Mais da metade dos brasileiros prefere falar com marcas por mensagens instantâneas, revela pesquisa

O estudo da Gupshup, intitulado “Business Messaging  e o Futuro da CX no Brasil“, revelou que 51,8% dos brasileiros agora preferem usar plataformas de mensagens instantâneas, como WhatsApp ou Telegram, para interagir com empresas. A preferência é ainda mais forte entre os jovens, 20% mais propensos a utilizar os canais, em comparação com as gerações mais velhas, especialmente para negociar preços de produtos ou serviços.

A pesquisa destacou a crescente importância das conversas bidirecionais no mercado brasileiro. Muitos consumidores valorizam diálogos em tempo real, tanto com marcas quanto com amigos e familiares. Esse cenário oferece oportunidades para as empresas estabelecerem relacionamentos confiáveis com os clientes, utilizando seus canais de comunicação preferidos.

Mensagens favoritas

Outro dado interessante da pesquisa é que, 11,7% dos brasileiros prefere responder uma mensagem de trabalho do chefe ou cliente, do que uma mensagem unidirecional de sua marca favorita oferecendo 50% de desconto (10,7%). No ambiente digital atual, os consumidores querem usar seus smartphones ara fazer compras rápidas e conversar com marcas como se fossem amigos, mantendo sua rotina atarefada sem encher a caixa de mensagens.

Essa nova dinâmica está mudando o equilíbrio de poder entre marcas e consumidores, exigindo que as empresas se adaptem para se comunicar onde e quando o cliente preferir. Integrar mensagens instantâneas às estratégias de atendimento ao cliente pode proporcionar interações mais personalizadas e eficazes.

Cada vez mais conectados

Os brasileiros passam, em média, mais de 9 horas por dia em frente a telas, distribuídas entre até quatro dispositivos diferentes. Isso transformou a maneira como consomem mídia, incluindo comunicações de marcas. Hoje, os consumidores de todas as idades buscam informações na web (58%), com amigos e familiares (47,9%) e nas redes sociais (26,2%).

Pesquisas anteriores mostram que os consumidores esperam das marcas a mesma confiabilidade e autenticidade que esperam de amigos. A nova pesquisa da Gupshup indicou que, se as marcas puderem se comunicar de maneira semelhante a um amigo, respeitando valores e preocupações com privacidade, poderão se tornar um “amigo confiável”.

A pesquisa “Voice of the Consumer 2024” da PwC reforça que as marcas bem-sucedidas protegem os dados pessoais dos clientes e os utilizam para oferecer serviços personalizados e experiências aprimoradas. Implementar IA para atender à demanda por conversas bidirecionais via chatbots também é uma alternativa.

Bruno Montoro, diretor da Gupshup para a América Latina, comentou sobre a evolução da experiência do cliente:

“Hoje, a experiência do cliente (CX) vai além da transação de vendas. Ela define o relacionamento entre uma marca e seu público antes mesmo de ele se tornar cliente e continua após a venda, em termos de fidelidade e suporte pós-venda. Este relatório foi encomendado para avaliar essas mudanças, especialmente no Brasil; como a jornada CX está mudando, o que está impulsionando esses desenvolvimentos e como as marcas devem reagir?”, disse.

Fonte: “Mais da metade dos brasileiros prefere falar com marcas por mensagens instantâneas, revela pesquisa – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

IA: Investimentos no setor logístico brasileiro crescem 46% e alcançam R$ 9,5 bilhões

Em 2023, os investimentos em Inteligência Artificial (IA) no setor logístico brasileiro cresceram 46% em comparação ao ano anterior, correspondente a US$ 1,9 bilhão — cerca de R$ 9,5 bilhões convertidos. Dados são do relatório “The State of AI in Logistics 2023” da consultoria McKinsey & Company, divulgado pelo Estadão.

De acordo com números da Grand View Research, no ano passado, foram investidos mais de US$ 880 bilhões globalmente em transformação digital. Até 2030, a expectativa é que esses investimentos cresçam em um ritmo anual de 27,6%.

A logística é um dos setores que mais investe em automação no mundo e também um dos mercados que mais se beneficia dos avanços da 4ª Revolução Industrial. Segundo a Precedence Research, em 2022, US$ 58 bilhões foram direcionados para a automação logística — e esses investimentos devem mais que triplicar até 2032, chegando a casa de US$ 196 bi.

As aplicações são diversas: dos sistemas de gestão de estoques e armazéns inteligentes WMS (Warehouse Management System) que auxiliam na preparação de pedidos, controle de entradas e saídas; ao planejamento do fluxo de mercadorias ou mesmo na tendência dos veículos e caminhões automatizados.

Um exemplo no Brasil é o sistema de classificação automática (Sorter) desenvolvido pelo Grupo MOVE3, que direciona produtos para os robôs AGVs utilizados pela companhia. Na prática, a novidade permitiu a distribuição de 17 mil volumes por hora em 127 saídas, com 113 indo diretamente para distribuição e 14 alimentando os 210 robôs AGVs que atendem cerca de 850 destinos.

Fonte: “IA: Investimentos no setor logístico brasileiro crescem 46% (mundologistica.com.br)

 

Por que os marketplaces B2C de nicho estão assumindo o controle do e-commerce

Hoje, segundo estudos, os marketplaces representam 67% das vendas globais do e-commerce, um salto em relação aos 40% de apenas uma década atrás — e seguem em ascensão. Esse segmento está cada vez mais popular, uma vez que compradores buscam por variedade, preços competitivos e conveniência.

Além disso, varejistas aprovam o formato por conta da amplitude e profundidade do que vendem, assim como os dados que podem recolher das vendas nas plataformas. No entanto, Amazon e Alibaba, por exemplo, acumularam uma escala e um capital tão significativos que estão se tornando uma “loja de tudo”. Diante disso, o Boston Consulting Group (BCG) trouxe um estudo sobre a atual oportunidade de crescimento dos marketplaces de nicho no comércio eletrônico.

Marketplaces de nicho

Diante dessa realidades, especialistas sugerem seguir um caminho diferente, adotando plataformas mais nichadas. Dessa forma, o varejista pode aprimorar suas ofertas padrão com produtos e categorias adjacentes. Porém, criar um marketplace especializado não é tão simples quanto construir uma plataforma tecnológica e alinhar vendedores.

Para facilitar o caminho para o sucesso nessa empreitada (que não é tão simples como um marketplace comum), identificou-se sete tópicos essenciais, que incluem:

  • uma proposta de cliente bem definida, vinculada à estratégia mais ampla de comércio eletrônico da empresa;
  • seleção inteligente de produtos de uma variedade de vendedores concorrentes;
  • e uma excelente experiência do cliente.

Por que os marketplaces geridos por varejistas decolaram

Para os varejistas, os marketplaces representam um novo modelo de negócios. Além de venderem os seus próprios produtos — muitas vezes referidos como produtos primários (1P) —, os marketplaces geridos por varejistas vendem produtos de vendedores terceiros (3P), com os operadores recebendo uma comissão por cada transação.

Os varejistas gerenciam o atendimento e a remessa de produtos 1P, e os vendedores de marcas 3P normalmente cuidam dessas atividades para seus próprios produtos. A dinâmica e o modelo de negócios dos marketplaces de varejo B2C são diferentes daqueles dos marketplaces B2B, que conectam compradores e vendedores empresariais.

O modelo de marketplace B2C ganhou popularidade e participação de mercado por vários motivos, entre eles:

Os consumidores gostam de marketplaces

De acordo com uma pesquisa da BCG, os marketplaces superam os sites de e-commerce tradicionais em seis dos nove aspectos que mais valorizam quando fazem compras online.

A variedade é um dos aspectos dos marketplaces que os consumidores adoram. Afinal, os marketplaces varejistas aumentam os SKUs em média 63% no primeiro ano de operação, de acordo com dados da Mirakl.

Outro ponto é que os consumidores aprovam os marketplaces devido às suas opções de entrega e preços competitivos. Isso por si só contribui para que 87% dos consumidores tenha a intenção de gastar a mesma quantia ou mais em compras em marketplaces no próximo ano.

Marketplaces são relativamente simples de operar

Um modelo operacional de marketplace permite que os varejistas ofereçam um vasto estoque, deixando para seus parceiros 3P a tarefa de lidar com o fornecimento, preços, promoções, merchandising e atendimento do produto. Essa eficiência permite aos varejistas ampliar de forma rápida e eficiente o sortimento. É possível adicionar novos vendedores ou SKUs aos marketplaces em questão de dias — tempo ainda inferior ao gasto para adicionar um novo produto em um e-commerce ou loja física, por exemplo.

Marketplaces varejistas geram dinheiro constantemente

Os operadores de marketplace normalmente ganham comissões de 8% a 15% em transações — no caso de moda, esse valor é de 25% a 30%. Vale mencionar que marketplaces exigem um pequeno investimento de capital para serem lançados e gerarem retornos elevados, contribuindo com uma margem EBITDA de 7% a 9%.

Marketplaces produzem dados valiosos

Ao monitorar as mudanças na variedade de produtos e nas vendas de vendedores terceirizados, os varejistas têm maior velocidade de análise de tendências emergentes e mudanças nas preferências dos consumidores (muito mais rápido do que se fosse por conta própria).

Com isso, podem usar os insights para gerenciar melhor seus negócios, tal qual personalizar as experiências dos clientes. E o mesmo vale para melhorar a segmentação de potenciais clientes, o que, em última análise, poderá ajudar a aumentar as receitas que obtêm das redes de meios de comunicação varejistas que mais deles operam.

A evolução do marketplace

Os marketplaces B2C online mudaram desde o surgimento dos primeiros marketplaces nativos digitais. Por conta da escala necessária para operar as plataformas, os varejistas aproveitaram para lançar marketplaces de nicho, a fim de se diferenciarem. Conforme pesquisa, 70% dos consumidores preferem comprar em marketplaces segmentados, frente a modelos que vendem de tudo. O motivo seria principalmente atendimento, preços e confiança nas marcas.

A base de clientes existente e as ofertas omnicanal dos varejistas contribuem no posicionamento e na operação dos marketplaces especializados. Normalmente, os varejistas já possuem tráfego significativo em seus sites, o que leva a um baixo custo de aquisição de clientes. Além disso, a presença das marcas, assim como a confiança e a fidelidade de seus clientes, contribuem para o aumento das vendas nesses marketplaces.

Varejistas que lançaram marketplaces de nicho nos últimos cinco anos tiveram um bom desempenho. Na Alemanha, por exemplo, a empresa Douglas (do segmento de saúde e beleza) lançou um modelo desses em 2019 e viu suas vendas sobrarem a partir de 2022. Em 2021, a Decathlon estabeleceu-se nesta configuração na Bélgica. Até 2026, é previsto que a empresa supere US$ 1,1 bilhões de dólares na Europa.

O mesmo vale para a Kingfisher, que lançou em 2022 um marketplace de bricolagem e melhorias para a casa no Reino Unido. O marketplace de nicho foi rentável desde o seu primeiro dia, e agora representa 41% das vendas totais de comércio eletrônico da empresa.

Sete chaves para o sucesso dos marketplaces liderados por varejistas

Diante de pesquisas e insights, especialistas identificaram que existem sete elementos essenciais para o sucesso dos marketplaces liderados por varejistas.

Proposta clara ao cliente vinculada à estratégia de comércio eletrônico existente

O lançamento de um marketplace permite aos varejistas expandirem sua variedade e volume de produtos, o que pode ajudá-los a acelerar sua estratégia comercial geral. Mas, para ter sucesso, um marketplace deve se adequar a:

  • proposta de cliente existente da empresa;
  • ofertas do comércio eletrônico;
  • experiência estabelecida ao cliente.

Por essas razões, os líderes devem supervisionar uma iniciativa de marketplace para garantir que o empreendimento cumpra esses objetivos e não seja apenas consolidado.

Ao lançar um marketplace, um varejista também deve deixar claro como ele difere das ofertas de outros players. Por exemplo, como é que o marketplace aproveita os seus ativos de varejo existentes para proporcionar uma vantagem competitiva? Um determinado varejista (que administra um marketplace de móveis, arte e joias de luxo) conquistou um nicho oferecendo itens novos e antigos, leilões e conexões com designers de interiores, além de publicar uma revista digital semanal.

Valor baseado em preços competitivos

Consumidores pesquisados ​​pelo BCG disseram que passariam a comprar em um marketplace administrado por varejistas, em vez de em uma “loja vende tudo”, se os preços fossem semelhantes. Os varejistas podem garantir que seus preços sejam competitivos hospedando vários terceiros que vendem o mesmo produto, por exemplo. Integrar uma ferramenta de preços competitivos semelhante à caixa de compra da Amazon na interface do usuário é uma maneira de fazer isso.

Essa ferramenta usa um algoritmo para mostrar aos clientes um vendedor de um produto específico de vários vendedores concorrentes com base em uma combinação de fatores como preço, velocidade de entrega e classificação do vendedor. A maioria dos principais marketplaces, incluindo os nativos digitais e os empreendimentos operados por varejistas, utilizam ferramentas de preços competitivos para impulsionar seu sucesso.

Curadoria inteligente de vendedores e produtos

Ao contrário de todas as lojas, os varejistas não podem se dar ao luxo de trabalhar com todo e qualquer vendedor terceirizado. Eles investiram muito em sua marca, reputação e relacionamento com os clientes existentes para se unirem a qualquer parte externa que possa colocá-los em risco. E consumidores entrevistados citaram a confiança em uma marca como o principal motivo pelo qual preferem comprar em um marketplace liderado por varejistas, em vez de em um marketplace gigante que vende de tudo.

Para proteger as suas marcas, varejistas devem selecionar o que está disponível nos seus marketplaces, o que exige encontrar um equilíbrio entre controle e escalabilidade. Os melhores varejistas fazem isso examinando cuidadosamente os vendedores e, em seguida, dando-lhes autonomia para oferecer o que quiserem dentro de determinadas barreiras comerciais.

Também é preciso instituir controles de qualidade, bem como processos para remover instantaneamente produtos não qualificados. O Walmart, por exemplo, faz verificações regulares para confirmar se os vendedores em seu marketplace mantêm uma taxa de defeito nos pedidos inferior a 2% e respondem aos e-mails dos clientes dentro de 24 horas, ambos especificados nos acordos de nível de serviço dos vendedores.

Uma experiência superior para o cliente

Os marketplaces podem ter o mix certo de preços, produtos e vendedores e ainda assim falhar por não oferecer uma experiência excelente aos clientes. Para os consumidores concluiu, as práticas de atendimento ao cliente no marketplace estão aquém das dos sites de varejo tradicionais — algo que os varejistas poderiam melhorar para se diferenciarem.

Investir excessivamente no atendimento ao cliente pode ajudar os varejistas a protegerem suas marcas. Uma das maneiras de fazer isso é fornecer continuamente recompras dentro do marketplace. Varejistas que usam suas lojas físicas para retiradas ou devoluções também criam um diferencial importante entre eles e os marketplaces digitais puros.

A variedade excessiva de produtos e a má navegação são outros obstáculos comuns na experiência do cliente em marketplaces operados por varejistas. Pesquisas anteriores do BCG descobriram que mais da metade dos compradores em marketplaces como Walmart e eBay tinham dificuldade para localizar os produtos desejados ou garantir os melhores preços.

Otimizar a capacidade de localização evita esses obstáculos. Funções sólidas de navegação e pesquisa, incluindo recursos abrangentes de classificação, podem colocar o produto certo na frente do cliente certo, no momento certo. O Alibaba, por exemplo, implementou um sistema avançado de navegação e personalização em todo o seu ecossistema com algoritmos sofisticados. No caso, oferecem aos utilizadores recomendações personalizadas a partir de um catálogo de mais de 200 milhões de produtos.

Uma experiência de vendedor superior que leva a um maior GMV

Criar uma experiência positiva aos vendedores é tão importante quanto suavizar os obstáculos no processo de compra dos compradores — e pode atrair mais vendedores para um marketplace de nicho. Isso é importante porque há uma relação direta entre vendedores, SKUs e o valor bruto da mercadoria (GMV) do varejista. Especialmente nos primeiros anos de um marketplace, ter mais vendedores leva a um maior GMV.

Normalmente, vendedores atuam em mais de dois marketplaces. Com base nos dados da Mirakl, 6 em cada 10 esperam aumentar o número de marketplaces com os quais fazem parceria no futuro. Para reter os vendedores existentes e atrair novos é essencial facilitar a integração dentro do marketplace. O mesmo vale no sentido de fornecer ferramentas e um ambiente de apoio que ajudem os negócios dos vendedores a crescer. Isso irá contribuir para experiências positivas que ajudam a reter os vendedores e, em última análise, aumentam o tráfego e o GMV.

Uma pilha de tecnologia escalável e flexível

Marketplaces exigem uma arquitetura tecnológica moderna para integrar os sistemas existentes a fim de oferecer suporte a recursos, como preços dinâmicos. Para se manterem competitivos, varejistas precisam acompanhar as mudanças tecnológicas e incorporar avanços como a IA generativa. O eBay, por exemplo, adotou recentemente IA para melhorar as descrições dos produtos.

É verdade que o desenvolvimento interno de tecnologia de marketplace permite mais personalização. No entanto, a terceirização de componentes de commodities de terceiros — como a tecnologia que administra a plataforma de marketplace de um varejista — pode reduzir o tempo para colocá-la em funcionamento. Isto pode levar a um ponto de equilíbrio mais curto e dar aos concorrentes menos tempo para recuperar o atraso.

A maioria dos varejistas trabalha com fornecedores de tecnologia para evitar a criação de capacidades internamente e investir o capital em outro local. A terceirização também permite aplicar mais energia em áreas de missão crítica, como a experiência do usuário. Sem contar que o uso de componentes padrão do marketplace com os quais os vendedores já estejam familiarizados poderia acelerar o processo de integração do vendedor (e reforçar a atratividade de um varejista como parceiro).

Serviços avançados

Varejistas que dominam os conceitos básicos podem adicionar serviços avançados aos seus marketplaces. Isso pode otimizar a sua proposta de valor junto de potenciais vendedores e, de quebra, aumentar o EBITDA do seu próprio marketplace em 3% a 5%.

Um dos serviços avançados mais importantes que estão sendo adicionados é o retail media. Por meio de suas redes, varejistas podem oferecer aos parceiros oportunidades de publicidade direcionada e de alta conversão em troca da coleta de dados de clientes (além de uma parte da receita de vendas). As margens das redes varejistas de meios de comunicação social podem ser superiores a 60% a 70% das receitas publicitárias recolhidas, substancialmente superiores às margens típicas em muitos setores varejistas.

No primeiro trimestre do ano fiscal de 2024, a publicidade global do Walmart cresceu 24%, liderada pelo aumento de 26% em sua rede de mídia varejista Walmart Connect. No mesmo período, a empresa informou que as vendas de anúncios nos EUA refletiram um crescimento de mais de 50% dos vendedores no seu marketplace.

Possibilidades de benefícios aos varejistas de marketplaces de nicho

Os varejistas com marketplaces maduros também estão adicionando monetização de dados. É possível agregar e vender os dados do marketplace sobre vendas ou tendências para vendedores 1P ou 3P — que podem usá-los para alterar preços, cronometrar promoções, lançar novos produtos ou otimizar o que oferecem de alguma outra forma.

Assumir o armazenamento, a entrega e outros serviços de atendimento é outro complemento natural. O braço terceirizado de atendimento do Walmart, que atende vendedores do seu marketplace, cresceu cinco vezes no valor bruto das mercadorias em 2021. Os varejistas podem oferecer outros complementos menores que ajudam no desempenho dos vendedores, incluindo tradução, produto e dados.

De uma forma geral, os marketplaces de varejistas online estão cada vez maiores. Por um lado, os consumidores gostam da seleção e dos preços. De outro, os varejistas gostam das oportunidades que os marketplaces oferecem para simplificar as operações e, ao mesmo tempo, dimensionar o que oferecem.

Fonte:”Por que os marketplaces B2C de nicho estão assumindo o controle do <nowrap>e-commerce</nowrap> – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

 

 

 

Saúde & Farma ganha alcance no e-commerce e tráfego chega a 137 milhões em 5 meses, aponta Conversion

Em mais uma edição mensal do Relatório Setores do E-commerce no Brasil, a Conversion destaca Saúde & Farmácia como único segmento que só cresceu em tráfego até abril de 2024. No recorte que tem início em dezembro do ano passado, o número de visitantes únicos em sites de e-commerce do gênero chegou a 137,3 milhões.

De acordo com o estudo, o crescimento neste período foi de 16%, mostrando um contraste positivo com um setor que cresce tanto em vendas online quanto no varejo físico. No e-commerce, especificamente, a receita das marcas de mais destaque em Saúde & Farma contabilizaram R$ 9,34 bilhões em 2022, segundo a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

No ranking geral entre as categorias, ela fica em quarto lugar como mais acessada por dispositivos móveis, atrás dos setores Infantil, Joias e Relógios e Calçados. Parte da razão pela boa colocação, como mostra a Conversion, está no fato de ser um dos setores que mais oferece descontos, principalmente frete grátis, um dos maiores incentivos à finalização de compra.

A respeito da origem do usuário no tráfego, dados da Conversion apontam que, no recorte de cinco meses, a maioria (82%) veio de dispositivos mobile, enquanto o restante (18%) usa desktops. O índice é válido para acessos a produtos ou serviços de Saúde & Farma.

Fonte: “Saúde & Farma ganha alcance no <nowrap>e-commerce</nowrap> e tráfego chega a 137 milhões em 5 meses, aponta Conversion – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

 

 

Como a tecnologia pode impulsionar o varejo de alimentos

A tecnologia tem desempenhado um papel crucial na transformação do mercado varejista de alimentos, influenciando significativamente as decisões de compra dos consumidores. Compreender esses efeitos é essencial para maximizar os benefícios que a tecnologia pode proporcionar.

Primeiramente, a tecnologia facilita o acesso a informações detalhadas sobre produtos. Consumidores podem consultar características, ingredientes e avaliações de outros clientes diretamente de seus dispositivos móveis, o que ajuda na tomada de decisão. Aplicativos de compras e websites de varejistas oferecem filtros de busca avançados, permitindo que os usuários encontrem exatamente o que procuram, seja por preço, marca ou valor nutricional.

A personalização é outro aspecto vital. Ferramentas de Inteligência Artificial analisam dados de compras anteriores e comportamentos de navegação para oferecer recomendações personalizadas. Isso não só melhora a experiência de compra, mas também aumenta a probabilidade de vendas adicionais, já que as sugestões são altamente relevantes para cada consumidor.

A conveniência proporcionada pelas tecnologias de pagamento também não pode ser subestimada. Sistemas de pagamento digital, como carteiras virtuais e aplicativos de pagamento por aproximação, tornam o processo de finalização da compra mais rápido e seguro. Além disso, a integração de programas de fidelidade e cupons digitais incentiva a lealdade do cliente, oferecendo descontos e recompensas personalizadas.

A logística e a gestão de estoque são outras áreas em que a tecnologia exerce um impacto significativo. Soluções de gerenciamento de inventário em tempo real garantem que os produtos estejam sempre disponíveis, evitando rupturas e excesso de estoque. Além disso, a automação de processos logísticos, como o uso de robôs em centros de distribuição, aumenta a eficiência e reduz custos operacionais.

No que diz respeito ao marketing, a tecnologia permite campanhas mais eficazes e direcionadas. Plataformas de análise de dados ajudam os varejistas a compreender melhor seus públicos-alvo, desenvolvendo estratégias de marketing que atingem diretamente as necessidades e os desejos dos consumidores. A utilização de redes sociais e publicidade digital também amplia o alcance e engajamento, promovendo produtos de maneira mais interativa e envolvente.

A experiência em loja também é transformada pela tecnologia. Sistemas de realidade aumentada (RA) e realidade virtual (RV) oferecem novas formas de interação, permitindo que os consumidores visualizem produtos em seus ambientes antes de comprá-los. Terminais de autoatendimento e quiosques digitais agilizam o processo de compra, enquanto tecnologias de reconhecimento facial e análise comportamental oferecem insights sobre as preferências e os padrões de compra dos clientes.

Adicionalmente, a crescente tendência de sustentabilidade no mercado varejista é suportada por tecnologias que monitoram e reduzem o desperdício de alimentos. Sistemas de rastreamento da cadeia de suprimentos garantem a transparência e segurança dos produtos, enquanto tecnologias de conservação avançadas aumentam a vida útil dos alimentos, contribuindo para uma gestão mais sustentável.

Por fim, a tecnologia impulsiona a inovação contínua do setor. Startups e empresas de tecnologia estão constantemente desenvolvendo novas soluções que atendem às demandas emergentes dos consumidores, como plataformas de entrega rápida e serviços de assinatura de alimentos frescos.

Em resumo, a tecnologia deve ser vista como uma aliada poderosa do mercado varejista de alimentos, proporcionando benefícios que vão desde a personalização da experiência de compra até a otimização da logística e marketing.

Ao adotar e integrar essas tecnologias de forma estratégica, os varejistas podem não só atender melhor às expectativas dos consumidores, mas também ganhar vantagem competitiva em um mercado cada vez mais dinâmico e desafiador.

Fonte: “Como a tecnologia pode impulsionar o varejo de alimentos – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

Brasileiros gastam entre R$ 151 e R$ 350 por mês em produtos de beleza

Perfumes e desodorantes lideram as escolhas dos consumidores.

Os brasileiros estão dispostos a investir em itens de beleza. Um levantamento da fintech Koin aponta que 30,9% dos consumidores dizem gastar entre R$ 151,00 e R$ 200,00, enquanto 22,8% dos respondentes disseram gastar entre R$ 251,00 e R$ 350,00. Já 27,5% desembolsam entre R$ 51,00 e R$ 150,00, 6% entre R$ 500,00 e R$ 1.000,00, e apenas 2% estão dispostos a investir acima de R$ 1 mil em itens de beleza mensalmente.

Perfumes e desodorantes (74,6%) lideram as escolhas dos consumidores brasileiros, seguido de produtos para cabelo (59,5%), maquiagem (25,7%), skincare (24,9%) e produtos para unha/cutícula (3%).

Formas de pagamento

Quanto à forma de pagamento, a pesquisa mostra que 62,1% dos consumidores optam por pagar as compras de forma parcelada, enquanto 37,9% pagam suas compras à vista. A opção em até duas vezes foi escolhida por 32,7% dos entrevistados, seguido por aqueles que preferem pagar em até cinco vezes (19,7%), e mais de cinco vezes (9,8%).

As opções de pagamento parcelado revelaram que o Pix vem ganhando espaço na decisão final do consumidor brasileiro. A versão “original” do Pix foi escolhida por 14,2% dos compradores, uma diferença pequena em relação ao Pix parcelado, com 9,2% de preferência.

“O setor de beleza é muito forte no país, e as diferentes formas de pagamento têm sido cada vez mais adotadas pelos consumidores brasileiros. As opções de parcelamento são fatores relevantes na decisão de compra e vem ganhando força na escolha do usuário final”, ressalta Juana Angelim, COO (Chief Operating Officer) da Koin.

Os estudos indicam que a maioria dos brasileiros pretende manter ou aumentar as compras de produtos de moda (68%) e beleza (83%) ao longo dos próximos 12 meses.

Fonte: “Brasileiros gastam entre R$ 151 e R$ 350 por mês em produtos de beleza – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

Amazon entra na era da AdTech baseada em IA

Empresa lança Ad Relevance, que analisa bilhões de sinais de navegação, compra e streaming para endereçar anúncios no marketplace sem cookies.

Através de um comunicado global do diretor de Produtos Amazon DSP, Brian Tomasette, a Amazon Ads acaba de anunciar o lançamento de uma nova oferta em AdTech, a Ad Relevance. A novidade é baseada em Inteligência Artificial (IA) e chega na esteira da iminente desativação dos cookies de terceiros, que irá impactar diretamente o direcionamento de anúncios online.

A Ad Relevance analisa bilhões de sinais de navegação, compra e streaming, em conjunto com informações em tempo real sobre o conteúdo visualizado, para entender a jornada de compra e veicular anúncios relevantes para os clientes dos anunciantes na plataforma Amazon.

Segundo Brian Tomasette, a próxima geração de AdTech será alimentada por modelos avançados de IA e aprendizado de máquina que não exigem cookies de terceiros ou identificadores de anúncios. Ele virá com tecnologia simplificada, o controle e a transparência que os anunciantes esperam, e relacionamentos mais próximos entre marcas, editores e serviços de terceiros.

Endereçabilidade e tecnologia de publicidade

Tomasette afirma que os cookies estão sendo gradualmente eliminados, e a indústria já não pode confiar numa única informação para conectar anunciantes, clientes e serviços de publicidade para promover a entrega de anúncios relevantes.

“Essa falta de visibilidade dos principais atributos, como sinais de compra e de interação com anúncios em diversas propriedades, se torna um desafio para os serviços tradicionais de publicidade digital, que precisam entender o que cria experiências significativas, qual conteúdo gera conversões com públicos relevantes e como otimizar a publicidade ao longo da jornada do cliente para maximizar engajamento e vendas”, explica o executivo. “No entanto, a Amazon Ads investiu anos no desenvolvimento de uma nova geração de AdTech que não precisa de cookies de terceiros, e já estamos ajudando os anunciantes a navegar essa transição”.

A nova abordagem Ad Relevance da Amazon Ads irá determinar oportunidades relevantes em todos os lugares em que são veiculados anúncios. A tecnologia se baseia no amplo entendimento da Amazon Ads sobre aquilo que cria ótimas experiências e a conexão que essas experiências têm com interações em anúncios, interesse em produtos, categorias e cadência de ações ao longo da jornada de compra.

Tomasette explica que ela usa o que há de mais moderno em tecnologia de IA para analisar bilhões de sinais de navegação, compra e streaming, em conjunto com informações em tempo real sobre o conteúdo visualizado para entender onde os clientes estão em suas jornadas de compra e veicular anúncios relevantes em vários dispositivos, canais e tipos de conteúdo sem cookies de terceiros.

“Essa tecnologia já potencializa muitas ofertas da Amazon Ads, incluindo Amazon Audiences, Contextual Targeting e Performance+, e está proporcionando um impacto significativo para as marcas, incluindo a extensão da capacidade de endereçamento em até 65% das impressões anteriormente anônimas, reduzindo os CPMs em até 34% e melhorando os CPCs em 8,8% – tudo isso com entrega de orçamento de 100%”, pontua Tomasette.

Simplificação com controles e transparência

Para a Amazon, a simplificação da compra de mídia programática é necessária para o futuro da AdTech, que precisa levar em conta a gama cada vez mais fragmentada de serviços de mídia e tecnologia, e que isso não deve ser feito em prejuízo do controle e da transparência. No entendimento da Amazon, os anunciantes têm a tarefa de construir e proteger sua marca, e conhecer o valor de seus investimentos.

“Isso requer capacidade de controlar quando e onde os anúncios são veiculados e manter um conhecimento profundo do desempenho de suas campanhas. Nosso objetivo é resolver isso simplificando tarefas fundamentais de marketing, como planejamento, ativação e medição, ao mesmo tempo em que fornecemos aos anunciantes os controles e a transparência que eles esperam”, diz Tomasette.

Já com a criação doPerformance+, a Amazon traz aos anunciantes a oportunidade de aproveitarem mais facilmente o poder da Ad Relevance na compra de mídia programática. “Os anunciantes precisam apenas conectar seus insights de publicidade e definir o KPI que desejam alcançar, e os nossos modelos avançados de IA e aprendizado de máquina trabalham pelos resultados desejados”, detalha Tomasette.

Performance+ também simplifica a compra programática com relatórios transparentes sobre estratégias criativas, canais, públicos-alvo alcançados e controles eficazes para garantir que os anúncios cheguem à audiência desejada. Os anunciantes carregam sinais de negócios por meio da tag de anúncios e da API de conversão da Amazon Ads. Em seguida, os modelos avançados de IA e aprendizado de máquina do Performance+ usam essas informações para otimizar campanhas automaticamente.

Um ótimo exemplo disso é a Cox, uma empresa de telecomunicações, que usou o Performance+ para atrair mais visitantes do site com base em seus sinais de engajamento on-line via call center, levando a uma melhoria de 40% no CPA.

Cloud potencializando soluções e otimizando a experiências de anúncios

Com a fragmentação dos canais de publicidade e a gama de prestadores de serviços, os anunciantes precisam agora de muito mais ajuda para simplificar o acesso e a gestão destas relações, e a Amazon também explora a tecnologia e a nuvem para auxiliar seus anunciantes nessa jornada.

A Amazon Marketing Cloud é outro exemplo de como a Amazon oferece controle aos anunciantes e melhora a transparência para ajudá-los a obter insights que gerem maior valor comercial. Um serviço que permite que as marcas reúnam com segurança sinais próprios e de terceiros para entender as jornadas dos clientes, construir e descobrir audiências e ativá-las em todos os canais.

A empresa de telecomunicações Cox também trouxe seus registros de conversão offline para a Amazon Marketing Cloud e realizou uma análise de atribuição personalizada. Com isso, ela entendeu que os clientes que converteram depois de ver os anúncios da Amazon Ads têm, em média, uma pontuação de valor vitalício 9% maior entre todos os seus novos clientes.

Tomasette explica que a companhia criou o Amazon Publisher Cloud para aproximar anunciantes e editores. É o único serviço de que permite aos editores analisar seus sinais junto aos sinais dos anunciantes e da Amazon Ads para criar ofertas personalizadas na Amazon DSP. Por exemplo, um editor pode entender como sua audiência da Amazon Ads procura produtos para animais de estimação ou utensílios de cozinha, e criar uma oferta para uma marca que deseja alcançar esses clientes no mercado. Essas ofertas ficam facilmente acessíveis para os anunciantes no Amazon DSP Inventory Hub. Anunciantes como Dotdash Meredith, FOX e Tubi via AdRise, Hearst Magazines, NBCUniversal, Newsweek, Warner Bros. Discovery, The Washington Post e outros já estão usando o Amazon Publisher Cloud.

Com Amazon Publisher Services Connections Marketplace, os editores se conectam facilmente a serviços de publicidade de terceiros, como provedores de identidade de anúncios, oferecendo aos anunciantes mais opções para envolver o público desejado. E o lançamento – ainda em beta – do Signal IQ, nova solução de medição que irá ajudar os editores a quantificar o desempenho de seus sinais do lado da oferta, começando com identificadores de anúncios de terceiros, completam o ecossistema AdTech da companhia. “Os editores podem usar o Signal IQ para medir, comparar e otimizar seus investimentos em sinais para refinar estratégias e se alinhar melhor com as necessidades dos anunciantes”, pontua Tomasette.

Certamente com o apoia da IA o futuro da endereçabilidade de publicidade digital, se for bem construído, beneficiará clientes, anunciantes e editores. Um caminho que segundo Tomasette ainda está longe de ser totalmente trilhado. “Embora tenhamos feito avanços significativos, não estamos nem perto de terminar”, conclui o executivo. “A Amazon Ads continuará a ser um centro de inovação na indústria publicitária à medida que nos esforçamos para criar conexões significativas entre clientes e marcas em todo o mundo”.

Fonte: “Amazon entra na era da AdTech baseada em IA – Consumidor Moderno

Quatro fatores que influenciam as divergências entre o comércio eletrônico no Brasil e em países asiáticos

Ao mesmo tempo em que o comércio eletrônico revoluciona a forma como a população consome produtos e serviços, o setor também se estabelece como uma força poderosa no cenário econômico global. Impulsionado por avanços tecnológicos, aumento da conectividade e mudanças no comportamento do consumidor, que incluem as alterações pós-restrições de isolamento, o Brasil é um dos países que testemunharam esse notável crescimento nos últimos anos.

De acordo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, em 2023, as vendas do setor chegaram a R$ 185,76 bilhões, um aumento de 10% em comparação ao ano anterior, representando mais de 10% das vendas no varejo. No entanto, quando comparado ao mercado asiático, torna-se evidente que essas regiões têm trajetórias distintas quando falamos em e-commerce.

Na China, por exemplo, dados da empresa de pesquisa de mercado e Marketer, referentes a janeiro e a fevereiro de 2021, apontaram que as vendas efetuadas em lojas digitais ultrapassaram o total de todas as vendas realizadas em estabelecimentos físicos, representando 52,1% do consumo total. Em segundo lugar, ficou a Coreia do Sul, com 28,9%.

Mesmo com o sucesso de marcas entre os brasileiros – dos dez e-commerces mais acessados no país, um quarto é asiático, segundo o Relatório de Setores do E-commerce, divulgado pela Conversion -, há alguns fatores que influenciam essas divergências, como adoção tecnológica, infraestrutura logística, regulamentações governamentais e o impacto da cultura das nações. Abaixo, deixo a explicação e comparação sobre cada um deles:

1. Adoção tecnológica

O primeiro ponto a ser mencionado está relacionado à comparação tecnológica entre as nações. Enquanto os países asiáticos, especialmente a China, se destacam como líderes incontestáveis em inovação e adoção tecnológica há tempos, o Brasil ainda enfrenta desafios relacionados à infraestrutura digital e ao acesso à internet em algumas áreas remotas do país. Apesar da alta penetração de dispositivos móveis entre os brasileiros, que se configuram em 5º lugar no ranking de usuários de smartphones do mundo, segundo um estudo divulgado pelo The Word Bank e Statista, enquanto a China está na primeira posição, a disponibilidade de conexões de internet de alta velocidade em âmbito nacional é um fator crucial para o crescimento do setor e, nesse aspecto, os países asiáticos têm uma vantagem bem considerável. Além disso, soluções de pagamento digital e o uso generalizado de plataformas de mídia social como ferramentas de comércio eletrônico também são características proeminentes do mercado asiático que destacam sua posição de vanguarda tecnológica.

No entanto, nos últimos anos, o Brasil tem avançado gradualmente em termos de tecnologia, com um número crescente de empresas e consumidores adotando soluções digitais para compras online, além da chegada do 5G ao país.

2. Infraestrutura logística

Neste tópico, novamente é ponto para a Ásia. Enquanto os países do continente têm se destacado por suas infraestruturas logísticas altamente eficientes e avançadas, o Brasil enfrenta desafios relacionados à sua vasta extensão territorial, complexidade tributária e infraestrutura de transporte menos desenvolvida em algumas áreas. Na Ásia, notavelmente na China, gigantes do e-commerce têm estabelecido redes logísticas extremamente eficazes, com sistemas de entrega rápida e serviços inovadores, permitindo que os consumidores recebam seus pedidos em prazos reduzidos. Além disso, a adoção de tecnologias como a inteligência artificial e o uso de drones e veículos autônomos para entregas têm impulsionado ainda mais as entregas. Por outro lado, o Brasil enfrenta desafios logísticos devido à sua vasta geografia e infraestrutura de transporte menos desenvolvida, o que pode resultar em prazos de entrega mais longos e custos mais elevados.

É importante destacar que o Brasil tem buscado melhorar sua infraestrutura e enfrentar esses desafios, buscando soluções inovadoras para tornar as operações de e-commerce mais ágeis e eficientes, mas ainda está longe do ideal. Segundo pesquisa da Quanta Consultoria, cerca de R$ 267 bilhões em entregas perdem movimentação no mercado devido à dificuldade de locomoção no país.

Analisando, hoje, no país, pouquíssimas empresas são autorizadas a fazer entregas por meio de veículos aéreos não tripulados do tipo drones, por exemplo, o que pode ser uma incrível solução para esse problema. Uma pesquisa realizada pela Drone Industry Insights estima que, até 2026, esse recurso pode ajudar a movimentar aproximadamente US$ 373 milhões anuais, se atingir os investimentos necessários pela indústria local.

Apesar das diferenças notáveis, a comparação logística entre o Brasil e a Ásia revela a importância crítica da logística no sucesso do comércio eletrônico e ressalta a necessidade contínua de melhorias para impulsionar o crescimento sustentável do setor em ambas as regiões.

3. Regulamentações governamentais

Enquanto alguns países asiáticos têm implementado políticas pró-inovação e incentivado o desenvolvimento do e-commerce, o Brasil ainda enfrenta um cenário regulatório mais complexo e muitas vezes restritivo. A China, por exemplo, criou zonas de livre comércio e desenvolveu programas específicos para promover a expansão do e-commerce, enquanto o Brasil lida com questões relacionadas a impostos, burocracia e regulamentações fiscais que podem dificultar a operação de empresas do setor, especialmente para pequenos empreendedores. Além disso, as regulamentações de proteção ao consumidor e privacidade de dados podem variar entre as duas regiões, afetando a confiança do consumidor nas compras online. Embora o Brasil tenha feito esforços para modernizar suas leis e regulamentações relacionadas ao e-commerce, a comparação com a Ásia destaca a importância de uma abordagem governamental favorável e ágil para promover um ambiente propício ao crescimento do digital, estimulando a inovação e protegendo os direitos dos consumidores.

4. Impacto cultural

É claro que não posso deixar de citar outro fator extremamente relevante: a cultura das populações. Enquanto o Brasil é marcado por uma diversidade cultural rica com influências de diferentes origens étnicas, a Ásia é uma região composta por nações com culturas distintas e milenares. Essas características culturais moldam os hábitos de compra e as expectativas dos consumidores em cada local.

No Brasil, a interação social e o aspecto lúdico das compras são valorizados, e a preferência por lojas físicas ainda é alta, especialmente em certas categorias de produtos. Segundo um estudo divulgado pelo Melhor Envio, Moda é a categoria que mais vende na internet entre os brasileiros. Já na Ásia, a cultura de negociação e a importância dada ao coletivismo e às opiniões sociais são refletidas nas decisões de compra e na influência das redes sociais no e-commerce. Segundo dados divulgados em junho pelo Ministério de Comércio da China, oito das 18 categorias de bens monitoradas pela entidade registraram crescimento de dois dígitos no primeiro semestre de 2023 – especificamente as vendas de ouro, prata e joias aumentaram 33,5%, enquanto as vendas de equipamentos de comunicação aumentaram 23,3%.

A percepção de segurança nas transações online e a confiança nas marcas também são influenciadas pelas normas culturais em cada região. Enquanto a cultura chinesa é baseada em valores coletivistas, em que a lealdade à família, à comunidade e às marcas é valorizada, o Brasil, sendo uma cultura de alto individualismo, valoriza a confiança pessoal nas transações.

No ranking da América Latina e Caribe, divulgado pela Fortinet, o Brasil é o segundo com mais registros de ataques cibernéticos. Por isso, os brasileiros também podem ser mais cautelosos em relação às transações online. A segurança das informações pessoais é um fator crucial na construção da confiança do consumidor. Enquanto isso, a China é líder global no uso de pagamentos móveis.

Ambos os países possuem características culturais distintas que moldam a forma como os consumidores percebem a segurança nas transações online e confiam nas marcas. Portanto, as empresas que operam nesses mercados devem estar cientes dessas nuances culturais e adaptar suas estratégias de marketing e segurança de acordo com as expectativas dos consumidores locais. A construção da confiança do cliente e a segurança de suas informações são essenciais para o sucesso das operações online em ambos os países.

Fonte: “Quatro fatores que influenciam as divergências entre o comércio eletrônico no Brasil e em países asiáticos – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

74% dos clientes desistem de compras online por excesso de publicidade

Enquanto 75% dos consumidores reclamam de anúncios excessivos, 63% sentem-se frustrados por produtos esgotados, aponta Accenture.

A publicidade excessiva em plataformas de comércio eletrônico pode ser um obstáculo significativo para a conversão de compras online. Quando consumidores são submetidos a uma quantidade excessiva de anúncios, uma situação que muitos imaginam ser positiva por oferecer mais opções, o consumidor na verdade pode começar a se sentir aborrecido e desmotivado para realizar compras. Isso pode levar a uma perda de confiança nas plataformas online e, consequentemente, a uma redução significativa nas taxas de conversão.

Além disso, a publicidade excessiva pode também causar um efeito de “overexposição”, onde os consumidores começam a ignorar anúncios ou mesmo a desativar as notificações sem nem se quer notá-los de forma atenta, tornando o que seria uma vantagem para as marcas a forma mais difícil para alcançar seus objetivos de marketing.

A pesquisa “The Empowered Consumer” da Accenture, baseada em um questionário realizado com 19 mil consumidores em 12 países, corrobora essa análise. O estudo aponta que 75% dos consumidores reclamam do excesso de publicidade, resultando na desistência de 74% das compras nos últimos três meses de 2023.

O relatório oferece novos insights sobre as experiências na tomada de decisão dos consumidores nos setores de varejo, viagens e bens de consumo, além de enfatizar a necessidade urgente de marcas aproveitarem o poder transformador da IA generativa (GenAI) para reduzir o “ruído” em torno da tomada de decisõese aumentar o envolvimento, a fidelidade e as vendas.

A pesquisa também descobriu que a maioria das pessoas (73%) se sentem “inundadas” por muitas opções e 71% não vê nenhuma melhoria ou até aumento de tempo e esforço necessários para tomar uma decisão de compra. Tal número é composto por 41% que acham que ficou mais difícil e 30% que não veem mudanças. Outros 29% acreditam que leva menos tempo e esforço.

Reinvenção na era da GenAI

O relatório afirma que o empoderamento dos consumidores por meio da IA generativa, de outras tecnologias e de novas formas de trabalhar mudará a forma como as pessoas pensam sobre as marcas. Para a Accenture, as empresas podem fazer mudanças fundamentais nas etapas de descoberta, conversão e fidelidade para reinventar o processo de tomada de decisão, as relações que têm com consumidores e o papel que desempenham nas suas vidas. A vantagem de quem for pioneiro neste processo será especialmente importante para empresas focadas no consumidor que pretendem capturar valor da GenAI em todas as partes do negócio de forma rápida e em grande escala

Oliver Wright, diretor-executivo e líder global da Prática da Indústria de Bens de Consumo e Serviços da Accenture, espera que nos próximos três anos a adoção dessas tecnologias GenAI pelos consumidores gere a reconsideração sobre o que e como eles decidem comprar, a partir de costumes observados por décadas. “Isso porque os consumidores estão nos dizendo que utilizarão soluções conversacionais de GenAI para os ajudar a pesquisar e comprar produtos e experiências, e estas ferramentas irão ultrapassar as mensagens tradicionais de vendas e marketing que, até então, têm sido modelo dominante no consumo. Esta será provavelmente a maior oportunidade de ganhar ou perder participação de mercado que as empresas de consumo viram na memória recente”.

IA generativa de forma holística

De acordo com o relatório, os próprios consumidores procuram cada vez mais formas de aliviar a carga de trabalho e começam a ver como a GenAI pode assumir parte do trabalho operacional. A Accenture observou, com base em conversas com executivos de todos os setores, que os consumidores estão no caminho certo para adotar orientadores alimentados por IA generativa de forma rápida e em grande escala ao longo dos próximos dois anos. Na verdade, metade (51%) dos respondentes disseram estar abertos ao uso de soluções de IA conversacional.

“A GenAI tem o potencial de entregar recomendações extremamente relevantes aos consumidores imediatamente, seja o sanduíche que atende às suas necessidades dietéticas, a refeição em família que cabe no seu orçamento semanal ou os cuidados de pele personalizados que realmente atendem às suas necessidades”, Wright acrescentou.

O material também enfatiza a importância de olhar para os principais processos operacionais de forma holística e usar IA generativa para gerar valor em escala. Por exemplo, empresas de viagens inovadoras estão examinando como a reinvenção do processo de reserva pode funcionar como um catalisador para desbloquear valor em toda a experiência de viagem.

“Planejar uma viagem pode muitas vezes parecer um processo desarticulado e cansativo, à medida que os consumidores enfrentam o enorme volume de conteúdo e publicidade de marcas e influenciadores de viagens concorrentes”, disse Emily Weiss, diretor executivo e líder global da Prática da Indústria de Viagens da Accenture. “A IA generativa tem o potencial de simplificar, acelerar e enriquecer a experiência de reserva de viagens, fornecendo imagens, sons e informações e agindo como um ‘influenciador de viagens’, elevando recomendações personalizadas em tempo real para ajudar os consumidores a se sentirem mais confiantes, informados e engajados. Pode atuar como um parceiro criativo para profissionais de marketing de viagens em design, pesquisa e criação de conteúdo, fornecendo um marketing mais direcionado e intuitivo para que os consumidores possam passar mais tempo aproveitando a experiência. No entanto, à medida que a adoção da tecnologia GenAI cresce, é importante que as empresas considerem os seus diferenciais competitivos, uma vez que as experiências podem começar a misturar-se entre as marcas”.

Relacionamento com os consumidores

Acertar os princípios básicos continua sendo um desafio quando se trata de oferecer experiências de compra que façam com que os consumidores voltem. A pesquisa descobriu que, embora seis em cada 10 (62%) consumidores considerem alguma parte da experiência de compra divertida ou emocionante, um número semelhante (63%) sentiu-se frustrado e desapontado porque o produto que desejam comprar está esgotado.

“Quando se trata de inspiração e descoberta de produtos, os consumidores estão programados para interações mais naturais, conversacionais e entre humanos”, disse Jill Standish, diretor-executivo e líder global da Prática de Varejo da Accenture. “A GenAI oferece a oportunidade de visualizar toda a jornada de compra, desde a inspiração, até a idealização e a transação, como parte de uma conversa única, contínua e natural. Para os varejistas, a GenAI oferece a oportunidade de manter o consumidor dentro de sua experiência de marca, vinculando recomendações de produtos em estoque e prontos para serem adicionados ao carrinho de compras, além da chance de obter mais informações sobre sua base de clientes existente para programas de fidelidade e oportunidades de upsell”.

Fonte: “https://consumidormoderno.com.br/compras-online-publicidade/”

O desafio da transformação no varejo brasileiro, segundo a Visa

A Consumidor Moderno visitou a Visa Brasil para entender como a Inteligência Artificial contribui com a adaptação a cenários adversos.

O varejo vive atualmente uma série de transformações, descobertas e aprendizados. A adaptação dos negócios a essas mudanças, porém, muitas vezes se depara com grandes dificuldades. Isso levanta a questão: essas dificuldades são resultados de problemas estruturais das empresas ou refletem apenas condições econômicas adversas?

Para superar esses desafios, os varejistas têm buscado inovações, especialmente na adoção de novas tecnologias de pagamento. A Consumidor Moderno foi até à sede da Visa em São Paulo para saber como a empresa tem utilizado Inteligência Artificial para melhorar a aprovação de compras, gerenciar fraudes e melhorar o fluxo de aprovação de transações. Um exemplo prático é o desenvolvimento de soluções que permitem a liberdade de pagamentos com cartão de crédito e débito através de smartphones, oferecendo uma alternativa mais acessível e prática para pequenos comerciantes.

“A Visa saiu de uma visão antiga, não nossa, de como era percebida, sendo apenas uma empresa que lidava com emissões de cartões, para uma empresa que é absoluta de tecnologia e oferece soluções tecnológicas.”, pontua Fernando Pantaleão, vice-presidente de soluções para o varejo da Visa Brasil. “A IA faz parte das operações da Visa, pois lidamos com um grande volume de informações. Estamos presentes em 200 países e o volume de transações de pagamento é gigantesco. Quanto mais informações temos, maior é a riqueza gerada”, complementa.

Fonte: “https://consumidormoderno.com.br/desafio-varejo-brasileiro/”