Com retail media, ‘vitrines vivas’ transformam varejo estático

Nos últimos anos, o varejo tem testemunhado transformações significativas impulsionadas pela tecnologia e pela mudança nas preferências dos consumidores. Dessa vez, o setor está voltando sua atenção ao conceito de retail media, que se refere à prática de marcas pagarem por espaço publicitário dentro dos ambientes de varejo físico ou digital.

A tendência pode incluir anúncios em sites de e-commerce, aplicativos de compras, redes sociais voltadas para compras, telas digitais em lojas físicas e muito mais. Objetivamente, trata-se de capitalizar os momentos-chave de decisão de compra do consumidor, fornecendo conteúdo relevante e direcionado no momento certo.

O tema inspirou a palestra “Retail Media: as estratégias da Mercado&Consumo para estar na vanguarda dessa tendência”, com Célio Martinez, CEO da MERCADO&CONSUMO, e Elaine Dias, diretora de Marketing da The LED. Os executivos discutiram a tendência nesta quarta-feira, 6, durante a Abrin, considerada a maior feira de negócios de brinquedos da América Latina.

“Nós entendemos que a evolução do cliente significa a evolução do ponto de contato. Se temos a possibilidade de aquisição do consumidor, precisamos ter o digital para atrair a atenção em todos os pontos. É mais do que uma estratégia de marketing, é a conversão em tempo real”, afirma Martinez.

Elaine Dias explicou sobre o potencial do retail media ao falar sobre a Sephora, que adotou a tecnologia da The LED em todas as suas 23 unidades brasileiras. Com o LED nas vitrines e atrás do caixa da loja, os consumidores aumentaram sua interação com as promoções e programas que passavam na tela.

“Há filas de espera de marcas querendo anunciar no painel atrás do caixa, que é um excelente lugar para trabalhar a segunda e a terceira jornada de consumo. Além de exibir a comunicação dos fabricantes, é possível divulgar promoções e planos de fidelidade. Imaginem uma vitrine física com quatro produtos. Quantos eu posso exibir em um LED? Esse é o conceito de digitalizar o ponto de venda”, Elaine explica.

Múltiplas possibilidades

Para os varejistas, o retail media pode representar uma nova fonte de receita a partir da monetização do seu espaço digital ou físico. Para as marcas, a solução oferece a oportunidade de direcionar sua mensagem para os consumidores  durante o processo de compra, aumentando as chances de conversão.

“Quando pensamos no varejo, imaginamos o produto estático na frente da loja. Esse modelo não atrai mais o consumidor. Com vitrines vivas, a indústria injeta dinheiro no ponto de venda, que se torna cada vez mais envolvente”, finaliza Célio.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/07/03/2024/inovacao/com-retail-media-vitrines-vivas-transformam-varejo-estatico/”

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ABComm lança Dia do Comércio Eletrônico

Programado para 12 de março, nova data busca homenagear profissionais do setor e movimentar a economia brasileira.

Março é um mês especial para o comércio. O Dia da Mulher (8) e o do Consumidor (15) ajudam a impulsionar as vendas e atraem clientes para diversos setores. Pensando nisso, a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) programa para 12/03 o Dia do Comércio Eletrônico, com o objetivo de homenagear os profissionais do setor e movimentar ainda mais a economia nesse período do ano.

A data escolhida faz referência ao avanço da internet. A World Wide Web, interface da rede, foi criada por Tim Berners-Lee em 12 de março de 1993.

“Já são mais de 90 milhões de brasileiros que se beneficiam com a comodidade e praticidade do comércio eletrônico. Por trás de toda essa complexidade logística e tecnológica, existem profissionais e empreendedores que tornam isso possível”, ressalta Maurício Salvador, presidente da ABComm.

Projeto de Lei
Para que a data seja celebrada anualmente e fomente o comércio, a ABComm entrou com um Projeto de Lei no Congresso Nacional para instituir para 12/03 o Dia do Comércio Eletrônico. O projeto foi protocolado pelo deputado federal Maurício Neves, do Partido Progressistas (PP/SP), no último dia 5 de fevereiro e segue para debate no Congresso.

Mercado em alta
Dados da ABComm mostram que de 2019 a 2023 o faturamento do e-commerce dobrou e mais de 50% dos pedidos foram feitos pelo celular. Hoje, o e-commerce já ultrapassou a marca dos 10% das vendas totais do varejo e, para alguns segmentos, o percentual é superior a 50%.

O levantamento aponta ainda que a receita chegou aos R$ 90 bilhões em 2019 e aos R$ 185,7 bilhões em 2023. Pelo menos 87 milhões de consumidores compraram no formato virtual no ano passado, cujo ticket médio foi de R$ 470.

“Os números mostram que o Brasil avança rapidamente no setor e que há uma mudança de comportamento sólida dos usuários, que passaram a confiar mais no canal virtual. Isso faz com que o consumidor compre cada vez mais e movimente a economia da alimentação, beleza, saúde, decoração, dos eletrônicos, entre outros mercados”, reforça Salvador.

Fonte: “ABComm lança Dia do Comércio Eletrônico – Varejo S.A (cndl.org.br)

Mesmo com queda, mercado de brinquedos registra faturamento de quase 5 bilhões de reais em 2023

Apesar de um ambiente desafiador no varejo, que registrou uma tendência de baixa global, categoria de brinquedos vendeu cerca de 66 milhões de unidades.

A indústria de brinquedos brasileira também sofreu as consequências dos desafios enfrentados pelo varejo e, seguindo a tendência mundial, registrou queda nas vendas em 2023. O mercado de brinquedos no Brasil obteve um faturamento de quase 5 bilhões de reais, com aproximadamente 66 milhões de unidades vendidas, resultando em um preço médio de 73 reais por brinquedo. Durante o ano, a categoria apresentou uma queda de 12% em faturamento e 21% em unidades. Os dados são apontados pela Circana, empresa global de data tech para análise do comportamento de consumo.

Alguns fatores influenciaram diretamente os resultados das vendas no mundo, como por exemplo a volta das experiências fora de casa após a pandemia, que acabou impulsionando as vendas de algumas categorias. O aumento do tempo das crianças em telas e videogames e a greve dos roteiristas no cinema nos EUA – o que causou uma queda da ida aos cinemas e por consequência no consumo de conteúdos que impactam diretamente na compra de brinquedos – também foram fatores que impactaram as vendas. Além disso houve o aumento da inflação, que interfere no preço dos brinquedos e faz com que o consumidor mude suas prioridades na hora de gastar.

No Brasil, a intensa crise no varejo foi mais um agravante. “A indústria acabou diminuindo seu nível de distribuição no país, principalmente de produtos com o preço médio abaixo de 50 reais, afetando a oferta e o consumo como um todo. Além disso, não tivemos em 2023 a venda das figurinhas da copa, que foram um grande sucesso em 2022. Essa foi uma das razões para a queda do número de vendas em unidades”, afirma Ana Claudia Weber, diretora de Client Development da Circana.

“Mesmo com esse resultado, se compararmos o ano de 2023 com o ano de 2019, foi registrado um crescimento de 2% em faturamento. Isso mostra que o consumidor ainda está investindo em compras na categoria e que, com a recuperação do varejo, o mercado tem muitas oportunidades de seguir evoluindo”, completa Ana.

Top 10 brinquedos mais vendidos em 2023 no Brasil:
• Carrinho Hot Wheels Veículos Básicos Sortidos – Mattel
• Hot Wheels Kit 5 Carrinhos Básicos Sortidos – Mattel
• Quadriciclo Infantil Spider com Pedal e Empurrador – Maral
• Boneco Avengers Figura Olympus – Hasbro
• Barbie Casa dos Sonhos – Mattel
• Barbie Fashionista Básica – Mattel
• Quadriciclo Caixa Multicor – Maral
• Triciclo Velobaby G2 Passeio & Pedal – Bandeirante
• Hot Wheels Monster Trucks 1:64 – Mattel
• Boneca Barbie Profissões Bailarina – Mattel

Natal e Black Friday

Quando analisadas as vendas nos meses de novembro e dezembro de 2023, especificamente, o mercado de brinquedos retraiu 14%, se comparado ao ano anterior. A porcentagem é ainda maior do que a queda de 12% registrada durante todo o ano.

Ainda assim, segundo a Circana, algumas categorias e produtos de brinquedos conseguiram se destacar positivamente como blocos de montar, pelúcias e eletrônicos infantis.

Categorias que mais cresceram no período:
• Cartas Estratégicas
• Blocos de Montar
• Veículos de Dedo
• Companheiros de Jogos Robóticos Interativos (ou Bixinho Virtual)
• Pelúcia

Brinquedos que mais cresceram no período:
• Barbie Color Reveal Boneca Looks Denim
• Boneca Infantil Wandinha Addams
• Boneca Diver New Born Vamos Brincar
• Bitzee Pet Digital Interativo
• 2 Decks Pokémon Baralho de Batalha Ampharos EX e Lucario EX

Fonte: “Mesmo com queda, mercado de brinquedos registra faturamento de quase 5 bilhões de reais em 2023 – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

 

Taxação motiva maior desistência nas compras em e-commerces internacionais

Ainda com muito ruído, a implementação do Programa Remessa Conforme ainda desagrada todos os lados envolvidos na situação. Se o varejo brasileiro está impaciente com a definição de isentar ou não as compras internacionais de até US$ 50, temos também um aumento na desistência dos consumidores brasileiros na hora de fechar uma compra em e-commerces do exterior.

De acordo com pesquisa da consultoria Plano CDE, encomendada pelo Grupo Alibaba, 66% das pessoas dos brasileiros não concluem o processo de check-out na compra em plataformas internacionais. Isso, segundo o levantamento, se relaciona diretamente com a atual política de tributação.

Daqueles que desistiram, 45% não compraram em outro canal, seja no e-commerce nacional ou internacional. Em paralelo, uma opinião que chama atenção é de que 87% dos entrevistados concordam que o caminho mais correto seria reduzir a taxação dos produtos nacionais ao invés de tributar vendedores de fora do país.

“Os consumidores brasileiros recorrem às plataformas estrangeiras devido à indisponibilidade no mercado nacional e à busca por preços mais acessíveis, destacando a influência direta do custo na decisão de compra. A maioria deles reconhece os mais importantes benefícios dos sites internacionais como acesso a produtos não disponíveis localmente e preços mais acessíveis. Estas percepções indicam a necessidade de um equilíbrio na aplicação de impostos para promover um ambiente de comércio eletrônico mais inclusivo e competitivo e que tenha como foco quem mais importa, o consumidor brasileiro”, constata o grupo chinês com o estudo.

Dos 2.535 entrevistados para a elaboração da pesquisa, 75% é contra o aumento de impostos relacionados às plataformas internacionais de e-commerce.

Fonte: “Taxação motiva maior desistência nas compras em e-commerces internacionais – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

Vendas do varejo crescerão 6% nominalmente no primeiro trimestre de 2024, aponta IAV-IDV

Em meio a entrada recente no segundo mês de 2024, previsões para o varejo no primeiro trimestre começam a aparecer. O Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IAV-IDV) projetou crescimento nominal de 6% para vendas no período.

Na análise segmentada das vendas do varejo no primeiro trimestre deste ano, a expectativa positiva é geral, com poucas retrações aguardadas. Veja o resultado para cada um ao longo de janeiro, fevereiro e março:

Supermercados, hiper, alimentação, bebidas e fumo

Janeiro – +2%
Fevereiro – -0,6%
Março – +6,1%

Material de construção

Janeiro – +5,2%
Fevereiro – +7%
Março – +7%

Artigos de uso pessoal e doméstico

Janeiro – +11,8%
Fevereiro – +13,3%
Março – +12,7%

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos

Janeiro – +13,2%
Fevereiro – +17,9%
Março – +10,1%

Móveis e eletrodomésticos

Janeiro – +3%
Fevereiro – +2,4%
Março – +3,8%

Tecidos, vestuário e calçados

Janeiro – +1,5%
Fevereiro – +4,6%
Março – +6%

Análise individual do trimestre

De acordo com o levantamento, o índice nominal, que considera a participação das atividades no volume total de vendas do varejo, o aumento também é visto na análise individual dos meses. Vale lembrar que neste retrospecto temos datas comerciais como Carnaval e Páscoa movimentando o cenário.

A previsão para janeiro, fevereiro e março é de crescimentos de 3,3%, 3% e 4,7%, respectivamente. No entanto, com ajuste do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os dois primeiros meses mostram retração de 1,2% e 1,3%, nesta ordem. Em março, a alta real esperada é de 0,8%.

O IAD-IDV é realizado com base em dados fornecidos por associados quanto às expectativas individuais para faturamento no trimestre em questão.

Fonte: “Vendas do varejo crescerão 6% nominalmente no primeiro trimestre de 2024, aponta IAV-IDV – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

 

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História, emoção e tecnologia transformam lojas em pontos de experiência e aumentam conversão das marcas

Cases de grandes empresas com foco na experiência do cliente foram apresentados em painel do Connection Retail.

Com a evolução da sociedade e a chegada de novos hábitos e novas tecnologias, muitas vezes ficamos preocupados com o possível fim de determinados produtos ou conceitos. Na comunicação, por exemplo, a internet já quase “matou” jornais, revistas, rádios e TVs. Mas estes seguem firmes e ainda são utilizados por grande parte da população. Já no varejo, principalmente após a pandemia, a ameaça chegou para as lojas físicas, já que o avanço do comércio eletrônico foi muito grande e rápido. Elas vão acabar? Não. Mas, definitivamente, precisam ir avançar de meros pontos de venda para pontos de experiência.

Esse foi um dos grandes temas discutidos na NRF 2024, a maior feira de varejo do mundo, que acontece todo janeiro em Nova York. E um dos bons debates também do Connection Retail, o terceiro Connection organizado pelo MERCADO&CONSUMO, mas o primeiro com foco no varejo como um todo e em muito do que os visitantes da NRF trouxeram na bagagem.

“O consumidor evoluiu o padrão de consumo durante a pandemia, detalhando cada vez mais as opções de compra no online. As lojas físicas não podem ficar para trás. As marcas têm de repensar a jornada do consumidor dentro do ponto de venda físico, trazendo a experiência como diferencial”, afirmou Cecília Rapassi, sócia-diretora da Gouvêa Fashion Business, no painel “Redefinindo espaços: o futuro das lojas físicas”, mediado pela editora-chefe da MERCADO&CONSUMO, Aiana Freitas.

Cases distintos, mas com importância semelhante, foram apresentados. Estratégias que buscam, cada uma da sua maneira, transformar a loja em um local de experiência. “Não somos só mais uma marca de chocolates. Somos uma marca de impacto social. Começamos toda a nossa história para impactar a região do sul da Bahia, no projeto social do cacau da região, para fomentar a economia, aumentar emprego e melhorar a renda local. E isso virou um business muito moderno, de gestão, impacto social e sustentabilidade. O nosso desafio sempre foi entender como contar toda essa história por trás do nosso chocolate”, revelou Samira Gontijo Bolson, head Brasil da Dengo Chocolates.

“Nós temos uma história bonita e de impacto social por trás. Eu não posso deixar de mostrar isso no meu ponto de venda. Então fomos desenhar essa experiência nas lojas. Como uma viagem sensorial sutil e com a tecnologia agindo como mágica. Hoje, por exemplo, a Inteligência Artificial agindo na experiência para nós é o vendedor ‘adivinhar’ que eu gosto de chocolate com banana e já vir com o prato, sem eu pedir, com 100 gramas deste item para a minha degustação. É isso que eu quero usar da tecnologia no meu negócio e na minha experiência”, completou Samira.

E se o foco estiver na experiência de loja, a tecnologia realmente pode se adaptar. “Temos equipamentos que foram conceitualmente projetados para fazer uma jornada de compra e venda, mas que estão sendo usados para jornadas diferentes. Algumas igrejas, por exemplo, têm usado os totens da TecToy para fazer a coleta de dízimo, mas também para reconhecimento facial dos pais que deixam seus filhos nas áreas kids. São diferentes tipos de experiências que estamos buscando trazer com novas tecnologias, principalmente nos totens, para aprimorar a experiência do cliente e ajudar o varejo na decisão de compra”, revelou Juliete Correia, diretora comercial da TecToy

No ponto certo

Quando falamos em encantamento, experiência, engajamento, falamos em estratégias que mexem com o emocional das pessoas. E é tocando no ponto certo que a marca vai conseguir deixar aquele determinado momento cravado na memória do consumidor, acarretando satisfação, fidelidade, awareness e muito mais.

“Nós tentamos replicar em nossas lojas um pouco da experiência que a NBA proporciona aos fãs nos EUA. Menos de 1% dos brasileiros terão a possibilidade de ver um jogo da NBA ao vivo. O conceito por trás da experiência que temos nas lojas deriva disso. Proporcionar uma imersão no nosso universo, conhecendo os seus ídolos, times e assim por diante”, revelou Roger Ahlgrimm, diretor de Varejo e Licenciamento da NBA, que conta atualmente com 30 lojas pelo Brasil.

Para o executivo, o sucesso dos pontos físicos das marcas está obrigatoriamente ligado a uma boa experiência gerada ao consumidor. “O que eu posso garantir, pelo menos olhando para o nosso histórico, é que a experiência gera conversão. Uma coisa está atrelada a outra e eu realmente acredito que esse é o futuro, pensando nas gerações mais novas e em como criar engajamento com eles”, finalizou Roger Ahlgrimm.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/06/02/2024/destaque-do-dia/historia-emocao-e-tecnologia-transformam-lojas-em-pontos-de-experiencia-e-aumentam-conversao-das-marcas/”

 

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Os 5 pontos principais para repensar IA no varejo

“O buzzword da recém realizada NRF Big Show, em Nova York, foi a Inteligência Artificial (IA). Em cada apresentação o conceito era incluído e repetido quase que como um mantra a para criar conexão com o que também era mostrado nos corredores da feira com mais de mil expositores.

Ficou a sensação da overdose típica de conceitos que dominam em determinado momento o cenário pelo atento marketing das empresas ligadas à tecnologia e depois são enquadradas pelo seu real vamor e contribuição à transformação estrutural.

No quadro atual, tudo que gravita em torno de tratamento de dados e seu uso na gestão e diferenciação de negócios passou a ser tratado como IA generativa, o que pode gerar distorções. Mas é inegável a transformação estrutural precipitada pela IA no presente e no futuro do varejo. E é importante destacar seus pontos fundamentais para quem atua no setor.” 

A equação (CustomPDX) elevado à potência IA foi a proposta no Momentum da semana passada como uma possível consolidação de alguns dos aspectos que foram mais valorizados na NRF Big Show 2024. Mas 5 pontos devem ser considerados de forma objetiva e pragmática para repensarmos aspectos ligados ao presente e futuro do varejo pela incorporação da IA generativa, sempre lembrando do dito popular de que “nem tudo que reluz é ouro”.

1. IA como instrumento de racionalização e aumento da eficiência das operações atuais no varejo em um mercado hipercompetitivo

Está configurado um cenário cada vez mais competitivo no ambiente global e local pelo aumento da oferta de alternativas para os consumidores pelos diferentes canais de relacionamento e vendas do varejo, mas também pela crescente participação das marcas, como Apple, Nestlé, Nespresso, P&G e muitas outras acessando diretamente o consumidor final. E ainda potencializado pela expansão e integração de players globais como Shein através de canais digitais em cada mercado do mundo.

E é um processo irreversível. Como resultado a competição se tornou muito mais intensa e assim seguirá.

A condição de sobrevivência e expansão de negócios, em especial no varejo e no comércio, não importa o mercado, segmento, categoria ou região, passa pela racionalização das operações e busca obsessiva de melhoria da eficiência de tudo que é feito combinada com redução de custos. Nesse vetor a IA aplicada nos processos de forma geral, na logística, controles, prevenção de perdas, eficiência operacional, adequação da oferta, crédito, cobrança, meios de pagamentos, eficiência da comunicação, consumo de recursos e energia, e em muitos outros aspectos, torna-se crítica para poder oferecer mais por menos custo ao mercado.

Exemplo global é a Amazon, que tem incorporado cada vez mais a IA em diversas áreas para racionalizar operações e aumentar a eficiência. Em visita realizada no período da NRF observamos a utilização de sistemas de automação em seus centros de distribuição, onde robôs colaborativos trabalham em conjunto com os funcionários para agilizar o processo de picking e packing. Além disso, a Amazon utiliza IA para previsão de demanda, otimizando o gerenciamento de estoque e reduzindo custos de capital.

Da mesma forma o Walmart utiliza Inteligência Artificial na melhoria da eficiência em diversas iniciativas, como por exemplo, a otimização à Cadeia de Suprimentos através de sistemas de IA para prever padrões de demanda, otimizando assim a gestão de estoques e reduzindo desperdícios. Ou na precificação dinâmica: algoritmos de IA são utilizados para ajustar dinamicamente os preços de produtos com base em fatores como oferta, demanda e comportamento do consumidor, garantindo competitividade em tempo real.

Será fator de sobrevivência ser cada vez mais racional para se manter competitive. E a Inteligência Artificial potencializando as plataformas tecnológicas já existentes e reconfigurando novas plataformas será fator crítico neste processo.

2. IA como elemento transformador da realidade de negócios e das expectativas dos omniconsumidores

Outra dimensão fundamental será a também elevação do grau de expectativas dos consumidores pela ampliação do uso da Inteligência Artificial pelas organizações de varejo e seus fornecedores, direta ou indiretamente.

Esse quadro vai criar uma geração de Omniconsumidores pós IA com demandas ampliadas e reeducados sobre seus direitos para além da melhoria do nível de serviços que recebem em todos os canais, categorias, segmentos e regiões geográficas. Como exemplo, a Amazon usa chabots inteligentes baseados em IA para oferecer suporte ao cliente, agilizando as interações e proporcionando uma experiência mais eficiente.

Ou no caso da Amazon Go ou Amazon Fresh, lojas sem caixas, onde os clientes entram, pegam os produtos desejados e simplesmente saem. A tecnologia usa visão computacional, sensores e aprendizado de máquina para rastrear os itens escolhidos pelos clientes e cobrar automaticamente em suas contas, eliminando a necessidade de checkout tradicional ou o self checkout.

3. IA para otimização na integração dos canais para melhoria da experiência do omniconsumidor

Um dos maiores desafios enfrentados pelas organizações que atuam com os omniconsumidores, sejam varejistas multicanal, plataformas digitais ou marcas chegando diretamente ao consumidor final, está na melhoria da experiência proposta pelo “Unified Commerce”, ou seja a combinação desses vários canais. O conceito, que deverá emergir pela IA aplicada, permitirá evoluir de fato para o “Integrated Commerce” onde as experiências são potencializadas pela combinação virtuosa entre esses canais, aumentando o nível de satisfação do consumidor.

O Ecossistema chinês Alibaba utiliza a Inteligência Artificial para integrar diversos canais, desde o comércio eletrônico, operações nas lojas e os pagamentos móveis. O Alibaba Cloud oferece suporte a uma infraestrutura escalável, permitindo uma integração eficiente entre diferentes plataformas, colocando no centro de tudo o consumidor a partir da relação criada pelo uso do Alipay.

A integração eficaz dos canais proporciona aos consumidores uma experiência contínua, com o menor nível possível de fricção, navegando no site, utilizando o aplicativo, comprando nas lojas ou realizando pagamentos por meio do Alipay.

4. IA como elemento da melhoria, customização e maximização da experiência dos omniconsumidores em todos os momentos de conexão

Do varejo de massa para o varejo individual, customizado e com experiências que entregassem mais do que o benefício dos produtos aos clientes, sempre foi um dos elementos propostos como caminho da diferenciação e crescimento no varejo. À medida que se multiplicavam categorias de produtos, integravam serviços criando soluções, multiplicavam marcas, inclusive as próprias e ampliavam mercados geográficos e canais de vendas e relacionamento, os desafios se multiplicaram.

A crescente incorporação da IA generativa permitirá de fato uma profunda e ampla evolução nesse conjunto de propostas. Ela vai ocorrer através das plataformas tecnológicas atuais e futuras, que serão incorporadas combinando todo design e arquitetura reimaginados para as lojas e permitindo combinar as virtudes da massificação, em termos de custos mais baixos, com a individualização que potencializa a fidelização e o nível de experiência dos consumidores. Nas lojas ou em quaisquer canais de relacionamento.

5. Transformação cultural precipitada para e pela incorporação de IA nas organizações

O que pouco se discutiu na NRF 2024 é o processo da desafiadora transformação cultural que as organizações passarão como resultado dessa iminente revolução.

A primeira dimensão, que viabiliza a integração da Inteligência Artificial aos negócios de uma empresa. E numa segunda dimensão, que convive com a nova realidade e tudo que precipita de mudança interna, cultural, envolvendo profissionais, pessoas e, principalmente, as lideranças.

Nesse primeiro momento de deslumbramento com a dimensão das transformações precipitadas nos negócios pela integração da IA, pouco tem se discutido sobre as organizações que deverão emergir desse processo. E menos ainda sobre os líderes e seus comportamentos pré, durante e pós extensiva incorporação da IA aos negócios.

E a razão principal desse menor foco nessas transformações culturais está exatamente pela dificuldade de antever todas as dimensões dessa evolução e seus impactos na gestão, na governança, nas práticas, nos perfis profissionais e nos novos modelos e requisitos das lideranças nesse cenário reconfigurado.

Tentar reduzir todo o processo de mudança pela evolução da IA a apenas 5 tópicos principais para tentar se restringir aos mais relevantes sem dúvida é ambicioso, mas pode ajudar na reflexão do processo em transformação e apoiar na necessária e inadiável discussão estratégica que o tema precipita.

Fonte: ” Os 5 pontos principais para repensar IA no varejo – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

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A evolução do varejo para a nova “Indústria do Consumo”

Realizada em Nova York, a ““NRF Retail’s Big Show”” possui como ponto central o varejo, mas se estendeu para além dessa tradicional forma de consumidores adquirirem produtos em lojas.

A “NRF Retail’s Big Show”, organizada pela National Retail Federation (NRF), é uma das maiores e mais influentes conferências de varejo do mundo. Um evento que possui como ponto central o varejo, mas que se estendeu para além dessa tradicional forma de consumidores adquirirem produtos em lojas.

Hoje, o evento é uma referência para o que podemos denominar de “Indústria do Consumo”, composta pelas mais diversificadas formas e canais de consumo. E tudo isso graças a evolução dos canais digitais do comércio online e eficiência dos processos logísticos que unem consumidores aos varejistas e até diretamente da indústria.

Com o tempo, a conferência cresceu significativamente em escala e importância, tornando-se um evento global que atrai participantes de todo o mundo com um contexto de inovações ao setor. A tecnologia ganhou destaque e hoje passa ser o centro do evento no viés de inovação, principalmente puxada pelo futuro das compras e inovadoras formas de consumo dos clientes.

Os atuais cenários políticos e econômicos globais moldam a indústria do consumo, desafiando o varejo e indústria a encontrarem formas mais inovadoras e eficientes de se relacionarem com seus consumidores. Há mudanças nas políticas econômicas onde mercados como norte-americano e europeu enfrentam cenários de inflação, tecnologia exponencial com merge de aplicações resultando na necessidade cada vez mais rápida na mudança de processos e por fim um consumidor em mudança que se relaciona de forma cada vez mais digital com marcas e produtos.

A NRF NESSA NOVA INDUSTRIA DO CONSUMO APOIADA PELA EVOLUÇÃO DO SUPPLY CHAIN

A logística e soluções para a cadeia de suprimentos foram um dos pontos centrais do evento, que trouxe diversas aplicações para solucionar a dor de varejistas, marcas e produtos no crescimento das vendas por meio dos canais digitais. Automação dos processos de picking, previsibilidade e gestão de estoque com análise em tempo real do engajamento de canais digitais, visão computacional para contabilização de produtos, carrinhos de mercado com check-out automatizado até inúmeras aplicações de robótica em armazéns para gestão de produtos foram alguns dos pontos que observados no evento no que se refere ao segmento de Suppy Chain.

Os desafios e inovações em logística ganhou força e entrou com um dos temas principais em 2021 na aceleração digital do varejo. Com isso vimos novos modelos para planejamento de demanda e a consolidação do conceito de fulfillment puxado pela força dos marketplaces na inovação dos modelos digitais de vendas.

Esses temas continuaram de forma central em 2022 com a revolução do Supply Chain e o comércio transcontinental, com os produtos chineses sendo consumidos por todo o mundo. Em 2023, foi o amadurecimento dos ecossistemas de omnichannel seguido pelo início do Customer Engagement numa forma mais profunda de entender comportamento e ofertar produtos ao consumidor através da gestão de dados com mais qualidade.

O PAPEL DA TECNOLOGIA NO SETOR DE SUPPLY CHAIN PARA SUPORTAR O FUTURO DA INDÚSTRIA DO CONSUMO

Em 2024, essa relação de canais digitais e evolução da tecnologia no Supply Chain ganham ainda mais força com temas alicerçados em massivas estruturas de dados, o uso da AI generativas e e o fim das barreiras que faziam distinção de processos entre canais digitais e lojas físicas. Essa integração das compras online com lojas físicas acelera a revolução dos desafios logísticos como sincronização do estoque, unificação de experiência do cliente, gestão de inventário e logística reversa nos casos de devolução do produto.

No futuro das compras, o Supply Chain e logística deverão estar preparados para a gestão de estoques entre filiais em tempo real, gestão do frete dinâmico, processos de faturamento, redução do prazo de entrega, otimização dos custos de distribuição, decisão e gestão em tempo real para consumos abruptos oriundos de live-commerce e retail media.

SEIS TENDÊNCIAS APONTADAS NA NRF 2024

VAREJO RESILIENTE

A indústria varejista se encontra em um estado mais diversificado do que nunca. Diante da onda de transformações, apenas aqueles capazes de compreendê-las e aprender com elas conseguirão aproveitar as inovações e alcançar resultados positivos.

Para os que não seguem as tendências, enfrentam resultados negativos e, em alguns casos, até mesmo o encerramento de operações. Por isso, é imperativo que os CEOs aprimorem sua compreensão da tecnologia e assumam um papel estratégico na diversificação de canais.

EXPLOSÃO DE IA

Observamos a oportunidade de reforçar as atividades diárias, aplicando AI atuando como copilotos nos negócios do varejo: desde previsão, crédito e cobrança até sortimento, expansão, alocação de equipes, compras, estoque, promoções, mídia e atendimento ao cliente.

Esse contexto é impulsionado pela evolução na quantidade e capacidade de armazenamento de dados, habilitação do armazenamento em nuvem e conectividade 5G, todos coordenados pela computação baseada em dados.

VAREJO NÃO TRIPULADO

A abordagem do Varejo Não Tripulado representa a integração de tecnologias em prol da profundidade e esclarecimento de aplicações como bots de IA, robôs, visão computacional e drones. Isso se traduz em aplicações nas rotinas de coleta, armazenagem, reposição/planejamento de fluxo, entrega e segurança. Operações inteiras sendo realizadas por máquinas.

ENGAJAMENTO POR CONTEÚDO

No mercado asiático, ocorre uma transformação que vai além do comércio através das transmissões ao vivo. Há uma mudança na abordagem da jornada de compra, passando de Necessidade > Busca > Compra, para um modelo que realce o interesse como pilar passando a ser: Interesse > Necessidade > Compra.

A prioridade passa a ser atrair, reter e envolver os clientes, influenciando inclusive as estratégias de conteúdo. A base de dados do cliente é a coluna dessa nova forma de interação com o mercado, proporcionando uma excelente oportunidade para direcionar o conteúdo. Um exemplo disso é a evolução do Retail Media, com o Tik Tok contando já com 100 milhões de usuários que dedicam, em média, 80 minutos por dia à plataforma.

LOJA COMO HUB

As lojas atuando como hubs representam uma verdadeira oportunidade para coletar dados, reconhecer o comportamento dos clientes e criar estratégias. A loja no centro oferece oportunidades como hub logístico, experiência omnicanal, hub de serviços, mídia e aquisição para a ativação dos clientes.

Segundo a Adyen, 67% dos consumidores buscam experiências mais gratificantes. É essencial gerar relevância, replicabilidade, consistência e viabilidade econômica. Quando a operação se baseia no conceito de loja como hub, as lojas passam a operar como minicentros de atendimento integral.

LIDERANÇA TRIDIMENSIONAL

É cada vez mais urgente criar uma agenda que desafie a liderança diante de todas as mudanças no varejo, com aplicações que gerem valor, aumentem receita e aprimorem o caixa.

PRINCIPAIS DESTAQUES DOS EXPOSITORES COM SOLUÇÕES PARA SUPPLY CHAIN

A NRF 2024 reuniu grandes empresas de tecnologia, muitas delas consolidando startups especializadas em nichos específicos que acabaram integrando o portfólio dessas grandes empresas de tecnologia. Um grande destaque foi o caminho inverso adotado por um dos maiores varejistas americanos, o Walmart, que passou a comercializar sua tecnologia proprietária, entrando no nicho de SaaS tradicionalmente dominado pelas empresas de tecnologia. A gigante americana do varejo faz sua estreia como empresa de tecnologia ao ofertar ao mercado o GoLocal. Uma plataforma que oferece soluções para que pequenos varejistas possam oferecer compras online e retirada nas lojas.

MICROSOFT

Demonstrando sua capacidade com soluções de automação de coleta para aplicações em e-commerce através da Robotics. Vale ressaltar a redução de custo dessa tecnologia: por US$ 9 mil, é possível adquirir um sistema para 500 SKU.

GOOGLE

Apresentou a IA generativa para a interação com o cliente. Destaque ainda para o novo Duet AI, um copiloto para aumentar a produtividade das atividades de backoffice.

Um caso famoso foi a parceria da Walmart com a empresa Wing para a entrega de produtos utilizando drones. No entanto, muitas outras soluções tecnológicas apresentadas na NRF 2024 também se destacaram.

AMAZON

Com um forte foco em tecnologia, integra muitos de seus serviços atuais — desde soluções de entrega para e-commerce até carrinhos de compra com automação de checkout, e um conjunto de soluções de produtos específicos de outras startups de nicho adquiridas pela Amazon.

SAP

Entre as novas soluções especializadas, a SAP apresentou — por meio da MentionMe — uma solução que resolve o problema de rastreamento dos resultados de mídia para investidores em marketing de influência, possibilitando a obtenção do resultado do engajamento medido.

VTEX

Orgulho nacional presente na NRF 2024, a VTEX — listada na Nasdaq — visa seu crescimento no mercado norte-americano. A empresa liderada por Mariano Gomide apresentou um forte posicionamento na feira como um dos principais players para soluções de e-commerce.

Fonte: “A evolução do varejo para a nova “Indústria do Consumo” (mundologistica.com.br)

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Contratos inteligentes e blockchain no varejo: transformando as transações comerciais

Primeiramente, esclarecemos que o blockchain é uma tecnologia que oferece uma solução descentralizada para o armazenamento e verificação de dados, com registro distribuído e imutável de transações. O que ajuda a criar uma base de dados confiável para os contratos inteligentes que não podem ser alterados de forma fraudulenta.

A tecnologia blockchain está em ascensão, trazendo consigo uma revolução no setor varejista, introduzindo uma forma inovadora de conduzir transações comerciais: os contratos inteligentes.

Ainda, ajuda a criar um ambiente de negócios mais seguro, onde as transações são verificadas e validadas por uma rede de computadores, em vez de um único intermediário.

A blockchain tem ganhado popularidade em vários setores, incluindo o varejo. Uma das aplicações mais promissoras dessa tecnologia é a criação de contratos inteligentes, que automatizam a execução de acordos entre duas ou mais partes.

Os contratos inteligentes estão mudando o varejo de várias maneiras

No varejo, por exemplo, eles estão sendo usados para criar plataformas de comércio eletrônico descentralizadas, onde os compradores e vendedores podem negociar diretamente, sem a necessidade de intermediários. Isso ajuda a reduzir os custos dos intermediários e aumenta a eficiência das transações.

Também pode ser aplicada para rastrear a cadeia de suprimentos, autenticar produtos e criar um histórico imutável de transações, proporcionando um registro transparente e imutável de todo processo, aumentando a confiança entre as partes.

A capacidade de rastrear produtos ao longo da cadeia de suprimentos promove maior responsabilidade e autenticidade.

Nas empresas de varejo, a blockchain é utilizada para monitorar a movimentação de mercadorias entre fornecedores e compradores. Por exemplo, a Amazon registrou uma patente para um sistema de blockchain que rastreia mercadorias à medida que se movem na cadeia de suprimentos .

Exemplos de utilização no varejo

Pagamentos automatizados: contratos inteligentes podem facilitar pagamentos automáticos entre fornecedores e varejistas com base no cumprimento de condições pré-estabelecidas.

Garantia de qualidade: a blockchain pode ser utilizada para rastrear a qualidade dos produtos, acionando automaticamente cláusulas contratuais em caso de desvio.

Programas de fidelidade: contratos inteligentes podem gerenciar automaticamente programas de fidelidade, emitindo recompensas de forma eficiente.

Desafios e considerações legais

Ambiguidade legal: a legislação ainda está adaptada aos contratos inteligentes, levantando questões sobre a validade legal e interpretação de cláusulas automáticas.

Segurança jurídica: a segurança cibernética e a proteção contra fraudes são preocupações críticas que exigem atenção legal constante.

Resolução de disputas: mecanismos eficazes de resolução de disputas em contratos inteligentes ainda estão em desenvolvimento, exigindo soluções jurídicas inovadoras.

Conclusão

Em síntese, a integração de contratos inteligentes e blockchain no varejo representam uma evolução significativa nas transações comerciais. Embora os benefícios sejam evidentes, os desafios legais destacam a necessidade de um ambiente regulatório claro e adaptável.

O varejo do futuro dependerá não apenas da inovação tecnológica, mas também da capacidade de criar estruturas legais que acompanhem esse avanço.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/25/01/2024/destaque-do-dia/contratos-inteligentes-e-blockchain-no-varejo-transformando-as-transacoes-comerciais/”

 

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Isenção de imposto para importados diminui competitividade, diz CNC

Levantamento mostra que a cada 1% de diferença de preço com importados, varejo nacional tem 0,49% de queda nas vendas.

Um estudo realizado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio) mostra que a cada 1% de diferença de preço em relação ao produto importado pelo programa Remessa Conforme, o varejo brasileiro tem 0,49% de queda nas vendas. Ou seja, segundo o levantamento, com a isenção de impostos para produtos importados que custam até US$ 50 (cerca de R$ 245), a competitividade diminui. Os setores mais afetados são os de farmácia e perfumaria, com impacto de 0,87%, de acordo com a pesquisa. São seguidos por vestuário e calçados (0,64%).

O estudo da CNC também indica que, para um empresário importar o mesmo produto anunciado por até US$ 50 em lojas de comércio eletrônico, o custo tributário varia entre 63% e 90%. Isso elevaria o preço de venda ao consumidor desse mesmo produto a R$ 546, no mínimo.

ENTIDADES VÃO AO STF
Em razão do prejuízo atribuído à isenção de imposto pela CNC, a confederação, junto com a CNI (Confederação Nacional da Indústria), protocolou uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a desoneração de imposto federal importação para bens de pequeno valor (até US$ 50) destinados a pessoas físicas no Brasil.

A informação de que a ação seria protocolada na Corte foi divulgada na 3ª feira (16.jan). Eis a íntegra (PDF – 801 kB). O documento apresentado diz que a medida viola questões como a isonomia no mercado, a livre concorrência, o mercado interno como patrimônio nacional e o desenvolvimento do país.

“Não se nega que a população deve ter a liberdade de acesso aos mais diversos bens, sejam eles importados ou nacionais. O que se critica é que este acesso não pode ser instituído às custas de elevado prejuízo aos setores produtivos nacionais e, especialmente, elevado prejuízo socioeconômico”, diz o texto.

REMESSA CONFORME
O governo federal publicou em junho de 2023 as regras para a remessa de produtos adquiridos on-line em empresas do exterior. Conforme a portaria, as compras de até US$ 50 não serão taxadas por impostos federais desde que sejam destinadas a pessoas físicas e a companhia responsável pela venda atenda a alguns requisitos, mas pagam ICMS, imposto estadual sobre circulação de mercadorias e serviços –a alíquota é de 17%.

As empresas fazem parte do programa Remessa Conforme, da Receita Federal. Shopee, Aliexpress e Shein já aderiram ao programa. A regra passou a vigorar no país desde 1º de agosto de 2023. Eis a íntegra da portaria (PDF – 67 kB)….

‘https://www.poder360.com.br/economia/isencao-de-imposto-para-importados-diminui-competitividade-diz-cnc/

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