Via Varejo, dona da Casas Bahia, registra lucro de R$ 132 milhões no 2º tri

A companhia, dona das redes Casas Bahia e Ponto, além do banco digital Banqi, registrou uma receita bruta no conceito GMV de R$ 11,4 bilhões.

A Via Varejo divulgou no último dia 11, que o lucro líquido do segundo trimestre cresceu 103% ante mesmo período de 2020, a R$ 132 milhões, apoiado no forte crescimento no comércio eletrônico, na esteira de medidas de isolamento social.

A companhia, dona das redes Casas Bahia e Ponto, além do banco digital Banqi, registrou uma receita bruta no conceito GMV de R$ 11,4 bilhões, expansão de 51% sobre o desempenho do mesmo período do ano passado.

Segundo a empresa, cerca de 65% do GMV deveu-se às vendas digitais, que corresponderam a cerca de R$ 7,5 bilhões, incremento de 35,7% na base anual.

“Começamos o ano com 10 mil vendedores em nossa plataforma e em julho já batemos 70 mil”, afirmou a companhia em comentário sobre o desempenho. O número de produtos disponíveis (SKUs) disparou de 3 milhões em março do ano passado para quase 30 milhões no final de junho deste ano.

O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 485 milhões, queda de 12,6% na comparação anual, com a margem encolhendo 4,4 pontos, para 6,2%. Analistas esperavam Ebitda de R$ 550 milhões, segundo a Refinitiv.

Focada em acelerar seu crescimento no comércio eletrônico ante grupos como Mercado Livre, Magazine Luiza e Americanas, a Via Varejo registrou salto de 47% nas despesas de vendas, gerais e administrativas, atingindo R$ 2 bilhões.

Segundo a empresa, a comparação “fica prejudicada” já que no segundo trimestre de 2020 o governo federal ofereceu medidas que beneficiaram as empresas por conta do cenário de pandemia, incluindo suspensão de contratos de trabalho, postergação e ou suspensão de pagamento de aluguéis e outros benefícios.

A companhia totalizou pouco mais de 4 milhões de clientes ativos no crediário em junho e com uma carteira de R$ 4,74 bilhões, aumento de 53% ante mesmo período de 2020.

Fonte : https://www.cnnbrasil.com.br/business/2021/08/12/via-varejo-dona-da-casas-bahia-registra-lucro-de-r-132-milhoes-no-2-tri

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Comércio eletrônico desacelera no primeiro semestre com reabertura das lojas físicas

As vendas do comércio eletrônico no Brasil encerraram o primeiro semestre em R$ 53,4 bilhões, um avanço de 31% sobre o mesmo intervalo de 2020. Apesar da alta expressiva, o número sinaliza uma desaceleração sobre o mesmo período do ano passado, quando houve uma disparada de 55% nas vendas, para R$ 40,8 bilhões.
Os dados pertencem à 44ª edição do Webshoppers, relatório sobre comércio eletrônico elaborado pela consultoria Ebit | Nielsen em parceria com o Bexs Banco, especializado em câmbio e soluções de pagamentos digitais internacionais.
“Essa desaceleração já era esperada, tendo em vista a diminuição do isolamento social e a retomada das operações das lojas físicas”, diz o líder de e-commerce da Ebit|Nielsen, Marcelo Osanai. Além do crescimento menor em faturamento, houve uma desaceleração no número de pedidos: alta de 7%, para 100 milhões, contra disparada de 43% no primeiro semestre de 2020, quando atingiu 93,1 milhões.
O número de novos consumidores caiu: dos 7,3 milhões que começaram a fazer compras na internet no começo da pandemia, no primeiro semestre de 2020, para 6,2 milhões na primeira metade deste ano.
“Mas, curiosamente, o tíquete médio destes novos consumidores no período foi de R$ 556, superior ao tíquete médio geral dos primeiros seis meses, que ficou em R$ 534”, afirma Osanai.
Para o executivo, fatores macroeconômicos como alta da inflação e do desemprego podem dificultar a consolidação do comércio eletrônico no médio prazo. “Mas ainda observamos uma curva de crescimento importante, há potencial para ser explorado”, diz Osanai. “Existem ganhos de conveniência e preço no comércio eletrônico que já foram incorporados pelo público”.
Para 2021, a previsão é que o comércio eletrônico atinja R$ 108,4 bilhões, uma alta de 24% sobre 2020. No ano passado, quando o e-commerce somou R$ 87,4 bilhões, a alta sobre 2019 foi de 41%.
O gasto médio por consumidor entre janeiro e junho deste ano, de R$ 534, foi 22% superior ao do mesmo período do ano anterior. “Os consumidores estão comprando mais vezes ou adquirindo produtos de maior valor”, diz o executivo da Ebit | Nielsen.
O celular assumiu o protagonismo nas compras pela internet: este meio digital respondeu por 53% das compras on-line, o equivalente a R$ 28,2 bilhões. O acesso às lojas virtuais acontece via sites de buscas (especialmente o Google), redes sociais (Instagram e Facebook), ou pelo site da varejista, nesta ordem.
Quase um terço (30%) das compras de roupas e calçados acontecem via redes sociais. Este canal também responde por 20% das compras da categoria casa e decoração. Já os sites de busca são os principais canais para compra de produtos automotivos (41%).
As categorias que mais cresceram no primeiro semestre foram casa e decoração (155%), que inclui desde itens de home centers até cama, mesa e banho. “As pessoas continuam gastando com móveis de escritório para casa”, diz Osanai.
Na sequência, estão pet shop (56%); esportivo (48%); lojas de departamento (37%); e alimentos (34%), que reúne lojas especializadas, como varejistas de suplementos.
A categoria lojas de departamento inclui grandes varejistas como Magazine Luiza, Americanas.com, Ponto Frio e Casas Bahia, e responde sozinha por 76% do faturamento do comércio eletrônico. São os marketplaces que também reúnem pequenos e médios varejistas em um único espaço virtual.
O Mercado Livre não entra no levantamento, uma vez que não compartilha suas informações, diz Osanai.
Na sequência, as categorias mais significativas em faturamento são a do esportivo (4%), roupas e calçados (4%), autosserviço (4%, que envolve os supermercados) e casa e decoração (1%).
Em relação à origem das vendas, o Sudeste concentra 63% do total. Em seguida, estão as regiões Sul (16%), Nordeste (11%), Centro-Oeste (7%) e Norte (3%).
“O Nordeste, que mais do que dobrou de participação no ano passado, apresentou um crescimento mais moderado neste primeiro semestre”, diz Osanai. A alta na região no primeiro semestre foi de 35%.

Fonte : https://br.vida-estilo.yahoo.com/com%C3%A9rcio-eletr%C3%B4nico-desacelera-no-primeiro-132900677.html

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Vendas do comércio caem 1,7% em junho após dois meses de alta

Foi a maior retração do setor neste ano. Resultado veio abaixo do esperado, mas varejo brasileiro fechou o 2º trimestre com alta de 3% frente aos três primeiros meses de 2021. No semestre, avanço foi de 6,7%.

Após dois meses seguidos de alta, as vendas do comércio varejista caíram 1,7% em junho, na comparação com maio, apontam os dados divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Foi a maior retração do setor neste ano e a segunda maior para um mês de junho desde o início da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), em 2000. Com o resultado de junho, o varejo se encontra 2,6% acima do patamar pré-pandemia”, informou o IBGE.

A pesquisa mostrou, também, que o comércio varejista:

.cresceu 6,3% na comparação com junho de 2020;
.acumulou alta de 5,9% nos últimos 12 meses;
.encerrou o 2º trimestre com alta de 3% na comparação com o 1º trimestre;
.fechou o semestre com crescimento de 6,7%;
.teve metade das atividades com patamar superior ao de fevereiro de 2020, pré-pandemia;

O resultado veio abaixo do esperado. A expectativa de pesquisa da Reuters era de avanço de 0,7% na comparação mensal e de 9,1% sobre um ano antes.

Cinco das oito atividades pesquisadas tiveram retração na passagem de maio para junho, sendo a mais intensa no segmento de tecidos, vestuário e calçados.

Veja o desempenho de cada um dos segmentos em junho:

.Combustíveis e lubrificantes: -1,2%
.Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: -0,5%
.Tecidos, vestuário e calçados: -3,6%
.Móveis e eletrodomésticos: 1,6%
.Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: 0,4%
.Livros, jornais, revistas e papelaria: 5%
.Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: -3,5%
.Outros artigos de uso pessoal e doméstico: -2,6%
.Veículos, motos, partes e peças: -0,2% (varejo ampliado)
.Material de construção: 1,9% (varejo ampliado)

“No comércio varejista como um todo, há algumas atividades caindo com mais força porque elas tiveram uma certa recuperação nos meses de abril e maio, elevando a base de comparação. Esse foi o caso de tecidos, vestuário e calçados, que é uma atividade que ainda não teve recuperação frente ao patamar de fevereiro do ano passado”, apontou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e material de construção, as vendas caíram 2,3% na passagem de maio para junho.

Crescimento interanual
Na comparação com junho do ano passado, porém, houve alta de 6,3% no volume de vendas. Foi o quarto crescimento seguido nesta base de comparação e os resultados positivos foram disseminados, atingindo seis das oitos atividades investigadas pelo IBGE.

O gerente da pesquisa ponderou, porém, que houve perda de ritmo nessa base de comparação.

“Na comparação interanual, há um ritmo menor de crescimento em junho. Nos meses anteriores, os aumentos foram mais significativos por conta da base de comparação que estava muito baixa. É diferente de comparar, por exemplo, com março ou abril do ano anterior, meses que marcaram o início da pandemia no país”, apontou Santos.

Alta de 3% no 2º trimestre
Apesar da queda em junho, o setor fechou o 2º trimestre com alta de 3% frente aos três primeiros meses do ano.

Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, houve uma “inversão em todas as atividades” do comércio varejista neste segundo trimestre, já que o setor fechou o primeiro trimestre do ano com queda de 4,4% na comparação com o 4º trimestre do ano passado.

Em 2020, o comércio fechou os dois primeiros trimestres com resultados negativos. No 1º, o recuo foi de 0,6% frente ao 4º trimestre do ano anterior, enquanto no 2º trimestre a queda foi de 10,3% frente aos três meses imediatamente anteriores. Já no 3º trimestre, houve alta de 16,2%, enquanto o 4º fechou com alta de 0,6%.

Ritmo de recuperação
A despeito da queda no volume de vendas na passagem de maio para junho, o setor acumulou ganho de 6,7% no 1º semestre e de 5,9% nos últimos 12 meses, o que demonstra a manutenção do ritmo de recuperação do setor.

“A elevação na intensidade das vendas do comércio varejista na passagem do segundo semestre de 2020 para o primeiro semestre de 2021 foi observada em seis das oito atividades”, destacou o IBGE.

As únicas atividades que tiveram resultados negativos no semestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, foram as de livros, jornais, revistas e papelaria e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo.

Diante desse resultado, o comércio varejista se manteve em patamar acima de fevereiro de 2020, quando teve início a pandemia.

“Mas, na comparação com o patamar recorde da série, que é de outubro de 2020, o setor está 3,9% abaixo”, ponderou o gerente da pesquisa.
Considerando o varejo ampliado, metade das atividades superaram o patamar de vendas que era observado antes do início da pandemia. A que mais se destacou em termos de recuperação é a de materiais de construção, enquanto a de livros, jornais, revistas e papelarias é a que se encontra mais distante da recuperação.

Resultado por estados
Na passagem de maio para junho, o varejo teve retração em 18 das 27 unidades da Federação.

Os destaques de alta foram Amapá (-16,7%), Rio Grande do Sul (-5,1%) e Mato Grosso do Sul (-4,0%). Já entre os estados que tiveram crescimento destacam-se Ceará (2,5%), Espírito Santo (2,2%) e Pará (1,9%).

Já na comparação com junho de 2020, houve aumento das vendas em 23 unidades da Federação. Os estados que mais se destacaram foram Amapá (29,1%), Piauí (21,4%) e Acre (19,0%).

Considerando o varejo ampliado, na mesma comparação com junho do ano passado, houve aumento no volume de vendas em 25 estados, sendo as maiores variações registradas por Piauí (33,6%), Pernambuco (29,6%) e Rondônia (26,0%).

Perspectivas
Na semana passada, o IBGE mostrou que a produção industrial brasileira ficou estagnada em junho, acumulando uma perda de 2,5% no segundo trimestre, na comparação com os 3 primeiros meses do ano.

Apesar do avanço da vacinação contra o coronavírus e da reabertura gradual da economia, a recuperação da atividade econômica tem mostrado perda de fôlego nos últimos meses em meio à escalada da inflação, recuperação tímida do mercado de trabalho e aumento das incertezas fiscais e políticas.

Inflação avança para 0,96% em julho e atinge 8,99% em 12 meses
Com inflação e desemprego em alta, ‘índice de miséria’ tem patamar recorde no país
A expectativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) no ano permanece em 5,3%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Já para 2022, a projeção dos analistas das instituições financeiras diminuiu de 2,10% para 2,05%.

Já a estimativa para a inflação em 2021 está 6,88%. Os analistas também aumentaram de 7% para 7,25% ao ano a previsão para a taxa básica de jutos no fim de 2021. Com isso, são esperadas novas altas na Selic nos próximos meses.

Na ata de sua última reunião, quando elevou a Selic para 5,25% ao ano, o Comitê de Política Monetária do Banco Central avaliou que a inflação ao consumidor continua se revelando “persistente”, indicando uma nova alta de um ponto percentual no juro básico em sua próxima reunião, marcada para 21 e 22 de setembro.

Fonte : https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/08/11/vendas-do-comercio-caem-17percent-em-junho-apos-dois-meses-de-alta-aponta-ibge.ghtml

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Inclusão de desbancarizados no varejo

A pandemia de Covid-19 trouxe um grande impacto em todos os aspectos sociais. Para o mercado, ela acelerou processos, principalmente os voltados à tecnologia. A crise foi um verdadeiro Cisne Negro que nos ensinou uma adaptação urgente. À luz da economia, devido ao auxílio emergencial iniciado após o isolamento social aqui no Brasil, o BC (Banco Central) constatou que mais de 60 milhões de brasileiros não têm conta em banco, o que impede que essas pessoas tenham uma série de benefícios, além de facilidade em adquirir crédito.

Ter opções, além do dinheiro, para que os clientes concluam os pagamentos se tornou praticamente uma obrigação para as marcas. Essa conjuntura é incontestável, tanto para o negócio como para o consumidor, e há anos facilita a vida de quem não quer esperar para concluir uma compra. Porém, nesse processo há um entrave mais comum do que as pessoas imaginam: os desbancarizados, ou seja, pessoas que não têm conta em banco. Dados de um estudo do Instituto Locomotiva, referentes a janeiro de 2021, mostram que 10% dos brasileiros não tinham conta em banco (16,3 milhões) em janeiro de 2021, enquanto outros 11% (17,7 milhões) não movimentaram a conta no mês anterior, o que totaliza 21% do total sem conta em banco ou com pouco uso.
Felizmente, e para a alegria de muitos, há outras maneiras de inserir esses consumidores na thread das compras. Antes, para uma pessoa conseguir um cartão de crédito ela precisava efetivamente abrir uma conta em banco, hoje essa exigência não é mais um empecilho para inserção desses clientes no mercado. Entretanto, há casos de consumidores que não têm confiança, pois se deparam com altas taxas de juros e têm medo da inadimplência. Devemos lembrar ainda que devido à falta de crédito, o consumidor deixa de realizar uma compra maior. Essa questão tem um impacto direto no ticket médio das empresas.

Os desbancarizados, classificados como invisíveis pelo Banco Central, em sua maioria, fazem parte de classes sociais menos abastadas, como D e E. Uma pesquisa realizada pela Kantar identificou que essas classes tiveram uma variação de consumo no lar, 9% e 14% no primeiro e segundo trimestres de 2020, respectivamente, principalmente pelo fato de 72% dessas pessoas terem recebido o auxílio emergencial. Com a pausa do crédito do governo, o consumo desse público enfrentou queda para 8% e 6% no terceiro e quarto trimestre do ano.

Fato é que esses consumidores são muito importantes para o mercado e precisam de crédito para conquistar seus bens e serviços, e se tiverem uma forma segura de continuar adquirindo e conquistando suas necessidades, comprarão mais. E uma boa maneira de fortalecer o consumo desses clientes é o cartão próprio de loja, tendo em vista a oportunidade de ampliar o prazo de pagamento que o varejo passa a oferecer sem depender de um banco físico. Com isso, o consumidor tem seu poder de compra ampliado por meio do benefício e, consequentemente, começa a aumentar o tíquete médio de compra no lojista.

Pesquisas internas nos mostraram, por exemplo, que quando uma rede apresenta o benefício de uma linha de crédito, o cliente se torna um consumidor fiel da loja. Automaticamente, empresas que oferecem o serviço de crédito para o varejo, auxiliam na fidelização do consumidor. Justamente porque na maioria das vezes, o uso de cartão de loja é exclusivo para o negócio. E quando bem utilizado pela varejista – com descontos exclusivos e vantagens para o cliente que adquiriu o cartão – os negócios aceleram suas vendas.
Em tempos de uma retomada cuidadosa da economia, que aos poucos está voltando a convivência social, a gente se depara com um mercado que tem o desejo de acelerar, inclusive, para alguns setores do varejo que foram prejudicados com o lockdown, isso significa recuperar meses de vendas abaixo da média. Esse ímpeto fortalece a imagem de um mercado competitivo, em que o varejista precisa desenvolver estratégias inteligentes para se destacar ante a concorrência.
Não basta apenas oferecer um bom atendimento, lojas organizadas e que atendam as expectativas dos consumidores; ter opções eficientes de pagamento e de crédito podem fazer a diferença para os negócios nesse retorno do varejo físico e on-line. E como eu disse, um ponto que eu aposto, não só por ter uma visão futura, como por viver numa tendência que se confirma a cada dia, quem investe no cartão de marca, ou cartão de loja, fortalece a imagem da empresa, insere no negócio mais um meio de comunicação com o consumidor e aumenta as chances de fidelização daquele cliente.
*CEO da Uze

Fonte : https://diariodocomercio.com.br/opiniao/inclusao-de-desbancarizados-no-varejo/

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Vendas do comércio crescem 6,2% no Dia dos Pais

A atividade de venda do comércio físico brasileiro cresceu 6,2% na semana do Dia dos Pais (02 a 08 de agosto de 2021) no comparativo com o mesmo período do ano anterior. Esse é o maior crescimento desde 2011, quando o índice marcou alta de 8,8%.

De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, é preciso levar em consideração a base comparativa do indicador (03 a 09 de agosto de 2020), que teve queda de 10,6%. “Embora tenha marcado aumento este ano, é necessário observar o contexto do dado, já que o tombo registado em 2020 reflete um período restritivo no varejo relacionado a pandemia e faz com que a alta se torne, na verdade, uma recuperação parcial”.

A análise que considera apenas o final de semana da data comemorativa no Brasil em 2021 (06 a 08 de agosto) em comparação a 2020 (07 a 09 de agosto) registrou alta de 4,5%. Levando em conta o cenário apenas na cidade de São Paulo, a semana de Dia dos Pais revelou expansão de 6,6%, enquanto o final de semana marcou 4,9%.

Fonte : https://www.investimentosenoticias.com.br/noticias/economia/vendas-do-comercio-crescem-6-2-no-dia-dos-pais

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Dia dos Pais: mesmo com comércio reaberto, vendas são maiores pela internet, aponta pesquisa

As restrições de funcionamento de lojas nas cidades brasileiras estão cada vez mais flexíveis. Em capitais como São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG), o comércio já pode funcionar durante quase 24 horas, incluindo aos domingos. Apesar disso, as vendas para o Dia dos Pais, comemorado no próximo domingo (8), acontecem majoritariamente pela internet. É o que mostra uma pesquisa feita pela Bare International, maior fornecedora independente de pesquisa de experiência do cliente, dados e análises para empresas em todo mundo.

Maioria das compras do Dia dos Pais deve acontecer pela internet neste ano, segundo pesquisa.
O levantamento, feito entre os dias 16 e 26 de julho com 423 entrevistados, identificou que 64% dos consumidores pretendem presentear os pais, enquanto 36% responderam que não, sendo que 40% dos entrevistados que já compraram ou pretendem comprar presentes apontaram o comércio eletrônico como canal de compra. Outros 33% afirmaram intenção de comprar presencialmente, enquanto 25% ainda não decidiram.

Segundo a gerente de contas da Bare Brasil, Kamilla Melo, os consumidores ainda prezam bastante pelo contato direto na hora das compras, porém, a pandemia fez com que muitos se acostumassem com a comodidade da internet. “Recentemente, em outro levantamento identificamos que as pessoas ainda têm uma grande necessidade de provar, testar, conhecer e ter mais informações sobre produtos. Porém, num primeiro momento, a maioria alegou que houve forte mudança em suas formas de compra, uma vez que o e-commerce se tornou a principal alternativa quando a pandemia estava no auge”, explica.

O levantamento citado, feito em 2020 e também em 2021, perguntou aos entrevistados quanto a chegada da Covid-19 impactou seus hábitos de consumo. Em uma escala de 0 (quase nada) a 10 (muito), 74,13% dos consultados deram nota acima de 7, indicando que houve uma forte mudança em 2020. Deste total, 14,51% deram nota 10. Já no levantamento deste ano, o percentual de respostas entre 7 e 10 caiu para 65,75%, sendo 11,44% com nota 10. Tal cenário indica um meio termo, visto que houve queda no impacto à medida que as lojas foram reabrindo. Para Melo, porém, outro fator contribui para consolidar o e-commerce como uma prática ainda mais comum: a perda do medo.

“Na pesquisa específica do Dia dos Pais deste ano, chamou atenção o meio de pagamento indicado pela maioria. 64% dos entrevistados afirmaram que vão utilizar o cartão de crédito, que é a forma mais comum quando se trata de vendas na internet, já que, presencialmente, os lojistas costumam oferecer condições melhores para quem paga em dinheiro. Até pouco tempo atrás, sempre foi dito por muitos consumidores sobre o receio em fornecer esse tipo de dado em sites e aplicativos, por causa de fraudes, mas com a pandemia e a necessidade de adquirir produtos e serviços apenas pelo meio digital, as pessoas viram que dá pra confiar, tomando, é claro, os devidos cuidados”, afirma a executiva.

Ainda de acordo com o levantamento, 20% dos entrevistados afirmaram que vão utilizar cartão de débito, enquanto 6% preferem o tradicional dinheiro em espécie. Aplicativos de pagamentos (4%) e o Pix (2%), apesar da praticidade, ainda são os menos utilizados.

Pais vacinados
Ainda de acordo com a pesquisa, 60% dos que decidiram não comprar presentes neste ano alegaram motivos variados não especificados pela pesquisa, como falta de contato com o pai, perda da cultura de consumo e doutrina religiosa. Já outros 25% alegaram desemprego e dificuldades financeiras, o que pode ser visto também como um impacto da pandemia na economia. Porém, quanto às restrições de contato em virtude da doença, apenas 11% disse que não irá presentear os pais por causa do isolamento.

Melo vê dois pontos positivos nesse aspecto. “Em primeiro lugar, é bom saber que ainda há preocupação com o isolamento, provavelmente em famílias em que os pais ainda não foram vacinados. No ano passado, poucas pessoas arriscaram e, mesmo presenteando, evitaram o contato. Já em 2021 esse percentual é relativamente baixo, o que indica que a imunização avançou bastante, principalmente entre os mais velhos”, diz.

O levantamento também identificou 5% de consumidores que preferem enviar dinheiro. Entre os tipos de presentes escolhidos, destacam-se: roupas (42%), perfumes (13%), acessórios (11%) e eletrônicos (9%). Já a faixa de preço mais escolhida é de entre R$ 50 e R$ 100, com 44%. Outros 30% afirmaram gastar entre R$ 100 e R$ 200, enquanto 16% vão comprar presentes de até R$ 50. Apenas 10% pretende gastar acima de R$ 200.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/dia-dos-pais-vendas-internet-reabertura/

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AliExpress é primeiro aplicativo de compras internacionais a aceitar Pix

Sistema foi testado por um número restrito de usuários em julho e, agora, está disponível para todos os brasileiros.
O AliExpress, serviço de vendas internacionais do grupo Alibaba, é o primeiro marketplace internacional a permitir que seus usuários usem o método digital de transferências eletrônicas Pix para pagar as compras. O sistema esteve disponível para um número restrito de usuários ao longo do mês de julho e, a partir de agora, pode ser utilizado por qualquer usuário brasileiro, em qualquer compra feita na plataforma.

Antes da estreia do Pix, os usuários locais podiam pagar as compras usando cartões de débito, transferências bancárias e transferências eletrônicas. Quem deseja parcelar suas compras em até seis vezes sem juros pode usar cartão de crédito. Muitos usuários, no entanto, optavam pelo método de pagamento por “boleto”, por não possuírem um cartão de crédito ou por preferirem não fornecer dados bancários. O uso de boleto exige que sua compensação seja confirmada pelas instituições financeiras, o que pode levar até três dias úteis, prazo em que a ordem de compra fica parada a espera da confirmação do pagamento.

A opção boleto continuará ativa no AliExpress, mas agora usuários sem cartões de crédito ou débito podem usar Pix, que exige apenas a leitura de um QR Code pelo dispositivo do usuário ou um “copiar e colar” de uma chave de transferência para que o pagamento seja efetuado. Como a compensação do Pix é imediata, o embarque do produto para o consumidor final ocorre de maneira mais veloz.

O AliExpress assegura a entrega nos aeroportos do Brasil de encomendas internacionais em até 7 dias, graças à adoção de voos fretados semanais. No caso de usuários que vivem na Grande São Paulo o tempo total de entrega para itens selecionados até a casa do comprador é de 12 dias.

Segundo Yan Di, country manager do AliExpress no Brasil, o histórico inovador da companhia facilitou a rápida implementação do PIX no Brasil. “Entendemos que é preciso implementar continuamente inovações que melhorem a experiência de compra de nossos usuários, o que inclui uma logística excelente, atendimento ao consumidor no pós-venda e os meios de pagamento mais convenientes para nossos usuários”, afirma Yan Di.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2021/08/03/aliexpress-e-primeiro-aplicativo-de-compras-internacionais-a-aceitar-pix/

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Amazon amplia receita explorando publicidade e serviços de varejo

Serviços de vendedores terceirizados da gigante americana cresceram 34%.

A receita da Amazon no segundo trimestre acompanhou a diminuição do ritmo de crescimento do comércio eletrônico no ano, revela o relatório de lucros da companhia. Segundo o site Modern Retail, o trabalho também indica que houve um progresso significativo em seus negócios para além da operação com produtos físicos.

No geral, a Amazon registrou US$ 113,1 bilhões em vendas líquidas no período, 27% acima do resultado obtido no trimestre anterior. Embora vultoso, a evolução é menor do que o salto de 40% visto no segundo trimestre do ano passado, durante o auge dos primeiros bloqueios de pandemia, e não atendeu às expectativas dos analistas.

Por outro lado, o relatório de lucros da empresa também revela que a Amazon tem sido capaz de diversificar suas fontes de receita, especialmente em publicidade e serviços de varejo. No segundo trimestre de 2021, a Amazon gerou US$ 8,1 bilhões em receita líquida, um de seus maiores lucros até hoje. No trimestre anterior, atingiu US$ 7,8 bilhões em receita líquida.

Vendedores terceirizados
Ainda segundo o documento, os serviços de vendedores terceirizados da Amazon – que incluem comissões e taxas de cumprimento – cresceram 34%, trazendo US$ 25,085 bilhões em relação ao ano passado. No Amazon Marketplace, muitas marcas de eletrônicos populares deixaram de ser vendidas depois que um relatório indicou que muitas delas estavam pagando aos clientes para deixar avaliações positivas.

Outra situação relativamente delicada enfrentada plataforma diz respeito à responsabilização por produtos defeituosos de terceiros vendidos em seu marketplace.

Por outro lado, o software de computação em nuvem da empresa, denominado Amazon Web Services, permaneceu lucrativo e o florescente negócio de serviços da Amazon está ganhando espaço na receita da empresa.

Prova disso é a crescente oferta serviços de remessa e atendimento a seus vendedores terceirizados. A empresa também ampliou seu negócio de publicidade. Por meio de sua recente onda de acordos de streaming de esportes e da aquisição da MGM, a empresa está se preparando para vender anúncios de alto custo até mesmo para grandes marcas sem presença na Amazon.

Embora a Amazon não divulgue especificamente a receita de anúncios, seu segmento “Outros” – a maior parte é a receita de anúncios – cresceu 83% neste trimestre, totalizando US$ 7,914 bilhões.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2021/08/02/amazon-amplia-receita-explorando-publicidade-e-servicos-de-varejo/

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Quando o entretenimento se transforma em venda: empresas de e-commerce apostam no conteúdo para aumentar o faturamento

Desde os primórdios da internet comercial já se sabe: qualquer empresa, independentemente da área de atuação, também é uma empresa de mídia. Primeiro foram os websites, depois vieram as redes sociais e os aplicativos. Saber apresentar-se no mais importante dos meios de comunicação é essencial para todo e qualquer negócio.

Mas algumas companhias estão levando a ideia muito mais longe. A parte do negócio da Amazon que mais cresce não tem a ver com varejo nem com os serviços de computação na nuvem da AWS: a Amazon está se transformando em uma potência da mídia.

No Brasil, um movimento semelhante está sendo liderado pelo Magalu. A companhia recentemente comprou três hubs de conteúdo – Canaltech, Steal the Look e Jovem Nerd.

Por que a gigante do varejo estaria entrando na área de conteúdo? Porque o Magalu já entendeu que o sucesso de seu negócio cada vez mais passa por comportar-se como uma empresa de mídia.

Um jornal ou uma emissora de TV vendem seus espaços publicitários para sustentar a produção de conteúdo. Para as empresas de comércio eletrônico, o objetivo é um pouco diferente: os anúncios não só trazem novas receitas como também que ajudam a vender mais.

Para descrever a estratégia do Magalu com a aquisição das startups de conteúdo, Leonardo Corrêa, gerente de publicidade da empresa, fala em “monetizar a audiência”.

“Quando a gente começa a adquirir empresas de conteúdo, estamos aumentando o nosso inventário [de espaços publicitários] e temos novas fonte de tráfego. São pessoas que podemos converter em clientes”, afirma Corrêa.

O Magalu ainda é um varejista. Mas a internet mudou e continua mudando o negócio do varejo. A concorrência está a um clique de distância, ou a um toque na tela do celular. Para vender mais, é preciso ter mais audiência. E é aí que entram os portais de conteúdo.

Com a compra recente de três empresas (Canaltech e Jovem Nerd, focados em tecnologia, e Steal the Look, de moda e decoração), a intenção da companhia é criar mais caminhos que levem ao site ou ao app do Magalu.

Corrêa aponta que o site Canaltech recebe 25 milhões de visitantes únicos por mês. Já o canal do YouTube do Jovem Nerd contabiliza mais de 1 bilhão de visualizações desde sua criação.

“Entendemos que a aquisição recente do Jovem Nerd é subapreciada”, diz um relatório recente do Bank of America. “Acreditamos que o site tem um posicionamento único como portal de comunicação para dezenas de milhares de desenvolvedores de software brasileiros.” Os analistas do banco acreditam que o site possa ajudar até mesmo no recrutamento de programadores.

Mas o objetivo primordial não é esse. Os portais também representam uma exposição muito maior para as marcas e vendedores que anunciam no Magalu.

“No segmento de tecnologia, com esses dois novos portais, nosso alcance foi multiplicado por dez vezes”, afirma Corrêa. É uma via de duas mãos: as startups de conteúdo trazem potenciais clientes e ao mesmo tempo ampliam a visibilidade dos anunciantes do Magalu.

A ideia de vender publicidade dentro de sites de comércio eletrônico não é nova. Assim como os supermercados cobram pela localização mais nobre dentro das lojas, há muitos anos as empresas de ecommerce destacam links patrocinados no resultado das suas buscas.

As dúvidas de Bezos
Mas um nome famoso não estava convencido disso: Jeff Bezos. No recém-publicado livro “Amazon Sem Limites”, o jornalista Brad Stone relata que o fundador e agora ex-CEO da Amazon considerava links pagos uma “quebra de confiança” na relação com o consumidor.

“Para Bezos, a santidade da experiência do cliente tinha precedência absoluta sobre quaisquer relações de negócios ou eventuais incrementos no balanço”, escreve Stone.

Foi só com muita insistência de executivos da companhia que Bezos aceitou expandir essa unidade de negócios. Hoje, ela é a que mais cresce dentro da Amazon.

A rubrica de “outros” – que significa essencialmente a venda de publicidade – gerou US$ 6,9 bilhões em receitas para a gigante varejista no primeiro trimestre deste ano. Foi um crescimento de 77% em relação ao mesmo período do ano passado.

Ter visibilidade na Amazon é fundamental. Desde 2018, a maioria dos consumidores americanos começa suas pesquisas por produtos usando o site ou o app da varejista, em detrimento do Google.

Isso significa um mercado enorme para links patrocinados, além da oportunidade de anunciar produtos que nem sequer são vendidos na Amazon, como seguros ou carros.

Com mais de 25 anos de história e um conhecimento profundo de seus clientes, a empresa começa a rivalizar com Google e Facebook – as duas maiores potências da publicidade on-line – na capacidade de apresentar a oferta certa para o cliente certo.

No longo prazo, a estratégia do Magalu é semelhante. Hoje, marcas ou vendedores do marketplace podem comprar anúncios nas propriedades da varejista ou nos sites parceiros.

O Magalu também faz um trabalho parecido com o de uma agência de publicidade, planejando a exposição dos anúncios nessa rede própria e nas do Google e do Facebook.

As possibilidades só estão começando a ser exploradas, diz Corrêa. “Posso fazer uma campanha de casa conectada, unindo tecnologia e decoração, atingindo o público do Steal the Look, por exemplo.”

Lives de compras
A mais nova fronteira da simbiose entre conteúdo e comércio é o que vem sendo chamado de “live commerce”. São lives dedicadas exclusivamente a mostrar e promover produtos em transmissões ao vivo pela internet.

Como muitas das novidades do comércio eletrônico, o “live commerce” surgiu na China. A estimativa é que essa modalidade movimente US$ 60 bilhões neste ano. Um levantamento da consultoria AlixPartners indica que dois terços dos consumidores chineses compram pelo live commerce atualmente.

O marketplace Taobao, do grupo Alibaba, é o líder dessa nova categoria e tem seus próprios influenciadores. Como tudo o que diz respeito ao mercado chinês, os números são estarrecedores.

Viya Huang, a mais popular celebridade do ecommerce, tem mais de 80 milhões de seguidores no Taobao Live. No Dia dos Solteiros de 2019, o equivalente chinês da Black Friday, estima-se que ela tenha vendido cerca de US$ 45 milhões em suas transmissões.

Uma sessão de live commerce é um misto de comercial, review e bate papo. O público pode tirar dúvidas, pedir para que certas funções sejam detalhadas ou que uma peça de roupa seja vestida, por exemplo.

A novidade já começa a aparecer no mercado americano – como a plataforma Amazon Live – e está no radar do Magalu, afirma Corrêa. Ao que tudo indica, vai ficar cada vez mais difícil distinguir onde termina o entretenimento e onde começam as vendas.

Fonte : https://www.infomoney.com.br/negocios/quando-o-entretenimento-se-transforma-em-venda-empresas-de-e-commerce-apostam-no-conteudo-para-aumentar-o-faturamento/

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Gigantes do varejo ampliam vantagem sobre redes menores em meio à pandemia

No ano da pandemia, o faturamento bruto das 120 maiores empresas varejistas do País cresceu 20%, de R$ 526 bilhões para R$ 632 bilhões. Mas o movimento não foi uniforme. Enquanto nas dez maiores companhias o faturamento cresceu quase 30%, nas dez menores houve uma queda de 22%. O resultado desse desempenho foi uma maior concentração no mercado, segundo dados do ranking do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (Ibevar) – Instituto de Administração (FIA), obtido com exclusividade pelo Estadão.

As vendas das 120 empresas representaram 13,6% do consumo das famílias brasileiras no ano passado. No período anterior foi de 11,6%. Segundo a pesquisa, as dez maiores empresas do varejo faturaram no ano passado R$ 317 bilhões, a metade do registrado pelo conjunto das 120 companhias.

O valor é 48 vezes maior do que o faturamento das dez menores desse ranking, de R$ 6,5 bilhões, um grupo composto por Livraria Saraiva, Inbrands (dona das marcas Ellus e Richards, entre outras), Giraffas, Lojas Avenida, Leader, Eletrosson, Restoque (das bandeiras Dudalina e Le Lis Blanc, entre outras), Le Biscuit, Óticas Diniz, Importadora e Exportadora de Cereais e ACDA.

“Numa situação de crise, os elos mais fracos sempre sofrem mais. E a pesquisa de 2020 mostrou isso de forma muito clara”, afirmou o presidente do Ibevar, Cláudio Felisoni de Ângelo, responsável pelo trabalho, publicado anualmente. Na avaliação de Ângelo, o processo de consolidação intensificado no ano passado vai continuar forte em 2021, ainda como efeito da pandemia.

Concentração maior

Embora não seja o setor mais concentrado do varejo, o segmento de supermercados teve o maior avanço no ano passado. A participação das cinco maiores empresas subiu de 54,5% para 58,3% – o faturamento dessas companhias subiu de R$ 137 bilhões para R$ 180 bilhões.

Já a participação da cinco líderes do setor de material de construção avançou de 83,9% para 86,5% e o de eletroeletrônico e móveis, de 86% para 88,4%. No caso de drogarias e perfumarias, a participação dos cinco maiores grupos passou de 77,7% para 79,2%.

O sócio-diretor da Gouvêa Consulting, Jean Paul Rebetez, destaca que a maior concentração no varejo verificada no ano passado não é um fenômeno apenas brasileiro, mas mundial. “Esse já era um movimento que vinha ocorrendo, mas foi acelerado pela pandemia.”

A explicação está no maior acesso das grandes empresas a recursos financeiros com um custo menor, maior inteligência em suas estruturas e mais tecnologia, além de recursos humanos de qualidade.

Outro elemento foi a transformação digital, que colocou as empresas mais próximas do consumidor. A partir da visão e necessidade dos clientes, as companhias passaram a criar produtos mais adequados aos usuários e comprar empresas que tenham soluções inovadoras para seus negócios. Exemplo disso é que, no primeiro quadrimestre deste ano, o número de aquisições de startups por grandes grupos cresceu 120%, segundo a plataforma de inovação Distrito.

“Essa aproximação da empresa com o consumidor não está só no e-commerce. Tem a ver com a jornada do consumidor, desde o primeiro contato com a empresa até o pós-venda. Tudo isso agora está sendo rastreado e monitorado”, afirma Rebetez. Na avaliação dele, aquelas empresas mais bem estruturadas financeiramente ficaram mais relevantes para continuar a ganhar tração.

Para o executivo, quem não estiver nesse caminho, que envolve maior digitalização e maior aproximação com os consumidores, poderá ter problemas daqui para frente. “O mundo está polarizado. Ou você lidera ou será liderado. O mercado de varejo ainda tem muito para amadurecer, e isso implicará maior concentração.”

Durante a pandemia, até mesmo empresas grandes que ainda não estavam preparadas para atender o público de forma online sofreram para encontrar continuar operando. “Teve muito grupo grande que teve de correr para se adaptar à nova realidade. Vimos até Casas Bahia anunciando venda por WhatsApp do vendedor”, diz o professor do Insper Silvio Laban. Segundo ele, se as empresas maiores tiveram essa dificuldade, imagina os negócios menores.

Mudanças no ranking

De acordo com o ranking Ibevar-FIA, o Carrefour repetiu no ano passado o resultado de 2019 como maior empresa de varejo do País, seguido pelo Grupo Pão de Açúcar. A novidade foi o Magazine Luiza, que agora é a terceira maior do setor, desbancando a Via, dona das Casas Bahia. Outro que caiu no ranking foi o grupo Big, que em 2019 estava em quarto lugar e, no ano passado, caiu para sexto lugar, atrás de Lojas Americanas.

Uma surpresa entre os 10 maiores foi o Grupo Mateus Supermercado, que subiu da 16.ª posição, em 2019, para a 10.ª em 2020. De acordo com a pesquisa, o faturamento da empresa dobrou de um ano para o outro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte : https://liberal.com.br/brasil-e-mundo/economia/gigantes-do-varejo-ampliam-vantagem-sobre-redes-menores-em-meio-a-pandemia-1576048/

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