Grupo Boticário unifica tecnologia às áreas e processos

A compreensão da companhia omnichannel é importante em contextos atuais. A estrutura das companhias atuais demanda um arcabouço tecnológico e integrado forte, tal qual o Grupo Boticário decidiu aplicar sem barreiras no dia-a-dia. A conexão entre os e-commerces trouxe bons resultados em dados de consumidores.

De acordo com Leonardo Siqueira, diretor de Tecnologia do Grupo Boticário, durante o Fórum E-Commerce Brasil Grand Connection 2021, o primeiro passo dessa internalização tecnológica aconteceu em 2019.

A compra do Beleza na Web foi um dos nortes para internalizar a tecnologia no Grupo Boticário. Eles já tinham planejamento digital interessante e sua incorporação fortaleceu o olhar horizontal de descentralização das decisões. Na prática, tornamos os processos mais rápidos e com participação de todas equipes”, explica.

A integração da tecnologia às diversas áreas do Grupo Boticário, portanto, fortaleceu algumas segmentações. A transparência e o trabalho de priorização conjunta foram determinantes para otimizar ações e gerar sinergia entre profissionais de setores diferentes, de acordo com o executivo.

“Times de Tecnologia, Comercial, Operações, Financeiro, Marketing, Jurídico, Segurança da Informação etc. Todos são importantes dentro desse movimento interno de tecnologia, já que às inovações que propomos diariamente também precisam se alinhar ao negócio do Grupo Boticário”, complementa Siqueira.

Outros insights
Outro fruto da integração tecnológica entre setores, de acordo com o diretor de Tecnologia do Grupo Boticário, está em aplicar energia nas demandas certas. “Nossos pensamentos e ações se tornaram mais objetivos e estratégicos, principalmente pelo melhor processamento dos dados”, salienta.

Por fim, Siqueira também cita os principais aprendizados com a integração que foi conduzida:

1. Cuidado com a comunicação e pessoas é a chave
2. Estudar o que o cliente precisa antes de tomar decisões
3. Ser parceiro de todos os times envolvidos no processo

Por Lucas Kina, em cobertura especial para o Fórum E-Commerce Brasil 2021.

Americanas, Amazon e Mercado Livre são os melhores marketplaces do Brasil.

Opinião é de consumidores que votaram na edição deste ano do tradicional Prêmio iBest.

Americanas, Amazon e Mercado Livre são os três melhores marketplaces do Brasil, segundo o voto popular do Prêmio iBest 2021. A votação popular para a escolha do vencedor irá até o dia 24 de outubro pela internet. Além da votação aberta aos brasileiros, a Academia iBest também elegeu os Top3 pelo enfoque técnico: Amazon, Magazine Luiza e Mercado Livre.

“A competição pelo título de melhor marketplace do Brasil é enorme, pois existem pelo menos cinco empresas com porte, competência, interesse e foco em ter esta distinção, outorgada pelos brasileiros”, afirma Marcos Wettreich, fundador e CEO do prêmio. “O iBest é um bom termômetro do interesse do consumidor e possível bússola para se entender para onde o mercado está indo, em relação ao futuro market share no segmento”, completa.

Os vencedores serão divulgados entre 8 e 12 de novembro e poderão utilizar por um ano a certificação de excelência iBest, que, diferentemente de outras premiações, tem sua seleção baseada em algoritmo próprio que pesquisa e quantifica milhares de iniciativas, apontando matematicamente os destaques de cada segmento. Em 2021, o iBest projeta mais de 10 milhões de votos únicos ao longo da edição.

Conheça, a seguir, um pouco mais sobre os marketplaces que estão na disputa do Prêmio iBest de acordo com a escolha dos consumidores:

Americanas
O marketplace da Americanas, que permite que lojistas de todos os tamanhos e segmentos vendam na Americanas, a Americanas Empresas, o Submarino e o Shoptime, já recebeu mais de 1 bilhão de visitas e registrou compras de mais de 41 milhões de clientes. Segundo a empresa, mais de 60% das vendas são feitas por parceiros.

Amazon
O marketplace da Amazon oferece mais de 30 categorias de produtos, incluindo bebidas, móveis para casa e cozinha, e calçados e moda. Os clientes podem encontrar os produtos na Amazon assim que são publicados pelos parceiros de vendas, que vão de empresas internacionais a empreendedores individuais.

Mercado Livre
O Mercado Livre tem 75,9 milhões de usuários ativos na América Latina e mais de 12 milhões de vendedores, incluindo grandes marcas, alcançando 29 vendas por segundo. No ano passado, no Brasil, os produtos comercializados pelo Mercado Livre representaram o equivalente a 4,9% de todo o varejo.

Live commerce veio para ficar e integrar processos nas vendas

O e-commerce passou por muitas evoluções e uma das ramificações, datada de 2016, é o live commerce. A modalidade que consiste em vendas realizadas utilizando o modelo streaming, ou transmissão ao vivo, ganha mais força no cenário ocidental. Segundo In Hsieh, cofundador da Chinnovation, e Ariel Alexandre, cofundador da LiveCo, a prática já deve ser considerada realidade.

“O começo na China foi com streamers de e-sports e, por aqui, as lives de produto e vendas foram a primeira etapa. O Brasil, bem como o Ocidente em geral, está começando a entender o live commerce como válido e importante para incrementar resultados”, afirma Hsieh.

Segundo o especialista, atualmente, o live commerce corresponde por 50% das negociações do e-commerce chinês, enquanto no Brasil o índice fica entre 10% e 15%. No entanto, de forma geral, as categorias mais vendidas são cosméticos e alimentos & bebidas, com ressalva para o auxílio da modalidade em outros setores.

“Para venda de carros, por exemplo, o live commerce pode ser mais um canal de divulgação ou até mesmo fazer parte da jornada do consumidor. É uma questão de integrar processos com a loja virtual ou física e sair da caixa. Seja qual for o produto, o principal fator para sucesso disso é a humanização da experiência digital”, complementa.

Já Alexandre citou dicas de como implementar essa forma de trabalho ao planejamento da marca. Antes, ele elucida que o live commerce funciona para empresas B2B e B2C igualmente, tendo em vista que interação, curtidas e comentários são benéficos em qualquer um dos dois segmentos.

“O passo inicial é criar intimidade entre consumidor e vendedor. Isso pode ser feito por meio de ações divertidas e, no final, auxilia na conversão de vendas. Além disso, a humanização dos processos, como citado por Hsieh, será alcançada com espontaneidade e atenção ao chat. Lembre-se que interação vende e, até por isso, fazer algo gravado não faz sentido neste cenário”, explica.

Além disso, o profissional reitera que o foco das produções de live commerce devem ficar no mobile. Pela necessidade de constância nas produções (12 vezes por semana, no mínimo, de acordo com ele), pensar em processos mais rápidos facilita e cria hábito nos consumidores.

Discussão
Após apresentarem suas visões sobre a variação, Hsieh e Alexandre falaram sobre este mercado em si e suas perspectivas. Como ponto alto, ambos citaram a necessidade, por exemplo, dos meios de pagamento atuantes no Brasil serem “de ponta a ponta”. Na prática, como na China, pensar em mídias sociais que integram pagamentos é uma grande contribuição para o live commerce.

“Eu quero, eu compro. Já existem ferramentas que podem proporcionar isso e a adaptação neste aspecto é de grande valia. Além disso, o brasileiro tem a criatividade de sobra para driblar qualquer dificuldade inicial. Isso é o principal”, afirma Hsieh

Por fim, Alexandre, em concordância com o colega de setor, acredita que o live commerce será, por essência, uma estratégia de pequenos negócios e franqueadores. “A exploração da modalidade visa um mercado com mais olho no olho com o consumidor. A venda digital tirou um pouco isso e marcas deste perfil tendem a ter menos processos e melhor aplicação do live commerce”, encerra.

Amazon realiza evento on-line gratuito voltado para PMEs em outubro

Nos dias 6 e 7 de outubro, a Amazon Brasil apresenta o Amazon Conecta, evento on-line gratuito focado em impulsionar pequenos e médios empresários brasileiros. Serão 20 horas de conteúdo divididas em 21 sessões.

Com uma agenda que aborda desde como começar a vender na plataforma da empresa, até dicas de como aproveitar ao máximo as próximas datas do varejo, o intuito do evento é aproximar empreendedores, executivos da companhia e especialistas em diversos temas para ensinar as melhores práticas de como crescer os negócios on-line, segundo a companhia.

Nos últimos 20 anos, as vendas das PMEs cresceram e hoje já representam mais da metade de tudo que é vendido mundialmente. Segundo a varejista norte-americana, o Amazon Conecta é a iniciativa brasileira de um evento que também acontece no México e Estados Unidos.

De painéis que vão ensinar desde conceitos básicos de e-commerce e como melhorar a qualidade do catálogo de itens, até palestras para discutir o futuro do varejo e a liderança feminina no comércio eletrônico, os empreendedores e vendedores parceiros poderão interagir com Daniel Mazini (Presidente da Amazon no Brasil), Ana Fontes (Fundadora da Rede Mulher Empreendedores), Cleber Morais (Diretor Geral da Amazon Web Services – AWS), Ricardo Garrido (Diretor da Loja de Vendedores Parceiros da Amazon), Virginia Pavin (Líder de Produto na Loja de vendedores Parceiros da Amazon), entre outros, que vão ensinar como impulsionar seus negócios, principalmente na temporada de vendas de final de ano.

“A Amazon está profundamente comprometida com o empoderamento das pequenas e médias empresas, e este é um momento importante para nos unir e aprender uns com os outros, enquanto navegamos por novas realidades econômicas”, disse Jeff Wilke, CEO Global de Consumidores na Amazon.

A agenda completa terá mais de 20 painéis. Para registrar-se no evento, acesse: https://hopin.com/events/amazonconecta/registration

Dia do cliente: faturamento cresce 46% em 2021, mostra relatório da All iN | Social Miner

Dados do relatório All iN | Social Miner comparam resultados do Dia do Cliente deste ano com o mesmo período do ano passado e trazem boas notícias para o varejo.

O que mais surpreendeu nos resultados do Dia do cliente – além do faturamento, é claro – são as percepções das empresas em relação a importância de campanhas para captação de leads e engajamento, aproveitando os picos mais altos de visita nos sites, que aconteceram com um mês de antecedência, 15 dias antes e no próprio dia do evento.

Quem pensou em campanhas de mês ou semana do cliente para obter leads e futuras vendas, provavelmente acertou em cheio.

A importância dos cadastros
Quando olhamos o relatório da All iN | Social Miner, percebemos que adquirir cadastros antecipadamente pode trazer a grande oportunidade de conhecer o público e prever seu comportamento antes mesmo das datas sazonais acontecerem, garantindo tempo para estratégias certeiras.

E quem fez isso muito bem foi ‘Farmácia e Saúde’, se tornando a categoria com maior representatividade de visitas e cadastros. E quando falamos de sign ups, outra representação importante nesse tópico é da região Sudeste, que se destacou com 69%.

E aí, vendeu bem?
Nem só de spoilers vivem os estrategistas de marketing, mas podemos adiantar que a famosa categoria de ‘Moda e acessórios’ dividiu seu podium com ‘Alimentos e Supermercados’ como os segmentos que mais registraram pedidos entre os dias 02 e 15 de setembro.

Apesar das vendas serem incríveis para o negócio, junto a isso vem a possibilidade de fraudes. E da mesma forma que a categoria dos Supermercados fez sucesso nas vendas, o segmento também estreou, já na 3ª posição, na lista de Top categorias com maiores tentativas de fraude por valor de pedido.

Mas calma que nesse período, também, enquanto o índice de tentativas de fraude no dia 15 de setembro foi 7% inferior ao percentual apurado no mesmo dia em 2020, o faturamento cresceu 46%.

E muito desse trabalho passa pela arte de fidelizar clientes, criando jornada cíclicas, ampliando o Lifetime Value. Nesse sentido, vale dizer que 3% dos consumidores que fizeram uma compra no período do Dia do Cliente em 2021 tinham comprado na mesma loja durante o evento do ano passado. Fica aí uma dica para as empresas focarem mais em relacionamento com clientes.

Inteligência artificial impacta o varejo e pode movimentar US$ 7 bi em 2022

A inteligência artificial deve gerar investimentos de US$ 464 milhões para o Brasil em 2021. O setor varejista está aproveitando essa tendência para apostar em estratégias de adiantamento de compra e de comunicação com os clientes de acordo com as projeções oferecidas pela I.A.

O uso da inteligência artificial (I.A) tem se intensificado nos últimos anos e, com a criação de ferramentas com funcionalidades cada vez mais inovadoras, é esperado que o investimento na área ultrapasse US$ 7 bi em 2022, de acordo com estudo da Juniper Research.
Uma das funcionalidades oferecidas pela I.A está relacionada com a capacidade que ela tem de “prever o futuro” para empresas que trabalham no setor de varejo de recorrência, como os supermercados. Sobre isso, um estudo divulgado pela Pesquisa Global de Varejo no final de 2020 revela que 73% dos varejistas acreditam que a Inteligência Artificial (IA) e o Machine Learning podem agregar valor aos negócios por meio da previsão de demandas.
Para fazer essa previsão de demandas, a I.A baseia-se em dados passados e, de acordo com essas informações, permite que as redes supermercadistas tenham a capacidade de prever o futuro de suas vendas. “Assim, a ferramenta se torna uma aliada na gestão das companhias na hora que elas precisam repor os seus estoques, por exemplo. Isso acontece porque elas já saberão, por meio da I.A, quais são os produtos que serão vendidos em breve”, explica Bruno Leal, CSO e Cofundador da Mercafacil, empresa que acabou de lançar a mar.ia, sua inteligência artificial voltada para atender aos varejos alimentícios de recorrência no país, como os supermercados.
O CSO também reforça que a inteligência artificial visa permitir que as empresas criem uma comunicação mais personalizada com os seus consumidores, já que ela faz a captura, o mapeamento e o cruzamento de dados pessoais e de compra de cada cliente. “Com a mar.ia, os supermercadistas conseguem estimular a antecipação de compra, aumentar as conversões das suas campanhas promocionais e trazer uma maior pessoalidade na hora de a empresa entrar em contato com este comprador” diz Leal.

O cenário da inteligência artificial nos varejos brasileiros

No Brasil, o uso da I.A também apresenta crescimento. Segundo pesquisa do IDC, consultoria especializada em inteligência de mercado, 25% das empresas brasileiras já têm projetos baseados em IA ou machine learning. Além disso, a pesquisa também aponta a inteligência artificial como uma das principais tecnologias para o ano de 2021, já que se espera que ela gere investimentos de US$ 464 milhões para o Brasil neste ano.
Já é possível encontrar algumas soluções de inteligência artificial com foco em varejo no país que estão fazendo sucesso. Um exemplo é a Lu, do Magalu, que, de acordo com dados do IBM, cresceu nos últimos anos e no primeiro semestre de 2020 registrou 1,4 milhão de atendimentos em média ao mês, com média de 8,5 milhões de interações no período.
Também, a mar.ia, que, de acordo com o CSO da Mercafacil, pode ser de grande utilidade para melhorar a gestão dos varejos de recorrência. “Nesse tipo de negócio, a funcionalidade que a I.A tem de prever o futuro se torna ainda mais relevante. Afinal, como o próprio termo sugere, ‘varejo de recorrência’ está relacionado com a repetição. Ou seja, os supermercados são um formato de varejo o qual as pessoas vão com frequência e costumam adquirir repetidamente aqueles produtos que gostam”, explica.
Leal também reforça que, quando o dono do supermercado se dá conta de que os seus clientes repetem os seus hábitos de compra e que, utilizando a inteligência artificial ele pode compreender esses comportamentos e utilizá-los para fazer uma melhor gestão do seu varejo, ele passa a ver a inteligência artificial como sua aliada.

Funcionalidades da I.A para os varejos alimentícios

Sendo os supermercados uma forma de varejo de recorrência, eles apresentam uma alta taxa de entrada e saída de produtos, o que faz com que o estoque e as prateleiras precisem ser repostos constantemente para acompanhar a demanda.
Anna Stephanie, Product Owner na Mercafacil e uma das envolvidas no desenvolvimento da mar.ia, explica que a I.A entra para ajudar a garantir que a loja ofereça os produtos mais desejados pelos clientes. “Ela permite que o varejista veja quais mercadorias vão ter queda nas vendas e organize melhor os itens expostos, uma vez que ele poderá utilizar a estratégia de adiantamento de compra com base nas projeções de vendas oferecidas pela inteligência artificial”.
A product owner também ressalta que a ferramenta também faz com que o supermercado possa criar um relacionamento mais personalizado com os clientes, facilitando o desenvolvimento de campanhas e comunicações estratégicas, segmentadas por preferências e histórico de compras de cada consumidor.
Envolvida no projeto desde o seu início, Stephanie lembra que a mar.ia surgiu após a Mercafacil verificar a necessidade que os seus clientes, majoritariamente os donos de supermercados, tinham de controlar o fluxo de caixa. “Percebemos a dificuldade que eles tinham em fazer esse controle de fluxo e chegamos a conclusão de que uma boa maneira de resolvê-lo seria fazendo o adiantamento de compras. E esse adiantamento de compras pode ser feito de forma mais assertiva quando o supermercadista conhece a frequência de compra de um cliente para um determinado produto”, explica.
Leal ressalta que o impacto do trabalho desenvolvido por inteligências artificiais ainda acaba por refletir no faturamento do varejista. “Isso porque, quando bem aplicadas, as I.As poderão atuar na diminuição de custos para o empreendedor, no aumento do faturamento e, também, na melhora da imagem do varejista, que se destaca dos concorrentes por investir em inovação na sua operação”, conclui o CSO da empresa, que já está com a mar.ia funcionando para toda a sua carteira de mais de 2000 lojas ao redor do país.

Tráfego do Shopify ultrapassa a Amazon pela primeira vez

A Amazon, que tem o histórico imbatível em vendas, talvez tenha que se preocupar com o aumento no tráfego do Shopify; entenda o caso.

As grandes empresas de e-commerce estão num disputa acirrada por acessos. Em recente análise, viu-se que o tráfego do Shopify foi tamanho que chegou a ultrapassar o da Amazon, lembrando que a Amazon sempre se destaca, seja em lucros e arrecadações, bem como em acessos diários. Entretanto, por conta de alguns números, a grande empresa do e-commerce mundial ficou para trás pela primeira vez.

Toda a análise parte do site Similarweb, que comparou o tráfego de ambos os e-commerces e confirmou que, no período que compreende o final de junho até agora, houve uma diferença nos acessos únicos do Shopify em relação à Amazon. Durante este intervalo, o Shopify alcançou 1,16 bilhões de acessos únicos, enquanto que a Amazon, no mesmo período, conseguiu 1,10 bilhões. O mesmo site ainda apontou que o tráfego do Shopify vem crescendo desde maio de 2020, construindo o número de 108,5% de aumento em seus acessos únicos. Neste mesmo período, a Amazon conseguiu expandir seus acessos em quase 10%.

Tráfego do Shopify ultrapassa a Amazon pela primeira vez
“Essa é a primeira vez que estamos vendo a Amazon ter um competidor forte em termos de alcance. Amazon agora tem um concorrente à altura.O Shopify oferece um ambiente mais amigável ao vendedor para distribuir seus produtos. É um crescimento preocupante para a Amazon”, Ed Lavery, diretor de soluções em investimentos da Similarweb.

Apesar de ambas as empresas serem identificadas como e-commerce, isso ainda não as classifica literalmente como concorrentes diretas. O Shopify, por exemplo, não vende coisas diretamente aos seus consumidores ou opera marketplaces, como a Amazon faz atualmente. Mas ambas as empresas de fato competem sobre os mesmos produtos, principalmente quando o Shopify começou a oferecer vários serviços on-line que ajudam a vender estes itens, bem como a tecnologia utilizada em seu site e o recebimento de pagamentos on-line.

Apesar de ter superado em acessos, a Amazon continua líder em vendas

Quando nos referimos ao tamanho próprio, a Amazon ainda assim é maior que o Shopify. A Amazon gerou cerca de US$ 385 bilhões em receita no ano passado, comparado aos US$ 2,9 bilhões, do Shopify. Quanto aos produtos vendidos, a Amazon estima que foram US$ 490 bilhões, mais que quatro vezes o valor do Shopify, que chegou a cerca de US$ 120 bilhões. Apesar das vendas serem expressivamente maiores, ter um número, mesmo que em acessos únicos, pode ser algo pela qual a Amazon precisaria se atentar.

Índice MCC-ENET: e-commerce brasileiro tem alta de 20,04% no faturamento em agosto de 2021

O faturamento do e-commerce continua em expansão no Brasil. Ao observar o mês de agosto de 2021 ante o mesmo período do ano passado, a alta foi de 20,04. Considerando o acumulado do ano, o valor é ainda mais expressivo: 26,97%. Os dados são do índice MCC-ENET, desenvolvido pela Neotrust | Movimento Compre & Confie, em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net).

As vendas praticadas pela internet, comparando os meses de agosto de 2021 com 2020, também tiveram um bom desempenho: 11,96%, com o acumulado do ano, o crescimento é de 17,13%.

“O crescimento de quase 27% no faturamento acumulado deste ano até agosto, comparado ao mesmo período do ano passado é uma forte evidência da consistência e penetração dos negócios on-line no Brasil. Em 2020, tivemos um longo período de confinamento com comércios físicos fechados, alavancando as vendas pelo comércio eletrônico. Crescer de forma expressiva sobre esta base de referência, agora com o comércio físico quase em operação de normalidade é um sinal de que as vendas remotas chegaram a um novo patamar na preferência do consumidor brasileiro”, afirma Gastão Mattos, responsável pela Divisão de Varejo Online da camara-e.net.

Vendas on-line
Na composição de vendas nacionais, considerando a base comparativa entre agosto e julho de 2021, o crescimento foi de 1,37%.

Por sua vez, a análise regional das vendas online, desta vez, com a comparação entre agosto de 2021 com o mesmo período do ano passado, os desempenhos foram da seguinte forma:

Nordeste (21,30%);
Centro-Oeste (21,04%);
Norte (20,71%);
Sul (14,81%);
e Sudeste (8,16%).

Já no acumulado do ano, a configuração ficou assim:

Centro-Oeste (35,42%);
Nordeste (31,58%);
Norte (29,85%);
Sul (22,67%);
e Sudeste (11,18%).
Faturamento
O faturamento do setor também teve alta em agosto de 2021, em relação a julho: 2,62%.

Na avalição do faturamento, por região, considerando a base de comparação agosto deste ano frente ao mesmo mês do ano passado, os dados foram:

Sul (25,3%);
Centro-Oeste (23,96%);
Sudeste (19,41%);
Nordeste (17,22%);
e Norte (14,97%).

No acumulado do ano, a configuração ficou da seguinte forma:

Centro-Oeste (40,80%);
Nordeste (38,51%);
Sul (34,46%);
Norte (31,27%);
e Sudeste (20,75%).

Participação do e-commerce no comércio varejista
Em julho de 2021, o e-commerce representou 11,3% do comércio varejista restrito (exceto veículos, peças e materiais de construção). No acumulado dos últimos 12 meses, nota-se que a participação do e-commerce no comércio varejista corresponde a 11%. Vale destacar que esse indicador foi feito a partir da última Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, divulgada no dia 10 de setembro.

Categorias
Em julho de 2021, a composição de compras realizadas pela internet, por segmento, ficou da seguinte forma:

equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (43%);
móveis e eletrodomésticos (28,1%);
tecidos, vestuário e calçados (10%).
artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,4%);
outros artigos de usos pessoal e doméstico (5,7%);
hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,4%);
e, por último, livros, jornais, revistas e papelaria (2,5%).
Esse indicador também utiliza a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE como base.

Consumidores on-line
Outra métrica avaliada pelo MCC-ENET revela que, no trimestre de abril a junho de 2021, 18,5% dos internautas brasileiros realizaram ao menos uma compra on-line. Observa-se uma alta de 1,3 p.p em relação ao trimestre anterior (17,2%). Já na comparação com o mesmo período em 2019 (10,1%), houve crescimento de 8,4 p.p.

Metodologia do MCC-ENET
Os índices mensais vêm da comparação dos dados do último mês vigente em relação ao período base (média de 2017). Para compor o índice, o Neotrust | Compre & Confie coleta 100% de todas as vendas reais de grande parte do mercado de e-commerce brasileiro, utilizando adicionalmente processos estatísticos para composição das informações do mercado total do comércio eletrônico brasileiro. Também são utilizadas informações dos indicadores econômicos nacionais do IBGE, IPEA e FGV.

O MCC-ENET traz uma visão completa a respeito do e-commerce no país a partir da análise das seguintes variáveis: percentual nacional e regional de vendas on-line, faturamento do setor e tíquete médio. Outras métricas analisadas mensalmente são participação mensal do e-commerce no comércio varejista e crescimento do setor no varejo restrito e ampliado, além da distribuição das vendas por categoria. Por último, a penetração de internautas que realizaram ao menos uma compra trimestralmente pela internet também está contemplada no índice.

Não estão contabilizados no MCC-ENET dados dos sites MercadoLivre, OLX e Webmotors, além do setor de viagens e turismo, anúncios e aplicativos de transportes e alimentação. Isso ocorre porque ainda não são monitorados pela Neotrust | Movimento Compre & Confie.

Casal inova e mescla ecologia à experiência do cliente

Conheça o casal que criou a primeira máscara 100% biodegradável, à base de vegetais.

Trabalhar a experiência do cliente é algo inevitável a todo tipo de negócio, até mesmo quando o produto a ser comercializado é quase uma obrigatoriedade. Afinal, quando feita de maneira correta, a jornada do consumidor é capaz de revolucionar qualquer mercado, garantindo que a empresa ganhe destaque e saia na frente.

Foi isso o que levou os empreendedores americanos Carlton e Hazel Solle a criarem uma experiência diferente para seus clientes. Em 2015, o casal viajou à China e, após Carlton passar mal graças à poluição do país, eles desenvolveram um novo modelo de máscara, com a tecnologia G95. Em linhas gerais, o produto é capaz de proteger seus usuários da má qualidade do ar por meio de um filtro acoplado tão bem quanto uma máscara N95 (ou PPF2) — a mais indicada para proteção contra o coronavírus.

Anos mais tarde, o casal criou uma empresa que vendia, além das máscaras, alguns outros produtos. E quando a pandemia veio, a corporação criada por eles viu seus negócios subirem consideravelmente. O que Carlton e Hazel não imaginavam, no entanto, era que, na hora do descarte do produto, o meio ambiente sofria as consequências.

Como trazer ESG à experiência do cliente?

Ao ver o estrago causado pelo descarte inapropriado de máscaras no meio ambiente, especialmente nos oceanos, o casal usou a tecnologia para criar um novo produto: o modelo Oceanshield, que consiste em uma máscara 100% biodegradável e segura o suficiente para trazer segurança contra o coronavírus.

Por meio de muita pesquisa para os materiais, Carlton e Hazel chegaram à Oceanshield com um modelo que é completamente ecológico, desde as alças de orelha até mesmo o ferro que modela o produto no rosto. O “tecido” é feito com materiais de PLA, ou seja, à base de plantas, e não causa danos mesmo se for descartado da maneira incorreta — em um aterro ou hidrovia, o produto é totalmente biodegradado em aproximadamente 90 dias.

Mas, afinal, onde está a experiência do cliente em tudo isso?
Pois bem, para alinhar a pauta da ecologia ao customer experience, o casal também criou uma jornada pós-venda e pós uso das máscaras: os usuários que comprarem a Oceanshield podem devolvê-la gratuitamente após o uso para que a empresa recicle o produto e crie novas máscaras. E para cada máscara devolvida, o usuário recebe U$ 1,00 de crédito na loja.

Vale destacar que, a fim de levar a proposta ecológica mais a sério, a empresa também aceita o descarte de máscaras de outras máscaras e retorna o valor de U$ 0,25 em crédito na loja de Carlton e Hazel em retorno.

E foi assim que a empresa do casal conquistou o pódio não apenas de primeira máscara descartável do mundo feita apenas de materiais 100% biodegradáveis, mas também de vendas: por fornecerem uma experiência diferenciada, as compras subiram ainda mais.

A importância de passar os valores necessários durante a jornada de compra

É sempre válido lembrar que a experiência do cliente precisa ser construída com base no comportamento do consumidor, em prol da satisfação dele e com todos os toques necessários por parte da empresa. Isso significa dizer também que os valores e princípios das corporações também podem ser repassados por meio da jornada de compra.

No caso de Carlton e Hazel, foi exatamente esse comportamento que trouxe duas grandes vantagens: uma disrupção do mercado e um apoio ao meio ambiente, a responsabilidade ecológica que faz parte da tão aclamada agenda de ESG.

Pesquisa mostra que 94% das empresas investem em marketing digital para crescerem

Marcas entenderam que a presença on-line é fundamental para o sucesso dos negócios, porém, muitas ainda reconhecem baixa eficiência das suas estratégias.

O Marketing Digital está de fato consolidado no mercado brasileiro. Dados da pesquisa “Maturidade do Marketing Digital e Vendas no Brasil” apontam que 94% das empresas investem em ações de comunicação on-line visando seu próprio crescimento. O estudo foi viabilizado pelas companhias especializadas Resultados Digitais, Mundo do Marketing, Rock Content e Vendas B2B.

Das 1.031 empresas entrevistadas, 40,5% afirmaram ter uma grande demanda digital e utilizar ferramentas como e-mails marketing, redes sociais e mídia paga, porém, sem definir critérios de qualificação entre marketing e a conversão em vendas de produtos ou serviços. Outros 29,4% possuem uma estratégia estruturada para ações de Inbound e Automação, além de um funil de vendas.

Já para 24,4% das companhias participantes do estudo, a demanda digital é resumida em conteúdos básicos para redes sociais, sem frequência de postagens, dando foco maior para o off-line. Além disso, 5,5% revelaram divulgar suas marcas apenas por meio de ações de publicidade tradicional e eventos, sem possuir sequer um site ou perfil nas mídias.

Apesar do alto número de empresas que hoje já trabalham com o Marketing Digital como ferramenta de crescimento, cerca de 95% delas reconhecem que seu plano estratégico tem pontos a melhorar. Desse total, 62% acreditam que suas ações on-line são eficientes, mas precisam ser aprimoradas, enquanto 32,5% reconhecem que as estratégias utilizadas têm trazido poucos resultados.

Redes sociais e presença on-line

Diferentemente das décadas passadas, quando o acesso à internet ainda era escasso ou inexistente e a divulgação de produtos e serviços tinha grande apelo nos jornais, revistas, rádio e televisão, é impensável, no mundo moderno, uma estratégia de marketing que não utilize recursos digitais. O próprio modelo de consumo das pessoas mudou e grande parte das operações de venda são feitas pelos meios on-line.

Nesse contexto, as redes sociais são ferramentas fundamentais para aproximar as marcas do seu público. Dados de um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) indicam que cerca de 39% dos consumidores costumam consultar os perfis de lojas e empresas nas mídias antes de adquirir um produto, mesmo que a intenção do cliente seja de efetuar a compra em uma loja física.

Isso acontece devido à linguagem e interatividade menos formal nesses canais, facilitando a comunicação com o público sem que a pessoa precise sair da sua própria casa para tirar dúvidas. Um outro número importante, este divulgado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), mostra que 77% dos usuários utilizam as redes sociais por dispositivos móveis e estão conectados com mais frequência.

Dessa forma, muitas marcas passaram a investir no digital e suas diferentes ferramentas, como a consultoria RD Station, um software on-line de automação e gerenciamento de ações de divulgação, bastante utilizado em estratégias de Inbound Marketing. O modelo é aplicado por agências especializadas em comunicação e possui algumas diferenças em relação ao marketing padrão.

“O marketing convencional é considerado um ‘Marketing Interruptivo’, no qual as mensagens são passadas em momentos em que o consumidor não está esperando (como propagandas no meio de um programa). Já no Inbound a mensagem é passada após solicitação do consumidor e em momentos específicos”, explica Stefanie Regina Forler, diretora de marketing da Agência Consultoria Digital.