “Diante disso, assistiremos a uma desaceleração na curva de crescimento do e-commerce, o que não significa retrocesso”. Num futuro próximo, segundo Serrentino, veremos as empresas olharem cada vez mais para dentro a fim de extrair mais valor da recorrência, apostando na intensidade de relacionamento com a base de clientes conquistada. “Isso implica em investimento em cadastros, dados, CRM, ativação de clientes, que custa mais barato do que conquistar novos consumidores”, afirma.

A opinião é compartilhada por Bruno Cury, COO da Corebiz, especializada em soluções digitais para comércio eletrônico. “Estudos apontam que o custo de captação de novos clientes chega a ser cinco vezes maior do que trabalhar a base”, declara. Segundo Cury, o sucesso do e-commerce do futuro passará pela maximização do Lifetime Value (LTV) – quanto em média os clientes investem nos produtos ou serviços durante o período que se relacionam com a empresa. “Com base nesses dados, é possível criar mais pontos de contato com os consumidores da base”, diz Cury.

Para Eduardo Souza, CMO da Evino, maior e-commerce de vinho da América Latina, o uso de dados é algo que cada vez mais diferenciará o varejo on-line, agregando valor a curto, médio e longo prazo. “Quem conseguir captar e trabalhar dados tanto de compras geradas quanto de navegação abandonada terá um diálogo relevante com seus clientes”, diz. “Paralelamente é preciso conectar a agenda social com o e-commerce, uma vez que o social commerce é uma tendência que se mistura com canais cada vez mais integrados”.

Serrentino observa, também, o avanço do amadurecimento na agenda de integração de canais, com a colocação efetiva do cliente no centro da operação e o uso cada vez maior do “conversation commerce”- interações em tempo real entre marcas e clientes – como parte da jornada e da ponte entre o varejo físico e digital, aumentando a possibilidade de criar personalização em escala. “É impressionante o que isso avançou, assim como o “social selling”, que cada vez mais embarca conteúdo, entretenimento e mídia”, diz o consultor. Segundo Serrentino, o uso de vídeo se expandirá de múltiplas formas na esteira da implantação do 5G.

Umas das primeiras marcas a investir em live commerce no país, a Evino transformou a plataforma em canal para entrar ao vivo nas redes sociais a fim de oferecer atendimento, conteúdo e promoções. “O tráfego na loja ao vivo é menor que no site, mas a conversão em compras chega a ser o dobro. A venda assistida ajuda a potencializar a conversão”, diz Souza. Recentemente, a Evino criou uma nova modalidade de loja ao vivo, onde o cliente pode marcar um horário com o sommelier e receber assessoria personalizada. “Caminhamos para agregar mais experiência em jornadas específicas do consumidor e não para gerar um grande volume de vendas na plataforma ao vivo”, diz o executivo.

Quando em 2013 a Bibi Calçados criou um canal de e-commerce para a rede de lojas, quase nada se falava de omnicanalidade. “Fomos estudar o que chamavam de novo varejo e em 2019 passamos a fazer a integração mais fortemente”, diz Camila Kohlrausch, diretora de marca e varejo. “Desde então o canal cresceu 173% e hoje responde por 9% do faturamento da rede, que este ano alcançará R$ 184 milhões. Do percentual de vendas on-line, 33% já são entregues a partir da loja física mais próxima”. Para ela, o maior desafio é conseguir capturar e usar os dados com velocidade, transformando as informações em ações relevantes para o consumidor, entregando uma experiência de compra fluida, que faça sentido para o cliente e aumente seu engajamento com a marca.

Rodrigo Bandeira, vice-presidente da ABCoom, observa, entretanto, que alguns desafios ainda pontuam o avanço do e-commerce no país, entre eles o alto índice de informalidade da mão de obra e a própria legislação. “Assistiremos a uma fusão cada vez maior do mundo físico e do digital, porém, para que isso decole a legislação, sobretudo o que está relacionado a questões fiscais, precisa acompanhar o movimento”, afirma.

E-commerce brasileiro prevê vendas de R$ 17,32 bilhões no Natal

Pesquisa da ABComm também revela aumento no ticket médio de compras e no número de pedidos.

E-commerce brasileiro prevê vendas de R$ 17,32 bilhões no Natal
As vendas do e-commerce brasileiro devem atingir R$ 17,32 bilhões no Natal deste ano. Se confirmado, o valor vai representar um aumento de 3,82% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram registrados R$ 16,6 bilhões em vendas. Os dados são da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

Segundo o levantamento, o ticket médio também deve subir neste ano, para R$ 450. No ano passado, a média do valor de compras foi de R$ 445. O número de pedidos deve chegar a 38,5 milhões, também maior que os 37,5 milhões registrados no Natal de 2021.

“Em um Natal que consolida a retomada econômica pós-pandemia, a intenção de consumo das famílias aumentou e a confiança do empresário também registrou altas seguidas este ano. A data é uma das mais importantes do varejo internacional e, aliada às perspectivas positivas para o Brasil no ano que vem, devemos contar com um Natal bem aquecido”, avalia Mauricio Salvador, presidente da ABComm.

O aumento previsto tem gerado otimismo entre consumidores e lojistas e vem aquecendo o mercado do e-commerce já no terceiro trimestre de 2022. No período, o segmento de vendas do e-commerce chegou aos R$ 43 bilhões de faturamento, com 94 milhões de pedidos registrados.

Metade vai presentear
Outra pesquisa comprova que os brasileiros estão otimistas e pretendem gastar mais com as compras de Natal neste ano. Segundo pesquisa de intenção de compras encomendada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) à PiniOn, 51,1% vão presentear na data e 43,8% disseram que vão gastar mais neste ano: 40,4% vão comprar presentes entre R$ 150 e R$ 450 e 26,5% manifestaram que devem desembolsar de R$ 300 a 600.

“Houve expressivo aumento dos que manifestaram intenção de compra e importante redução da porcentagem de entrevistados que não vão comprar neste Natal, se comparado com o ano passado”, afirma Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP.

Realizada com 1.704 pessoas de todas as regiões do Brasil, a pesquisa aponta que 31,9% não têm intenção de dar presentes e outros 17% estão indecisos, mesmo patamar do ano passado.

Varejistas brasileiras desbancam a Shopee na Black Friday

A maior empresa de comércio eletrônico com sede em Singapura, deixa de ser o site mais acessado pelos consumidores.

Shopee sofre queda de vendas na Black Friday.
Após registrar prejuízos milionários, Shopee, a maior empresa de comércio eletrônico do Sudeste Asiático, sofre revés para varejistas brasileiras e amarga a 9° posição na Black Friday.
Após registrar prejuízos milionários, a Shopee amargou no ranking de vendas na Black Friday, a maior empresa de comércio eletrônico com sede em Singapura, é desbancada por empresas varejistas brasileiras, sofrendo um baita revés curioso.

Segundo os dados da Cortex, uma empresa com referência em inteligência de dados para marketing e vendas, a Shopee deixou o posto de site mais acessado pelos consumidores durante o evento realizado em 2021 e amargou a 9° posição no período entre os dias 21 e 27 de novembro de 2022.

Neste ano, a Americanas desbancou a Shoppe e liderou o ranking, subindo do 15° lugar para a primeira colocação.

A gigante Amazon ocupou o segundo lugar e a Apple ficou em terceiro, seguida por Casas Bahia, Magazine Luiza e Mercado Livre, nessa ordem.

Shopee oferece dezenas de vagas de emprego para trabalhar em São Paulo
Desde 2019, a Shopee atua no Brasil com o objetivo de construir bases sólidas no país, contribuindo para a aceleração da economia local. Atualmente, existem dezenas de vagas de emprego abertas em São Paulo para diversos níveis de escolaridade, com oportunidades em todos os ramos de atuação da empresa no país, desde tecnologia (produtos) a profissionais de relacionamento, operações, logística e gestão, o que fortalece diferentes áreas da economia local. Cadastre o seu currículo!

Brasileiros gastam o dobro na Black Friday 2022
As vendas globais da Black Friday mais uma vez superaram o ano anterior. De acordo com a Admitad, empresa de TI que detém um dos maiores ecossistemas do mundo de tecnologia para performance, o volume de pedidos realizados pelos brasileiros aumentou em 59% em relação ao último ano.

Além disso, o valor da carrinho (preço médio) teve aumento de 109% durante a semana de promoções em comparação com o período normal. Mais uma vez, as três categorias com maior volume de vendas foram vestuário, artigos para a casa e decoração e eletrônicos. Já a tradicional queridinha categoria de eletrônicos caiu significativamente neste ano.

Primeiros resultados da Black Friday 2022 indicam uma sexta-feira ‘morna’ no varejo nacional

Resultdos da Black Friday 2022 – Enquanto as vendas de TV continuam sendo um “clássico das Copas” no varejo. Fator que ganhou um “empurrãozinho” a mais neste ano, com as tradicionais promoções de novembro, em razão da Black Friday, colaborando para um crescimento de 51% nas vendas do item (em unidade) durante o mês passado; o mesmo não se pode dizer do comércio de “móveis, eletrodomésticos e outros itens de departamento” de uma forma geral.

No que indicam os primeiros resultados da Black Friday 2022, a categoria foi a que apresentou a maior retração no faturamento durante a ocasião, com queda de 3,6% frente ao ano anterior, segundo levantamento da Cielo.

A queda das vendas de móveis e eletros na data podem ser tanto justificadas do ponto de vista da antecipação das compras, sobretudo de televisores, durante a primeira metade do mês de novembro, como acredita o superintendente de dados e inovação da Cielo, Vitor Levi; quanto, como sabemos, pela desaceleração na procura por mobiliário neste ano, com o comércio varejista de móveis acumulando queda 9,9% de janeiro até agosto, e de -14,3% no acumulado em 12 meses, também até agosto, último levantamento realizado pelo IEMI – Inteligência de Mercado.

Importante ressaltar, aqui, o impacto da inflação na ponta do setor. Se a carga inflacionária vem pesando no consumidor brasileiro de uma forma geral, no setor de móveis este peso é ainda maior, com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumulando um aumento superior a 14% sobre os níveis de preços do mobiliário nacional em 2022.

Alta inflacionária que vem comprometendo não só os preços, mas o acesso ao crédito e às taxas de juros, cada vez mais altas e inacessíveis para o consumidor brasileiro, em especial no grande varejo. Embora a Black Friday 2021 também não tenha alavancado as vendas de móveis em novembro do ano passado.

Com uma sexta-feira considerada “morna” pelos especialistas, o maior acerto por parte dos lojistas na Black Friday 2022, contudo, parece mesmo ter sido a antecipação das promoções ao longo de todo o mês de novembro. Especialmente considerando o início da Copa do Mundo de Futebol. Ou seja, poderia ser pior.

De acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), as vendas do varejo brasileiro de uma forma geral durante a data cresceram 6,9% em faturamento comparando-se aos resultados de 2021. Segundo o mesmo levantamento,o comércio eletrônico registrou alta de 21,1% enquanto o faturamento no universo físico subiu 5,4%.

Resultado superior ao do ano passado, portanto, quando o comércio nacional, sobretudo o físico, começava finalmente a se “livrar” dos impactos mais singulares causados pela pandemia no segmento; mas ainda 2,8% inferior aos da Black Friday de 2019, ano pré-Black Friday Promoções,Coronavírus.

Itens de menor valor agregado e de consumo imediato foram os destaques da edição deste ano. O segmento que mais se destacou em 2022 foi “drogarias e farmácias”, com crescimento de 25,9% nas vendas. Seguido de “turismo e transporte (+25,1%); “cosméticos e higiene pessoal (+22,2%); “alimentação – bares e restaurantes (+18,6); “vestuário (+11,8%); “supermercados e hipermercados (11,7%)”, “varejo alimentício especializado” (+10,3%); “livrarias, papelarias e afins” (9,4%); “veterinárias e pet-shops” (+6,7); “óticas e joalherias” (+4,6%); e “materiais para construção” (4,3%).

E-commerce na Black Friday 2022

Resultados da Black Friday 2022 no comércio eletrônico – Relatório da NielsenIQ | Ebit, em parceria com a Bex Pay, divulgado no sábado (26) — dia imediatamente seguinte à Black Friday —, demonstra cenário um tanto diferente no e-commerce. De acordo com as insitutições, houve uma queda de 23% no faturamento bruto do e-commerce brasileiro neste ano em relação a 2021.

Outros relatórios, como da Neotrust junto a ClearSale, falam num declínio ainda maior: superior a 34,1% na mesma comparação.

Já o faturamento bruto do e-commerce brasileiro na chamada Cyber Monday, segunda-feira pós Black Friday, recuou 12% na comparação com o mesmo período de 2021, dessa vez segundo o relatório da Nielsen da Bex Pay divulgado na terça-feira (29).

Considerando todo o mês de novembro, contudo, e, como já citamos, a antecipação das promoções ao longo de todo mês, esse recuo se mostra muito mais estável: na casa dos 6% (até o último levantamento).

Na busca por compreender tal variação, no entanto, Marcelo Osanai, head de e-commerce da NielsenIQ, relembra que neste ano o comércio físico encontra-se muito mais reajustado e menos influenciado em relação à pandemia do que no ano passado. O que justifica, em parte, o retorno dos investimentos dos consumidores brasileiros ao varejo offline.

“Foi um ano de mudanças no comportamento dos consumidores digitais. O e-commerce competiu de maneira mais decisiva com as lojas físicas, já que o isolamento promovido por conta da pandemia reduziu a quase zero e as pessoas voltaram a circular. O ambiente macroeconômico também está mais desafiador e isso impactou o bolso do brasileiro, assim como as vendas das lojas”, explicou, ressaltando que o e-commerce se mantém vivo e forte no País.

Uma citação importante de se considerar para além da Black Friday. Demonstrando mais do que a resiliência, inegável e — ainda acreditamos — inigualável, do varejo físico, a importância de se pensar no comércio e na sua loja como um espaço cada vez mais figital, integrando ofertas, ações e atendimento no mundo físico e no digital, para sair na frente e alcançar as melhores oportunidades em todas as esferas.

Estudo apresenta tendências e oportunidades para o e-commerce na América Latina

Um estudo produzido pela Latitud traz diversos insights sobre as tendências que o e-commerce passará, no curto e no longo prazo, na América Latina. Entre os tópicos, a empresa destaca a característica de população majoritariamente jovem (ou de hábitos jovens), com o uso cada vez maior dos smartphones para as compras online. Neste podcast, inclusive, executivos da Nuvei falam no Entre Amigos, do E-Commerce Brasil como a região é promissora no comércio eletrônico.

Na América Latina, o e-commerce já soma um mercado de cerca de US$ 100 bilhões. Entretanto, o levantamento mostra que esse valor deverá aumentar consideravelmente nos próximos anos. Na pandemia, por exemplo, a taxa de penetração do e-commerce foi acelerada em quase três anos na região. De 4,9% de crescimento em 2019, a evolução quase dobrou, para 9%, em 2020, e chegou a 10,8% em 2021. As projeções são de avanço para 11,7% em 2022 e 13,6% em 2025.

Espaço de sobra para o e-commerce crescer na América Latina
Por conta das barreiras sanitárias impostas pela pandemia, mais de 10 milhões de pessoas realizaram sua primeira compra no e-commerce. Ainda assim, o estudo mostra que ainda existe muito espaço para crescimento do e-commerce na região. A taxa de penetração de 10,8% em 2021, por exemplo, é quase a metade dos 20,8% dos Estados Unidos e 27,7% da China — o que demonstra ainda existir importante espaço para crescimento na região.

Vale reforçar que, na América Latina, o Brasil lidera o ranking com 128 milhões de compradores digitais no país. Na sequência, destaque para o México, com 60 milhões, e Argentina, com 25 milhões.

Tendências, oportunidades e desafios para o e-commerce
Outro ponto importante do estudo está em relação às principais tendências para o presente e o curto prazo no e-commerce da América Latina. Entre os principais, a empresa destacou:

*mobile-first;

*digitalização de pagamentos;

*aceleração do comércio eletrônico transfronteiriço;

*crescimento de produtos digitais;

*surgimento do comércio social e da lealdade como moeda.

Outro dado interessante do estudo: existe um uso cada vez mais acentuado de smartphones para todo tipo de tarefa, inclusive as compras cotidianas. Não por acaso, os aplicativos de compras estavam entre os aplicativos móveis mais baixados em 2021, com 59% dos downloads, contra 39% em 2018.

E-commerce na América Latina deve chegar a US$ 200 bi em 2025
Outra tendência para o comércio eletrônico nos próximos anos está no crescimento da aquisição de produtos e serviços digitais. Por consequência da pandemia houve um aumento significativo da compra de produtos digitais como streaming, e-books, videogames, e-learning e outros. Só a indústria de jogos cresceu mais de 30% em 2020. Além disso, o estudo afirma que produtores de bens digitais estão criando novos fluxos de receita, como por exemplo incorporando compras em jogos para receita recorrente.

O mercado de e-commerce na América Latina deve chegar a US$ 200 bilhões em 2025. Além disso, a pandemia levou ao investimento em novos modelos de negócio no e-commerce, como social commerce e agregadores que fornecem curadoria em seus marketplaces. Ambos os modelos se beneficiam de efeitos de rede, ou network effects. Existe ainda um interesse maior em provedores logísticos que levem o meio ambiente em consideração.

Desafios para o e-commerce na América Latina
Apesar das diversas tendências, o estudo ressalta que a América Latina é um mercado desafiador que exige planejamento inteligente e parceiros experientes. Entre os desafios a enfrentar, em termos de crescimento exponencial do e-commerce, estão:

*o ambiente regulatório diversificado e fluido;

*as implicações tributárias complexas;

*a combinação de preferências de pagamento do consumidor.

Uma outra ressalva do estudo é em relação à logística. Para os empreendedores do e-commerce, o documento adverte que “os operadores tradicionais de logística e entrega são caros e pouco confiáveis”. Isso porque os dados mostram que ainda há problemas com atrasos nas entregas, baixo índice de confiabilidade, atrasos alfandegários transfronteiriços e, por fim, corrupção. O estudo completo pode ser baixado neste link.

Faturamento da Cyber Monday cai 12%, aponta pesquisa

NielsenIQ avalia que compras foram diluídas por todo o mês de novembro devido à estratégia dos vendedores de disseminar ofertas e dos compradores, de monitorar preços.
O faturamento bruto do comércio online brasileiro caiu 12% na Cyber Monday (28), data em que as empresas costumam fazer uma ‘queima’ do estoque restante da Black Friday, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os dados são de uma pesquisa da NielsenIQ|Ebit, empresa de análise de vendas virtuais, em parceria com a Bex Pays. No acumulado de novembro até a última segunda-feira, o desempenho do faturamento ficou 6% abaixo do ano passado.

Se o balanço não foi tão animador, alguns setores mostraram altas. O grupo de Alimentos e bebidas registrou aumento de 20,4% nos pedidos, impulsionado pelo salto de 606,1% das bebidas não alcoólicas e 399,3% de cestas básicas.

O monitoramento da NielsenIQ|Ebit também mostra que as lojas digitais perderam 23% do faturamento bruto em relação a 2021 na Black Friday, sexta-feira destinada a promoções e descontos. As principais quedas vieram do grupo de Eletrônicos (26,7%) e Alimentos e bebidas (22,1%).

O head de e-commerce da NielsenIQ, Marcelo Osanai, avalia que as compras ficaram diluídas durante todo o mês de novembro, que ganhou mais importância do que as datas em si.

Segundo ele, o resultado foi provocado tanto pela estratégia das lojas em disseminar as oportunidades em vários dias quanto dos compradores, de atenção às promoções e variações de preços.

“Foi um ano de mudanças no comportamento dos shoppers. O e-commerce competiu de maneira mais decisiva com as lojas físicas, já que o isolamento promovido por conta da pandemia reduziu a quase zero e as pessoas voltaram a circular. O ambiente macroeconômico também está mais desafiador e isso impactou o bolso do brasileiro, assim como as vendas das lojas”, afirmou Osanai.

Esse movimento de antecipação das compras foi observado no chamado ‘esquenta’ da Black Friday. Nos sete dias anteriores à data, houve crescimento de 8% nas vendas do comércio online.

Já nos primeiros 25 dias de novembro, ou seja até a Black Friday, o segmento de Games teve aumento de 27,8% no faturamento bruto em comparação com o mesmo período do ano passado. Em seguida aparecem os grupos de Eletrônicos, com 9%, e Casa e decoração, com 9%.

No caso do segmento de Alimentos e Bebidas, houve alta de 13,8% nos pedidos, devido à mudança de hábitos dos brasileiros de comprar esse tipo de produto virtualmente, mas com queda de 3,3% no faturamento.

Varejo digital tem sua pior Black Friday, com vendas caindo 28%

A partir desta semana as estratégias comerciais se voltam para os próximos 20 dias, para tentar retomar crescimento e buscar melhores margens nas ações de Natal.

O varejo on-line teve a pior Black Friday da sua história neste ano, com recuo em número de pedidos e no valor gasto por compra. Houve queda de 28% nas vendas na sexta-feira sobre 2021, para R$ 3,1 bilhões, em cima de uma base fraca de comparação, já que o ano passado havia registrado o menor crescimento na data, até então.

A partir desta semana as estratégias comerciais se voltam para os próximos 20 dias, para tentar retomar crescimento e buscar melhores margens nas ações de Natal.
O recuo na sexta-feira, data principal do evento, equivale a R$ 1,2 bilhão a menos em vendas do que o ano anterior, segundo monitoramento fechado no sábado pela Confi Neotrust, empresa de dados com foco no digital, em parceria com a ClearSale, voltada para prevenção a riscos. Há o efeito da recente deterioração do poder de compra, mas também do baixo nível de confiança na economia em 2023.

Além do ambiente econômico difícil no ano, há o risco de um início de 2023 ainda com alto grau de incerteza política e sem melhora na renda no curto prazo, após a troca de governo, levando o consumidor a segurar os gastos, dizem especialistas. A NielsenIQ|Ebit apurou queda de 23% na sexta-feira.

Black Friday 2022: Volume de produtos movimentados já é 15% maior do que no ano passado

As 350 milhões de encomendas movimentadas representam 4,9 milhões pedidos, segundo levantamento da Senior Sistemas.

Muitos brasileiros não esperaram a sexta-feira que dá nome ao período de promoções Black Friday para ir às compras. Segundo um levantamento da Senior Sistemas, mais de 350 milhões de produtos já foram movimentados entre segunda e quarta-feira durante esta semana de descontos. Esse total representa um aumento de 15% em relação ao mesmo intervalo de 2021.

Presente na gestão logística das empresas, a companhia enxerga hoje a Black Friday como uma das datas mais importantes para os varejistas.