Magazine Luiza: o que explica a mudança de estratégia e chegada ao RJ

A varejista Magazine Luiza anunciou em plena pandemia de covid-19 e crescimento acelerado do e-commerce a chegada ao estado do Rio de Janeiro com 50 lojas físicas até o fim deste ano. A estratégia cheia de marketing, com direito a parceria com a cantora Anitta, foi explicada na última quarta-feira, 30.

O Rio de Janeiro é o segundo maior mercado de varejo do Brasil, com cerca de 15% de participação no total. Para o Magalu era, portanto, um dos últimos mercados brasileiros relevantes nos quais ainda não havia presença.
“Entrar no Rio de Janeiro sempre foi um desejo da empresa, mas era preciso fazer isso de forma relevante e responsável. Nos últimos meses, enxergamos essa oportunidade com a oferta de pontos importantes por um custo que consideramos adequado”, afirma a diretora de marketing do Magalu, Ana Paula Rodrigues.
É preciso considerar ainda que o Magalu abriu o mesmo número de lojas em São Paulo em 2008, quando a digitalização não era como agora. Segundo a executiva, entrar com esse grande número de lojas físicas faz parte do modelo de plataforma multicanal.

“Além de serem pontos de venda e de contato com o cliente, as lojas físicas funcionam como pontos de distribuição de produtos do e-commerce, fazendo com que a entrega final seja mais barata e mais rápida. Hoje, 50% das entregas do Magalu são feitas em até um dia”, afirma.

Há cerca de dez dias, o Magalu anunciou a entrega em até uma hora em 11 cidades brasileiras: Aracaju; Belém; Campina Grande (PB); Fortaleza; João Pessoa; Maceió; Recife; Ribeirão Preto (SP); São Paulo; Salvador; e Teresina. Mas outras dez localidades já estão em estudo.
A empresa confia ainda na aceleração da vacinação para melhoria da economia. “Queremos apoiar esse processo, com geração de cerca de 3.000 empregos e renda para as comunidades locais”.

Investimento no Rio de Janeiro

A companhia afirma olhar para as necessidades da cidade e fazer entregas para melhorar a vida do carioca. O Magalu fará a digitalização dos espaços públicos da cidade, com, por exemplo, reformas e disponibilização de rede Wi-Fi em grandes centros.
Mil bicicletas personalizadas da marca em parceria com a empresa Tembici, que opera o modal urbano na cidade, estarão disponíveis de forma gratuita por sete dias para os cariocas — e quem pedalar em uma bike do Magalu ainda ganha cupom de 20 reais em compras. A ação vale para os novos usuários da Tembici ou aqueles já cadastrados com contas inativas.
O Magalu ainda vai marcar presença com a reforma de ônibus do sistema BRT, que ganharão Wi-Fi gratuito, assim como os trens da SuperVia. O investimento total não foi divulgado. Mas, segundo levantamento, pode ser cerca de 100 milhões de reais, considerando que quando chegou ao Distrito Federal com a meta de ter um centro de distribuição e dez lojas físicas a empresa anunciou aporte de 25 milhões de reais.
Na quarta-feira, 7 de julho, o Cristo Redentor receberá iluminação de 50 feixes de luz para celebrar a inauguração das lojas. Com o objetivo de impactar milhares de pessoas, um calendário de novas ações que se estendem até o verão, serão divulgadas em breve. A empresa tem a companhia de entretenimento e live marketing Dream Factory como parceira nas ações.

Operação

Com a complementaridade dos pontos físicos, o Rio de Janeiro passa a contar com todo o ecossistema do Magalu. As lojas permitem que a empresa chegue mais rápido até o cliente e de forma mais barata, também nas compras online.
Ainda em 2021, as cidades fluminenses passarão a contar com o fortalecimento local da operação da Logbee, o que deve gerar oportunidade de trabalho e renda para motoristas de utilitários, carros de passeio e motos.
A chegada dos pontos físicos também permitirá que o Magalu intensifique a plataforma de marketplace Parceiro Magalu no Rio. O projeto tem contribuído para a digitalização de milhares de pequenos varejistas, até então 100% analógicos, que passam a vender pela internet para todo o país.
As lojas físicas permitem que esse pequeno seller use a rota logística criada para atender as lojas do Magalu. Além disso, as lojas podem ser usadas como ponto de entrega e coleta dos produtos.

Marketing

A empresa se uniu à Anitta e preparou uma música inédita que celebra a entrada do Magalu na região. O hit ganhou também um videoclipe em que Anitta divide o protagonismo com a influencer virtual Lu — esta não é a primeira vez que a marca aparece em um videoclipe e esteve recentemente numa produção de Alok.
O filme mostra as personalidades em lugares icônicos da cidade aproveitando produtos genuinamente cariocas como o tradicional chá gelado e o biscoito Globo, itens encontrados também no Magalu. O figurino da dupla no filme, como roupas, calçados e acessórios, também serão disponibilizados com exclusividade no super app da marca.
A Sentimental Filmes assina a produção do clipe. Com tom inspiracional, as peças publicitárias veiculadas em TV aberta reforçam o compromisso da empresa com seus principais pilares.

“Para poder fazer um lançamento de comunicação à altura do Magalu no Rio, a gente precisava de uma estratégia igualmente de peso. Nada melhor do que trazer a garota do Rio — Anitta — ao lado da garota da internet — a Lu — para juntas apresentar a novidade”, diz Daniel Schiavon, diretor executivo de criação da Ogilvy Brasil, agência parceira na criação da campanha.

Jadlog lança serviço para e-commerce que informa o horário de entrega

Objetivo é aumentar taxa de sucesso na primeira tentativa de entrega e melhorar experiência.

A empresa de transportes Jadlog acaba de lançar o Predict, serviço que envia mensagens via SMS avisando o e-shopper sobre o horário de entrega de sua encomenda, com acuracidade de até uma hora do informado.

Implementado em mais de 20 países na Europa pela rede DPDgroup, líder de entregas de encomendas expressas naquele continente e controladora da Jadlog, o Predict é mais um serviço-chave trazido para o Brasil pela empresa com o intuito de oferecer ainda mais conveniência e previsibilidade aos consumidores brasileiros e, com isso, aumentar a taxa de sucesso na primeira tentativa de entrega e melhorar ainda mais a experiência de compra on-line.

“Oferecer cada vez mais opções, conveniência e previsibilidade nas entregas de encomendas é fundamental para o e-commerce. Por isso, estamos lançando o Predict com o objetivo de garantir uma experiência mais positiva para o consumidor e proporcionar maior satisfação do comprador on-line e maior eficiência nas entregas”, afirma o CEO da Jadlog, Bruno Tortorello.

Tortorello destaca que, com esta inovação voltada às operações de última milha, a Jadlog alcança um novo patamar em termos de digitalização e tecnologia de entregas e se consolida no mercado com um novo padrão de excelência.

O Predict está no ar e, neste primeiro momento, disponível para apenas alguns embarcadores do e-commerce que são parceiros da Jadlog, cujas vendas atingem cidades de regiões metropolitanas e com alta movimentação de encomendas. O serviço entra em operação informando ao destinatário via SMS, já no dia da entrega, a janela com uma hora de variação de quando sua encomenda será entregue.

No ato da compra no site a encomenda é selecionada como Predict e passa a ter um tratamento diferenciado desde então. Após a seleção, o roteirizador da Jadlog estima o horário previsto para a entrega e, em seguida, o sistema envia a mensagem ao destinatário para que se programe para receber sua encomenda.

Desta maneira, o consumidor consegue acompanhar em tempo real o percurso de sua encomenda e se programar com mais precisão para receber em casa o produto comprado pelo e-commerce. “Esta é uma forma de a Jadlog transmitir ao consumidor final, e também ao nosso cliente embarcador, total confiança e comprometimento em relação às nossas operações de delivery”, observa Tortorello.

Segundo ele, além de elevar o sucesso de entrega na primeira visita, o Predict diminui o tempo de espera por parte do consumidor final e reduz os contatos no atendimento. Na Europa, o Predict é responsável por reduzir o insucesso de entrega pela metade.

Social Commerce: 74% dos brasileiros usam redes sociais para comprar; Maioria consome pelo Google Shopping, Instagram e Facebook

Pesquisa realizada pela Social Miner I All iN em parceria com a Etus e a Opinion Box revela ainda que 56% preferem procurar itens de desejo nas redes sociais para ter acesso a comentários/avaliações sobre a experiência de compra de outras pessoas.
O consumo on-line, que já vinha crescendo significativamente antes da pandemia, hoje se tornou um hábito para 86% dos brasileiros. É o que revela a pesquisa Social Commerce, realizada pela All iN | Social Miner – que une dados de consumo, tecnologia e humanização para ajudar empresas a otimizarem seus resultados -, em parceria com a Etus e a Opinion Box. O levantamento mostra que 37% fazem uma visitinha às lojas digitais pelo menos uma vez por mês em busca de ofertas, e 23% acessam a rede semanalmente para fazer compras. E como boa parte das pessoas está nas redes sociais – são 4,2 bilhões de usuários no mundo segundo a We Are Social -, o avanço do Social Commerce, que engloba o relacionamento mais próximo com os compradores e a prática de compra e venda via redes sociais, ocorre a passos largos.
Para se ter uma ideia dessa rápida evolução, para pesquisar itens de desejo, 76% dos consumidores já recorrem às redes sociais – 56% deles para ter acesso a avaliação de outros clientes, e 54% para comparar preços. Os clientes das classes A e B são os que mais se interessam pela experiência de compra de outras pessoas (75%), enquanto entre o público de classe C, D e E, a porcentagem fica em 65%.
Para André Patrocínio, CEO da Etus, isso indica que os consumidores acreditam que as redes sociais têm possibilitado o acesso a uma avaliação real sobre o produto e a loja. “Quem está pesquisando quer saber a opinião de quem já comprou para ter certeza se o produto é de boa qualidade, se o tempo de entrega, preço e atendimento valem à pena, bem como se a compra é segura. Os comentários ficam visíveis, e isso pode ser bastante positivo à marca – ou não. Por isso, é fundamental garantir um bom atendimento nas redes sociais, e também no site e aplicativo”, explica Patrocínio.

O Instagram é o preferido por quem usa as redes para buscar produtos (62%), seguido pelo Facebook (61%), Google Shopping (61%) e Whatsapp (37%).

Mas quando chega a hora de comprar, qual canal é o escolhido pelos clientes?
Dos 86% que têm o costume de consumir online, 74% o fazem pelos sites e aplicativos, 18% nas lojas físicas, e 8% pelas redes sociais. Falando especificamente dos que usam as redes sociais para consumir, a maioria recorre ao Google Shopping (53%) e ao Instagram (50%).
Entre as razões pelas quais as pessoas escolhem comprar nas redes sociais, há uma gama de opiniões diferentes que vão desde as mais comuns, que são preço, rapidez, e acesso a mais informações sobre os produtos, à facilidade e praticidade ao pesquisar e à possibilidade de encontrar lojas menores, de pequenos e médios produtores:
Vale observar também os pontos considerados pelos compradores que preferem recorrer a sites e aplicativos, para incluir no planejamento de marketing das redes sociais e aumentar as chances de vendas nesses canais. Além dos preços (54%) e praticidade (49%), por exemplo, há pessoas que se sentem mais seguras ao comprar em sites e apps (44%), e outras que querem ter acesso a mais opções de produtos (44%). Pensando nisso, cabe aos varejistas que estão nos Instagram e Facebook, por exemplo, aumentar os itens exibidos em suas páginas para mostrar mais variedade, e otimizar o processo de compra para transmitir mais segurança.
A importância das avaliações no Social Commerce

75% dos consumidores têm o hábito de avaliar lojas e marcas das quais compram, 62% fazem isso nos sites das lojas/marcas, 35% em sites como o Reclame Aqui, e 34% nas redes sociais da marca, ou nas suas próprias redes sociais (que é a opção de 26% dos respondentes). E, como vimos anteriormente, 56% aderiram às redes sociais para pesquisar sobre produtos com o intuito de ter acesso às avaliações de outros compradores, e 67% vão direto aos comentários de outros clientes para saber como foi a experiência deles com a marca.
Diante desses números e do crescimento significativo do Social Commerce, André Patrocínio acredita que é fundamental que as empresas – incluindo pequenos produtores – percebam que Instagram, Facebook, Whatsapp, conhecidas redes de relacionamento entre amigos e familiares, se abriram e ganharam força quando o assunto é comércio, e se atentem mais a estratégias que incluam esses canais, até porque, proporcionar uma jornada omnichannel aos consumidores hoje é algo essencial, visto que 60% já consomem de forma híbrida no país.
“As redes sociais têm se mostrado uma importante vitrine – tanto para o lado positivo quanto para o negativo – e uma grande ferramenta de fidelização, tanto às grandes marcas, que conseguem dividir com os potenciais compradores a rotina de produção dos itens e serviços oferecidos, convidando-os a interagir e fazer parte desse dia a dia, quanto aos pequenos produtores e comércios locais, que conseguem divulgar seus negócios de maneira orgânica. Cabe aos varejistas investir em uma boa comunicação e uma boa experiência aos usuários para que suas qualidades sejam amplificadas por meio das redes”, afirma o CEO da Etus.
Junto a lojistas/marcas nessa missão, a Social Miner | All iN e a Etus unem dados de consumo, tecnologia e apostam na humanização para compreender o comportamento de compra de cada usuário, e oferecer as ferramentas necessárias às empresas para que acessem esse público. Como? Com inteligência exclusiva. A Social Miner | All iN, por exemplo, usa tecnologia para identificar a etapa na jornada de consumo que o cliente está – e sua intenção de compra -, e utilizam people marketing para compreender o contexto e qual a comunicação/linguagem a ser adotada, gerando acionáveis automaticamente para ajudar o consumidor na sua decisão de compra, através de campanhas personalizadas.
**Pesquisa da All iN | Social Miner e Opinion Box, que ouviu 1125 brasileiros entre os dias 02 e 07 de junho de 2021

Alibaba inventou o supermercado do futuro

A visão de sacolas de compras sendo chicoteadas acima de sua cabeça em esteiras transportadoras é a primeira pista de que Freshippo não é um supermercado comum.
Selecionadores em camisas pólo azul claro vasculham as prateleiras, digitalizando códigos de barras com smartphones para localizar a marca precisa de maçãs, óleo de gergelim ou mistura de especiarias que correspondem aos pedidos on-line. Depois de encontrados, os itens são colocados em uma sacola, enganchados no sistema de transporte automatizado e levados para o fundo da loja, onde bicicletas de entrega o aguardam.

Existem agora mais de 200 supermercados Freshippo como este em funcionamento na China, todos servindo como supermercados de ultra-alta tecnologia e centros de atendimento de última geração (em um raio de três quilômetros, todos os pedidos on-line chegam em 30 minutos de quando um comprador clica em “comprar”). Todos eles pertencem e são operados pelo gigante do comércio eletrônico Alibaba como parte de seu plano para assumir a liderança no que chama de “Novo Varejo”. E, à medida que os supermercados no oeste emergem dos efeitos da pandemia, Freshippo pode muito bem fornecer um plano de como eles irão reimaginar suas próprias lojas também.

Para as pessoas que preferem fazer compras na loja, existem todos os itens que você pode esperar em sua loja semanal – balcões repletos de produtos frescos, amostras de novos produtos distribuídas em bandejas por funcionários sorridentes e uma seleção de carnes e peixes e frutos do mar – mas muitos você não faria. Pegue uma lagosta, escaneie o código de barras e o aplicativo do supermercado instantaneamente fornece um resumo de onde ela veio, quando foi adquirida e até mesmo um certificado digital provando que foi cultivada organicamente. Esse mesmo aplicativo perguntará se você gostaria de cozinhá-lo no restaurante da loja, onde robôs entregam pratos e tablets fixados no final de cada mesa permitem que os clientes naveguem por filmes ou programas de TV enquanto esperam. Ou, se os clientes preferirem cozinhar em casa, pode recomendar uma garrafa de vinho branco no corredor 5 que combina perfeitamente com frutos do mar.

O conceito de New Retail foi cunhado pelo cofundador da Alibaba , Jack Ma, há pouco mais de cinco anos. Embora o Alibaba controle cerca de 80% do mercado de comércio eletrônico de US $ 3,5 trilhões da China, ele ainda queria dominar os tijolos e a argamassa – e adquirir uma fatia maior das vendas de alimentos. “Livros são fáceis, computadores são fáceis, mas bens perecíveis não são tão simples”, diz Jeffrey Towson, chefe de pesquisa da Asia Tech Strategy. “Foi o último setor a dominar. ” E o Alibaba queria ser o único a fazer isso.

A primeira loja Freshippo foi inaugurada em Xangai em 2016. Em 2018, a Alibaba tinha 64 lojas em 14 cidades. E no final de 2020, eram 246. Apenas dois anos após a abertura da primeira loja, as vendas on-line de mantimentos na China aumentaram para 32,5 por cento – em grande parte graças a este rápido lançamento, com cada loja Freshippo processando “dezenas de milhares ”de pedidos por dia, diz Guo Xulin, chefe de equipe do Freshippo Business Group da Alibaba, e “ mais de 60 por cento das vendas da Freshippo provenientes da Internet. Nossa visão para o futuro do varejo nunca foi digital versus física, mas para construir a futura infraestrutura de comércio, que se integre perfeitamente on-line e off-line”, acrescenta.

A empresa não testou esse conceito apenas com supermercados. Agora existem lojas de conveniência de alta tecnologia, pontos de coleta de café da manhã e até shoppings, diz Xulin. Mas é indiscutivelmente no setor de alimentos que o Alibaba teve o efeito mais transformador. É por isso que muitos de seus concorrentes agora estão seguindo o exemplo.
Até o final de 2021, o varejista rival JD planeja ter 49 de seus próprios SETE supermercados frescos operando na China. JD alterou o nome que dá à estratégia – chama de “Varejo sem limites” – mas é aí que as diferenças terminam.

Todas as lojas SEVEN FRESH estão equipadas com tecnologia blockchain, que permite que os produtos sejam rastreados ao longo da cadeia de abastecimento. “Se os clientes digitalizarem um código QR em alguns dos produtos, incluindo peixes do lago Chagan, leite importado e pregado, eles poderão ver todas as informações, desde a criação até o transporte”, disse o chefe da SEVEN FRESH Helson Zheng. Essa informação também aparece em “Espelhos Mágicos” digitais colocados sobre o produto.

Em algumas agências, existem carrinhos de compras robóticos que seguem os clientes usando uma pulseira de rastreamento e escaneiam automaticamente os itens à medida que são carregados na cesta. A estratégia de dados existente da JD também é entregar notificações push ou mensagens SMS nos smartphones de seus mais de 400 milhões de clientes de comércio eletrônico enquanto eles circulam pela loja. Eles podem receber um desconto na marca de papel higiênico que compram on-line ou receber uma sugestão para recarregar as lâminas que encomendaram há um mês.

E, como acontece com o Freshippo, todas as SETE lojas FRESH dobram como centros de atendimento. Isso permitiu que a JD superasse um grande obstáculo no que diz respeito à lucratividade da venda de mantimentos on-line – o recurso necessário para selecionar itens, embalá-los em sacolas e transportá-los para os clientes. Ao combinar o estoque on-line e na loja sob o mesmo teto, e acelerar as coisas com tecnologias digitais que rastreiam itens e processam pedidos on-line, ele “reduziu o custo e aumentou a eficiência”. Cada funcionário pode atender a mais de 120 pedidos por dia, diz Zheng, e a velocidade com que as prateleiras são reabastecidas também melhorou em 30%.

Como parte de seus próprios planos de expansão, em dezembro a JD também se associou à tradicional rede de supermercados Jiawanjia, na província de Hebei, equipando a loja off-line com todas as suas próprias tecnologias digitais. Ela vê isso como a maneira mais rápida de crescer, em vez de possuir e operar todas as suas próprias lojas, diz Zheng. “Este modelo de capacitação é um dos métodos de expansão mais importantes para SEVEN FRESH daqui para frente”, diz ele.

Tanto o Alibaba quanto o JD dizem que a pandemia provou ser um grande impulso para os negócios. Nas lojas Freshippo que estão instaladas e funcionando há mais de um ano, houve um crescimento de “dois dígitos alto”, diz Xulin. “Quando a Covid-19 surgiu pela primeira vez, muitas comunidades foram fechadas e os consumidores não tinham como ir às lojas físicas para suas compras regulares de alimentos frescos”, acrescenta Zheng. “Durante este período, o desempenho do SEVEN FRESH aumentou significativamente. ”

E isso é apenas uma amostra do que pode estar por vir, diz Towson. “Eventualmente, os consumidores nem saberão a diferença entre on-line e off-line. Você caminhará pelo corredor do supermercado, conversando com o assistente de IA em seu telefone enquanto ele sugere itens. Você vai buscar os tênis que comprou on-line no início do dia. Você transmitirá um filme na mesma plataforma em que eles cozinham sua comida na loja. Tudo será uma experiência. Esta é apenas a primeira iteração e é bastante atraente.

“Essas lojas estão evoluindo rapidamente”, acrescenta, “e o objetivo número um é transformar a experiência de atendimento ao cliente de forma que todos os outros supermercados agora pareçam obsoletos”.

Tudo isso pode ser motivo de reflexão para os supermercados do Reino Unido que procuram uma vida além da pandemia. O bloqueio mais do que dobrou os pedidos de compras on-line durante 2020 e esse crescimento parece que deve continuar. O que deixa os merceeiros tradicionais com decisões estratégicas a tomar. Como eles podem atender aos pedidos on-line e ao mesmo tempo manter a lucratividade? E como eles podem fazer melhor uso de suas extensas propriedades de tijolos e argamassa? Parece que a China e sua marca exclusiva de supermercados de alta tecnologia podem ter as respostas.

UPS adota mudanças após ouvir seus clientes e funcionários

Em seu primeiro ano à frente da UPS, Carol Tomé implementa medidas para reduzir a burocracia e ampliar a diversidade.
À medida que a pandemia da covid-19 avançava, em 2020, a gigante de entrega de pacotes UPS lutava para se ajustar à nova realidade. Além de lidar com a burocracia dos processos, a recém nomeada CEO Carol Tomé viu o aumento da demanda do e-commerce explodir.
Em conversa com Stephanie Mehta, editora-chefe da Fast Company, no ” NRF Retail Converge, Carol fez um balanço do seu primeiro ano à frente da empresa e das mudanças adotadas para atender às necessidades dos clientes em mais de 220 países. Totalmente virtual, o evento vai até sexta (25) e tem a cobertura completa do portal Mercado&Consumo.

Segundo Carol, apenas no segundo trimestre, a empresa teve que contratar 40 mil pessoas para atender o crescimento nos volumes relacionados ao comércio eletrônico, que foi impulsionado pelas restrições causadas pela pandemia. “Pensei que tudo iria parar totalmente [com a pandemia], mas, em vez disso, decolou quando o comércio eletrônico explodiu”, diz.

Para reduzir a burocracia e agilizar as decisões, Carol reorganizou a estrutura de gestão de 21 comitês para conselhos de revisão. Antes, as decisões de gerenciamento eram feitas pelos 21 comitês da empresa. “Se você tivesse uma ideia, teria que esperar a próxima reunião do comitê para apresentá-la. Se sua ideia precisasse de ajustes ou revisão, você tinha que esperar pela reunião do comitê para levá-la para a próxima etapa. Eu desfiz os comitês e aumentei a agilidade”, diz ela.

Outra decisão que elevou a importância da diversidade e inclusão foi o relaxamento da política de aparência rígida e restritiva. Após ouvir o feedback dos funcionários, a UPS passou a permitir estilos de cabelo diferentes, pelos faciais e outras preferências pessoais de aparência. “Se você trabalha para nós, queremos que seja capaz de trazer o seu eu autêntico para o trabalho.”

Mudando do meio ambiente para a infraestrutura, Mehta pediu a Tomé que caracterizasse o papel da tecnologia no futuro da empresa. A chave, respondeu Tomé, são os dados.

Com uma rede de dados bem integrada, baseada na tecnologia desenvolvida na própria empresa e complementada em SaaS para aplicações de negócios, a UPS está examinando como usar a tecnologia para automatizar alguns dos processos. “A empresa precisa descobrir a melhor forma de usar os dados que possui, alguns deles bastante antigos e residentes em sistemas antiquados.”

5 dicas para turbinar a experiência do cliente e incrementar os negócios

A área de experiência do consumidor (CX, da sigla em inglês) é responsável não só por criar diretrizes para o atendimento ao cliente, mas também por traçar estratégias para entendê-lo e fortalecer o vínculo com a empresa. De acordo com a pesquisa “Maturidade e Prioridade de Investimentos em Experiência do Cliente”, desenvolvida em 2020 pela consultoria global Gartner, as companhias têm percebido a importância de políticas do tipo para o desenvolvimento dos negócios. Das empresas ouvidas pelo estudo, 91% disseram que o CX é uma prioridade nas suas iniciativas de transformação digital.

Além de ser visto como estratégico para os negócios, o setor de CX está aquecido por conta da pandemia de Covid-19 e as restrições impostas pela crise sanitária. Segundo a pesquisa “Tendências da Experiência do Cliente 2021”, realizada pela companhia de tecnologia Zendesk, os números de chamados de atendimento ao cliente aumentaram, em média, 20% em todo o mundo depois de março. Na América Latina, esse número cresceu 44%, enquanto no Brasil a alta foi de 58%. O levantamento ouviu mais de 90 mil pessoas em 175 países.
O vice-presidente da Zendesk no Brasil, Marcelo Rocha, diz que a pandemia trouxe não só novas formas de relacionamentos interpessoais, mas também entre consumidores e empresas. “Muito se fala sobre a digitalização dos processos e das funções, mas a pandemia é um ponto de virada comportamental também”, afirma. “Desde o ano passado, vivenciamos uma transformação na maneira como as empresas se relacionam com os clientes, principalmente na oferta de um atendimento mais empático e efetivo. ”

A pesquisa da empresa corrobora a visão do executivo. Segundo ela, 75% dos consumidores no mundo afirmaram que gastariam mais com uma companhia caso tivessem um bom atendimento. Agilidade, praticidade e simplicidade são os principais fatores que colaboram para o estabelecimento de um vínculo entre empresas e clientes, segundo o estudo. Para 76% dos brasileiros, uma má experiência é fatal e estimula a procura por uma outra oferta para a mesma necessidade.

De olho na crescente demanda pelo setor de CX, a Forbes pediu ao executivo que apontasse dicas para empresas que querem estabelecer melhores vínculos com seus clientes. Confira, na galeria abaixo, quais são elas:

1. Primeiros os processos, depois a tecnologia

A tecnologia é apenas um facilitador no sistema de atendimento ao consumidor. Para Rocha, as empresas primeiro precisam definir qual o propósito da área, quais tipos de relações deseja criar com o cliente e por quais canais fará isso acontecer. Só então é que a tecnologia entra em cena. “Tem muita gente que compra um software e, na hora de implementar, ele não funciona porque aquela plataforma não se adequa à estrutura já existente na empresa”, afirma. “O certo é entender a realidade interna e contratar um prestador de serviço que melhor se encaixe nesse contexto. ”

2. Conheça realmente quem é o seu cliente

Para conquistar e criar vínculos com o consumidor, a empresa precisa conhecer de verdade quem adquire seus produtos ou contrata seus serviços. Por conta disso, em cada interação realizada com o cliente é importante absorver as informações aprendidas. “Você precisa saber se o comprador quer ser abordado pelo WhatsApp, telefone ou e-mail, em qual horário ele prefere conversar e qual a linguagem para essa conversa”, afirma Rocha. “Além disso, a mensagem tem que ter valor para o cliente e trazer algo que ele realmente deseja. ”
Uma maneira que o executivo da Zendesk cita para tornar esse contato mais próximo é criar um espaço próprio para receber críticas, sugestões e comentários diretamente dos consumidores. “Só assim a gente consegue aprender mais e mais sobre os nossos clientes e, com o tempo, tornar a conversa cada vez mais natural e fluida com ele”, diz.

3. Afinidade é a palavra de ordem

Assim como nas relações interpessoais, o que aproxima empresas e clientes é a afinidade. Consumidores irão comprar apenas de negócios com valores semelhantes aos seus. “Por conta disso, a mensagem e o propósito das companhias devem ser expressos de maneira autêntica e internalizados pela equipe”, diz Rocha. “Ninguém quer se relacionar com marcas que possuem atitudes condenáveis. ” Segundo o executivo, diante de soluções muito parecidas, o comprador não só quer saber quem vai atendê-lo melhor, mas quem se assemelha mais com a sua própria identidade.

4. Cultura e empatia

A empatia é a habilidade de compreender o universo de outra pessoa e desenvolver compaixão pelos desafios enfrentados por ela. Nas empresas, trabalhar essa aptidão nos colaboradores do setor de CX é fundamental. “Entender o universo do cliente, o que ele realmente quer e espera da empresa é o primeiro passo para melhorar a comunicação e estreitar o relacionamento com ele”, afirma Rocha. “Só assim será possível desenvolver produtos, serviços, promoções e campanhas efetivas. A cultura da empresa tem que favorecer esse pensamento sempre no consumidor. ”

5. Integre o CX ao time de dados

A cada interação que o consumidor faz com a marca, dados são gerados. Essas informações, caso coletadas da maneira correta, podem servir de insumo para um entendimento maior do negócio e de quem realmente compra os produtos ou serviços de uma empresa. “A principal função do CX está justamente na extração de dados relevantes sobre o cliente. Esse setor não vai fazer a análise dos dados”, diz Rocha. “O papel da experiência do cliente dentro da ciência de dados de uma companhia é absorver e providenciar informações relevantes. ”

Morning Trends: Experiência do Cliente na Jornada Digital

Segundo episódio da série trouxe Alexandra Avelar, Diretora da Emplifi (Socialbakers) apontando insights sobre como as marcas apodem otimizar cada interação.

Mapear todas as situações que envolvem a jornada do cliente e, de forma assertiva, avaliar as opções e tê-las disponíveis, é uma grande oportunidade de geração de novos negócios e de receitas para as empresas. Colocar-se no lugar do consumidor e analisar o que ele tem pela frente é a melhor visão que se deve ter.

Isso porque com tantas opções de marcas, é a experiência que fará diferença na hora de uma pessoa decidir onde gastar seu dinheiro. De acordo com uma pesquisa da Emplifi (antiga Socialbakers), o consumidor prioriza experiência acima de tudo e pagaria 16% a mais para ter um atendimento superior.

Para isso, é preciso que a empresa se envolva como um todo para oferecer uma jornada completa e interligada. “O cliente quer consistência. Uma mesma marca não pode ter um atendimento digital de uma forma e outro no físico. A pandemia potencializou isso. Todas as pesquisas apontavam que 2021 seria o ano da CX, não imaginávamos que seria por essa causa, mas trouxe luz ao quão importante essas questões são: a experiência tem que envolver todas as frentes, o cuidado com o cliente e o social Commerce mostra essa relevância”, conta Alexandra Avelar, Diretora da Emplifi, durante o primeiro episódio do Morning Trends.

Veja abaixo alguns insights dados pela especialista ao elaborar estratégias para a jornada do consumidor:

– A jornada começa pela busca de um review, ela não começa apenas na compra. É preciso considerar o processo anterior;
– Atuar no Social Commerce traz a necessidade de usar as ferramentas corretas;
– É necessário investir em personalização, ou seja, aproveitar bem os dados do cliente;
– O consumidor está mais imediatista, logo, o tempo de resposta deve ser reduzido. Os canais de comunicação devem estar à disposição para ajudar o cliente;
– As pessoas querem o autoatendimento, ainda que seja por meio de chatbot. Elas querem a solução do problema de forma ágil – neste caso o fim é mais importante que o meio;
– As pessoas querem que as empresas sejam verdadeiras em suas causas, para que se sintam representadas;
– 85% dos profissionais que investiram na jornada do cliente viram melhorias;
– A área de experiência precisa envolver a área de cuidado. Integrar todas as áreas é essencial para obter o resultado esperado.

O Morning Trends será apresentado todas as quartas-feiras, às 9h, com entrevistas de Bruno Mello, Sócio Fundador do Mundo do Marketing.

O novo varejo para o novo cliente

Como atender as expectativas do cliente em um novo patamar de digitalização do varejo acelerado pela pandemia.

As constantes transformações do varejo tornam o setor dos mais disruptivos da economia. E a cada novo ciclo, todo o mercado mundial, bem como os processos das organizações, são diretamente impactados.

“Seja nos apps das grandes redes, ou no Whatsapp do mercadinho do bairro, os consumidores venceram a resistência da compra online e as vendas cresceram 14mais de 300% em algumas empresas do segmento”, lembra Ricardo Saravalle, Partner da Indústria de Varejo e Bens de Consumo da IBM Services.

Surfando nas novas tendências de consumo, a IBM Brasil entra de cabeça nesse nicho com portfólio robusto para a jornada digital dos nossos varejistas, ainda “resistentes” às recentes mutações, mesmo com as provas a que foram expostos ao longo de toda a pandemia.

“Os varejistas no Brasil investem em média 1% do faturamento de seus negócios com TI, enquanto a Amazon, por exemplo, investe 8%. Os resultados estão aí. Para o futuro, quem não mudar simplesmente deixará de existir”, reforça o especialista.

Soluções para altas expectativas

Um novo respiro aos empresários do país. A linha de soluções foi desenvolvida a fim de colaborar para a melhoria dos principais gargalos operacionais identificados pela companhia no setor.

Gargalos que não são poucos. Segundo Saravalle, a perspectiva do novo consumidor é a experiência que pequena parcela de empresas consegue entregar.

“O varejo brasileiro tem gaps enormes a serem solucionados. Clientes querem a simplicidade de alugar um imóvel com o Airbnb; a pontualidade, variedade e transparência do iFood; a conveniência do Uber; dentre outros tantos negócios digitais que consumimos todos os dias”, observa.

Gaps

Na classificação de Saravalle, há ainda 3 eixos bastante deficitários na relação varejo, usuários e consumidores. São eles:

a) Experiência: plataformas online com graves problemas de usabilidade e equívocos na entrega de recomendações. “Desde problemas para a busca de produtos e a disposição de informações acuradas para a tomada de decisão de compra, até sugestões absolutamente falhas. Um caso. Tenho uma filha de 8 anos e continuo recebendo ofertas de fraldas pelo app de uma grande varejista”, compartilha.

b) Entrega: falta de opções flexíveis (normal, agendada, mesmo dia, dia seguinte) e descumprimento com datas. “A prática comum dos varejistas é oferecer amplos prazos de entrega para que o produto chegue antes e ‘surpreenda’ apenas porque uma entrega prevista para 18 dias chegou em 12”, compartilha.

c) Atendimento: falta de canais digitais eficientes de atendimento para dúvidas, alterações de pedidos, trocas e devoluções. “Recentemente tive uma experiência excelente de compra: um carro, com uma empresa 100% digital. Desde a descrição do automóvel ao test drive, vistoria e contrato, tudo foi feito via WhatsApp, em atendimento 24×7”, observa.

Bom exemplo

E por falar em carros, na lista de varejistas que vêm obtendo resultados expressivos no e-commerce está o setor de bens duráveis com compras mais planejadas e menos recorrentes em que o consumidor pesquisa mais.

Saravalle explica que o resultado é conseqüência do investimento em marketplaces – que colabora para o “aumento do portfólio de produtos” – além dos esforços para entregas “no mesmo dia, ou no dia seguinte”.

“O varejo digital e as lojas físicas vivem uma guerra onde ganha quem oferece a melhor experiência para o consumidor. O crescimento vertiginoso de muitas empresas desse nicho representou alta de mais de 100% em vendas no segmento. E isso devido à melhor experiência que o digital proporciona em relação ao comércio físico”.

Queda de braço

Na “guerra” descrita pelo executivo, as lojas físicas vivem cenário delicado.

“No online, o consumidor encontra dezenas de opções de geladeira, por exemplo, e consegue comparar preços e condições de pagamento entre dezenas de varejistas. No varejo físico especializado em Eletro, vai encontrar alguns poucos modelos, até mesmo pelas próprias limitações de espaço”.

Mais fatores precisam entrar no radar de empresários que entendem quão importante é se reinventar para garantir a sobrevida do comércio presencial.

“Os preços do online são mais competitivos, seja por melhores negociações com fornecedores, ou por uma estrutura de custos mais eficiente. A conveniência de estar a poucos minutos da sua casa não garante mais as vendas se a estratégia não vier acompanhada de uma ótima experiência”, reitera.

Pela mudança do mindset

Aos gestores que entenderam que o ponto de venda não está mais acima de tudo e o caminho mais assertivo é o exercício por nova mentalidade nos negócios, a IBM traz um portfólio amplo de serviços e soluções digitais a todos os segmentos do varejo que contempla:

a) Digital: elaboração de estratégias e condução de transformações digitais com soluções em Customer Experience, Marketing de Performance e Omnicanalidade alavancados em plataformas de Inteligência Artificial.

b) Management Consulting: consultores de negócio com expertise em varejo para otimização das cadeias de valor e desenvolvimento de novos modelos de negócio.

c) Cognitive Process Transformation: aumento da produtividade e melhoria da experiência dos Consumidores e/ou Colaboradores, através da implementação, gestão e outsourcing de processos core e de backoffice com utilização de Inteligência Artificial, IoT, Blockchain, Analytics, apoiado em soluções de Intelligent Workflows, Digital Workers e Smart Command Centers.

d) Tecnologias para o varejo: implementação acelerada e gestão de plataformas de mercado – SAP, Salesforce, Adobe e outras, ou próprias da IBM com tecnologias disruptivas, como por exemplo Watson para Assitentes Cognitivos e Advanced Analytics, Order Management System para vencer a complexidade da omnicanalidade, Supply Chain Insights para Torres de Controle e Blockchain para rastreabilidade de produtos ponta a ponta na cadeia, dentre outras. Migração de aplicações para Cloud e gestão de nuvens híbridas.

Marcas usam a realidade aumentada para facilitar a decisão de compra

Com a chegada da pandemia, as empresas aceleraram o processo de digitalização, uma maneira de se conectar com o que foi chamado de “novo normal”. E para manter a boa qualidade da jornada e experiência do cliente em um mundo mais digital, alguns recursos tecnológicos foram implementados ao processo. Um deles, que aparecia de forma tímida nos últimos anos, foi a realidade aumentada (RA).

A Mueller, empresa catarinense de eletrodomésticos, foi uma das que investiu na realidade virtual para incrementar a experiência do cliente. Em junho, lançou a campanha “Fogões mesa de vidro é Mueller – Mais escolher para você”, que faz o uso da ferramenta para que os clientes possam testar como o fogão ficará na cozinha.

Sem compromisso, a marca investiu para que esse recurso fosse acoplado ao Instagram, rede que retém maior parte do público da Mueller. O filtro de realidade aumentada oferece 12 opções de fogões de mesa de vidro nas cores inox, grafite, preto e branco, que podem ser ampliados e reduzidos para o melhor encaixe na cozinha.

“Nós mantivemos a tradição de qualidade e somamos inovação para acompanhar esse crescimento e trazer produtos cada vez melhores aos consumidores “, explica Henrique Fonseca, diretor de Vendas e Marketing da Fogões da Mueller.

A redefinição do lar a partir da realidade aumentada

A realidade aumentada dentro do lar não é uma novidade. Nos últimos anos, empresas voltadas à decoração e mesmo imobiliárias têm usado o recurso para melhorar a experiência do cliente.

No caso da MRV Engenharia, o uso da realidade virtual já é uma realidade que foi bastante acelerada durante a pandemia. Para Eduardo Fischer, CEO da empresa, o uso de tecnologias como a RA são bons fatores de encantamento. “Você tem um espaço no qual a pessoa vai e ela faz uma experiência de imersão 3D a partir de um óculos de realidade aumentada. Assim, ela caminha pelo apartamento, muda acabamentos, muda layouts, pinturas de paredes. Naquele momento, ela personaliza o imóvel dela, coisa que no passado não era possível”, explica em entrevista exclusiva à Consumidor Moderno.

É claro que o digital não substitui o físico, mas ter uma dimensão real do que ocorre por meio da realidade aumentada já é um grande avanço. E cada vez mais as empresas usam a ferramenta para entregar ao cliente um foco de personalização — que é bastante mais simples e palpável pelo digital, vale dizer.

“Essa jornada para o nosso consumidor é muito mais fluida, muito mais digital e com a qualidade até melhor do que acontecia fisicamente, porque existem mais ferramentas para tomar uma decisão importante como a de comprar um imóvel”, explica Eduardo.

A tecnologia a favor da facilidade

Para além da decoração e personalização, a Mueller também destaca que a vinda dos Fogões foi pensada de acordo com a nova realidade imposta pela pandemia. Ou seja, partindo do princípio que as pessoas têm cozinhado mais em casa e que demandam eletrodomésticos mais sofisticados e eficientes.

Assim, a campanha da Mueller tem como objetivo mostrar como os produtos da marca podem ser aliados tanto nesse momento quanto no período pós-pandemia, sobretudo para facilitar o processo.

“A campanha tem o propósito de enaltecer que os nossos consumidores podem saborear melhor o momento da refeição, pois com as facilidades oferecidas pelos nossos produtos, o tempo é melhor aproveitado”, salienta Henrique. “A mesa de vidro é mais prática de limpar, o preparo das refeições também é mais rápido, pois os queimadores são potentes. São mais escolhas para aproveitar os sabores, cozinhar com segurança, relembrar receitas e se encantar pela sua cozinha. Queremos nos conectar com a rotina dos consumidores”, pontua.

Netflix lança e-commerce com produtos exclusivos

Empresa aposta na diversificação de negócios para ampliar a receita, após desaceleração.

Buscando a diversificação de negócios, a gigante do streaming lançou, na quinta-feira (10), um e-commerce, o Netflix.shop. A loja on-line terá objetos colecionáveis e peças de vestuário baseados em produções originais da marca. Entre os itens lançados estão streetwear e bonecos de ação baseados na série de anime Yasuke e Eden, além de itens de vestuário e decoração inspirados em Lupin, projetados e produzidos em colaboração com o museu do Louvre.

Por enquanto, as vendas estão concentradas nos Estados Unidos, mas serão expandidas para outros países ao longo dos próximos meses. “Estamos entusiasmados em oferecer aos fãs uma nova maneira de se conectar com suas histórias favoritas e apresentá-los à próxima onda de artistas e designers que abraçam o poder da narrativa em todas as suas formas”, informou a empresa.

A loja on-line é uma parceria com a empresa de tecnologia Shopify. Segundo o New York Times, o e-commerce é um esforço liderado pelo executivo Josh Simon, que dirige a divisão de produtos de consumo da Netflix.

Simon ingressou na empresa em março de 2020, depois de trabalhar em uma função semelhante na Nike. Sob seu comando, a equipe de produtos de consumo cresceu de 20 para 60 pessoas, e a Netflix fez acordos com Walmart, Sephora, Amazon e Target para vender roupas, brinquedos, kits de beleza e utilidades domésticas, entre outros itens, relacionados à sua série e filmes.

Aumento da concorrência

A iniciativa é vista como uma alternativa de receita para a Netflix após um trimestre em que seu crescimento explosivo mostrou sinais de desaceleração com o aumento da concorrência no streaming, que agora inclui a Disney +.

A diversificação de negócios não deve parar por aí. Segundo o jornal Los Angeles Times, a Netflix está expandindo seus podcasts, recebendo sugestões de produtores externos e procurando um executivo para liderar o projeto. O objetivo é tentar manter a audiência interessada em seus programas e filmes.