Mercado Pago estreia no mercado de benefícios corporativos com uma solução com custo zero e que otimiza a gestão

Com ampla aceitação, a solução concentra todos benefícios em apenas um cartão Visa (Vale-Alimentação, Refeição e Combustível).

Vários cartões, senhas diferentes e limitações de estabelecimentos para utilizar o saldo do vale-refeição, alimentação e combustível são dificuldades recorrentes no dia a dia dos funcionários, além de dificultar as tarefas das áreas administrativas na gestão dos benefícios corporativos.

Nesse cenário, surge a oferta de benefícios unificados, que possibilita às empresas uma gestão completa e simples ao concentrar todos os benefícios corporativos em uma única plataforma ao mesmo tempo que gera melhores experiências aos colaboradores, dando autonomia para que ele use o saldo dos benefícios da forma que desejar, inclusive como uma renda complementar para fechar as contas no fim do mês.

Mercado Pago Benefícios chega como solução aos varejistas
Com a proposta de democratizar o acesso de empresas de todos os portes a programas de benefícios, o Mercado Pago Benefícios não possui taxas e oferece à empresa uma gestão simples, ágil e segura, em que é possível cadastrar colaboradores e configurar diferentes tipos de benefícios em um só cartão Visa, aceito em mais de dois milhões de estabelecimentos no Brasil.

Mais vantagens para empresas e colaboradores
Para empresas:

Custo zero: sem taxas, tarifas escondidas ou fidelização.
Gestão simples e completa: Em uma só plataforma, é possível cadastrar colaboradores, configurar vários tipos de benefícios para cada um e fazer os pagamentos.
Menos burocracia: cartão entregue ao colaborador em até cinco dias úteis. Zero custo na emissão, reemissão e envio.

Para colaboradores:
Mais autonomia para usar o saldo, em um único cartão: débito, crédito e vales alimentação, refeição e combustível integrados.
Ampla rede de aceitação com mais de 2 milhões de estabelecimentos que aceitam o cartão Visa na função débito.
Variedade de meios de pagamento: cartão físico Visa (chip e contactless), aproximação pelo smartphone (NFC) e cartão virtual, que é liberado antes mesmo do físico.
Ecossistema Mercado Pago: possibilidade de complementar pagamentos com saldo da conta Mercado Pago, além de acesso facilitado a outros produtos.

Digitalização atinge 94% dos varejistas do país

A maioria dos varejistas brasileiros têm ao menos um canal de vendas virtual; especialista fala sobre a importância desses canais como fonte de coleta e sistematização de dados

Cada vez mais, as atenções dos empresários brasileiros estão voltadas para a o ambiente virtual, fato que foi comprovado por uma pesquisa desenvolvida pela Totvs. Segundo a análise, 94% dos varejistas têm ao menos um canal de vendas no meio digital, ainda que a maior parte (67%) do faturamento continue vindo de espaços físicos. As lojas on-line, por sua vez, são responsáveis por 14% da receita média, ao passo em que contatos com representante ou telefone respondem por 19%.

Segundo publicação do site Mercado & Consumo, o estudo aponta para o fato de que a maioria dos empreendimentos investiu em canais digitais para garantir melhor proximidade e atendimento, além de fidelizar e conquistar clientes. De forma síncrona, um levantamento da Visa Consulting & Analytics demonstrou que cerca de 70 mil negócios entraram para o comércio eletrônico desde o início da pandemia de Covid-19.

Pedro Ruibal, CEO da Olga – empresa que atua com Inteligência de dados para restaurantes -, destaca que o movimento de digitalização dos canais de venda já existia, porém, a pandemia acelerou este processo.

Ao lado da afirmação de Ruibal, indicativos de um estudo divulgado em dezembro de 2021 pela Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais) também destacam que as circunstâncias em torno da crise sanitária tiveram um papel decisivo na digitalização da economia.

“Uma empresa sem presença digital tende, inevitavelmente, ao desaparecimento. A digitalização das vendas traz benefícios operacionais, mas também permite que as empresas consigam mapear de forma mais consistente a jornada de compra dos consumidores, o que agrega uma gama de novas oportunidades”, afirma Ruibal.

Para ele, os canais digitais são a peça-chave para o desenvolvimento dos negócios e podem funcionar como um meio de coleta e sistematização de dados. “Muitas empresas olham para os canais digitais simplesmente como facilitadores da operação, mas a grande maioria deixa de lado a preocupação com a coleta e gestão dos dados que são produzidos a partir de canais como estes”.

É aí que mora a grande oportunidade, prossegue o especialista. “Canais digitais permitem que as marcas rastreiem. Tanto on-line, como off-line, a jornada de compra dos seus clientes, fazendo com que a empresa os conheça com muito mais profundidade”, complementa o CEO da Olga.

A nível mundial, o e-commerce deve crescer 55,3% nos próximos três anos, segundo estimativa do relatório Global Payments Report, divulgado em março pela Worldpay from FIS. De acordo com a análise, as vendas do gênero no Brasil devem crescer 95% até 2025.

No último ano, as vendas no ambiente virtual avançaram 48% no país em comparação a 2020, mesmo com o avanço da vacinação contra Covid-19, com o término do confinamento e com reabertura do comércio em todos os estados, como mostra o índice MCC-ENET, conduzido pela Neotrust | Movimento Compre & Confie, em colaboração com o Comitê de Métricas da Camara-e.net (Câmara Brasileira da Economia Digital).

Para mais informações, basta acessar: http://olga.tech

Amazon (AMZN34) vende mais que o esperado no 2º trimestre e ações disparam no after market

Entre abril e junho, a varejista teve um prejuízo de US$ 2 bilhões ante o mesmo intervalo do ano anterior.
Em continuidade à agitada semana de balanços corporativos nos Estados Unidos, a Amazon (AMZN34) apresentou números considerados sólidos após o pregão desta quinta-feira (28).

A varejista apresentou um prejuízo de US$ 2 bilhões no segundo trimestre deste ano, mas o que chamou a atenção foi o crescimento de 7% nas vendas totais, para US$ 121,2 bilhões, em um ano. Por volta de 17h30, os papéis da Amazon subiam 13% no after market da Nasdaq.

Na visão dos investidores, que passam a digerir a segunda perda trimestral consecutiva da empresa, o crescimento da receita é um ponto positivo em meio ao ambiente inflacionário e de aumento de custos.

A companhia sediada em Seattle, com isso, frustra no resultado líquido, mas bate a expectativa de Wall Street, que esperava que a Amazon tivesse uma receita de US$ 119 bilhões no segundo trimestre.

Vale ressaltar, entretanto, que na comparação com o mesmo trimestre de 2021, o crescimento do faturamento ficou abaixo da inflação no período, que atingiu 9,1%. Ou seja, não houve crescimento real.

No início do ano, a empresa revelou que esperava enfrentar US$ 4 bilhões em custos adicionais no primeiro trimestre, mais US$ 2 bilhões no segundo trimestre, como resultado da queda da produtividade da operação em função da conjuntura mais difícil.

O CEO da companhia, Andy Jassy, afirmou, em comentário no resultado, que os negócios foram impactados pelo aumento dos preços na economia.

“Apesar das contínuas pressões inflacionárias nos custos de combustível, energia e transporte, estamos progredindo nos custos mais controláveis, principalmente melhorando a produtividade de nossa rede de atendimento”, comentou o ex-presidente-executivo da Amazon Web Services (AWS).

AWS segura a barra da Amazon – mais uma vez
A divisão do serviço de computação em nuvem mais uma vez não decepcionou.

Entre abril e junho, as vendas líquidas da AWS cresceram 33%, para US$ 19,73 bilhões. O crescimento foi maior do que o das despesas, que avançaram 31%, para US$ 14,02 bilhões. Com isso, o lucro operacional somou US$ 5,71 bilhões, alta de 36,2% na comparação anual.

Aqui, as vendas da vertical da Amazon superaram a expectativa dos analistas, que aguardavam US$ 19,56 bilhões. O lucro, porém, ficou abaixo, uma vez que era esperado em US$ 6,04 bilhões.

Percebe-se, com isso, que o mercado subestimou a capacidade de crescimento das vendas da Amazon durante um período mais difícil da economia americana – que acaba de entrar em recessão técnica, quando o PIB cai por dois trimestres consecutivos.

As contas dos analistas, entretanto, foram mais amenas em termos de custos e despesas do que o reportado pela varejista. O que sustenta o ponto da resiliência do negócio – embora, no fim das contas, a companhia tenha dado prejuízo.

O balanço do segundo trimestre também aponta para a perda de US$ 3,9 bilhões relacionada ao investimento na Rivian Automotive (RIVN), empresa americana de carros elétricos. No ano, as ações da empresa caem 67%.

Os papéis da varejista também passam por uma montanha-russa. No acumulado do ano, até o fim da sessão desta quinta, a baixa era de 29%. Nos últimos dois meses, porém, ensaiam uma recuperação, com alta de mais de 30%.

Segundo dados compilados pela Refinitiv, apresentados na plataforma do TradeMap, o preço-alvo mediano para as ações da Amazon, segundo 51 analistas, é de US$ 170, upside de 22%.

Futuro do ecommerce no Brasil é positivo, mas o custo de crescimento deve ser alto

No Brasil, cerca de 70% dos volumes do comércio online são provenientes das vendas de eletro-eletrônicos.
O e-commerce brasileiro deve superar R$ 500 bilhões em 2026. Mesmo com todos os desafios de curto prazo para o varejo e para investimento em tecnologia, o valor ainda é cerca de 40% acima do que eram as projeções pré-pandemia. As perspectivas, portanto, são melhores do que o esperado anteriormente, em termos de GMV — gross merchandise volume ou valor total bruto de vendas —, apesar da desaceleração no ano passado, especialmente desde o segundo trimestre. Esse é o legado dos últimos dois anos para o e-commerce brasileiro, ou pelo menos uma parte importante dele.

Em nossas estimativas, após crescer 66% em 2020 e 31% em 2021, em comparação ao ano anterior, assumimos que as vendas online vão aumentar 12% em 2022, principalmente impulsionadas pelos principais players, que respondem por mais de 2/3 do mercado. E, a partir de então, em média, 19% ao ano até 2026. Trata-se do mesmo ritmo médio de expansão entre 2015 a 2019.

Nos últimos dois anos, as estimativas do mercado endereçável do e-commerce no Brasil já foram revisadas para refletir o crescimento exponencial de venda dos principais players com as mudanças de hábito do consumidor, mas também um legado cujos efeitos devem persistir por muito tempo após o fim da pandemia. São mais vendedores, mais tráfego, mais sortimento, frequência de compra e investimentos em nível de serviço.

Assim, ainda vemos uma tendência secular de crescimento do e-commerce brasileiro nos próximos anos e, diferentemente de mercados mais maduros, com GMV muito maior do que as estimativas pré-pandemia.

Mas no Brasil, com aproximadamente 70% das vendas online provenientes de celulares, eletrodomésticos e eletrônicos (todos impulsionados em 2020 pela maior demanda devido ao Coronavoucher e ao home office), era razoável assumir perspectivas de crescimento muito menores em 2021 e ao longo desse ano.

E, por enquanto, um custo mais alto de capital também impedirá a maioria dos players de manter o ritmo de crescimento dos últimos anos, abrindo caminho para mais consolidação, enquanto as margens, devido à concorrência e inflação ainda alta, permanecerão sob pressão no futuro próximo.

Por isso, acreditamos que há três tendências nos próximos trimestres para o setor online no país: (i) crescimento mais fraco do GMV (afetado por menor renda disponível e restrições de acesso a capital); (ii) foco na rentabilidade das operações (significando menor foco nas categorias não rentáveis, principalmente aquelas com menor ticket médio) e modo de preservação de caixa; e (iii) maior consolidação do mercado entre um pequeno grupo de players, uma tendência que esperamos se acelerar devido a essas condições de mercado menos favoráveis já listadas.

Antes que o mundo tivesse de lidar com o atual cenário inflacionário, o ambiente de juros baixos dos últimos anos, tanto no Brasil quanto globalmente, tornou as empresas de tecnologia mais atraentes, levando a um aumento relevante dos investimentos no setor, tanto para empresas públicas quanto privadas.

Só que, por enquanto, à medida que grande parte da população volta ao trabalho presencial e passa menos tempo em casa, o setor tem sofrido perdas profundas. Os investidores estão preocupados que as empresas impulsionadas pela pandemia estejam perdendo força.

Não por acaso, as ações que dispararam durante o rali da pandemia foram algumas das maiores perdedoras na desaceleração desde o ano passado. Uma reversão que também sinaliza as preocupações dos investidores com o valuation de muitos ativos de risco.

Temores com a inflação e a trajetória de alta das taxas de juros tem provocado turbulências no mercado e um acalorado debate sobre os múltiplos de valuation corretos para as ações de tecnologia no ambiente atual.

Uma das maiores fontes de preocupação é o risco de que o aperto do FED (o banco central americano) leve a economia a uma recessão, prejudicando ainda mais os fundamentos e o sentimento dos investidores. No curto prazo, taxas de juros mais altas reduzem os fluxos de caixa futuros das empresas em metodologias de precificação usadas com frequência.

Para cada aumento de 100 pontos-base no custo de capital próprio (taxa de desconto), em média, o valor de mercado combinado das empresas de tecnologia que cobrimos cai cerca de 15%, o que em parte explica a derrocada das ações. No Brasil, em sua última reunião, o Comitê de Política Monetária do Banco Central elevou a taxa básica para 13,25% ao ano.

Como parte do mesmo cenário, as pressões inflacionárias e o impacto sobre a renda disponível significam que a demanda será afetada no curto prazo, principalmente para categorias cíclicas e de alto ticket médio como eletroeletrônicos e eletrodomésticos.

É por isso que, apesar da tendência secular positiva para o e-commerce, vemos o setor em uma posição difícil no curto prazo, o que significa, no mínimo, volatilidade ainda alta. As companhias navegam, nesse momento, em uma perspectiva top-down desfavorável, o que coloca pressão nos fundamentos da maioria das empresas. Além disso, dificilmente as perspectivas de crescimento futuro serão precificadas antecipadamente. O mercado deve seguir com o foco cada vez mais direcionado para valorizar lucratividade, no lugar de crescimento a qualquer custo.

*Luiz Guanais é especialista em varejo e consumo do BTG Pactual

Venda on-line tem o pior 2º trimestre desde 2018

Relatório do banco Goldman Sachs prevê que canal on-line seja 14% das vendas totais do varejo neste ano.

A venda on-line volta a cair no país pelo terceiro mês consecutivo e o setor fecha o trimestre de abril a junho com um recuo de 4,2% frente a 2021, segundo dados da empresa de pesquisas MCC/Neotrust, apresentados ontem em relatório do banco Goldman Sachs. É a primeira queda num segundo trimestre na história do levantamento da MCC, realizado desde 2018.
Em junho a queda foi de 5,7%, após duas retrações em abril (-6,4%) e em maio (-1%).

A participação do comércio eletrônico no varejo total ainda deve aumentar no menor ritmo do setor nos últimos anos, mesmo comparado com o período anterior à pandemia. Pelo relatório da equipe de análise do Goldman, o on-line deve representar 14% das vendas do varejo em 2022, 0,5 ponto acima de 2021. É o menor crescimento em percentual desde, pelo menos, 2018 (início dos comparativos anuais do relatório). São utilizados dados do IBGE, da consultoria Ebit, além de informações da área de pesquisa do banco.

Houve um salto nessa fatia do segmento no bolo total após a pandemia (de 7% em 2019 para 13,5% em 2021), e era projetado uma alta menos forte desse índice pelo efeito da base de comparação de 2021. Mas a elevação está mais discreta do que o previsto no começo do ano. Para 2023, a equipe estima participação de 16%.

Relatório do banco Goldman Sachs prevê que canal on-line seja 14% das vendas totais do varejo neste ano

A Neotrust projetava, meses atrás, alta de 8% nas vendas dos canais digitais em 2022, e neste mês, reviu para 5%. Se fechar nesse patamar, ainda ficará acima das estimativas para o varejo físico no ano (3,5% a 4% no ano, a depender da casa de análise). Entrada de recursos do governo com benefícios recém-aprovados pode acelerar essa taxa, dizem economistas.

Nos dados do segundo trimestre, há o efeito da desaceleração da demanda e da queda do poder de compra que afeta parte do comércio virtual de produtos de alto valor. Dados coletados mensalmente pela GfK Brasil, diretamente nas empresas de varejo de bens duráveis, mostra que o peso do on-line na venda total está se estabilizando nos últimos meses em cerca de 45% (lojas físicas registra os 55% restantes). Está abaixo da taxa de mais de 50% registrada no primeiro ano de pandemia.

O material da equipe do banco, liderada pela analista Irma Sgarz, revê projeção de crescimento de todas as empresas de comércio on-line, menos para o Mercado Livre. Estima que Americanas e Magazine Luiza vão se expandir no segundo trimestre em vendas no “marketplace” (plataforma que reúne lojistas) à metade da velocidade do Mercado Livre.

Para os analistas, a volta mais forte da venda física em shoppings, o consumidor transferindo parte de seus gastos de produtos para serviços, além da necessidade do consumidor reduzir gastos em categorias discricionárias ou de alto tíquete (Mercado Livre é menos exposto a esses itens) pressionam parte desse mercado on-line.

O banco projeta que Mercado Livre crescerá em vendas totais transacionadas (GMV, da sigla em inglês) 17% no segundo trimestre. Apesar da desaceleração frente a taxas de 2021 (de mais de 80% no trimestre) ainda está acima da estimativa do banco para o setor (recuo de 4%). Para o ano de 2022, a equipe acredita que o GMV do grupo deve se expandir 19%, versus alta de 13% para o mercado.
A equipe comenta a informação, antecipada pelo Valor neste mês, de alterações na política junto aos lojistas. Os principais “marketplaces” estão repassando os aumentos no custo do dinheiro e nas despesas aos lojistas que operam nas plataformas. Isso inclui os estrangeiros, como Shopee e Amazon. A primeira onda de repasses começou em dezembro e a segunda onda, em junho.

O Mercado Livre, por exemplo passou a exigir, após junho, que o consumidor gaste R$ 199 (era R$ 79 antes) na cesta de supermercados para ter frete grátis. Outra medida tomada foi subir o valor da compra mínima para parcelamento grátis de R$ 300 para R$ 500. “Enquanto o Mercado Livre pode restringir seletivamente o investimento em iniciativas de crescimento de médio prazo, o investimento contínuo em logística e em equipes da empresa contrasta com o notável ‘trade-off’ entre crescimento e lucratividade que seus principais pares estão sendo forçados a fazer”, dizem os analistas da área de varejo.

“Acreditamos que esse trade-off é mais pronunciado para Magazine Luiza, Via e Americanas devido a um custo médio de aquisição de clientes relativamente mais alto”.
Para a Americanas, o Goldman, projeta um crescimento de GMV de 7% no segundo trimestre e para Magalu, 9%. Na Via, a equipe estima um recuo de 9% no GMV.

EUA: vendas online chegam US$ 12 bilhões durante Prime Day

As vendas online nos EUA durante o evento de compras Prime Day da Amazon.com Inc saltaram 8,5% em relação ao ano passado, para quase US$ 12 bilhões, com os americanos atingidos pela inflação apostando em itens essenciais e eletrônicos com desconto, mostraram dados da Adobe Índice de Economia Digital. Os membros do programa de fidelidade Prime contabilizaram 100 mil produtos comprados por minuto.

Os compradores foram duramente atingidos por décadas de inflação alta nos últimos meses, que varejistas como Walmart Inc e Target Corp disseram ter levado a compras restritas de produtos discricionários. O aumento dos preços de tudo, de alimentos a roupas, estimulou os consumidores a aproveitar os grandes descontos de vários grandes varejistas dos EUA que pegam carona no Prime Day da Amazon.

“Os consumidores aproveitaram os descontos oferecidos, após muitos meses de preços elevados, online”, disse o vice-presidente da Adobe, Pat Brown.

Os varejistas estão dando grandes descontos para se livrar do excesso de estoque em que estão depois de comprarem farras durante a crise da cadeia de suprimentos da pandemia para atender aos compradores cheios de dinheiro dos cheques de estímulo do ano passado.

A Best Buy anunciou seu evento de compras Prime Day concorrente como “Black Friday em julho” e ofereceu mais de US$ 100 de desconto em smartphones Google e fones de ouvido Sony. Ofertas semelhantes também foram anunciadas na Target e Amazon.

Os brinquedos tiveram os maiores descontos entre os varejistas, com descontos médios de 15%, de acordo com a Adobe. O segmento de vestuário foi descontado em 12%, enquanto os níveis de desconto de eletrônicos ficou em torno de 6%.

Amazon Prime Day desencadeia guerra de ofertas no e-commerce, com descontos de até 70%

Na esteira aberta pelo Prime Day — campanha na qual a Amazon oferece descontos para os assinantes de seu pacote de benefícios —, quem navega pela internet nesta semana pode encontrar promoções por todo o lado.

Em tempos de vacas magras, para fazer frente à gigante americana, Casas Bahia, Mercado Livre e Magazine Luiza são alguns dos sites que estão oferecendo até 70% de abatimento em seus produtos.

Para o professor de Finanças do Ibmec Haroldo Monteiro, a ordem que movimenta o varejo on-line é não ficar para trás. Ainda mais em se tratando da tentativa de competir contra a Amazon, que é uma marca conhecida, em expansão no Brasil e que já consolidou a promoção no calendário dos consumidores.
Nos últimos dois anos, a Amazon inaugurou 16 estabelecimentos, entre centros de distribuição e estações de entrega no país. Segundo a companhia, os investimentos no país estão focados no longo prazo.

“Dado que a Amazon criou a campanha, as outras empresas acabam de uma forma geral se beneficiando desse dia se praticarem também menores preços em alguns dos seus produtos”, observa Monteiro, para quem as concorrentes podem se beneficiar da intenção de consumo dos que não encontraram determinados produtos em promoção na Amazon. “E se as marcas não aproveitam este dia, ficam para trás.”

O mês de julho, segundo o coordenador do curso de Marketing da FGV, Fernando Marchesini, sempre foi de muitas promoções. Por conta das férias escolares, o fluxo de pessoas nas ruas inspirava o comércio físico a baixar preços na tentativa de atrair o consumo por impulso. Esse formato se transfere para a internet num período em que os consumidores também estão mais expostos à publicidade on-line, consumindo mais entretenimento na internet.

A Amazon, nos dias 12 e 13 de julho, ofereceu descontos de até 50%, além de frete gratuito sem valor mínimo por pedido para todo o Brasil em produtos enviados pela empresa, para os assinantes de seu pacote de streaming Prime (a assinatura custa R$ 14,90 ao mês ou R$ 119 ao ano, equivalente a R$ 9,91 ao mês).
A Casas Bahia promoveu a quarta edição do Vip Days, seu programa gratuito de fidelidade, entre os dias 8 e 12, com até 50% de desconto para os cadastrados. Além disso, a varejista oferece frete grátis para as regiões Sul e Sudeste e entrega em até 48 horas, serviço premium de armazenamento em nuvem por três meses, e outros benefícios.

O Mercado Livre oferece cupons com até 70% de desconto para produtos de diversas categorias, além de vouchers para quem comprar acima de determinados valores, e envio rápido e grátis em compras a partir de R$ 79. “O interesse da empresa é utilizar a fidelização como um processo de vendas dos produtos. Hoje, é muito difícil fidelizar qualquer consumidor, que tem uma gama de ofertas à disposição. Ninguém compra mais em uma primeira olhada. Com um clique, qualquer pessoa pode comprar os preços e vantagens em cada site”, diz Marchesini.
“Então, se uma loja tem uma TV por R$ 2.900 e a outra, por R$ 2.850, mas entrega de graça ou te dá um voucher para usar na compra de outro produto, a vantagem faz mais diferença que o preço. E a loja está tentando fidelizar a pessoa a comprar um outro produto. Essas promoções estão cada vez mais agressivas em períodos mais interessantes”, acrescenta.

A Casas Bahia realiza o VIP Days mensalmente, desde abril, mas as datas variam a cada mês. Em julho, a rede antecipou e coincidiu com o primeiro dia da campanha da Amazon. E os resultados do programa de fidelidade estão de acordo com a estratégia, conta Guilherme Perez Simões, gerente executivo de CRM e Fidelidade da Via, dona das marcas Casas Bahia e Pontofrio. “Os resultados têm sido promissores. Com o Vip Casas Bahia, nosso programa de fidelidade, a rede percebeu uma maior recorrência do cliente e o dobro da taxa de conversão em relação a quem não integra o programa.

Apesar de praticar no dia 12 até 70% de desconto em itens de seu site, além de 10% para pagamento à vista, o Magazine Luiza informou que a campanha não era especial, mas uma edição de uma série de promoções que ocorrem quase diariamente.
Segundo o professor da FGV Fernando Marchesini, quanto mais empresas se relacionarem com a o Prime Day, maior deve ser a importância desta semana de julho no calendário do consumidor brasileiro. Mas como o Prime Day não é um evento aberto a qualquer pessoa, e sim reservado a assinantes, é difícil que ele chegue ao tamanho da Black Friday em popularidade.

A Amazon avalia, no entanto, que isso já é uma realidade, ressaltando que seu site já vende mais durante a campanha própria do que ao participar da ação global em novembro. Segundo a empresa, o Prime Day 2021 no Brasil registrou aumento de mais de 120% em quantidade de itens comprados pelos membros Prime em comparação a 2020, quando aconteceu a primeira edição do evento.

Além disso, nas primeiras 24 horas da edição de 2021, a quantidade de produtos comprados na Amazon.com.br foi superior à da Black Friday 2020, o que para a empresa seria uma evidência de que a data da varejista já é parte do calendário do brasileiro.

Empregos temporários

A Amazon informou que reforçou o quadro de funcionários em 17 pontos no Brasil para o Prime Day com 6 mil contratações temporárias no país. Só no Rio de Janeiro foram 730 temporários para o centro de distribuição em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e a estação de entrega em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Os contratos são de um mês.

“Eventos como o Prime Day demostram nosso compromisso em desenvolver o e-commerce no Brasil. Além do desenvolvimento profissional, aqueles com interesse e excelente performance podem ingressar no quadro fixo de funcionários, como aconteceu nos nossos últimos eventos”, afirmou Thomas Kampel, líder de relações públicas da operação da Amazon no Brasil.

Venda digital perde fôlego e varejistas seguram despesas

Projeção de expandir 8% cai para 5% no ano; plataformas cortam custos e tiram benefícios do cliente.

“O Mercado Livre entregava com frete grátis se a compra [de supermercado] chegasse a R$ 79 ou mais. Agora [o valor] é R$ 199”, desabafava no Twitter, dias atrás, um dos clientes da plataforma, Gabriel Belusio. “Finalmente um cupom de frete grátis na Shopee sem preço mínimo”, comentava na sequência a consumidora sob o pseudônimo “Ash”, na última quinta-feira, data de um evento da Shopee no Brasil. O que se vê nas últimas semanas nas redes sociais, em centenas de mensagens sobre as ações das plataformas, é só um dos reflexos da mudança no ambiente do mercado digital no país.

O “boom” do comércio eletrônico após a pandemia perdeu força rapidamente neste ano, os custos logísticos e de mídia têm subido, e esse ciclo negativo já atingiu o consumidor que se acostumou, após a euforia nas vendas de 2020, a benefícios e vantagens na hora da compra. Esses ganhos vêm sendo revistos na busca dos grupos por maior eficiência.

Essa pressão cresce mais com a inesperada queda nas vendas no comércio eletrônico neste ano, com os primeiros recuos em abril (-6,4%) e maio (-1%), segundo dados de vendas mensais da empresa de pesquisas MCC/Neotrust. Era projetado desaquecimento, dizem analistas, mas não recuos seguidos. E isso ocorre não só pela base de comparação forte de 2021 e a volta do comércio nas lojas, mas há efeito da perda de renda e alta inflação nos preços. Americanas, Mercado Livre, Magazine Luiza e Via vêm crescendo em ritmo menor neste ano frente a 2021. A Shopee estaria mantendo ritmo pela base de vendas menos madura.
Nos últimos dias, o Valor reuniu junto a executivos e especialistas exemplos de alterações em políticas nas empresas, que podem afetar projetos e investimentos no ano. Por exemplo, aumentaram os valores mínimos de gastos em compras, definidos para obter entrega gratuita ou descontos. E parou de subir o peso da venda com frete grátis dentro do bolo total.

“Pelas nossas pesquisas, esse frete gratuito já se estabilizou no ano e não duvido que caia dentro do total no segundo semestre”, diz Fabrício Dantas, CEO da Neotrust. “É outro cenário hoje frente a 2020 e 2021. Está difícil estimar para frente, mas decidimos rever nossas projeções com a queda recente nas vendas”.
A estimativa no começo do ano era de uma alta no faturamento on-line de 8%, diz Dantas, e se espera agora crescer 5%, para R$ 169 bilhões. São R$ 8 bilhões a mais em vendas (mas quase R$ 5 bilhões a menos do projetado antes). Em valor, é a menor adição à base total desde 2019.

“Esperamos uma reaceleração do GMV [vendas pelas plataformas] no terceiro trimestre, porém mais lento. A expansão de 20% ao ano até 2025 caiu para 16%”, disse, dias atrás, em relatório, Daniel Federle, analista do Credit Suisse.
Esse cenário leva a revisões de prioridades nos grupos e afeta a relação com o cliente, apesar de eventual esforço para não cair o nível do serviço.

Desde o início do ano, grandes “marketplaces” como Renner, GPA, Magazine Luiza e Via falam em ser mais “racionais” na estratégia, com atenção maior à rentabilidade. “Temos sido muito acionados para ajudar a rever alguns processos. Não faz mais sentido ficar ‘comprando’ cliente digital a qualquer CAC [sigla de custo de aquisição de cliente], e sem conseguir diluir isso, pelos níveis baixos de venda”, diz Luciana Batista, sócia da consultoria Bain & Company.
“ Há análises sendo refeitas em investimentos, por exemplo, em ‘dark- stores’ [lojas que estocam produtos para entrega on-line] e sobre a real eficiência dos mini-hubs no país [pontos com ampla área de estoque]”, diz. “Será que vale mesmo abrir três ‘dark-stores’ no ano, com custo por metro quadrado alto, para a entrega a clientes num prazo mais curto, se o cliente da região aceita receber em prazo maior? Outro ponto tenho lojas com estoque que cobrem as entregas on-line em 75% da área, por que investir em mais mini hubs? Há projetos que estão ficando em stand-by ”, afirmou.
O comando da Petz disse, a analistas em maio, que fez “ajustes táticos”. “Havia alguns incentivos que a gente dava em programa de fidelidade, ou de descontos para ‘ship from store’ [venda on-line de estoque da loja], que não necessariamente traziam todo o benefício versus, eventualmente, a gente fazer um investimento maior no ‘Minhas Ofertas’ [no app próprio da rede ]”, disse a vice-presidente financeira, Aline Penna. “Estamos focando mais os investimentos em ‘pricing’, naqueles programas que nos trazem mais retorno”.
Em relatório na semana passada, analistas do Credit Suisse citam que a Vtex, fornecedora de tecnologia a empresas on-line, adotou uma postura mais conservadora neste ano depois que “começou a notar um crescimento mais fraco na sua base de clientes, em adição a uma implementação mais lenta de projetos em andamento”, diz o informe. Sobre a questão, a Vtex diz que cresce acima da média e vem gerando valor a seus clientes.

Fornecedora de serviços ao comércio eletrônico, a Infracommerce diz que “há clientes falando em segurar um pouco mais novos projetos”, segundo o vice-presidente de finanças Fabio Bortolloti.
Outra iniciativa envolve um aumento de investimento nas ações de marketing nos apps e sites das plataformas, e uma racionalização maior dos incentivos em buscadores, após a alta na inflação dos “cliques” entre 2020 e 2021. Empresas pagam se a venda é oriunda dos buscadores, como Google. “Essa é uma das maiores despesas dessas empresas digitais e a mais fácil de ser mexida. Como se trata de uma compra de mídia de performance, ela é fundamental hoje, mas há maior flexibilidade em ajustá-la”, diz Marcelo Tripoli, fundador da agência digital Zmes.

Ainda aumentaram as ações para incentivar a venda pelo sistema de retirada da compra on-line na loja. “Com o combustível caro, tem rede dando um agrado para fazer o cliente pegar o item na loja. A cada retirada, posso diminuir a minha rota de entrega. Além disso, o subsídio ao frete vem caindo, a depender do perfil do comprador”, diz um executivo da área de moda.

Nas últimas semanas, algumas medidas que afetam o consumidor vêm se tornando públicas, como a decisão do Mercado Livre de subir, a partir do dia 7 de junho, de R$ 79 para R$ 199, o valor mínimo para obter frete grátis na compra de itens de supermercado. Isso tende a diminuir o subsídio da empresa ou dos lojistas aos clientes.

Aos lojistas, a empresa disse em comunicado que está “reduzindo custos para que [o vendedor] possa baixar seus preços na seção”. Em receita, o Mercado Livre cresceu 63% no Brasil de janeiro a março, abaixo do ritmo dos trimestres anteriores, mesmo cenário visto no Magazine, Via e Americanas – efeito da base de comparação e da menor demanda, dizem analistas.
Na Shopee, consumidores já vêm mencionando em redes sociais há meses a política mais restritiva na concessão de benefícios. Em maio, ela aumentou, de R$ 20 para R$ 29, o preço mínimo para o cliente ter acesso ao frete grátis. A empresa cita, em balanços trimestrais globais, perda menor nas entregas no Brasil. “O dinheiro ‘enxugou’, e mesmo plataformas estrangeiras vêm adotando uma racionalização maior” diz Gabriel Lima, CEO da consultoria Enext.

Também existe hoje no mercado uma nova onda de repasses de custos aos lojistas, iniciada no fim de 2021. São medidas para absorver custos financeiros e operacionais maiores no ano. O Mercado Livre aumentou de até cinco dias para oito dias o prazo de pagamento a lojistas nas vendas feitas pelo Mercado Envios (para itens novos e vendedores com boa nota na plataforma). Ou seja, o valor ficará mais tempo com a companhia. Para itens usados e lojistas sem reputação, serão 12 dias.

A mudança vale a partir do dia 20. O parcelamento de vendas acima de R$ 500 também caiu de 12 vezes sem juros para 10, desde o dia 30 de junho, na categoria “premium”. Isso reduz custos de financiamento da empresa, em tempos de juros altos. Procurada, a companhia diz que são “ajustes em sua política de custos em função do cenário econômico” e isso afeta serviços como frete e formas de pagamento. Afirma que são atualizações necessárias para seguir com o objetivo de oferecer um melhor ecossistema de negócios.

O Valor já antecipou na semana passada que, desde a sexta-feira, a Via parou de antecipar o pagamento a lojistas de maior porte em seu “marketplace”. E após o dia 13, o Magazine Luiza passa de 16% para 18% a taxa cobrada do lojista que quiser receber o valor de sua venda à vista, na maioria das categorias de sua plataforma.

Shoppers 50+ movimentam R$ 29 bi no e-commerce

O levantamento foi feito pela Neotrust, empresa de inteligência que monitora o e-commerce brasileiro.

Em 2021, o número de pessoas com mais de 50 anos que fazem compras online mais do que dobrou, totalizando 49,5 milhões de compras virtuais e uma participação de mercado de 18,57%.

O faturamento do comércio eletrônico gerado pelo público na faixa dos 50 anos também apresentou crescimento, com alta de 27% em relação a 2020, e uma arrecadação de R$ 29,5 bilhões.

O levantamento foi feito pela Neotrust, empresa de inteligência que monitora o e-commerce brasileiro.

Além disso, houve um aumento de 1,12% no ticket médio, que passou de R$ 590,30 em 2020 para R$ 596,90 em 2021.

As cinco categorias que lideraram o número de pedidos no e-commerce entre os 50+ foram: beleza, perfumaria e saúde; moda e acessórios; artigos para casa; móveis, construção e decoração; e entretenimento, respectivamente.

95% das compras online no final de semana do Dia dos Namorados vieram de smartphones

Em junho, 95% das compras online registradas no fim de semana do Dia dos Namorados foram feitas por meio de smartphones. As vendas online gerais no período sazonal cresceram 10% no mês, com aumento específico de 6% nos cliques para sites de comércio eletrônico. Todas as informações fazem parte do estudo feito pela Criteo.

Dados adicionais de vendas de categorias de produtos, comparando junho com o mesmo período do ano anterior, mostraram um grande aumento na venda de artigos para casa e jardim, com eletrodomésticos em segundo lugar e celulares e smartphones em terceiro lugar. Além da tecnologia, que sempre registra altas taxas, os dois primeiros segmentos revelam que o bem-estar em casa ainda é uma preocupação dos consumidores mesmo além da pandemia.

Para Tiago Cardoso, diretor geral para a América Latina da Criteo, o Dia dos Namorados é um ótimo parâmetro para testar tendências de consumo em geral. “Analisando o primeiro semestre de 2022, notamos que os números registrados neste período enfatizam a tendência de recuperação do varejo, principalmente no mercado digital. Olhar para essas tendências vai ajudar a nortear o planejamento das próximas grandes datas comemorativas do e-commerce pelos grandes varejistas”, disse.

Tendências de 2022
Com mais de dois anos desde o início da pandemia, dados da Criteo reforçam que o comércio está em período de crescimento. Em abril, a empresa analisou dados de vendas de cosméticos que apontavam um aumento nas vendas no início do mês, registrando 25% a mais do que no final de março. Os dados mostram que, poucos dias antes do Carnaval de abril, houve um aumento de 19% nas vendas.

Com a retomada das rotas turísticas que estavam em standby durante a pandemia, as reservas de viagens, por sua vez, começaram a aumentar no final de março de 2022 (crescimento de 18%), atingindo um pico cerca de uma semana antes do Carnaval, pouco antes da Páscoa.

“Após dois anos atípicos no mercado de comércio, 2022 está servindo para fortalecer as tendências observadas no período. Agora, com a normalização do setor de varejo, o ideal é manter o que funcionou e se preparar para as novas tendências de mercado para o restante do ano”, destaca Tiago Cardoso.