Black Friday: 2 em cada 3 brasileiros querem comprar na data; nível de serviço logístico é prioridade

Executivo de varejo enfatizou importância do planejamento de demanda, o desafio de equilibrar custos e dificuldade de desvincular o nível de serviço da rapidez no prazo de entrega

Há pouco menos de dois meses da Black Friday 2023 — que ocorrerá em 24 de novembro —, consumidores e vendedores se prepararam para uma das datas mais importantes do varejo global. Por aqui, uma pesquisa divulgada pelo Google revelou que dois em cada três brasileiros pretendem comprar produtos durante a Black Friday. O cenário é mais otimista do que o registrado em 2022, quando o faturamento entre os dias 24 e 27 de novembro foi de aproximadamente R$ 6,1 bilhões — uma queda de 23% em relação ao ano anterior, segundo relatório disponibilizado pelo grupo Locaweb.

O e-commerce, como visto em anos anteriores, segue como opção fortalecida. De acordo com a Olist, cerca de 44,7% dos consumidores apontando os marketplaces como canais mais relevantes de compra na Black Friday, com destaque para as categorias de eletrodomésticos (14,4%), eletrônicos (12,6%) e moda e acessórios (11,4%). No levantamento, entre os fatores mais importantes no momento da compra, o frete apareceu apenas 3 pontos percentuais abaixo de qualidade do produto.

Do ponto de vista de quem vende, a mesma pesquisa apontou que estoque insuficiente e atraso nos pedidos estão entre as principais preocupações, correspondendo a 15,9% e 12,9%, respectivamente.

Nesse contexto, a logística se posiciona como o fio condutor entre as intenções do consumidor e as altas apostas das empresas para corresponder a essas expectativas. Em um recorte de Black Friday, a pressão aumenta no setor logística em função de um termo cada vez mais almejado tanto por varejistas, quanto por prestadores de serviços: nível de serviço.

Segundo o diretor de Operações de Transporte da Magalu, Marcio Chaer, isso se acentuou pela transformação do sentido inicial da Black Friday, que nasceu para compras de oportunidade e, nos últimos três anos, evoluiu para compras de Curva A — caracterizada pela oferta de itens campeões de venda e de alto valor agregado.

“[Trata-se de] um trabalho conjunto com a dinâmica de prazo. A gente está falando de uma venda que tem um prisma de até 15 vezes em relação a um dia normal, dependendo do e-commerce, com uma pressão muito grande por prazo”, observou o executivo, destacando que, apesar de ser “uma equação difícil de ser resolvida”, o sucesso dela é o que se espera dos profissionais de logística nesse momento.

Afinal, tudo em nome de manter qualidade e desempenhar o mesmo nível de serviço apresentado fora da sazonalidade. Diante disso, cabe aos profissionais de logística — tanto embarcadores, quanto prestadores de serviço — apostar no uso de recursos além do habitual, como a contratação de mais motoristas, mais carros de transferência, mais carretas e mais espaço de estoque. “Isso tudo traz o desafio de a gente ter que trabalhar com um grupo de recursos, parceiros e operadores que não estamos acostumados e que não necessariamente vão conseguir apresentar o mesmo nível de serviço que a gente espera”, explicou o diretor de Operações de Transporte.

Nesse sentido, o executivo destacou a importância da metodologia de gestão para que a operação de uma demanda mais densa sem comprometer o nível de serviço seja uma possibilidade factível. Porém, em vias de alcançar essa meta, surge, talvez, o desafio central: o custo — companhia indesejável de longa data do setor de logística. “Tudo fica escasso e, se tudo fica escasso, tudo custa muito mais caro. […] Tanto para um e-commerce quanto para um operador logístico, conseguir equilibrar esse aumento de custo devido à escassez de recursos com a manutenção do nível de serviço e com o prazo adequado para o cliente é o principal desafio.”

ENTREGAR RÁPIDO É O MAIS IMPORTANTE?
Talvez a relação não seja tão direta assim, mas trata-se, sem dúvida, de um critério significativo. De acordo com o Capterra, do Grupo Gartner, 73% das pessoas quem compram online consideram a entrega ultrarrápida algo relevante, superando, inclusive, fatores como preço e atendimento.

Mas esse panorama, apesar de mencionado por Marcio Chaer como “um dos dois ou três grandes fatores [de decisão de compra]”, deve ser observado com mais atenção. “Não adianta nada prometer um prazo muito curto e não entregar. O cliente comprará comigo uma vez só.”

De fato, o Relatório Varejo 2022, repercutido pelo Valor Investe em maio do ano passado, apontou que 7 em cada 10 pessoas afirmam não voltar a comprar de uma marca após experiências frustradas.

Como, na visão do diretor de Operações de Transporte da Magalu, é difícil desvincular prazo à qualidade da experiência do cliente, o foco em otimizar nível de serviço desponta mais uma vez como prioridade. “O que faz o varejo se movimentar é recorrência. […] A gente tem que ofertar prazos cada vez menores, pois o cliente está pedindo isso, mas, junto com isso, a gente tem que conseguir garantir nível de serviço. Senão, é uma tragédia.”

Aliás, pelo grau de complexidade, as intercorrências que envolvem uma operação de Black Friday podem ser críticas e devem estar no radar dos gestores. Mas, para além disso, há também o que pode ser previsto e evitado.

Quando questionado sobre o que seria o maior erro de uma operação de Black Friday, Chaer foi taxativo: “não planejar adequadamente a sua demanda”. “Senão, como dizemos na linguagem técnica que usamos na operação, vai ser um “capote”. Tem que haver um alinhamento muito grande entre todas as etapas.”

Isso, na opinião do executivo, vai além do que somente alocar recursos financeiros na operação. “Por mais que você ache a sua operação simples, a Black Friday tem, por si só, um quesito de alta complexidade. Então, saber planejar adequadamente tem um efeito positivo — e não saber vai resultar em tragédia, com certeza.”

PANDEMIA E O SALTO IRREVERSÍVEL EM NÍVEL DE SERVIÇO
Apesar de já ser uma data importante para o varejo há algum tempo, a Black Friday ganhou gás na pandemia de Covid-19. Em 2020, somente nas compras de e-commerce no dia 27 de novembro, o faturamento foi de R$ 3,1 bilhões, uma alta de 24,8% em comparação ao ano anterior. No total, foram feitos mais de 4,6 milhões de pedidos.

Em função do distanciamento social proposto pela pandemia e da consequente disparada do e-commerce, a data foi marcada por particularidades de logística que, por fim, geraram conforto ao consumidor. E, segundo Marcio Chaer, isso se tornou um padrão do qual o usuário não se desfez — mesmo com o fim da pandemia.

“Não dá para voltar para onde a gente estava. Definitivamente, o mundo mudou, assim como o entendimento do cliente”, enfatizou o executivo, “Eu diria que, no caso do e-commerce e do varejo em geral, o cliente ficou muito mais exigente e fatores como entregar mais rápido e cumprir a promessa de entrega passaram a ser mais observados.”

E é em razão desses e outros fatores que olhar para a Black Friday com o máximo de antecedência possível se tornou um fator elementar para o sucesso na data. “Nesse momento, quem não começou a se preparar ainda deveria repensar a sua Black Friday. […] A primeira coisa é entender o quão grande você quer ser na Black Friday em relação ao seu normal e, se não der tempo, não adianta: vai ser pior do que não fazer nada”, orientou Chaer.

Para os que já estão de olho nas operações de Black Friday, a dica do diretor de Operações de Transporte da Magalu é garantir o recebimento dos pedidos para formar o estoque e, no caso dos marketplaces, alinhar o planejamento dos vendedores. Em termos de operação, é fundamental estar na mesma página que o operador logístico. “O seu operador não pode ser pego de surpresa. Então, você precisa alinhar isso antes para que ele esteja preparado para te atender adequadamente.”
‘https://mundologistica.com.br/noticias/black-friday-nivel-de-servico-logistico

PMEs movimentaram R$ 839 milhões com vendas online no 3º trimestre de 2023

Dia 5 de outubro é comemorado o Dia do Empreendedor, uma data que foi instituída em 2005 para comemorar a Lei Nacional das Micro e Pequenas Empresas. O comércio online tem se destacado nesse mercado, pois, de acordo com os dados da Nuvemshop, reunidos com a base de lojistas brasileiros da plataforma entre julho de 2022 a setembro de 2023, no terceiro trimestre de 2023, as PMEs movimentaram cerca de R$ 839 milhões com vendas digitais, um valor 20% superior em comparação ao ano passado (R$ 699 milhões).

Dia do Empreendedor: confira o perfil das PMEs online (Imagem: Freepik)
Houve um aumento de 22% no número de volumes nos pedidos online durante julho a setembro, um valor que passou de 2,7 milhões para 3,4 milhões. Entre os setores que mais faturaram no período, estão:

• Moda (R$ 297 milhões);

• Saúde & Beleza (R$ 74 milhões);

• Acessórios (R$ 57 milhões);

• Casa & Jardim (R$ 41,5 milhões): o maior crescimento no período, um aumento de 62% em relação a 2022, quando registrou R$ 25,5 milhões.

Para Luiz Natal, gerente de Desenvolvimento de Plataforma da Nuvemshop, “os resultados mostram que os micros, pequenos e médios empreendedores têm um papel muito importante na economia brasileira e que, apesar dos desafios, buscam estratégias criativas e inovadoras para destacarem suas marcas e venderem mais. Neste sentido, o comércio online tem sido um poderoso aliado para aumentar o faturamento desses negócios, seja pela facilidade de criar um e-commerce e fazer a sua gestão, assim como por demandarem menores custos operacionais em comparação com uma loja física.”

Qual o perfil desses empreendedores?
Um estudo realizado pela Nuvemshop apontou dados e formas de atuação no ambiente digital. O Instagram foi o ponto de partida para começar as vendas (56%). Além disso, cerca de metade deles também começaram vendendo pelo site próprio da sua marca (50,5%) e 46% fizeram suas vendas também pelo WhatsApp.

A pesquisa também indica que os lojistas estão em diferentes fases da sua jornada empreendedora. Cerca de um terço deles tem a loja virtual há menos de um ano. Por outro lado, 25% dos empreendedores online já têm o e-commerce da sua marca há mais de 3 anos.

Os segmentos
O setor de Moda é o mais explorado pelas PMEs online, representando 30% dos negócios. Seguido pelos Acessórios (17%) e Casa & Decoração (10%). O levantamento também indicou os tipos de produtos vendidos: 41,5% dos varejistas optaram por trabalhar revendendo produtos nacionais, enquanto 35% têm fabricação artesanal própria.

“Os micros e pequenos lojistas do varejo online precisam se diferenciar do mercado tradicional a fim de serem mais competitivos em relação aos grandes varejistas. Por isso, o investimento em produtos de fabricação própria e a ampliação de seus canais de comunicação são estratégias relevantes para trazer uma experiência única ao consumidor e potencializar os resultados nas vendas”, finalizou Natal.
‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/pmes-movimentaram-r-839-milhoes-com-vendas-online-no-3o-trimestre-de-2023

Dia das Crianças: Inflação cede e brinquedos sobem menos em 2023

A expectativa da CNC é de que as vendas devem somar R$ 8,44 bilhões este ano, uma alta de 1,2% em relação ao desempenho do ano passado.

A estimativa foi feita a partir dos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, a inflação acumulada pela mesma cesta de 11 bens e serviços do Dia das Crianças havia alcançado 9,9% nos 12 meses até outubro.

A alta prevista para 2023 (7%) é a menor em três anos — ou seja, desde 2020. Apesar da desaceleração, a inflação da data tende a ficar acima do IPCA-15 como um todo. Para o índice geral, a CNC prevê avanço de 5,2% nos 12 meses até outubro deste ano.

Dos 11 itens analisados na cesta do Dia das Crianças, o brinquedo teve a maior inflação até outubro de 2022: 19,9%. Em igual período de 2023, a alta deve desacelerar para 5,8%. Em outras palavras, os preços não terão queda, mas tendem a apresentar um avanço menos intenso no acumulado.

Juros e dólar

O economista sênior da CNC, Fabio Bentes, atribui a desaceleração dos brinquedos a uma combinação de dois fatores, entre eles o elevado dos juros, que esfria a demanda por bens e serviços, dificultando o aumento dos preços, e uma trégua do dólar, que alivia os custos de produção na indústria.

“Essa desaceleração dos brinquedos é um subproduto do aperto monetário e um reflexo da taxa de câmbio. Boa parte das mercadorias é montada aqui. Quando o câmbio recua, tem reflexos nos preços”, destacou Bentes.

Um movimento semelhante deve atingir as roupas infantis, cujos preços acumularam alta de 15,4% nos 12 meses encerrados em outubro de 2022. A inflação tende a ficar em 4,6% no mesmo período de referência deste ano.

De acordo com as projeções da CNC, apenas dois componentes da cesta devem ter baixa dos preços no acumulado até outubro de 2023. São os casos do videogame (-8,5%) e da bicicleta (-0,1%).

Vendas

A expectativa da confederação é de que as vendas do comércio varejista para o Dia das Crianças devem somar R$ 8,44 bilhões este ano, uma alta de 1,2% em relação ao desempenho do ano passado, já descontada a inflação do período. A data é considerada a terceira mais relevante do calendário do varejo nacional, perdendo apenas para o Natal e para o Dia das Mães em volume de vendas.

Os principais motivos para gastar mais são: comprar um presente melhor (39%), comprar mais presentes (38%) e aumento do preço dos produtos (37%). Enquanto os que pretendem gastar menos justificam pelo orçamento apertado (27%), outras prioridades de compra (20%), pagar dívidas em atraso (20%) e economizar (18%).

‘https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2023/10/5132769-dia-das-criancas-inflacao-cede-e-brinquedos-sobem-menos-em-2023.html

ICVA: vendas no Varejo caem 1,6% em setembro, terceiro mês seguido de queda segundo Cielo

Descontada a inflação, as vendas no Varejo em setembro de 2023 caíram 1,6% quando comparadas ao mesmo mês de 2022. É o que mostra o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), relatando se tratar do terceiro mês seguido de queda. Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, o crescimento em setembro foi de 2,5%.

Em agosto, no entanto, o mesmo índice mostrou que as vendas no e-commerce no Dia dos Pais aumentaram 6,3% em comparação a 2022 — na ocasião, as vendas presenciais cresceram 2,0%, com um aumento de 2,3% no Varejo em geral.

Setores em queda

Os três macrossetores (Bens Duráveis, Bens Não Duráveis e Serviços) registraram baixa ao mesmo tempo. Bens Duráveis e Semiduráveis caiu 1,7%, afetado principalmente pelo resultado de Materiais para Construção.

A retração do faturamento de Bens Não Duráveis foi de 1,1%, influenciado pelo setor de Livrarias, Papelarias e afins. Já em Serviços, cujas vendas caíram 2,9%, o principal responsável foi o segmento de Bares e Restaurantes.

Em junho, por exemplo, os macrossetores de Serviços, Turismo e Transporte e Recreação e Lazer foram responsáveis por impulsionar em 4,9% os resultados do Varejo. No mesmo mês, Bens Não Duráveis teve alta de 1,5%, com destaque para o segmento de Supermercados e Hipermercados

Efeitos de calendário também contribuíram para que a retração do Varejo em setembro não fosse mais acentuada; mês de setembro contou com um sábado a mais, dia de forte movimento no comércio, e uma quinta-feira a menos

Inflação

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia do IPCA divulgada pelo IBGE, registrou alta de 0,35% para o mês de setembro. Segundo o instituto, o principal impacto de alta vem do aumento do preço da gasolina e de outros combustíveis.

Ao ponderar o IPCA e o IPCA-15 pelos setores e pesos do ICVA, a inflação do varejo ampliado acumulada em 12 meses em setembro foi de 4,2%.

Queda de vendas do Varejo por Regiões

De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, os resultados de cada região em relação a setembro de 2022 foram:

Sudeste (-1,7%);

Sul (-3,4%);

Centro-Oeste (-3,7%);

Norte (-4,1%);

e Nordeste (-5,2%).

Pelo ICVA nominal, que não considera o desconto da inflação, e com ajuste de calendário, os resultados de cada região foram:

Sudeste (+2,1%);

Sul (+1,4%);

Centro Oeste (+0,4%);

Norte (+0,3%);

e Nordeste (-1,2%).

Vendas no terceiro trimestre de 2023

Para o Índice Cielo, as vendas no 3º trimestre de 2023 caíram 1,5%, já descontada a inflação, em relação ao mesmo trimestre de 2022. Em termos nominais, porém, o faturamento cresceu 1,6%.

MPEs recuperaram fôlego e buscaram mais crédito em agosto, indica Serasa Experian

Em agosto houve uma alta de 10,1% na busca das companhias por recursos financeiros no comparativo com o mesmo mês de 2022. No caso das as Micro e Pequenas Empresas (MPEs), foi o maior número desde maio de 2022 (10,2%). De acordo com o Indicador de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian, tal elevação foi maior que a das grandes empresas (9,8%).

No gráfico é possível acompanhar os dados completos. Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “a queda de juros e da inflação possibilitou que os consumidores pudessem também sanar suas dívidas negativadas e gerar uma estabilidade na inadimplência. Esses pagamentos indubitavelmente são destinados a empresas que ganham mais caixa e fôlego para liquidarem seus próprios débitos”

Vale destacar que, no terceiro trimestre de 2023, segundo dados da Nuvemshop, as PMEs movimentaram cerca de R$ 839 milhões com vendas digitais. Neste caso, trata-se de um valor 20% superior em comparação ao ano passado (R$ 699 milhões). Entre julho e setembro, por exemplo, houve um aumento de 22% no número de volumes nos pedidos — passou de 2,7 milhões para 3,4 milhões.

Dívidas do primeiro semestre

A média das dívidas mais contempladas entre janeiro e junho de 2023 foram aquelas que possuíam até 30 dias de vencimento (57,1%) e as de até 60 dias (42,9%). Em seguida, ficaram as dívidas com idades de 90 dias (30,2%), depois as de 180 dias (23,4%) e as com 1 ano (20,8%). As mais antigas, vencidas há mais de um ano, foram menos contempladas (9,2%).

Imagem de um gráfico
Na visão por valor dos débitos, no primeiro semestre, a maior taxa média de pagamentos foi das contas negativadas de até R$ 500 reais (49,9%) e a menor de R$ 2 mil a R$ 10 mil (41,7%)

Análise por setor da dívida: Varejo na mira do ressarcimento

setor de “Varejo” teve a maior média de pagamentos de dívidas atrasadas entre janeiro e junho deste ano (53%) e “Telefonia” o menor (12,9%).

Mercado de Telefonia teve a menor média de pagamento de dívidas atrasadas

Piauí: pequeno notável na recuperação de crédito das empresas

Ainda segundo o Indicador de Recuperação de Crédito das Empresas da Serasa Experian, o Piauí registrou a maior taxa média de recuperação de crédito no primeiro semestre de 2023. O estado se juntou a Paraíba, Maranhão, Acre de Mato Grosso como o top 5 do ranking.

Gráfico mostra dados de recuperação de crédito de todas as Unidades Federativas

Outras podem ser adquiridas aqui.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/mpes-recuperaram-folego-e-buscaram-mais-credito-em-agosto-serasa-experian

 

1ª edição do Mega Oferta Amazon Prime traz destaque para empreendedores

Durante os dias 10 e 11 de outubro, acontece pela primeira vez no Brasil o Mega Oferta Amazon Prime, uma seleção de descontos para clientes Prime em diversos produtos dentro do marketplace por 48 horas. Como parte das ações, a Amazon organizou a Feira de Pequenos e Médios Negócios no Shopping Cidade São Paulo no último domingo e segunda-feira, dias 8 e 9.

A promoção da feira surgiu como uma forma de celebrar o Dia do Empreendedor, comemorado no dia 5 de outubro. Nela, foram montados estandes dos sellers parceiros do marketplace para comentarem como as ferramentas oferecidas pelo marketplace têm ajudado nos seus negócios e a divulgarem seus produtos. Atualmente, mais de 50% da plataforma é composta por pequenas e médias empresas.

Além dos produtos com selo Prime, que torna as marcas elegíveis ao frete grátis, as PMEs também garantem o serviço de entrega da Amazon e o FBA,  o Fullfilment by Amazon,  o serviço de logística otimizado. Os produtos vendidos pelos empreendedores durante a data também serão destacados com um selo de “pequeno negócio”, fazendo com que o consumidor reconheça a origem daquele item e saiba que está adquirindo produtos de pequenos empreendimentos.

Os vendedores parceiros da Amazon também têm acesso ao conteúdo educativo gratuito oferecido pela Academia Amazon Sebrae, uma parceria entre a Sebrae Nacional e a Amazon para orientar esses pequenos e médios vendedores sobre estratégia de marketing, finanças, vendas no marketplace, logística e outros temas relevantes, contando também com um programa de recompensas e mentoria de especialistas do mercado.

Ricardo Garrido, Diretor de Marketplace da Amazon Brasil, destacou “no marketplace do Brasil, hoje temos mais de 50 mil vendedores. Desses, 99% são pequenas e médias empresas, e 77% das vendas dessas pequenas empresas são para fora do estado onde estão sediadas. Ou seja, essa é uma das maiores vantagens. Se o empreendedor tem um produto único, bom preço e entrega rápida, certamente esse produto vai ser descoberto, as pessoas vão comprar, avaliar bem e então outras começarão a comprar também. Essa é uma das nossas primeiras conveniências, o acesso a um público maior.”

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/primeira-edicao-do-mega-oferta-amazon-prime-traz-destaque-para-empreendedores

AliExpress, Shein e Shopee: com tributação, compras atingem US$ 1 bi em agosto

Valor representa uma valorização de 32,9% em comparação aos números de julho, quando não havia o Programa Remessa Conforme (PRC).

Os brasileiros gastaram US$ 1 bilhão em compras de pequeno valor em plataformas de comércio eletrônico como Aliexpress, Shein e Shopee em agosto, de acordo com o levantamento realizado pela Vixtra, fintech de comércio exterior, com base em dados disponibilizados pelo Banco Central.

O valor é 32,9% superior ao visto em julho, momento em que não havia definição sobre a tributação de compras feitas no exterior. Desta forma, é possível ver um retorno significativo do interesse dos consumidores após as novas regras do governo.

“No decorrer dos últimos meses, houve muita discussão quanto a taxação desses produtos, o que fez com que as importações apresentassem fortes oscilações”, explica Leonardo Baltieri, co-CEO da Vixtra. “Com a entrada do Programa Remessa Conforme (PRC) e a aderência dos principais players ao mesmo, começa a ficar mais claro para o consumidor quando ele será taxado e quanto vai pagar no produto final, o que possibilita saber se a compra ainda faz sentido.”

Por outro lado, apesar do avanço mês a mês, agosto ainda registrou uma queda de 13,6% em relação ao valor consumido no mesmo período de 2022*, que totalizou US$ 1,1 bilhão no período.
No acumulado anual, também houve um recuo, embora menor. Nos oito primeiros meses deste ano, foram importados US$ 6,9 bilhões, queda de 6,2% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em números absolutos, a queda representa US$ 451 milhões.

“Apesar das grandes flutuações observadas, é evidente o interesse contínuo dos brasileiros pelos produtos destas plataformas de e-commerce”, diz Baltieri. “A clareza sobre as novas regras tributárias e o apelo de custo-benefício destas compras continuarão como fatores-chave de atração para os consumidores. Porém, em um cenário com o aumento do preço para o consumidor final, será mais desafiador alcançar o volume transacionado ano passado.”

*o ano foi corrigido para 2022 apesar de a matéria original informar o ano de 2023, devido ser um trecho da matéria que o autor faz uma comparação por meio do método “Year over Year” (YoY) ou “ano após ano”, utilizado para avaliar os resultados de cada ano, tendo o período anual como base.

‘https://forbes.com.br/forbes-money/2023/10/aliexpress-shein-e-shopee-com-tributacao-compras-atingem-us-1-bi-em-agosto/

47% das empresas brasileiras querem expandir suas vendas para o exterior pelo e-commerce

Varejistas e consumidores brasileiros de diferentes regiões do país foram entrevistados entre fevereiro e março deste ano para identificar quais são as tendências que estão transformando o setor do varejo nas lojas físicas e digitais, o comportamento do consumidor, ocorrência de fraudes e expectativas de expansão dos negócios para o exterior. A pesquisa revelou que quase metade das empresas brasileiras (47%) planejam expandir os negócios para novos mercados através das operações online.

Realizado pela Adyen em parceria com a Opinium Research LLP e Censuswide, o Relatório do Varejo 2023 reuniu respostas de 36 mil consumidores em 26 países e mais de 12 mil comerciantes de 24 países.

Os dados não são novidade, pois ainda no Relatório do Varejo 2022 havia o registro de 37% na intenção de aumento da internacionalização. Além de atuar no modelo de operação em e-commerce, 33% dos varejistas pretendem expandir abrindo lojas físicas em novos mercados, um índice 4% maior do que no ano passado. Os principais destinos são diversos, como: Argentina (39%); Portugal (35%); Estados Unidos (35%); Chile (22%) e Canadá (21%).

Adaptações necessárias

Para dar um passo rumo à expansão, é preciso adaptar a operação e o modo que empresas lidam com os métodos de pagamento aceitos. De acordo com o levantamento, os compradores preferem familiaridade e flexibilidade e cerca de 30% só comprariam em sites de outros países se pudessem usar seus métodos de pagamento habituais. Enquanto 32% relataram que só comprariam se os varejistas convertessem automaticamente os preços para sua moeda local.

“É necessário planejar os métodos de pagamentos como um ponto estratégico no ciclo de venda e ir além do cartão de crédito. Antes de expandir para outro país, é preciso entender as formas de pagamento mais utilizadas pelos consumidores de lá e fazer as adaptações necessárias para não perder clientes e oportunidades de vendas”, explica Thais Fischberg, presidente da Adyen América Latina.

Condições para compras

Para um em cada quatro consumidores, a busca em sites de outros países é motivada pela exclusividade dos produtos, principalmente aqueles que não estão disponíveis localmente. Em relação ao custo do frete, quase metade dos compradores online (43%) disse que só compraria produtos do exterior se as taxas de entrega fossem razoáveis. Além disso, um quarto (¼) evitaria as compras internacionais se fossem taxados com tarifas alfandegárias, fora os custos de entrega.
‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/47-das-empresas-brasileiras-querem-expandir-suas-vendas-para-o-exterior-pelo-e-commerce

Dia das Crianças 2023 deve movimentar quase R$ 6 bilhões no e-commerce

Segundo ABComm, crescimento esperado é de 8% sobre o faturamento do Dia das Crianças do ano passado.

Uma das datas mais importantes do ano para o varejo, o Dia das Crianças de 2023 deve atingir a marca de R$ 5,95 bilhões de faturamento no e-commerce, um crescimento de 8% na comparação com o ano anterior. A estimativa, realizada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), leva em consideração os 14 dias que antecedem a data em questão.

Ainda segundo a associação, a participação do e-commerce deve ultrapassar 40% das vendas, o que corrobora com a expectativa de levantamentos de mercado realizados em 2022 pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC (Serviço de Proteção ao Consumidor). No ano passado, o faturamento foi de R$ 5,5 bilhões, totalizando 11,95 milhões de pedidos, com ticket médio de R$ 460,25.

“A expectativa é excelente por parte do varejo digital no Dia das Crianças. A participação do comércio eletrônico na data segue crescendo, impulsionada pelas ofertas e o pelo aumento do público online a cada ano”, afirma Mauricio Salvador, presidente da ABComm.

Bons números em 2022
Segundo a Serasa Experian, em 2022 as vendas no geral na semana que antecedeu o Dia das Crianças subiram 6,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior, sendo a melhor performance desde 2012, quando houve alta de 7,7%.

Considerando-se apenas os dados da cidade de São Paulo, houve aumento de 5,5% em relação aos números de 2021. Segundo Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, o cenário econômico daquele momento ajudou nos bons números. “O recuo da inflação, principalmente sobre os preços dos combustíveis e da energia elétrica, trouxe uma redução de custos capaz de incentivar o consumo”, afirmou à época.

Vendas digitais têm peso crescente na receita das redes

Setor espera melhora dos resultados para os próximos trimestres com queda dos juros e PIB acima do esperado.

O e-commerce tem elevado sua participação no setor de varejo. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) afirma que as vendas on-line representam cerca de 10% do faturamento do varejo. Mas, para algumas empresas, essa fatia já se aproxima de 40%. Em levantamento para o Valor, a Suno Research avaliou os balanços de cinco varejistas list adas em bolsa – Carrefour, Grupo SBF (Centauro), C&A, Petz e Renner – de 2019 até o segundo trimestre deste ano. Todas tiveram alta na participação do e-commerce no faturamento, e o consenso entre os analistas é o de que o isolamento imposto pela covid forçou o movimento de início ou de aprimoramento das vendas digitais.

“A pandemia teve um efeito na nossa economia e em especial nos varejistas no sentido da necessidade da digitalização. Nada melhor do que uma crise para fazer com que todo mundo se mexa”, afirma José Eduardo Darconco, analista da Suno Research.

E mexeu mesmo. A Petz, com 233 pontos de pet shops físicos pelo país, vinha modelando a entrada nas vendas on-line desde 2015, inspirada por gigantes estrangeiras como Amazon e Whole Foods. Em 2018 o modelo de negócio, que usava lojas físicas como espécie de hubs – chamado hoje de omnichannel -, estava pronto, de modo que, com a pandemia, foi um movimento natural que só cresceu. “As pessoas realmente gostaram de comprar o segmento pet pelo meio digital e conseguimos entregar assim serviço pelo menor custo”, afirma o CEO da Petz, Sergio Zimerman. O e-commerce, que representava 7% das receitas da companhia em 2019, passou para 34% de participação no segundo trimestre de 2023. “Mas chegamos a 40%”, diz Zimerman.

Na Renner, a fatia do comércio digital passou de 5,6% para quase 19% no mesmo período. Na C&A, essa relação foi de 0,8% para 15,16%. No Carrefour, de 3,82% para 6,42%, e na Centauro, de 17,56% para 21,81%. De acordo com a Abcomm, o número de lojas on-line saltou de 30 mil, em 2019 para 200 mil durante a pandemia, em 2021.

Apesar de as vendas digitais estarem cumprindo papel relevante nos resultados de algumas das principais varejistas do país, essa alta não foi o suficiente para livrá-las de apurações negativas nos balanços e de queda nos retornos das ações na Bolsa. Isso porque o setor de varejo é muito correlacionado com o contexto macroeconômico. À exceção da C&A, que melhorou caixa, aumentou margem e teve retorno de mais de 100% nos papéis nos últimos 12 meses até agosto, segundo a Quantum Finance, as demais empresas observadas aqui tiveram desempenho negativo na B3 no período.

Segundo os analistas, o cenário, que no início da pandemia era de juros baixos e franco crescimento do e-commerce, passou, já em 2021, para inflação ascendente e consumidor endividado. “No início de 2021 o mundo percebeu que a inflação seria um problema maior do que do que estava imaginando”, diz Lucas Rietjens, analista da Guide Investimentos. Os bancos centrais elevaram as taxas de juros para conter as altas dos preços, com impacto direto no varejo. As operações on-line ajudaram a segurar as vendas, mas não a ponto de animar os investidores. “Algumas dessas operações de e-commerce eram muito boas do ponto de vista de venda, mas não de lucro”, analisa Rietjens.

“Percepção é de que comprar pela internet é mais barato”
— Mauricio Salvador

No segundo trimestre deste ano, a C&A reportou lucro líquido de R$ 4,2 milhões, mais que o dobro do aferido no mesmo período de 2022. O resultado da Renner caiu 36,3% no período, para R$ 229,7 milhões, enquanto o Grupo SBF teve prejuízo líquido de R$ 32,6 milhões no segundo trimestre de 2023. A Petz teve R$ 24,54 milhões de lucro líquido ajustado, uma queda de 25,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. “Mas tivemos toda a geração de caixa operacional suficiente para pagar os investimentos nos primeiros seis meses, e isso não acontecia em dez anos”, conta Zimerman.

Apesar dos resultados fracos no último trimestre, daqui para a frente o setor trabalha com expectativas melhores para o e-commerce, em função, entre outros, do esperado ciclo de queda da taxa de juros e de um desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) acima do esperado.

“Mesmo nos tempos de crise de bolso apertado o consumidor corre para o on-line, porque ele tem aquela percepção de que comprar pela internet é mais barato”, afirma Mauricio Salvador, presidente da ABComm.

Para o CEO da Petz, o varejo pet ainda é beneficiado pelo aumento populacional que o país experimenta. Segundo o último censo do IBGE, a população cresceu 6,5% em 2022, comparando com 2010. “Isso ajuda a cada vez mais famílias terem um pet em casa e garante a resiliência do segmento”, afirma.

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