Além dos eletrônicos: alimentos e bebidas ganham espaço no Dia do Consumidor

Com a alta da inflação, alimentos e bebidas estão entre os produtos mais buscados nas promoções do Dia do Consumidor, celebrado em 15 de março. O dado é de um levantamento realizado pelas plataformas Bling, Tray e Octadesk, todas da LWSA. Apesar disso, categorias como smartphones, eletroeletrônicos, moda e beleza seguem liderando a preferência de compra.

A Semana do Consumidor tem se consolidado como uma data estratégica para o varejo. De acordo com Thiago Mazeto, diretor da Tray, o evento marca a primeira grande oportunidade de impulsionar as vendas no ano. “Após as festas de fim de ano e os gastos com IPVA, IPTU e material escolar, o consumidor volta a buscar promoções, e o Dia do Consumidor funciona como uma espécie de Black Friday do primeiro semestre”, explica.

Crescimento de vendas entre PMEs

Os empreendedores usuários das plataformas Tray e Bling relataram um aumento de 18,3% nas vendas em março de 2024, comparado ao mesmo mês de 2023. “O planejamento antecipado é essencial para aproveitar esse tipo de oportunidade sazonal”, afirma Marcelo Navarini, diretor do Bling.

Outro reflexo do aquecimento do varejo foi observado pela plataforma de frete Melhor Envios, que registrou 1,8 milhão de encomendas despachadas em março de 2024, somente por pequenos e médios empreendedores.

Produtos mais vendidos no Dia do Consumidor:

Eletrodomésticos: geladeiras, fogões e máquinas de lavar;
Eletrônicos: smartphones, notebooks e televisores;
Vestuário, calçados e acessórios: roupas, bolsas, bijuterias e relógios;
Alimentos e bebidas;
Itens de farmácia, beleza e perfumaria: cosméticos, perfumes e produtos de cuidados pessoais.
Compras online ganham força
Outro estudo citado no levantamento, o CX Trends 2025, da Octadesk, mostrou que 77% dos brasileiros preferem comprar online, enquanto a preferência por lojas físicas caiu para 64%, três pontos percentuais a menos que no ano anterior.

Os principais fatores que influenciam essa escolha são:

Frete grátis (62%);
Qualidade do produto (56%);
Preço competitivo (53%).
Os canais de compra mais utilizados incluem:

Lojas online (68%);
Marketplaces (66%);
WhatsApp (30%);
Instagram (28%).
Experiência personalizada é diferencial
A pesquisa também destacou que a personalização e o uso de inteligência artificial na jornada de compra são cada vez mais valorizados. 60% dos consumidores afirmam que personalização e IA influenciam suas decisões de compra. “Hoje, a tecnologia precisa potencializar o atendimento humano, oferecendo uma experiência mais conectada com as reais necessidades do consumidor”, afirma Rodrigo Ricco, fundador e diretor-geral da Octadesk.

Fonte: https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/alem-dos-eletronicos-alimentos-e-bebidas-ganham-espaco-no-dia-do-consumidor

Índice de confiança no varejo tem a pior queda em quatro anos, aponta FGV

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) da Fundação Getulio Vargas (FGV) atingiu o nível mais baixo em quase quatro anos em fevereiro, caindo 3,8 pontos para 85,5 pontos, o menor valor desde abril de 2021. O economista da fundação, Rodolpho Tobler, atribui essa queda ao pessimismo entre os empresários do comércio, devido às condições de consumo desfavoráveis, como juros altos e inflação crescente.

Tanto o Índice de Situação Atual (ISA) quanto o Índice de Expectativas (IE) caíram também, indicando uma perspectiva negativa tanto para o presente quanto para o futuro. Tobler destaca que esta é a segunda queda consecutiva do Icom, com quedas significativas em janeiro e fevereiro.

Essa tendência de queda sugere que os empresários estão percebendo uma diminuição no ritmo dos negócios em fevereiro, com a possibilidade de que permaneçam fracos nos próximos meses. A demanda tem diminuído e as expectativas não são favoráveis, principalmente devido às altas taxas de juros e à inflação.

“A percepção é de que a demanda tem perdido força nesse início de 2025, e que as expectativas também não são muito favoráveis”, comentou. “Mas era esperado porque, de fato, quando vemos uma taxa de juros muito alta, e uma inflação mudando, são fatores que prejudicam bastante [o consumo]”.

Por consequência, o varejo é particularmente afetado neste tipo de situação, já que os juros mais altos afetam as compras a prazo e a inflação crescente reduz o orçamento das famílias e o ritmo de compras. Diante desse cenário, Tobler não descarta a possibilidade de o Icom continuar caindo, e reconhece que 2025, especialmente a primeira metade do ano, não tem sido favorável para o comércio, sem muitos motivos para se esperar uma reversão da tendência negativa atual.

Fotne:

https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/indice-de-confianca-no-varejo-tem-a-pior-queda-em-quatro-anos-aponta-fgv

Moda e beleza na prática: a parceria entre C&A e Boca Rosa

União entre a influenciadora Bianca Andrade, da Boca Rosa Beauty, e a C&A marca um novo capítulo na integração de moda e beleza.

A C&A deu um importante passo na ampliação de sua categoria de beleza ao incluir os produtos da marca Boca Rosa, criada por Bianca Andrade. Essa parceria representa um marco tanto para a rede varejista quanto para a influenciadora, e tem como objetivo unir moda e beleza, oferecendo em um mesmo espaço uma experiência de compra com tudo o que a consumidora necessita para criar seu look.

A gerente de categoria de beleza da C&A, Aluma Gogola, destaca o papel estratégico dessa área no portfólio da marca. “A área de beleza na C&A começou em 2019, e estamos completando seis anos com esse projeto. Nosso objetivo sempre foi expandir a proposta de valor da moda para o universo da beleza. Queremos que as nossas clientes encontrem em nossas lojas tudo o que precisam para compor um look completo, desde roupas até maquiagem e perfumes”, explica.

A entrada da Boca Rosa nas vitrines da C&A é mais um passo para democratizar o acesso à beleza. Segundo Aluma, mesmo que o Brasil seja um dos maiores mercados de cosméticos e beleza do mundo, mas muitas mulheres ainda enfrentam barreiras como preço e falta de conhecimento para usar os produtos. “Em 2024, dobramos nosso portfólio de produtos porque queremos entregar marcas de qualidade e acessíveis. Queremos dar acesso para que as clientes se permitam a usar ou conhecer”, pontua.

Experiência de compra

Além disso, a experiência do consumidor foi cuidadosamente planejada.

“Optamos por trabalhar com 100% portfólio de maquiagem em 100% nas lojas C&A pelo Brasil e no e-commerce. Mas, como entregar os 50 tons de base da Bianca? Através dos provadores que estamos lançando, para que a cliente teste. Se não puder comprar na loja, ao menos vai saber a cor de base ideal para que compre no site ou no aplicativo”, comenta. Essa abordagem omnichannel reforça o compromisso da marca com a personalização.

Desde sua introdução em 2019, a categoria de beleza da C&A passou por uma evolução. De 13 lojas iniciais, a expansão alcançou 277 unidades até 2021, mesmo durante a pandemia. Atualmente, são mais de 2 mil SKUs ativos.

“Em 2024, fizemos um movimento extremamente importante para a categoria de beleza que foi expandir a categoria para 100% das lojas da C&A. Temos que não só trazer marcas de influenciadores que são muito importantes, mas oferecer o look completo para nossa cliente”, ressalta Aluma. “Nós queremos que a cliente se sinta empoderada, confiante e segura ao sair de nossas lojas. Por isso, integramos beleza e moda em uma única proposta de valor”.

Uma parceria afetiva

Para a empresária e influenciadora Bianca Andrade, CEO da Boca Rosa Company, a parceria com a C&A vai além do âmbito comercial. “Desde o início, a C&A fez parte da minha história. Comecei como consumidora assídua, então, para mim, toca em outros lugares e, de fato, é muito afetiva essa parceria. A C&A se importa muito em encantar quem é consumidor da marca, e isso é uma coisa que me inspira”, comenta a influenciadora e empresária. Ela revela ainda ser a primeira vez que vê sua marca exposta em uma vitrine.

Ainda de acordo com Bianca, foi desafiador esse processo de levar os produtos da sua marca para a vitrine, bem como construir uma marca independente, bem como uma cartela de cores tão extensa, com 50 tons, para os mais variados tons de pele.

“A base stick, este ano, vai ser uma grande tendência. Vimos em todas as feiras, e as marcas ainda vão trazer para cá. Essa base já existe há muito tempo, mas as tendências são cíclicas. Toda essa praticidade vem de um mercado que carece por esta praticidade, principalmente quando se trata de mulher, porque hoje temos inúmeras funções”, explica. “Boca Rosa é essa marca inteligente, que pensa no seu dia a dia e em produtos que são práticos. O importante tudo isso é observar o mercado, como ele funciona e as tendências”, finaliza Bianca.

Fonte: “Moda e beleza na prática: a parceria entre C&A e Boca Rosa

 

Performance como prioridade: otimizando lojas online para aumentar vendas

No e-commerce, falar em performance não é apenas sobre páginas que carregam mais rápido. É sobre como cada segundo conta para o consumidor e como isso impacta diretamente as vendas. Para quem está à frente de uma operação comercial, entender o papel da performance pode parecer técnico ou complicado, mas é uma peça essencial para aumentar as conversões e entregar uma experiência de compra que fidelize clientes.

Como gerente de desenvolvimento frontend em uma empresa de fullcommerce com foco em tecnologia e no consumidor final, vejo diariamente como a performance está conectada a várias áreas do negócio, incluindo logística, atendimento ao cliente (SAC), marketplaces e as equipes de mídia e UX. Este artigo busca esclarecer, de forma prática e acessível, como otimizar a performance de uma loja online e por que isso deve ser prioridade para quem deseja crescer no e-commerce.

Por que a performance importa?

A experiência de compra online precisa ser simples, rápida e confiável. Estudos mostram que páginas lentas podem reduzir drasticamente as vendas, pois o consumidor não espera: se a loja não entrega uma experiência fluida, ele abandona o carrinho e vai para o concorrente.

Agora pense no impacto disso no seu negócio. Uma loja que demora para carregar pode frustrar campanhas de mídia paga, desperdiçar oportunidades em marketplaces e até gerar mais trabalho para o SAC, com consumidores questionando problemas no site. Tudo isso gera custo e reduz a margem de lucro.

Por outro lado, uma operação rápida e eficiente cria confiança no consumidor e melhora toda a jornada de compra, desde a pesquisa de produtos até o checkout.

Conectando áreas para melhorar a performance

Uma loja online eficiente não depende só da tecnologia. Ela precisa de integração entre as áreas de logística, SAC, marketplaces e mídia. Vamos explorar como essas áreas se conectam com a performance:

1. Logística

O consumidor quer saber, com precisão, quando receberá seu pedido. Um sistema logístico bem integrado com o site permite mostrar prazos de entrega em tempo real no checkout. Isso reduz desistências, melhora a experiência e cria previsibilidade. No entanto, se a informação de frete é carregada lentamente ou está errada, o cliente desiste da compra.

2. SAC (atendimento ao cliente)

Quando um site demora para carregar ou apresenta erros, o primeiro impacto é no SAC, que recebe mais reclamações. Esse fluxo adicional de chamadas e e-mails poderia ser evitado com uma loja mais rápida e estável. Além disso, os feedbacks do SAC são fundamentais para identificar pontos de melhoria na experiência digital, como formulários confusos ou etapas demoradas no checkout.

3. Marketplaces

Se sua loja opera também em marketplaces, precisa garantir que informações de estoque e preços sejam atualizadas rapidamente. Marketplaces penalizam vendedores que apresentam inconsistências, e isso pode significar perda de visibilidade para seus produtos. Além disso, o desempenho do site principal reflete na experiência do cliente que, ao descobrir sua marca em um marketplace, pode buscar mais informações diretamente na sua loja online.

4. Mídia e UX

Campanhas de mídia digital direcionam tráfego para o site, mas, se a página não carrega rapidamente, o investimento é perdido. Por isso, o time de desenvolvimento e a agência de mídia devem trabalhar juntos para garantir que as landing pages sejam rápidas e otimizadas para os anúncios. Além disso, o UX (user experience) ajuda a projetar um site intuitivo e agradável, enquanto o desenvolvimento técnico garante que ele funcione sem falhas.

Performance e ROI: uma relação direta

Para quem trabalha com vendas, uma métrica importante é o ROI (Retorno Sobre Investimento). Cada real investido em tráfego pago ou marketplaces precisa trazer retorno. No entanto, se o site é lento, parte desse investimento se perde.

Um exemplo prático: durante a Black Friday, o tráfego na sua loja pode aumentar em 50% ou mais. Se a infraestrutura não suporta esse volume, o site pode travar, e as vendas são diretamente impactadas. Uma página otimizada para carregar rapidamente em qualquer dispositivo garante que mais consumidores completem suas compras, aumentando o ROI.

Como melhorar a performance sem ser técnico

Se você não tem uma formação técnica, ainda assim pode fazer perguntas certas para sua equipe ou fornecedores:

– O site é rápido no celular? Hoje, a maior parte das compras online acontece em dispositivos móveis. Certifique-se de que o site funciona bem nesses dispositivos.

– Quanto tempo demora para o cliente finalizar uma compra? Simplificar etapas no checkout pode aumentar significativamente as conversões.

– As páginas mais acessadas estão otimizadas? Foque nos produtos mais vendidos e nas landing pages de campanhas de mídia.

Performance no e-commerce é sobre mais do que velocidade: é sobre oferecer a melhor experiência possível para o consumidor, enquanto aumenta a eficiência operacional. Lojas online rápidas, fáceis de navegar e bem integradas com logística, SAC, marketplaces e mídia não só convertem mais, como criam uma base de clientes fiéis.

Independentemente do tamanho da sua operação, colocar a performance como prioridade é essencial para competir em um mercado cada vez mais exigente. E isso começa com um trabalho conjunto entre todas as áreas do negócio, sempre focando no cliente final e nas oportunidades de crescimento que o e-commerce oferece.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/performance-como-prioridade-otimizando-lojas-online-para-aumentar-vendas”

E-commerce no Brasil deve crescer 10% e atingir R$ 224,7 bilhões em 2025

Personalização e omnichannel são apontados como pilares para o crescimento do setor.

O e-commerce no Brasil deve atingir R$ 224,7 bilhões em faturamento em 2025, um aumento de 10% em relação ao ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). O crescimento de quase R$ 20 bilhões marca o oitavo ano consecutivo de expansão do setor, impulsionado pela transformação digital e mudanças nos hábitos de consumo.

Entre os destaques do relatório estão o aumento do ticket médio, que deve crescer 4,7%, atingindo R$ 15,80, e o crescimento no número de consumidores, que deve alcançar 94 milhões, três milhões a mais que em 2024. O volume de pedidos também deve subir 5%, totalizando 435 milhões de compras online.

Estratégias para expansão do setor
De acordo com Eduardo Esparza, VP General Manager da Tenerity Ibéria e Brasil, o fortalecimento do e-commerce está ligado à personalização e ao engajamento com os consumidores. “Os números mostram como o e-commerce já se consolidou como uma parte essencial do varejo brasileiro. A integração de estratégias inovadoras, como a personalização da experiência do cliente e a implementação de programas de benefícios, tem contribuído para o crescimento do setor”.

Uma das tendências destacadas é o investimento em canais omnichannel. Para Esparza, o objetivo é integrar as experiências de compra nos meios online e físico. “O investimento em canais omnichannel tem se destacado como essencial para oferecer aos consumidores uma jornada de compra mais integrada. Isso significa que a experiência de comunicação do cliente no meio online deve ser equivalente à de uma loja física”.

Retail media
Outro ponto destacado foi o uso do retail media como uma estratégia de marketing. Segundo Esparza, o recurso permite maior personalização, integração de canais e geração de novas receitas por meio de anúncios em marketplaces, aplicativos e outras plataformas. Em 2024, foram investidos R$ 3,8 bilhões em retail media na América Latina, conforme o relatório Latin America Retail Media Trends 2024, da Emarketer. “A expectativa é de que esse valor cresça de forma significativa nos próximos anos”, conclui o executivo.

Boticário e Natura traçam rotas distintas para crescer em 2025

As perspectivas para o mercado de cosméticos indicam crescimento, embora seja esperada uma desaceleração em razão da forte base de comparação de 2024.

A indústria de beleza brasileira deve alcançar US$ 40 bilhões (cerca de R$ 250 bilhões) até 2027, de acordo com estimativas da consultoria de fusões e aquisições Redirection International, considerando a demanda contínua e ainda crescente. Para os dois maiores nomes do setor nacionalmente – Grupo Boticário e Natura &Co -, porém, as estratégias e prioridades para 2025 não seguem o mesmo caminho.

O Grupo Boticário acaba de anunciar um aporte bilionário para ampliar sua capacidade de produção a partir de uma nova fábrica, que atenderá à marca homônima e outras empresas do grupo. Já a gigante Natura &Co vendeu recentemente importantes ativos internacionais (The Body Shop e Aesop) e pretende concluir a simplificação do seu portfólio em 2025, quando encaminhar o dilema da Avon Internacional. A ideia da companhia, que também realizou mais de R$ 1 bilhão em investimentos em 2024, é acelerar o crescimento das marcas líderes Natura e Avon no Brasil, enquanto as operações internacionais perdem espaço na estratégia.
As perspectivas para o mercado de cosméticos em 2025 indicam crescimento, embora seja esperada uma desaceleração em razão da forte base de comparação no ano passado. A Redirection International estima que, até 2027, a taxa média de crescimento do setor seja de 7,2% ao ano.

O Grupo Boticário aponta que o faturamento nos últimos anos foi de duplo dígito, tendência que deve continuar – apesar de uma desaceleração em relação a 2024. O vice-presidente de operações da companhia, Sérgio Sampaio, afirmou no mês passado que o volume bruto de mercadoria (GMV) do grupo deve avançar 12% a 15% em 2025. O indicador adotado pela empresa é comum às atividades de e- commerce e considera a participação da Beleza na Web, marketplace adquirido em 2019. A holding brasileira acelerou as aquisições nos últimos anos, incluindo o e-commerce, a marca de maquiagem Vult e a Truss, marca profissional de produtos para cabelos.

O portfólio também cresceu com a compra de outros ativos estratégicos operacionalmente, como a empresa de tecnologia para varejo Casa Magalhães. O grupo também é fundador da marca Quem Disse Berenice, com forte atuação na categoria de maquiagem, e da Eudora, marca nascida no canal de vendas diretas e que se destacava no segmento de perfumaria – hoje, um dos destaques é a linha de cuidados para cabelos Eudora Siáge.

Parte do crescimento da companhia nos próximos anos deve ser sustentada pela inauguração de uma nova fábrica, em Pouso Alegre (MG), cujos investimentos iniciais somam R$ 1,8 bilhão. A inauguração da unidade, prevista para 2028, deve elevar em 50% a produção do grupo como um todo, com 24 a 26 linhas de produção de todas as categorias – exceto maquiagem, que segue com produção exclusiva da matriz em São José dos Pinhais (PR). De capital fechado, a companhia não divulga trimestralmente números detalhados ou participação das marcas no mix de faturamento.

A Natura &Co também mira o mercado nacional, mas trilhou uma trajetória diferente da concorrente nos últimos anos. As duas maiores aquisições realizadas foram desfeitas, levando a um enxugamento do portfólio recém-expandido, para focar esforços na atuação de Avon e Natura na América Latina, especialmente no Brasil. Dados da consultoria Kantar relativos ao período entre janeiro e setembro de 2024 apontam que a marca Natura é líder de perfumaria no mercado nacional, com cerca de 44,5% da participação de mercado. A Avon é a campeã na categoria de maquiagem, com 17,9% de “market share”.

No período pós-pandemia, a primeira venda da holding foi da marca de luxo Aesop, adquirida em 2013. À época, o negócio de US$ 1 bilhão firmado com a francesa L’Oréal contribuiu para reduzir o endividamento da Natura &Co e trouxe fôlego extra para o caixa da companhia. A operação foi descrita como positiva pela diretoria e bem avaliada pelo mercado.

Meses depois, a companhia também anunciou a venda da The Body Shop, adquirida em 2017. O ativo, porém, foi vendido à gestora Aurelius por cerca de 207 milhões de libras, um quinto do que a Natura &Co havia investido.

A Natura &Co, agora, terá de lidar com uma das maiores incertezas da holding: qual o papel da Avon Internacional e se os ativos permanecerão ou não no portfólio. A Natura &Co concluiu a compra da então concorrente no canal de vendas diretas no início de 2020.

À época, as operações da Avon nos Estados Unidos já não integravam mais a empresa e eram administradas pelo fundo Cerberus. A estratégia da Natura &Co também foi de segmentar os negócios da gigante americana: os mercados na América Latina, incluindo o Brasil, iniciaram um processo de integração com a marca Natura. A ideia era unificar a logística, desde centros de distribuição até o envio de pedidos conjuntos das duas marcas, e criar uma base comum das chamadas consultoras de beleza, que faziam a venda à comunidade a partir de pedidos pelas revistas das marcas – hoje, as consultoras operam plataformas on-line próprias e disputam a clientela em redes sociais como Instagram.

A companhia avalia que a integração tem sido exitosa. O vice-presidente de negócios, Agenor Leão, destaca que a companhia inaugurou no país, em 2023, o Centro Global de Inovação da Avon, em parceria com a Natura, evidenciando o bom momento das marcas no mercado nacional. “Esse [2024] foi o primeiro ano das duas operações consolidadas e isso tem trazido um crescimento importante, a partir do crescimento de produtividade das consultoras e da expansão dos negócios no varejo”, afirmou ao Valor.

Em dezembro, os produtos Avon começaram a ser vendidos na rede Bel Cosméticos, quatro meses após a marca estrear no varejo físico em uma parceria com a perfumaria Soneda. Agenor Leão destaca a complementariedade da estratégia, considerando a forte presença das perfumarias Soneda em São Paulo, enquanto a Bel Cosméticos se destaca nas regiões Norte e Nordeste, especialmente na Bahia. “O olhar é que a marca esteja presente em várias ocasiões de compra. Quando há mais conhecimento de marca e experimentação nos pontos de venda parceiros, isso também fortalece o negócio das nossas consultoras”, afirmou Leão.

A companhia também apostou em diferentes canais de vendas ao inaugurar uma loja própria da Avon no Mercado Livre em dezembro, dois meses após a estreia da Natura na plataforma. Em nível de América Latina, as novidades do quarto trimestre de 2024 incluem ainda a estrea da Natura no Equador, movimento que reforça a integração regional entre as marcas.

Já os ativos da Avon Internacional, que registraram sucessivos trimestres de queda de receita e perda de rentabilidade, vêm tendo uma trajetória mais conturbada. Em fevereiro, a companhia anunciou que estava fazendo estudos para uma eventual cisão dos negócios, com possibilidade de listagem à parte em bolsa de valores. O processo foi atravessado por um pedido de proteção contra credores (“Chapter 11”) na Justiça de Delaware, nos Estados Unidos, em agosto.

A Avon Internacional entrou na linha de operações descontinuadas no balanço do terceiro trimestre e, após um leilão judicial sem concorrentes, a Natura &Co arrematou de volta os ativos. Com isso, a Avon Internacional voltará a constar no balanço dos próximos trimestres.

Apesar das incertezas quanto à Avon Internacional, a avaliação da diretoria é que o caminho da Natura &Co está livre para voltar a investir e crescer, especialmente no Brasil. “Todas as possibilidades de separação estão na mesa. O fundamental era concluir [o “Chapter 11”] e, agora retomaremos a gestão, com o objetivo de separar [a operação] da forma que fizer mais sentido”, afirmou o CEO da Natura &Co América Latina, João Paulo Ferreira, durante evento de fim de ano, em 12 de dezembro.

Mundos digitais: influenciando o comportamento do consumidor

Marketing e tecnologia estarão mais unidos do que nunca em 2025, impactando a jornada de compra dos clientes.

O marketing está em constante evolução, adaptando-se às novas demandas e comportamento dos consumidores e às possibilidades tecnológicas. Para 2025, a WGSN, consultoria de tendências globais, uma das principais direções será a criação de mundos digitais interativos.

Esses ambientes virtuais, projetados para engajar emocionalmente o público, prometem não apenas capturar a atenção, mas também educar os consumidores sobre como consumir produtos ou serviços de maneira inovadora e imersiva.

Esse modelo pode redefinir o papel do marketing, transformando-o em uma ferramenta poderosa para influenciar comportamentos, criar valor para as marcas e atender às expectativas crescentes dos clientes.

O potencial de influência no comportamento
A criação de mundos digitais vai além do simples entretenimento. Segundo a WGSN em sua Previsão de Marketing para 2025, esses ambientes oferecem às marcas a possibilidade de transformar a experiência do consumidor em algo mais profundo e significativo.

Em vez de apenas vender produtos, as marcas podem criar destinos digitais que combinam interatividade, personalização e uma narrativa consistente. Esses elementos ajudam a construir uma conexão emocional mais forte entre o consumidor e a marca, reforçando sua identidade e promovendo fidelidade.

Um exemplo claro desse potencial pode ser observado no metaverso, que já vem ganhando espaço como um novo canal para marcas explorarem.

A Gucci, por exemplo, lançou a Gucci Garden no Roblox, permitindo que os usuários explorassem um espaço virtual enquanto interagiam com elementos da marca. Essa experiência não apenas aproximou a Gucci de um público jovem, mas também gerou uma percepção de exclusividade e inovação.

Welcome to Gucci Town
Em paralelo à criação de mundos digitais, o marketing tem o potencial de influenciar comportamentos e educar os consumidores.

Segundo Howard Lax, consultor e especialista em experiência do consumidor, em um artigo para a CustomerThink – comunidade global online líderes de negócios –, as empresas podem moldar as escolhas dos consumidores ao fornecer informações claras, criar experiências que eduquem e estimular o uso consciente de seus produtos ou serviços.

Isso não significa manipulação, mas sim um direcionamento que beneficia tanto o consumidor quanto a marca. Um exemplo prático é a adoção de iniciativas sustentáveis. Marcas como a Patagonia e a IKEA educam seus clientes sobre consumo consciente, seja promovendo a reutilização de roupas ou incentivando a compra de produtos que utilizem materiais recicláveis.

Essa abordagem cria valor para a marca, que se posiciona como responsável e alinhada às preocupações ambientais dos consumidores, enquanto também ensina aos clientes a fazerem escolhas mais sustentáveis.

Interatividade como chave para o engajamento
Os mundos digitais também oferecem uma plataforma única para interatividade, um fator crucial para criar engajamento. A possibilidade de personalizar experiências permite que os consumidores se sintam parte do processo, fortalecendo a relação com a marca.

Um exemplo é a Nike, que utiliza o aplicativo Nike By You para que os clientes personalizem seus próprios produtos. Essa abordagem não apenas aumenta o valor percebido dos produtos, mas também cria uma experiência memorável para o consumidor.

Além disso, os mundos digitais podem ser usados para educar os consumidores sobre as funcionalidades de novos produtos ou serviços. Um exemplo seria uma marca de eletrônicos criar um showroom virtual onde os clientes possam testar diferentes funções de um dispositivo antes de comprá-lo. Essa experiência não apenas reduz a barreira de entrada para produtos mais complexos, mas também ajuda a construir confiança na marca.

Desafios na implementação de mundos digitais
Embora as possibilidades sejam vastas, criar mundos digitais interativos e influenciar comportamentos dos consumidores também apresenta desafios significativos. Um dos principais é o custo de desenvolvimento e manutenção desses ambientes. Construir um mundo virtual imersivo que seja atraente e funcional exige investimentos em tecnologia, design e conteúdo.

Outro desafio é o risco de alienar certos segmentos de consumidores que não estão familiarizados com tecnologias mais avançadas. Para evitar isso, as marcas precisam garantir que suas experiências digitais sejam inclusivas e acessíveis a diferentes públicos.

Por fim, é essencial encontrar um equilíbrio entre a imersão e a privacidade. Em um mundo onde a coleta de dados é cada vez mais questionada, as marcas devem ser transparentes sobre como utilizam as informações dos consumidores para criar essas experiências.

O futuro do marketing e a criação de valor
A combinação de mundos digitais interativos e a capacidade de influenciar comportamentos representa uma oportunidade única para as marcas criarem valor. Ao invés de apenas vender produtos ou serviços, as empresas podem se posicionar como parceiras na jornada do consumidor, oferecendo experiências que sejam tanto educativas quanto emocionalmente conectadas.

No entanto, para que essa abordagem seja bem-sucedida, as marcas precisam adotar uma estratégia centrada no consumidor. Isso significa entender profundamente as necessidades e desejos do público, além de garantir que as experiências oferecidas sejam autênticas e relevantes. Com isso, o marketing pode evoluir de uma ferramenta de persuasão para um meio de criação de valor compartilhado.

Em um mundo cada vez mais digital, as marcas que conseguirem aliar inovação tecnológica a uma compreensão profunda do comportamento humano estarão bem posicionadas para liderar em 2025 e além. O futuro do marketing está na capacidade de transformar experiências em conexões duradouras e significativas.

Novos horizontes à vista
A evolução do marketing também está estreitamente ligada à busca por conexões emocionais mais profundas com os consumidores. Mundos digitais interativos possibilitam a criação de narrativas personalizadas, onde o consumidor não é apenas um espectador, mas um participante ativo.

Por exemplo, uma marca de turismo pode criar experiências virtuais que transportem os usuários para destinos exóticos, despertando o desejo de realizar viagens reais. Essa abordagem utiliza elementos de storytelling para engajar os sentidos e criar uma relação mais emocional.

Além disso, o uso de tecnologias como a Realidade Aumentada (AR) e a Realidade Virtual (VR) está se tornando mais acessível, permitindo que marcas de diversos portes explorem essas ferramentas.

Um exemplo recente é a Sephora, que utiliza AR para ajudar os clientes a experimentar maquiagens virtualmente antes de comprá-las. Esse tipo de experiência não apenas melhora a satisfação do cliente, mas também reduz taxas de devolução, criando valor tanto para o consumidor quanto para a marca.

A integração de mundos digitais com causas sociais pode ser um diferencial competitivo. Campanhas que promovem temas como sustentabilidade, inclusão e responsabilidade social em ambientes virtuais podem gerar impacto positivo, posicionando a marca como um agente de transformação.

Essa combinação de inovação tecnológica com propósito é um dos caminhos mais promissores para o marketing em 2025.

Varejistas podem gerar até R$ 200 mi em crédito com gestão inteligente

O relatório revela como o uso de inteligência analítica pode ampliar limites de crédito com margem para segurança.

A Serasa Experian realizou um estudo com varejistas e descobriu que, com uma boa gestão e análise de crédito, essas empresas podem aumentar em segurança os limites dos cartões de seus clientes, adicionando até R$ 200 milhões em crédito disponível. Segundo a empresa de datatech, a medida amplia o potencial de compra dos clientes e impulsiona as vendas sem elevar os riscos de inadimplência.

O estudo foi realizado com base em uma análise customizada da carteira de quatro grandes players do varejo, combinando dados exclusivos e de mercado com a inteligência analítica da Serasa Experian.

Gestão customizada para readequar limites
Pedro Braga, diretor de Decisioning e Advanced Analytics da Serasa Experian, explica que entender o perfil, o risco e o potencial de compra de cada cliente é fundamental para readequar limites de crédito de forma personalizada.

“Isso permite uma avaliação de risco mais acurada dividindo os clientes em três grupos: os que precisam ter o limite reduzido, pois apresentam risco de inadimplência; os que podem ter o crédito aumentado, pois tem potencial de compra com baixo risco; e os que estão com o limite adequado”, destaca.

Essa segmentação oferece uma visão clara dos CPFs que demandam ajustes de crédito ou acompanhamento mais próximo para evitar atrasos e inadimplência. Segundo Braga, ao mesmo tempo, varejistas conseguem ter visibilidade sobre os CPFs que apresentam maior risco e precisam de adequação da oferta ou uma estratégia de acompanhamento mais próximo para não se tornarem inadimplentes.

O estudo também identificou uma parcela da base de clientes que apresenta maior risco de inadimplência. Para esse grupo, a análise sugere a redução de 25% dos limites de crédito, diminuindo a concessão total de R$ 235 milhões para R$ 175 milhões. Isso representa uma redução de R$ 60 milhões, o que na análise do Serasa Experian protegeria os varejistas contra perdas futuras.

Cartões bandeirados e private label
O estudo também analisou dois tipos de cartões comuns no varejo: bandeirados (cartões convencionais VISA, Mastecard) e private label (cartões exclusivos para uso dentro da loja ou rede de lojas do varejista).

O relatório aponta que os cartões bandeirados, possuem potencial de aumento de crédito de 63%, passando de R$ 179 milhões para R$ 292 milhões, um incremento de R$ 113 milhões.

Nos casos de risco de inadimplência, a redução recomendada é de 25%, caindo de R$ 65 milhões para R$ 49 milhões, aproximadamente R$ 16 milhões.

Já cartões private label, possuem potencial de aumento de crédito de 46%, elevando os limites de R$ 159 milhões para R$ 232 milhões, um incremento de R$ 73 milhões. Entre os clientes com risco de inadimplência, a redução é de 25%, levando os limites de R$ 170 milhões para R$ 126 milhões, uma queda de R$ 43 milhões.

Automação dos processos
Pedro Braga reforça a importância de uma política robusta de concessão e manutenção de crédito, baseada na análise do perfil da carteira e na combinação do histórico do cliente com dados de mercado.

“Nosso objetivo é apoiar nossos clientes com inteligência analítica e automação ponta a ponta dos processos de análise para reduzir seus riscos, ampliar suas oportunidades e trazer agilidade e eficiência para as decisões de negócio. E é possível ainda, por exemplo, realizar ofertas personalizadas para novas vendas e vendas cruzadas para os consumidores que já fazem parte da base de clientes, reduzindo o custo operacional das empresas”, finaliza.

Magalu e KaBuM! promovem liquidação durante a primeira sexta-feira do ano

Neste 3 de janeiro, o Magalu e o KaBuM! promovem a 32ª edição da Liquidação Fantástica, tradicional queima de estoque realizada pela companhia às primeiras sextas-feiras do ano. O evento reúne consumidores em busca de ofertas, com muitos deles formando filas durante a madrugada à espera da abertura das lojas.

Considerado um termômetro para avaliar a predisposição de consumo no início do ano, a Liquidação Fantástica envolve a preparação de todas as unidades do Magalu no país. Para atender à demanda, a empresa estruturou sua operação logística com a contratação de mais de 3.600 trabalhadores temporários e operação contínua em centros de distribuição, funcionando 24 horas por dia.

“Preparamos um esquema logístico robusto para atender nossos clientes e garantir a entrega eficiente dos pedidos. A Liquidação Fantástica é um evento aguardado e relevante para o varejo brasileiro”, declarou a empresa.

Com o uso do Google e TikTok, Magalu impulsiona vendas em lojas físicas
Utilizando abordagens com TikTok e Google para promover um “casamento” entre mensagens publicitárias e as vendas realizadas, o Magalu conseguiu ampliar suas conversões e deslocamentos para suas lojas, uma estratégia que ajudou a impulsionar as vendas no ponto de venda físico. A ação faz parte de uma parceria com a Monks.

A gigante varejista buscou atrair, com o uso do TikTok, os consumidores online para realizar compras em suas unidades físicas e medir as vendas realizadas no canal tradicional a partir de ações virtuais. Para alcançar os resultados, foi utilizada a Interface de Programação de Aplicações (API) de Conversões Offline do TikTok, ferramenta que permite que empresas rastreiem e meçam as conversões que ocorrem fora do ambiente digital.

Com a coleta desses dados, foram criadas audiências customizadas. Como resultado, segundo o TikTok, houve um aumento das vendas em lojas físicas originadas na rede social:

*Receita subiu 100%
*Taxa de conversão de campanhas online subiu 371%
*Custo de aquisição do cliente caiu 52%

O Magalu também utilizou testes A/B, que permitiram entender como diferentes públicos respondem a uma mesma mensagem. Dividida em dois grupos de anúncios, a campanha buscou atingir um público amplo, mas apenas nas cidades com lojas onde era possível fazer segmentação no TikTok. O outro grupo foi composto por pessoas que já tinham comprado nas lojas físicas (audiência customizada), combinadas com pessoas semelhantes a esses clientes, os “lookalikes”.

Com alta de 12,3% no faturamento, comércio impulsiona PMEs em novembro

O acumulado do ano registra alta de 5,3%.

O desempenho das pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras em novembro de 2024 apresentou estabilidade, com crescimento de 0,2% no faturamento em relação ao mesmo mês de 2023, de acordo com o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs. Já o acumulado do ano registra alta de 5,3%.

O destaque de novembro foi o setor de Comércio, que avançou 12,3% graças ao impacto da Black Friday. Tanto o atacado quanto o varejo tiveram resultados positivos, impulsionados pela venda de produtos como alimentos, pedras para revestimento, livros, eletrodomésticos, artigos esportivos e de joalherias, entre outros.

O setor de Serviços teve avanço tímido, de 0,8%, mas algumas atividades conseguiram se destacar, como Transportes, Atividades financeiras, e Serviços de arquitetura e escritório.

Já as PMEs da Indústria registraram queda de 6,4%. Dos 22 subsegmentos monitorados, apenas sete apresentaram aumento de receita: Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos, Impressão e reprodução de gravações, Fabricação de produtos de minerais não metálicos e Fabricação de móveis. Mesmo com a retração em novembro, no acumulado do ano o setor apresenta faturamento 8,3% maior.

Ainda no campo negativo, as PMEs do setor de Infraestrutura também registraram retração no último mês, com queda de 7,6%. O resultado foi condicionado pela nova queda de atividades ligadas ao setor de construção civil, como Obras de infraestrutura, Serviços especializados para construção e Construção de edifícios.

Para Felipe Beraldi, economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, ainda que o desempenho do Comércio tenha confirmado as previsões, com a Black Friday e o consumo das famílias em progresso, os resultados das demais atividades chamam a atenção e acendem um alerta para uma desaceleração mais significativa do mercado como um todo no decorrer de 2025.

“A expansão dos riscos domésticos associados à questão fiscal do País trouxe uma movimentação preocupante, com uma nova subida das expectativas para a inflação e taxas de juros, o que não é uma boa notícia para os empreendedores”, analisa.