Comércio eletrônico: desafios e oportunidades para 2024

País deve buscar regulamentação equilibrada para uso da IA e criar plano de requalificação da mão de obra.

Apesar do crescimento do comércio eletrônico é preciso levar em conta o importante papel que o varejo físico exerce papel fundamental nas relações de consumo. Estimativas do mercado apontam que o comércio eletrônico representa menos de 10% do faturamento do varejo.

Por outro lado, a tendência é de que a fronteira entre o comércio físico e digital fique cada vez mais tênue, considerando as mudanças de hábitos dos consumidores ao longo dos últimos anos. As empresas vêm proporcionando experiências de consumo cada vez mais personalizadas, contemplando a implementação de novas tecnologias.

Os mais variados tipos de produtos são comercializados nas plataformas digitais, como eletroeletrônicos, eletrodomésticos, alimentos, medicamentos, entre outros. No cenário pós-pandemia, a integração de canais de vendas físicos e digitais se faz cada vez mais necessária para a competitividade e a sobrevivência dos negócios. Por outro lado, é preciso que o empresário esteja por dentro dos desafios e das oportunidades para o varejo de agora em diante. Confira a seguir.

Adaptação às mudanças do mercado: necessidade incontestável

pandemia de covid-19 intensificou a necessidade de as empresas abraçarem plataformas online, como marketplaces e redes sociais, para atender à crescente demanda por conveniência. A manutenção de equipes em home office ou no modelo híbrido de trabalho e a preferência por compras online tornaram essenciais os investimentos em plataformas digitais, permitindo a entrega rápida e a criação de experiências de compra cada vez mais fluidas. Muitos consumidores preferem comprar pelo site e retirar na loja física, outros compram diretamente no estabelecimento, entre outras possibilidades. Conveniência e comodidade ditam as regras de consumo. O e-commerce permite que as empresas alcancem consumidores em escala global, ampliando significativamente o potencial do mercado.

O poder da criatividade e da inovação digital

Estar no ambiente digital não requer investimentos massivos. Empreendedores de pequeno porte podem (e devem) se destacar nas redes sociais e no WhatsApp, utilizando a criatividade para atrair consumidores. Por outro lado, a presença virtual não substitui a física; ambas se complementam, oferecendo aos consumidores uma experiência de compra integrada e, assim, consolidando-se como uma tendência duradoura.

Desafios logísticos e inovações tecnológicas

sucesso do comércio eletrônico trouxe consigo desafios logísticos, especialmente em relação à entrega eficiente, ou seja, cada vez mais rápida. Empresas investem em soluções como drones e robótica, além de parcerias com operadores logísticos, para superar esse desafio. A diversificação de canais de entrega é crucial para atender às expectativas dos consumidores, que, a depender das próprias necessidades, preferem pagar um pouco mais para receber o quanto antes a mercadoria. Por outro lado, o gerenciamento de custos relacionados a frete e devoluções pode ser complexo, afetando a lucratividade do negócio. É importante que o empreendedor faça um planejamento dos custos de entrega e da logística reversa para não comprometer a sua competitividade no mercado.

Segurança cibernética e proteção da privacidade

Com o aumento das transações online, a segurança cibernética e a proteção de dados do cliente se tornaram prioridades. Empresas implementam medidas rigorosas para manter a confiança do consumidor, evitando vazamentos de dados que possam comprometer a reputação e resultar em sanções pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Disseminar a cultura da segurança de dados através de treinamentos dos colaboradores da empresa e investimentos em tecnologias são fundamentais para evitar maiores prejuízos com o vazamento de dados e outros crimes virtuais.

Inteligência Artificial e personalização no e-commerce

A Inteligência Artificial (IA), a análise de dados e a personalização desempenham papéis fundamentais nas empresas, que utilizam essas tecnologias para oferecer recomendações personalizadas, aprimorar a experiência do usuário e otimizar operações. O uso estratégico dessas ferramentas se tornou essencial para manter a competitividade.

Com a IA, o consumidor pode dispor de um atendimento 24 horas por dia durante os sete dias da semana, melhorando a experiência de compra, ou de um rápido serviço de pós-vendas. A empresa que vende nos canais físico e online pode ter uma melhor otimização do estoque, inclusive evitando que o cliente compre algum produto na plataforma digital que já não esteja mais disponível no estoque, porque foi vendido na loja física. Outro ponto importante a ser considerado é que a IA é capaz de mapear as preferências do público, tornando as experiências cada vez mais personalizadas.

Competição acentuada e estratégias diferenciadas

O crescimento do comércio eletrônico intensificou a concorrência. Estratégias de marketing, experiência do usuário e serviços pós-venda se tornaram diferenciais essenciais. Benefícios como o cashback  e cartões fidelidade contribuem para gerar recorrência de compra, enquanto profissionais de vendas e pós-vendas são importantes para atender às demandas dos clientes.

IA e desafios éticos e regulatórios

A IA é central na competitividade, acelerando processos. No entanto, o seu uso levanta preocupações éticas e regulatórias, como concentração de poder, vieses discriminatórios e impacto ao mercado de trabalho. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) defende uma abordagem flexível, adaptável às rápidas mudanças, garantindo proteção de direitos sem sufocar a inovação. A Entidade entende que eventuais problemas decorrentes do uso da IA, se surgirem, poderão ser resolvidos caso a caso, em função das leis já existentes, como o Código Civil, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), além da própria Constituição Federal.

O caminho para uma regulamentação adequada

É um contexto desafiador que se tem daqui para a frente. Refletir se, quando e em que nível regular a IA é fundamental, buscando a proteção de direitos, mas sem impedir ou burocratizar ainda mais a inovação no Brasil. A pressa no tema é sinônimo de risco de obsolescência regulatória. Enquanto o debate global sobre a regulamentação da ferramenta continua, é crucial que o Brasil evite a pressa, buscando um equilíbrio entre a proteção de direitos e a promoção da inovação. A FecomercioSP está atuando no Senado a fim de propor uma abordagem principiológica e menos prescritiva do Marco Civil da Internet (2014).

Investimento na qualificação da mão de obra e desenvolvimento sustentável

Em meio a esse cenário desafiador sobre regular ou não a IA, a Federação entende que a prioridade deve ser um plano nacional de qualificação da mão de obra voltada a essa era digital, além de fortalecer ecossistemas em torno da capacidade humana e facilitar o ingresso de pequenas e médias empresas no setor. A coexistência harmoniosa entre o intelecto humano e a IA é essencial para a participação ativa na economia digital em constante evolução. Outro ponto que deve ser levado em conta é que o consumidor brasileiro está cada vez mais preocupado com temas ligados à preservação do meio ambiente, responsabilidade social e critérios de controle das empresas (ESG – Meio ambiente, Social e Governança), podendo ser fatores determinantes do consumo.

Regulamentação contínua em um mundo em transformação

Por fim, a regulamentação do comércio eletrônico continua a evoluir para abordar questões como tributação, proteção do consumidor, concorrência e tecnologias emergentes. Por isso, as empresas devem permanecer atentas às mudanças regulatórias para garantir conformidade bem como o setor privado deve estar cada vez mais presente nas discussões com o poder púbico sobre eventual legislação que possa ter impacto para o ecossistema. O futuro do comércio eletrônico será moldado por inovações tecnológicas, aprimoramentos logísticos e um foco crescente na segurança e na personalização da experiência do cliente.

 https://www.fecomercio.com.br/noticia/comercio-eletronico-desafios-e-oportunidades-para-2024

Marketplaces asiáticos acirram competição

Varejistas nacionais querem fim da isenção do imposto de importação para compras de até US$ 50.

Impulsionado pela pandemia, o comércio on-line cresceu exponencialmente e mudou de patamar no Brasil. Em 2019, o segmento movimentava R$ 57 bilhões e, no ano passado, atingiu R$ 187 bilhões, com celulares e televisores liderando a preferência dos consumidores, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDI).

Depois do boom nos primeiros anos da covid, no entanto, o ritmo de expansão anual diminuiu – até pela base de comparação mais alta – o que têm acirrado a competição no segmento. No ano passado, o crescimento foi de 20% na comparação com 2021, segundo o MDIC. No primeiro semestre deste ano, levantamento da NIQ Ebit mostra queda de 7,3% no faturamento do varejo on-line, indicando a opção dos consumidores por itens mais baratos.

Ao mesmo tempo, o avanço dos marketplaces asiáticos no mercado também esquentou a disputa entre as empresas. Ranking de outubro deste ano, divulgado pela Agência Conversion a partir de dados da Similarweb, mostra a Shopee, com sede em Cingapura, como o terceiro marketplace mais acessado do país, com uma participação de 6,6%, atrás apenas do líder Mercado Livre (13,8%) e da Amazon (8,2%). Magazine Luiza aparece em quarto lugar, enquanto as chinesas Shein e AliExpress estão na sexta e sétima colocação.

Para Jorge Gonçalves Filho, presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), a indústria brasileira está prejudicada pela competição desigual com os sites estrangeiros. “Essa questão está posta no mundo inteiro. Alguns países, como Espanha, bloquearam esses canais. Da forma como está, é impossível competir com os produtos que chegam em massa da China subsidiados e com custo trabalhista bem menor. O governo está desprotegendo o varejo nacional e algumas lojas estão fechando”, critica.

A entidade pleiteia, em ação no Supremo Tribunal Federal (STF), o retorno da cobrança do Imposto de Importação (IPI) sobre todas as mercadorias que chegam do exterior. Em agosto, entrou em vigor o Remessa Conforme, programa da Receita Federal que garante isenção do imposto de importação para compras de até US$ 50 feitas nas plataformas cadastradas (em contrapartida, as empresas fornecem ao governo informações antecipadas sobre as remessas do exterior).

Antes disso, vigorava o imposto de importação de 60% no comércio eletrônico para produtos de todas as faixas de preço. Mas havia muita evasão fiscal nas remessas de menor valor, com fraudes cometidas por vendedores estrangeiros que se identificavam como pessoas físicas (e não empresas) nas plataformas internacionais para fugir da tributação. A intenção do governo com o Remessa Conforme foi combater essas brechas nos controles de importação.

O IDV calcula que a alíquota de 60% deveria ser reajustada para 74% para igualar a carga tributária incidente sobre a produção estrangeira à nacional. “Fizemos estudos e chegamos à conclusão que o produto importado paga apenas R$ 1 de imposto enquanto o produto nacional paga R$ 5. O e-commerce tem futuro e não vai parar de crescer, mas essa competição tem que ser justa”, frisa. A esperança dos empresários associados ao IDV é que o benefício tributário seja revertido ainda neste ano.

Nesta semana, o Valor informou que a Receita Federal deve concluir balanço do programa Remessa Conforme em 5 de dezembro, o que servirá de base para o governo decidir a alíquota que será cobrada sobre as importações de até US$ 50 no ano que vem.

A Shopee é a 3ª plataforma mais acessada no país, enquanto a Shein está em 6º, e a AliExpress, em 7º.

O AliExpress Brasil, do grupo chinês Alibaba, um dos maiores do e-commerce mundial, reúne mais de 8 milhões de vendedores em seu site oferecendo desde perucas até máquinas de corte a laser. A divisão global de e-commerce do conglomerado anunciou, há duas semanas, que vem crescendo a dois dígitos ao ano.

De acordo com balanço financeiro do grupo, o AliExpress cresceu 53% no terceiro trimestre comparado com o mesmo período de 2022. Não são informados dados específicos de Brasil. O canal Choice, que faz parte da estratégia de crescimento acelerado da companhia, está disponível no site nacional garantindo entrega rápida de produtos da China. Lâminas de barbear, toalhas e brinquedos são oferecidos a partir de R$ 5.

Já a Shopee, do grupo Sea Limited, conta que o mercado brasileiro é uma das suas principais apostas. “Vamos continuar investindo e desenvolvendo a logística no Brasil. Por aqui, a participação do varejo on-line em relação ao total de compras é de cerca de 12% apenas, então, temos um espaço enorme para crescer”, afirma Felipe Piringer, head de marketing da Shopee. O marketplace, que opera no país há três anos com dois escritórios em São Paulo, também não revela o faturamento.

A Shopee ressalta que 90% das vendas da plataforma são efetuadas pelos mais de 3 milhões de empreendedores brasileiros. A empresa não informa o número de vendedores da Ásia ativos. “A operação tem crescido bastante, sim. Frete grátis em compras acima de R$ 10, a segurança da entrega e o engajamento por meio de games são nossos diferenciais competitivos”, afirma Piringer.

A Shein, forte nos segmentos de moda e beleza, também vê o Brasil como mercado estratégico na América Latina ao lado do México. A empresa já abriu lojas temporárias em São Paulo, Rio, Salvador e Belo Horizonte. Em São Paulo, o evento atraiu uma multidão e a empresa precisou limitar a permanência das clientes na loja em 20 minutos. Em Belo Horizonte, os ingressos para acesso à loja esgotaram-se em uma hora. Em abril, a Shein anunciou investimentos de R$ 750 milhões no setor têxtil brasileiro nos próximos anos, para aumentar a venda de produtos feitos aqui, e já começou a produzir com parceiros nacionais.

O Instituto Brasileiro dos Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) estima que a Shein fature R$ 16 bilhões este ano, o que a classificaria como décima primeira no ranking Ibevar-FIA 2023 das maiores varejistas do país.

‘https://valor.globo.com/publicacoes/especiais/servicos-digitais/noticia/2023/11/30/marketplaces-asiaticos-acirram-competicao.ghtml

Black Friday 2023: pequenos e médios varejistas crescem no período, diz Neotrust

A Black Friday 2023 não foi como o esperado, conforme mostraram os dados do painel Hora a Hora, da Confi.Neotrust. No entanto, em recortes mais específicos do setor, viu-se esperança entre pequenos e médios varejistas. Ambos, segundo Luiz Cambraia, head de Vendas da Neotrust, tiveram resultados ímpares neste ano.

Em levantamento consolidado uma semana após a Black Friday, a Neotrust apresentou um panorama positivo para ambas classes de empresas. Nos principais índices (faturamento, pedidos e ticket médio), a comparação entre grandes, médios e pequenos players ficou da seguinte forma:

“Não foi como esperávamos e uma série de fatores contribuíram para isso, como a queda na venda de eletrônicos e o fato da Black Friday ter sido, na verdade, uma Black November”, explicou Cambraia.

Para o gráfico, entende-se que médios e pequenos varejistas entender melhor o novo conceito da Black Friday em 2023. O início das promoções e do fomento à data foi muito antes neste universo, o que pode ter influenciado nos resultados melhores.

Outro fator positivo, como já citado logo ao fim da Black Friday, foi o número de produtos adquiridos por pedido. O número deste ano, que chegou a média acima de três itens por compra, pode representar um ponto de exploração para os próximos anos.

“Acredito que há oportunidades, seja pela amplitude ou maturidade atual do mercado brasileiro, de aumentar o número médio de itens comprados nas Black Friday’s que virão. Somos benchmarking para outras regiões e nossa estratégia, de forma geral, pode ser ainda melhor de 2024 em diante”, salienta o executivo.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/black-friday-2023-pequenos-e-medios-varejistas-crescem-no-periodo-diz-neotrust

Black Friday tem desempenho abaixo de 2022, apesar de bons resultados das gigantes varejistas

Consumidores mais conscientes e endividamento das famílias freiam gastos na data, mas lojistas apostam em Natal melhor.

A Black Friday de 2023 apresentou um quadro complexo para o comércio brasileiro. Enquanto alguns setores enfrentaram desafios e tiveram baixa procura por produtos, outros segmentos mostraram força e apresentaram resultados satisfatórios. Promoções pouco atraentes, endividamento das famílias e um esticamento do período de promoções contribuíram para o enfraquecimento da data, famosa nos EUA, porém ainda engatinhando no seu décimo-terceiro ano no Brasil.

De acordo com dados da Confi.Neotrust e ClearSale, empresa que monitora o volume de vendas on-line no país, o comércio apresentou uma queda de 16,3% nas vendas no dia em comparação ao ano anterior, com 8,2 milhões de pedidos. Esse resultado expõe a dificuldade das empresas em levar os consumidores às compras no dia de promoções e mostra um grau de desconfiança com as “Black Fraudes”, termo muito utilizado na internet para se referir às manipulações de políticas de descontos praticadas por algumas empresas.

Um dos motivos para esse resultado é o prolongamento das promoções para todo o mês de novembro. Enquanto nos EUA, os descontos agressivos servem para “limpar” o estoque das lojas para o Natal, o Brasil criou a famosa “Esquenta Black Friday”, que se tornou um atrativo para que os consumidores pesquisem com mais calma e tenham tempo de planejar as compras.

Sérgio Scarpelli, head de criação da Agência Amithiva, acredita que esta tendência veio para ficar. “Com essa estratégia, vemos os consumidores comprando de forma mais constante durante um período maior, não focando apenas na data da promoção”, explica. Este cenário demonstra um comportamento mais consciente por parte dos clientes, que podem pesquisar por um período maior e planejar a compra com mais tranquilidade.

A postura mais responsável fez com que as grandes varejistas se programassem há mais tempo e preparassem promoções mais tentadoras. O publicitário Leopoldo Jereissati acredita que o mercado está em um momento de maturidade. “Nos primeiros anos de adesão no Brasil, o varejo e a indústria ainda estavam desorganizados. Agora, a data é hiperconhecida e conquistou um apelo significativo no imaginário do brasileiro. As marcas se preparam para uma data mais madura e consumidores mais atentos”, disse.

Foi o caso da empresária Jessyca Polyanna, 39 anos, que faz parte do grupo que não comprou nenhum item na Black Friday. “Eu queria comprar um ar-condicionado, mas não consegui. Passei grande parte do mês procurando na internet um aparelho que estivesse dentro do meu orçamento, mas não encontrei”, lamentou.

Segundo ela, o calor fez com que a demanda aumentasse e os preços subissem. “Cheguei a ir no shopping para comprar na loja física, mas os preços estavam altíssimos, e os que estavam mais acessíveis não tinham em estoque. Sem condição. Agora vou esperar essa época passar para ver se encontro algum mais em conta”, explica.

Essa “atenção” por parte dos clientes apontam para um problema ainda mais amplo: o endividamento das famílias, que reduz consideravelmente o poder de compra a pouco mais de um mês para o Natal. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 87% das famílias brasileiras têm dívidas com cartão de crédito. Já o levantamento “Perfil e Comportamento do Endividamento Brasileiro 2023”, do Serasa, mostra que, das dívidas feitas no cartão de crédito, 46% são de itens como eletrodomésticos, roupas e outros.

Pesquisas na internet por preço

Quem decidiu aproveitar a data para comprar algum item desejado preferiu pesquisar antes, em vez de sair às ruas. Um dos sintomas dessa busca por promoções que, de fato, valham a pena é a alta no volume de tráfego na internet. Uma pesquisa da empresa de e-commerce Criteo apontou que o tráfego da web no Brasil foi forte durante todo o fim de semana.

Somente na sexta-feira, 24 de novembro, a movimentação online aumentou 36% em comparação com 2022. Quando ampliamos o período para o sábado, 25, e domingo, 26, o tráfego online aumentou 26% se comparado ao ano anterior.

Busca on-line favoreceu gigantes varejistas

Uma preparação mais adequada e poder de negociação com fornecedores explica o bom resultado de gigantes varejistas como Magazine Luiza e Tele-Rio. A empresa paulista divulgou que, segundo o Google, foi a mais buscada durante a data e, somando as duas principais lojas de aplicativos para dispositivos móveis, o app de varejo apresentou o maior número de downloads.

Esse resultado gerou em número recorde de vendas. Segundo a assessoria da varejista, a Black Friday de 2023 foi a mais rentável da história. Entre os itens mais vendidos estavam televisores e smartphones, travesseiros e pneus — além de grande procura por fritadeiras elétricas. No site de tecnologia do grupo, o destaque foi o Playstation 5. A empresa afirmou que o número de consoles vendidos, se empilhados, teriam a mesma altura de dez torres Eiffel.

Armando Asenjo, Gerente Comercial da Tele-Rio, varejista que atua há 65 anos no Rio de Janeiro, também celebrou o bom resultado no período. Segundo ele, as vendas na Black Friday de 2023 superaram em dois dígitos o resultado no ano anterior.

Segundo o gerente, a onda de calor que castigou a cidade na semana anterior influenciou as buscas dos consumidores. “Tivemos uma procura bem acima do esperado por refrigeradores e, principalmente, de modelos grandes. Máquinas de lavar e fogões também foram muito demandados. Parece que os clientes aproveitaram para renovar o enxoval da casa para o Natal”, disse.

Outros itens tradicionais como televisores e videogames também se mantiveram entre os destaques. A única baixa entre os produtos mais desejados durante o período, segundo Asenjo, foram os smartphones. “Foi uma surpresa negativa. Sempre esperamos uma boa saída, mas desta vez ficaram atrás de outros itens”, complementou.

O gerente afirmou que a empresa manteve algumas promoções até a última segunda-feira, 27, e já se prepara para o Natal. “Pelo resultado da Black Friday, as expectativas para o Natal até cresceram, estamos animados e revisando e melhorando as nossas ofertas”, disse.

Pesquisa mostra otimismo entre os lojistas cariocas 

Se no dia da Black Friday, o tempo ruim e as promoções nem sempre tão atraentes esfriaram o ânimo dos consumidores, para o Natal — data que representa cerca de um terço do faturamento anual para o setor — a expectativa está aquecida.

Uma pesquisa realizada pelo Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e Sindicato dos Lojistas do Comércio do Rio de Janeiro (SindilojasRio) apontou que grande parte dos comerciantes cariocas acredita em um acréscimo de 6% nas vendas para o período. Foram ouvidos 350 empresários em todo o município.

De acordo com o CDLRio, os comerciantes planejam diversas atrações para atrair os consumidores: promoções, kits temáticos, liquidações, brindes e sorteios. Além disso, os estabelecimentos pretendem oferecer planos de pagamentos facilitados para os clientes não saírem com as mãos vazias. Os lojistas acreditam que itens mais procurados serão roupas, calçados, brinquedos, bolsas e acessórios, celulares, perfumaria/beleza e bijuterias.

Sara Valente, 30 anos, aproveitou a Black Friday para presentear o filho com uma televisão. Com a chegada do Natal, a dona de casa vai apertar os cintos, presentear apenas parentes mais próximos, e já definiu o valor máximo.

“Estou pensando em comprar roupas e perfumes, que estão mais em conta e todo mundo gosta. Além disso, cada um não vai passar de R$ 100”, disse. Sara também vai dar preferência às lojas que facilitarem o pagamento a prazo. “Se puder parcelar, eu vou fazer, sim”, concluiu.

Para 59% dos lojistas entrevistados, o preço médio dos presentes por pessoa deverá ser de R$ 200, e os clientes deverão utilizar o cartão de crédito como forma de pagamento, seguido pelo cartão de débito, Pix e, por último, dinheiro. Para aumentar as vendas, 60% dos entrevistados disseram que pretendem abrir as lojas nos domingos de dezembro e estender o horário de atendimento. Para isso, 68% dos lojistas de rua planejam aumentar a segurança com equipes de apoio e melhorar o monitoramento com câmeras.

Segundo Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio, o otimismo para o Natal é reflexo do clima que a data inspira e também se justifica pelo comportamento da economia e dos resultados dos indicadores econômicos que impactam a atividade. “Por exemplo, a queda da taxa de desemprego que, no primeiro trimestre, estava em 8,8%, caiu para 7,7%, com cerca de 100 milhões de pessoas ocupadas, número que tende a crescer”, disse.

Ele destaca que a inflação domesticada também colabora para a perspectiva otimista. “No âmbito industrial, nos nove primeiros meses deste ano, os preços ao produtor registraram deflação (-5,43%). Hoje, sem os efeitos da pandemia e com os mercados equilibrados, a inflação ao consumidor segue trajetória declinante. No acumulado até outubro cravou 3,75%, ao passo que em igual período de 2022 ficou mais elevada (4,70%).

Como os indicadores estão melhores em 2023 e as chances de a economia brasileira repetir a taxa de crescimento de 2022 ainda são boas, o comércio se beneficia. O ambiente econômico dita o comportamento do consumidor. É a economia em desenvolvimento harmonioso que sustenta os ciclos de produção, emprego, consumo e progresso social. Não se conhece fórmula diferente”, conclui Aldo.

Expectativa para o 13º salário

Segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a chegada do 13º salário promete injetar R$ 291 bilhões na economia brasileira até dezembro. O montante projetado para 2023 representa cerca de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB).

‘https://odia.ig.com.br/economia/2023/12/6750785-black-friday-tem-desempenho-abaixo-de-2022-apesar-de-bons-resultados-das-gigantes-varejistas.htm

Grandes varejistas em favelas: inclusão econômica e desafios logísticos do e-commerce

À medida que as grandes varejistas busquem estratégias de se posicionar nas favelas, a necessidade de abordar desafios logísticos e sociais se tornará ainda mais presente.

As favelas, muitas vezes esquecidas pelos grupos econômicos e empresas no Brasil e, em muitos casos, apontadas como áreas de risco para a operação de entrega do e-commerce, são importantes núcleos de vida e cultura, com população estimada em 17,1 milhões de pessoas, segundo uma pesquisa do Instituto Locomotiva, em parceria com o Data Favela e a Central Única das Favelas (Cufa).

Porém, nos últimos anos, uma tendência notável começou a emergir: grandes varejistas estão estabelecendo bases nesses espaços anteriormente negligenciados. Por um lado, essa iniciativa promove a inclusão econômica e social dessas comunidades, porém, há uma série de desafios logísticos que precisam ter um olhar especializado, além de um planejamento estruturado.

Quando pensamos no tema de inclusão econômica e social a presença de grandes varejistas nas favelas gera um impacto direto na economia local. A criação de empregos em lojas, a distribuição e os serviços auxiliares proporcionam uma chance valiosa para os moradores.

No tema de impacto na economia local podemos contar com uma perspectiva de substancial crescimento influenciado pela presença de empresas locais que farão parte da operação de logística de grandes varejistas, ou seja, tais organizações usarão a mão de obra dos moradores locais.

Além disso, programas de capacitação e treinamento oferecidos pelas empresas podem ajudar no desenvolvimento de habilidades profissionais e pessoais, aumentando as perspectivas de carreira dos residentes.

Esse movimento também gera potencial aumento na circulação de investimento na região, estimulando o crescimento de pequenos negócios, como mercearias e restaurantes, criando um ciclo de desenvolvimento econômico que beneficia toda a comunidade.

Pelo lado dos desafios logísticos, que são uma consequência dessas iniciativas, é preciso considerar que as favelas frequentemente apresentam infraestrutura limitada e densidade populacional alta, o que dificulta a logística de entrega de produtos e o gerenciamento de estoque.

Por isso, a adaptação dessas condições exige criatividade e investimento em soluções específicas para operar de forma eficaz. Abaixo são apresentados quatro desafios sob a ótica do risco:

Relacionamento institucional: o estabelecimento de relações comunitárias é um fator crucial para o sucesso das grandes varejistas. Empresas que adotam uma abordagem colaborativa, envolvendo-se com os líderes locais, ouvindo as necessidades da comunidade e implementando programas sociais voltados para o bem-estar dos moradores, tendem a construir parcerias mais sólidas e sustentáveis.

Análise dos riscos: tem como foco garantir um estudo completo do trabalho de análise dos riscos, levando em conta a complexidade na implantação de uma base para armazenamento dos produtos e a definição do modelo que a logística irá se utilizar para as entregas. Vale ressaltar que cada estado, cidade e até região possui riscos diferente e devem ser detalhados nesta abordagem.

Planejamento de ações de mitigação: com base nas análises, é necessário planejar a implantação das recomendações para mitigar os riscos antes do início das atividades. Vale ressaltar a necessidade de elaborar o mapa sobre como será o monitoramento e as estratégias de gestão de crises em casos de ocorrências.

Inteligência e estudo dos hábitos e indicadores: uma ação imprescindível para qualquer operação que tenha projeção de se manter atualizada e sustentável no segmento do varejo e e-commerce é a do investimento e esforço direcionado para a inteligência, elaborando estudos que possam mapear de forma on-line os hábitos de consumo e os riscos para a operação. Nesse sentido, são recomendadas a utilização de núcleos de inteligência para tais fins.
O e-commerce no Brasil tem um grande potencial de desempenhar um papel significativo nas favelas, uma relação sustentável para todos, oferecendo oportunidades econômicas e melhorando o acesso a produtos e serviços para essa população, que normalmente fica esquecida e negligenciada.

À medida que as grandes varejistas busquem estratégias de se posicionar nas favelas, a necessidade de abordar desafios logísticos e sociais se tornará ainda mais presente.

A tecnologia e a inteligência, como soluções de entrega inovadoras, monitoramento inteligente dos riscos e métodos de gestão eficientes, podem desempenhar um papel crucial na superação desses obstáculos. Ao fazer isso, as grandes redes podem contribuir para uma transformação genuína e benéfica nas favelas.

*Paulo Murata e Marcelo Oliveira são, respectivamente, gerente e consultor na área de Segurança Empresarial da ICTS Security

‘https://mundologistica.com.br/artigos/grandes-varejistas-em-favelas-inclusao-e-desafio-logistico

AliExpress anuncia R$ 10 mi em descontos e itens a R$ 11,11 para o Dia dos Solteiros

Muito popular na China, data foi criada pelo próprio Grupo Alibaba em 2009.

Para comemorar o Dia dos Solteiros, celebrado no dia 11 de novembro, a plataforma de e-commerce chinesa AliExpress oferecerá descontos chamativos aos consumidores, além de apostar na presença de influenciadores digitais em suas campanhas. As ações vem sendo divulgadas desde o dia 26 de outubro.

Este movimento, também chamado de 11.11, foi criado pelo próprio Grupo Alibaba, dono do AliExpress, em 2009 e é extremamente popular na China, sendo o período mais importante para vendas do grupo, acima até mesmo da Black Friday.

As estratégias para o aumento das vendas começarão já no primeiro dia do próximo mês. Até 10 de novembro, às 11h11 de todos os dias, o AliExpress ofertará diversos produtos com valores a partir de R$ 11,11.

Segundo a diretora do AliExpress no Brasil, Briza Bueno, R$ 10 milhões em descontos e frete grátis serão oferecidos pela plataforma. Além disso, itens selecionados presentes na categoria ‘Choice’ terão 20% de desconto extra.

A executiva disse ainda que o planejamento contará com uma ação de marketing encabeçada por 100 influenciadores que atuarão como embaixadores oficiais da marca. Eles devem criar conteúdo para redes sociais a partir de produtos recebidos e, para isso, contarão com a ‘AliHouse’, um hub para criação de conteúdo que será decorado com produtos vendidos pelo e-commerce.

O espaço será inaugurado pela apresentadora Fernanda Souza em uma live no Dia dos Solteiros.

“O 11/11 é o maior evento de varejo do mundo. As estimativas são de que as vendas tenham sido de US$ 157 bilhões, e esse número é 10 vezes maior do que a Black Friday americana. Por isso, para nós, esse é o principal evento do ano”, destaca Bueno. “Aqui no Brasil, estamos querendo fazer um evento muito forte. Já temos feito isso nos últimos anos e temos conseguido mobilizar bastante os brasileiros para estarem perto desse evento”.

A plataforma contará ainda com o programa ‘Compartilhe e Ganhe’, onde todos os consumidores com cadastro no AliExpress podem indicar produtos para terceiros e ganhar até 15% do valor do item em saldo na sua carteira caso eles sejam comprados.

Valores sobre o investimento nas ações de marketing e sobre o faturamento esperado com o Dia dos Solteiros em 2023 não foram divulgados pelo AliExpress.

‘https://administradores.com.br/noticias/aliexpress-anuncia-r-10-mi-em-descontos-e-itens-a-r-1111-para-o-dia-dos-solteiros

Renda média das famílias das comunidades periféricas alcança R$ 3.036,23

O estudo revela uma leve predominância de mulheres consumidoras nas favelas.

A renda média das famílias das comunidades periféricas do País alcança R$ 3,036,23 e gera um potencial de consumo que supera R$ 167 bilhões ao ano, com a maioria dos consumidores pertencentes à classe C. Os dados foram divulgados no levantamento “Persona Favela I Dia da Favela 2023”, desenvolvido pelo Nós – Pesquisas.

Com mais de 6 mil comunidades distribuídas pelo País, um número superior a 12 milhões de habitantes e 4 milhões de famílias, as favelas representam um importante canal para o fortalecimento do ambiente de negócios nacional.

O estudo revela uma leve predominância de mulheres consumidoras nas favelas (51%). A predominância etária do público, por sua vez, foi a faixa etária de 25 a 49 anos (30%).

Além disso, há uma ampla diversidade de produtos consumidos: dos produtos de cuidados pessoais e higiene – que movimentaram mais de R$ 465 milhões em 2023 considerando as maiores comunidades do País – ao consumo digital de aplicativos, streaming e serviços financeiros; há diferentes indicadores que demonstram o quanto a população das favelas é um termômetro relevante para as tendências econômicas do País.

“Quando consideramos os fatos coletados na pesquisa, não é difícil afirmar que a favela tem poder de compra e uma ampla capacidade de movimentar o mercado. A favela gera renda, negócios, consumo e é onde empresas, marcas e anunciantes atentos a todo esse potencial econômico devem estar”, explica Emilia Rabello, fundadora e CEO da holding Nós, o Novo Outdoor Social.

A beleza nas favelas
Os indicadores revelam que a percepção de beleza nas comunidades brasileiras vem mudando ao longo dos últimos anos e gera reflexos sobre o consumo de produtos de beleza, moda e higiene nas comunidades periféricas.

Segundo o levantamento, 7 em cada 10 moradores das maiores favelas do País relatam essa mudança de perspectiva, especialmente entre mulheres (74%) e pretos/pardos (72%). Dentro desse contexto, 66% declaram comprar ou usar produtos de acordo com as características físicas (tipo de pele e de cabelo).

Entre os homens, chama a atenção a busca por profissionais de beleza, feita por 79% do público masculino das favelas. De modo geral, a busca por um especialista em serviços de beleza é feita por 7 a cada 10 moradores de comunidades, especialmente aqueles que atuam nas próprias favelas (91%), sendo o principal fator de escolha a confiança no atendimento do profissional (82%).

Em termos quantitativos, além do consumo de produtos de higiene e cuidados pessoais, que superou R$ 465 milhões nas maiores favelas do País em 2023, merece destaque também a compra de itens de moda, como calçados (R$ 80,4 milhões).
‘https://mercadoeconsumo.com.br/07/11/2023/economia/renda-media-das-familias-das-comunidades-perifericas-alcanca-r-303623/

Shein lança seção de “Lojas de Moda” para apoiar os vendedores brasileiros

A categoria visa dar maior visibilidade aos vendedores de moda nacional.

Com o objetivo de consolidar e expandir seu ecossistema no Brasil, a Shein anunciou a criação de uma seção em seu aplicativo e site para apoiar marcas de roupas brasileiras, visando dar maior visibilidade aos vendedores de moda. Ao aderirem à categoria “Lojas de Moda”, os vendedores podem agrupar todos os seus produtos em um só lugar, destacando-se como marcas de moda para os clientes da Shein no Brasil.

As Lojas de Moda foram desenvolvidas para impulsionar as vendas dos vendedores brasileiros que utilizam a plataforma da Shein. Elas oferecem um espaço personalizado no aplicativo e no site, aumentando a exposição da loja aos consumidores. Isso leva a um aumento no tráfego, o que por sua vez resulta em um maior volume de vendas.

“Sabemos que muitos dos pequenos empreendedores não têm capital para investir na profissionalização do negócio e foi isso que também nos motivou a lançar as Lojas de Moda. Com a iniciativa, vamos acelerar o crescimento desses vendedores e apoiá-los com as ferramentas necessárias para fazer com que sejam reconhecidos como grandes marcas de moda”, afirma Raul Jacob, diretor de Marketplace da Shein.

Além disso, os vendedores têm a oportunidade de participar das campanhas orgânicas dos influenciadores digitais associados à marca, divulgando seus produtos nas redes sociais fora do ambiente da Shein. A empresa também oferece suporte aos vendedores, fornecendo dados que mostram o comportamento do consumidor, incluindo suas preferências de compra e estilo.

Compromisso com o Brasil
Em 2023, a Shein lançou seu marketplace no Brasil, contando atualmente com mais de 10 mil vendedores, o que representa quase metade das vendas totais no País. Estima-se que até 2024, as Lojas de Moda comporão 50% das vendas de vestuário no marketplace.

“Nossa meta para as Lojas de Moda contribui para acelerar ainda mais nosso compromisso firmado com o Brasil no início deste ano. Queremos apoiar empreendedores de todo o País e ajudá-los a se tornarem marcas de moda reconhecidas, o que é um diferencial da empresa”, completa.

A Shein anunciou em abril deste ano um compromisso significativo com o Brasil, com o objetivo de modernizar a produção têxtil e transformar o país em um centro de exportação para a América Latina. A empresa espera que 85% de suas vendas sejam provenientes de produtos locais até 2026, incluindo tanto a produção têxtil brasileira quanto os itens disponíveis no marketplace.

‘https://mercadoeconsumo.com.br/07/11/2023/ecommerce/shein-lanca-secao-de-lojas-de-moda-para-apoiar-os-vendedores-brasileiros/

No e-commerce, PMEs vendem 92 mil livros no terceiro trimestre

A compra de livros no e-commerce ganha mais popularidade ao longo dos anos. Com players conhecidos decretando fechando de lojas físicas, como a Saraiva de forma mais recente, as pequenas e médias empresas (PMEs) alcançaram um local de destaque.

De acordo com dados da Nuvemshop, no terceiro trimestre de 2023, o faturamento das lojas virtuais do segmento cresceu 22% em relação ao mesmo período de 2022. O resultado em números chegou a R$ 5,5 milhões, contabilizando 92 mil livros vendidos.

A quantidade de itens do gênero comercializados cresceu 15% ante 2022. “Sabemos o quanto os grandes marketplaces têm um papel de destaque nas vendas online de livros hoje, mas esse levantamento mostra o quanto há espaço para as pequenas e médias livrarias e editoras crescerem suas vendas online. Muitas dessas lojas aproveitam o grande alcance das redes sociais para criar uma comunidade leal de seguidores e leitores, promovendo ações de engajamento e promoções exclusivas”, comenta Guilherme Arantes, especialista em e-commerce da Nuvemshop.

Com relação aos principais canais utilizados na compra de livros, a Nuvemshop identificou que 76,5% das vendas foram geradas pelo direcionamento do Instagram para a loja virtual e outros 18,5% pelo Facebook.

Já na questão dos pagamentos, o Pix foi a preferência de 51% consumidores, ultrapassando o cartão de crédito (40%) pela primeira vez. O ticket médio foi de R$ 130 no período.

O levantamento da Nuvemshop foi divulgado em comemoração ao Dia Nacional do Livro, em 29 de outubro. Para a realização dele, a companhia analisou vendas dos lojistas brasileiros da categoria Livros em sua plataforma entre julho e setembro para 2022 e 2023.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/no-e-commerce-pmes-vendem-92-mil-livros-no-terceiro-trimestre

E-commerce brasileiro dobra faturamento de 2019 a 2023

Crescimento é impulsionado pela mudança no comportamento do consumidor, com mais de 50% das transações realizadas via smartphones em 2023.

O e-commerce brasileiro passou por um crescimento exponencial, seu faturamento dobrou de 2019 a 2023. De acordo com dados fornecidos pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a expectativa é que atingir a marca de R$ 185,7 bilhões até o final do ano, comparado aos R$ 90 bilhões de 2019. Este fenômeno é uma narrativa que reflete a rápida adaptação dos consumidores às mudanças. A pandemia, em particular, desempenhou um papel fundamental na transformação do comportamento do consumidor e na popularização do e-commerce. Comprar online deixou de ser apenas uma escolha conveniente e se tornou uma necessidade.

O diretor de inteligência de mercado da ABComm, Alexandre Crivellaro, observa que essa consolidação do e-commerce brasileiro é uma comprovação da resiliência do setor. “Com o aumento repentino dos pedidos, as empresas tiveram que se reinventar, investindo em novas plataformas, aprimorando a logística, expandindo as opções de pagamento e otimizando sua infraestrutura, com foco especial na experiência mobile”, enfatiza. Além disso, o receio anterior em relação à segurança nas compras online cedeu espaço à necessidade, tornando-se um hábito na rotina dos consumidores.

Compras em dispositivos móveis
Uma das transformações observadas na jornada de compras no e-commerce brasileiro é a ascensão do uso de dispositivos móveis. De 2019 a 2023, a participação das compras realizadas via smartphones passou de 42% para mais de 50% de todos os pedidos. Isso representa um crescimento constante ano após ano.

Essa tendência de compras via dispositivos móveis não apenas simplifica a vida dos consumidores, mas também proporciona às empresas uma oportunidade de se envolverem de forma direta e personalizada com seus cliente.

Amazon se destaca no e-commerce brasileiro
Enquanto o e-commerce brasileiro registra um crescimento notável, a gigante global Amazon superou as expectativas no terceiro trimestre de 2023, com um aumento de vendas de 13%, atingindo US$ 143,1 bilhões. Este desempenho destaca a importância de estratégias inovadoras e resiliência nos negócios, aspectos que a Amazon dominou em seu caminho para se tornar uma potência global do e-commerce.

A Amazon não é apenas uma referência no e-commerce brasileiro, mas também uma empresa que investe na diversificação de serviços. No terceiro trimestre de 2023, a empresa reportou um lucro líquido de US$ 9,9 bilhões. Esse é um aumento substancial em comparação com o mesmo período no ano anterior.

Além da venda de produtos, a Amazon oferece publicidade, serviços a comerciantes independentes e soluções em nuvem. Essa abordagem diversificada sugere que o futuro do e-commerce pode ir muito além das transações tradicionais, abrindo novos horizontes para o mercado brasileiro.

‘https://consumidormoderno.com.br/2023/11/06/e-commerce-faturamento/?utm_campaign=cm_news_061123&utm_medium=email&utm_source=RD+Station