Marketplace in: como atrair sellers e construir um canal próprio de vendas escalável

No mundo dos marketplaces, existem dois modelos principais: o marketplace out e o marketplace in.

O marketplace out é aquele em que marcas e sellers vendem dentro de plataformas consolidadas de terceiros, como Mercado Livre, Amazon, Shopee, entre outras. Nesse modelo, o controle da jornada, da exposição da marca e dos dados do cliente está nas mãos da plataforma.

Já o marketplace in é o oposto: a empresa constrói sua própria plataforma de marketplace, reunindo sellers e produtos sob sua curadoria. Aqui, a companhia detém o controle da operação, da jornada de compra e da relação com o consumidor, criando um ativo estratégico que vai além das vendas, o que conecta toda a cadeia, da indústria ao varejo, com inteligência e margem.

Nos últimos anos, vimos o ecossistema digital se transformar profundamente, o que também fez esses dois mundos, de marketplace out e in, conquistarem espaço em um mercado tão competitivo. Mas o que quero destacar aqui é a força que o marketplace in tem ganhado entre grandes marcas, distribuidores e até mesmo empresas estatais.

Tenho liderado operações desse modelo e posso afirmar com convicção: construir uma plataforma própria de vendas, reunindo múltiplos sellers e marcas, é um movimento estratégico com enorme potencial de crescimento e diferenciação. Mas, para que essa iniciativa decole, é preciso mais do que tecnologia. É preciso visão, posicionamento e, principalmente, um valor claro para quem vende com você.

Marketplace in: uma escolha estratégica

Ao optar por um marketplace in, você cria um canal direto de relacionamento com o cliente, controla toda a jornada de compra e fortalece sua marca como protagonista do ecossistema. Mais do que digitalizar vendas, trata-se de construir um ativo estratégico, capaz de conectar marcas, indústrias, distribuidores e pequenos varejistas em um ambiente eficiente, fluido e centrado na experiência.

Esse movimento já chama atenção de grandes players – inclusive estatais -, sinalizando como o mercado busca se aproximar do consumidor final, aproveitando a possibilidade de expansão desse método de vendas. Isso porque o marketplace in permite atender da indústria ao varejo local com mais controle, inteligência e margem.

Mas como romper a barreira dos grandes marketplaces?

É aqui que entra a pergunta que mais escuto de executivos e parceiros: “Como fazer meu canal próprio se destacar em meio aos gigantes?”.

Na prática, o consumidor final nem sempre percebe se está comprando em um marketplace in ou out. Para ele, o que importa é encontrar variedade, preço competitivo, entrega rápida e uma boa experiência. Ou seja, não é o modelo que vai atrair o seller ou o consumidor – é o valor gerado.

Se você quer que os sellers vejam o seu canal como estratégico, é preciso entregar aquilo que os grandes players não conseguem: personalização, foco estratégico e parceria real. E isso passa por uma série de diferenciais, que estão listados na sequência:

1. Tenha um posicionamento claro e coerente

Seu marketplace precisa ter um propósito. Seja abastecer pequenos comércios regionais, seja criar um canal premium para marcas de moda, ou oferecer um ecossistema B2B robusto para distribuidores. Quanto mais segmentado e bem posicionado, mais fácil será atrair sellers que se identifiquem com a proposta.

Por exemplo, se o foco é o abastecimento B2B, chame para perto indústrias que complementam o portfólio do seu canal. Crie um mix inteligente que atenda ao lojista que está na ponta e que quer resolver tudo em um só lugar.

2. Ofereça vantagens reais para os sellers

Um erro comum é achar que basta plugar o seller na plataforma e esperar que ele venda. Não é esse o caminho. Você precisa gerar valor para ele, para que o crescimento do negócio dele “dependa” de estar na sua plataforma. Por isso, é imprescindível oferecer algumas vantagens que melhoram a conexão do seller com você:

– Condições comerciais especiais, como taxas atrativas baseadas em conhecimento do setor, prazos de pagamento estendidos ou acesso facilitado a crédito;
– Compra programada, para sellers que precisam de reposição recorrente;
– Compra assistida, com consultores online que ajudam o seller a montar o pedido ideal;
– Soluções de frete otimizadas, com negociações centralizadas que reduzem custos e prazos.

3. Conte com um time experiente na operação

Gerenciar um marketplace próprio exige expertise. É preciso cuidar da intermediação entre marcas, indústrias, sellers e consumidores, garantindo fluidez na operação, sem canibalizar os canais oficiais da marca.

Com um parceiro no assunto ao seu lado, é possível negociar com transportadoras, integrar ERPs e melhorar a precificação, ou seja, construir um verdadeiro ecossistema sustentável. A gestão especializada é o que transforma uma plataforma digital em um canal de vendas relevante e escalável.

4. Expanda com inteligência e consistência

A escolha de sellers e marcas precisa seguir critérios claros. Amplie o mix com parceiros que complementem sua proposta de valor. Não adianta inflar a plataforma com milhares de ofertas irrelevantes – isso só dilui a experiência.

Outro exemplo prático é pensar também na regionalização. A expansão para áreas menos atendidas do Brasil é uma vantagem competitiva frente ao marketplace out.

Investindo em capilaridade logística, ao lado de um especialista em gestão de marketplace, você ganha um argumento para atrair marcas que querem atingir novos públicos.

5. Não se esqueça da experiência de compra

Por fim, lembre-se: no final do dia, tudo gira em torno da experiência. Não importa o modelo se a navegação for ruim, o checkout demorado, a entrega ineficiente… Por isso, invista em usabilidade, design intuitivo, comunicação transparente, promoções segmentadas e ações de retenção. Clientes satisfeitos voltam. E sellers felizes vendem mais.

O futuro pertence a quem constrói ecossistemas

Segundo a Statista, os marketplaces no Brasil devem crescer 18% em 2025, movimentando mais de R$ 300 bilhões. Na América Latina, a previsão é que o e-commerce atinja US$ 1 trilhão em vendas até 2027, segundo a Ebanx.

Com essa projeção clara de crescimento do varejo online, esse é o momento de agir. De construir canais próprios com valor, diferenciais e inteligência. Não para competir com os gigantes, mas para ocupar um espaço único, no qual marcas, indústrias e sellers encontram um ambiente controlado, eficiente e orientado a resultados.

Como executivo responsável por plataformas próprias de marketplace, posso dizer: quem começa agora, com clareza estratégica e foco no seller, estará à frente quando o futuro bater à porta.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/marketplace-in-como-atrair-sellers-e-construir-um-canal-proprio-de-vendas-escalavel”

 

A loja do futuro: experiência, conexão e inteligência integrada

Para Elói Assis, diretor-executivo de produtos para Varejo da TOTVS, transformação das lojas físicas acompanha uma mudança no comportamento do consumidor.

A loja do futuro não será apenas um espaço para vender produtos. Ela será um ponto de encontro entre marcas e consumidores. Essa transição já vem acontecendo com o varejo omnichannel, em que os espaços tradicionalmente focados em venda direta caminham para se tornar ambientes de experiência e de conexão emocional com os clientes.

“Temos falado sobre o novo papel da loja física, que mudou muito de perfil: antigamente, era muito transacional. Você entrava, fazia uma compra e levava o seu produto. Estamos indo para uma loja emocional, onde você se conecta e cria um vínculo com a marca”, conta Elói Assis, diretor-executivo de produtos para Varejo da TOTVS.

Segundo Assis, a transformação das lojas físicas acompanha uma mudança importante no comportamento do consumidor, que, muitas vezes, começa a jornada de compra no online, com pesquisas e comparações de produtos, mas sente necessidade de contato humano e conexão. “O ambiente digital, apesar de prático, é mais impessoal, e os consumidores têm buscado experiências que envolvam interação real. O consumidor quer tocar o produto, conversar com vendedores preparados e receber informações que o ajudem a tomar decisões de compra com mais segurança e embasamento”, explica.

Essa tendência, especialmente entre os mais jovens, como a geração alfa, tem levado as marcas a reimaginar suas lojas físicas como espaços de vivência e conexão. Assis cita o conceito de terceiro lugar, popularizado pela Starbucks, para ilustrar essa tendência de transformar lojas em ambientes que vão além da função comercial. O conceito se refere a locais onde as pessoas se reúnem e socializam e que são diferentes da casa (primeiro lugar) e do trabalho (segundo lugar).

“A proposta da Starbucks, desde o começo, foi ‘vem aqui com seu laptop, escrever seu texto enquanto toma um cafezinho’.  Essa é uma proposta diferente de conexão do varejo, com uma proposta de experiência. Temos visto uma hibridização do varejo, que tem agregado coisas como food, serviços e momentos de relaxamento”, diz.

Outros exemplos citados são o da marca Granado, que passou a vender sorvete em uma loja no Rio de Janeiro, e a Prada, que incorporou cafés sofisticados dentro de suas lojas internacionais, promovendo uma integração entre produto, estilo de vida e experiência sensorial.

O diferencial competitivo da loja física

Para evitar a concorrência e a canibalização entre os canais físico e digital, Assis destaca a importância de promover uma integração completa e fluida entre eles. Um sistema bem estruturado e conectado possibilita, por exemplo, que um vendedor da loja física consulte o estoque online em tempo real, oferecendo ao cliente alternativas para produtos indisponíveis na loja naquele momento, com opções ágeis de entrega ou retirada em outra unidade.

Assis destaca, que, hoje, o consumidor vai para a loja equipado com o celular. “O vendedor tem que estar tão bem equipado quanto ele para, se o cliente disser ‘Gostei, mas queria em vermelho’, ele conseguir consultar na hora e responder: ‘Aqui na loja não temos em vermelho, mas há disponibilidade na unidade do outro shopping. Você pode ir até lá retirar, já pagando comigo agora, ou, se preferir, eu faço o pedido para chegar aqui em até duas horas, enquanto você dá uma volta. Também posso mandar entregar na sua casa — chega hoje no fim do dia ou amanhã cedo’”, exemplifica.

Para Assis, a loja física pode, inclusive, se transformar em um diferencial competitivo importante frente aos players exclusivamente digitais, como Mercado Livre e Amazon, que vêm investindo na criação de espaços físicos para suprir a necessidade de proximidade e conexão com o consumidor. “O Mercado Livre tem agências para poder garantir que você consiga receber ou devolver produtos de forma mais simples. Nos Estados Unidos, a Amazon comprou a Whole Foods, que é uma cadeia de supermercados físicos para poder atender esse cliente.”

Loja do futuro

Mas, em vez de ser preenchida por corredores cheios de prateleiras, a loja do futuro será muito mais do que um espaço físico: será um hub inteligente, totalmente integrado aos diversos canais de compra e comunicação, onde o cliente poderá transitar com facilidade entre o ambiente online, as redes sociais, o WhatsApp e o ponto de venda, de acordo com sua necessidade e conveniência.

“A loja do futuro é um espaço quente, onde você expõe os produtos de uma maneira que você vai conectar com a experiência da vida do consumidor, e não em prateleiras. Um exemplo que eu vi, recentemente, nos Estados Unidos é o da loja Yeti. Eles montam cenários de camping para mostrar seus produtos em ação. No Brasil, marcas como a Reserva Kids transformam suas lojas em ambientes que parecem quartos infantis, reforçando a conexão emocional com o consumidor”, explica.

A tecnologia também terá papel importante nas lojas do futuro. Câmeras de celular e Inteligência Artificial ajudarão o cliente a conhecer melhor os produtos, enquanto vendedores mais bem preparados digitalmente vão tornar a experiência ainda mais fluida. “A loja do futuro não será só para vender. Ela vai gerar experiência e contato humano”, afirma Assis.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/19/05/2025/noticias-varejo/a-loja-do-futuro-experiencia-conexao-e-inteligencia-integrada/”

De olho na fidelização de clientes, Americanas lança cartão de crédito

A Americanas anunciou o lançamento do Cartão cliente•a, novo cartão de crédito da varejista para ampliar o acesso a meios de pagamento e fidelizar clientes. Disponível em todas as cerca de 1.600 lojas físicas da marca, além do site e aplicativo, o cartão oferece parcelamento em até 12 vezes sem juros e já está disponível para contratação. A expectativa da empresa é emitir 1 milhão de cartões nos primeiros 12 meses.

m setembro do ano passado, após anunciar o encerramento da carteira digital Ame, a companhia informou o investimento em um novo programa de fidelidade. Em recuperação judicial desde janeiro de 2023, a iniciativa indica um movimento de reestruturação da empresa, que também está focada na criação de um marketplace físico em suas lojas.

O produto é fruto de uma parceria com a administradora BrasilCard e a bandeira Visa, e faz parte da estratégia de reforço da relação com os consumidores. A iniciativa visa estimular a recorrência de compras e contribuir para a rentabilidade da operação.

O Cartão cliente•a poderá ser utilizado em qualquer canal da Americanas (loja física, site e app), além dos demais estabelecimentos credenciados à Visa. A partir do segundo semestre, o cartão será integrado ao novo programa de fidelidade da companhia, que permitirá o acúmulo de pontos. Esses pontos poderão ser convertidos em descontos na fatura ou na aquisição de produtos e serviços.

Entre os benefícios previstos para ainda este primeiro semestre estão descontos exclusivos e novas opções de parcelamento. No segundo semestre, os clientes terão acesso a vantagens adicionais, como aceleradores de pontos.

“Este é um projeto abre-alas do nosso programa de fidelidade, que vai ampliar as formas de relacionamento com atuais e novos clientes, em uma jornada omnicanal”, afirma Tiago Abate, vice-presidente de Clientes e Parceiros da Americanas. “O Cartão cliente•a é uma solução que fortalece a estrutura financeira da companhia e oferece alternativas de consumo para o cliente. Além disso, ele gera um maior conhecimento e engajamento para a venda relacionada de produtos e serviços, tudo dentro da Americanas”, conclui.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/americanas-lanca-cartao-de-credito”

 

Marketing B2B inteligente: como gerar impacto com menos

Em um ambiente B2B cada vez mais pressionado por entregas tangíveis e ciclos complexos de decisão, o desafio não é apenas vender: é gerar demanda, engajar stakeholders diversos e provar retorno. O caminho é fazer mais com menos e com inteligência.

Para Mário Soma, CEO e Head B2B da Pólvora Comunicação, é fácil cair na “ilusão dos cliques”: dashboards bonitos, taxas de cliques (CTR) crescentes e relatórios com gráficos em ascensão, entre outros indicadores. Parece que está tudo indo bem. “Mas, quando você puxa o ‘fio da conversão’, percebe: quem clicou não é quem decide. O abismo entre um lead curioso e um comprador real é maior do que muitos imaginam”.

Dados recentes da Dreamdata, plataforma de atribuição B2B, mostram que a jornada média no Marketing B2B dura 320 dias (10 meses e 2 semanas) desde o primeiro toque até o fechamento da venda; apenas 1 em cada 100 contas está ativamente no mercado naquele trimestre e 80% dos compradores já têm um fornecedor em mente antes de iniciar a busca.

Para Mário, três pontos quebram muita convicção do mercado. “Anúncios com líderes de pensamento (Thought Leader Ads) têm até 2,3x mais engajamento que os formatos tradicionais. Isso comprova que pessoas engajam com pessoas. Um terço das empresas-alvo recebe menos de três impressões em 90 dias. Ou seja, estamos desperdiçando mídia onde mais importa”, afirmou.

Ele continua explicando que a jornada entre Lead Qualificados de Marketing (MQL) e Lead Qualificado de Venda (SQL) leva, em média, 107 dias (três meses e duas semanas). “As grandes empresas têm jornadas 49% mais longas”, pontua.

O que fazer diferente: vender para o decisor, não para o curioso

O CEO da Pólvora afirmou que a partir do momento que se quer vender para quem decide, é preciso definir com precisão o ICP : cargo, setor, maturidade digital, dor real.

“Trabalhe em duas frentes: Account Based Marketing (ABM) para decisores por meio de campanhas cirúrgicas e personalizadas; e inbound para influenciadores por meio de conteúdos educativos e distribuídos”, indica. Além disso, ele propõe que se crie conteúdo que fale a linguagem do decisor. “Executivos C-Levels não querem saber como funciona. Eles querem saber o que resolve. Junto a isso, integre Marketing e vendas com clareza de propósito: o alinhamento é mais poderoso que automação. Sua taxa de conversão agradece”, analisa.

Fonte: “https://mundodomarketing.com.br/marketing-b2b-inteligente-como-gerar-impacto-com-menos”

Do planejamento à prática: o papel das pessoas na transformação digital do varejo

Nos últimos anos, muito se tem falado sobre transformação digital no varejo. Ferramentas de automação, Inteligência Artificial, gestão baseada em dados e integração entre canais são cada vez mais comuns nos planos estratégicos das empresas. Porém, há um elo que muitas vezes é negligenciado — e que pode ser o diferencial entre o sucesso e o fracasso dessas iniciativas: o desenvolvimento das pessoas que colocam essas estratégias em prática todos os dias.

Quando falamos de times táticos e operacionais — aqueles que estão na linha de frente, nos estoques, no atendimento, nas vendas — estamos falando dos verdadeiros executores da transformação no varejo. São eles que precisam entender o novo modelo, adotar novas ferramentas, mudar comportamentos e sustentar os resultados esperados. E, para isso, um mindset mais digital e orientado a resultados precisa ser construído com intencionalidade.

Digitalizar a estratégia não basta — é preciso digitalizar a mentalidade

A tecnologia avança, mas quem garante que ela será bem utilizada? Quem assegura que as informações capturadas por um CRM serão transformadas em ações personalizadas? Que os dados de uma plataforma integrada vão embasar decisões na ponta? Que um novo processo de atendimento omnichannel será vivido com fluidez pelo cliente?

A resposta está na preparação dos times, especialmente em relação a conhecimento dos produtos e/ou serviços oferecidos pela empresa, domínio das ferramentas digitais, desenvolvimento da capacidade analítica e tomada de decisão baseada em dados, melhor gestão do tempo e definição de prioridade, além de adotar uma forma de pensar mais aberta a abraçar mudanças de forma ágil.

A Renner, brasileira do varejo de moda, adotou uma abordagem integrada para digitalizar não apenas a jornada do cliente, mas a jornada dos seus colaboradores operacionais. Com a implantação de tecnologias como RFID (Radio Frequency Identification ou Identificação por Radiofrequência) para controle de estoque e o app de vendas “Você na Loja”, a empresa percebeu que a aderência das equipes seria decisiva para o sucesso do projeto.

As ações de desenvolvimento adotadas pela Renner para seus times operacionais incluíram capacitação sobre o ciclo de vida dos produtos, conectando a área de estoque com a experiência de compra; treinamentos práticos para uso de novas ferramentas de reposição e atendimento mobile; sprints de melhoria contínua, com escuta ativa dos colaboradores e ajustes rápidos; e acompanhamento de KPIs simples, como tempo de reposição e taxa de conversão assistida.

Como resultado, os colaboradores passaram a executar suas atividades operacionais com maior agilidade, a empresa conseguiu diminuir índices de ruptura em 87%, tiveram aumento dos índices de médios de vendas por atendentes e, consequentemente, um time mais engajado para entregar valor ao cliente por meio de diferentes canais. Isso demonstra que a tecnologia só gera impacto real quando encontra equipes preparadas e empoderadas.

O digital só entrega valor com pessoas preparadas

Tecnologia e processos estruturados são importantes, mas são as pessoas que fazem a diferença no dia a dia da operação de varejo. Investir em desenvolvimento humano não é apenas uma ação de RH. É uma decisão estratégica para sustentar a transformação digital e alcançar o tão desejado aumento de produtividade.

Se a sua empresa está em jornada de digitalização ou implantando novos modelos comerciais, vale a pena se perguntar: meus times estão preparados para essa nova realidade? O sucesso da transformação começa por aí.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/15/05/2025/artigos/do-planejamento-a-pratica-o-papel-das-pessoas-na-transformacao-digital-do-varejo/”

 

Conheça seu próximo companheiro (assistente) de compras: o concierge pessoal com tecnologia de IA

Todos nós já passamos por isso – você comprou um produto e ele não era o que você esperava. Talvez não fosse do tamanho certo, ou faltasse uma peça, ou talvez nem tenha chegado. Para piorar a situação, depois da decepção inicial, agora você está lidando com uma experiência de atendimento ao cliente desconexa enquanto tenta resolver o problema. O que deveria ter levado apenas alguns minutos se transformou em gastar metade da sua manhã navegando por menus de serviço intermináveis, repetindo suas informações e o motivo pelo qual você entrou em contato com um chatbot e, em seguida, com um agente ao vivo – o mesmo agente que o deixou esperando indefinidamente na linha enquanto tentava descobrir como ajudá-lo.

Muitas vezes, o incômodo supera o custo, deixando você decepcionado com a marca com a qual está interagindo e, em alguns casos, determinado a nunca mais fazer negócios com ela. A boa notícia é que não precisa ser assim. No futuro, acreditamos que esse tipo de experiência será coisa do passado, substituída por uma tecnologia que cuida de tudo isso para você. Um assistente digital pessoal que cuida de suas devoluções, organiza trocas, localiza seus pacotes perdidos e muito mais – tudo isso enquanto o atualiza regularmente sobre o andamento do processo por meio do seu canal de comunicação favorito. Esses agentes com tecnologia de IA podem atuar como um serviço de “concierge” de compras pessoais, melhorando a experiência geral dos clientes e, consequentemente, a satisfação com seus varejistas favoritos.

O poder da IA está fornecendo soluções reais que ajudam as pessoas a atingir seus objetivos com facilidade, e ainda há uma oportunidade significativa para os varejistas brasileiros aproveitarem seu potencial. O estudo Inteligência Artificial no Varejo, realizado pela Central do Varejo com 307 varejistas brasileiros durante o primeiro semestre do ano passado, revelou que 53% deles ainda não adotaram a tecnologia.

O cenário do varejo está se transformando drasticamente à medida que a IA remodela a forma como as empresas interagem com os clientes. Na vanguarda dessa evolução está a implementação sofisticada de agentes virtuais com tecnologia de IA. Impulsionados por modelos de linguagem de grande porte (LLMs), os agentes virtuais podem falar como humanos, acompanhar perguntas complexas e entender diversas intenções de maneira natural. Eles estão ultrapassando rapidamente os chatbots lineares unidimensionais de hoje.

Trocando respostas robóticas por experiências VIP

A maioria dos chatbots atuais é reativa. Eles conseguem gerenciar tarefas simples como cancelar pedidos, verificar status e definir senhas. A maioria ainda depende do Processamento de Linguagem Natural (PLN), mantendo-os presos a um ciclo de interações lineares. Alguns bots incorporam o contexto do cliente, mas muitos colocam os consumidores em um labirinto frustrante de respostas irrelevantes e pré-programadas. Atualmente, a maioria dos varejistas opera nesses níveis iniciais de automação para lidar com uma parcela considerável do engajamento inicial do cliente. Problemas que podem ser um pouco mais complicados geralmente são encaminhados para agentes humanos.

Imagine um cliente comprando um produto e querendo verificar se ele está em estoque, aplicar um código de desconto e explorar as opções de envio para outro pedido já postado – tudo em uma única conversa. A maioria dos chatbots não consegue acompanhar. Muitas vezes, eles não têm a adaptabilidade necessária em tempo real. Essa inflexibilidade incomoda os compradores, o que pode resultar em carrinhos abandonados e perda de fidelidade.

Com a chegada da IA generativa, a próxima geração de bots de varejo está surgindo. Esses agentes de compras virtuais podem analisar dados do cliente em tempo real para fornecer recomendações personalizadas, rastrear pedidos, processar devoluções e lidar com transações mais complexas. À medida que esses agentes virtuais se tornam mais hábeis em resolver problemas cada vez mais complexos e melhor em compreender a linguagem humana, esperamos que a percepção do consumidor mude, e alguns compradores busquem ativamente agentes de IA como sua forma preferida de interagir com os varejistas.

Voltando ao exemplo da compra de um produto. Um agente virtual pode alternar facilmente entre tópicos, permitindo que você verifique se o produto está em estoque, aplique um código de desconto e explore as opções de entrega – tudo na mesma conversa, sem perder o ritmo. Deseja combinar um vale-presente com seu cartão de crédito para pagamento? Sem problemas. O agente virtual pode lidar com essa solicitação complexa e multifacetada sem esforço, assim como um vendedor humano faria.

Com agentes virtuais, os clientes não sofrerão mais longos tempos de espera nem interagirão com robôs pouco sofisticados que não conseguem resolver seus problemas sem assistência humana. Isso também liberará o tempo do agente humano para se concentrar nos clientes que mais precisam de suporte.

Agentes virtuais de IA são o sonho dos compradores online

Os chatbots de varejo atuais são precursores de implementações mais poderosas e úteis de IA. Em vez de deixar um chat aberto ou em espera, os clientes podem confiar em concierges de compras pessoais para resolver seus problemas de forma assíncrona e reportar uma solução proativa. Olhando para o futuro, o surgimento de concierges virtuais proporcionará experiências de compra mais imersivas e eficientes. Embora os chatbots com os quais estamos familiarizados continuem a auxiliar os consumidores em tarefas simples, eles abrirão caminho para concierges de compras pessoais que podem proporcionar conversas mais personalizadas, proativas e empáticas.

Varejistas que adotarem essas tecnologias podem se posicionar na vanguarda da próxima revolução do varejo, em que acreditamos que os agentes virtuais não serão mais opcionais. Eles se tornarão tão essenciais quanto um site ou aplicativo no celular. À medida que essa tecnologia continua a evoluir, espera-se que os concierges de compras pessoais desempenhem um papel crucial na construção do futuro das experiências do cliente no varejo.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/conheca-seu-proximo-companheiro-assistente-de-compras-o-concierge-pessoal-com-tecnologia-de-ia”

Vendas no varejo avançam 1,6% em abril, mostra índice da Cielo

As vendas no varejo cresceram 1,6% em abril de 2025 na comparação com o mesmo mês de 2024, já descontada a inflação, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). Trata-se da primeira alta mensal registrada no ano. Em termos nominais, que refletem a receita efetiva dos varejistas, o crescimento foi de 7,9%.

Entre os macrossetores, apenas o de bens não duráveis apresentou avanço, com alta de 4,2%. O destaque ficou por conta do segmento de varejo alimentício especializado. Já o macrossetor de serviços teve queda de 2,3%, com autopeças e serviços automotivos liderando as perdas. O setor de bens duráveis e semiduráveis recuou 1,9%, com destaque negativo para óticas e joalherias.

Segundo Carlos Alves, vice-presidente de tecnologia e negócios da Cielo, a recuperação do varejo em abril foi impulsionada por datas como a Páscoa e o feriado de Tiradentes. “Um dos destaques do mês foi o segmento de varejo alimentício especializado, aquecido pelas vendas em chocolaterias e bombonieres. Nesse caso, houve um efeito de calendário que beneficiou o desempenho do varejo em abril, uma vez que no ano passado a Páscoa caiu em março”, explica. O setor de turismo e transporte também teve desempenho favorecido pela proximidade dos feriados, segundo o executivo.

E-commerce mantém ritmo de crescimento

As vendas online cresceram 3,0% em termos nominais no mês de abril, na comparação com o mesmo período de 2024. Já as vendas presenciais avançaram 9,4% também em termos nominais.

Inflação impacta o varejo

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia do IPCA divulgada pelo IBGE, registrou alta de 0,43% em abril. Alimentação e bebidas foram os principais responsáveis pela elevação, seguidos pelo reajuste no preço dos medicamentos realizado no final de março.

Com base no IPCA e IPCA-15 ponderados pelos setores e pesos do ICVA, a inflação acumulada em 12 meses no varejo ampliado foi de 6,2% em abril.

Resultados por região

Considerando os dados deflacionados e com ajuste de calendário, o ICVA apontou os seguintes resultados por região na comparação com abril de 2024:

  • Sul (+2,1%);
  • Nordeste (+1,0%);
  • Norte (+1,0%);
  • Sudeste (+0,7%);
  • Centro-Oeste (-0,8%).

Em termos nominais e com ajuste de calendário, os desempenhos regionais foram:

  • Sul (+8,8%);
  • Sudeste (+7,2%);
  • Norte (+7,1%);
  • Nordeste (+6,2%);
  • Centro-Oeste (+5,0%).

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/vendas-no-varejo-avancam-16-em-abril-e-commerce-tambem-cresce-mostra-indice-da-cielo”

 

iFood se reposiciona e não quer ser mais só a marca de entrega de refeições

Empresa lança campanha “iFood é tudo para mim” em posicionamento multicategorias.
O iFood lançou na última quarta-feira (7) uma campanha para reposicionar a marca como uma plataforma de conveniência multicategoria. Batizada de “iFood é tudo para mim” quer mostrar a empresa como uma plataforma de tecnologia além da entrega de refeições, com atuação no delivery de compras em mercados, farmácias, pet shops e outros varejistas.

“No último ano vimos o número dessas categorias saltarem 50%, tanto no volume de pedidos como em faturamento, o que mostra uma crescente demanda por conveniência”, diz o CEO do iFood, Diego Barreto. “Ao ir além do delivery de comida, redefinimos as fronteiras que uma empresa brasileira de tecnologia pode oferecer para simplificar e agregar valor para todo o ecossistema.”

Serão quatro filmes publicitários para a campanha, cuja estreia ocorreu na noite da última terça-feira. A empresa afirma que o mote da campanha é baseado nos pilares funcional e emocional. No primeiro, os vídeos destacam o iFood como uma marca presente na vida de milhões de brasileiros, entregando tudo que o público precisa; no segundo, uma marca que entrega o que as pessoas amam por meio de experiências e criando conexões.

O mote “iFood é Tudo Pra Mim” tem sido introduzido em ações da companhia desde o início do ano, em eventos como o Carnaval e o Big Brother Brasil 2025. Pelas próximas semanas, a campanha será sustentada em TV aberta, Pay TV, streaming, redes sociais e no app do iFood. O publicitário Nizan Guanaes e sua equipe Nideias assinam a ideia. A DM9, agência criativa de publicidade e propaganda, desenvolve a campanha.

Desde 2019, o iFood já faz testes de entregas de compras em supermercado. No decorrer dos anos, a companhia adicionou novos parceiros de varejo ao aplicativo, como farmácias, lojas de conveniência e pet shops. Hoje, o aplicativo tem mais de 115 milhões de pedidos mensais e 55 milhões de clientes.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/business/ifood-se-reposiciona-e-nao-quer-ser-mais-so-a-marca-de-entrega-de-refeicoes/

Farmácias, saúde e beleza lideram o uso do WhatsApp para atendimento e vendas no Brasil

Seis em cada 10 consumidores utilizam WhatsApp para falar com empresas toda semana.

Segundo dados apresentados no Infobip CX Unlocked*, em Miami (EUA) por Juan Pablo Giraudo, client partner da Meta, a conveniência, a velocidade da resposta e a possibilidade de manter o histórico das conversas são os principais fatores que explicam a preferência pelo canal.

“O Brasil é o caso de uso mais incrível em relação à integração, com a busca de medicamentos por serviço farmacêutico. Lá, você pode obter sua receita, enviar o formato PDF para a farmácia e receber o link para pagamento”, diz Giraudo.

Popularidade do WhatsApp no Brasil

Não são apenas as farmácias, serviços de saúde e bem-estar e beleza que tornam o WhatsApp popular em atendimentos no Brasil. Com 96% da população online utilizando o WhatsApp, o País se destaca como um daqueles onde o aplicativo é mais integrado à vida dos consumidores: 66% afirmam interagir com negócios pelo app diariamente ou semanalmente. O índice é bem acima da média de outros países, como a Argentina, que registrou 42%, a Itália, com 49%, e o Canadá, com 59%.

Em 2024, o número de consumidores que usam o WhatsApp para se comunicar com empresas cresceu 5% e atingiu o patamar de 89%. A tendência também foi observada em outros países, como o Canadá, com 87%, e a Argentina, com 86%. Na Itália, o aumento foi de 7%, alcançando 80% de usuários.

Delivery de bares e restaurantes

As vendas por WhatsApp também já representam uma parcela considerável no faturamento com delivery dos bares e restaurantes. Uma pesquisa da Abrasel, realizada com 2.176 donos de estabelecimentos do setor de alimentação fora do lar em todo o Brasil, mostrou que mais de um quarto dos ganhos com entrega de comida já vem de pedidos feitos pelo app de mensagens.

A penetração do WhatsApp no delivery é de 63%, ainda abaixo das plataformas de terceiros, como aplicativos/marketplaces (por exemplo, o iFood). Segundo a pesquisa, 78% dos restaurantes utilizam esses canais em 2025, enquanto 41% ainda recebem pedidos por telefone e 39% investem em aplicativos ou sites próprios (a pesquisa permitia mais de uma resposta).

Nas vendas, os marketplaces ainda correspondem por 54% do faturamento, seguido pelo WhatsApp (26%), app/site próprio do estabelecimento (12%) e pedidos por telefone (8%). “O crescimento do WhatsApp é natural, pois dá mais controle aos estabelecimentos”, revela Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/09/05/2025/noticias-varejo/farmacias-saude-e-beleza-lideram-o-uso-do-whatsapp-para-atendimento-e-vendas-no-brasil/

Cinco varejistas brasileiras entram no ranking das 250 maiores do mundo

Mesmo diante da dominância de gigantes como Walmart e Amazoncinco empresas brasileiras conquistaram espaço entre as 250 maiores varejistas do mundo, segundo a edição mais recente do relatório Global Powers of Retailing, da Deloitte.

O estudo, que classifica as 250 maiores varejistas do mundo com base na receita anual, destaca a atuação global e a resiliência de marcas brasileiras em um cenário competitivo e marcado por transformações no comportamento de consumo.

O levantamento analisou o desempenho de empresas de diversos segmentos do varejo, como supermercados, eletrônicos, vestuário e e-commerce. Entre os destaques do estudo, está a capacidade das companhias que integram o ranking em manter relevância mesmo diante de desafios econômicos globais, mudanças tecnológicas e novas exigências dos consumidores.

As brasileiras que integram o ranking são Assaí (92º lugar), Magazine Luiza (156º), Raia Drogasil (169º), Casas Bahia (205º) e Natura (214º). Todas adotaram estratégias voltadas a bens essenciais, digitalização de canais e competitividade nos preços — fatores considerados determinantes para o desempenho no período analisado.

Participação inédita e foco em eficiência

O Assaí aparece com a melhor colocação já alcançada por uma empresa brasileira no ranking, reflexo do modelo de atacarejo, da rápida expansão de lojas e do foco em preços acessíveis. Em 2024, a empresa reportou lucro líquido de R$ 769 milhões e receita de R$ 73 bilhões — avanços de 8,3% e 11%, respectivamente, na comparação com o ano anterior.

A Raia Drogasil também se destacou pelos resultados. A companhia registrou lucro ajustado de R$ 1,3 bilhão e receita de R$ 38 bilhões, com crescimentos de 16% e 14%. A estratégia baseada em capilaridade, conveniência e digitalização contribuiu para o bom desempenho.

No caso do Magalu, a presença no ranking é resultado de mais de uma década de investimentos em inovação. Desde a criação do Luiza Labs, em 2012, a companhia vem integrando tecnologia, logística, marketplace e serviços financeiros, com forte atuação via aplicativo e uso intensivo de dados para melhorar a jornada do consumidor.

A Casas Bahia retorna ao ranking mesmo após o pedido de recuperação judicial em 2023. A empresa iniciou um processo de reestruturação e conseguiu reduzir o prejuízo em 54,8% no último trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior, sinalizando um início de recuperação operacional.

Já a Natura se mantém entre as maiores varejistas do mundo com uma proposta de valor voltada à sustentabilidade e inovação. Mesmo enfrentando desafios nas operações internacionais da Avon, a companhia preserva seu posicionamento como marca de propósito, um diferencial relevante no cenário atual.

Varejo brasileiro amplia presença global

Segundo Paulo de Tarso, sócio da Deloitte, o aumento no número de representantes do Brasil — que no ano anterior era de apenas três empresas — reflete um movimento estratégico das companhias nacionais. “Essas empresas conseguiram aliar eficiência operacional com responsabilidade social e sustentabilidade, fatores cada vez mais valorizados globalmente”, afirmou.

O relatório aponta ainda que 65,5% da receita das 250 empresas listadas vieram de categorias consideradas essenciais, como alimentação, saúde e higiene. Embora América do Norte e Europa ainda concentrem 83% das companhias presentes no ranking, países como Brasil, Índia e Indonésia começam a ganhar espaço, sinalizando uma crescente diversificação geográfica na liderança do varejo global.

Fonte: https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/america-latina-em-wall-street-veja-lista-de-empresas-em-destaque-na-bolsa-dos-eua