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Tag: Comportamento

Publicado em 13/07/202213/07/2022

Internet das Coisas: os impactos da chegada do 5G

Com o aumento das conexões digitais, a nova geração da internet deve transformar o mercado brasileiro.

Na última semana, foi confirmada a chegada da última geração da internet móvel ao Brasil. Primeiro, o 5G foi implementado em Brasília e, agora, está sendo gradualmente disponibilizado nas capitais restantes. Como esperado, a novidade vai aprimorar e agilizar as conexões entre aparelhos eletrônicos, mas não para por aí. O sinal 5G pode impactar o conceito da Internet das Coisas (IoT na sigla em inglês) e atuar nas áreas de educação, saúde, transporte, segurança, entretenimento e finanças.

De forma direta, quando falamos sobre a chegada de uma conexão mais rápida, os benefícios imediatos que pensamos são aqueles mais rasos: rapidez na entrega de mensagens, melhora no download de arquivos, fim da lentidão em chamadas de vídeos, entre outros. Contudo, a revolução que a nova tecnologia deve trazer vai além do setor de telecomunicações – é aí que entra a Internet das Coisas (IoT).

A expressão IoT foi criada em 1999 por Kevin Ashton, pesquisador britânico do Massachusetts Institute of Technology (MIT), e nada mais é do que a possibilidade de conexão entre as pessoas e os objetos que as cercam, que funciona a partir de redes sem fio. Alguns exemplos comuns do uso dessa tecnologia são encontrados em Smart TVs, fechaduras inteligentes, smartwatches etc.

Seguindo o conceito de IoT e começando pela área de educação, a tecnologia pode impulsionar o ensino digital do País através do acesso à internet mais rápida. Durante a pandemia, muitos professores e estudantes sofreram com a falta de acessibilidade digital na educação a distância. O 5G vai expandir essa acessibilidade e transformar o ensino de diversas instituições que mantiveram o modelo a distância ou híbrido.

Falando de saúde, a estabilidade da rede faz com que seja possível que médicos auxiliem cirurgias de maneira remota, o que facilita a intervenção e o acompanhamento de pacientes que não conseguem comparecer ao local de atendimento específico.

Os impactos aos meio de transporte e segurança andam juntos, já que os automóveis poderão estar conectados e em sintonia a fim de diminuir os números de acidentes. No entretenimento, as vantagens encontram-se na rapidez do download de games e streamings.

O 5G, por fim, também tem o poder de movimentar o ecossistema de negócios e, consequentemente, as finanças do País. Com a possibilidade de desenvolvimento de novas tecnologias, como as citadas acima, há a expectativa de uma geração significativa de novos empregos. Além disso, a rede deve agilizar processos operacionais burocráticos, como os de onboarding e os de pagamentos digitais.

Falando em números, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) pretende arrecadar até R$ 49,7 bilhões com o leilão do 5G, sendo R$ 39,1 bi em investimentos e outros R$ 10,6 bi em outorgas.

A Accenture, empresa de consultoria global, publicou um estudo que diz que a tecnologia vai gerar um lucro de mais de 2 trilhões de euros entre 2021 e 2025 na Europa. Nos Estados Unidos, os ganhos devem chegar em mais de US$ 2,7 trilhões de vendas, com o potencial de criar 16 milhões de empregos em todos os setores da economia norte-americana.

A empresa de consultoria afirmou que ainda é muito cedo para ter certeza do impacto no Brasil, já que a tecnologia ainda nem chegou em todas as cidades, mas as expectativas são boas. Estamos em um momento propício para acompanhar a aceleração digital que já acontece em outros lugares do mundo.

Com a mão de obra correta, o 5G pode ser o recurso que faltava para que consigamos ampliar nosso gerenciamento da tecnologia. Enquanto esperamos pelos resultados futuros que podem revolucionar o mercado brasileiro, os usuários já podem aproveitar o envio rápido de mensagens e as chamadas de vídeo sem travar.
Carlos Carvalho é CEO da Truppe!

Publicado em 08/07/202208/07/2022

Os caminhos da experiência do cliente no futuro certamente vão te impactar

Não existe almoço grátis! O economista, estatístico e escritor norte-americano, Milton Friedman popularizou essa frase ao utilizá-la, em 1975, como o título de um de seus livros. Ponto central da ciência econômica, o conceito do tal almoço grátis é simples e direto: não há como exigir que o cliente tenha interesse e fidelidade pelos produtos sem que algo seja oferecido em troca.

E essa troca não necessariamente se dá a partir de promoções, novas soluções e serviços. A boa experiência é fundamental para que este cliente se sinta – ou melhor – que ele realmente esteja no centro da atenção.

Todos nós somos clientes em algum momento do dia. E sendo assim, queremos que as interações sejam autênticas, pessoais e também sirvam para orientar conversas futuras. Assim como qualquer outro relacionamento, não suportamos (cada vez mais) a ideia ter que repetir ou sentir que as empresas não estão ouvindo ou aprendendo com o que temos a dizer.

Nesse contexto, é fundamental que as companhias estejam acompanhando as tendências e aplicando o conhecimento do consumidor em estratégias que levem em conta o atual cenário de constante transformação. Você, como cliente ou consumidor, será impactado por essas mudanças.

Por isso, trago um pouco das 5 principais apostas que vejo em CX, não só para 2022, mas também para toda a década:

1 – Consumidores querem conversar com as marcas
A maneira mais natural com que nós interagimos com outras pessoas é através de conversas. E por que não conversar também com as empresas? As expectativas dos consumidores mudaram e cada vez mais os canais digitais ganham relevância. Poucos são os casos que justificam que o cliente pegue um telefone, ligue e espere para ser atendido por uma empresa. Conversas rápidas e relevantes através do canal escolhido pelo cliente é a realidade exigida pelos consumidores para os próximos anos.

2 – Querem ter seus problemas resolvidos rapidamente, mesmo que seja por conta própria
A dinâmica do processo de jornada do cliente costumava significar que a empresa e o agente de atendimento detinham todo o controle sobre a experiência de cada cliente. Agora, a dinâmica do poder mudou à medida que as empresas passaram a usar CX para se diferenciar. Os consumidores esperam estar no controle para se manterem fiéis às marcas, desde a escolha dos canais e forma de ser atendido, como o tempo que quer gastar com isto, mesmo que isso indique que ele mesmo possa solucionar seus problemas.

3 – Clientes querem ser reconhecidos em qualquer interação, sem precisarem ficar se repetindo
Como consumidor, não há nada mais cansativo e frustrante do que ter de repetir suas demandas aos atendentes à medida em que somos encaminhados para os departamentos responsáveis ou mesmo quando fazemos um novo contato. Cada vez mais os clientes estão reforçando a importância dessa integração do atendimento e do histórico de informações para personalizar cada jornada do cliente, de acordo com suas preferências e interações. De acordo com o CX Trends 2022, 87% consumidores brasileiros esperam que as empresas colaborem internamente para que não precisem repetir informações. E mais: 99% gastaria mais com marcas que personalizam esse atendimento.

4 – Se a tecnologia veio para ficar, conversar com “robôs” não será um problema
Os clientes vêem a Inteligência Artificial principalmente como uma força para o que é bom, podendo melhorar suas interações e experiências com as empresas. Feito corretamente, 65% dos clientes esperam que a IA seja uma economia de tempo. Outros 64% dizem que isso os impedirá de ter que se repetir. Olhando para o futuro, 61% esperam que a maioria de suas futuras interações de serviço com as empresas sejam automatizadas. Até 2030, a IA deverá representar 75% das primeiras interações com os clientes, colocando o papel do agente de atendimento de forma muito mais estratégica no processo para lidar com casos mais complexos ou clientes VIP.

5 – Querem, acima de tudo, ter boas experiências. E as expectativas ficarão altas.
Se consumidores brasileiros já deixavam de comprar com uma marca depois de múltiplas experiências negativas, imagine como essa expectativa será ainda mais alta nos próximos anos! A questão das boas experiências já é realidade: 75% dos clientes agora recorreriam a um concorrente após apenas um único atendimento ruim. As empresas não vão querer pagar pelo risco de perder o cliente por não cuidar bem de suas experiências.

O que podemos entender destas apostas é que não importa qual a sua preferência em termos de atendimento, desde que você tenha uma boa experiência, e sempre foi assim. O que está mudando e deve mudar em uma velocidade cada vez mais rápida é a forma como as novas tecnologias estão expandindo as fronteiras de CX e impactando o nosso comportamento, e vice-versa, esteja presencialmente em uma loja, via aplicativo no seu smartphone ou até em uma jornada de imersão do metaverso. Se tivermos esta experiência que buscamos, seja qual for a marca, podem ter certeza que o almoço estará pago.

Publicado em 04/07/202204/07/2022

Amazon lança novo serviço de análise de lojas físicas de varejo

Tecnologia dará informações sobre como os produtos são descobertos, considerados e comprados nas lojas.
A Amazon lançou um novo serviço de análise de lojas físicas de varejo que oferece às marcas insights sobre o desempenho de seus produtos, promoções e campanhas de anúncios.

Através de dados agregados e anonimizados, o Store Analytics dará às marcas acesso a informações sobre como seus produtos são descobertos, considerados e comprados nas lojas Amazon Go e Amazon Fresh, nos Estados Unidos, que usam Just Walk Out e Dash Cart – tecnologia que permite que os clientes comprem, depois deixem a loja sem esperar na fila para pagar.

As empresas também terão acesso a dados sobre como seus produtos se classificam e se comportam, além de métricas de desempenho para campanhas na loja, como sinalização digital.

Esses insights ajudarão as lojas a tomarem decisões informadas sobre promoções e campanhas de anúncios e a melhorarem a experiência dos clientes, tornando o layout da loja mais fácil, melhorando a seleção e a disponibilidade de produtos e entregando valor através de promoções e publicidade relevantes.

“Sabemos que os compradores se preocupam com a forma como suas informações são usadas e compartilhadas, por isso pensamos muito em como podemos tornar esse serviço útil para as marcas, enquanto continuamos a proteger a privacidade dos compradores”, informou a Amazon.

Nenhum dado que possa ser vinculado a um comprador individual será compartilhado. Serão fornecidas informações como a porcentagem de quantas vezes seu produto foi retirado da prateleira e depois comprado durante essa visita à loja ou mais tarde em Amazon.com.

Os compradores que não quiserem os dados usados para o Store Analytics podem optar pelo site da empresa Store Analytics.

Publicado em 23/06/202223/06/2022

Entenda como a Rappi captou o valor do CX na relação com os Zoomers

Na visão da nativa digital, os zoomers esperam das marcas resoluções para que eles possam usar o tempo a seu favor e do jeito que quiserem.

Engajar a nova geração de consumidores (Z) não é tarefa para amadores. Para uma marca ser bem sucedida com esse público, ela deve passar longe de artifícios e táticas aplicadas às outras gerações de consumidores. A cultura derivada da experiência em cada momento de contato com uma marca, faz com que os membros da geração Z (ou zoomers) inaugurem um novo desafio de narrativas para as marcas.

Impulsionados pela hiperpersonalização digital, esses clientes representam o início de um novo caminho em CX para as empresas. Mas, como seria repensar os canais e a experiência em termos de uma narrativa excitante em momentos de descoberta e engajamento para esse público consumidor?

“A geração Z gosta de ser surpreendida com inovações, experimentações e querem distância de complicações na hora de consumir”, avalia Sandra Montes, CGMO do Rappi Brasil. Para ela, as marcas devem entender que a atração e retenção desta geração implica em uma jornada de consumo altamente dinâmica que podem incluir lançamentos, parcerias, benefícios, entre outros atrativos. “Além disso é um consumidor que espera das marcas resoluções para a complexidade da vida contemporânea de forma que elas possam usar o tempo a seu favor do jeito que quiserem”, completa Sandra.

Por nascer em um contexto digital, totalmente inserido na esfera do mobile, o Rappi captou logo de início essa urgência. Porém, Sandra explica que o desafio agora é ampliar esse conceito para outros públicos, inclusive os mais velhos. “O nosso desafio agora, além de reter essa geração nativa da era digital, é também de alcançar as gerações anteriores, que já estão conectadas e estão presentes no ambiente virtual, mas, que ainda não incluíram um superapp, como o Rappi, como um serviço incorporado em suas rotinas”, explica.

Autenticidade e confiança

Voltando à Geração Z, a autenticidade e confiança também são ativos de alto valor para estes consumidores. No entanto, ainda vemos muitas empresas focadas em outros parâmetros. Mas por que isso acontece? Quais são os desafios para empresas traduzirem esses atributos para os seus produtos e serviços?

De acordo com Sandra Montes, uma das características das novas gerações, especialmente da Z, é a sua predisposição em se conectar com causas e pessoas. “É natural e refletido em seu comportamento de consumo. Aqui, autenticidade e confiança também estão relacionados ao impacto de seu consumo, por exemplo. Em questões da sociedade contemporânea como as mudanças climáticas, a desigualdade social e as causas inclusivas”, reflete a CGMO do Rappi Brasil sobre o desencontro de algumas marcas no entendimento e importância da autenticidade com a nova geração de consumidores.

Desafios e o valor da transparência

Para Sandra Montes, um dos principais desafios para as empresas se relacionarem com essa geração de consumidores (e com as demais também) está na manutenção de uma relação baseada na transparência, que implica confiabilidade e autenticidade. “Proporcionar a melhor experiência na jornada do cliente”, resume Sandra.

E, hoje, superar estes desafios para as marcas passa pela questão da segurança em relação aos dados dos clientes. Em um mundo cada vez mais hiperpersonalizado as informações são um ativo de alto valor e de responsabilidade. Um desafio que passa pela apresentação de soluções ágeis, precisas, seguras e transparentes para qualquer problema que o consumidor enfrentar na sua jornada. “É, sobretudo, a construção de canais de comunicação eficientes e disponíveis sempre que necessário”, diz Sandra.

Em resumo, pensar em CX para as novas gerações de clientes é transacionar com um público astuto. “Neste contexto, ter agilidade e a capacidade de inovar são habilidades fundamentais para atender a um consumidor que procura fazer melhor uso de seu tempo no dia a dia, otimizando-o ao delegar às empresas questões práticas de sua rotina”, conclui Sandra.

Publicado em 23/05/202223/05/2022

Eshopper abre inscrições para prêmio de melhores e-commerces do País

Para a premiação desse ano, a companhia anunciou que trará novas categorias e novos selos de Best User Experience.

A Eshopper, empresa de análise do e-commerce, anunciou a abertura para as inscrições da 2º edição do The Digital Commerce Ranking. O objetivo do ranking é premiar os 100 maiores e-commerces do País, que oferecem as melhores experiências de compra. As empresas interessadas em participar podem fazer a inscrição até o dia 12 de julho através do site.

Na primeira edição, grandes companhias como Centauro, C&A, Drogasil e Tok&Stok foram premiadas. Além disso, os sites das empresas recebem um selo que qualifica o canal quanto à usabilidade. Para conferir o ranking completo e com a nota de cada site, clique aqui.

Para a premiação desse ano, a Eshopper anunciou que trará novidades, inclusive adicionando novas categorias além das tradicionais: Esportes, Eletrônicos, Eletrodomésticos, Beleza e Farmácia, Moda e Acessórios, e Casa e Decoração. Também foram anunciados novos selos de Best User Experience, que agora são divididos em prata, ouro e diamante e qualificam a experiência do usuário no site.

A general manager da Eshopper, Aline Haeckel, reforçou que essa é uma oportunidade para as empresas receberem uma análise com indicadores e boas práticas de mercado. “Por meio da nossa avaliação as empresas têm a possibilidade de fazer ajustes para melhorar a experiência de compra do consumidor, de modo que eles adquiram produtos de maneira rápida e prática”, finalizou Aline.

Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) há mais de 1,5 milhão de e-commerces no País.

Ranking 2021

A premiação da 1º edição do prêmio Digital Ranking da Eshopper ocorreu no dia 12 de abril, durante o Vtex Day, um dos principais eventos sobre inovações no comércio digital. Na ocasião, as três primeiras empresas de cada categoria foram premiadas com troféus.

Na categoria geral, a primeira colocação ficou com a Centauro, seguida pela Farmadelivery em segundo lugar e a Drogasil em terceiro. Já no segmento de Beleza e Farmácia, a Farmadelivery liderou o ranking. O pódio foi completo pelas duas redes do Grupo RD, Drogasil e Drogaria na segunda e terceira posições, respectivamente.

O setor de Casa e Decoração foi liderado pela Tok&Stok, seguido pela Móveis Simonett e a Imaginarium completou o pódio. Entre os eletrônicos a JBL é quem domina o ranking, com a Philco em segundo lugar e Panasonic em terceiro.

A categoria de Eletrodomésticos teve seu pódio formado por Consul e Compracerta, ambas do Grupo Whirpool e na primeira e segunda posição, respectivamente, e a Frigelar completa o ranking. Por fim, no setor de esportes, a Centauro ficou com a primeira posição, seguido pela Adidas em segundo e Puma em terceiro.

Publicado em 10/05/202210/05/2022

Dia das Mães movimenta 142 milhões de reais no e-commerce em 2022

O e-commerce foi um importante canal de vendas para o Dia das Mães deste ano: o faturamento online das pequenas e médias empresas cresceu 6,8% no período relacionado ao Dia das Mães, em comparação a 2021, e alcançou um total de R$ 142 milhões. Os dados são do levantamento realizado pela Nuvemshop, plataforma de e-commerce líder na América Latina com mais de 90 mil lojas virtuais ativas, em sua maioria de pequenos e médios empreendedores.

Os segmentos de Moda (R$ 54,3 milhões), Saúde & Beleza (R$ 11,36 milhões) e Acessórios (R$ 11,3 milhões) lideraram as vendas online em 2022 no período relacionado à data comemorativa. Os produtos mais vendidos foram camisetas e óculos de sol. Este último representa mais de 8% do total comercializado neste último Dia das Mães.

“Apesar dos desafios econômicos, o Dia das Mães continua sendo uma das datas mais relevantes para o varejo. E os números indicam que o mercado do e-commerce no Brasil segue aquecido, especialmente para os pequenos e médios negócios, que têm um potencial maior de alcance de novos clientes de todos os estados ao vender online”, afirma Luiz Natal, especialista em e-commerce e Gerente de Desenvolvimento de Plataforma da Nuvemshop.

No total, 2,48 milhões de produtos foram adquiridos nas lojas online nas três semanas analisadas, com um ticket médio de R$ 245, indicando um aumento de 11% no valor médio por cada compra online em relação ao mesmo período do ano anterior. Os estados São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro lideram o faturamento nacional do período.

Dentre as formas de pagamento, o cartão de crédito sobressaiu como a principal escolha, utilizado em 53,9% das compras online. O segundo meio de pagamento mais utilizado nas PMEs online é o Pix, que representou 18,2% dos pedidos do período. A ferramenta tornou-se popular por sua praticidade e substituí pedidos anteriormente pagos em boleto, que representou apenas 3,5% dos pedidos do Dia das Mães.

“A praticidade de compra e preços competitivos das lojas online se mostraram grandes atrativos para presentear as mães. Além disso, muitas PMEs apostaram em coleções especiais de produtos para a data e em condições especiais de compra, como frete gratuito e descontos, para se destacar no ambiente digital e competir também com as lojas físicas”, ressalta Natal.

Para o levantamento, foram consideradas as vendas realizadas na semana do Dia das Mães e nas duas anteriores, independentemente do ano.

Publicado em 02/05/202202/05/2022

Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3), Americanas (AMER3) e mais: O que esperar das varejistas no 1T22?

Na análise do Bradesco BBI, a temporada de balanços referentes ao primeiro trimestre de 2022 mostra mais uma safra de resultados “mistos” para as empresas de varejo.

As empresas deste setor começaram a divulgar seus números nesta semana, começando pela Grendene (GRND3) em 28 de abril.

A Lojas Quero-Quero (LJQQ3) anuncia seus números na segunda-feira (02), seguida pela maioria das outras nas duas semanas seguintes, com uma “super quinta-feira”, em 5 de maio, – quando serão reportados os balanços de oito empresas.

Magazine Luiza (MGLU3) e Via Varejo (VIIA3) divulgam seus resultados no dia 12 deste mês. Para saber mais sobre os balanços das empresas, clique aqui e confira a agenda completa.

O que esperar dos balanços?

Richard Cathcart e Flávia Meireles, analistas do BBI, esperam ver um impulso mais forte da receita líquida e uma demanda mais consistente entre os nomes de vestuário, embora vários ainda sofram pressão de margem.

Segundo a corretora, a Arezzo (ARZZ3) deve apresentar o resultado mais forte, com crescimento de alta qualidade em todas as suas marcas (com vendas crescendo 60% na comparação anual).

Em contraste, os analistas destacam que as categorias de ticket alto devem permanecer sob pressão.

“Esperamos que o crescimento do comércio eletrônico diminua, mas também esperamos ver sinais de recuperação de margem – particularmente em Magalu e Via – uma vez que a administração das companhias fez ajustes para se adequar à realidade de um ambiente de demanda mais fraco”, completam.

Cathcart e Meireles ressaltam que a Americanas S.A. (AMER3) deve registrar a maior taxa de crescimento de GMV (volume bruto de mercadorias), de 18%.

Quais ações comprar?

Arezzo, Lojas Renner (LRNE3) e Petz (PETZ3) são as ações favoritas dos analistas do BBI para o setor varejista.

“Vemos as estimativas subindo para Arezzo, achamos que o consenso pode estar estimando resultados muito baixos para a Renner (acreditamos que o lucro líquido de 2022 pode atingir R$ 1,3 bilhão) e vemos o múltiplo da Petz como atraente para uma ação que esperamos entregar uma taxa de crescimento médio anual ponderado da receita (CAGR) de aproximadamente 29% nos próximos cinco anos”, explicam Cathcart e Meireles.

Disclaimer

O Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.

Publicado em 26/04/202226/04/2022

Por meio da Logtech Cnt, Via anuncia início da operação full-commerce da Mallory

A CNT, logtech da Via – dona das marcas Casas Bahia, Ponto e Extra.com.br – anunciou que assumiu toda a operação de e-commerce da Mallory, uma das maiores fabricantes de eletrodomésticos e eletroportáteis do Brasil, passando a ser responsável pelo full-commerce da empresa. O contrato também é o primeiro desse tipo, desde a aquisição da empresa de logística pela Via em janeiro deste ano.

No CD de Jundiaí (SP), a Via já realizava o serviço de fulfillment para a Mallory, que possui fábrica em Maranguape, na grande Fortaleza (CE). Agora com o full-commerce, a Via/CNT cuidará de toda operação do site de e-commerce da Mallory. O escopo de processos inclui planejamento, criação, operação, gestão, atendimento, segurança digital, análise de resultados, vendas e entregas com foco em colocar o consumidor no centro da estratégia.

“Com o full-commerce a CNT entra oficialmente no ecossistema da Via, oferecendo todo tipo de solução para a indústria nos canais digitais e associado ao omni canal, além do fulfillment para sellers. A estratégia daqui para frente é escalar ainda mais e abrir oportunidade para novos segmentos e mercados explorando a musculatura de armazéns e transportes já conhecidas da Via.” – Vinícius de Albuquerque Maranhão, diretor de Logística para mercado digital na Via/CNT.

De acordo com Vinicius Ramalho, gerente Ecommerce da Mallory, a marca tem uma grande expectativa com a Via/CNT.

“Desejamos expandir e consolidar nossas operações digitais através do impulsionamento e a malha logística oferecida por esta parceria. Somos uma marca referência nas regiões Sudeste, Norte e Nordeste, e buscamos essa capilarizarão através dos canais digitais em todo o Brasil. Acreditamos que essa parceria nos trará competitividade e melhores prazos de entrega em um mercado que é tão dinâmico e exigente como o digital.” – Vinicius Ramalho, gerente Ecommerce da Mallory.

LOGÍSTICA COMO PILAR DA OMNICANALIDADE

A aquisição da logtech CNT em janeiro deste ano colocou a Via definitivamente no fulfillment e no full-commerce. Com isso, a empresa se tornou uma plataforma aberta de logística, servindo tanto o ecossistema Via quanto o mar aberto (logística as a service).

Com a logística sendo um dos pilares da Via, o contrato com a Mallory ratifica o a aceleração da inclusão desses novos serviços logísticos pela empresa, que passa a apostar no formato multi-marketplaces para parceiros e a conquistar oportunidades para atrair novos clientes. A Via tem um ecossistema omnicanal formado por mais de 1.100 lojas e 30 centros de distribuição, de forma 100% integrada.

Em 2021, o Via Marketplace, um dos maiores do país, atingiu 130 mil lojistas na plataforma e um sortimento de 41 milhões de itens (SKU), colocando a companhia em posição de disputar a liderança no Brasil.

Além do fulfillment e do full-commerce, a empresa afirma que o marketplace será turbinado pela oferta de serviços de crédito e soluções financeiras exclusivos da Via, o que retroalimenta o ecossistema, contribui para gerar maior recorrência e fideliza clientes, além de atrair parceiros que aumentarão o life time value (LTV) dos clientes e ampliar as frentes de atuação para além do varejo.

Publicado em 20/04/202220/04/2022

Metade dos moradores de favelas que usam a internet faz compras online

Estudo apresentado no Expo Favela aponta que 3 milhões de moradores pretendem comprar eletrodomésticos nos próximos 12 meses.

Com uma movimentação de R$ 180,9 bilhões em renda própria por ano, as favelas são uma potência de consumo. Segundo a pesquisa “Um país chamado favela”, divulgada durante a Expo Favela, 3 milhões de moradores de comunidades pretendem comprar eletrodomésticos nos próximos 12 meses, enquanto 1,5 milhão planeja comprar um carro.

Organizada pela Favela Holding, a Expo Favela, no World Trade Center (WTC), em São Paulo, a feira recebeu um público aproximado de 33 mil pessoas nos três dias de evento, que terminou no último domingo, 17.

Segundo o levantamento, 87% dos adultos em favelas declararam acessar a internet ao menos uma vez por semana, dos quais 50% utilizam a rede para fazer compras online.

A falta de entregas regulares por questões como falta de CEP (Código de Endereçamento Postal), de numeração nas casas e de segurança foi apontada por 39% como um problema para esse tipo de compra.

Na hora de escolher um produto ou serviço, 88% dos moradores disseram que confiam mais nos influenciadores da própria comunidade do que em influenciadores famosos.

Conexão de negócios

A Expo Favela reuniu mais de 330 empreendedores e startups de diversos ramos e teve como principal objetivo dar visibilidade e oportunidades de parcerias com empreendedores investirem e expandirem seus negócios.

Ter um negócio próprio é o mais sonho profissional dos moradores: são 6 milhões de pessoas que sonham em empreender. Segundo o estudo, 50% dos moradores se consideram empreendedores 41% têm negócio próprio (destes, apenas 37% têm CNPJ).

“A favela tem o empreendedorismo como sua principal característica de sobrevivência. Proporcionar a conexão dos incríveis empreendedores que temos em diversas favelas do Brasil com os investidores do asfalto foi fantástico. Para as próximas edições vamos ser ainda mais ousados”, diz Celso Athayde, idealizador da Expo Favela.

A feira contou com cerca de 36 horas de programação, dividida em mentoria, palestras e conferências com temáticas: educação, saúde, sustentabilidade e meio ambiente, cultura, economia criativa, diversidade, mobilidade e logística, gastronomia, comunicação, redes, moda, beleza e finanças.

Entre os palestrantes que participaram do Expo Favela, estiveram nomes como Luiza Helena Trajano, Thelma Assis, Emicida, Alok, entre outros.

No último dia do evento, 10 projetos foram selecionados para participar do reality show “Expo Favela – O Desafio”, uma produção da Favela Filmes com a Rede Globo, que será exibido na emissora aos sábados.

Publicado em 04/04/202204/04/2022

Moment Experience: a reimaginação da experiência do cliente

Em um mercado em constante transformação, a habilidade de compreender e recriar momentos de experiências com um propósito maior é o que define o sucesso nas relações entre clientes e marcas.

IDENTIFICAR A EXPECTATIVA do cliente em um exato momento (seja no atendimento, seja na informação, na venda ou em qualquer necessidade) e, em seguida, rapidamente, dar isso a ele é o que define as relações de consumo atuais. Hoje, quando pensamos na experiência do cliente, devemos entendê-la como a soma de interesses e anseios de um indivíduo no seu tempo. Tudo porque presenciamos uma era de hiperindividualização, na qual as pessoas querem se sentir especiais e os consumidores esperam que as marcas entendam isso e respondam à altura. Além disso, os consumidores buscam otimizar seu tempo diante da avalanche de conteúdos e, mais do que boas ofertas, querem ter uma conexão mais profunda com a marca que estão transacionando.

Tarefa fácil para as marcas? Óbvio que não. Essa complexidade traz muitos desafios diante de um mercado plural e, por vezes, ainda preso a velhos hábitos. Some a isso a urgência e a aceleração causadas pelas transformações digital e social (pandemia) dos últimos anos e o encontro com uma nova geração de consumidores com valores e opiniões bem-definidos e teremos todo um ecossistema ainda mais desafiador.

Empresas de diversos setores estão atentas a estes desafios e buscaram na pesquisa, na tecnologia, na informação, na valorização do tempo do cliente e na reimaginação de processos um caminho para a construção de experiências mais personalizadas e significativas com seus clientes.

É o caso da Accenture. Há pouco tempo, a multinacional de consultoria de gestão, tecnologia da informação e outsourcing patrocinou uma pesquisa com mais de 1,5 mil executivos do mundo todo para entender quais são as práticas emergentes que estão gerando resultados sobre experiência entre clientes e marcas. Um dos dados revelou que 77% dos CEOs entrevistados acreditam que suas empresas precisam mudar radicalmente a forma como se engajam e interagem com seus consumidores. “As empresas que estão obtendo resultados são aquelas que entenderam que uma grande experiência não se dá por aquilo que uma marca oferece em cada ponto de contato, mas, sim, pela maneira como essa marca ou empresa habilita o seu cliente a atingir os seus objetivos mais importantes”, explica Cristiano Dencker, líder da Accenture Interactive América Latina.

Para Dencker, entender esse atributo é o primeiro passo para dar um salto quântico em termos de experiência entre clientes e marcas.

 “É dessa forma que paramos de olhar cada momento de interação e passamos a olhar o conjunto da jornada para atingir um objetivo do consumidor”, pontua o executivo.

Com esse novo olhar, a Accenture passou a compreender essa nova jornada de consumo como “Business of Experience (BX)”. “Para nós, Business of Experience significa voltar toda a organização para reimaginar a experiência do cliente em torno de um propósito maior e inspirador, indo além de pontos de contato e passando a transformar produtos e modelos de negócio para ajudar os clientes a cumprir seus objetivos mais íntimos”, explica Dencker.

A proposta da Accenture com o BX, segundo ele, é que as empresas tenham como foco “resolver a necessidade do consumidor ao redor de um propósito”, atuando nos planos racional e emocional deste cliente. “As empresas precisam ter outro estilo de pensamento: em vez de maximizar lucros, lucrar com propósito; em vez de focar o produto e o serviço, focar o resultado do cliente; em vez de fazer as pessoas quererem produtos e serviços, criar produtos e serviços que as pessoas queiram; em vez de pensar em crescimento do negócio, desenvolver a melhor abordagem e evolução daquilo que está no foco do consumidor; em vez de buscar eficiência em silos e áreas, criar eficiência no negócio com um todo”, argumenta.

Esse caminho proposto pela Accenture pressupõe que as lideranças devem ir muito além da adoção tecnológica (que já deixou de ser um diferencial) e da abordagem tradicional focada em melhorias de canais de contato e investimentos em CRM (que passou a ser básico há muito tempo). “Hoje, os maiores vilões das experiências ruins são os benchmarks, que acabaram criando um mar de experiências medíocres, copiadas e otimizadas, mas raramente reimaginadas”, ressalta o executivo da Accenture. Para ele, uma coisa é certa: “Os vencedores serão aqueles que tiverem a coragem de se reimaginar constantemente e tiverem o consumidor como sua bússola principal.”

“Uma grande experiência não se dá por aquilo que uma marca oferece em cada ponto de contato, mas, sim, pela maneira como essa marca ou empresa habilita o seu cliente a atingir os seus objetivos mais importantes”

Cristiano Dencker,
líder da Accenture Interactive América Latina

Três fundamentos em momentos de experiência, segundo a ACCENTURE

1 • Entender o lado humano do consumidor e reimaginar as experiências.

2 • Tornar a inovação da experiência um hábito e uma missão de toda a empresa.

3 • Sincronizar a agenda humana com a agenda tecnológica.

Um Novo Olhar Sobre Customer Experience

Abordar a construção de melhores momentos de experiências entre clientes e marcas passa pela compreensão e importância de um conceito básico, o Customer Experience (CX). Hoje, uma melhor utilização e compreensão de tecnologias e análise de dados é o ponto de partida para uma remodelagem de processos e abordagens efetivas da experiência do cliente com uma marca.

“O grande desafio hoje é superar o modo de pensar sequencial dentro das empresas. Dar espaço para um pensamento radial na adoção de metodologias e tecnologias conectadas com as preferências do consumidor e seguir de maneira mais humanizada a construção e manutenção desse relacionamento”, ressalta o diretor-executivo de Conhecimento do Grupo Padrão, Jacques Meir.

Sem dúvida, vícios de antigamente acabam confundindo as necessidades reais do consumidor. Como bem avalia Vinicius Porto, diretor de Experiência do Cliente (CX) do Magalu: “Os consumidores já perceberam o valor de uma experiência mais personalizada. Ao usar as redes sociais e outros serviços de streaming, eles esperam por isso em diversos campos de sua vida.” Para Porto, o “bombardeio monotemático” espanta, cansa e torna a jornada da experiência desastrosa. “Os algoritmos vão, obrigatoriamente, ter que se tornar mais humanos. Essa é a expectativa. Somos muito melhores quando mesclamos o talento e a criatividade do nosso time com o uso de tecnologia”, acrescenta Porto sobre o cuidado com a tecnologia, como veremos mais adiante.

Nesse ponto, Andrea Dolabela, diretora-geral de Produtos, Marketing e Experiência da Dasa, empresa de medicina diagnóstica, complementa: “Humanizar o atendimento é extremamente importante, mas há muito mais a se fazer quando se trata de fidelizar o cliente e ser uma marca que gera boas experiências.”

De acordo com ela, na área de saúde é preciso oferecer uma atenção unificada e fluida, em que o paciente não precise saltar de um consultório a outro sem conclusões de laudos e com calhamaços de solicitações de exames. “O tempo desse paciente é valioso, bem como seu estado emocional. Ganhamos a confiança e geramos experiência quando entendemos isso”, completa.

Outro fator importante sobre experiência do cliente e jornadas de consumo: pesquisas que olham para o passado não funcionam mais. O trabalho em Net Promoter Score (NPS) dentro das empresas, por exemplo, precisa levar em consideração outros indicadores de engajamento além dos usuais. Fusão entre governança, metodologia e ferramentas é essencial para uma construção de experiências que revelem o nível de compressão das empresas sobre o real valor do cliente. E mesmo que empresas ainda estejam presas a um cenário de tentativas de adequação diante da complexidade e velocidade em avaliar estágios de atendimento e promover uma evolução no seu relacionamento, a velha aderência da centralidade do cliente como objetivo do negócio é essencial, porém, com uma abordagem mais personalizada.

Nesse ponto, poderíamos identificar a reavaliação de confiança e fidelidade em toda a cadeia de negócios como o surgimento de um “modelo de encontros positivos”, ou seja, quando uma experiência do cliente com um serviço ou produto for boa, uma marca terá boa aceitação, logo, a organização, os colaboradores, os acionistas e, naturalmente, os seus consumidores também estarão bem. Um ciclo de encontros, em que momentos de experiências positivos beneficiam a todos.

“Quando pensamos em experiências para o público, temos que estar atentos e evitar que mais tecnologia venha a significar distanciamento do consumidor”

Vinicius Porto,
diretor de CX do Magalu

Cuidado Com a Sedução do Metaverso

Não é possível falar de toda essa reimaginação de experiências entre consumidores e marcas sem mencionar o metaverso. Empresas ao redor do mundo estão descobrindo e surfando essa onda que leva consumidores a ingressar num mundo virtual de experiências marcantes.

 Como sabemos, os exemplos em metaverso são muitos, no entanto, os resultados ainda carecem de tempo e de uma análise mais profunda. A única certeza até agora é de que o seu impacto e sedução são enormes. Ainda em curso, o metaverso certamente traz consigo a possibilidade de um incremento brutal da experiência do cliente com uma marca, mas, ainda carece de respostas para algumas perguntas.

A primeira delas é definição: como avaliar de maneira fundamentada valor e preço dentro do metaverso? Descentralização financeira: como incorporar as criptomoedas com segurança e parte do negócio? Segurança: violação de privacidade também faz parte do metaverso? Vanguarda: encontrar distração com óculos de realidade virtual (que não é nenhuma novidade) é metaverso?

Esses questionamentos devem fazer parte do pensamento de empresas interessadas em todo o poder dessa novidade. “Metaverso deve ampliar as possibilidades da jornada do cliente, explorar novas experiências e funcionar como novo modelo transacional. É canal de venda, de testagem de produto, serviço e de interação sensorial, ao mesmo tempo em que abre as portas da descentralização financeira para as empresas, ao incorporar as criptomoedas como fundamento do negócio”, explica Jacques Meir, que faz um alerta: “Ninguém vai fazer reuniões em salas emuladas da realidade ou ficar visitando lojas que tenham aquela feição ‘plástica’ digital ou, ainda, criar avatares para andar a esmo por um cenário como no finado Second Life.”

Para o especialista, o metaverso envolve redimensionar a realidade. “Por isso, chamamos de aplicações de realidade estendida”, frisa Meir. De fato, o metaverso incorpora muitas fases, novas perspectivas e a oferta de NFTs (Non-Fungible Tokens), criptoativos que representam de forma digital produtos e serviços do mundo real, cujo valor está atrelado ao valor daquilo que ele representa.

Enfim, estamos falando aqui de uma tecnologia e um cenário que deveriam ofertar momentos de experiência bem diferentes do que estamos acostumados. Não queremos aqui minar qualquer tentativa de uma empresa ou marca em fazer parte do metaverso. Não temos essa pretensão. Pelo contrário, desejamos que marcas se aprofundem ainda mais nas possibilidades do metaverso para a criação de experiências incríveis entre clientes e marcas. A ressalva é sobre o apelo e a urgência do metaverso. A maior qualidade dessa ferramenta é ir além de sua natureza high tech e seu poder de sedução para uma construção tangível de negócios.

“Moment experience é colocar o consumidor no centro e trabalhar para que os serviços oferecidos possam surpreender, e não apenas entregar o esperado”

Andrea Dolabela,
diretora-geral de Produtos, Marketing e Experiência da Dasa

“As boas experiências de hoje criam expectativas para as próximas e, com isso, alimentam um ciclo em que as marcas precisam estar muito atentas e sintonizadas aos sentimentos do indivíduo”

Carine Mahler,
diretora de Comunicação e Branding da Nestlé Brasil

Nem Tudo Se Resume a Tecnologia

Ainda falando do papel da tecnologia no campo de construções de experiências, as empresas hoje procuram cada vez mais gerar conhecimento e insights para uma camada de customização e ação de sucesso com consumidores. E isso é muito bom. Entretanto, apenas tecnologia não traz bons resultados. Esta afirmação parece datada? Nem tanto.

Para Vinicius Porto, diretor de Experiência do Cliente (CX) do Magalu, este é um ponto muito importante quando falamos de reimaginação de experiências de consumo, principalmente quando analisamos este cenário de acesso fácil e volumoso a novas tecnologias. “Quando pensamos em experiências para o público, temos que estar atentos e evitar que mais tecnologia venha a significar distanciamento do consumidor”, alerta. “Mais do que simplesmente adotar tecnologias diversas, é fundamental investir mais tempo para entender pessoas e então definir o que será construído com a tecnologia”, completa.

Por outro lado, existem também as experiências vivenciadas em diferentes setores que impactam decisivamente o nível de expectativa dos consumidores. Carine Mahler, diretora de Comunicação e Branding da Nestlé Brasil, entende que hoje as marcas estão competindo por essa melhoria da experiência não somente com os seus tradicionais pares, mas também com a última experiência vivida em outras áreas de consumo. “As boas experiências de hoje criam expectativas para as próximas e, com isso, alimentam um ciclo em que as marcas precisam estar muito atentas e sintonizadas aos sentimentos do indivíduo”, explica.

A Chilli Beans tem um bom exemplo. No início deste ano, a marca realizou uma ação no reality televisivo Big Brother Brasil (BBB), com uma coleção de óculos assinada pelo DJ Alok. A repercussão foi imensa, assim como foi anos atrás na primeira participação da marca no programa. Caito Maia, CEO e fundador da Chilli Beans, afirma que a marca entende o valor da tecnologia, mas, sempre busca outras ações que saiam do óbvio e que criem momentos de experiência inesquecíveis com o seu público. “O desafio de hoje é o de sempre: contar histórias relevantes, verdadeiras, que envolvam o consumidor com sua marca, com sua história, com seus produtos ou serviços. Na hora em que você desperta a emoção, mexe com as sensações. Esse desafio apenas se desdobrou em mais de uma dimensão, mas continua essencial”, avalia Maia.

“O desafio de hoje é o de sempre: contar histórias relevantes, verdadeiras, que envolvam o consumidor com sua marca, com sua história, com seus produtos ou serviços”

Caito Maia,

CEO e fundador da Chilli Beans

Nesse ponto, Celso Tonet, diretor de Atendimento e Call Center da Claro, concorda e acrescenta: “Os clientes passam a se preocupar mais com a escolha de empresas e produtos que estejam conectados com o seu propósito de vida, com seu estilo, com suas emoções.”

“Moment experience é colocar o consumidor no centro e trabalhar para que os serviços oferecidos possam surpreender, e não apenas entregar o esperado”, completa Andrea Dolabela, da Dasa, sobre a criação de experiências com clientes, e acrescenta: “Por mais que a tecnologia exista para melhorar a jornada, ela tem de funcionar como um meio para deixar a experiência mais humana.”

Celso Tonet,diretor de Atendimento e Call Center da Claro
Hoje, uma empresa tem que trabalhar com a possibilidade de ‘abrir suas portas’ para que cada cliente tenha o conhecimento dessa marca”

Elio Silva,
diretor-executivo de Canais e Marketing da Riachuelo

Autenticidade e necessidade de correr riscos

Passando da tecnologia para outras qualidades, quando falamos de momentos de experiências nos deparamos com a cultura de cada empresa. As demandas da vida contemporânea são cada vez mais dinâmicas e complexas, e ter agilidade e capacidade de inovar e ser autêntico são habilidades fundamentais para empresas criarem boas experiências para o consumidor.

Segundo Sandra Montes, CGMO do Rappi Brasil, “para inovar é necessário assumir riscos, ser ousado e ao mesmo tempo exercer a resiliência, tendo em vista que os negócios devem se moldar na constante evolução do comportamento do consumidor”, pontua.

Nessa questão, Elio Silva, diretor-executivo de Canais e Marketing da Riachuelo, percebe que autenticidade é um ponto-chave na criação de boas experiências de consumo. “Porém, ter autenticidade e gerar valor não é tão simples. Uma empresa com deficiência interna não vai conseguir realmente gerar confiança. Hoje, uma empresa tem que trabalhar com a possibilidade de ‘abrir suas portas’ para que cada cliente tenha o conhecimento dessa marca”, argumenta.

Ilca Sierra, Chief Experience Marketing Officer (CXMO) da Via, também acredita que os consumidores vão interagir e comprar de marcas com as quais tenham “verdadeira parceria”, em que “a inovação, a comodidade, a interação e a segurança continuarão sendo pontos fundamentais nessa criação e na relação de momentos de experiência”.

“Hoje, já não é mais suficiente fazer uma ação promocional sem que estejamos, de alguma forma, devolvendo algo para a sociedade ou apoiando a nossa comunidade”, frisa Thaís Azevedo, CMO do Zé Delivery, sobre o envolvimento entre marcas e clientes.

Como bem analisa Filipe Bella, head de Consumer Care da Serasa, sobre empresas que apostam em experiência como diferencial: “Esse momento ainda irá durar por mais alguns anos. Quem já se adaptou a esse caminho ou está nessa transição, provavelmente será a empresa exponencial em seu segmento”, pontua.

Para isso, é preciso entender o cliente em toda a sua jornada de contato com a empresa. Essa também é a premissa da Vivo. Mais do que simples pesquisas de satisfação, a empresa faz uso de um sofisticado sistema de entendimento das relações com seus clientes, incluindo uma novidade recentemente implantada de pesquisas recebidas por vídeo. “Com essas ferramentas, é possível entender cada tipo de cliente, repensar jornadas e redesenhar canais e processos”, conta Leandro Coelho, diretor de Experiência e Satisfação do Cliente Vivo.

Como bem resume Thaís Azevedo, CMO do Zé Delivery: “Não dá para pensar em experiência do cliente se a empresa foca apenas lucrar ou atrair novos consumidores sem acompanhar o processo de decisão de compra e de relacionamento com a marca.”

“Os negócios devem se moldar na constante evolução do comportamento do consumidor”

Sandra Montes,
CGMO do Rappi Brasil

“Já não é mais suficiente fazer uma ação promocional sem que estejamos, de alguma forma, devolvendo algo para a sociedade ou apoiando a nossa comunidade”

Thaís Azevedo,
CMO do Zé Delivery

A RELAÇÃO COM OS NOVOS CONSUMIDORES

A Geração Z, ou zoomers, não é apenas um grupo de consumidores, é uma tribo. Falar de experiências entre marcas e clientes sem mencioná-los é ignorar um dos maiores contingentes de consumidores do mundo. Essa geração tem seus canais preferidos de contato com as marcas, são informados, hiperconectados, valorizam análises e reviews de produtos e serviços feitos por seus pares e procuram marcas que espelhem seus valores e não se deixam seduzir por promessas vazias.

Ilca Sierra,

Chief Experience Marketing Officer (CXMO) da Via

Essa cultura de consumo, derivada da transparência e da agilidade, representa um desafio narrativo para as empresas na criação e manutenção de momentos de experiência. Para muitas marcas, esse público requer um exercício diário e fora dos padrões estabelecidos sobre relações de consumo.

“A grande diferença é que essa geração vive meios e canais que corroboram para jornadas pouquíssimas lineares. É imperativo que as marcas criem conexões mais profundas e significativas. Os mais jovens exigem cada vez mais que as experiências de compra sejam mais do que apenas um ato transacional”, avalia Vinicius Porto, diretor de Experiência do Cliente (CX) do Magalu.

Envolvimento é o primeiro passo com esse público. Os zoomers sabem que isso é possível, pois as empresas têm mais ferramentas e equipes à sua disposição para oferecer ótimas experiências para essa geração. É isso que eles esperam das marcas. Nesse ponto, abandonar padrões é fundamental.

“Já foi a época em que a área de marketing era quem criava momentos de experiências. Hoje, essa área é mais responsável por traduzir esses momentos que acabam derivando de uma interação multo maior com outras áreas de uma empresa”, diz Elio Silva, da Riachuelo, sobre a necessidade de reimaginarmos as experiências para esse novo público.

Porém, a atenção ao tempo com essa geração de consumidores é ainda maior. “É o momento da efemeridade das coisas; o consumo da publicidade chega ao seu pico muito rápido e se esvai na mesma velocidade. Isso gera uma necessidade constante de reinvenção e presença digital”, contextualiza Vinicius Porto, do Magalu, sobre as qualidades para a construção de novas jornadas de consumo para a Geração Z.

 Redes sociais e metaverso são as plataformas que mais despertam o interesse desse público. Estes ambientes trazem grandes possibilidades para as marcas em termos de engajamento e criação de momentos com esse novo consumidor. Por isso, é fundamental entender essas ferramentas como recursos para jornadas de descoberta. Jogos, desafios, recompensa imediata: tudo isso faz parte da construção de momentos de experiência com este público nestes ambientes.

A Via demonstra estar atenta a essa nova geração de clientes. Recentemente, ela incorporou o mundo gamer em suas ações. Trouxe o Nobru, maior jogador de Free Fire do mundo, como head Criativo de Games, e anunciou o patrocínio do seu time, o Fluxo. “Juntos, eles contribuem para a estratégia de comunicação da categoria de games e para a cocriação de ações e conteúdos exclusivos para os gamers”, conta Ilca Sierra, da Via. Outro exemplo em termos de experiência para o jovem consumidor foi o lançamento dos canais CB Play e Ponto+ que, em parceria com plataformas de streaming como Paramount +, HBO Max, entre outras, oferecem acesso a conteúdo de entretenimento após determinado valor em compra.

Leandro Coelho,

diretor de Experiência e Satisfação do Cliente Vivo

Voltando à análise para a criação de momentos de experiência com esse público, percebemos que a narrativa, o conteúdo, é sempre o ponto de partida. Como bem avalia o CEO e fundador da Chilli Beans, Caito Maia: “Hoje, temos um público muito antenado e focado em propósitos, então sua marca precisa deixar claro quais são os dela para se conectar de maneira mais intensa com ele”, pontua.

Fernanda Grumach, líder de Experiência de Compras dos Clientes Amazon no Brasil, concorda com a análise de Maia e complementa: “Criatividade e proximidade são a chave para engajar a nova geração de consumidores. Se eles querem ter tudo no mesmo lugar, a um toque dos dedos, nós entregamos isso”, frisa.

Boas iniciativas para transacionar com essa geração não faltam nas gigantes do varejo. O Amazon Prime, por exemplo, foi projetado para trazer conveniência e divertimento em uma combinação de compras com novas experiências. No Brasil, essa plataforma da Amazon inclui uma série de ofertas: filmes e séries de sucesso no Prime Video, mais de 2 milhões de músicas e podcasts no Prime Music, acesso a centenas de livros e revistas digitais no Prime Reading e jogos gratuitos no Prime Gaming. Tudo em uma única assinatura por apenas R$ 9,90 ao mês, ou R$ 89,00 ao ano. Para o público jovem, isso é muito vantajoso.

“Essa expansão de mercados, de consumidores e de novas tecnologias no digital mostra o quanto as experiências completas são necessárias. A meta é garantir que o consumidor se identifique com a marca, encontre o que precisa sem perder tempo e também receba esse produto como ele deseja”, enfatiza Fernanda.

Ainda sobre a Geração Z, estar atento ao modelo transacional escolhido por este novo cliente é estar na vanguarda da criação de bons momentos de experiência. Para um banco digital (o preferido dessa nova geração), a relação com esse público requer pensar da seguinte forma: integrar canais digitais e redes sociais na comunicação e na jornada do produto de forma descomplicada e eficiente, já que este consumidor tem uma verdadeira intolerância por inconveniências digitais.

De acordo com Ana Bellino, superintendente de Produtos, Marketing, UX e BI do banco Digio, por ser um banco digital, usar tecnologia para contratação de serviços é o básico na relação com esse público jovem. “Se na fase de assinaturas enviarmos um documento por papel, há uma quebra dessa expectativa e não é o que esse público espera. No Digio, oferecemos produtos relacionados com o perfil desse cliente dentro do app e trazemos conteúdos relacionados ao seu dia a dia dentro de um contexto e storytelling. Se muitos produtos financeiros estão comoditizados, precisamos inserir um contexto para mostrar que nosso produto não é bem assim”, explica a executiva.

Sem dúvida, essa nova geração deseja mais interação e personalização, reforçando o sentimento de pertencimento. Isso pode gerar um desafio maior para as marcas de construção de plataformas interativas. A evolução da TV para o YouTube e do próprio YouTube para o TikTok é um exemplo dessa evolução e simplificação de plataformas de relacionamento com a nova geração de consumidores.

Para Gustavo Torres, head de Experiência do Usuário e Inovação do C6 Bank, o importante, para atender essa geração, é usar a tecnologia para simplificar as experiências e fazer com que as pessoas atinjam seus objetivos da forma mais fácil possível. “No C6 Bank, por exemplo, criamos uma conta em dólar ou euro que está atrelada à conta em real do cliente no Brasil. É uma solução que revoluciona a forma de fazer remessa para o exterior, já que o envio do dinheiro se dá a apenas um toque, dentro do próprio aplicativo do banco, e a qualquer momento”, exemplifica. “Desde muito cedo, os mais jovens consomem produtos complexos com experiências muito simples, portanto, a palavra do jogo é simplicidade”, complementa Torres.

“A surpresa e a satisfação do cliente com a experiência oferecida definem o valor agregado do que está sendo consumido sem ele nem perceber que isso ocorreu”

Ana Bellino,
superintendente de Produtos, Marketing, UX e BI do banco Digio

“Desde muito cedo, os mais jovens consomem produtos complexos com experiências muito simples, portanto, a palavra do jogo é simplicidade”

Gustavo Torres,
head de Experiência do Usuário e Inovação do C6 Bank

Nessa corrida não só pela atenção deste cliente, mas pela busca da sua confiança em uma determinada marca, práticas do passado devem ficar no passado, como assinala o head do C6 Bank. “A marca hoje precisa se comunicar de forma legítima, clara, transparente, com um discurso consistente, porque as pessoas e, principalmente, os novos consumidores querem se relacionar com quem compartilha dos mesmos valores que eles. Esse público se identifica com quem efetivamente se importa com seus gostos e necessidades e está disposto a pagar por isso – tornando o negócio rentável”, frisa Torres, que completa: “A melhor experiência para quem escolheu ser seu cliente é entregar a ele o que foi prometido.”

Escolhas passam, então, a ser pautadas por valores muito mais intrínsecos, e o tom e a forma que essa experiência ganha estão diretamente conectados ao sentimento. “A surpresa e a satisfação do cliente com a experiência oferecida definem o valor agregado do que está sendo consumido sem ele nem perceber que isso ocorreu”, define Ana, do Digio.

“Hoje, o início do relacionamento entre o cliente e a empresa se dá com um toque. Mas o concorrente também está a um toque de distância. Por isso, as empresas devem, cada vez mais, se preocupar com a entrega de valor ao cliente, sabendo que os desalinhamentos de discurso da marca são expostos muito rapidamente”, conclui Torres, do C6, corroborando a competitividade, a transparência e o poder das mídias sociais que compõem o jogo do mercado atual.

O MELHOR MOMENTO NUNCA SERÁ O FINAL

Como vimos, empresas possuem conhecimento, ferramentas e iniciativas para essa necessidade de reimaginar momentos de experiência com seus clientes. Todavia, esse caminho é dinâmico, e estar atento às suas transformações é o papel de lideranças interessadas em uma abordagem autêntica e construtiva para a melhoria e manutenção de seus negócios.

Voltando ao tema central, “Moment Experience”, ainda assim é preciso pensar no consumidor primeiro, entendê-lo quase que na sua intimidade, respeitar sua privacidade, prezar pela sua segurança e desenvolver sua confiança com a marca. Velhos hábitos para novos passos em uma era de captura de dados e mensurações para identificadores pessoais, que irão compor as estratégias para momentos de experiência marcantes entre marcas e clientes.

Roger Waters escreveu: “I can barely define the shape of this moment in time” (“mal consigo definir o formato deste momento no tempo”). A frase do genial músico britânico parece ressoar como um alerta para esse olhar mais atento sobre as relações de consumo nos dias de hoje. Repleto de canais, ambientes, formatos, vozes e discursos, estes momentos encontram eco nas palavras de Waters, em um mercado impaciente e ávido por iniciativas surpreendentes e bons resultados. Mas não se abale com as incertezas do período. O alento é que, longe de um estado autodestrutivo do personagem da letra de “The final Cut”, de Waters, temos a nosso favor um mercado estimulante e vívido.

VAREJO

Um bom exemplo de uma reimaginação de experiências e cenários vem da Westwing. A empresa usa o conceito de shoppable magazine, ou seja, é uma loja e, ao mesmo tempo, uma revista. Nessa nova abordagem, tudo está reunido numa experiência, como se fosse uma rede social. Quem dá a dica é Leandro Guissoni, que é PhD, professor de estratégia no Brasil e nos Estados Unidos, empresário, palestrante e autor de livros. Guissoni diz que no caso da Westwing a experiência oferecida ao cliente foi desenhada pensando em algo como “um passeio no shopping, só que de maneira digital”. Além de fazer a curadoria de produtos, a marca engaja o cliente com campanhas diárias de curta duração, sempre com novos itens e cenários para o consumidor navegar, como salas decoradas ou cozinhas bem-equipadas para encontrar o produto certo.

“A não ser no Westwing Now, a plataforma não tem o campo de busca, e isso é proposital para fortalecer a ideia de descoberta, diferentemente do e-commerce tradicional que é focado em oferecer conveniência para o consumidor”, explica Guissoni.

SAÚDE

Integrar e personalizar a jornada (física e digital) do médico e paciente e antecipar o cuidado de forma simples e prática. Com esse propósito, a Dasa criou a Nav, uma plataforma de saúde integrada. O projeto foi pensado pela área de Customer Experience da Dasa, que é estruturada em três pilares: Human Insights, responsável por entender os movimentos e as tensões culturais, sociais e individuais; Design, que desenha os melhores serviços e pontos de contato físicos e digitais (tangibiliza a estratégia); e Experience Metrics, que garante a mensuração da experiência de acordo com a estratégia de geração de valor para os usuários. Aproximadamente 2 milhões de usuários e mais 20 mil médicos já estão usando a plataforma.

Um time de CX com quase cem profissionais é responsável pela transformação do modelo. “É o conceito de high tech e high touch que utilizamos na Dasa: a tecnologia a serviço das pessoas. A experiência phygital é uma de nossas prioridades”, explica Andrea Dolabela, diretora-geral de Produtos, Marketing e Experiência da Dasa.

INDÚSTRIA

Conversar com todas as gerações é essencial quando pensamos em momentos de experiência com clientes. A Nestlé está atenta a isso e passou a ouvir as pessoas de maneira cada vez mais disciplinada e diligente.

A marca criou a ferramenta “Consumer Experience Framework” que faz parte da metodologia de construir marcas da Nestlé, o BBNW (Brand Building the Nestlé Way). Neste processo, a empresa captura todos os detalhes de como as pessoas interagem com as categorias em que a Nestlé atua (que perguntas têm, que necessidades precisam atender, que problemas precisam resolver).

Após o mapeamento, a Nestlé planeja como suas marcas podem entrar nesta jornada, ajudando a resolver estas questões em vez de ser uma intromissão ou interrupção no dia a dia. “Este processo de escuta e interação é alimentado por uma série de fontes, passando por pesquisas mais tradicionais, sinas de dados que capturamos e analisamos, comentários nas nossas redes sociais e assim por diante”, explica Carine Mahler, diretora de Comunicação e Branding da Nestlé Brasil.

BANTECH

Para um banco com natureza digital, o entendimento das principais linguagens de mercado e dos principais modelos arquiteturais, para a reimaginação de produtos e serviços que melhorem a experiência dos clientes, é natural. No trabalho do Digio, vale destacar que serviços SaaS são fundamentais para a implantação desta estratégia.

O Google Firebase ajuda a modelar uma jornada personalizada, e o Amplitude agrega visões inteligentes e insights sobre a jornada do cliente. A equipe de CX do Digio também utiliza a Plus Software para extrair diversos insights e trazer as percepções, da mesma forma que utiliza social listening e diversas pesquisas de UX para ouvir o cliente em diversos momentos da jornada, mesmo nos projetos pilotos. “São meios para que nossa equipe entenda as necessidades e crie experiências com base em dados”, frisa Ana Bellino, superintendente de Produtos, Marketing, UX e BI do banco Digio.

TELECOM

Reimaginação de processos e serviços também faz parte do universo das Teles. Na Vivo, há mais de três anos, nasceu um dos maiores programas de CX do Brasil (reconhecido internacionalmente em 2021 pelo Customer Centricity Awards World), o DNA Vivo. Esse programa de CX tem, entre suas alavancas, o Termômetro DNA, um sistema que recebe aproximadamente 3 milhões de pesquisas por ano, em todos os pontos de contato do cliente, tanto do segmento B2C quanto do B2B e durante todo o seu ciclo de vida.

Mais do que uma simples pesquisa de satisfação, a Vivo faz uso de um sofisticado sistema de entendimento dos clientes. Além de diversas pesquisas por escrito, há uma novidade implantada: pesquisas por vídeo. “Com essas ferramentas, é possível entender cada tipo de cliente, repensar jornadas e redesenhar canais e processos para que, de uma maneira rápida, possamos identificar o que pode ser melhorado e aperfeiçoado. Além disso, trabalhamos em squads com diversas áreas da empresa para garantir momentos cada vez mais interessantes do cliente com a marca”, resume Leandro Coelho, diretor de Experiência e Satisfação do Cliente Vivo.


 

 

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