Moda e beleza na prática: a parceria entre C&A e Boca Rosa

União entre a influenciadora Bianca Andrade, da Boca Rosa Beauty, e a C&A marca um novo capítulo na integração de moda e beleza.

A C&A deu um importante passo na ampliação de sua categoria de beleza ao incluir os produtos da marca Boca Rosa, criada por Bianca Andrade. Essa parceria representa um marco tanto para a rede varejista quanto para a influenciadora, e tem como objetivo unir moda e beleza, oferecendo em um mesmo espaço uma experiência de compra com tudo o que a consumidora necessita para criar seu look.

A gerente de categoria de beleza da C&A, Aluma Gogola, destaca o papel estratégico dessa área no portfólio da marca. “A área de beleza na C&A começou em 2019, e estamos completando seis anos com esse projeto. Nosso objetivo sempre foi expandir a proposta de valor da moda para o universo da beleza. Queremos que as nossas clientes encontrem em nossas lojas tudo o que precisam para compor um look completo, desde roupas até maquiagem e perfumes”, explica.

A entrada da Boca Rosa nas vitrines da C&A é mais um passo para democratizar o acesso à beleza. Segundo Aluma, mesmo que o Brasil seja um dos maiores mercados de cosméticos e beleza do mundo, mas muitas mulheres ainda enfrentam barreiras como preço e falta de conhecimento para usar os produtos. “Em 2024, dobramos nosso portfólio de produtos porque queremos entregar marcas de qualidade e acessíveis. Queremos dar acesso para que as clientes se permitam a usar ou conhecer”, pontua.

Experiência de compra

Além disso, a experiência do consumidor foi cuidadosamente planejada.

“Optamos por trabalhar com 100% portfólio de maquiagem em 100% nas lojas C&A pelo Brasil e no e-commerce. Mas, como entregar os 50 tons de base da Bianca? Através dos provadores que estamos lançando, para que a cliente teste. Se não puder comprar na loja, ao menos vai saber a cor de base ideal para que compre no site ou no aplicativo”, comenta. Essa abordagem omnichannel reforça o compromisso da marca com a personalização.

Desde sua introdução em 2019, a categoria de beleza da C&A passou por uma evolução. De 13 lojas iniciais, a expansão alcançou 277 unidades até 2021, mesmo durante a pandemia. Atualmente, são mais de 2 mil SKUs ativos.

“Em 2024, fizemos um movimento extremamente importante para a categoria de beleza que foi expandir a categoria para 100% das lojas da C&A. Temos que não só trazer marcas de influenciadores que são muito importantes, mas oferecer o look completo para nossa cliente”, ressalta Aluma. “Nós queremos que a cliente se sinta empoderada, confiante e segura ao sair de nossas lojas. Por isso, integramos beleza e moda em uma única proposta de valor”.

Uma parceria afetiva

Para a empresária e influenciadora Bianca Andrade, CEO da Boca Rosa Company, a parceria com a C&A vai além do âmbito comercial. “Desde o início, a C&A fez parte da minha história. Comecei como consumidora assídua, então, para mim, toca em outros lugares e, de fato, é muito afetiva essa parceria. A C&A se importa muito em encantar quem é consumidor da marca, e isso é uma coisa que me inspira”, comenta a influenciadora e empresária. Ela revela ainda ser a primeira vez que vê sua marca exposta em uma vitrine.

Ainda de acordo com Bianca, foi desafiador esse processo de levar os produtos da sua marca para a vitrine, bem como construir uma marca independente, bem como uma cartela de cores tão extensa, com 50 tons, para os mais variados tons de pele.

“A base stick, este ano, vai ser uma grande tendência. Vimos em todas as feiras, e as marcas ainda vão trazer para cá. Essa base já existe há muito tempo, mas as tendências são cíclicas. Toda essa praticidade vem de um mercado que carece por esta praticidade, principalmente quando se trata de mulher, porque hoje temos inúmeras funções”, explica. “Boca Rosa é essa marca inteligente, que pensa no seu dia a dia e em produtos que são práticos. O importante tudo isso é observar o mercado, como ele funciona e as tendências”, finaliza Bianca.

Fonte: “Moda e beleza na prática: a parceria entre C&A e Boca Rosa

 

As lições de sucesso das maiores cabeças do varejo no mundo

Por Samanta Sallum 

“A disposição para o fracasso é a chave para a inovação” – Doug Herrington, CEO das Lojas Amazon.

“Quando te convidam para um foguete, você não pergunta qual assento. Você entra” –  Azita Martin, vice-presidente e gerente-geral de varejo da Nvidia.

“A fidelidade do cliente é a falta de algo melhor. Você simplesmente não pode continuar fazendo para sempre aquilo que funcionou uma vez”, John Furner, CEO da Walmart nos EUA

“Nós criamos a felicidade todos os dias. Confiança e autenticidade fortalecem a marca” – Lisa Baldzicki, vice-presidente dos Produtos Disney.

“As marcas têm o máximo de oportunidade quando avançam no máximo de autenticidade” – Joshua Schulman, CEO da Burberry.

Tendências e previsões de mercado 

Encerra-se hoje o NRF (National Retail Federation), maior e mais influente evento de varejo do mundo. Reunindo líderes mundiais do setor, o encontro aponta inovações, tecnologias e estratégias que estão moldando o futuro do consumo em escala global. A programação começou no domingo no Javits Center, em Nova York (EUA).

Protagonismo de IA e de marketplaces

Entre as previsões do NRF para 2025, o protagonismo dos agentes de IA no varejo, com as vendas influenciadas digitalmente ultrapassando 60%. Shein, Temu, TikTok e Amazon são frequentemente citados como os maiores disruptores do varejo. Todas são marketplaces. Especialistas preveem um crescimento acelerado nesse segmento, com mais varejistas entrando na disputa. Empresas como Kroger, Macy’s, Nordstrom e Michael’s já estão se movimentando.

Experiências imersivas nas lojas físicas

As lojas físicas continuarão sua revitalização em 2025. São consideradas essenciais para impulsionar a retenção, aquisição de clientes, identidade de marca e fidelização. As lojas físicas de hoje precisam oferecer experiências imersivas que não podem ser reproduzidas online, além de destacar a identidade única das marcas. Esses espaços geram confiança e lealdade por meio de conexões pessoais e criam uma comunidade em torno da marca.

Cultura do cuidado para reter talentos

Uma das referências empresariais que tiveram falas no evento, Abubakarr Bangura, um dos vice-presidentes da Target, reforçou a importância da cultura do cuidado e do crescimento para retenção de talentos. Target tem mais de 2 mil lojas nos EUA.  Bangura começou como estagiário, em 2004, e hoje é o gestor de mais de 80 unidades da empresa.

Fonte:”https://blogs.correiobraziliense.com.br/capital-sa/2025/01/14/as-licoes-de-sucesso-das-maiores-cabecas-do-varejo-no-mundo/”

Tendências para o varejo em 2025

O mercado do varejo está em constante transformação, e as tendências para 2025 prometem revolucionar ainda mais o setor.

Impulsionada por avanços tecnológicos e mudanças nas expectativas dos consumidores, o varejo está vivendo mais uma transformação significativa. Em 2025, o setor será marcado por inovações que prometem não apenas melhorar a eficiência operacional, mas também criar experiências de compra mais personalizadas e envolventes. A inteligência artificial (IA) será uma das principais forças motrizes dessa mudança, com a maioria dos varejistas planejando sua implementação para prever o comportamento do consumidor e oferecer recomendações personalizadas. Segundo o levantamento Perspectivas da Agenda CIO para a Indústria e Varejo, da Gartner, nove em cada 10 varejistas entrevistados planejam implementar a tecnologia até o fim de 2025.

A sustentabilidade também se consolidará como uma prioridade central no varejo. Com uma crescente conscientização ambiental entre os consumidores, as empresas precisarão adotar práticas sustentáveis em todas as etapas de suas operações. De acordo com a Nielsen, 73% dos consumidores globais afirmam que mudariam seus hábitos de consumo para reduzir o impacto ambiental. Isso significa que as empresas precisarão adotar práticas mais sustentáveis, desde a produção até a entrega, para atender a essa demanda crescente. Ou seja, inclui desde a escolha de materiais e processos de produção até a logística de entrega. Para atender a essa demanda, muitos varejistas estão integrando módulos específicos em seus sistemas de gestão para monitorar e reduzir a pegada de carbono, promovendo um desenvolvimento mais sustentável. Essa abordagem não só atende às expectativas dos clientes, mas também contribui para a eficiência e a longevidade das operações de varejo.

Comércio eletrônico

O comércio eletrônico continuará sua trajetória ascendente, com a omnicanalidade se firmando como uma estratégia essencial. Segundo a Euromonitor International, as vendas online poderão representar 30% do total do varejo até o fim de 2025. Assim, a integração entre canais online e offline permitirá que os consumidores tenham uma flexibilidade nas compras, escolhendo como e onde desejam realizar. Setores como moda e alimentos estão particularmente bem posicionados para aproveitar esse crescimento, com tendências como a personalização de produtos e a moda sustentável ganhando destaque. Os eletrônicos também devem ter destaque em 2025, com o IDC 2022 prevendo um crescimento de 15% nas vendas de dispositivos como smartphones, notebooks e smartwatches até o final da temporada.

No entanto, a experiência do cliente será o verdadeiro diferencial competitivo, com marcas investindo em ambientes de compra imersivos e interativos para conquistar a lealdade dos consumidores. Segundo a WGSN, em 2024, houve um aumento significativo da chamada “funflation” (diversão x inflação), no qual o consumidor prioriza o momento vivido.

Redes

As redes sociais estão emergindo como uma força poderosa, com plataformas como Instagram e TikTok se tornando verdadeiros centros de compras. Essa tendência exige que os varejistas se adaptem rapidamente, utilizando essas plataformas não apenas como vitrines, mas como canais de vendas diretos. A capacidade de engajar os consumidores através de conteúdo criativo e interativo será crucial para capturar a atenção e o interesse do público.

Alias, apesar de não ser novidade, as collabs seguirão forte em 2025. Segundo a empresa de previsão de tendências Worth Global Style Network (WGSN), explorar diferentes setores, como alimentação, música e esportes, junto ao seu nicho podem ser o caminho para atrair novos clientes.

O futuro do varejo é brilhante e cheio de oportunidades para aqueles que estão dispostos a inovar e se adaptar. As empresas que conseguirem integrar tecnologia, sustentabilidade e experiência do cliente em suas operações estarão bem posicionadas para prosperar em 2025 e além.

Fonte: “https://cndl.org.br/varejosa/tendencias-para-o-varejo-em-2025/”

 

Boticário e Natura traçam rotas distintas para crescer em 2025

As perspectivas para o mercado de cosméticos indicam crescimento, embora seja esperada uma desaceleração em razão da forte base de comparação de 2024.

A indústria de beleza brasileira deve alcançar US$ 40 bilhões (cerca de R$ 250 bilhões) até 2027, de acordo com estimativas da consultoria de fusões e aquisições Redirection International, considerando a demanda contínua e ainda crescente. Para os dois maiores nomes do setor nacionalmente – Grupo Boticário e Natura &Co -, porém, as estratégias e prioridades para 2025 não seguem o mesmo caminho.

O Grupo Boticário acaba de anunciar um aporte bilionário para ampliar sua capacidade de produção a partir de uma nova fábrica, que atenderá à marca homônima e outras empresas do grupo. Já a gigante Natura &Co vendeu recentemente importantes ativos internacionais (The Body Shop e Aesop) e pretende concluir a simplificação do seu portfólio em 2025, quando encaminhar o dilema da Avon Internacional. A ideia da companhia, que também realizou mais de R$ 1 bilhão em investimentos em 2024, é acelerar o crescimento das marcas líderes Natura e Avon no Brasil, enquanto as operações internacionais perdem espaço na estratégia.
As perspectivas para o mercado de cosméticos em 2025 indicam crescimento, embora seja esperada uma desaceleração em razão da forte base de comparação no ano passado. A Redirection International estima que, até 2027, a taxa média de crescimento do setor seja de 7,2% ao ano.

O Grupo Boticário aponta que o faturamento nos últimos anos foi de duplo dígito, tendência que deve continuar – apesar de uma desaceleração em relação a 2024. O vice-presidente de operações da companhia, Sérgio Sampaio, afirmou no mês passado que o volume bruto de mercadoria (GMV) do grupo deve avançar 12% a 15% em 2025. O indicador adotado pela empresa é comum às atividades de e- commerce e considera a participação da Beleza na Web, marketplace adquirido em 2019. A holding brasileira acelerou as aquisições nos últimos anos, incluindo o e-commerce, a marca de maquiagem Vult e a Truss, marca profissional de produtos para cabelos.

O portfólio também cresceu com a compra de outros ativos estratégicos operacionalmente, como a empresa de tecnologia para varejo Casa Magalhães. O grupo também é fundador da marca Quem Disse Berenice, com forte atuação na categoria de maquiagem, e da Eudora, marca nascida no canal de vendas diretas e que se destacava no segmento de perfumaria – hoje, um dos destaques é a linha de cuidados para cabelos Eudora Siáge.

Parte do crescimento da companhia nos próximos anos deve ser sustentada pela inauguração de uma nova fábrica, em Pouso Alegre (MG), cujos investimentos iniciais somam R$ 1,8 bilhão. A inauguração da unidade, prevista para 2028, deve elevar em 50% a produção do grupo como um todo, com 24 a 26 linhas de produção de todas as categorias – exceto maquiagem, que segue com produção exclusiva da matriz em São José dos Pinhais (PR). De capital fechado, a companhia não divulga trimestralmente números detalhados ou participação das marcas no mix de faturamento.

A Natura &Co também mira o mercado nacional, mas trilhou uma trajetória diferente da concorrente nos últimos anos. As duas maiores aquisições realizadas foram desfeitas, levando a um enxugamento do portfólio recém-expandido, para focar esforços na atuação de Avon e Natura na América Latina, especialmente no Brasil. Dados da consultoria Kantar relativos ao período entre janeiro e setembro de 2024 apontam que a marca Natura é líder de perfumaria no mercado nacional, com cerca de 44,5% da participação de mercado. A Avon é a campeã na categoria de maquiagem, com 17,9% de “market share”.

No período pós-pandemia, a primeira venda da holding foi da marca de luxo Aesop, adquirida em 2013. À época, o negócio de US$ 1 bilhão firmado com a francesa L’Oréal contribuiu para reduzir o endividamento da Natura &Co e trouxe fôlego extra para o caixa da companhia. A operação foi descrita como positiva pela diretoria e bem avaliada pelo mercado.

Meses depois, a companhia também anunciou a venda da The Body Shop, adquirida em 2017. O ativo, porém, foi vendido à gestora Aurelius por cerca de 207 milhões de libras, um quinto do que a Natura &Co havia investido.

A Natura &Co, agora, terá de lidar com uma das maiores incertezas da holding: qual o papel da Avon Internacional e se os ativos permanecerão ou não no portfólio. A Natura &Co concluiu a compra da então concorrente no canal de vendas diretas no início de 2020.

À época, as operações da Avon nos Estados Unidos já não integravam mais a empresa e eram administradas pelo fundo Cerberus. A estratégia da Natura &Co também foi de segmentar os negócios da gigante americana: os mercados na América Latina, incluindo o Brasil, iniciaram um processo de integração com a marca Natura. A ideia era unificar a logística, desde centros de distribuição até o envio de pedidos conjuntos das duas marcas, e criar uma base comum das chamadas consultoras de beleza, que faziam a venda à comunidade a partir de pedidos pelas revistas das marcas – hoje, as consultoras operam plataformas on-line próprias e disputam a clientela em redes sociais como Instagram.

A companhia avalia que a integração tem sido exitosa. O vice-presidente de negócios, Agenor Leão, destaca que a companhia inaugurou no país, em 2023, o Centro Global de Inovação da Avon, em parceria com a Natura, evidenciando o bom momento das marcas no mercado nacional. “Esse [2024] foi o primeiro ano das duas operações consolidadas e isso tem trazido um crescimento importante, a partir do crescimento de produtividade das consultoras e da expansão dos negócios no varejo”, afirmou ao Valor.

Em dezembro, os produtos Avon começaram a ser vendidos na rede Bel Cosméticos, quatro meses após a marca estrear no varejo físico em uma parceria com a perfumaria Soneda. Agenor Leão destaca a complementariedade da estratégia, considerando a forte presença das perfumarias Soneda em São Paulo, enquanto a Bel Cosméticos se destaca nas regiões Norte e Nordeste, especialmente na Bahia. “O olhar é que a marca esteja presente em várias ocasiões de compra. Quando há mais conhecimento de marca e experimentação nos pontos de venda parceiros, isso também fortalece o negócio das nossas consultoras”, afirmou Leão.

A companhia também apostou em diferentes canais de vendas ao inaugurar uma loja própria da Avon no Mercado Livre em dezembro, dois meses após a estreia da Natura na plataforma. Em nível de América Latina, as novidades do quarto trimestre de 2024 incluem ainda a estrea da Natura no Equador, movimento que reforça a integração regional entre as marcas.

Já os ativos da Avon Internacional, que registraram sucessivos trimestres de queda de receita e perda de rentabilidade, vêm tendo uma trajetória mais conturbada. Em fevereiro, a companhia anunciou que estava fazendo estudos para uma eventual cisão dos negócios, com possibilidade de listagem à parte em bolsa de valores. O processo foi atravessado por um pedido de proteção contra credores (“Chapter 11”) na Justiça de Delaware, nos Estados Unidos, em agosto.

A Avon Internacional entrou na linha de operações descontinuadas no balanço do terceiro trimestre e, após um leilão judicial sem concorrentes, a Natura &Co arrematou de volta os ativos. Com isso, a Avon Internacional voltará a constar no balanço dos próximos trimestres.

Apesar das incertezas quanto à Avon Internacional, a avaliação da diretoria é que o caminho da Natura &Co está livre para voltar a investir e crescer, especialmente no Brasil. “Todas as possibilidades de separação estão na mesa. O fundamental era concluir [o “Chapter 11”] e, agora retomaremos a gestão, com o objetivo de separar [a operação] da forma que fizer mais sentido”, afirmou o CEO da Natura &Co América Latina, João Paulo Ferreira, durante evento de fim de ano, em 12 de dezembro.

Mundos digitais: influenciando o comportamento do consumidor

Marketing e tecnologia estarão mais unidos do que nunca em 2025, impactando a jornada de compra dos clientes.

O marketing está em constante evolução, adaptando-se às novas demandas e comportamento dos consumidores e às possibilidades tecnológicas. Para 2025, a WGSN, consultoria de tendências globais, uma das principais direções será a criação de mundos digitais interativos.

Esses ambientes virtuais, projetados para engajar emocionalmente o público, prometem não apenas capturar a atenção, mas também educar os consumidores sobre como consumir produtos ou serviços de maneira inovadora e imersiva.

Esse modelo pode redefinir o papel do marketing, transformando-o em uma ferramenta poderosa para influenciar comportamentos, criar valor para as marcas e atender às expectativas crescentes dos clientes.

O potencial de influência no comportamento
A criação de mundos digitais vai além do simples entretenimento. Segundo a WGSN em sua Previsão de Marketing para 2025, esses ambientes oferecem às marcas a possibilidade de transformar a experiência do consumidor em algo mais profundo e significativo.

Em vez de apenas vender produtos, as marcas podem criar destinos digitais que combinam interatividade, personalização e uma narrativa consistente. Esses elementos ajudam a construir uma conexão emocional mais forte entre o consumidor e a marca, reforçando sua identidade e promovendo fidelidade.

Um exemplo claro desse potencial pode ser observado no metaverso, que já vem ganhando espaço como um novo canal para marcas explorarem.

A Gucci, por exemplo, lançou a Gucci Garden no Roblox, permitindo que os usuários explorassem um espaço virtual enquanto interagiam com elementos da marca. Essa experiência não apenas aproximou a Gucci de um público jovem, mas também gerou uma percepção de exclusividade e inovação.

Welcome to Gucci Town
Em paralelo à criação de mundos digitais, o marketing tem o potencial de influenciar comportamentos e educar os consumidores.

Segundo Howard Lax, consultor e especialista em experiência do consumidor, em um artigo para a CustomerThink – comunidade global online líderes de negócios –, as empresas podem moldar as escolhas dos consumidores ao fornecer informações claras, criar experiências que eduquem e estimular o uso consciente de seus produtos ou serviços.

Isso não significa manipulação, mas sim um direcionamento que beneficia tanto o consumidor quanto a marca. Um exemplo prático é a adoção de iniciativas sustentáveis. Marcas como a Patagonia e a IKEA educam seus clientes sobre consumo consciente, seja promovendo a reutilização de roupas ou incentivando a compra de produtos que utilizem materiais recicláveis.

Essa abordagem cria valor para a marca, que se posiciona como responsável e alinhada às preocupações ambientais dos consumidores, enquanto também ensina aos clientes a fazerem escolhas mais sustentáveis.

Interatividade como chave para o engajamento
Os mundos digitais também oferecem uma plataforma única para interatividade, um fator crucial para criar engajamento. A possibilidade de personalizar experiências permite que os consumidores se sintam parte do processo, fortalecendo a relação com a marca.

Um exemplo é a Nike, que utiliza o aplicativo Nike By You para que os clientes personalizem seus próprios produtos. Essa abordagem não apenas aumenta o valor percebido dos produtos, mas também cria uma experiência memorável para o consumidor.

Além disso, os mundos digitais podem ser usados para educar os consumidores sobre as funcionalidades de novos produtos ou serviços. Um exemplo seria uma marca de eletrônicos criar um showroom virtual onde os clientes possam testar diferentes funções de um dispositivo antes de comprá-lo. Essa experiência não apenas reduz a barreira de entrada para produtos mais complexos, mas também ajuda a construir confiança na marca.

Desafios na implementação de mundos digitais
Embora as possibilidades sejam vastas, criar mundos digitais interativos e influenciar comportamentos dos consumidores também apresenta desafios significativos. Um dos principais é o custo de desenvolvimento e manutenção desses ambientes. Construir um mundo virtual imersivo que seja atraente e funcional exige investimentos em tecnologia, design e conteúdo.

Outro desafio é o risco de alienar certos segmentos de consumidores que não estão familiarizados com tecnologias mais avançadas. Para evitar isso, as marcas precisam garantir que suas experiências digitais sejam inclusivas e acessíveis a diferentes públicos.

Por fim, é essencial encontrar um equilíbrio entre a imersão e a privacidade. Em um mundo onde a coleta de dados é cada vez mais questionada, as marcas devem ser transparentes sobre como utilizam as informações dos consumidores para criar essas experiências.

O futuro do marketing e a criação de valor
A combinação de mundos digitais interativos e a capacidade de influenciar comportamentos representa uma oportunidade única para as marcas criarem valor. Ao invés de apenas vender produtos ou serviços, as empresas podem se posicionar como parceiras na jornada do consumidor, oferecendo experiências que sejam tanto educativas quanto emocionalmente conectadas.

No entanto, para que essa abordagem seja bem-sucedida, as marcas precisam adotar uma estratégia centrada no consumidor. Isso significa entender profundamente as necessidades e desejos do público, além de garantir que as experiências oferecidas sejam autênticas e relevantes. Com isso, o marketing pode evoluir de uma ferramenta de persuasão para um meio de criação de valor compartilhado.

Em um mundo cada vez mais digital, as marcas que conseguirem aliar inovação tecnológica a uma compreensão profunda do comportamento humano estarão bem posicionadas para liderar em 2025 e além. O futuro do marketing está na capacidade de transformar experiências em conexões duradouras e significativas.

Novos horizontes à vista
A evolução do marketing também está estreitamente ligada à busca por conexões emocionais mais profundas com os consumidores. Mundos digitais interativos possibilitam a criação de narrativas personalizadas, onde o consumidor não é apenas um espectador, mas um participante ativo.

Por exemplo, uma marca de turismo pode criar experiências virtuais que transportem os usuários para destinos exóticos, despertando o desejo de realizar viagens reais. Essa abordagem utiliza elementos de storytelling para engajar os sentidos e criar uma relação mais emocional.

Além disso, o uso de tecnologias como a Realidade Aumentada (AR) e a Realidade Virtual (VR) está se tornando mais acessível, permitindo que marcas de diversos portes explorem essas ferramentas.

Um exemplo recente é a Sephora, que utiliza AR para ajudar os clientes a experimentar maquiagens virtualmente antes de comprá-las. Esse tipo de experiência não apenas melhora a satisfação do cliente, mas também reduz taxas de devolução, criando valor tanto para o consumidor quanto para a marca.

A integração de mundos digitais com causas sociais pode ser um diferencial competitivo. Campanhas que promovem temas como sustentabilidade, inclusão e responsabilidade social em ambientes virtuais podem gerar impacto positivo, posicionando a marca como um agente de transformação.

Essa combinação de inovação tecnológica com propósito é um dos caminhos mais promissores para o marketing em 2025.

Varejistas podem gerar até R$ 200 mi em crédito com gestão inteligente

O relatório revela como o uso de inteligência analítica pode ampliar limites de crédito com margem para segurança.

A Serasa Experian realizou um estudo com varejistas e descobriu que, com uma boa gestão e análise de crédito, essas empresas podem aumentar em segurança os limites dos cartões de seus clientes, adicionando até R$ 200 milhões em crédito disponível. Segundo a empresa de datatech, a medida amplia o potencial de compra dos clientes e impulsiona as vendas sem elevar os riscos de inadimplência.

O estudo foi realizado com base em uma análise customizada da carteira de quatro grandes players do varejo, combinando dados exclusivos e de mercado com a inteligência analítica da Serasa Experian.

Gestão customizada para readequar limites
Pedro Braga, diretor de Decisioning e Advanced Analytics da Serasa Experian, explica que entender o perfil, o risco e o potencial de compra de cada cliente é fundamental para readequar limites de crédito de forma personalizada.

“Isso permite uma avaliação de risco mais acurada dividindo os clientes em três grupos: os que precisam ter o limite reduzido, pois apresentam risco de inadimplência; os que podem ter o crédito aumentado, pois tem potencial de compra com baixo risco; e os que estão com o limite adequado”, destaca.

Essa segmentação oferece uma visão clara dos CPFs que demandam ajustes de crédito ou acompanhamento mais próximo para evitar atrasos e inadimplência. Segundo Braga, ao mesmo tempo, varejistas conseguem ter visibilidade sobre os CPFs que apresentam maior risco e precisam de adequação da oferta ou uma estratégia de acompanhamento mais próximo para não se tornarem inadimplentes.

O estudo também identificou uma parcela da base de clientes que apresenta maior risco de inadimplência. Para esse grupo, a análise sugere a redução de 25% dos limites de crédito, diminuindo a concessão total de R$ 235 milhões para R$ 175 milhões. Isso representa uma redução de R$ 60 milhões, o que na análise do Serasa Experian protegeria os varejistas contra perdas futuras.

Cartões bandeirados e private label
O estudo também analisou dois tipos de cartões comuns no varejo: bandeirados (cartões convencionais VISA, Mastecard) e private label (cartões exclusivos para uso dentro da loja ou rede de lojas do varejista).

O relatório aponta que os cartões bandeirados, possuem potencial de aumento de crédito de 63%, passando de R$ 179 milhões para R$ 292 milhões, um incremento de R$ 113 milhões.

Nos casos de risco de inadimplência, a redução recomendada é de 25%, caindo de R$ 65 milhões para R$ 49 milhões, aproximadamente R$ 16 milhões.

Já cartões private label, possuem potencial de aumento de crédito de 46%, elevando os limites de R$ 159 milhões para R$ 232 milhões, um incremento de R$ 73 milhões. Entre os clientes com risco de inadimplência, a redução é de 25%, levando os limites de R$ 170 milhões para R$ 126 milhões, uma queda de R$ 43 milhões.

Automação dos processos
Pedro Braga reforça a importância de uma política robusta de concessão e manutenção de crédito, baseada na análise do perfil da carteira e na combinação do histórico do cliente com dados de mercado.

“Nosso objetivo é apoiar nossos clientes com inteligência analítica e automação ponta a ponta dos processos de análise para reduzir seus riscos, ampliar suas oportunidades e trazer agilidade e eficiência para as decisões de negócio. E é possível ainda, por exemplo, realizar ofertas personalizadas para novas vendas e vendas cruzadas para os consumidores que já fazem parte da base de clientes, reduzindo o custo operacional das empresas”, finaliza.

Magalu e KaBuM! promovem liquidação durante a primeira sexta-feira do ano

Neste 3 de janeiro, o Magalu e o KaBuM! promovem a 32ª edição da Liquidação Fantástica, tradicional queima de estoque realizada pela companhia às primeiras sextas-feiras do ano. O evento reúne consumidores em busca de ofertas, com muitos deles formando filas durante a madrugada à espera da abertura das lojas.

Considerado um termômetro para avaliar a predisposição de consumo no início do ano, a Liquidação Fantástica envolve a preparação de todas as unidades do Magalu no país. Para atender à demanda, a empresa estruturou sua operação logística com a contratação de mais de 3.600 trabalhadores temporários e operação contínua em centros de distribuição, funcionando 24 horas por dia.

“Preparamos um esquema logístico robusto para atender nossos clientes e garantir a entrega eficiente dos pedidos. A Liquidação Fantástica é um evento aguardado e relevante para o varejo brasileiro”, declarou a empresa.

Com o uso do Google e TikTok, Magalu impulsiona vendas em lojas físicas
Utilizando abordagens com TikTok e Google para promover um “casamento” entre mensagens publicitárias e as vendas realizadas, o Magalu conseguiu ampliar suas conversões e deslocamentos para suas lojas, uma estratégia que ajudou a impulsionar as vendas no ponto de venda físico. A ação faz parte de uma parceria com a Monks.

A gigante varejista buscou atrair, com o uso do TikTok, os consumidores online para realizar compras em suas unidades físicas e medir as vendas realizadas no canal tradicional a partir de ações virtuais. Para alcançar os resultados, foi utilizada a Interface de Programação de Aplicações (API) de Conversões Offline do TikTok, ferramenta que permite que empresas rastreiem e meçam as conversões que ocorrem fora do ambiente digital.

Com a coleta desses dados, foram criadas audiências customizadas. Como resultado, segundo o TikTok, houve um aumento das vendas em lojas físicas originadas na rede social:

*Receita subiu 100%
*Taxa de conversão de campanhas online subiu 371%
*Custo de aquisição do cliente caiu 52%

O Magalu também utilizou testes A/B, que permitiram entender como diferentes públicos respondem a uma mesma mensagem. Dividida em dois grupos de anúncios, a campanha buscou atingir um público amplo, mas apenas nas cidades com lojas onde era possível fazer segmentação no TikTok. O outro grupo foi composto por pessoas que já tinham comprado nas lojas físicas (audiência customizada), combinadas com pessoas semelhantes a esses clientes, os “lookalikes”.

Com alta de 12,3% no faturamento, comércio impulsiona PMEs em novembro

O acumulado do ano registra alta de 5,3%.

O desempenho das pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras em novembro de 2024 apresentou estabilidade, com crescimento de 0,2% no faturamento em relação ao mesmo mês de 2023, de acordo com o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs. Já o acumulado do ano registra alta de 5,3%.

O destaque de novembro foi o setor de Comércio, que avançou 12,3% graças ao impacto da Black Friday. Tanto o atacado quanto o varejo tiveram resultados positivos, impulsionados pela venda de produtos como alimentos, pedras para revestimento, livros, eletrodomésticos, artigos esportivos e de joalherias, entre outros.

O setor de Serviços teve avanço tímido, de 0,8%, mas algumas atividades conseguiram se destacar, como Transportes, Atividades financeiras, e Serviços de arquitetura e escritório.

Já as PMEs da Indústria registraram queda de 6,4%. Dos 22 subsegmentos monitorados, apenas sete apresentaram aumento de receita: Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos, Impressão e reprodução de gravações, Fabricação de produtos de minerais não metálicos e Fabricação de móveis. Mesmo com a retração em novembro, no acumulado do ano o setor apresenta faturamento 8,3% maior.

Ainda no campo negativo, as PMEs do setor de Infraestrutura também registraram retração no último mês, com queda de 7,6%. O resultado foi condicionado pela nova queda de atividades ligadas ao setor de construção civil, como Obras de infraestrutura, Serviços especializados para construção e Construção de edifícios.

Para Felipe Beraldi, economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, ainda que o desempenho do Comércio tenha confirmado as previsões, com a Black Friday e o consumo das famílias em progresso, os resultados das demais atividades chamam a atenção e acendem um alerta para uma desaceleração mais significativa do mercado como um todo no decorrer de 2025.

“A expansão dos riscos domésticos associados à questão fiscal do País trouxe uma movimentação preocupante, com uma nova subida das expectativas para a inflação e taxas de juros, o que não é uma boa notícia para os empreendedores”, analisa.

Varejo farmacêutico projeta crescimento de dois dígitos em 2024

O setor farmacêutico brasileiro segue uma trajetória de crescimento sólida e resiliente, com o varejo farmacêutico projetando fechar 2024 com um aumento de dois dígitos no faturamento. A previsão é de um crescimento médio de 10% em comparação ao ano anterior, refletindo a recuperação do setor e a adaptação bem-sucedida das empresas a um mercado em constante transformação.

Esse desempenho é especialmente notável, considerando o cenário econômico desafiador, com inflação elevada e taxas de juros altas, que impactaram diversos outros segmentos da economia.

“O crescimento do setor farmacêutico, no entanto, não é um fenômeno isolado. Ele é impulsionado por uma série de fatores, entre eles a digitalização, a diversificação de produtos e o crescente foco na experiência do consumidor”, explica o presidente da Febrafar, Edison Tamascia.
Modelo de negócios

Para Tamascia o modelo de negócios das farmácias tem se distanciado do foco exclusivo em preços baixos e tem migrado para uma abordagem que inclui não apenas medicamentos, mas uma oferta mais ampla de produtos de bem-estar, saúde, cosméticos e serviços personalizados. “Isso é resultado da adaptação contínua das farmácias às novas exigências dos consumidores, que buscam conveniência, agilidade e uma experiência de compra mais completa”, detalha.

O destaque de 2024 não se limita ao desempenho geral do setor, mas também a alguns players que se destacaram pelo crescimento acelerado, especialmente as grandes redes farmacêuticas e as farmácias associadas à Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar).
Edison Tamascia, presidente da Febrafar/Foto: divulgação
Crescimento do mercado

Em meio ao crescimento do mercado, o grupo tem se destacado com resultados ainda mais expressivos, superando a média de crescimento do setor. Esse sucesso reflete não apenas a força das redes associadas, mas também o papel estratégico do associativismo, que tem sido uma alternativa eficaz para fortalecer as farmácias independentes e garantir sua competitividade frente às grandes redes.
Inovação e adaptação

Segundo Edison Tamascia o bom desempenho do mercado farmacêutico em 2024 é resultado de um processo de adaptação e inovação. “O setor farmacêutico não se resume mais à venda de medicamentos a preços competitivos. O mercado está cada vez mais exigente e os consumidores querem uma experiência completa. Isso significa que as farmácias precisam oferecer um mix diversificado de produtos, atendimento de qualidade, e uma estrutura física e digital bem alinhada”, afirma Tamascia.

As farmácias independentes, que historicamente enfrentavam desafios para competir com as grandes redes, têm encontrado no associativismo uma maneira de superar as barreiras do mercado. Modelos como o da Febrafar oferecem uma plataforma de apoio que inclui desde soluções de gestão e fidelização, até o desenvolvimento de novas formas de atendimento ao cliente. Isso tem permite competitividade e adequação às mudanças que o setor está experimentando.
Transformação digital

A transformação digital também tem se mostrado um dos maiores motores de crescimento. As farmácias que têm investido em tecnologia – seja para melhorar a gestão de estoques, oferecer serviços de entrega mais rápidos ou implementar soluções de atendimento ao cliente online – estão mais bem posicionadas para atender às novas demandas dos consumidores.

“Digitalizar-se não é mais uma tendência, mas uma necessidade. O consumidor está cada vez mais digital e busca conveniência, e as farmácias precisam estar onde ele está”, completa Tamascia.

Embora o ambiente físico das farmácias continue sendo fundamental, a transformação digital tornou-se uma das principais frentes para o crescimento do setor. A experiência do cliente no ambiente físico deve ser complementada com ferramentas digitais que proporcionem conveniência e acesso rápido aos produtos e serviços. As soluções de delivery, e a presença digital nas plataformas sociais e no Google Meu Negócio se tornaram essenciais para atrair e fidelizar consumidores.

“Investir em plataformas digitais não é apenas uma questão de modernização, mas de sobrevivência no mercado competitivo. As farmácias que não implementarem essas soluções correrão o risco de perder clientes para concorrentes que já estão mais digitalizados”, afirma Edison Tamascia.
Comunicação digital

Além disso, a comunicação digital, que antes era vista como um elemento complementar, agora se tornou fundamental. Redes sociais, aplicativos próprios e plataformas de feedback e atendimento online se tornaram canais indispensáveis para construir um relacionamento de longo prazo com o consumidor. O objetivo é proporcionar uma jornada de compra mais personalizada e eficiente, algo que os consumidores exigem cada vez mais.

Outro ponto fundamental na digitalização das farmácias é a integração entre o físico e o digital. Embora o consumidor esteja cada vez mais online, ele ainda valoriza muito a experiência presencial, principalmente no que diz respeito ao atendimento personalizado e à consulta de um profissional capacitado. A junção dessas duas frentes – física e digital – é o que tem garantido o sucesso de muitas farmácias no cenário atual.
Perspectivas para 2025

Para 2025, as perspectivas para o setor farmacêutico são ainda mais positivas. A digitalização continuará a ser uma das principais frentes de crescimento, mas a diversificação do portfólio de produtos também se consolidará como uma tendência fundamental.

As farmácias que souberem agregar produtos além dos medicamentos, como cosméticos, produtos de bem-estar, e itens de saúde e conveniência, estarão mais bem posicionadas para se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.

“Não se trata apenas de vender mais, mas de vender melhor. A diversificação do portfólio deve ser acompanhada de uma estratégia que compreenda as necessidades do consumidor. Hoje, o cliente busca uma farmácia que ofereça mais do que medicamentos. Ele busca soluções para sua saúde, bem-estar e conveniência em um único lugar”, explica Tamascia.

Além disso, o processo de adaptação às novas exigências do consumidor e a capacidade de inovação continuarão a ser fatores determinantes para o sucesso das farmácias em 2025. A chave será a habilidade de oferecer uma experiência de compra única, tanto no ambiente físico quanto digital, atendendo de forma cada vez mais personalizada e eficiente às necessidades do consumidor moderno.
Impactos da Reforma Tributária

Embora 2024 não tenha trazido grandes mudanças regulatórias, há expectativas em relação às reformas que podem impactar diretamente o setor nos próximos anos. A reforma tributária promete trazer mais competitividade ao mercado, especialmente para as farmácias independentes. “Apesar de a reforma não surtir efeito imediato em 2025, ela tem o potencial de reduzir a carga burocrática e permitir que as farmácias se concentrem mais no atendimento ao cliente e menos nos processos fiscais”, conclui Tamascia.

Com a redução da burocracia e a criação de um ambiente de negócios mais competitivo, o setor farmacêutico terá mais liberdade para se concentrar no que realmente importa: a experiência do cliente e a inovação.

Demanda do varejo sinaliza reação maior

Pesquisas publicadas pela empresa Neotrust Confi e pelo Itaú Unibanco mostram aceleração mais forte na demanda neste fim de ano, na faixa de dois dígitos.

Indicadores de vendas no varejo apontaram, em maior ou menor grau, aceleração da demanda dos consumidores neste fim de ano.

Pesquisa da Neotrust Confi indicou que, entre os dias 1º e 25 de dezembro, as compras on-line movimentaram R$ 26 bilhões, com crescimento nominal – não ajustado pela inflação – de 20,6% em relação ao mesmo período de 2023. Incluindo no escopo o varejo físico, e com outra metodologia, levantamento do Itaú Unibanco mostrou alta nominal de 12,3% nas vendas entre 16 e 22 de dezembro, na comparação com igual período do ano passado.

Já dados do Índice Cielo, também sobre o varejo em geral, indicaram alta menor, de 3,4% nas lojas físicas e de 2,9% no comércio eletrônico.