Pacote de R$ 165 bilhões do governo pode ter impacto positivo para bancos e varejistas, dizem analistas

Bancos com maior exposição a crédito consignado e varejistas de itens básicos tendem a ser beneficiados,

O pacote do governo que pretende injetar até R$ 165 bilhões na economia brasileira antes das eleições promete ser positivo para bancos e varejistas, na avaliação de alguns analistas. Entre as medidas anunciadas no último dia 17, estão a antecipação de pagamento do 13º salário para aposentados e pensionistas da Previdência e a possibilidade de sacar até R$ 1 mil do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), até 15 de dezembro deste ano.

Para o UBS, os estímulos devem ajudar a diminuir o volume de empréstimos bancários não pagos (NPL, na sigla em inglês), melhorando a qualidade dos ativos das instituições financeiras. “Vemos essas medidas como positivas para a dinâmica da qualidade dos ativos dos bancos brasileiros no curto prazo, pois ajuda a postergar um esperado aumento na inadimplência”, escreveram os analistas Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Kaio Prato.

O programa do governo também contempla um aumento de margem do empréstimo consignado para beneficiários do INSS, que passa de 35% da renda para 40%. “Essa expansão do limite deve estimular o crescimento do crédito consignado, que representa 19% do total de crédito às famílias, atrás apenas do crédito imobiliário, que representa 30%”, ressalta o UBS. O novo limite também impacta beneficiários de programas sociais, como o Auxílio Brasil.

Diante dessa análise, o UBS reforça a recomendação de compra para ações de quatro bancos: Bradesco (BBDC4), com preço alvo de R$ 28 para a ação BBDC4 (potencial de valorização de 32,2%); Itaú Unibanco (ITUB4), com preço alvo de R$ 30 (potencial de valorização de 14,7%); Banco Inter (BIDI11), com preço alvo de R$ 46 (potencial de valorização de 152,2%); e Nubank (NUBR33), com preço alvo de R$ 13 (potencial de valorização de 68%).

O UBS também vê os estímulos do governo federal como “marginalmente positivos” para o varejo, levando em conta que as medidas podem aumentar a renda disponível dos brasileiros em 2022. Nesse caso, varejistas voltadas a categorias essenciais, como mantimentos, e orientadas à clientela de baixa renda, tendem a ser mais favorecidas. Os analistas Vinicius Strano, Rodrigo Alcantara e Igor Spricigo citam Assaí (ASAI3) e Carrefour Brasil (CRFB3) .

“A nosso ver, a aprovação do projeto não deve ter impacto relevante na originação sobre a folha de pagamentos, pois é voltado à população de baixa renda, que depende fortemente desses benefícios”, afirma análise do Bradesco BBI. O texto destaca os bancos com maior exposição ao crédito consignado: Banrisul, com 44,9% da carteira nessa modalidade de empréstimo; Banco Pan, com exposição de 44,5%; e Banco do Brasil, com 13,6% da carteira em crédito consignado.

Divulgado o 45º Relatório Webshoppers da NielsenIQ Ebit, com as principais movimentações do E-commerce em 2021

O assunto e-commerce ganhou importância sem precedentes no último ano e a NielsenIQ Ebit, como líder em medição de varejo e consumo, está empenhada em fornecer as melhores ferramentas e informações aos nossos parceiros colaboradores e clientes.

Realizado pela NIQ Ebit desde 2001, o Webshoppers é o estudo de maior credibilidade sobre o comércio eletrônico brasileiro e a principal referência para os profissionais do segmento.

Confira os principais dados e movimentações do E-commerce em 2021 aqui no 45º Relatório Webshoppers disponibilizado no RadarIC.

Mercado Livre anuncia investimento de R$ 17 bi no Brasil

Valor será destinado à expansão do comércio eletrônico e do sistema de pagamentos on-line Mercado Pago, segundo empresa.

O Mercado Livre vai investir R$ 17 bilhões no Brasil em 2022, anunciou a gigante do comércio eletrônico na América Latina. O montante é 70% maior em comparação aos R$ 10 bilhões aplicados no país em 2021.

Segundo a empresa, uma “parte significativa” dessa quantia será destinada à fintech Mercado Pago, com “novos serviços, produtos e experiências integrados à conta digital”.  Poder360 todos os dias no seu e-mail concordo com os termos da LGPD. O comunicado destaca ainda a inauguração de 4 novos centros de distribuição no estado de São Paulo e a consequente expansão da capacidade logística diária para 2 milhões de pacotes.  Para Fernando Yunes, vice-presidente sênior do Mercado Livre no Brasil, a expansão do investimento reflete o “crescimento sustentável e constante” da empresa argentina no país, aliado ao “compromisso de democratizar o comércio e os serviços financeiros para pessoas e empresas por meio da internet”.

O Mercado Livre possui 12 centros de distribuição pelo Brasil. Além de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal, está negociando a abertura de uma nova unidade no Ceará.

O último balancete da empresa, referente ao 4º trimestre de 2021, contabilizava um total de 82,2 milhões de usuários ativos nas plataformas, com 287,9 milhões de itens comercializados e receita líquida de US$ 2,1 bilhões –alta de 60,5% em relação ao ano anterior.

No início de março, a companhia divulgou que dados pessoais de “aproximadamente 300 mil” usuários haviam sido vazados, mas informou não ter encontrado evidências da exposição de informações financeiras Disse estar adotando “medidas rigorosas” para evitar a reincidência do ataque cibernético.

Confiança do comércio encerra trimestre em queda. Entenda os motivos

A confiança do comerciante recuou 1,3% em março, mantendo a tendência apresentada em fevereiro (-1,2%). Com o resultado, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), encerra o primeiro trimestre de 2022 com queda acumulada de 1,12%. Segundo o levantamento, os efeitos da inflação persistente e a recente transmissão do aumento dos combustíveis a outros preços são elementos-chave que explicam a evolução da baixa confiança empresarial.

A guerra na Ucrânia também é um fator de peso para o resultado. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avalia que o quadro internacional gera um cenário de incertezas. “O conflito deve influenciar, juntamente com comportamento dos valores internos, o crescimento da inflação. Os preços, em geral, devem permanecer em alta, principalmente em virtude da escalada dos combustíveis e das commodities”.

Todos os índices que compõem o Icec registraram variações negativas. No caso do índice Condições Atuais, recuou 1,6%, enquanto Expectativas e Intenção de Investimentos apresentaram retrações de 1,2% e 1,1%, respectivamente. O indicador, no entanto, manteve-se na zona de satisfação (acima dos 100 pontos), registrando 118 pontos.

Mais estoques e menos contratações

No índice Intenção de Investimentos, apenas um subíndice apresentou variação positiva, o relativo às intenções de investir em estoques, que cresceu 1,2%. O mesmo grupo, no entanto, também registrou a variação negativa mais expressiva entre todos os subíndices, de 3,5% em intenções de investimento em contratação de funcionários.

O economista da CNC responsável pela análise, Antonio Everton, avalia que, apesar de constituir a segunda retração consecutiva e com mais força que no mês anterior (-0,4% em fevereiro), a queda da intenção de contratar funcionários pode indicar ajustes nas empresas. “A variação pode sinalizar uma adequação nos custos operacionais a uma perspectiva de menor faturamento”.

O economista ainda observa que o clima de menor confiança é agravado pela sazonalidade. Todo início de ano, a chegada de impostos aumentados (IPTU e IPVA), novos valores para condomínio e mensalidade escolar pesam nos orçamentos. Além disso, os juros reais por volta de 5% acima da inflação encarecem o custo da tomada do crédito. “São fatos que também afetam a percepção dos empresários do comércio para uma conjuntura relativamente mais difícil”, lembra o economista.

Dia do Consumidor cresce 22% e movimenta R$ 722 milhões no e-commerce em 2022

O e-commerce brasileiro registrou faturamento de R$ 722 milhões com o Dia do Consumidor neste ano, em crescimento de 22% em comparação com o ano anterior. A data, celebrada em 15 de março, acumulou cerca de 1,5 milhão de pedidos, uma elevação de 16% em relação a 2021. Os dados são da Neotrust, empresa responsável pelo monitoramento de mais de 85% do e-commerce brasileiro e que faz parte do T.group.

De acordo com a Neotrust, a média de itens comprados no Dia do Consumidor foi de 2,8 produtos por cesta. O preço médio por item foi de R$ 165, uma alta de 8% em comparação a 2021. A data popular por oferecer descontos exclusivos aos consumidores no comércio online, registrou um ticket médio de R$ 491 em 2022, um crescimento de 5% em relação a 2021.

Além disso, a Neotrust analisou que na semana do dia 9 a 15 de março, o faturamento do e-commerce foi de R$ 4 bilhões com um total de 8 milhões de pedidos realizados. E nos primeiros 15 dias de março, o comércio eletrônico faturou R$ 7,2 bilhões com os mais de 16 milhões de pedidos feitos. Houve aumento de 8% em ambos os indicativos na comparação entre 2022 e 2021.

Novo lockdown na China e guerra na Ucrânia complicam cadeia de suprimentos

Apesar dos terríveis avisos sobre a escassez de produtos que afetam as vendas no varejo no feriado, os consumidores americanos encontraram muito para satisfazer suas necessidades. As vendas no varejo do ano avançaram um recorde de 14% ano a ano, atingindo US$ 4,47 trilhões, excluindo automóveis, lojas de autopeças e postos de gasolina, atingindo uma alta de 20 anos .

Sim, os compradores foram forçados a se acostumar a detectar escassez de produtos – os níveis de estoque no varejo permanecem 2% abaixo dos níveis de 2019, mas 4% acima dos níveis de 2020 – e tudo custa mais, mas eles entraram no novo ano acreditando que o pior da pandemia estava para trás e as coisas estavam lenta mas seguramente voltando ao normal.

No entanto, as últimas notícias da China sugerem o contrário. A China relata que as taxas de casos de Covid estão crescendo, atingindo níveis não vistos desde o início de 2020. Isso resultou no bloqueio de Shenzhen e de toda a província de Jilin, incluindo sua capital Changchun, sem aviso prévio.

Até agora, essas paralisações afetam principalmente os fornecedores de semicondutores, eletrônicos e automóveis, mas pode ser um alerta antecipado de agravamento da escassez de produtos e preços mais altos no horizonte.

Isso ocorre em meio a relatos de que as taxas de casos estão aumentando em Xangai e Hong Kong. A política agressiva de zero Covid da China para impedir a propagação do vírus geralmente resulta em paralisações de fábricas de semanas e dificulta o envio de produtos manufaturados pelas áreas afetadas.

Até agora, a FreightWaves relata que todos os portos da China permanecem abertos, considerando a rapidez com que o vírus se espalha e o governo reage, isso pode mudar a qualquer momento.

Varejistas e consumidores devem se preparar para outra onda de escassez de produtos causada por backups na cadeia de suprimentos. E essa onda pode ser pior que a última.

“Dependendo da sua definição de ondas, isso pode ser o número três ou quatro”, diz Abe Eshkenazi, CEO da Association of Supply Chain Management (ASCM), a maior organização sem fins lucrativos de apoio aos profissionais da cadeia de suprimentos.

“Toda a cadeia de suprimentos está sob tremendo estresse no momento. Estamos lidando com uma cascata de interrupções que está adicionando estresse além do que já está acontecendo”, continua ele.

O fato de que a cadeia de suprimentos nunca se recuperou das experiências nos últimos dois anos a torna menos capaz de lidar com os desafios emergentes das últimas paralisações da China e da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

“Esta é apenas mais uma sequência do filme de terror que vivemos nos últimos dois anos e não tem um final positivo. É impossível comparar o lado humanitário da trágica perda de vidas da guerra e da pandemia, mas seus efeitos serão sentidos em toda a cadeia de suprimentos.

“A cadeia de suprimentos é um ecossistema global interconectado que requer harmonia, consistência e colaboração entre todos os parceiros do sistema. Quando um nó no sistema aumenta ou diminui a capacidade, há efeitos downstream e upstream”, explica Eshkenazi.

No momento, o setor de tecnologia está em maior risco com as recentes interrupções, mas praticamente todos os outros setores dependem das peças que produzem para operar. A Ucrânia, por exemplo, é uma importante fonte de gás neon, que é usado na fabricação de chips. E o transporte terrestre pela Ucrânia está paralisado, exigindo que os transportadores se voltem para as rotas internacionais já lotadas.

“Cerca de 90% do comércio global é transportado pelo oceano entre diferentes partes do mundo”, revela. “Para os transportadores impactados pela Ucrânia, eles mudaram para a Escandinávia no lado ocidental ou para o leste da China. Além disso, temos os problemas de contêineres que permanecem quando os contêineres não estão onde precisam estar. Tudo tem que se espalhar pelo sistema e não estamos nem perto do fim.”

Eshkenazi observa que, embora a decisão do governo Biden de abrir os portos 24 horas por dia, 7 dias por semana, tenha sido um movimento na direção certa, não resolveu os outros nós da congestionada cadeia de suprimentos dos EUA, especificamente transporte e armazenamento. “Abrimos os portos, mas não cuidamos da logística para tirar o produto dos portos, entrar nos armazéns e nas instalações de varejo.”

Os preços de varejo mais altos em geral estão aumentando os desafios para os consumidores causados ​​pelos obstáculos na cadeia de suprimentos. Os problemas da cadeia de suprimentos levaram muita culpa pela inflação e agora, com os preços do gás subindo constantemente à medida que as importações de petróleo da Rússia são cortadas, os consumidores devem se preparar para preços ainda mais altos à frente.

“O embargo de petróleo da Rússia nos afetará direta, mas também indiretamente, nos preços de outros produtos e serviços provenientes da Europa e de outros lugares que dependem do petróleo russo”, aconselha.

O que mantém os executivos da cadeia de suprimentos acordados à noite é a inadequação dos dados para planejar o futuro devido às incertezas atuais somadas às incertezas que permanecem do ano passado.

“A cadeia de suprimentos é um setor que funciona com dados e os dados que vimos nos últimos dois anos não são nada consistentes”, ele compartilha. “Costumávamos planejar efetivamente de 12 a 18 ou até 36 meses. Agora estamos reduzidos a seis a nove meses no máximo.”

“É uma camada sobre camada de complexidade e é preciso não apenas tecnologia, mas também trabalhadores do conhecimento para desvendar os dados e tomar as decisões necessárias para fazer avançar cada empresa no sistema”, continua ele.

Em última análise, por mais que a cadeia de suprimentos dependa de dados, tecnologia e meios mecânicos para mover o produto do ponto A ao Z, tudo depende das pessoas para tomar as decisões. E é isso que faz com que Eshkenazi perca o sono.

“Minha preocupação é que, como estamos lidando com todos os problemas agudos da cadeia de suprimentos, estamos tirando nossos olhos dos problemas sistêmicos de longo prazo na cadeia de suprimentos que devem ser resolvidos. Eles incluem questões ambientais, direitos humanos, questões trabalhistas e tarifas.

“Esses são os problemas sistêmicos de longo prazo que devemos abordar e não podemos perder o foco neles enquanto lidamos com as crises atuais. Não é uma função de um ou outro, mas de ambos”, conclui.

Impacto da alta do combustível faz aumento do frete chegar a 29%

A Petrobras anunciou reajuste de quase 25% no diesel. Para o transportador, trata-se de mais uma mudança para uma situação que é crítica. O efeito é fruto da guerra entre a Rússia e a Ucrânia e eleva o preço do barril em proporções enormes, com impacto especial no diesel. A expectativa de preços mais estáveis pós-pandemia de Covid-19 não se concretizou.

Há poucos dias, o Conselho Nacional de Estudos em Transporte da NT&C Logística (Conet) manifestou-se por meio de nota e afirmou a necessidade da recomposição do preço do frete em razão dos aumentos dos insumos do transporte. “O aumento de hoje do preço do diesel, da ordem de 24,9%, acarreta a necessidade de reajuste adicional no frete de, no mínimo, 8,75%, fator este que deve ser aplicado emergencialmente nos fretes, acumulando um reajuste total de 28,96% na carga fracionada e 28,82% na carga lotação. A NT&C Logística reitera a importância do transportador negociar a inclusão nos contratos antigos e colocar nos novos contratos um gatilho para os aumentos do diesel”, diz parte do texto. O diesel é um dos maiores custos nos insumos da atividade de transporte.

Fatalmente, como já vem antecipando os especialistas, quem vai pagar essa conta é o consumidor, já que as empresas de transporte terão que repassar para a indústria e para o comércio o efeito da alta. Assim, ferramentas que conseguem automatizar e acelerar os processos das empresas de transporte de cargas e que possuem frotas são uma alternativa a esse movimento sem freios no mercado dos combustíveis.

No Paraná, por exemplo, a Gestran, startup especializada em ajudar empresas e profissionais na construção de soluções práticas para os problemas reais das operações logísticas, oferece algumas soluções que vão exatamente ao encontro desses novos desafios. Uma das ferramentas já disponíveis é a Plataforma de Gestão de Frota, desenvolvida a partir dos processos e necessidades das transportadoras de cargas e gestores de frota para que superem os desafios dos negócios. “Qualquer solução que gere economia aos nossos clientes a curto, médio e longo prazo agrega valor ao nosso produto e satisfação para quem usa ele”, afirma Paulo Raymundi, CEO da empresa.

Shopee tem 300% mais compradores no Dia do Consumidor

Consumidores tiveram mais oportunidades e conveniência para se presentearem na data. Foram mais de 12 milhões de cupons resgatados na Shopee, além de 200 milhões de Moedas Shopee usadas como desconto e 1 em cada 3 pedidos foram pagos com PIX.

A Shopee, plataforma de comércio eletrônico que conecta vendedores, marcas e consumidores, revela que mais usuários puderam realizar compras e se presentearem no Dia do Consumidor (15.3). A plataforma teve 300% mais consumidores na data do que no ano passado. Além disso, o marketplace proporcionou ainda mais benefícios e conveniência para seus usuários: foram 12 milhões de cupons resgatados, 200 milhões de Moedas Shopee utilizadas como desconto e 1 em cada 3 pedidos foram pagos com PIX.

Com mais usuários celebrando a data dedicada ao consumidor, vendedores locais também tiveram um salto em suas vendas, com um aumento de 380% no número de pedidos comparado com a mesma data no ano passado. O número de novos vendedores e marcas que participaram da campanha em 2022 também aumentou em 280%. Já na Shopee Oficial, seção dedicada a grandes marcas com mais de 120 empresas e diversos produtos em diferentes categorias, a Lovito foi a marca que mais se destacou em vendas. De forma geral, os pedidos da Shopee Oficial cresceram quase 800% em comparação a um dia comum.

“Estamos felizes em ver mais pessoas dedicarem tempo para comemorar e se recompensarem em nosso Dia do Consumidor. Nossos usuários sempre serão o foco de tudo o que fazemos, e temos orgulho de ser pioneiros em uma data tão especial para eles. O ano está apenas começando, e os consumidores podem esperar por iniciativas ainda mais empolgantes para os próximos meses. Queremos levar cada vez mais oportunidades e diversão para mais pessoas nos próximos meses”, comenta Felipe Piringer, responsável pelo marketing e estratégia na Shopee.

Os mais procurados e vendidos

Enquanto os termos mais procurados foram fone de ouvido sem fio, bolsa feminina e tênis feminino, entre os produtos mais vendidos estavam bala de gelatina, creme de avelã e desodorante. As categorias que mais se destacaram foram Casa e lazer, Saúde e beleza e Roupas femininas. Entre as cidades com maior número de vendas estão São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte. Já os estados que o número de pedidos mais cresceu foram Alagoas, Pernambuco e Sergipe.

Entretenimento

Os usuários celebraram o Dia do Consumidor com a Shopee nas redes sociais com mais de 470 mil menções no Twitter, garantindo um lugar nos Trending Topics. Já o filme com os Barões da Pisadinha no YouTube ultrapassa mais de 4,9 milhões de visualizações.

Sobre a Shopee

Fundada em 2015 em Singapura como parte da Sea Limited (NYSE: SE), a Shopee, plataforma líder de e-commerce no Sudeste Asiático e Taiwan, está no Brasil desde 2019. Com vendedores locais e internacionais, seu propósito é conectar consumidores, marcas e vendedores a comprar e vender de qualquer lugar e a qualquer momento.

O marketplace oferece uma experiência fácil, segura e envolvente que milhões de pessoas desfrutam diariamente. Além de uma grande variedade de produtos com pagamentos e logística integrados, a plataforma inclui opções de entretenimento populares de acordo com cada mercado. Além disso, a Shopee contribui para a economia digital da região, com um firme compromisso de ajudar marcas e empreendedores a terem sucesso no comércio eletrônico. A Sea Limited também é proprietária de outros negócios como Garena, o braço de entretenimento digital, e SeaMoney, de serviços financeiros digitais. A missão da Sea é melhorar a vida dos consumidores e das pequenas empresas com tecnologia.

Guerra e petróleo caro criam nova pressão sobre varejistas

Depois de um 2021 carregado de volatilidade e incertezas, o varejo não terá vida fácil em 2022. O discurso do comando das grandes varejistas do país, em teleconferências de resultados nos últimos dias, mostra que o setor já vinha administrando pressões maiores em despesas, como aluguéis e mão de obra, além da escalada dos custos dos seus produtos nos últimos meses. E o avanço da guerra no leste europeu volta a aumentar o nível de preocupação dos executivos com os números no curto prazo.

Levantamento do Valor Data com base em dados de 18 varejistas de capital aberto mostra que as vendas avançaram menos que custos e despesas no fim de 2021, e o lucro líquido e a rentabilidade caíram. A receita líquida subiu 5,3% no quarto trimestre de 2021, em termos nominais, para R$ 97,3 bilhões, versus o ano anterior, sendo que o custo de venda das mercadorias subiu um pouco mais, 6%.

Quando isso acontece, o lucro bruto perde força e a margem bruta cai – essa taxa foi de 26,6% para 25,8% no varejo entre os quartos trimestres de 2020 e 2021.

As despesas operacionais cresceram 8,4%, em parte, efeito de uma base de comparação mais fraca – a pandemia fechou escritórios e reduziu aluguéis de lojas e depósitos em 2020, mas os gastos administrativos e com locação estão voltando a níveis de mercado.

Em resumo, isso quer dizer que, quando entraram em 2022, as companhias já vinham carregando estoques mais caros das compras das indústrias – reflexo da escalada de preços de insumos, especialmente em alimentos e eletrônicos em 2021 – e também um retorno das despesas em patamares mais altos. O cenário fica mais adverso com as vendas em ritmo mais lento, diante da inflação.

“Nós tínhamos uma previsão de início de ‘normalidade’ após 2022. E falo em normalidade entre aspas, considerando que trata-se de um ano eleitoral e de vendas ainda em recuperação. Mas agora já temos bem claro que a inflação não vai ceder, e até deve subir, e a conta de insumos e de combustível, que afeta a distribuição no varejo, tende a piorar”, disse Gustavo Oliveira, sócio da gestora Tower Three (T3) com ações de redes na carteira.

Para Breno de Paula, analista de varejo da Inter Research, esse cenário põe em banho-maria planos mais agressivos de aberturas de lojas no varejo de duráveis e em parte das redes de moda. “Não à toa que, nas teleconferências de resultados em fevereiro e março, quase não se falou em muito mais aberturas [em relação a 2021], porque isso pesa nas despesas operacionais, e afeta o Ebitda [lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação] numa hora que não é nada boa”.

Na avaliação de Iago Souza, analista da Genial Investimentos, a cabeça do varejo neste ano difere daquela de 2021. “O foco agora é monetizar as estruturas que as empresas já têm, especialmente o ‘marketplace’ [shopping virtual], que boa parte das redes já opera. O jogo é elevar taxas dos lojistas e cobrar mais serviços para tentar nova receita e diluir custos”, afirmou.

O setor alimentar é um dos que já está atravessando, nessa primeira metade de 2022, uma nova escalada na inflação de custos, após um fim de ano ruim para os supermercados e melhor no atacarejo. Somadas, as vendas de GPA, Carrefour, Mateus e Assaí subiram 5,7% de outubro a dezembro, para uma elevação de custos de mercadorias de 8% e despesas subindo 10%. Como resultado, o lucro recuou 14%.

Assaí e Mateus, com preços mais agressivos, foram melhores que o braço de varejo do Carrefour e o GPA, e para as cadeias de supermercados, “este não é trimestre com grandes melhorias de cenário”, resumiu Jorge Faiçal, presidente do GPA, no fim de fevereiro, pouco antes do início da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Para um diretor com 30 anos de atuação no atacarejo, com as commodities agrícolas subindo mais desde a invasão russa e o combustível mais caro, a indústria paga mais pelos insumos, e a alta no custo do comércio deve aparecer mais claramente nos próximos balanços. “A gente já lidava com uma inflação de 10% em alimentos nos 12 meses até dezembro, mas ainda era nessa faixa de dois dígitos baixos. Só que isso subiu mais de um ponto desde janeiro”, afirma ele.

Segundo a XP, insumos como o petróleo, borracha sintética, metais, grãos e algodão já subiram aproximadamente 60%, 20%, 10%, 40% e 5% desde o início do ano, respectivamente, o que deve pressionar ainda mais os custos das varejistas. “No entanto, a valorização do real frente ao dólar deve compensar parte desse efeito”, diz Danniela Eiger, analista da XP.

Hoje menos pressionado em sua cadeia de suprimentos do que o varejo de alimentos, as redes de eletrônicos estão tendo que administrar um início de ano com revisão de despesas. “Acho que para o setor, diferente de alimentos, a preocupação maior é com ‘opex’ [sigla em inglês para despesas operacionais] e queda no estoque comprado com o dólar alto”, diz.

Os números do quarto trimestre mostram que Americanas, Magazine e Via fecharam o período com receita somada só 1,4% acima de 2020, e a maior queda no lucro entre os segmentos, de 36%. A venda caiu, só que o custo de mercadorias (que inclui a conta de estoques) ficou estável. Para Oliveira, da T3, os resultados do varejo de duráveis já vinham declinando desde o terceiro trimestre, pelo efeito de juros altos e do dólar encarecendo os produtos, mas parte delas não se ajustou a tempo.

“Além dos estoques de 2021 que Via e Magalu devem ir reduzindo agora, as redes carregam hoje um ‘turnover’ de empregados menor, por causa da crise. A questão é que essa saída de funcionários antes ajudava a reduzir gastos com mão de obra naturalmente”, lembra.

Magazine, Via e Americanas destacaram melhora nas vendas já no primeiro trimestre. “Vendo o lado do copo cheio, o estoque que vai entrar nas redes, depois dessa redução do estoque antigo, será mais barato. Isso porque não vemos movimento de repasse da indústria hoje, o dólar até caiu e a guerra não está encarecendo componentes. Se a covid na China não piorar, esse cenário pode até melhorar a margem bruta”, diz um executivo de uma rede tradicional.

Outros fatores podem ajudar a equilibrar um pouco essa balança, como a nova injeção de recursos na economia, com medidas do governo, que podem atingir R$ 86 bilhões nos próximos meses, e a conta de energia que parou de subir.

Para o varejo de moda, o cenário foi de vendas crescendo mais rapidamente no fim de 2021 – em parte pela base fraca de comparação de 2020, com lojas fechadas na pandemia -, com receita subindo 17% e lucro avançando 5%. Apesar disso, como vendem bens não essenciais, têm menos espaço para repassar alta de custos aos preços.

Comércio eletrônico cresce 15,52% em fevereiro, revela índice MCC-ENET

Mesmo com a retomada completa do varejo físico, o consumidor brasileiro se acostumou com o comércio eletrônico. As vendas realizadas pela internet cresceram 15,52% em fevereiro de 2022 ante o mesmo mês do ano passado. O faturamento do setor também expandiu: 11,20%, considerando a mesma base de comparação. Os dados são do índice MCC-ENET, desenvolvido pela Neotrust | Movimento Compre & Confie, em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net).

“A performance do e-commerce brasileiro em fevereiro de 2022 mantém o cenário de crescimento dos últimos tempos. O faturamento online cresceu no mês, comparado ao mesmo período do ano passado, 11,20%, o que é coerente com a expectativa de termos um crescimento para 2022 de 10 a 15% do volume faturado”, afirma Gastão Mattos, responsável pela Divisão de Varejo Online da camara-e.net.

Vendas online

Apesar da evolução do setor, ao avaliar as vendas por e-commerce, comparando o mês de fevereiro com janeiro, neste caso, houve queda de (−15,22%). Já no acumulado dos últimos 12 meses, segue com variação positiva de 14,37%.

No ranking regional, ao considerar a base comparativa entre os meses de fevereiro (2022 e 2021), nas vendas pela internet, a configuração ficou assim: Norte (24,99%); Nordeste (24,67%); Centro-Oeste (21,68%); Sul (19,88%); e Sudeste (11,53%).

Já no acumulado dos últimos 12 meses, o desempenho foi: Nordeste (25,45%); Centro-Oeste (23,72%); Norte (22,54%); Sul (21,19%); e Sudeste (9,45%).

Faturamento do comércio eletrônico

Ao observar o faturamento do setor, em fevereiro ante janeiro, teve variação negativa de (−17,14%). Em contrapartida, o acumulado dos últimos 12 meses, segue em alta: 22,27%.

O faturamento regional, usando a base de comparação de fevereiro deste ano, em relação ao mesmo mês de 2021, os resultados foram: Nordeste (18,67%); Sul (17,03%); Centro-Oeste (16,11%); Norte (7,73%); e Sudeste (7,37%).

Já no acumulado dos últimos 12 meses, a configuração ficou da seguinte forma: Sul (30,71%); Centro-Oeste (30,25%); Nordeste (26,55%); Norte (22,81%); e Sudeste (18,16%).

Participação do e-commerce no varejo

Segundo o levantamento, em janeiro de 2022, o e-commerce representou 13,3% do comércio varejista restrito (exceto veículos, peças e materiais de construção). No acumulado dos últimos 12 meses, a participação do e-commerce no comércio varejista corresponde a 12,3%. O índice destaca que esse indicador foi feito a partir da última Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, divulgada no dia 10 de março.

Categorias do comércio eletrônico

Em janeiro de 2022, a composição de compras realizadas pela internet, por segmento, ficou da seguinte forma: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (42,7%); móveis e eletrodomésticos (28,5%); e tecidos, vestuário e calçados (10,4%). Na sequência, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,1%); outros artigos de usos pessoal e doméstico (5,5%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,9%); e, por último, livros, jornais, revistas e papelaria (1,9%). Esse indicador também utiliza a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE como base.

Consumidores online

Outra métrica avaliada pelo MCC-ENET revela que, no trimestre de outubro a dezembro de 2021, 18,5% dos internautas brasileiros realizaram ao menos uma compra online.

Metodologia

Os índices mensais vêm da comparação dos dados do último mês vigente em relação ao período base (média de 2017). Para compor o índice, a Neotrust | Compre & Confie coleta 100% de todas as vendas reais de grande parte do mercado de e-commerce brasileiro, utilizando adicionalmente processos estatísticos para composição das informações do mercado total do comércio eletrônico brasileiro. Também são utilizadas informações dos indicadores econômicos nacionais do IBGE, IPEA e FGV.

Não estão contabilizados no MCC-ENET dados dos sites MercadoLivre, OLX e Webmotors, além do setor de viagens e turismo, anúncios e aplicativos de transportes e alimentação, pois ainda não são monitorados pela Neotrust | Movimento Compre & Confie.

Para conferir o estudo completo, acesse a página do índice.