Em momento de crise, cerca de 10% dos funcionários da empresa canadense serão afetados pelo corte
A Shopify, empresa canadense de comércio eletrônico, está demitindo cerca de mil trabalhadores, ou 10% de sua força de trabalho global. Isto reverte uma aposta no crescimento do comércio eletrônico que a empresa de tecnologia fez durante a pandemia, de acordo com um memorando interno divulgado nesta terça-feira, 26.
Tobi Lütke, fundador e presidente-executivo da Shopify, disse aos funcionários em comunicado que as demissões são necessárias à medida que os consumidores retomam velhos hábitos de compras e recuam nos pedidos online, que impulsionaram o recente crescimento da empresa.
A Shopify, que ajuda as empresas a criar sites de comércio eletrônico, alertou que espera uma diminuição da receita este ano. Suas ações caíram quase 80% desde que o pico em novembro. Ela deve informar seus resultados trimestrais na quarta-feira, 27.
Lütke disse que esperava que o crescente crescimento das vendas de comércio eletrônico durasse além dos problemas causados pela pandemia de covid-19. “Agora está claro que a aposta não valeu a pena”, disse Lütke na carta, que foi publicada pelo jornal americano Wall Street Journal. “Em última análise fazer esta aposta era a minha decisão e eu entendi errado.”
A empresa cortará empregos em todas as suas divisões, embora a maioria das demissões ocorra em unidades de recrutamento, suporte e vendas, disse Lütke. Os cortes de empregos da Shopify estão entre os maiores até agora em uma onda de demissões e congelamento de contratações que afeta as empresas de tecnologia. O aumento das taxas de juros, a escassez da cadeia de suprimentos e a reversão das tendências da pandemia, incluindo trabalho remoto e compras no comércio eletrônico, esfriaram o que antes era um setor de tecnologia em brasa.
A Netflix demitiu cerca de 300 funcionários em junho ao lidar com a perda de assinantes. O Twitter, agora atolado em um impasse legal com Elon Musk, demitiu menos de 100 funcionários de sua equipe de aquisição de talentos. A própria empresa de Musk, a fabricante de veículos elétricos Tesla, no final de junho demitiu cerca de 200 pessoas, depois de anunciar que cortaria 10% do pessoal assalariado. Outras empresas, incluindo Microsoft e Google disseram que vão desacelerar as contratações no resto do ano.
Para a edição deste ano, o evento trouxe um espaço destinado para os pequenos e médios empresários.
Começou a meia noite desta terça-feira, 12, o Amazon Prime Day, evento de 48 horas de duração que conta com diversos descontos destinado para os assinantes do Amazon Prime. Esta é a terceira vez que o Brasil participa da maratona de descontos e com ofertas em todas as categorias. Nos setores de Moda, Bebidas Alcoólicas e Livros, os descontos chegam a 50%.
Já no segmento de dispositivos da Amazon, os descontos são de até 40%, seguida pela categoria de Informática, Computadores e Cozinha, com até 35% de desconto, além de outras promoções nas categorias restantes. Também estarão em promoção itens de marcas como Nivea, Havaianas, Apple, Dell, Brinquedos Estrela e mais.
“Continuaremos investindo e inovando para trazer ainda mais conveniência, ampla seleção de produtos e entretenimento para que o Prime continue sendo de grande valor para os membros”, destacou Daniel Mazini, Presidente da Amazon no Brasil. Atualmente o serviço oferece frete grátis nos produtos enviados pela Amazon, acesso a plataforma de streaming Prime Video, a ferramenta de leitura Prime Reading, ao Amazon Music e dá direito a jogos gratuitos com o Prime Gaming.
Para a edição deste ano, o Amazon Prime Day também trouxe um espaço destinado para os pequenos e médios empresários. Na loja especial “Apoie Pequenos Negócios”, os clientes têm acesso as histórias desses empreendedores que estão participando do Prime Day e uma seleção de descontos de PMEs. Também como parte da ação, em todas realizadas até o dia 21 de julho nessa aba, 15% das vendas realizadas serão destinadas a CUFA (Central Única das Favelas).
Além disso, durante o Prime Day, a Amazon apresentará o prime Day Estúdio, uma ação que traz um estúdio em formato de caixa na fachada do shopping Center 3, na Avenida Paulista, em São Paulo. No local, serão transmitidas duas lives por dia, às 12h30 e às 18h, no canal oficial da empresa no YouTube e contará com a presença de convidados e influenciadores.
Também por conta do Amazon Prime Day, o grande volume de pedidos faz com que a companhia tenha que contratar colaboradores temporários para apoiar a operação. Para este ano, a companhia adicionou aproximadamente 6 mil trabalhadores temporários, alocados nos 12 centros de distribuição e 5 estações de entrega pelo Brasil.
Entender o comportamento do consumidor faz parte de toda estratégia de vendas – ou pelo menos deveria – afinal, ele é crucial para que o ciclo de compra aconteça e de preferência, com recorrência. E já que começamos nesse assunto, o relatório de Dia dos Namorados, sobre o pós-evento, feito pela All in em parceria com Clearsale, Delivery Direto, Lett, Neotrust, Octadesk, Tray Corp e Vindi apontou que a recompra foi de 2.4% em 2022, o que significa que apenas uma pequena parcela de pessoas voltaram às mesmas lojas para comprar presentes e, consequentemente, muitas marcas ainda precisam melhorar a etapa de fidelização.
Para isso, precisamos ficar de olho no que afastaria os consumidores, que é o caso de possíveis frustrações. O estudo aponta que o segmento de limpeza tem a maior taxa de produtos anunciados diferente do valor estipulado pela indústria, sendo 85,2% o preço mais alto. Alimentos também foi uma categoria que teve maior ruptura no estoque, ou seja, com cerca de 38,8% dos produtos indisponíveis para compra.
Engajamento
Vamos falar de coisas boas, né! As visitas tiveram grandes picos por todo o mês que antecede o evento, sendo os finais de semana os dias em que as visitas caíam e o mesmo se repete para os cadastros, o que mostra que os apaixonados estavam realmente focados em achar o presente ideal, sem pressa.
No caso de dispositivos, ao compararmos a representação neste ano e no anterior, vimos que o Desktop recuperou consideravelmente seu uso em 2022, inclusive sendo mais relevante que mobile. A hipótese é de que, com o retorno do trabalho presencial, muitas pessoas têm utilizado seu computador por mais tempo e deixam o celular para o final de semana, onde podem carregar por todo lugar.
Essa é uma parte do estudo muito válida para entender onde seu consumidor está e qual o melhor momento e dispositivo para enviar comunicações sobre as ofertas e novidades da marca, seja por e-mail, push web ou de aplicativos, SMS e onde quer que seu cliente esteja.
Vendas e faturamento
Assim como no caso de visitas e cadastros, as vendas também tiveram seus picos durante a semana e dá para ver que os consumidores não deixaram mesmo para comprar de última hora, afinal o dia 07 de junho foi o último pico alto das vendas. Inclusive, o faturamento chegou a R$6,5 bilhões de reais esse ano, sendo as mulheres as representantes de 51,3% desse montante.
Quando olhamos as categorias que mais faturaram, temos telefonia repetindo o primeiro lugar no quesito valor e Moda e acessórios com maior representatividade em pedidos. E se teve faturamento, quais são as novidades sobre o meio de pagamento? O método à vista ainda ganha o coração de muita gente e o parcelamento de 2 a 3 vezes perdeu um pouco sua relevância, reflexo da preferência dos consumidores em pagar em 1x no cartão ou no boleto.
Mas onde tem dinheiro, tem tentativa de fraude e o segmento de eletrônicos é o destaque – não positivamente – pois aparece sempre no TOP 5 tentativas de fraude, tanto por valor quanto por quantidade de pedido, seja esse ano ou em 2021.
Experiência
E como começamos o texto falando do que pode fazer o consumidor nos amar ou ir embora, a experiência é o que traduz tudo isso e uma forma de exemplificar isso é o foco no atendimento antes, durante e depois, que tem sido preferencial para os clientes que aconteça por WhatsApp. Agora é olhar para sua persona e perceber onde ela está e qual a melhor maneira de se comunicar.
Não podíamos deixar de falar também de delivery, que é algo que traz a experiência para dentro de casa, tanto de uma venda, quanto de um sabor espetacular de uma comidinha – ou melhor dizendo – de uma deliciosa pizza, que foi a mais pedida no Dia dos Namorados deste ano. E por aí, como está a estratégia para melhorar as etapas de navegação, cadastros, engajamento, compra e fidelização do seu cliente perante a marca?
Acesse o relatório de Dia dos Namorados para entender ainda mais sobre o comportamento do consumidor e ter uma ótima forma de se guiar para melhorar as estratégias e resultados, acesse o conteúdo.
O comportamento de consumo acelerado devido ao isolamento social e fechamento das lojas físicas nos últimos anos impulsionou o e-commerce em todo o Brasil. Para os profissionais do setor, essa informação não é exatamente uma novidade, mas o relatório Webshoppers 45 elaborado pela NielsenIQ|Ebit, comprova: as vendas no digital cresceram 27%, com faturamento de R$ 182,7 bilhões na comparação com 2020.
A pesquisa também aponta que entre as regiões que mais contribuíram para o GMV no País, o Sudeste é a que se destaca, pois representa 58% do crescimento do e-commerce. Até aí, nada de novo também. No entanto, talvez o mercado não saiba que, quando se observa a variação do faturamento, Minas Gerais foi o estado de maior importância.
“Minas Gerais é o estado do sudeste que o e-commerce mais cresceu em 2021. Cresceu acima da média do Sudeste, aumentando 27% na variação nominal de GMV, com um faturamento de 17,8 bilhões”, afirma Marcelo Osanai, Gerente Comercial da NielsenIQ EBIT, durante a Conferência E-Commerce Brasil – Encontro de Líderes, realizada nesta quarta-feira, 9, em Belo Horizonte.
Em sua palestra, Osanai mostrou que os outros estados tiveram uma variação nominal menor: São Paulo com 21% de aumento no faturamento e Rio de Janeiro e Espírito Santo com 15%.
A variação mais significativa no faturamento de Minas Gerais em 2021 ante 2020 pode ser explicada pelo número de pedidos (38,8 milhões), que também subiu 22% em relação a 2020. São Paulo vem em seguida, com crescimento de 15%, logo depois está o Rio de Janeiro, 9%, e Espírito Santo, sem variação.
Categorias
Em um olhar mais atento, Osanai também mostrou que 19% do crescimento de Minas Gerais vem da categoria de Eletrodomésticos, acompanhando a estimativa nacional. No entanto, ele chama atenção para categorias menos populares.
“Destaquei os crescimento de GMV em altos níveis nominais as categorias de Alimentos e Bebidas (63%), Construção e Ferramentas (48%) e Automóveis (45%). Isso mostra que temos oportunidade de crescimento através das principais categorias de consumo, entretanto, o que está impulsionando o crescimento de Minas são categorias nem tão tradicionais assim”.
Frete grátis e forma de pagamento
Muito parecido com a tendência nacional, o frete grátis é bastante relevante para os mineiros, com crescimento de 14 pontos percentuais versus 2020, com representatividade de 47%.
O cartão de crédito continua sendo o meio de pagamento mais utilizado no estado, sendo 67% das transações no último ano. Em segundo lugar vem o boleto bancário (23%) e a curiosidade é que, diferente da adesão vista em outros lugares do Brasil, o Pix não é tão forte em Minas (3%). “Um fato curioso é que o Pix no e-commerce não foi usado muito por aqui, enquanto nacionalmente essa ferramenta tem crescido nos últimos tempos”, finaliza.
Com um aumento de 32% na base de sites analisados, a edição deste mês do Relatório Setores do E-commerce no Brasil (versão Beta), ganha 179 novos players e destaca grandes crescimentos. No Ranking de maiores sites, AliExpress sobe uma posição troca de lugar com Casas Bahia.
Apesar da retração geral, seis categorias registraram um crescimento no comparativo mensal. Entre os destaques de maior crescimento estão Infantil (5,2%), Calçados (4%) e Comidas & Bebidas (3,5%). Já em retração, o TOP 3 é composto por Presentes & Flores (-14,6%), Eletrônicos & Eletrodomésticos (-10,4%) e Ferramentas & Acessórios (-10,3%).No mês de Abril, o comércio eletrônico brasileiro sofreu uma retração de 6,11% e registrou 1,62 bilhão de acessos, somando, nos últimos 12 meses, um total de 21,02 bilhões.
No Ranking dos 30 maiores e-commerces do Brasil, tivemos a estreia do Enjoei, que subiu duas posições na classificação e chegou a 29ª posição.
Dentro do TOP 10, AliExpress subiu uma posição e trocou de lugar com Casas Bahia, chegando à 6ª posição e deixando apenas 2 e-commerces nacionais entre os 6 maiores. Os e-commerces do Brasil, no entanto, detêm 44,1% da audiência de toda indústria.
A lista dos 10 maiores sites, em abril, não sofreu modificações: 1. Mercado Livre, 2. Americanas, 3. Amazon Brasil, 4. Magalu, 5. Shopee, 6. AliExpress, 7. Casas Bahia, 8. Netshoes, 9. 123 Milhas e 10. Samsung.
Setorialmente, o aumento na base de sites analisados destacou grandes crescimentos no comparativo mensal. Em Comidas & Bebidas, a Kopenhagen cresceu 145% no MoM, entrando no TOP 10 do ranking do setor.
O Shop Timão, de Esportes, subiu 7 posições no ranking e chegou à posição 11, além de ter crescido 54% no MoM. Na mesma categoria, Puma também registrou um crescimento acima da média, de 32%.
Em Farmácia & Saúde, Integral Medica, Patricia Elias e Unic Pharma subiram 9, 8 e 6 posições no ranking do setor, respectivamente.
BitCão, do setor de Pet, cresceu vertiginosamente: 135% no MoM e subiu 5 posições no ranking, também entrando no TOP 10.
Os dados são do Relatório Setores do E-commerce, da Conversion, agência de Search Engine Optimization (SEO), que traz as principais análises sobre o cenário do comércio eletrônico brasileiro todos os meses.
De acordo com o relatório, ainda, os canais preferidos pelos usuários para chegar às lojas são “direto” (quando ele digita o endereço da loja e representa 44,5% dos acessos), busca orgânica do Google (26,6%) e busca paga (18,9%).
Busca orgânica segue sendo o canal de tráfego mais importante.
A busca orgânica, também conhecida como SEO (Search Engine Optimization), continua sendo o principal canal de tráfego para o e-commerce brasileiro depois dos acessos diretos, somando 26,6% do total de visitas.
A importância deste canal pode, ainda, ser potencializada quando aliada ao uso do tráfego pago, que sozinho representa 18,9% das visitas.
Ranking dos 10 maiores e-commerces do Brasil
O Relatório Setores do E-commerce no Brasil apresenta, mensalmente, o ranking dos principais e-commerces do país. Esse ranking está dividido em um geral e outro para cada uma das 18 categorias. No geral, a lista é composta de 1. Mercado Livre (30%), 2. Americanas.com (16%), 3. Amazon Brasil (11%), 4. Magazine Luiza (11%) e 5. Shopee (9%). O percentual se refere apenas aos 10 principais players e representa a audiência desses sites.
Também disponibilizamos a lista dos maiores e-commerce de importados em nosso guia de e-commerce cross-border.
Share of Search e as marcas com maior participação de mercado (market share)
A métrica do Share of Search é a parcela de busca de uma marca dentro da categoria de consumo em que ela atua. A fórmula para calcular o Share of Search é dividir o volume de buscas por uma marca pelo volume total de buscas de todas as marcas daquele segmento. O fato importante sobre ela é que a parcela de buscas é preditiva em relação ao market share, conforme demonstrou estudo de Les Binet.
Em nosso estudo, analisamos o Share of Search de todos os principais setores do e-commerce brasileiro. Neste aspecto, também houve troca de posições. Ultrapassando a Loja do Mecânico, a Amazon chega ao topo como o e-commerce com a maior parcela de buscas entre todas as categorias, detendo 54% do setor de Importados. Dando sequência ao TOP 5 temos Loja do Mecânico (45%), Petz (44%), Cacau Show (41%) e Cobasi (35%).
Apesar de mecanismos de busca serem a fonte de tráfego mais importante, deve haver um complemento entre orgânico e pago
A participação em nosso relatório e rankings é feita a partir do volume estimado de audiência dos sites, conforme metodologia que apresentamos. A audiência, por sua vez, é composta de canais de tráfegos que enviam visitantes para cada e-commerce. A principal forma de entrada é o chamado “tráfego direto”, que é geralmente quando a pessoa digita o endereço da loja.
Logo em seguida, o tráfego de busca orgânica (26,6%) e paga (18,9%) vêm respectivamente na segunda e terceira posição. Podemos dizer que as buscas são o mais importante canal para o e-commerce, porque elas revelam a intenção do consumidor e canalizam a demanda para as lojas virtuais. Inclusive, nas próprias lojas virtuais, o buscador é fundamental.
E, acima de tudo, o importante é proporcionar uma excelente experiência do usuário, fazendo com que o seu visitante queira gastar tempo navegando em seu site, garantindo uma probabilidade maior de retorno. Este é, aliás, o princípio do SEO Experience, a nova geração de otimização de sites.
Além de tráfego e boa experiência, é importante ter um mix de produtos robusto em seu nicho, precificação competitiva, frete rápido e ser uma marca amada pelos consumidores. Fácil?
Certamente não, mas a oportunidade está aberta a todos!
Sim, o caminho que a pessoa faz para pagar e comprar os produtos da marca é um dos principais indicadores para a experiência de compra dos consumidores.
A transformação digital alterou os hábitos de compra do consumidor, e consequentemente, exigiu mudanças também no varejo físico. Conceitos como experiência do usuário, jornada de compra e análise de dados estão saindo do ambiente on-line e ganhando cada vez mais espaço no off-line. É um movimento importante que traz reflexos em campanhas de marketing, na capacitação da equipe de vendedores e até na disposição de prateleiras e organização da vitrine. Entretanto, no afã de atrair a atenção das pessoas, os gestores esquecem de um ponto fundamental que pode converter (ou arruinar) toda essa jornada de compra: a fila do caixa.
Sim, o caminho que a pessoa faz para pagar e comprar os produtos da marca é um dos principais indicadores para a experiência de compra dos consumidores. Se eles acharem que estão esperando tempo demais para confirmarem a transação, simplesmente irão abandonar os itens e sairão do estabelecimento. Todo o trabalho feito antes para atrair as pessoas até a loja vai por água abaixo. A vitrine convidativa, as promoções, o treinamento dos vendedores, o mapeamento das “zonas quentes” e a disposição dos produtos não terão o resultado esperado por um único fator.
Isso ocorre porque muitos varejistas não encaram a fila do caixa como uma fonte de leitura para entender o seu consumidor. Eles partem da premissa antiquada de que se a pessoa pegou os produtos e se deslocou até o caixa para pagar está disposta a fazer a compra, independentemente do tamanho da fila ou das condições oferecidas. É um erro pensar assim atualmente, ainda mais diante do avanço dos canais digitais. Agora, mais do que nunca, a experiência precisa ser valorizada em todos os momentos, principalmente no último ponto de contato com a marca, e não apenas quando se entra no estabelecimento.
Até porque é a experiência completa e não somente o preço ou outro chamariz que faz o consumidor tomar a decisão de compra. Uma pesquisa realizada pela consultoria PwC, ainda em 2018, já mostrava que nove em cada dez brasileiros (89%) apontavam a vivência que tinham com a marca como diferencial na hora de escolher onde comprar – muito acima do índice global de 73%. A aceleração digital nos últimos anos certamente deve ter potencializado isso, uma vez que o levantamento da plataforma Tiendeo, em 2021, mostra que 42% da população nacional ainda prefere o sentimento de comprar na loja física do que no comércio eletrônico.
Para garantir que a fila no caixa atenda as expectativas das pessoas e impulsione a própria jornada de compra é preciso contar com o apoio da tecnologia. Com as ferramentas certas é possível “ler” o comportamento dos consumidores, e claro, identificar pontos de melhoria nos processos da empresa. Dois pontos são essenciais nesse sentido: o primeiro é saber justamente o tempo de espera que a pessoa leva até o pagamento – e quantos desistiram nesse caminho. Além disso, é preciso identificar horários de pico em que essa espera fica maior. Com esses insights em mãos, basta pôr a mão na massa, isto é, definir ações para reduzir esse tempo e disponibilizar mais caixas nos períodos mais importantes do dia.
Na era dos dados, cada contato do consumidor com a marca traz importantes informações que devem ser utilizadas pelas empresas. Isso vale tanto para o e-commerce quanto para o varejo físico. O processo de check-out, que nos estabelecimentos comerciais inclui a fila do caixa na hora de pagar as compras, é uma das fontes mais importantes nesse processo. O lojista que identificar o quanto antes o comportamento de seu público nessa situação já dá um passo essencial para melhorar a conversão, e consequentemente, a rentabilidade do negócio.
A Amazon pretende descarregar mais de 3 milhões de metros quadrados de espaço de armazenamento. Isso ocorre à medida em que o boom do comércio eletrônico começa a diminuir, segundo relatório da Bloomberg.
Ou seja, enquanto a demanda por compras online aumentou na pandemia, a Amazon ocupou espaço de armazenamento em todo o mundo e expandiu significativamente suas operações.
Porém, de acordo com o relatório, a gigante do comércio eletrônico se viu com uma superabundância de espaço, uma vez que os hábitos do consumidor novamente passam por transformações.
Neste caso, o excesso de capacidade inclui armazéns em Nova York, Nova Jersey, sul da Califórnia e Atlanta.
Amazon pretende sublocar espaços de seus armazéns
Os mais de 3 milhões de metros quadrados de área que a Amazon pretende sublocar são aproximadamente (e equivalentes a) 12 de seus maiores centros de atendimento. Ou, mais especificamente, algo aproximado a 5% da metragem quadrada adicionada durante a pandemia.
De acordo com a Bloomberg, isso indica que a empresa está procedendo com cautela, devendo exigir recuperação rápida. Além disso, alguns dos termos de sublocação supostamente duram apenas um ou dois anos.
A Amazon se recusou a dizer qual espaço planeja sublocar ou mesmo confirmar o valor. “A sublocação é uma prática imobiliária muito comum. Nos permite aliviar as obrigações financeiras associadas a um edifício existente que não atende mais às nossas necessidades. Além disso, é algo que muitas empresas estabelecidas fazem para ajudar a gerenciar seu portfólio imobiliário”, disse a porta-voz da Amazon, Alisa Carroll, à Bloomberg.
Preocupação de investidores
No mês passado, a Amazon preocupou investidores após relatar um crescimento lento e uma perspectiva de lucro fraca. Na ocasião, disse ser devido ao excesso de construção durante a pandemia.
No final de 2021, a empresa arrendou mais de 110 milhões de metros quadrados de espaço industrial em seu mercado doméstico, duas vezes mais do que dois anos antes.
A Amazon também disse que antecipou que o excesso de espaço contribuiria com US$ 10 bilhões em custos adicionais no primeiro semestre de 2022. No entanto, não divulgou quanto excesso de capacidade tinha, onde estava localizado ou o que planejado fazer com isso.
As empresas de capital aberto no varejo de moda já estão conseguindo registrar níveis de pré-pandemia com a volta dos consumidores nas lojas, crescimento da receita, dos lucros e das margens, de acordo com o conjunto de balanços do 1º do trimestre do segmento. Porém, depois do pior cenário da pandemia do coronavírus, estão aparecendo outros desafios pela frente, como a alta da inflação e dos juros.
Na visão de Danniela Eiger, head de varejo e co-head de Equity Research da XP, o crescimento dos preços provoca um impacto generalizado, porém, certas empresas conseguem se diferenciar entre si em decorrência do seu público-alvo.
Segundo ela, empresas que tem foco no público de alta renda, como Grupo Soma e Arezzo, podem se sobressair já que oferecerem uma maior resiliência e contam com um crescimento orgânico mais consistente.
Porém, para as outras empresas, a XP enxerga que o cenário macroeconômico terá maior peso, considerando a já alta inflação que pode subir ainda mais e o poder de compra encolhido da população. “Neste aspecto a Renneré uma boa opção para se ter nesse setor, pois está posicionada acima dos seus pares e já teve correção de valuation, com destaque tanto para crescimento quanto de rentabilidade”, disse Danniela ao InfoMoney.
Retorno as lojas
O respiro dos momentos mais tensos da pandemia, fez com que as atividades comerciais do país retomassem os atendimentos. Agora a projeção é que categorias como vestuários e calçados, que por conta da pandemia deixaram de ser prioridade para uma parcela dos brasileiros, voltem a chamar a atenção dos consumidores, por terem uma demanda reprimida.
“Isso foi refletido com mais força no varejo físico por conta da reabertura das lojas, a normalização do cotidiano das pessoas e os shoppings que estão com tráfego melhor. É uma categoria que tem correlação com eventos, com sair de casa, ir a um casamento, festa ou aniversário”, explicou Danniela ao InfoMoney.
Porém, ela diz que existe uma evidente disparidade entre empresas de baixa e de alta renda.
“De baixa renda, a C&A (CEAB3) teve uma aceleração de crescimento, mas ainda com margens pressionadas, pois não conseguiu repassar totalmente o preço aos consumidores. A C&A teve inclusive Ebitda negativo. Já a Renner (LREN3) teve aceleração mais forte do crescimento, mas também tem uma dinâmica de margem bastante comprimida. A expectativa é que a Renner tenha cada vez mais uma trajetória de recuperação de vendas e de rentabilidade”, finalizou Danniela.
Cada vez mais populares, as carteiras digitais caíram no gosto dos consumidores brasileiros. Para confirmar essa tendência, a Opinion Box traçou o comportamento das pessoas sobre o meio de pagamento. Como parâmetro, 35% dos entrevistados disseram que já usam as carteiras digitais mais do que os serviços de bancos. Além disso, 16% usam diariamente o recurso, enquanto 62% passaram a utilizar com mais frequência nos últimos 12 meses. Confira a seguir as mudanças que as carteiras digitais estão trazendo aos consumidores!
Entre os principais questionamentos da pesquisa, o motivo de uso das carteiras digitais estava em destaque. A resposta, nesse caso, ficou assim:
61% disseram que usam o recurso para pagar contas do dia a dia;
57% para transferência de dinheiro;
53% comprar na internet;
52% receber cashback em compras;
45% receber dinheiro de outras pessoas;
39% recarga de celular;
39% para guardar dinheiro;
33% descontos em lojas;
31% comprar em lojas físicas;
30% investir e render dinheiro;
27% receber dinheiro de clientes;
26% abastecimento de combustível;
26% conseguir crédito/cartão de crédito;
7% recarga de bilhete único;
2% outros.
O que os consumidores sentem em relação às carteiras digitais?
Para quem utiliza as carteiras digitais, os principais sentimentos sobre o meio de pagamento são: praticidade e facilidade. Além disso, por ser um segmento conectado à vida financeira, a segurança também se destaca entre os entrevistados. Para 73% das pessoas, aliás, trata-se de um meio de pagamento definitivo. Isso, sem levar em conta que 42% delas já consideram como um modo melhor do que o oferecido pelos bancos tradicionais.
Os números levantados na pesquisa deixam o alerta: oferecer carteiras digitais como forma de pagamento demanda investimento e assertividade por parte das empresas.
Diante dessas respostas, a pesquisadora já dispara um alerta aos estabelecimentos comerciais que aceitam ou pretendem aceitar esse tipo de meio de pagamento: 48% concordam que os estabelecimentos ainda não se mostram prontos para as carteiras digitais. Portanto, antes de oferecer o recurso, a preparação para dispor de um sistema eficiente é mandatória.
A pesquisa “Opinion Box: Insights Carteiras Digitais” foi realizada em abril de 2022, com 2.149 pessoas de todos os estados brasileiros pelo Painel de Consumidores do Opinion Box.
A opinião do consumidor se propaga com rapidez entre os meios, sejam eles físicos ou digitais. O mercado de e-commerce colhe os bons e os maus frutos de suas decisões de negócios de forma cada vez mais imediata, de acordo com a percepção das comunidades. Com isso, as empresas encontraram nos feedbacks e nas interações do consumidor, sobretudo os mais jovens, uma fonte de dados abundante que permite vender com base no engajamento e na influência exercida pelos consumidores em suas comunidades virtuais. Entra em cena, então, um novo modelo de e-commerce: o Customer-to-Manufacturer, ou C2M.
Surgido na China, maior ecossistema de e-commerce do mundo, o novo modelo – que deve gerar US$ 5,9 bilhões em receita até 2022, de acordo com a iResearch – tem como premissa conectar o desejo do consumidor de forma invisível diretamente às manufaturas por meio dos dados analisados por tecnologias computacionais como inteligência artificial, machine learning e big data. No entanto, as plataformas de C2M dependem totalmente da tecnologia para mapear e entregar às fábricas dados sobre a demanda para que o planejamento da produção – do design à embalagem – seja levado adiante.
C2M conecta o desejo do consumidor de forma invisível diretamente às manufaturas por meio dos dados analisados por tecnologias computacionais.
Personalização da experiência
Sem barra de pesquisa, é necessário que a personalização da experiência exista para que haja conversão. Ter dados que permitam o mapeamento das preferências determina detalhes tão específicos quanto a disposição das mercadorias na próxima tela a ser apresentada, produtos correlatos ou mesmo a apresentação de produtos que são tendência de acordo com um determinado local onde o consumidor está interagindo com a plataforma. Como em uma rede social, o consumidor não necessariamente busca por um produto específico: a plataforma entrega aquilo que interessa de maneira totalmente personalizada.
Outro ponto-chave para o rápido desenvolvimento do modelo é a satisfação do consumidor. Dados da chinesa JD mostram que, embora apenas 12% dos consumidores saibam o que é C2M, os índices de satisfação com os produtos vendidos atingem 92%. Há, ainda, o efeito da personalização: embora não sejam exclusivos, os produtos oferecidos com base nas preferências – “perfeitos” para o consumidor – tendem a ter taxas de conversão mais altas.
Consumo baseado em feedback
Essa forma de vender pela Internet está alinhada com o consumo de massa baseado puramente em feedback, e cumpre uma demanda atual do mercado de consumo: o imediatismo. Antes, tendências e lançamentos seguiam um caminho óbvio. Designers analisavam os sucessos anteriores e concebiam um produto novo, que era promovido pelo marketing e, só então, vendido. Todo esse processo, em indústrias tradicionais, pode levar mais de um ano!
Com as novas formas de obter insights sobre o comportamento e as preferências do cliente na Internet, o caminho se inverteu e se tornou mais curto. Isso ocorre pois os dados coletados durante as interações dos consumidores nas plataformas de e-commerce C2M substituem o processo normal de pesquisa e desenvolvimento, encurtando consideravelmente o tempo entre a ideia e a execução.
Potencial de aceleração de inovação
Embora dificilmente o C2M desbanque o modelos tradicionais de e-commerce como o Direct-to-Customer (D2C) ou mesmo o tradicional de B2C, há um grande potencial de aceleração para a inovação com base nas percepções dos consumidores. Por exemplo, já existem inúmeros produtos no mercado desenvolvidos inteiramente com base em comentários nas plataformas C2M a respeito de itens similares. É o dado (novo) permitindo o lançamento de produtos cada vez mais aderentes às necessidades dos consumidores de uma forma absurdamente rápida.
Além disso, o desenvolvimento baseado em análise de dados possibilita pesquisar com profundidade necessidades específicas de determinados grupos, com recortes detalhados de demografia, preferências e precificação, preenchendo nichos desatendidos de mercado com mais facilidade.
Imagine uma fábrica escolhendo que produto ela quer fabricar a partir dos dados que mostram que determinado local demanda consumo cujos insumos de matéria-prima ou logística sejam de fácil acesso ou de baixo custo para essa indústria. Essa situação pode trazer uma vantagem competitiva enorme para essa manufatura frente aos seus concorrentes. E o melhor: ela ainda estará criando e distribuindo um produto cuja demanda já se provou viável através dos dados. Até quando? Até que a próxima análise mostre que há outro nicho cuja operação seja mais rentável ou que a tendência anteriormente confirmada iniciou seu declínio.
O C2M tem alto potencial de revolucionar o e-commerce mundial, desde compras de supermercado até o mercado de luxo. O uso do processamento de dados para monitorar tendências de consumo demonstra o poder inexplorado das interações e do engajamento dos consumidores para impulsionar tais mercados. Em um momento no qual as opiniões nunca foram tão importantes, a tecnologia põe o consumidor no controle.