6 Segmentos que a Amazon está revolucionando nos varejos físico e online

Desde 1999, “pegar a Amazon” se tornou um medo para executivos. A CB Insights apontou seis mercados que a empresa vai romper nos próximos anos.

“Sua margem é a minha oportunidade.” A frase de Jeff Bezos mostra como a Amazon está encontrando oportunidades em indústrias impensáveis para a empresa há alguns anos atrás. Ao longo dos anos 2000, o domínio de e-commerce da Amazon pavimentou um caminho de expansão através de livros, música, brinquedos e outros ramos de varejo.

Desde 1999, a disruptiva fez com que “pegar Amazon” fosse um medo para executivos de qualquer setor. A CB Insights apontou seis setores de indústrias que a Amazon vai romper nos próximos anos. Veja abaixo.

Farmácias

Cadeias de farmácias já veem suas receitas de varejo sofrerem com a ascensão da conveniência da Amazon, que transforma medicamentos em commodities, com baixo custo. Hoje, a Amazon está dobrando sua atuação no setor para mudar o mercado de distribuição de remédios.

O interesse da Amazon em interromper drogarias é de décadas. Em 1999, a Amazon comprou 40% da Drugstore.com, e iria, mais tarde, contratar seu CEO, Kal Raman, para executar hardlines (produtos de varejo que são difíceis para manejo) na Amazon.

A Amazon começou a focar no mercado farmacêutico em 2016, quando teria recebido suas primeiras licenças para vender produtos farmacêuticos e drogas de vários conselhos estaduais.

Mantimentos online

Entrega mais rápida e melhor logística. Em 1998, Jeff Bezos começou a investir em startups  tentando trazer a mercearia para a loja online. Uma década depois, a Amazon contrataria quatro ex-executivos da Webvan, pra voltar a olhar para a mercearia online.

Hoje, a Amazon Fresh oferece serviços de entrega de produtos em duas horas em áreas metropolitanas dos Estados Unidos.

As compras online representam uma das maiores oportunidades no varejo. Muitos consumidores adotaram compras on-line, principalmente os mais jovens e experientes em tecnologia que não têm tempo para fazer compras e estão dispostos a pagar um prêmio pela conveniência da entrega de supermercado

Pagamentos

A Amazon está construindo uma presença no espaço de pagamentos por anos com Amazon Cash, Amazon Reload, Amazon Pay e Visa Amazon Prime.

A lógica por trás desse tipo de ecossistema financeiro é clara: se empresa pode fazer com que os consumidores coloquem dinheiro em uma conta, eles acabarão gastando mais com a Amazon. Por exemplo, o Amazon Prime Visa recompensa usuários com crédito na Amazon.

Hipotecas

Especulações sobre a possível entrada da Amazon na hipoteca ganhou espaço a partir de março de 2018, quando a empresa estava supostamente começando a procurar alguém para liderar um recém-formado núcleo de divisão de hipotecas.

A Amazon não seria a primeira empresa a tentar interromper o movimento de US$ 1,6 trilhões da indústria hipotecária residencial.  O processo de solicitação de uma hipoteca não mudou muito em nas últimas décadas.

Os candidatos geralmente têm que trabalhar com um profissional de hipoteca, produzir documentação para a instituição financeira por trás da hipoteca e subscritores, participar de contratações em pessoa, obter uma avaliação, esclarecer pendências contra sua propriedade e a aprovação entre 40 e 60 dias.

Casa e Jardim

Quando a Amazon lançou sua Loja de Plantas no início de 2018, o setor estava lutando com uma mudança de atitudes em toda a indústria. A Amazon tinha fortes evidências de que sua logística e distribuição experiência poderia fazer jardinagem um nicho rentável para a empresa crescer.

Cerca de 25% das vendas totais do grupo vieram da seção de jardim, que valeu mais de US$ 430 milhões em 2017.

Seguro

A Amazon já mostrou algum interesse em construir seu próprio negócio de seguros.Em 2016, lançou o Amazon Protect, um serviço do Reino Unido que fornece seguro contra acidentes e roubo de produtos vendidos pela Amazon. Em 2018, confirmou um investimento na startup indiana Acko, que trabalha principalmente em apólices de seguro de carro e moto.

Mais recentemente, a Amazon anunciou um novo empreendimento de saúde com JPMorgan e Berkshire Hathaway. O projeto, chamado Haven, terá como objetivo melhorar o acesso à atenção primária e simplificar o seguro.

Fonte: portalnovarejo.com.br

Dia do Cashback: Lojas se preparam para recorde de transações por recompensa

Comprar algo e receber parte do valor da compra de volta, sem pagar nada a mais por isso, pode soar, para alguns, inacreditável, mas é realidade. Prática conhecida como cashback, em português “dinheiro de volta”, já era famosa nos Estados Unidos e Reino Unido quando chegou ao Brasil em 2011, hoje é a recompensa mais valorizada por 45% dos brasileiros, segundo a consultoria Nielsen Global. Para celebrar o sucesso do modelo de recompensas adotado cada vez mais por empresas de diversos segmentos, foi criado o Dia do Cashback, comemorado no dia 29 de maio, que reúne as maiores porcentagens de cashback da história durante 24h.

Criadora da data e pioneira no segmento de cashback no Brasil, a startup mineira Méliuz já devolveu R$ 94 milhões aos consumidores brasileiros nas mais de 1.600 lojas físicas e online parceiras. No ano passado, a primeira edição do Dia do Cashback teve a participação de lojas como Walmart, Netshoes, MaxMilhas, Microsoft, L’occitane, Empório da Cerveja, Pandora, Sephora, entre outras. A data resultou em um aumento de 293% nas transações das lojas e de 346% no valor movimentado por elas, além de render ao Méliuz o Prêmio E-commerce Brasil 2018 na categoria Fornecedor, com o case do Dia do Cashback.

Segundo pesquisa realizada pela consultoria Nielsen Global, 45% dos brasileiros veem a devolução de dinheiro como a recompensa mais valorizada. Criado para contrapor os pontos de fidelidade, que expiram e limitam os consumidores a resgatá-los em lojas determinadas, o cashback oferece ao consumidor a liberdade para usar a recompensa quando e onde quiser.  A proposta é simples: as lojas pagam para anunciar no site e no aplicativo do Méliuz e a empresa devolve ao cliente parte desse valor, na conta bancária. Por isso, o serviço é totalmente gratuito para o usuário que pode ter até 50% do valor da compra devolvido.

As lojas participantes e as porcentagens a serem devolvidas estão abaixo:

  • Americanas – 8%
  • Amazon – 12%
  • Centauro – 15%
  • L’Occitane Brésil – 35%
  • L’Occitane Provence – 30%
  • Renner – 16%
  • Submarino – 8%
  • Shoptime – 8%
  • Sephora – 10%
  • Sosô Lingerie – 16%
  • FotoRegistro – 15%
  • Novo Mundo – 6,50%
  • Marabraz – 7%
  • eÓtica – 11%
  • eLens – 5,50%
  • Cobasi – 6%
  • Samsonite – 5,50%
  • Caos – 9%
  • MaxMilhas – 6%
  • Farm – 11%
  • Quem Disse, Berenice? – 17%

Fonte: e-commerce news

Mercado Livre lança opção de compre e retire na loja Reserva

Pela primeira vez uma marca na categoria Moda & Acessórios do Mercado Livre terá a opção de pick-up in store (ou compre e retire). A loja Reserva que, junto com sua marca infantil, Reserva Mini, passa a oferecer a opção de retirada em uma de suas 63 lojas em todo o Brasil. A novidade vale para todas as peças disponíveis no marketplace, independente do valor da compra.

“Nossa missão como marketplace é tornar a experiência de compra cada vez mais fluida e agradável, e isso passa por diversificar os modelos de entrega. A opção de retirada em loja é muito bem aceita pelo consumidor, que pode escolher o produto e finalizar a compra de onde estiver, pelo celular ou pelo computador, e depois retirá-lo na loja mais próxima”, afirma Cristina Farjallat, diretora de Marketplace do Mercado Livre Brasil.

Segundo Joana Rabello, diretora de Marketing Digital da Reserva, esta alternativa chega para coroar uma parceria iniciada em agosto de 2018.

“Desde o ano passado, com a entrada da Reserva no Mercado Livre, o foco é em dar mais comodidade e poder de escolha para nossos clientes sobre sua jornada de compra, independente de comprar direto na Reserva ou com nossos parceiros. Colocar o cliente como centro desse processo mesmo que isso envolva concretizar a integração omnichannel entre empresas distintas é o grande passo desse projeto.”, explica.

Fonte: e-commerce Brasil

Os dados são o futuro do varejo: ou você se movimenta, ou vai fechar

Não há mais espaço para a loja que abre suas portas e espera o consumidor com estoque e prateleiras lotados, na esperança de que algo ali o agrade. Mas será possível que o varejo, o maior empregador do país se reinvente? Por onde começar?

Conhecer o cliente é uma realidade que já fazia parte da relação de consumo lá nos anos 1940, quando o dono do “secos e molhados” chamava cada um pelo nome e sabia de sua vida. O problema é que a quantidade de informações aumenta exponencialmente. Estima-se que até o ano de 1900 o mundo levava um século para dobrar as informações disponíveis. Atualmente são necessários 13 anos e, a partir de 2020 – graças ao 5G e o processador quântico –, o planeta verá a quantidade de dados dobrar a cada 12 horas.

Neste novo cenário não é mais suficiente cuidar da vitrine, do atendimento presencial e do ponto de venda. É primordial que as empresas, desde as menores, disponham de ferramentas para conhecer melhor o consumidor. A boa notícia é que elas já existem e não custam caro.

Dados como ativo econômico

O primeiro passo para ingressar nessa nova era é ter uma empresa realmente voltada para dados. A partir de 2021, será recomendável que a quantidade e o tratamento de dados sejam incluídos no balanço financeiro, ou seja, tornem-se ativos tangíveis não apenas como valor de marca, mas também econômico.

Depois de mudar o mindset para a relevância dos dados, é hora de pensar na curadoria, na forma de efetivamente ajudar o cliente a comprar (ou a deixar de fazê-lo). A busca de uma camisa na internet mostra milhares de resultados, mas o consumidor quer saber onde comprar, por quê, qual o propósito e de que forma vai resolver sua demanda. Ele não se importa em pagar a mais por isso, desde que o vendedor esteja qualificado para fazer uma oferta que realmente o satisfaça. Não interessa o que você vende: é ofensivo falar com o consumidor que não busca seu produto.

Curadoria consiste em conceber um marketplace que ofereça a melhor experiência. Isso permite que se alcance o terceiro ponto da ressignificação do varejo como conhecemos hoje: a desintermediação. O marketplace direcionado à experiência do consumidor permite que o varejista atue como um elo entre a indústria e o cliente, mas não é mais aquele que compra por X e precisa vender por 2X para ter margem de lucro de 10%. Agora ele funciona como um retail as a service, sendo uma vitrine, uma curadoria, quem chancela a escolha.

Então a ressignificação do comércio é a desintermediação do varejo, justamente o tradicional intermediário? Exatamente. Por isso está na hora de se reposicionar. Entre 2015 e 2017 mais de 430 mil lojas foram fechadas no Brasil. Ou você se movimenta, ou também vai fechar. Foi assim que surgiu a Pier X, pop-up que por um ano serviu de laboratório em Porto Alegre. Um lugar onde as marcas expõem seus produtos e ligam a indústria ao consumidor. A experiência é como uma plataforma, tendo a cultura digital como ponto de partida. Deu tão certo que agora vamos abrir a plataforma em outra região do Brasil.

É fundamental que a atenção à cultura de dados comece pelas cabeças das empresas. Às vezes o decisor não quer pensar no assunto e contrata alguém para isso, mas ele é o primeiro que tem que bolar algo exponencial. Não estamos falando aqui de melhorar em 10% os resultados do varejo. A dificuldade para incrementar os resultados em 10% ou multiplicar por 10 é a mesma, então por que não pensar na segunda alternativa? Os dados são o caminho para a reinvenção do varejo.

Fonte: portalnovarejo.com.br

Centauro faz proposta maior e tenta “atravessar” negócio entre Magazine Luiza e Netshoes

Duas grandes varejistas brasileiras estão envolvidas em uma disputa pelo controle da Netshoes. Em abril, o Magazine Luiza anunciou a compra do e-commerce por US$ 62 milhões. Agora, a Centauro, que atua no mesmo segmento da loja virtual, tenta “furar” o Magalu.

O Magazine Luiza já tem aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para a compra da Netshoes. A Superintendência Geral da instituição aprovou nesta quinta-feira (23) a negociação sem restrições. A varejista disse que “manterá seus acionistas e o mercado em geral devidamente informados sobre a conclusão e demais informações da operação”.

Nesta madrugada, porém, o grupo SBF, que controla a Centauro, fez uma proposta concorrente pelo e-commerce de artigos esportivos. Enquanto o Magazine Luiza oferece US$ 62 milhões pelo controle da Netshoes, a Centauro quer pagar US$ 87 milhões pela empresa.

Na próxima quinta-feira (30), acionistas da Netshoes participam da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para votar a fusão com o Magazine Luiza. A empresa tem a opção de não concluir o acordo firmado no fim de abril, de acordo com a Centauro. Encerrar a negociação com o Magazine Luiza custaria US$ 1,8 milhão à Netshoes. A diferença de US$ 35 milhões entre as propostas de Magazine Luiza e Centauro seria suficiente para compensar a perda.

Listadas em Nova York, as ações da Netshoes disparam após a divulgação da proposta da Centauro. Em fato relevante, a SBF disse ter identificado mecanismo que regula a possibilidade de apresentação por qualquer terceiro de proposta concorrente à diretoria da Netshoes desde que a oferta seja superior à anterior e feita antes da reunião de acionistas que vai votar a venda da empresa. O encaminhamento de proposta à Netshoes foi aprovado por unanimidade.

Fonte: portalnovasrejo.com.br

Omnichannel: empodere o seu cliente e aumente as vendas

No final de abril, o Magazine Luiza, conhecido também por Magalu, anunciou a compra da Netshoes em uma negociação estimada em 62 milhões de dólares. É fato que a gigante do comércio eletrônico de esportes e moda acumula anos de prejuízos, dificuldades para controlar seus custos e nenhum sinal de reação a partir do seu único canal de vendas, o site de suas marcas. Em contrapartida, nos últimos três anos, o Magazine Luiza apresentou uma valorização de quase 17.000% no valor de suas ações, crescimento esse que pode ser creditado ao sucesso obtido em sua missão de criar um varejo no modelo omnichannel, com uma forte presença por meio de sua rede de 900 lojas aliada à eficiência logística e uma estratégia digital inovadora, que é aplicada a partir de seu e-commerce e de outros canais tecnológicos.

Há alguns anos, muito especula-se sobre o fim do varejo tradicional como conhecíamos antes do advento das conexões de internet velozes e dos smartphones. Gurus mais apocalípticos arriscaram até um palpite sobre o fim das lojas físicas. Porém, esse movimento da Magalu acaba por decretar, de uma vez por todas, que presença local e relacionamento continuam sendo fatores de sucesso, inclusive, passamos por um momento em que se coloca em xeque a viabilidade de varejos exclusivamente digitais, que dificultam o contato e a experiência do cliente.

O cliente já é omnichannel. Esta frase tem sido repetida como um mantra nas reuniões estratégicas de todas as empresas que discutem o futuro dos seus negócios. Para simplificar, o termo em inglês poderia ser facilmente substituído, resumindo a sentença em: o cliente quer ter o poder de decidir o que é melhor para ele.

Nos últimos anos, o varejo vem enfrentando uma série de mudanças significativas, entre elas, a redução de fluxo de clientes nas lojas, o maior acesso à informação pelo consumidor para tomada de decisão da compra, o aumento da exigência de nível de serviço, o crescimento da disponibilidade de marcas e produtos e a competição entre canais de venda físicos e digitais.

Tudo indica que a melhor solução para as empresas enfrentarem este cenário é otimizar o aproveitamento dos seus canais, utilizando o que cada um oferece de melhor. O acesso à informação e a disponibilidade entregues pelos canais digitais podem caminhar de mãos dadas com o relacionamento e experiência presencial proporcionados pelos canais físicos.

Dentro deste contexto, as lojas físicas deixam de cumprir apenas com o papel de ser um ponto de venda, mas recebem as atribuições de ponto de logística, compartilhando seus estoques com a rede e disponibilizando espaços para troca e retirada de produtos. Tornam-se também o ponto de relacionamento, onde o cliente pode tirar dúvidas, experimentar e ter contato com produtos e serviços que poderão ser entregues pelo e-commerce ou, até mesmo, por outras lojas.

Além dos benefícios relacionados à melhoria da experiência do cliente, as empresas que obtiverem sucesso ao desenvolver uma sinergia entre seus canais, consequentemente se beneficiarão também de uma melhoria no giro de seus estoques, assim como do aumento nas vendas e da otimização da utilização dos recursos de marketing e logística.

Para obter sucesso nesse desafio, é importante observar cuidadosamente as peculiaridades relacionadas aos pilares que envolvem pessoas, processos e tecnologias existentes em cada um dos canais. As lojas físicas, provavelmente, terão dificuldades ao encarar os desafios de marketing digital e termos como SEO, inbound marketing, rede de display, SAC, entre outros. Em contrapartida, para as lojas virtuais, gerenciar PDV, TEF, visual merchandising, aluguel percentual de shopping e metas de vendas poderão ser novidades difíceis de digerir inicialmente.

Além disso, ainda existe a dificuldade tecnológica de integrar os diversos sistemas que as empresas utilizam com a finalidade de automatizar os processos entre os canais e promover consistência na experiência do consumidor.

O futuro do varejo está nas mãos das empresas que conseguirem encontrar o equilíbrio e serem mais eficientes com os seus canais, pois nesta nova realidade de mercado, o cliente ganha, e muito. E com o leque de possibilidades que se abre, as lojas também ganham.

Fonte: e-commerce news

Como o marketplace pode alavancar vendas dentro e fora do e-commerce

Com um faturamento superior a R$ 50 bilhões em 2018, segundo dados da Ebit|Nielsen. Com a entrada de novos consumidores no universo das compras online – cerca de 10 milhões somente no ano passado –, o setor de e-commerce representa uma grande oportunidade para quem quer empreender e crescer no Brasil.

Grande parte do bom momento do comércio eletrônico brasileiro se deve ao modelo de operação adotado pelo mercado: o marketplace. Uma iniciativa que representa uma importante fonte de receita tanto para os pequenos e médios players quanto para os grandes varejistas.

Ao estar inserido em um marketplace, o lojista consegue capitalizar as mercadorias para o público-alvo e atendê-lo com eficiência e rapidez, seja por meio de um a estratégia de nicho ou de cauda longa. Como modelo de negócios, o marketplace permite agregar categorias de produtos, ampliar a diversidade de ofertas; criar diferenciais competitivos; reforçar a imagem da marca e rentabilizar com a base de clientes a partir de uma experiência de compra mais completa. Tudo isso sem a necessidade de investir em uma estrutura própria.

Os aspectos tributários e logísticos ainda são grandes desafios tanto para os proprietários de plataformas de marketplaces quanto para os sellers que trabalham dentro desse modelo de negócios. No entanto, é um caminho que deve ser analisado como inevitável na busca por novos públicos e novas fontes de receita.

Entenda o modelo de negócio

Entender esse processo é fundamental para planejar uma operação em marketplace. Quais são os investimentos necessários? Como montar o meu time? Como definir o melhor sistema de comissionamento? Diante do meu modelo de negócios, Vale mais a pena ser um marketplace ou um seller?

A visão e atuação dos shopping centers em marketplaces também são aspectos importantes para esse debate no setor, com destaque para a estratégia utilizada no convencimento de lojistas físicos e os possíveis impactos para toda a cadeia produtiva.

A Cyrela Commercial Properties, empresa que administra e comercializa imóveis comerciais, é um exemplo de como esse movimento vem acontecendo no Brasil. A companhia desenvolveu há quase dois anos uma plataforma de marketplace voltada para os que operam em seus seis complexos de compras situados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.

Esse espaço permite que centenas de varejistas, de diferentes segmentos, possam usufruir de um canal exclusivo de vendas webdotado de tráfego de usuários e estrutura simplificada. Embora adquirido online, todos os itens são retirados pelo consumidor na respectiva loja física.

Usar loja ou lockers e envio no mesmo dia já são algumas das táticas aplicadas pelos marketplaces que buscam se diferenciar da concorrência. E no meio desse processo surgem ainda os aplicativos de entrega rápida como James Delivery, Rappi e DTudo que oferecem uma solução integrada de e-commerce para lojas físicas em shopping centers.

Conclusão

Os impactos dessas novas formas de consumo deverão nortear, cada vez mais, a gestão dos marketplaces no Brasil. Os dados falam por si só. O volume de vendedores atuando em marketplaces no Brasil cresceu 90,7% no ano passado, segundo o estudo “Panorama dos Marketplaces no Brasil”.

Para empresas com atuação também no varejo físico, especialmente em shopping centers, ao atuar em marketplaces, além da vantagem do domínio da geolocalização, elas podem oferecer entregas expressas, um recurso cada vez mais valorizado pelo cliente.

Fonte: ecommercebrasil.com.br

A transformação do varejo atual e o varejo futuro

Roberto Butragueño, diretor de atendimento ao varejo da Nielsen, fala sobre a mudança nos hábitos de consumo dos brasileiros e a consequência disso para o varejo

Por Roberto Butragueño, diretor de atendimento ao varejo da Nielsen

Prestes a completar um ano na Nielsen Brasil, após uma longa temporada na Ásia e um breve período em Madri, na minha terra natal, ainda me vejo desbravando o mercado brasileiro, entendendo suas singularidades e os pontos de convergência do modelo nacional com o que é praticado no resto do mundo, em especial nos países desenvolvidos. Neste sentido, participar da Apas Show, realizada de 06 a 09 de maio, foi um dos momentos mais importantes em termos de aprendizado e networking desde que cheguei ao país.

Ponto de encontro fundamental entre varejo e indústria, pude comprovar o que já acreditava ser fato: a Apas Show é um momento chave para a apresentação de cases, para o lançamento de produtos e soluções e de compartilhar conhecimento. Como palestrante, pude contribuir para o bom debate sobre os desafios do setor, mostrando a visão da Nielsen para o atual cenário e para o varejo do futuro, que não está tão distante assim dos dias atuais – seis anos passam muito rápido, mas que devem ser cruciais no que tange à inovação e difusão de novas tecnologias no varejo, desenvolvimento de novos modelos de negócios e mudanças no comportamento e na jornada de consumo do brasileiro.

Começando pelo momento atual do varejo: o impacto da crise econômica, a democratização do acesso à Internet e as tendências de saudabilidade são alguns dos fatores que vêm contribuindo com as mudanças no comportamento dos brasileiros e, por consequência, na maneira como consomem e compram. Poupadores, confortáveis e seletivos; conectados e sociais; sofisticados, saudáveis e comprometidos, essas são as principais características que permeiam o omnishopper brasileiro.

Por esta razão, indústria e varejo precisam estar preparados para atender suas demandas e necessidades atuais e futuras de modo a se manterem relevantes neste cenário dinâmico e em constante mudança.

Poupadores, confortáveis e seletivos

Nos últimos dois anos, 37% dos lares brasileiros continuaram impactados pela crise (perderam o emprego e/ou possuem dívidas e/ou acham que não irão conseguir quitá-las) e 14% entraram nela em 2018. No entanto, apesar desse alto número, 22% dos lares brasileiros saíram da crise em 2018, retomando o consumo, mas, ainda assim, buscando alternativas para economizar.

Em 2018, o brasileiro passou a visitar 8 canais varejistas diferentes para realizar suas compras ao longo do ano, quase 4 a mais comparado a 2013. Além disso, 67% declararam começar a frequentar mais lojas que têm programas de fidelidade e 17% estar mais organizados e planejados no momento das compras. Adicionalmente eles não abandonam o Cash&Carry (C&C), realizando 57% das suas compras de abastecimento no canal.

O C&C foi o canal que apresentou o maior crescimento no Brasil em 2018, ultrapassando em penetração o Supermercado no último ano (Jan a Set’17 vs. Jan a Set’18). Além disso, o canal ganhou importância em valor e teve maior entrada nos lares brasileiros comparado aos demais canais, adaptando-se aos novos consumidores e ganhando aderência em todos os níveis socioeconômicos, enquanto o Hipermercado vem sofrendo perda de função e o formato Vizinhança abre novas lojas para se manter vivo.

Conectados e sociais

Outro fator importante que tem contribuído com a mudança do comportamento do consumidor brasileiro, impactando diretamente o varejo, é a ascensão do e-commerce no Brasil. Já são mais de 58 milhões de compradores virtuais no país, que lidera o ranking da América Latina em termos de vendas online, faturando mais de R$53,2 bilhões em 2018, com 123 milhões de pedidos, segundo nosso mais recente Webshoppers, maior relatório sobre o e-commerce brasileiro, desenvolvido pela Ebit | Nielsen.

O m-commerce (compras via smartphone) vem se mostrando a grande via de democratização do e-commerce. Em 2018, foram registrados mais de 10 milhões de consumidores que fizeram uma compra online pela primeira vez, incluídos digitalmente a partir da expansão do mercado de smartphones e do acesso à banda larga. E as categorias responsáveis pela expressiva alta de pedidos via mobile são “Perfumaria, Cosméticos & Saúde”, “Informática” e “Alimentos & Bebidas”.

As redes sociais também ganham cada vez mais importância na hora das compras online, sendo o segundo maior motivador de compras na internet, perdendo apenas para os sites de busca. Dos 138 milhões de internautas brasileiros, 85% usam internet diariamente, passando, em média, 9h14m conectados.

Sofisticados, saudáveis e comprometidos

Segundo nosso estudo global sobre “Premiumnização” (2018), 47% dos brasileiros declaram que estão dispostos a desembolsar mais com produtos premium quando apresentam alto padrão de qualidade e segurança; 41%, quando as marcas oferecem algo que nenhum outro player oferece e 36%, se forem orgânicos e possuírem ingredientes 100% naturais.

Meio ambiente também é um fator levado em consideração pelo consumidor brasileiro e tem ganhado maior relevância. 56% dos participantes do nosso painel de consumidores declararam que pagam mais por marcas que se preocupam com o meio ambiente e 71% não compram produtos de empresas associadas a testes em animais.

Escolhas saudáveis também já passam a fazer parte da realidade brasileira. Enquanto 82% dos lares aspiram a hábitos saudáveis, afirmando irem médico ao menos uma vez por ano, aumentando o consumo de produtos integrais e diminuindo o consumo de, pelo menos, um item, como sal, gordura, açúcar ou industrializados, 28% já são considerados saudáveis, declarando ir ao médico ao menos uma vez ao ano, aumentar o consumo de integrais e diminuir o consumo em todos os itens acima mencionado. Esses lares são formados por famílias de 3 a 4 indivíduos (50%), sem presença de crianças (57%) e pertencentes ao nível socioeconômico A e B (50%).

Varejo do futuro

Tais mudanças nos hábitos de consumo são fundamentais para a transformação do varejo atual e futuro. Lojas físicas tendem a estar mais conectadas e digitais, oferecendo mais conforto e informações detalhadas em tempo real, servindo, principalmente, como showroom às marcas. Além disso, o serviço ao cliente também será um diferencial, unindo estratégias de cross-selling personalizado, equipe especializada de modo a se tornar, cada vez mais, um ambiente de socialização.

A Internet of Things (IoT), ou seja, a interconexão digital entre os objetos do dia a dia e da internet, terá um papel importante na autorreposição de produtos de baixo engajamento, em promoções personalizadas, na comparação de preços em tempo real e na diminuição do desperdício. Em relação aos modelos de assinatura para itens de alto engajamento, a IoT possibilitará novos papéis para os varejistas e fabricantes, além de lançamentos de maior precisão e aperfeiçoamento das margens.

A ultra conveniência proporcionará entrega em tempo real, recomendações de saúde personalizadas, marketplace de comércio local e sustentabilidade. Os assistentes de voz, por sua vez, possibilitarão compras impulsivas, novos cenários de vendas cruzadas, conhecimento do consumidor por meio do seu rastro digital e uma variedade ilimitada com visibilidade reduzida.

Trazendo esses insights futuristas para o cenário atual, vi na Apas Show, e vivencio no dia a dia com os parceiros Nielsen, que o varejo brasileiro já caminha aos poucos em direção ao futuro. Permanecer no rumo certo vai além da adoção de tecnologia: o diferencial será científico. Será necessário dispor de dados acurados e utilizá-los de maneira efetiva, oferecendo uma experiência mais personalizada ao cliente, tanto em preço como em promoções, alocação de produtos e experiência de compra.

Por Roberto Butragueño, diretor de atendimento ao varejo da Nielsen

Fonte: portalnovarejo.com.br

Comportamento de compras por celular varia de acordo com região e classe, diz pesquisa

A Mobile Time e Opinion Box elaboraram um Panorama sobre as compras online através de dispositivos móveis no Brasil. Para o levantamento, foram entrevistados 2.115 brasileiros com acesso a internet e a smatphones durante o mês de março de 2019.

A pesquisa mostra que o uso de celulares para a realização de compras de mercadorias e serviços cresceu 20% nos últimos 3 anos.

Renda

A maior parte das compras no comércio móvel são feitas pela parcela mais rica da população, sendo as classes A e B as que têm maior acesso a esse modelo de compra. A taxa de penetração do comércio móvel nas classes C, D e E é de 79%.

Com relação à periodicidade das compras, 76% dos consumidores das classes A e B responderam ter feito alguma compra por um dispositivo móvel nos últimos 30 dias anteriores à pesquisa. Das classes C, D e E, foram 65% dos consumidores.

Meio de acesso

A pesquisa levanta ainda um ponto importante na realidade de acesso à internet da população brasileira: a relevância do smartphone como instrumento de compra. Para muitas pessoas de baixa renda, o celular significa uma democratização do acesso à rede. A média nacional indica que 71% dos consumidores brasileiros compram mais pelo celular do que pelo desktop.

Aqui, vemos uma inversão do acesso com relação à renda: lideram na comparação as classes C, D e E quando questionados pela preferência de dispositivo, com 74% das respostas contra 62% das classes A e B. De acordo com o IBGE, há mais celulares do que computadores nos lares brasileiros.

O acesso à banda larga fixa influencia diretamente na respostas. Na região Sudeste, onde o acesso é melhor e maior do que nas demais regiões, há menos preferência pelo mobile (67%), em relação às demais regiões: Centro-Oeste (77%), Nordeste (76%), Norte (73%) e Sul (73%).

Usabilidade

De acordo com o IBGE, há mais lares brasileiros com um smartphone do que com saneamento básico. Cada vez mais, esse item se torna parte da vida das pessoas. Por isso, os dispositivos móveis — e os aplicativos — investem em comodidade para que o usuário ache e realizem suas atividades de maneira intuitiva.

Além disso, muitos aplicativos de compra são elaborados para facilitar a busca e o pagamento. Oferecer navegação gratuita sem cobrança dos dados de internet também é um atrativo dos aplicativos para facilitar o uso dos aplicativo móvel.

Satisfação

A pesquisa mostra que a comodidade dos aplicativos rende resultados na satisfação do cliente com relação aos pedidos feitos por dispositivos móveis.

85% dos entrevistados se dizem satisfeitos ou muito satisfeitos nas compras por smartphones, dando notas altas ao modelo de compra (4 e 5 em uma escala de 1 a 5).

Pagamento

A grande maioria dos consumidores móveis prefere pagar suas compras com cartões de crédito (63%), mas há uma parcela significativa que opta pelo boleto bancário (27%).

A pesquisa projeta um crescimento pela preferência de carteiras digitais pelo desenvolvimento e alcance das fintechs. Atualmente, são 8% dos consumidores que preferem usar essa modalidade.

E por que não compram?

Dos respondentes, 18% disso nunca ter realizado uma compra via aplicativo. Os motivos variam: 31% não confiam no modelo, 30% gostariam de ver ou sentir os produtos antes de fechar a compra e 24% não compram por não terem cartão de crédito.

 

Varejista tem direito a reaver ICMS cobrado indevidamente pela Receita Federal

O Tribunal Regional Federal da 1ª região (TRF-1) decidiu que a Receita Federal não pode incluir o ICMS e o ICMS/ST na base de cálculo do PIS/Cofins cobrado das empresas. Segundo a Justiça, o valor recolhido indevidamente deve ser devolvido com correção monetária.

No caso julgado pelo TRF-1, um supermercado em Belo Horizonte questionava o cálculo, que incluía como faturamento os valores devidos de ICMS. Ou seja, a varejista era obrigada a pagar o PIS/Cofins com base na sua receita somada ao ICMS, e não apenas sobre o seu faturamento bruto.

 

Para o desembargador federal José Amilcar Machado, responsável por julgar o recurso, essa cobrança não deve ocorrer. “Não há aqui receita da empresa. Esta não fatura o ICMS. Sob qualquer interpretação, portanto, o valor referente ao ICMS não pode ser considerado faturamento, sendo incabível o seu cômputo [cálculo] na base de cálculo do PIS ou da COFINS”, decidiu.

Na visão de Karin Ozai, diretora do escritório de contabilidade Ozai, essa decisão, assim como outras já proferidas até pelo Supremo Tribunal Federal (STF), são importantes para o comércio brasileiro.

“Em termos práticos financeiros, significa que os tributos devidos a título de PIS e Cofins serão menores. Se anteriormente a composição da base de cálculo previa a inclusão do ICMS na apuração dos referidos tributos e agora não mais, essa base de cálculo passa a ter redução e, consequentemente, os valores apurados [recolhidos] também”, afirmou a especialista.

Posso acionar a Justiça?

Para Ozai, este é o momento para lojistas na mesma situação acionarem a Justiça e reaverem o dinheiro. Isso porque, mesmo que o próprio STF já tenha considerado a cobrança ilegal, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) continua recolhendo os impostos indevidamente.

No fim de abril, por exemplo, o Magazine Luiza anunciou que também ganhou uma ação na Justiça e vai receber de volta R$ 750 milhões em valores cobrados por causa da inclusão do ICMS na base de cálculo.

“[Este] é o momento para ingressar no Poder Judiciário e requerer o direito da empresa de excluir o ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins, bem como questionar o crédito dos últimos cinco anos”, explicou.

Além disso, o varejista tem direito a ajuizar medidas judiciais em outros casos parecidos, como exclusão do ICMS da base de cálculo do IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), exclusão do ICMS da base de cálculo da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB) e ISS da base de cálculo do PIS e da Cofins.

Para isso, é necessário realizar um pente-fino nas contas. O lojista precisa realizar a conciliação financeira e fiscalizar as suas contas com frequência para identificar as cobranças.

O que isso significa para o governo?

Boa parte do interesse do poder público no PIS/Cofins é que uma parcela desse imposto é direcionada aos governos estaduais, além do federal. Quanto menos arrecadação, menor o valor repassado aos estados. Ao incluir o ICMS na base de cálculo, o montante recolhido aumenta.

Para se ter uma ideia do impacto nos cofres públicos, em 2018 governadores se recusaram a diminuir suas alíquotas do PIS/Cofins para diminuir o preço do diesel durante a greve dos caminhoneiros.

“A Receita Federal mantém o entendimento de inclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins; e mesmo para aqueles contribuintes que obtiveram decisão favorável em seus processos, já sofrem prejuízo na operacionalização do valor do ICMS a ser reconhecido na exclusão da base de cálculo”, ponderou Karin Ozai.

Segundo ela, uma regra da Receita Federal trouxe divergências quanto ao critério de reconhecimento do valor do ICMS a ser excluído da base de cálculo, trazendo mais um ponto de discussão ao tema.