Magazine Luiza ganha o direito de dizer que tem a entrega mais rápida

Conar autoriza em função das entregas que a empresa faz em até 1h em 11 cidades.

75 lojas do Magalu foram atualizadas para se tornarem minicentros logísticos.
As entregas estão restritas ao raio de 5 km a partir dessas lojas, e não valem para itens de marketplace. Por enquanto, a logística é feita através de motos, e tem limite de peso de 6 kg; não há restrição de valor. A promessa é de que a partir de agosto passe a valer também para o marketplace.

Por enquanto as entregas são em São Paulo e capitais do nordeste.

Na China, você tem entrega em 20 minutos.

No caso do Magazine Luiza, essa opção já representa 51% das encomendas entregues (sem contar marketplace). No caso das Americanas, Submarino e Shoptime, essa proporção é de 44%. E na Via (ex-Via Varejo), dona das Casas Bahia e Ponto (ex-Ponto Frio), são 42%.

O novo negócio dos ônibus da Buser: ser a ‘última milha’ dos pacotes do e-commerce

A Buser, que nasceu e cresceu oferecendo fretamento coletivo de ônibus, está aproveitando os espaços vagos nos bagageiros de sua frota de 1,2 mil veículos parceiros para pegar carona na explosão do e-commerce e diversificar receitas. Há pouco mais de um mês, a start-up está transportando encomendas para varejistas on-line, integradoras logísticas e mesmo indústrias, em um serviço que pode ocupar até a chamada “última milha” — isto é, chegar à porta do consumidor final.

A ideia da Buser é turbinar a nova vertical por meio do seu recém-anunciado plano de investir R$ 1 bilhão nas operações da start-up nos próximos dois anos. Parte do dinheiro virá de um cheque de R$ 700 milhões recebido no mês passado, em rodada liderada pelo fundo britânico LGT Lightrock.

1,5 mil toneladas por dia

No caso do Buser Encomendas, como o novo serviço é chamado, a expectativa é estar transportando 1,5 mil toneladas de encomendas por dia em 2022. A start-up não informa quanto carrega hoje, mas diz que, desde maio, quando o serviço foi lançado, o volume triplicou.
De acordo com a companhia de Marcelo Abritta, a solução já tem entre clientes empresas como a Metalfrio, multinacional brasileira que fabrica equipamentos de refrigeração, e a start-up de logística CargoBr.

Segundo Gabriela Miranda, diretora de novos negócios da Buser, o uso de capacidade ociosa nos bagageiros de ônibus que já estão nas estradas percorrendo 3,7 mil trechos proporciona custo mais competitivo para a solução em relação à concorrência.
“Embora a gente prometa entrega em até 24 horas, estamos conseguindo fazer algumas em até 8 horas”, sustenta a executiva, em nota, acrescentando que os pacotes são rastreados em tempo real por meio de telemetria e sustentando que seus preços chegam a ser 50% menores que o de seus competidores.

Campanhas mensais e presença na mídia: a estratégia da Shopee

Nos últimos meses, quem assiste à televisão ou acompanha vídeos na internet certamente deve ter sido impacto por algum comercial da plataforma de e-commerce Shopee. A companhia de Singapura, fundada em 2015 e pertencente ao Sea Group, chegou ao Brasil em 2019 e, desde então, vem apostando em uma forte estratégia de marketing tanto nas mídias tradicionais quanto nas digitais para conquistar os consumidores brasileiros. “A Shopee acredita no mercado brasileiro e o vê como um ambiente bem desafiador e competitivo”, comenta Felipe Piringer, head de marketing da Shopee Brasil.

Segundo o head, todo mês a empresa apresenta uma nova campanha publicitária, que tem atraído cada vez mais consumidores para a plataforma. “Além disso, sempre temos um dia principal de cada mês, em que oferecemos as melhores oportunidades de compra com ofertas e vantagens super competitivas”, explica. Em julho, por exemplo, como parte da campanha Julho R$ 10, além de oferecer descontos em produtos nacionais e internacionais e cupons de frete grátis, no próximo dia 7 a plataforma promoverá uma concentração maior de benefícios ao consumidor, como R$ 2,5 milhões em vouchers de descontos a partir da meia-noite e vouchers de frete grátis para as compras de qualquer valor. “O objetivo é seguir com a nossa estratégia de democratizar o acesso a uma variedade de produtos locais e internacionais distribuídos em mais de 20 categorias com os melhores preços, permitindo que esses usuários tenham uma experiência de compra segura, fácil e divertida”, explica Piringer.

Recentemente, no Dia dos Namorados, a Shopee fez sua primeira ação de conteúdo na televisão brasileira, no programa Se Joga, da Globo, com a participação do casal Sophia Abrahão e Sergio Malheiros. O head de marketing da companhia afirma que essa não será a única ação neste formato, até porque foi muito acertada e resultou em um recorde de vendas na data. “O crescimento de pedidos realizados foi superior a 300% em comparação a um dia comum. Os dados coletados apontaram, ainda, que tivemos vendedores brasileiros que chegaram a vender 75 vezes mais do que o de costume”, revela, reforçando que esse resultado justifica também os mais de R$ 2 milhões investidos pela Shopee em descontos, cupons de frete grátis e promoções-relâmpago oferecidos aos consumidores no período.

Benefícios aos parceiros

Assim como outros players de marketplace, a Shopee conecta vendedores aos consumidores em sua plataforma. Para destacar os produtos e as lojas de seus vendedores parceiros, além de treinamentos e webinars de melhores práticas de vendas e marketing, recentemente a empresa lançou o Shopee Ads, uma ferramenta que permite que lojistas criem anúncios personalizados em três formatos: busca de produtos, de loja e de descoberta.

Os anúncios de busca de produto exibem os produtos em posições relevantes nos resultados da página quando os compradores buscam as palavras-chave que o vendedor escolheu. Já os anúncios de descoberta exibem os produtos em destaque na seção “Descobertas do dia” aos compradores interessados em itens semelhantes ou complementares aos da loja do vendedor. Por fim, os anúncios de busca da loja são categorizados no topo da página dos resultados de pesquisa quando os compradores buscam por palavras-chave pelas quais o vendedor escolheu, oferecendo mais visibilidade. “À medida em que o e-commerce cresce em importância e escala no Brasil, nosso objetivo é criar cada vez mais oportunidades de crescimento e exposição para os nossos sellers”, afirma Piringer.

Com a nova ferramenta, os vendedores podem criar anúncios direcionados ao seu público-alvo usando a central do vendedor no site da empresa ou no próprio aplicativo da Shopee. Alguns lojistas já contam também com uma ferramenta automática de palavras-chave para configurar as campanhas com o mínimo esforço.

A Shopee também disponibiliza outros recursos para melhorar a visibilidade de vendedores e produtos como oferta-relâmpago, leve mais por menos, combos e oportunidade de participar de campanhas específicas e temáticas de marketing da Shopee como Dia das Mães e Dia dos Namorados. “O propósito da Shopee é ajudar micro, pequenos e médios empreendedores na transformação digital, impulsionando o crescimento de cada um e contribuindo para a economia local”, complementa.

WhatsApp Pay pode se tornar o maior player de e-commerce, diz especialista

A ferramenta, que acaba de ser lançada oficialmente no Brasil, ainda em fase de testes, é mais uma forma prática de agilizar pagamentos.

Mark Zuckerberg não quer ficar de fora de nenhuma concorrência. Por isso, sua empresa, Facebook, disponibilizou mais uma ferramenta para o WhatsApp, uma de suas plataformas. O WhatsApp Pay é um novo método de pagamento que pode ser feito por meio do aplicativo de conversas instantâneas. Apesar de ter sido lançado em 2020, a ferramenta só foi aprovada e disponibilizada no Brasil no final do último mês de maio, e agora encontra-se em fase inicial de implantação.

De acordo com a ferramenta, por meio da utilidade é possível transferir dinheiro para os contatos sem pagar taxas. O serviço é autorizado pelo Banco Central do Brasil e pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Para poder utilizar a ferramenta, o usuário precisa ter a versão mais atual do aplicativo. A opção de transferência fica no botão com símbolo de clips no sistema Android e no ‘+’ no iOS. Após a atualização, é preciso cadastrar um cartão de débito válido com as bandeiras Mastercard ou Visa. Os bancos permitidos são Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, NuBank, Next, Sicredi, Woop (banco digital do Sicredi), Inter e Mercado Pago.

“Até o momento, a transferência só é possível entre pessoas físicas, ou seja, de CPF para CPF. De acordo com a plataforma, o objetivo é expandir a utilidade para empresas, mas com taxas”, comenta Cezar Lima, CEO da agência de marketing digital Stardust.

Facilidades comerciais

De acordo com Cezar Lima, a ferramenta possibilita novas formas de negócios. ‘‘Hoje, o WhatsApp se tornou a principal forma de relacionamento entre empresa e cliente, por isso, o WhatsApp Pay vem para disponibilizar, para uma grande quantidade de pessoas, uma nova forma de venda on-line’’, diz o especialista. ‘‘A partir de agora, qualquer pessoa que tenha o WhatsApp instalado passa a ter um e-commerce nas mãos’’, complementa Lima.

Ainda de acordo com o CEO da agência de marketing digital, a plataforma tem tudo para se transformar em um dos maiores e-commerces do mundo. ‘‘Se partirmos do pressuposto de que o WhatsApp se tornou uma das principais fontes de atendimento e incluir nesse meio o método de pagamento, podemos dizer que a plataforma tem tudo para se transformar em um dos maiores players de e-commerce do mundo’’, destaca Lima.

Segundo o especialista, a agência já elaborou um planejamento para atender à demanda. ‘‘Nós temos certeza de que grande parte dos nossos clientes vão passar a fornecer aos clientes deles mais essa opção de pagamento, então nós já temos um planejamento de início de utilização do WhatsApp Pay’’, afirma. ‘‘É muito provável que, desde trabalhadores autônomos até grandes companhias de serviços ou produtos, utilizem essa maneira de pagamento que é muito mais prática e ágil’’, detalha.

Riscos

Apesar de 60% dos brasileiros afirmarem que não pretendem utilizar o WhatsApp Pay como um dos meios de pagamento, segundo a pesquisa realizada em 2019, pela empresa de internet americana Akamai, em parceria com a empresa de marketing financeiro Cantarino Brasileiro, antes do lançamento oficial da ferramenta, Cezar Lima garante que é uma plataforma extremamente confiável. ‘‘Isso não foi uma ideia desenvolvida do dia para a noite, muito pelo contrário, foi algo muito pensado e muito bem planejado por uma das maiores empresas do mundo que é o Grupo Facebook’’, afirma o CEO da Stardust. ‘‘Com isso, é possível que os usuários fiquem mais tranquilos por conta dos riscos oferecidos nas transações, que são mínimos’’, diz.

Cuidados

Lima destaca ainda que, mesmo com riscos quase nulos, é preciso manter o cuidado com os golpes que pessoas mal-intencionadas dão na plataforma. ‘‘É preciso sempre estar atento para os golpes mais comuns como aqueles em que algum contato seu ou não pede dinheiro e para os mais elaborados, como os que alguém consegue clonar seu whatsapp e pede dinheiro para outras pessoas em seu nome’’, destaca. “Um dos cuidados essenciais é ativar a dupla verificação, colocar senha de acesso ao aplicativo e colocar outros modelos de segurança oferecidos tanto pelo aplicativo, quanto pelo sistema do smartphone em que ele está instalado”, completa o especialista.

Abertura de lojas físicas amplia operação logística do Magazine Luiza no RJ

A chegada de 50 lojas físicas do Magazine Luiza ao Estado do Rio de Janeiro marca também a ampliação da operação logística da empresa na região fluminense, que já conta com um centro de distribuição.

A varejista vai inaugurar 50 unidades nas próximas semanas na capital, assim como em Niterói, Petrópolis e Belford Roxo, sendo 23 delas no início de julho, conforme antecipou na terça-feira o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

“A operação logística do Magalu no Rio de Janeiro será ampliada, com novos cross-dockings, expansão do centro de distribuição e com centenas de entregadores parceiros na Logbee”, diz o comunicado publicado pela empresa na CVM.

Com isso, a expansão deve gerar mais de 3 mil empregos em todo o Estado apenas em 2021.
O Magalu ressalta que a estratégia leva aos clientes fluminenses todos os benefícios do seu ecossistema. As opções oferecidas incluem o Cartão Luiza, o Retira Loja, a Troca Multicanal e a entrega mais rápida do varejo, incluindo os pedidos entregues na modalidade ship-from-store e a entrega em 1 hora.

“Nossa entrada no Rio é como o desembarque da Normandia”, diz o CEO da empresa, Frederico Trajano. “Estamos chegando com força total e com todo o nosso ecossistema numa fronteira fundamental para o varejo”, complementa o executivo.

O comunicado da empresa informa ainda que a chegada das lojas irá acelerar o Parceiro Magalu no Estado. Com isso, milhares de pequenos varejistas analógicos do Rio de Janeiro poderão usar a plataforma do Magalu para cadastrar seus produtos e vender on-line, contando com o apoio das lojas nesse processo, além de serviços como logística e pagamentos, segundo o anúncio.

A campanha de inauguração das lojas incluirá uma série de ações em pontos públicos da capital. Por exemplo, disponibilizará rede wi-fi em grandes centros e irá oferecer mil bicicletas personalizadas da marca em parceria com a empresa Tembici, que opera o modal urbano na cidade, estarão disponíveis de forma gratuita por sete dias para novos usuários.

Dia dos Namorados faz varejo digital faturar R$ 6,5 bilhões, aponta relatório

Estudo mostra que cifra registrada é 3,24% maior em relação ao mesmo período no ano passado.

Os corações apaixonados não se abalaram pelo isolamento social e presentearam bastante no Dia dos Namorados. De acordo com relatório elaborado pela Neotrust, o varejo digital faturou R$6,5 bilhões entre 28 de maio e 11 de junho, alta de 3,24% em relação ao ano passado.

Apesar do incremento nas cifras, a quantidade de pedidos on-line neste ano foi menor. Em 2021, a data gerou 14 milhões de compras, montante 10,44% menor no comparativo com o mesmo período em 2020. Apesar de comprar menos, os brasileiros gastaram mais: com o valor de R$464,28, o tíquete médio teve aumento de 15,3%.

“O levantamento reflete o atual cenário da pandemia aqui no Brasil. Em 2021, tivemos menos pedidos por conta da reabertura das lojas físicas, mas, ainda assim, as compras on-line foram mais caras em relação ao ano anterior”, afirma Fabrício Dantas, CEO da Neotrust.

Relatório Neotrust

Os dados serão apresentados nesta semana no relatório da companhia com foco total no varejo eletrônico do país e o conteúdo completo, como perfil do consumidor, região e comportamento e tendências estará disponível no site.

Jadlog lança serviço para e-commerce que informa o horário de entrega

Objetivo é aumentar taxa de sucesso na primeira tentativa de entrega e melhorar experiência.

A empresa de transportes Jadlog acaba de lançar o Predict, serviço que envia mensagens via SMS avisando o e-shopper sobre o horário de entrega de sua encomenda, com acuracidade de até uma hora do informado.

Implementado em mais de 20 países na Europa pela rede DPDgroup, líder de entregas de encomendas expressas naquele continente e controladora da Jadlog, o Predict é mais um serviço-chave trazido para o Brasil pela empresa com o intuito de oferecer ainda mais conveniência e previsibilidade aos consumidores brasileiros e, com isso, aumentar a taxa de sucesso na primeira tentativa de entrega e melhorar ainda mais a experiência de compra on-line.

“Oferecer cada vez mais opções, conveniência e previsibilidade nas entregas de encomendas é fundamental para o e-commerce. Por isso, estamos lançando o Predict com o objetivo de garantir uma experiência mais positiva para o consumidor e proporcionar maior satisfação do comprador on-line e maior eficiência nas entregas”, afirma o CEO da Jadlog, Bruno Tortorello.

Tortorello destaca que, com esta inovação voltada às operações de última milha, a Jadlog alcança um novo patamar em termos de digitalização e tecnologia de entregas e se consolida no mercado com um novo padrão de excelência.

O Predict está no ar e, neste primeiro momento, disponível para apenas alguns embarcadores do e-commerce que são parceiros da Jadlog, cujas vendas atingem cidades de regiões metropolitanas e com alta movimentação de encomendas. O serviço entra em operação informando ao destinatário via SMS, já no dia da entrega, a janela com uma hora de variação de quando sua encomenda será entregue.

No ato da compra no site a encomenda é selecionada como Predict e passa a ter um tratamento diferenciado desde então. Após a seleção, o roteirizador da Jadlog estima o horário previsto para a entrega e, em seguida, o sistema envia a mensagem ao destinatário para que se programe para receber sua encomenda.

Desta maneira, o consumidor consegue acompanhar em tempo real o percurso de sua encomenda e se programar com mais precisão para receber em casa o produto comprado pelo e-commerce. “Esta é uma forma de a Jadlog transmitir ao consumidor final, e também ao nosso cliente embarcador, total confiança e comprometimento em relação às nossas operações de delivery”, observa Tortorello.

Segundo ele, além de elevar o sucesso de entrega na primeira visita, o Predict diminui o tempo de espera por parte do consumidor final e reduz os contatos no atendimento. Na Europa, o Predict é responsável por reduzir o insucesso de entrega pela metade.

Ampliando atuação e aproveitando ponto forte, Via oferecerá serviços de logística até para concorrentes

Lançamento deve ser feito no quarto trimestre de 2021 e a companhia oferecerá serviços de coleta, armazenagem e entrega de mercadorias.
A Via (VVAR3), antiga Via Varejo e dona das Casas Bahia e Ponto (antiga Ponto Frio), está desenvolvendo um pacote de serviços logísticos para o marketplace, que vai desde a armazenagem dos produtos e recebimento dos pedidos até a entrega do item ao consumidor.

O lançamento deve ser feito no quarto trimestre de 2021 e a companhia oferecerá serviços de coleta, armazenagem e entrega de mercadorias.

A Via adotará essa atividade como um negócio autônomo, que também poderá ser usada por seus concorrentes, como Magalu (MGLU3) e Americanas ([ativo=LAME4), principalmente para a logística de itens pesados, ponto forte da empresa.

Outra opção para os lojistas será vender em qualquer site ou aplicativo da companhia, podendo deixar os produtos estocados em suas centrais. A Via recebe um percentual sobre a venda, entre 13,5% e 16%.

A Via já conta com 27 centros de distribuição espalhados pelo país, e um novo centro será aberto em outubro na cidade de Extrema (MG) para atender os vendedores, já começando esse ano a armazenar itens mais pesados, como fogões e refrigeradores.

Conforme destaca a Levante Ideias de Investimentos, o diferencial está neste ponto. Enquanto os principais concorrentes da Via realizam entregas de pesado apenas para os lojistas parceiros da própria plataforma, a Via passa a oferecer para qualquer marketplace, ampliando sua gama de atuação e aproveitando-se de seu ponto forte.

“Com esse novo projeto, a Via mostra que está inovando e correndo atrás de seus concorrentes, que começaram a explorar seus marketplaces antes e já possuem um modelo de fulfillment bem desenvolvido. O termo fulfillment, muito usado no e-commerce, quer dizer que o estoque dos vendedores é gerenciado pela própria empresa – desde o armazenamento da mercadoria até a entrega para o cliente.

Assim, os analistas veem esse movimento como positivo para a empresa, que poderá monetizar a sua estrutura logística.

A empresa Levante vê que o projeto já deve começar a apresentar resultados no quarto trimestre, que conta com datas como Black Friday e Natal, muito importantes para as varejistas. Porém, a completa implementação do projeto só se dará em 2022, podendo contar com uma plataforma de logística de consumidores para consumidores, fazendo o transporte de produtos entre pessoas físicas.

Atualmente, a companhia conta com cerca de 26 mil lojistas em seu marketplace, com expectativas de atingir entre 70 mil e 90 mil lojistas até o fim do ano, acelerando a receita nessa linha de negócio. Além disso, ela vem melhorando a velocidade de suas entregas, chegando a 40% do total em até 24 horas, contra 17% de um ano atrás.

Apesar da melhora o índice é ainda mais baixo que suas concorrentes (51% do Magalu, MGLU3, benchmark do setor), o que demonstra o espaço que a companhia ainda tem para melhorar, apontam os analistas.

Cabe destacar que, na semana passada, a Via passou a contribuir com os dados da Ebit Nielsen, algo que não fazia desde janeiro de 2019, aumentando o tamanho do mercado mensurado de e-commerce em 10% e também elevando as estimativas para a companhia.

O novo tamanho de mercado estimado pela Ebit é de R$ 95,7 bilhões, ou R$ 8,7 bilhões a mais que os R$ 87 bilhões estimados anteriormente, e esses quase R$ 9 bilhões a mais de receita são totalmente atribuíveis à Via.

Conforme destacou a Guide Investimentos, a Via representa mais no mercado de e-commerce do que se imaginava. “A sua capacidade de crescimento e execução vinha sendo subestimada quando comparada a seus pares”, avaliarm os analistas da casa.

Mercado Livre segue Amazon e vende itens de marcas próprias na plataforma

Com Wondrus, Klatter, Tedge e outras marcas próprias, a empresa vende desde itens essenciais, como produtos de limpeza, a eletrônicos.
O Mercado Livre já é uma das maiores empresas da América Latina, e parece estar expandindo ainda mais sua área de atuação no comércio eletrônico. Assim como a Amazon, a empresa passou a vender produtos de marcas próprias em sua plataforma. As categorias variam de produtos essenciais, como sabão em pó, até eletrônicos, como fones de ouvido e smartwatches.

A movimentação é bastante semelhante à da concorrente, que conta com diversas marcas próprias no exterior – incluindo o Amazon Basics, que já foi alvo de ações antitruste por aparecer em lugares de destaque com preços atrativos, o que proporcionava desvantagem às demais marcas que vendem na plataforma.

Em nossa experiência de navegação, os produtos de limpeza do Mercado Livre Essentials não apareceram em posição privilegiada. Ao contrário: ao buscar por “sabão em pó”, os itens da marca estavam misturados entre as demais opções disponíveis na plataforma.

Além disso, os preços não pareceram muito agressivos e o frete está longe de ser um atrativo, ao menos para o meu endereço, na cidade do Rio de Janeiro.

Questionada por um cliente sobre o fabricante do produto, o Mercado Livre Essentials não entrou em detalhes sobre fornecedores:

“Somos o Mercado Livre Essentials. Desenvolvemos produtos que vão facilitar o seu dia-a-dia, deixando sua experiência com supermercado ainda mais simples. Auxiliamos em cada detalhe do seu lar, para uma rotina muito mais descomplicada. E o Mercado Livre Essentials traz um produto com fórmula perfeita para quem gosta de roupas limpas e perfumadas! Esperamos pela sua compra e ficamos à disposição!”, diz a loja em um comentário.

Marcas próprias vendem itens de limpeza, vestuário e mais
Em nossa apuração, descobrimos oito lojas oficiais do Mercado Livre, das quais sete vendem produtos rotulados com uma marca própria da companhia, e uma delas, a “Mercado Livre Beauty”, comercializa itens de outras empresas, incluindo L’oréal e Maybelline.

Veja a relação das demais marcas a seguir:

Wondrus: afirma ser uma marca do Mercado Livre voltada a produtos seguros para o público infantil.
Begônia: afirma ser uma marca do Mercado Livre com a missão de desenvolver produtos para casa.
Klatter: afirma ser uma marca Mercado Livre voltada a produtos de casa e construção, como torneiras, furadeiras, colchão inflável, entre outros).
Mizu: afirma ser uma marca de roupas do Mercado Livre.
Tedge: afirma ser uma marca do Mercado Livre voltada a produtos de alta tecnologia.
Mercado Livre Basics: vende produtos de cama, mesa e banho.
Mercado Livre Essentials: afirma ser uma marca Mercado Livre voltada para produtos do dia a dia, e vende itens de limpeza doméstica, como sabão em pó, detergente e tira manchas.

Procurado pelo Tecnoblog, o Mercado Livre enviou a seguinte nota sobre sua estratégia de marcas próprias:

“O Mercado Livre informa que realiza a venda direta de produtos de marca própria no Brasil, a fim de suprir a demanda existente por sortimento diversificado e preços competitivos, contribuindo para a qualidade da experiência dos consumidores. Atualmente, o Mercado Livre comercializa sete marcas próprias no Brasil e 30% do faturamento total desse segmento no país é proveniente de indústrias nacionais, gerando impacto positivo em toda a cadeia de valor.”

E-commerce investe em sistemas próprios

Marketplaces usam lojas físicas como hubs de armazenamento e ampliam centros de distribuição.

A pandemia mudou hábitos de consumo e impulsionou o comércio eletrônico que cresceu 68% alcançando um faturamento de R$ 126,3 bilhões em 2020, frente aos R$ 74,5 bilhões em 2019, segundo um estudo da Kearney. O e-commerce, que representava 5% na receita total do varejo em 2019, deve chegar ao final de 2021 com uma participação de quase 20%, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

Saíram na frente os marketplaces que já vinham investindo em tecnologia e logística para chegar rapidamente à casa do consumidor. O Magalu, braço de comércio eletrônico do Magazine Luiza, que tem mais de cem vendedores virtuais, cresceu 121% em 2020, com faturamento de R$ 9,5 bilhões – representando 64% das vendas totais em comparação a 48% em 2019.
Com malha logística própria, coleta e entrega aproximadamente 40% dos pedidos do marketplace e 415 lojas físicas oferecem a retirada no local. Neste ano investiu em três novos centros de distribuição (CD) – localizados nas regiões Sul e Sudeste – vai inaugurar mais cinco ao longo de 2021 e outros cinco já em operação serão ampliados.
“Em 2020 apostamos no sistema Ship From Store que transforma as lojas físicas em pequenos CDs para encurtar as distâncias entre produto e o cliente”, ressalta Marcio Chammas, diretor de logística do Magalu. A empresa tem 8,2 mil veículos próprios ante os 3,3 mil operados no primeiro trimestre de 2020, que são responsáveis por 84% do total de entregas.
A Americanas S.A, criada a partir da combinação das operações da Lojas Americanas e B2W Digital, soma mais de 100 mil vendedores e 90 milhões de clientes cadastrados, sendo 46 milhões usuários únicos. A logística ganhou uma plataforma própria multimodal, a Let’s, que integra as operações das vendas físicas e digitais, responsável desde a retirada da mercadoria no fornecedor até a chegada ao cliente. Segundo Welington Souza, diretor da Let’s, foram abertos cinco novos CDs totalizando 22 e as entregas no mesmo dia já representam mais da metade do total.
Essa operação foi reforçada com a aquisição da startup Shipp, de “delivery on demand”, em abril de 2021, com mais de 20 mil entregadores cadastrados para dar mais velocidade às entregas. Além disso investiu em tecnologias para realocar o estoque entre os centros de distribuição de acordo com a demanda de cada região e no rastreamento das mercadorias.
A Via, dona das marcas Casas Bahia e Ponto, projeta que cerca de dois terços das vendas totais em 2025 virão dos canais digitais, informa Fernando Gasparini, diretor executivo de logística da empresa. A companhia adota um modelo de vendas multicanal com a integração do comércio eletrônico com as lojas físicas que operam como mini hubs, ou pequenos centros de distribuição, contando também com 29 CDs.
“Para dar mais alternativas aos lojistas lançamos o Envvias, uma plataforma de serviços logísticos para os vendedores parceiros com uma tabela de frete 15% mais barata que os concorrentes”, afirma Gasparini. Outra iniciativa foi investir em uma frota de veículos elétricos com capacidade para 720 quilos de carga e 300 quilômetros de autonomia.

Com nove CDs no Brasil, a Amazon inaugurou em maio de 2021 uma nova operação em Cajamar, na Grande São Paulo, para atender fornecedores que fazem parte do programa Fulfilment By Amazon ou FBA – Amazon Logistics que armazena produtos dos parceiros e fica responsável pela logística de transporte e o atendimento ao cliente final.
A empresa de comércio eletrônico oferece no Brasil 30 categorias de produtos e mais de 45 milhões de itens. “O FBA dá flexibilidade para aumentar a oferta de produtos disponíveis no site e os elegíveis para o selo Prime que tem frete grátis e entregas rápidas”, ressalta Ricardo Pagani, diretor de operações da Amazon. A empresa anunciou também uma loja on-line de compras internacionais reduzindo o tempo de entrega em 40% quando comparado a outras modalidades internacionais de transporte.