Google investe US$ 350M no ecommerce indiano Flipkart

O Google está investindo quase US$ 350 milhões na Flipkart, startup indiana de comércio eletrônico de propriedade do Walmart. O aporte faz parte de uma rodada de quase US$ 1 bilhão iniciada em 2023, a qual foi liderada pelo próprio Walmart, responsável por aplicar US$ 600 milhões.

Como parte do acordo, o gigante das buscas também fornecerá à Flipkart ofertas de nuvem, conforme anunciou a startup em breve comunicado nesta sexta (24). O Google, que atinge mais de meio bilhão de pessoas na Índia, identifica o país como um mercado externo importante.

Em 2020, a empresa revelou planos de investir US$ 10 bilhões em negócios indianos pelos próximos cinco e sete anos, segundo reportou o TechCrunch na época. Desde então, o Google investiu US$ 4,5 bilhões na operadora de telecomunicações Jio Platforms e mais US$ 1 bilhão na Airtel.

Líder do e-commerce indiano
A Flipkart, avaliada em mais de US$ 37 bilhões, lidera o mercado de comércio eletrônico na Índia, onde atende a centenas de milhões de consumidores em cidades menores do país. Em 2021, a startup recebeu US$ 3,6 bilhões em uma rodada de investimento que teve participação do SoftBank. Com a arrecadação, a empresa passou a valer mais do que o dobro do montante pelo qual o Walmart comprou uma participação de 77% em 2018.

Também proprietária da startup de comércio eletrônico de moda Myntra, a companhia comanda cerca de 48% do mercado indiano de comércio eletrônico, de acordo com dados da Bernstein – a consultoria estima ainda que o mercado de e-commerce da Índia valerá US$ 133 bilhões até o próximo ano.

As principais concorrentes da Flipkart são a Reliance Retail, Amazon e Meesho, apoiada pelo SoftBank. A Reliance Retail – administrada pelo homem mais rico da Ásia, Mukesh Ambani – foi avaliada em US$ 100 bilhões em um investimento de quase US$ 2 bilhões feito pela QIA, ADIA e KKR no ano passado

Shein e Shopee destacam “nacionalização” das operações no Brasil no 1° dia do Digitail

Shein e Shopee destacam “nacionalização” das operações no Brasil no 1° dia do Digitail
Shein e Shopee, as duas plataformas gigantes do varejo asiático em operação no Brasil, destacaram a nacionalização das transações no País no primeiro dia do Digitail Conference, evento realizado pela Gouvêa Experience, que acontece nos dias 22 e 23 de maio em São Paulo.

Segundo Raul Jacob, diretor de Marketing da Shein, a meta da companhia é chegar a 2026 com 85% das vendas totais realizadas por produtores brasileiros. Para isso, está expandindo a operação para mais cinco estados. No início do ano, chegou ao Rio Janeiro, agora, está indo para Minas Gerais e, até o final de 2024, desembarcará no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Na prática, isso significa que a varejista está abrindo as portas para os produtores fora de São Paulo. Jacob explicou, na palestra “Made in Brazil: o fenômeno Shein também no marketplace”, apresentado nesta quarta-feira, 22, que “expansão”, para a empresa, significa levar a logística para os locais onde os vendedores estão e oferecer o mesmo nível de entrega e eficiência dos pontos onde já opera.

“Hoje, no Brasil, a gente tem três frentes de negócio: o marketplce que eu lidero, a produção local, isto é, marcas Shein feitas no Brasil, e a importação de produtos. Mas, o foco é 100% no marketplace e na produção local”, contou Jacob. Ainda segundo o executivo, atualmente, 55% das vendas da plataforma são realizadas por vendedores brasileiros.

“A gente consegue rodar uma operação aqui com a mesma qualidade, a mesma força, que temos na importação. O marketplace já representa o maior faturamento da Shein no Brasil e isso mostra que temos um poder de localização e nacionalização muito forte. É só mais um passinho para ter uma empresa 100% brasileira”, garantiu.

Shopee no Brasil e inovações para 2024
Rodrigo Farah, head de Branding e Live Commerce da Shopee, afirmou que 90% das transações dentro do aplicativo são nacionais, isto é, entre vendedores e consumidores brasileiros. São 3 milhões de empreendedores e lojistas no País cadastrados, entre os quais 9 em cada 10 possuem CNPJ. Para a companhia, ele afirmou, a taxação sobre produtos importados não irá impactar o negócio.

“Esse processo de nacionalização aconteceu ao longo de 4 anos, desde que a Shopee chegou [ao Brasil]. E batemos essa marca em março de 2024”, disse Farah. A empresa emprega diretamente mais 10 mil colaboradores em território nacional.

O executivo disse que a estratégia de marketing continua agressiva e sem nenhuma redução de recursos para este ano. “O foco é conseguir cada vez mais usuários mensais para a plataforma e uma das principais frentes de investimento é a live commerce combinada com marketing de afiliados”, contou.

Em sua palestra, “Live commerce exponencial: como explorar o verdadeiro potencial dessa ferramenta de vendas”, Farah contou que uma das novidades para este ano é a liberação do botão de live para os afiliados. São 2 milhões cadastrados. A opção, no entanto, não está disponível igualmente. “Liberamos para alguns afiliados e planejamos melhor comissionamento para aqueles que indicarem produtos em suas lives”.

O foco nessa ferramenta se baseia em alguns números que o executivo compartilhou com a plateia presencial e online do Digitail: na China, US$ 562 bilhões do faturamento da Shopee, em 2023, vieram de live commerce e a projeção é de que atinja US$ 843 bilhões no próximo ano. No Brasil, a empresa passou de 10 lives diárias no ano passado para 250 por dia este ano. As pesquisas da plataforma mostraram que os vendedores adeptos vendem 5 vezes mais e ampliam o número de seguidores, reforçando laços de comunidade, uma vez que que a estratégia aproxima quem vende de quem compra no marketplace.

No próximo dia 6 de junho, as ofertas da data dupla da Shopee serão transmitidas em live também pelo canal da Band, uma estratégia que algumas empresas começaram a adotar recentemente.

Shein rebate varejo e indústria e afirma que 88% das compras são feitas pelas classes C, D e E

Varejista diz que o que está em jogo é o poder de acesso e compra dos brasileiros a produtos internacionais.

A Shein publicou uma pesquisa feita pela Ipsos para rebater as críticas feitas pelo varejo e indústria nacionais de que a isenção fiscal prevista no Remessa Conforme para compras internacionais de até US$ 50 beneficia quem ganha mais.

Segundo o estudo, no primeiro trimestre de 2024, o percentual de consumidores das classes C, D e E que adquirem produtos internacionais na plataforma da empresa é de 88%, sendo 50% das classes D e E e 38% da classe C.

“Em um momento em que o que está em jogo é o poder de acesso e compra dos brasileiros a produtos internacionais de qualidade e acessíveis, a pesquisa realizada mostra o verdadeiro retrato dos consumidores da plataforma e ainda aponta que apenas 11% dos consumidores pertencem às classes A e B”, diz a gigante chinesa.

A Shein cita ainda o levantamento feito pelo Plano CDE, com consumidores de diversas plataformas internacionais, de que 61% do público vê nos sites internacionais a possibilidade para a população mais pobre ter acesso ao consumo – e que a desistência da compra quando são cobrados os impostos é maior entre as classes C, D e E (37%) que nas classes A e B (32%).

Nesta semana, a CNI (Confederação Nacional da Indústria), em parceria com o IPRI (Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem), divulgou uma pesquisa dizendo que apenas 18% da população com renda de até dois salários mínimos fizeram compras onlines internacionais de produtos com isenção de até US$ 50.enquanto 41% são feitas entre os que ganham acima de cinco mínimos.

Com faturamento de R$ 40 bi no comércio eletrônico, Santa Catarina recebe evento de e-commerce

Florianópolis recebeu na segunda quinzena de maio, o Uni E-commerce Con Florianópolis 2024. O evento ocorreu entre 15 e 16 de maio; Santa Catarina tem se destacado como o quarto maior vendedor por e-commerce no país, alcançando um total impressionante de R$ 40,46 bilhões em transações, conforme dados do Observatório do Comércio Eletrônico, plataforma do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Esses números colocam o estado em posição de destaque, ficando apenas atrás de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que registraram, respectivamente, R$ 290,87 bilhões, R$ 88 bilhões e R$ 47,94 bilhões em vendas.

De acordo com um estudo realizado pela plataforma de pagamentos Nuvei, em parceria com a Americas Market Intelligence (AMI), espera-se que o mercado de e-commerce no país cresça aproximadamente 80% até 2026.

O setor atingiu aproximadamente R$ 211 bilhões em 2022, tem projeção de alcançar os R$ 432 bilhões em 2026, representando um aumento de aproximadamente 20% ao ano.

Diante da crescente complexidade das relações de consumo, o comércio eletrônico e os marketplaces enfrentam o desafio de obter o máximo de informações possíveis sobre o comportamento do consumidor e aprimorar o relacionamento com eles.

Durante os dois dias de encontro, o evento proporcionou aos lojistas de e-commerce insights valiosos, que destacaram estratégias comprovadas para aumentar as vendas no comércio eletrônico. Com a presença de especialistas renomados do mercado digital, como a Magis5, uma plataforma especializada em integração de marketplaces e automação, os participantes tiveram acesso a conhecimentos práticos essenciais para alavancar seus negócios na internet.

Entre os assuntos que foram discutidos no Uni E-commerce Con foi o acesso às tecnologias para a integração de lojas a marketplaces como Amazon, Shopee e Mercado Livre, como forma de impulsionar as vendas. “Nossa plataforma permite automatizar processos, como expedição de pedidos e emissão de notas fiscais, deixando o empreendedor livre para pensar de forma estratégica em seu negócio”, ressalta Claudio Dias, CEO da Magis5.

PMEs crescem 23,5% em abril, após alta de 4,7% no mês anterior.

Em abril, as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) brasileiras registraram um crescimento expressivo. Segundo o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs), a movimentação financeira média dessas empresas aumentou 23,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

O IODE-PMEs monitora o desempenho de empresas com faturamento anual de até R$50 milhões, cobrindo 678 atividades econômicas nos setores de Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços.

O avanço foi parcialmente atribuído ao “efeito calendário”, com abril de 2024 tendo 22 dias úteis, quatro a mais que abril de 2023. “Menos feriados e pontes impulsionaram o faturamento de diversos segmentos”, explica Felipe Beraldi, economista da Omie.

Nos primeiros quatro meses de 2024, as PMEs tiveram um aumento médio de 14,5% em comparação ao mesmo período de 2023. Esse crescimento se deve à melhoria na renda familiar, maior estabilidade no mercado de trabalho e controle da inflação.

Além disso, a redução da taxa Selic começou a impactar a economia real, favorecendo a concessão de crédito às pessoas físicas.

Destaques setoriais de abril

Indústria
O segmento industrial liderou o crescimento, com um aumento de 30,3% na movimentação financeira média. Dos 23 subsetores da indústria de transformação, 22 registraram crescimento de dois dígitos, com destaque para a fabricação de móveis, produtos farmacêuticos, couros, artigos para viagem e calçados, além da metalurgia.

Comércio
O setor comercial mostrou recuperação, com alta de 21,9% em abril. O comércio e reparação de veículos subiu 25,7%, enquanto o atacado cresceu 26,1%. O varejo também teve um aumento de 9,2%.

Serviços
As PMEs do setor de serviços mantiveram um bom desempenho, crescendo 15,1% em abril. O setor foi impulsionado por atividades financeiras e de seguros, entregas e agências de viagem.

Infraestrutura
As PMEs de infraestrutura também cresceram, com um aumento de 17,3%, destacando-se os serviços especializados em construção e coleta, tratamento e disposição de resíduos.

Perspectivas para o segundo semestre
Apesar dos bons resultados, há sinais de desaceleração no segundo semestre devido ao crescimento modesto da renda familiar. “O crédito deve ser o motor do crescimento, impulsionado pela queda da Selic, mesmo que o corte recente tenha sido de apenas 0,25 pontos percentuais”, comenta Beraldi. A meta da Selic agora é de 10,5%, mais de três pontos abaixo de 2023, mas ainda insuficiente para um grande estímulo econômico.

Impacto no Rio Grande do Sul
A crise social e logística no Rio Grande do Sul, causada pelas enchentes, prejudicou a economia do estado, que é a quinta maior do país. O impacto negativo nas atividades das PMEs é esperado nos próximos meses.

Sobre o IODE-PMEs
O IODE-PMEs, desenvolvido pela scale-up Omie, acompanha o desempenho econômico das PMEs brasileiras com faturamento de até R$50 milhões anuais. A análise é baseada nas movimentações financeiras de mais de 150 mil clientes, abrangendo 678 CNAEs. Os dados são ajustados para eliminar o efeito inflacionário, utilizando o IGP-M da FGV.

Entendendo as estratégias de sucesso no Brasil de Mercado Livre, Amazon, Shopee e Magalu

Estratégias de sucesso dos maiores e-commerces do Brasil.

O mercado de e-commerce no Brasil tem se destacado pela inovação e crescimento acelerado, liderado por gigantes como Mercado Livre, Magazine Luiza, Shopee e Amazon, empresas que adotam estratégias avançadas para se manterem no topo e responder às demandas dos consumidores em um ambiente altamente competitivo. Segundo pesquisas, com mais de 30,4 bilhões de acessos nos últimos 12 meses apenas no Brasil, o e-commerce é um setor que só tende a crescer cada vez mais. Isso reforça a importância de aprender com essas gigantes e aplicar algumas de suas estratégias no seu próprio negócio.

Os principais modelos de e-commerce são:

B2C (Business-to-Consumer): Empresas vendem diretamente para consumidores finais. Ex: Amazon.

B2B (Business-to-Business): Transações entre empresas, como fabricantes vendendo para distribuidores.

C2C (Consumer-to-Consumer): Consumidores vendem para outros consumidores em plataformas como MercadoLivre.

Os maiores do Brasil
1. Mercado Livre

Líder no ranking com 29,4% do web traffic share, o Mercado Livre destaca-se pela diversidade de produtos e confiabilidade. Em 2022, a receita líquida global atingiu US$ 2,6 bilhões, com o Brasil representando 56% dessa receita. A empresa investe em inovações para adaptar-se às mudanças no comportamento do consumidor, oferecendo uma experiência de compra eficiente e transparente.

Principais estratégias:

Adaptação às mudanças no comportamento do consumidor: o Mercado Livre investe continuamente em inovações para replicar a experiência de compra física no ambiente digital, introduzindo funcionalidades que tornam sua plataforma única e atrativa​​
Variedade de produtos: oferece uma ampla gama de produtos, desde itens básicos até eletrônicos e produtos de luxo, atendendo a uma vasta gama de necessidades dos consumidores​​.
Experiência de compra transparente e eficiente: foca em proporcionar uma experiência de compra segura e eficiente, o que solidifica a confiança dos consumidores na plataforma​​.
Crescimento durante a Pandemia: aproveitou o aumento da demanda durante a pandemia, aumentando significativamente sua base de usuários e o volume de vendas​​.

2. Amazon Brasil

A Amazon trouxe sua forte marca global ao mercado brasileiro, capturando 22,3% do web traffic share. Sua estratégia inclui o uso de algoritmos para personalizar sugestões de produtos e criar uma experiência única para cada cliente. Com a expansão dos centros de distribuição no Brasil, a Amazon aprimora a logística e aumenta a oferta de produtos, reforçando sua posição no mercado.

Principais estratégias:

Personalização com algoritmos: utiliza algoritmos para rastrear o comportamento dos usuários e oferecer sugestões de produtos com base nas preferências individuais, criando uma experiência de compra personalizada​​.
Urgência e escassez: cria urgência nas compras através de cronômetros de contagem regressiva e indicações de estoque limitado, incentivando a compra imediata​.
Expansão da logística: aumentou o número de centros de distribuição no Brasil, melhorando a logística e a velocidade de entrega​.
Amazon Prime: oferece benefícios do Amazon Prime, como frete grátis e acesso a conteúdo exclusivo, aumentando a fidelidade dos clientes​.

3. Shopee

Conhecida por suas promoções agressivas e preços competitivos, a Shopee investe em marketing digital e logística para conquistar o público brasileiro. A empresa utiliza estratégias de engajamento, como colaborações com influenciadores e campanhas nas redes sociais, para criar uma comunidade em torno da marca. Em 2023, a Shopee registrou um crescimento de 400% nos pedidos no Brasil.

Principais estratégias:

Promoções e preços competitivos: destaca-se por suas promoções agressivas e preços competitivos, atraindo uma grande base de consumidores​.
Marketing digital e logística: investe pesado em marketing digital e logística para garantir uma experiência de compra satisfatória e rápida​​.
Engajamento com influenciadores: colabora com influenciadores para ampliar seu alcance e engajar o público, criando uma comunidade ativa em torno da marca​ (FashionUnited)​.
Live commerce: realiza transmissões ao vivo para promover produtos e interagir diretamente com os consumidores, aumentando as vendas e a visibilidade da marca​.

4. Magazine Luiza

A transformação digital é a principal estratégia do Magazine Luiza, que integra lojas físicas e online para oferecer uma experiência de compra omnichannel. A empresa investe em comunicação direta com os clientes através das redes sociais e utiliza a assistente virtual “Lu” para humanizar a marca. Em 2022, as vendas do e-commerce alcançaram R$ 43 bilhões, refletindo o sucesso dessa abordagem.

Principais estratégias:

Transformação digital: liderou a transformação digital no varejo brasileiro, integrando lojas físicas e online para oferecer uma experiência de compra omnichannel​.
Assistente virtual “Lu”: criou a assistente virtual “Lu”, que humaniza a marca e interage com os clientes nas redes sociais, proporcionando atendimento personalizado​​.
Engajamento nas redes sociais: utiliza redes sociais como Facebook, Instagram e YouTube para comunicar-se diretamente com os clientes, oferecendo análises de produtos e atualizações sobre promoções​.
Investimento em comunicação direta: foca em comunicação direta e personalizada com os clientes, aproveitando tendências de redes sociais para se destacar​.

Tendências e Inovações
Inteligência Artificial

A IA está transformando o e-commerce, permitindo personalização, automação e análise avançada de dados. Ferramentas como chatbots e assistentes virtuais oferecem atendimento eficiente e personalizado, enquanto a IA ajuda a prever a demanda por produtos e identificar padrões de consumo.

Sustentabilidade

Os consumidores estão cada vez mais exigentes quanto às práticas sustentáveis das empresas. Há uma demanda crescente por transparência nas informações sobre a sustentabilidade dos produtos, influenciando as estratégias de marketing e operações das empresas de e-commerce.

Omnicanalidade

Integrar diferentes canais de venda é essencial para oferecer uma experiência de compra fluida. A omnicanalidade permite que os consumidores comprem onde e como preferirem, seja online ou em lojas físicas, fortalecendo a lealdade à marca.

As estratégias adotadas pelos maiores e-commerces do Brasil demonstram a importância de inovação contínua, personalização da experiência do cliente e eficiência logística. Cada empresa, com suas abordagens únicas, conseguiu não apenas manter-se competitiva, mas também liderar o mercado em um ambiente dinâmico e exigente.

A integração de tecnologia, como inteligência artificial e automação, aliada a uma forte presença digital e engajamento com os consumidores, é fundamental para o sucesso no e-commerce. À medida que o setor continua a evoluir, essas empresas servirão como modelos de adaptação e crescimento, refletindo a capacidade de transformar desafios em oportunidades e de se antecipar às tendências do mercado.

O futuro do e-commerce no Brasil promete ser tão dinâmico quanto seu presente, impulsionado por essas estratégias inovadoras e focadas no cliente.

Segmento de beleza tem previsão para alcançar U$ 580 bilhões em faturamento até 2027, afirma McKinsey

Representando 4% do PIB Nacional, o nicho de beleza se consolida como um dos maiores do mundo, de acordo com dados do SEBRAE. Com uma crescente conscientização sobre saúde e bem estar, o público investe mais em cuidados pessoais.

Mulher morena passando creme na mão em frente a um espelho e outros produtos de skincare
Imagem: reprodução
Além disso, as redes sociais e a mídia têm um papel fundamental no desenvolvimento da cultura de imagem, um forte motivador do autocuidado.

Mauricio Cesar, CEO da Unhas Cariocas, destaca que: “a indústria de beleza no Brasil se destaca pela sua capacidade de adaptação às tendências globais e locais, desenvolvendo soluções específicas para as necessidades do público”.

Um setor em crescimento
Gráfico da Mckinsey representando as expectativas de faturamento do setor de beleza até 2027
Imagem: reprodução, McKinsey
Segundo o relatório da McKinsey, se espera um acúmulo de U$ 580 bilhões no setor de beleza até 2027; alinhado à assertividade que esse nicho apresenta.

Além disso, o especialista comenta que a diversificação dos canais de venda – com o crescimento do e-commerce e novos modelos de negócios – também é uma grande contribuição para a expansão do setor como um todo.

Americanas: o destino dos R$ 12 bilhões do aporte, e como estão os pagamentos da dívida

Na prática, a empresa já vem quitando pendências desde o ano passado, mas há parcelas dos passivos com bancos que dependem desses R$ 12 bi.

Com o aumento de capital de R$ 12 bilhões aprovado pelos acionistas, a Americanas, a partir de agora, precisa seguir os trâmites de pagamentos das dívidas acordadas com os credores que aguardavam esses recursos para receber seus pagamentos. Na prática, a empresa já vem quitando pendências desde o ano passado, mas há parcelas dos passivos com bancos que dependem desses R$ 12 bilhões.

Da dívida total do grupo, R$ 35 bilhões estão com os bancos, que vão converter R$ 12 bilhões em ações da rede, e ficam, portanto, com um saldo de R$ 23 bilhões a receber. Parte dos recursos da capitalização na rede deve ir para recompra antecipada do saldo remanescente dessa dívida com bancos.

Segundo uma das opções de pagamento, serão direcionados até R$ 6,7 bilhões para recompra de créditos remanescentes daqueles que aderirem à opção de reestruturação II.
Ainda devem ser direcionados R$ 2 bilhões para um leilão reverso (vencem os que oferecem os menores preços) da dívida com esses credores, amortizando uma dívida com desconto de 70%. Somando os valores, são R$ 8,7 bilhões vindos da capitalização.

Como o aumento de capital é de R$ 12 bilhões, mas R$ 5 bilhões tratam-se de financiamentos na modalidade DIP, esse valor cai para R$ 7 bilhões em termos de aporte.
Portanto, a diferença dos R$ 8,7 bilhões para os R$ 7 bilhões deve vir da recomposição do capital de giro da Americanas, que negociou o plano de recuperação com fornecedores para voltar a ter linha de créditos mais normalizadas e tentar recuperar os resultados.

Pagamentos
A Americanas iniciou os pagamentos de credores listados no plano de recuperação judicial após a publicação da homologação pelo Juízo da 4ª Vara Empresarial do Estado do Rio de Janeiro, em 27 de fevereiro deste ano. A quitação dos débitos começou pelo pagamento aos credores trabalhistas, micro e pequenos empreendedores, e posteriormente avançou em março para o pagamento de cerca de 500 fornecedores colaboradores.

O montante da primeira etapa do cronograma do plano, que inclui fornecedor colaborador, somou cerca de R$ 4 bilhões. Deste total, R$ 3,7 bilhões foram para pagamento de primeira parcela dos fornecedores colaboradores, que voltaram a dar crédito para a empresa.
Outros R$ 300 milhões foram valores adicionais para quitar débitos desse mesmo grupo em 60 vezes. Em troca, esses fornecedores se comprometeram a retomar a revenda de produtos para a companhia, com concessão de prazos para pagamento de mercadorias para melhorar o capital de giro.

Esses fornecedores receberam seus créditos sem deságio, a não ser que tenham decidido dar quitação por valor menor que o de face.
Sobre a origem do dinheiro, dos R$ 3,7 bilhões em recursos para a parcela única de fornecedores colaboradores, R$ 3,5 bilhões vieram do financiamento “DIP”, uma modalidade para empresas em recuperação, e realizado pelos acionistas de referência da companhia em março. Essa etapa de pagamento também incluiu credores com créditos listados no plano de até R$ 12 mil ou que aceitaram dar quitação neste teto.
Antes disso, a Americanas já havia liberado cerca de R$ 115 milhões a credores trabalhistas e micro e pequenas empresas em fevereiro de 2023. A ação, no entanto, foi suspensa pela Justiça, na época, a pedido de um credor. Após a homologação, isso foi retomado.

PMEs seguem otimistas e projetam alta no faturamento de mais de 20% no próximo trimestre

De acordo com pesquisa realizada pelo Mercado Pago, visando compreender as particularidades e necessidades das PMEs, 95% seguem otimistas para o próximo trimestre e 37% esperam aumentar seu faturamento em mais de 20% no período.

Entrevistando mais de 9,3 mil empreendedores, o levantamento conclui que os donos de negócios passam de 1 a 6 horas em contato com diferentes parceiros, focando em questões operacionais e não no desenvolvimento em si da empresa.

Dentre os participantes do estudo, 81% têm entre 30 e 59 anos, 66% são homens e 50% apresentam um faturamento mensal de R$ 15 mil, 27% faturam até R$ 29 mil e 23% acima de R$ 30 mil.

Aprendizados para o futuro
Os donos de negócios procuram por maiores oportunidades competitivas; a pesquisa revela que 94% afirmam que encontrar um único parceiro de meios de pagamentos auxiliaria no ganho de eficiência diária.

Além disso, a oferta de crédito aparece como um diferencial para as PMEs. Aproximadamente 83% fazem uso do crédito como um recurso para a empresa; mais da metade declara aplicar esse dinheiro para aumentar o fluxo de caixa.

Outro ponto de destaque é a estratégia de multicanalidade. 1 a cada 3 disseram que tiveram um aumento de 25% nas receitas ao aplicarem tal estratégia.

Shopee atualiza lista de produtos mais vendidos no marketplace de norte a sul do Brasil

Mais uma vez, a Shopee atualiza seu mapa com os itens e categorias que mais se destacaram nas vendas do norte ao sul do país. A comparação foi feita levando em conta os produtos que tiveram pedidos acima da média nacional entre outubro de 2023 e março de 2024.

No fim do ano passado, o marketplace também apresentou para o mercado online os produtos que tiveram vendas acima da média nacional entre abril e agosto. Na ocasição, o relógio digital ganhava destaque no Nordeste, principalmente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Tecnologia em destaque

Preferida pelos brasileiros, a categoria de tecnologia foi sinalizada como destaque em dez estados. Os itens tecnológicos dominaram quase toda a Região Norte: de smartphone, que liderou a preferência no Maranhão, até itens mais inusitados, como walkie-talkie, mais vendido no Amazonas — o aparelho, aliás, pode ser utilizado em regiões em que o sinal de celular é mais fraco.

Ao apontar a lente ao Amapá, o aparelho tecnológico que se destaca é o tablet — no Pará, porém, o equalizador de som é o queridinho dos consumidores. E as compras não param por aí: no Tocantins, a CPU gamer ganhou relevância, enquanto no Acre, o drone com câmera 4k foi o preferido.

Em outras regiões, a tecnologia também obteve forte presença, com os componentes para os gamers em destaque. São eles:

São Paulo – console de videogame;
Distrito Federal – monitor gamer;
Mato Grosso – PC gamer;
Piauí – SSD para Notebook;
Alagoas – lente para câmera.

Moda de norte a sul do Brasil

A moda continua a ocupar um lugar de destaque no cenário de consumo, sendo líder em diversos estados do Brasil. Na Região Sudeste, no Espírito Santo e em Minas Gerais, a pochete e o jeans feminino, respectivamente, foram os itens preferidos.

Na Região Nordeste, as laces (tipo de peruca) dominaram o estado da Bahia, item que tem sido tendência entre as mulheres que desejam mudar o visual do cabelo com mais facilidade. O Oxforfd masculino fez sucesso em Pernambuco e o sapatênis foi o primeiro na Paraíba, itens de moda clássicos e atemporais, além de poderem ser usados em diversos climas e localidades.

Já na Região Norte, em Rondônia e Roraima, a elegância é o que dá o tom, com terno slim e relógio masculino, respectivamente, configurando entre os itens preferidos nos dois estados. Na Região Centro-Oeste, a maleta masculina é líder no Mato Grosso do Sul.
Casa e Lazer, Bem-estar e Lifestyle

Itens de casa e lazer, estilo de vida e bem-estar figuram entre as categorias mais vendidas na Shopee e apareceram com destaque nesta edição do Mapa. Em Goiás, o carrinho de bebê foi o líder de vendas. Em Sergipe, a bicicleta é a preferida e pode ser uma ótima opção para deslocamento na cidade, principalmente em climas ensolarados e que propiciam atividades ao ar livre.

Por outro lado, o Ceará se destaca com a venda da raquete de tênis de praia, item essencial para a prática do esporte que está em alta no país. No Paraná, curiosamente os consumidores estão adquirindo tenda de praia para aproveitarem com mais conforto as opções naturais do estado.

Quando a Shopee aborda a região do Rio Grande do Norte, o item mais popular é a roda para motocicleta — no Rio Grande do Sul, porém, a fórmula infantil se destaca entre os consumidores. Santa Catarina se destaca com a venda de itens para casa, como o difusor de ambiente. Muito por conta da forte incidência do sol, o Rio de Janeiro ficou marcado pela alta demanda de cortina blackout.
Produtos de norte a sul do Brasil

A seguir, você acompanha a lista dos itens mais vendidos por região e estado:
Sul

Paraná – tenda de praia (Estilo de Vida)
Santa Catarina – difusor de ambiente (Casa e Lazer)
Rio Grande do Sul – fórmula infantil (Bem-estar)

Sudeste

São Paulo – console de videogame (Tecnologia)
Rio de Janeiro – cortina blackout (Casa e Lazer)
Espírito Santo – pochete (Moda)
Minas Gerais – jeans feminino (Moda)

Norte

Acre – drone com Câmera 4k (Tecnologia)
Amapá – tablet (Tecnologia)
Amazonas – walkie-talkie (Tecnologia)
Pará – equalizador de som (Tecnologia)
Rondônia – terno slim (Moda)
Roraima – relógio masculino (Moda)
Tocantins – CPU gamer (Tecnologia)

Nordeste

Alagoas – lente para câmera (Tecnologia)
Bahia – laces (Moda)
Ceará – raquete de tênis de praia (Estilo de Vida)
Maranhão – smartphone (Tecnologia)
Paraíba – sapatênis (Moda)
Pernambuco – oxforfd masculino (Moda)
Piauí – SSD para notebook (Tecnologia)
Rio Grande do Norte – roda para motocicleta (Estilo de Vida)
Sergipe – bicicleta (Estilo de Vida)

Centro-Oeste

Distrito Federal – monitor gamer (Tecnologia)
Goiás – carrinho de bebê (Bem-estar)
Mato Grosso – PC gamer (Tecnologia)
Mato Grosso do Sul – maleta executiva (Moda)