Marketing B2B inteligente: como gerar impacto com menos

Em um ambiente B2B cada vez mais pressionado por entregas tangíveis e ciclos complexos de decisão, o desafio não é apenas vender: é gerar demanda, engajar stakeholders diversos e provar retorno. O caminho é fazer mais com menos e com inteligência.

Para Mário Soma, CEO e Head B2B da Pólvora Comunicação, é fácil cair na “ilusão dos cliques”: dashboards bonitos, taxas de cliques (CTR) crescentes e relatórios com gráficos em ascensão, entre outros indicadores. Parece que está tudo indo bem. “Mas, quando você puxa o ‘fio da conversão’, percebe: quem clicou não é quem decide. O abismo entre um lead curioso e um comprador real é maior do que muitos imaginam”.

Dados recentes da Dreamdata, plataforma de atribuição B2B, mostram que a jornada média no Marketing B2B dura 320 dias (10 meses e 2 semanas) desde o primeiro toque até o fechamento da venda; apenas 1 em cada 100 contas está ativamente no mercado naquele trimestre e 80% dos compradores já têm um fornecedor em mente antes de iniciar a busca.

Para Mário, três pontos quebram muita convicção do mercado. “Anúncios com líderes de pensamento (Thought Leader Ads) têm até 2,3x mais engajamento que os formatos tradicionais. Isso comprova que pessoas engajam com pessoas. Um terço das empresas-alvo recebe menos de três impressões em 90 dias. Ou seja, estamos desperdiçando mídia onde mais importa”, afirmou.

Ele continua explicando que a jornada entre Lead Qualificados de Marketing (MQL) e Lead Qualificado de Venda (SQL) leva, em média, 107 dias (três meses e duas semanas). “As grandes empresas têm jornadas 49% mais longas”, pontua.

O que fazer diferente: vender para o decisor, não para o curioso

O CEO da Pólvora afirmou que a partir do momento que se quer vender para quem decide, é preciso definir com precisão o ICP : cargo, setor, maturidade digital, dor real.

“Trabalhe em duas frentes: Account Based Marketing (ABM) para decisores por meio de campanhas cirúrgicas e personalizadas; e inbound para influenciadores por meio de conteúdos educativos e distribuídos”, indica. Além disso, ele propõe que se crie conteúdo que fale a linguagem do decisor. “Executivos C-Levels não querem saber como funciona. Eles querem saber o que resolve. Junto a isso, integre Marketing e vendas com clareza de propósito: o alinhamento é mais poderoso que automação. Sua taxa de conversão agradece”, analisa.

Fonte: “https://mundodomarketing.com.br/marketing-b2b-inteligente-como-gerar-impacto-com-menos”

Farmácias, saúde e beleza lideram o uso do WhatsApp para atendimento e vendas no Brasil

Seis em cada 10 consumidores utilizam WhatsApp para falar com empresas toda semana.

Segundo dados apresentados no Infobip CX Unlocked*, em Miami (EUA) por Juan Pablo Giraudo, client partner da Meta, a conveniência, a velocidade da resposta e a possibilidade de manter o histórico das conversas são os principais fatores que explicam a preferência pelo canal.

“O Brasil é o caso de uso mais incrível em relação à integração, com a busca de medicamentos por serviço farmacêutico. Lá, você pode obter sua receita, enviar o formato PDF para a farmácia e receber o link para pagamento”, diz Giraudo.

Popularidade do WhatsApp no Brasil

Não são apenas as farmácias, serviços de saúde e bem-estar e beleza que tornam o WhatsApp popular em atendimentos no Brasil. Com 96% da população online utilizando o WhatsApp, o País se destaca como um daqueles onde o aplicativo é mais integrado à vida dos consumidores: 66% afirmam interagir com negócios pelo app diariamente ou semanalmente. O índice é bem acima da média de outros países, como a Argentina, que registrou 42%, a Itália, com 49%, e o Canadá, com 59%.

Em 2024, o número de consumidores que usam o WhatsApp para se comunicar com empresas cresceu 5% e atingiu o patamar de 89%. A tendência também foi observada em outros países, como o Canadá, com 87%, e a Argentina, com 86%. Na Itália, o aumento foi de 7%, alcançando 80% de usuários.

Delivery de bares e restaurantes

As vendas por WhatsApp também já representam uma parcela considerável no faturamento com delivery dos bares e restaurantes. Uma pesquisa da Abrasel, realizada com 2.176 donos de estabelecimentos do setor de alimentação fora do lar em todo o Brasil, mostrou que mais de um quarto dos ganhos com entrega de comida já vem de pedidos feitos pelo app de mensagens.

A penetração do WhatsApp no delivery é de 63%, ainda abaixo das plataformas de terceiros, como aplicativos/marketplaces (por exemplo, o iFood). Segundo a pesquisa, 78% dos restaurantes utilizam esses canais em 2025, enquanto 41% ainda recebem pedidos por telefone e 39% investem em aplicativos ou sites próprios (a pesquisa permitia mais de uma resposta).

Nas vendas, os marketplaces ainda correspondem por 54% do faturamento, seguido pelo WhatsApp (26%), app/site próprio do estabelecimento (12%) e pedidos por telefone (8%). “O crescimento do WhatsApp é natural, pois dá mais controle aos estabelecimentos”, revela Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/09/05/2025/noticias-varejo/farmacias-saude-e-beleza-lideram-o-uso-do-whatsapp-para-atendimento-e-vendas-no-brasil/

Temu desbanca Shopee e se torna portal asiático de E-commerce mais acessado do Brasil

Temu, marketplace chinês com menos de um ano de atuação no Brasil, alcançou a liderança entre as plataformas asiáticas de e-commerce mais acessadas do país em março de 2025. Segundo dados do banco Citi, baseados em levantamento da SimilarWeb, o aplicativo atingiu 58 milhões de acessos mensais, ultrapassando a Shopee, que registrou 56 milhões.

A Temu, plataforma conhecida pela ampla variedade de produtos e preços agressivos, consolidou sua posição em solo brasileiro em tempo recorde. A estratégia de expansão no Brasil apostou em marketing intensivo, forte gamificação e preços subsidiados para atrair principalmente consumidores das classes C e D.

O crescimento da Temu foi rápido. Em apenas dois meses de operação, já havia superado o número de acessos de marcas tradicionais como Casas Bahia e Amazon, chegando a 19 milhões de usuários em agosto de 2024. Em dezembro, a Temu também ultrapassou o Mercado Livre em acessos via aplicativo, ao superar a marca de 35 milhões de visitas.

Entre os diferenciais da plataforma estão as mecânicas de gamificação, como roletas de prêmios, presentes gratuitos e jogos virtuais que oferecem bônus e descontos adicionais. Essa abordagem lúdica reforça a fidelização e impulsiona o boca a boca digital entre os usuários, segundo especialistas do setor.

Outro ponto que favorece o crescimento da Temu é a capacidade do aplicativo de entregar sugestões de produtos altamente segmentadas, graças a algoritmos que rapidamente identificam os gostos do consumidor. Essa experiência personalizada é vista como uma vantagem frente a marketplaces mais tradicionais.

Apesar do forte avanço, a plataforma ainda apresenta um ticket médio de compras inferior aos concorrentes. Enquanto no Mercado Livre o gasto médio por compra é de cerca de R$ 340, e na Magazine Luiza chega a R$ 400, o ticket médio da Temu gira em torno de R$ 99, valor mínimo exigido pela própria plataforma para otimizar custos logísticos.

Especialistas como Luiz Guanais, do BTG Pactual, apontam que o cenário geopolítico também pode impulsionar ainda mais a presença da Temu no Brasil. Com a possibilidade de restrições maiores à atuação de empresas chinesas nos Estados Unidos, o mercado brasileiro se torna uma alternativa natural para expansão.

Fonte: “Temu desbanca Shopee e se torna portal asiático de E-commerce mais acessado do Brasil – TudoCelular.com

Farmais implementa marketplace de farmácias

Rede de franquias busca reforçar digitalização em suas 250 lojas

Farmais anuncia o lançamento de seu marketplace para concentrar as vendas digitais de suas 250 lojas. A plataforma é a primeira do gênero no Brasil a congregar a operação de uma rede de farmácias que atua no regime de franquias.

A empresa, que é associada à Fecofar, investiu mais de R$ 1 milhão no projeto, que demandou 15 meses de implementação. Cerca de 100 unidades já aderiram ao sistema e a expectativa é que, até agosto, todas as varejistas ligadas à companhia estejam integradas à ferramenta. “A iniciativa supera os desafios comuns a redes como a nossa, nas quais é preciso conviver com diferentes níveis de aceitação à tecnologia”, afirma o diretor de canais digitais, Murilo Viante.

Ainda no curto prazo, a rede espera atingir R$ 1 milhão em vendas mensais. “Apoiamos essa expectativa em nossa presença em nove estados brasileiros”, complementa.

Marketplace da Farmais trouxe foco na usabilidade do franqueado 

Viante ressalta a facilidade de uso do marketplace da Farmais “É praticamente logar e começar a vender. Em uma única tela, o franqueado recebe, processa e finaliza os pedidos”, enfatiza. O sistema, que é gerido pela retaguarda da rede de farmácias, automatiza a gestão de estoque e elimina a necessidade de cadastramento manual de produtos. Um painel permite ao franqueado visualizar toda solicitação de compra e efetivar a venda em tempo real.

Ferramenta está disponível para todos os gestores

O marketplace da Farmais está disponível para todos os franqueados e não cobra pela adesão. “A farmácia apenas nos repassa 9% da venda, valor que já fica retido durante o próprio processo de compra. Essa porcentagem é um subsídio para arcarmos com o custo da operação”, afirma.

Franqueados destacam ganho nas vendas

A praticidade possibilitou que, logo no início do projeto, os franqueados observassem os primeiros resultados. É o que conta a farmacêutica e proprietária da unidade de Franca (SP), Rosemara Bezerra.

“Já fazíamos vendas pelo WhatsApp, mas quando fomos escolhidos para o piloto do novo marketplace, vimos uma oportunidade de crescimento. Antes da adesão, as vendas online representavam cerca de 10% do nosso faturamento. Agora esse número dobrou e chegou a quase 20%’, comemora.

“Esse avanço nos deu respaldo para investir na contratação de uma influenciadora para fortalecer nossa presença digital e a própria franqueadora vem dando suporte à divulgação”, completa.

Plataforma será aberta a parceiros

O executivo também destaca que a Farmais permitirá a entrada de fornecedores externos, desde que não haja concorrência com os produtos vendidos em loja. “Isso possibilita que empresas que ainda não entraram no varejo farmacêutico consigam alcançar novos públicos por meio de nosso marketplace”, explica.

Mais investimentos em tecnologia

Além do marketplace, Viante revelou que a Farmais trabalha no desenvolvimento de dois aplicativos: um focado exclusivamente em vendas e outro com a proposta de potencializar o programa de fidelidade da rede, que já está rodando em fase-piloto. “É uma tecnologia que impõe muito mais engajamento do gestor. Ainda assim, esperamos tê-la em pleno funcionamento até o fim do ano”, revela.

Fonte: “https://panoramafarmaceutico.com.br/farmais-implementa-marketplace-de-farmacias/

Choque tarifário nos EUA: uma crise que pode ser oportuna para o varejo digital brasileiro

O cenário econômico global foi sacudido por uma nova onda de tarifas comerciais anunciadas pelo governo norte-americano. Em uma tentativa de reverter décadas de políticas que o ex-presidente Donald Trump considera “injustas”, os EUA impuseram tarifas abrangentes sobre importações, incluindo uma taxação de 25% sobre carros, peças automotivas e outros bens estratégicos.

Mas o impacto vai muito além da indústria automotiva. O setor de tecnologia e comércio digital foi diretamente atingido. Gigantes como Klarna, Chime e StubHub suspenderam planos de IPO, enquanto players consolidados como Amazon, Shopify e Stripe enfrentam desafios profundos: pressão nas margens, encarecimento das cadeias globais de suprimentos e uma retração perceptível no consumo digital.

A crise americana como janela de oportunidade para o Brasil

Embora o cenário internacional aparente instabilidade, o Brasil – e especialmente o ecossistema de varejo digital – pode enxergar nessa conjuntura uma chance estratégica para fortalecimento.

Três frentes principais se abrem como oportunidades:

1. Fortalecimento do modelo D2C no Brasil

O movimento Direct-to-Consumer (D2C) já vinha ganhando força nos últimos anos, mas o novo contexto internacional pode ser o catalisador definitivo. Com marketplaces internacionais e soluções logísticas transfronteiriças enfrentando dificuldades, marcas brasileiras têm a oportunidade de acelerar sua independência, vendendo diretamente aos consumidores, com controle total sobre precificação, dados e jornada de fidelização.

Atualmente, as vendas D2C representam apenas 5% do faturamento das indústrias no Brasil, enquanto nos EUA esse número é de 15% – um indicativo claro de que há espaço para expansão.

2. Valorização do produto nacional e redução da dependência de importações

Com o aumento dos preços de produtos importados, os fabricantes nacionais ganham competitividade automática. Pequenas e médias empresas brasileiras movimentaram R$ 2 bilhões no varejo online apenas no primeiro semestre de 2024, um crescimento de 33% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Essa mudança favorece um reposicionamento do “Made in Brazil” no imaginário do consumidor digital. É a hora de resgatar o valor do produto local – tanto em qualidade quanto em agilidade e adequação às preferências regionais.

3. Nova rota para o capital internacional

Investidores globais, mais cautelosos em relação aos ativos dos EUA, estão buscando alternativas em mercados emergentes com potencial de crescimento sustentável. O Brasil, com um mercado consumidor expressivo e digitalmente ativo, pode se tornar o novo polo de atração.

  • Em fevereiro de 2025, o país registrou uma entrada de US$ 9,3 bilhões em investimentos estrangeiros diretos, superando as expectativas do mercado. Startups e operações D2C que demonstrarem maturidade em seus canais diretos, branding sólido e eficiência operacional têm a chance de captar capital antes concentrado no Vale do Silício.

Dados de mercado: onde está o potencial

– Faturamento do e-commerce brasileiro (2025): R$ 224,7 bilhões (crescimento de 10% sobre 2024)

– Número de consumidores digitais: 94 milhões em 2025

– Participação das vendas D2C no Brasil: 5% do faturamento industrial

– Comparativo EUA x Brasil (D2C): EUA = 15% | Brasil = 5%

– Investimentos estrangeiros em fevereiro de 2025: US$ 9,3 bilhões

– Tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros:
Adicional de 10% em abril de 2025

O que os operadores de e-commerce devem fazer agora?

– Revisar estratégias de canal: o momento exige autonomia. Avalie a dependência de marketplaces e crie planos para expansão de canais próprios.

– Investir em dados de primeira parte (first-party data): ter domínio sobre os dados do consumidor será decisivo para segmentação eficiente, personalização e retenção.

– Aprimorar a cadeia de suprimentos local: reduza riscos logísticos apostando em fornecedores nacionais ou regionalizados.

– Desenvolver branding forte e autêntico: marcas com propósito claro e narrativa bem construída se destacam, especialmente em contextos de instabilidade global.

Crises globais geram distorções e, nessas distorções, surgem as grandes oportunidades.

O choque tarifário nos EUA expôs a fragilidade de modelos excessivamente dependentes de cadeias internacionais. Para o e-commerce brasileiro, esse pode ser o início de uma nova fase de protagonismo. O futuro pertence a quem estiver pronto para criar conexões diretas, transparentes e duradouras com o consumidor.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/choque-tarifario-nos-eua-uma-crise-que-pode-ser-oportuna-para-o-varejo-digital-brasileiro

Surpreender para vender: 5 estratégias poderosas para lojistas no Dia das Mães

Todo lojista já sabe: o Dia das Mães é uma das datas mais importantes do ano para o varejo. Mas o que nem todo mundo percebe é que o verdadeiro diferencial está em surpreender, e não apenas vender.

Em um mercado cada vez mais competitivo, em que os produtos são parecidos e os preços muitas vezes equivalentes, é a experiência que conquista. E, quando falamos de uma data tão carregada de afeto como o Dia das Mães, entregar algo além do esperado pode transformar uma compra comum em uma lembrança inesquecível.

Mais do que pensar em promoções, essa é a hora de pensar em como encantar. Desde o momento em que o cliente entra na loja (física ou online), até a entrega do produto final, cada detalhe importa. A apresentação, o atendimento, a forma de comunicar. Tudo isso influencia a decisão de compra e a imagem que seu negócio deixa no coração de quem presenteia e de quem é presenteado.

Neste artigo, você vai conhecer cinco estratégias práticas e poderosas para surpreender seus clientes e vender mais no Dia das Mães. Não importa se você vende roupas, acessórios, cosméticos, papelaria ou itens personalizados, seu produto tem potencial de ser um presente, este conteúdo foi feito para você.

Oportunidade e visão de negócio

Todo mês pode trazer uma oportunidade de crescimento. E o Dia das Mães, com toda a sua carga afetiva e simbólica, é uma das datas mais potentes para criar conexões reais com os clientes. Mas, para isso, é preciso deixar de ver a data apenas como “mais uma campanha obrigatória” e começar a enxergá-la como uma chance concreta de transformar o negócio.

Em vez de esperar o movimento cair do céu ou depender do “cliente aparecer”, o lojista que se destaca é aquele que cria a oportunidade. Ele analisa seu estoque, identifica o que pode ser aproveitado, pensa em formas de apresentar esses produtos com mais valor e planeja ações com clareza.

Mesmo quem está com o estoque limitado ou enfrentando dificuldades financeiras pode se beneficiar, porque surpreender não exige grandes investimentos. Às vezes, o diferencial está em uma combinação de peças bem pensada, em uma embalagem especial ou em uma frase carinhosa em um cartão.

Quando o lojista encara o Dia das Mães com esse olhar estratégico, a motivação cresce, a criatividade floresce e o resultado aparece. O segredo está em sair da zona de conforto e decidir que, sim, esse mês pode ser diferente. Basta agir com intenção.

Estratégia 1 – Campanha com foco em produtos parados, mas sem cara de promoção

É muito comum que o estoque de uma loja guarde algumas peças encalhadas, produtos que parecem ter “perdido o brilho” e ficaram esquecidos no fundo da prateleira. E se esses produtos ganhassem uma nova vida como opções de presente para o Dia das Mães?

Essa é a primeira estratégia: olhar para o que já está ali e criar uma campanha com propósito, sem precisar rotular tudo como “promoção”. A ideia é reapresentar essas peças com um novo contexto, valorizando seus pontos fortes, combinando com itens atuais ou reposicionando-as como uma escolha criativa e acessível para presentear.

Por exemplo: uma caixa de sabonetes que estava encalhada pode se transformar em um “Kit Relax para Mães” ao ser combinada com uma toalhinha e um cartão carinhoso. Um acessório esquecido pode ganhar destaque como “peça-chave para um look especial”.

O mais importante é evitar usar o termo “liquidação” ou “saldão”. Quando o cliente começa a associar sua loja a descontos o tempo todo, ele tende a esperar para comprar só quando há promoção, e isso pode prejudicar suas vendas futuras. Em vez disso, fale em oportunidade, em curadoria, em ideias de presente.

Ao fazer essa “garimpagem estratégica” no estoque, o lojista ativa dois gatilhos poderosos: movimenta o que estava parado e gera uma percepção de novidade. Isso, por si só, já representa um salto no faturamento, sem precisar abaixar os preços de forma brusca.

Estratégia 2 – Criação de kits de presentes prontos para facilitar a compra

Montar kits de presente prontos é uma das formas mais eficientes de facilitar a vida do cliente e aumentar o seu ticket médio. Veja algumas ideias para aplicar agora mesmo:

Kits por perfil de mãe
Crie combinações de produtos com base em estilos e gostos diferentes. Isso ajuda o cliente a se identificar e escolher com mais segurança e agilidade (convenhamos, todos estamos com cada vez menos tempo):

  • Mãe vaidosa: cosméticos + espelho de bolsa + nécessaire
  • Mãe clássica: camisa neutra + colar discreto
  • Mãe romântica: vela perfumada + almofada estampada + cartão artesanal
  • Mãe prática: planner + caneta bonita + xícara personalizada

Kits por faixa de preço
Organize seus produtos em kits com preços acessíveis e comunique isso com clareza:

  • Kits até R$ 50: ótimos para filhos mais jovens ou presentes simbólicos
  • Kits até R$ 100: equilíbrio entre carinho e valor
  • Kits até R$ 200: presentes mais completos, ideais para filhos adultos ou cônjuges

Dica: sinalize essas faixas de preço com tags visuais na loja e nos posts nas redes sociais.

Kits que misturam novidades e estoque parado
Estes casam com a dica que demos anteriormente. Combine peças que acabaram de chegar com itens que estavam parados. O cliente vê novidade, você gira o estoque:

  • Look prático para o fim de semana → nova blusa + calça esquecida no estoque + brinde.

Kits para aumentar o valor por atendimento
Ao sugerir kits completos (ex: roupa + acessório + embalagem), você multiplica as chances de vender mais de um item por venda. Se o cliente entrou para comprar uma única peça, ele pode sair com um combo irresistível.

Olhe para sua loja e tente identificar produtos que combinem, e monte os kits ou treine seu time de vendedores para sugerir a compra casada.

Kits com storytelling e embalagem personalizada
Vá além do produto: conte uma história. Nomeie os kits com algo afetivo, como “Mãe que me inspira” ou “Presente com afeto”.

Capriche na embalagem: papel kraft, laço, tag com frase. Quando a experiência encanta, o presente ganha valor e o cliente volta.

Bônus: não esqueça de divulgar os kits com constância nas redes sociais e nos grupos de WhatsApp. Quanto mais visibilidade, mais chances de venda.

Estratégia 3 – Comunicação voltada para o verdadeiro consumidor: quem vai presentear

Quando pensamos em Dia das Mães, é natural imaginar uma vitrine cheia de produtos femininos e postagens dizendo “Você, mãe, merece isso”. Mas pare para refletir: quem realmente faz a compra nesse período?

Na maioria das vezes, quem está com o cartão na mão são os filhos, maridos, genros, noras ou netos. E muitos deles não têm familiaridade com o seu produto, nem segurança para escolher. É por isso que o sucesso da sua campanha depende de você se comunicar com quem vai presentear, e não apenas com quem vai receber.

Como adaptar sua comunicação para este público:

  • Fale com clareza e emoção. Use frases como: “Quer surpreender sua mãe com um presente incrível?” ou “Presentes que mostram todo o seu carinho”.
  • Crie conteúdo educativo. Mostre “5 presentes que combinam com mães clássicas”, “Dicas de presentes para mães que amam conforto” ou “Como escolher o look ideal sem errar o estilo da sua mãe”.
  • Facilite a decisão. Explique tudo: tamanhos, como funciona a troca e quais são as combinações possíveis. Deixe claro que o cliente não precisa ser expert em moda, cosméticos ou decoração para acertar.
  • Fale sobre sentimentos. Mais do que vender, você está ajudando alguém a demonstrar amor. Frases como “Um presente que abraça” ou “Demonstre o quanto ela é importante” tocam o coração.
  • Prepare sua equipe para acolher e orientar. Quando alguém entrar dizendo “Quero um presente para minha mãe, mas não sei o quê”, sua equipe deve brilhar com escuta ativa, paciência e sugestões certeiras.

Esse cuidado na comunicação transforma o processo de compra em algo leve, prático e afetivo. E o melhor: gera confiança. Um cliente que se sentiu seguro ao comprar para o Dia das Mães tem grandes chances de voltar em outras datas especiais.

Estratégia 4 – Embalagens encantadoras: a experiência começa no visual

Sabe aquele brilho nos olhos de quem recebe um presente bem embalado? Isso não é à toa. A embalagem é o primeiro contato emocional com o produto e, quando ela é bem pensada, já transmite cuidado, carinho e valor.

No Dia das Mães, esse detalhe faz toda a diferença. Afinal, não se trata apenas de dar um presente. Trata-se de mostrar amor. E o seu papel, como lojista, é ajudar o cliente a entregar essa emoção do jeito mais bonito possível. Isso é sucesso do cliente.

E não se preocupe: você não precisa gastar muito para fazer isso. Veja algumas ideias simples, acessíveis e que encantam:

  • Use papel kraft com laços de fita e adesivos personalizados. Rústico e elegante ao mesmo tempo.
  • Crie tags com frases afetivas. Exemplos: “Com amor para a melhor mãe do mundo” ou “Escolhido com carinho para te ver sorrir”.
  • Monte cartões personalizados. Pode ser algo feito no Canva, impresso em casa ou até escrito à mão.
  • Inclua um recadinho da loja. Algo como: “Esperamos que esse presente traga tantos sorrisos quanto o carinho que colocamos aqui dentro.”

Esses detalhes não são só “mimos” —  são diferenciais. São eles que fazem a sua loja ser lembrada, fotografada e indicada. São eles que fazem um simples produto virar uma experiência. E se quiser ir além, você pode até criar uma “embalagem especial da campanha”, com uma identidade visual própria para o Dia das Mães. Use elementos florais, palavras doces, cores suave e tudo que remeta ao afeto.

Quando a embalagem emociona, ela valoriza ainda mais o presente. E o seu cliente sai da loja sentindo que ofereceu algo muito além do material.

Estratégia 5 – Atendimento construtivo e emocional

Um atendimento encantador pode ser o que separa uma visita casual de uma venda concreta, especialmente quando o cliente está inseguro, como costuma acontecer no Dia das Mães.

Muitos chegam com dúvidas: “Será que minha mãe vai gostar?”, “Qual o tamanho ideal?”, “Posso trocar depois?”. O segredo está em acolher essas perguntas com empatia e transformar cada contato em um momento de confiança.

Aqui vão algumas atitudes que fazem toda a diferença:

  • Escute com atenção antes de sugerir.
  • Faça perguntas que ajudem a clarear a escolha: “Como é o estilo da sua mãe?”, “Ela prefere algo mais prático ou mais sofisticado?” Mesmo que o cliente não saiba responder tudo, essas perguntas ajudam a guiá-lo e fazem com que ele se sinta bem atendido.
  • Oriente com segurança e carinho. Apresente sugestões com argumentos simples e objetivos: “Essa peça é confortável, versátil e combina com todos os estilos. Ótima opção para o dia a dia” ou “Esse kit já vem embalado e pronto para surpreender”.
  • Deixe claro que a troca é possível. Tranquilize o cliente dizendo que, caso a mãe não goste ou o tamanho não sirva, a troca pode ser feita de forma simples e sem burocracia.  Você pode até incluir um tag com a frase: “Se for preciso trocar, faremos isso com todo carinho. Sua mãe merece sair feliz.”
  • Quebre objeções com leveza. Se o cliente disser “Vou pensar” ou “Vou pesquisar”, acolha com naturalidade. Diga algo como: “Sem problemas! Pesquise com calma, o mais importante é encontrar o presente certo. E, se precisar, estarei por aqui para te ajudar.” Essa abordagem tira a pressão da venda e, ao mesmo tempo, deixa a porta aberta para o retorno.

Transforme o atendimento em consultoria

Seu papel não é só vender. É guiar, inspirar e oferecer soluções. Isso gera vínculo e aumenta muito as chances de fidelização. Afinal, quem se sente bem atendido, volta.

No final das contas, vender com empatia é criar uma ponte entre quem compra e quem recebe. E quando essa ponte é feita com cuidado, carinho e atenção, ela vira algo que nenhum concorrente consegue copiar: uma experiência inesquecível.

Dicas extras: Constância nas postagens e divulgação multicanal

Você planejou a campanha, montou kits incríveis, pensou nas embalagens e treinou sua equipe, mas está mostrando isso para o mundo com constância?

A verdade é que quem não é visto, não é lembrado, especialmente no meio de tantas lojas e ofertas. Quando o assunto é Dia das Mães, a concorrência de atenção é alta. Por isso, a sua campanha precisa aparecer com frequência, clareza e intenção.

Aqui vão algumas dicas essenciais para divulgar bem:

Crie uma rotina de postagens

Não publique uma vez por semana e ache que é suficiente. O ideal é mostrar seus produtos e ações todos os dias, nem que seja nos stories. Isso mantém o público aquecido e lembrando da sua campanha.

Dica: defina dias fixos para mostrar os kits (ex: toda terça e quinta), e outros para falar de bastidores, presentes em estoque ou frases emocionais.

Use todos os canais disponíveis

Instagram, Facebook, WhatsApp e loja física devem “falar a mesma língua”. Sua campanha precisa estar presente em todos os pontos de contato com o cliente.

Nos Stories: vídeos curtos mostrando kits e bastidores.

No feed: fotos bonitas e textos com apelo emocional.

No WhatsApp: mensagens diretas, com fotos e frases como “temos novidades lindas para o Dia das Mães, posso te mostrar?”

Lembre-se: se este cliente já comprou algo para a mãe dele, envie produtos que façam sentido com os gostos da mãe do cliente. Mensagens genéricas enviadas para todos os clientes com a mesma mensagem vão te fazer deixar muito dinheiro na mesa

Tenha constância e coerência visual

Use os mesmos elementos visuais na vitrine, embalagens e postagens. Isso reforça a identidade da campanha e passa mais profissionalismo. Se você criou uma frase especial, como “Surpreenda com amor”, use-a em todos os canais. Quanto mais repetição, mais fixação.

Antecipe a comunicação

Não espere o último momento. Comece a mostrar seus produtos e falar da campanha com pelo menos 15 dias de antecedência. Isso dá tempo para o cliente pensar, escolher com calma e se planejar para comprar.

Encoraje seus clientes a compartilhar

Peça que marquem sua loja quando presentearem suas mães. Isso gera prova social, engajamento e atrai novos olhares para sua marca. Lembre-se: mais importante do que fazer o post perfeito é manter a consistência. Todos os dias, mostre ao seu público que você está preparado para ajudar a tornar o Dia das Mães especial. Isso constrói autoridade, confiança e resultado.

Conclusão: Quando o cliente sente, ele compra.

Surpreender para vender não é apenas uma estratégia, é um posicionamento. É decidir que, em vez de competir por preço, sua loja vai competir por memórias, encantamento e conexão emocional.

O Dia das Mães é uma oportunidade única de transformar produtos em experiências, atendimentos em afeto e vendas em vínculos duradouros. Cada detalhe conta: o cuidado com a vitrine, a escolha do kit, a forma de falar com o cliente, a embalagem que emociona, o bilhetinho dentro da sacola.

E quando o cliente sente tudo isso, ele compra com o coração.

Portanto, prepare-se. Organize suas ideias, revise seu estoque, monte seus kits, treine sua equipe e, acima de tudo, coloque verdade no que você faz. Porque quando o lojista se envolve, o cliente sente.

Que essa campanha do Dia das Mães seja mais do que uma boa venda. Que ela seja uma construção de marca, de propósito e de relações duradouras com quem escolhe comprar com você.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/15/04/2025/artigos/surpreender-para-vender-5-estrategias-poderosas-para-lojistas-no-dia-das-maes/

Grupo Boticário apresenta crescimento de 19% em vendas em 2024

As vendas totais do Grupo Boticário atingiram a marca de R$ 35,7 bilhões em 2024, o que corresponde a um crescimento de 19% em relação ao ano anterior. O desempenho foi marcado pela evolução da estratégia de ecossistema de beleza multimarca e multicanal, centralidade no cliente, investimentos em inovação e ampliação da operação fabril e logística em todo o país, segundo a companhia. Cerca de 27% das vendas totais (GMV) do Grupo Boticário foram provenientes de produtos lançados há menos de um ano. As categorias de maior destaque em 2024 foram perfumaria, cabelos e cuidados pessoais.

“O resultado de 2024 reflete a trajetória de evolução consistente e crescente do grupo nos últimos anos. Realizamos movimentos estratégicos com a entrada em novos canais e evolução daqueles que somos referência, com a consolidação das nossas marcas e evoluções importantes no redesenho organizacional”, afirma Fernando Modé, CEO do Grupo Boticário.

Expansão

Para impulsionar a estratégia de futuro, a companhia dá continuidade ao projeto de expansão das operações fabril e logística anunciado em 2024. Com um investimento total de R$ 4,14 bilhões – o maior da história do grupo – o projeto contempla a construção da quarta fábrica em Pouso Alegre (MG), expansão das unidades fabris no Paraná e na Bahia e da operação logística em todo o território nacional.

Fonte: https://gironews.com/farma-cosmeticos/grupo-boticario-apresenta-crescimento-de-19-em-vendas-em-2024/

Dia do Consumidor vira “mês do consumidor”: veja descontos de varejistas

Mercado Livre, Amazon, Shopee, Casas Bahia e Americanas tem descontos de 45% até 80% em campanhas que vão de um dia ao mês inteiro.

Em comemoração ao Dia do Consumidor, no próximo dia 15 de março, grandes varejistas já começam uma temporada promocional que pode durar até um mês. Com descontos de até 90% em alguns itens, Mercado Livre (MELI34), Amazon (AMZO34), Shopee, Magalu (MGLU3), Casas Bahia (BHIA3), Americanas (AMER3) e Shein já tem descontos planejados ou em andamento para as próximas semanas.

A data foi criada para lembrar os direitos que os cidadãos possuem enquanto consumidores e reforçar a exigência de reparação quando se sentirem lesados. Na cabeça dos principais players, significa uma data comercial à moda da Black Friday ainda no primeiro semestre do ano.

Para grandes varejistas multinacionais com operação no Brasil como a Amazon, a data tem se tornado um dos principais eventos do calendário comercial, junto ao Prime Day e à Black Friday.
O InfoMoney perguntou a grandes varejistas brasileiras quais são os descontos, duração, categorias de produtos e ações da sua programação para o Dia do Consumidor. Confira:

Amazon
A Amazon ainda não anunciou detalhes sobre as ofertas do seu Dia do Consumidor. Em antecipação à data, no entanto, anunciou um “esquenta” entre os dias 10 e 13 de março, com produtos com até 45% de descontos em categorias como Cuidados Pessoais, Cuidados com a Casa, Livros, Alimentos e Bebidas, Beleza, Pets e Escritório.
Segundo a empresa, membros Prime terão acesso exclusivo às ofertas do dia 14 de março, primeiro dia oficial da Semana do Consumidor.

Mercado Livre
Com uma campanha iniciada no dia 6 de março e que se prolonga até o dia 21, o Mercado Livre oferece descontos de até 70% em seus produtos e parcelamento em até 21 vezes em seu Cartão Mercado Pago, entrega full e frete grátis. Clientes do plano de assinatura Meli+ também terão acesso a benefícios exclusivos.

Magalu
Na última sexta-feira (7), o Magalu organizou o Pay Day, liquidação do Dia do Pagamento mensal da companhia. O evento marcou o início da campanha da “semana do consumidor”, que iniciou-se no sábado (8) e vai até o domingo seguinte (16). A empresa oferece descontos de até 80% e frete grátis em produtos selecionados. Pelo app, oferece cupons de desconto e encontra ofertas relâmpago.

Casas Bahia
A Casas Bahia batizou sua campanha de Mês do Consumidor e promoções de até 50% de desconto em produtos selecionados das lojas físicas e digitais, que ocorre desde o início de março. Além dos descontos, a campanha oferece condições especiais de pagamento, como parcelamento em até 30 vezes no cartão Casas Bahia, e frete grátis para produtos selecionados.

Americanas
Nas Americanas, ofertas já estão disponíveis e permanecem no ar até o dia 15 de março. Os descontos podem chegar a 60% em itens como celulares Samsung e Motorola, micro-ondas, air fyer, forno elétrico, notebook, controles de videogames.

Shopee
A gigante do varejo asiática oferece R$ 10 milhões em cupons, vouchers de frete grátis e cashback do dia 14 de março às 2h da madrugada do dia 15. Cupons também serão distribuídos por meio do canal oficial da companhia no WhatsApp. Outras ofertas serão distribuídas por meio de lives no dia 13 de março.
Além disso, a Shopee vai sortear três prêmios de R$ 30 mil em créditos ShopeePay, carteira virtual, que poderão ser utilizados na plataforma ao longo de um ano para quem usar duas Moedas Shopee ou fazer uma compra a partir de R$ 100.

Shein
A varejista chinesa de fast fashion online comunicou que suas ofertas para a “semana do consumidor” estarão válidas da segunda-feira (10) ao domingo (16). Os descontos são de até 90% em mais de 100 mil itens remarcados. Há ainda cupom de frete grátis para envio nacional entre a meia noite do dia 15 até as 23h59 do mesmo dia.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/consumo/dia-do-consumidor-vira-mes-do-consumidor-veja-descontos-de-varejistas/

Shopee inaugura ‘Casa Shô’ e trabalha grandes marcas

A Shopee oficializou, na última semana, a primeira edição da Casa Shô na cidade de São Paulo. O espaço conta com afiliados e presença de empresas com loja oficial dentro da plataforma. A estreia também serviu como formato de relacionado de usuários com as principais novidades das marcas para o Dia do Consumidor, em 15 de março.

De acordo com o comunicado da Shopee, companhias como Salon Line, L’Óreal Paris e Garnier, Hering, WAP, Madesa, Nívea e Dako estarão representadas no local. Além de ofertas para a data comercial, também contam com experiências imersivas relacionadas com seus produtos.

“É uma oportunidade de estreitar a relação com os parceiros. A Casa Shô é uma iniciativa que nos ajuda a mostrar aos afiliados o que estamos fazendo”, afirma Roberto Moreira, diretor de Marketing da Salon Line.

Experiência híbrida

Para Felipe Piringer, head de Marketing da Shopee, a iniciativa também materializa a experiência de compra digital do usuário em algo palpável. “Queremos proporcionar uma experiência que demonstre o potencial do nosso programa de afiliados e fortaleça o relacionamento entre todos os envolvidos no ecossistema Shopee”, complementa.

O Programa de Afiliados da Shopee, que chegou a R$ 5 milhões de pessoas cadastradas, remunera participantes que divulgam produtos da plataforma por meio de links personalizados em suas redes sociais. Outro formato explorado com este grupo é o do live commerce, carro-chefe da plataforma asiática.

Fonte: https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/shopee-inaugura-casa-sho-e-trabalha-grandes-marcas

Live commerce: a revolução do e-commerce e seu potencial no Brasil

O live commerce tem emergido como uma das estratégias mais impactantes para o varejo digital. O formato, que combina transmissões ao vivo com a possibilidade de compra instantânea, nasceu na China e rapidamente se tornou uma peça-chave para marketplaces e marcas que buscam engajamento e conversão de vendas em tempo real.

Como o live commerce está revolucionando as vendas online e por que essa estratégia pode ser o futuro do e-commerce no Brasil.

Enquanto o live commerce já movimenta centenas de bilhões de dólares anualmente na China, no Brasil, o modelo ainda está em desenvolvimento. No entanto, à medida que plataformas como Shopee, Amazon Live e TikTok Shop investem mais nesse formato, lojistas e indústrias de e-commerce precisam entender como essa estratégia pode ser incorporada ao seu mix de vendas.

O conceito de live commerce surgiu na China em 2016, quando o Alibaba introduziu transmissões ao vivo na plataforma Taobao. A ideia era conectar vendedores e consumidores de maneira interativa, permitindo que dúvidas fossem resolvidas em tempo real e que o senso de urgência impulsionasse as compras.

Desde então, o modelo evoluiu rapidamente e se consolidou como uma das principais formas de venda digital na China. Hoje, plataformas como Douyin (versão chinesa do TikTok), Kuaishou e Pinduoduo lideram esse movimento, transformando o live commerce em um hábito de compra diário para milhões de consumidores.

Os números demonstram a força desse modelo:

– O mercado de live commerce na China movimentou US$ 700 bilhões em 2023.

– Estima-se que 20% de todas as vendas online globais serão feitas por meio desse formato até 2026.

– Grandes varejistas e marcas internacionais já adotam essa estratégia para impulsionar conversões e fidelizar clientes.

Na China, os live sellers (apresentadores das transmissões) se tornaram verdadeiros influenciadores, com equipes profissionais de produção, roteiros bem estruturados e longas jornadas de trabalho. Algumas marcas exigem que suas lojas realizem transmissões diárias de até 15 horas, tamanha é a importância dessa estratégia para as vendas.
Live commerce no Brasil: uma estratégia ainda em construção

Diferentemente do que ocorre na China, o live commerce no Brasil ainda é tratado por muitas marcas como um evento pontual, e não como uma estratégia contínua de vendas. Grandes varejistas como Magalu, Americanas e Casas Bahia já realizam transmissões ao vivo para apresentar ofertas, mas a frequência ainda está longe da rotina consolidada no mercado asiático.

Alguns desafios para a massificação do live commerce no Brasil incluem:

1. Infraestrutura e conectividade – enquanto a China possui internet de alta velocidade amplamente disponível, o Brasil ainda enfrenta desigualdades no acesso, especialmente fora dos grandes centros urbanos.

2. Cultura de consumo – os consumidores brasileiros ainda não estão tão acostumados a comprar diretamente de lives como os chineses, que veem esse formato como algo natural do dia a dia.

3. Profissionalização do setor – na China, já existem cursos universitários específicos para formar especialistas em live commerce. No Brasil, o setor ainda está amadurecendo.

Apesar desses desafios, os primeiros sinais de crescimento do live commerce no Brasil são animadores. À medida que plataformas como TikTok, Kwai, Shein e Shopee investem cada vez mais no formato, espera-se que o modelo ganhe escala e se torne um canal relevante de vendas.
Por que o live commerce é tão eficaz?

O sucesso do live commerce não é um fenômeno isolado. Existem fatores estratégicos e psicológicos que fazem com que esse modelo converta muito mais do que o e-commerce tradicional:

– Engajamento em tempo real – diferentemente de uma página de produto estática, o live commerce permite que consumidores interajam diretamente com os vendedores, tirem dúvidas e sintam-se mais seguros para comprar.

– Menos objeções de compra – como os produtos são demonstrados ao vivo, o cliente consegue visualizar sua aplicação, entender melhor seus benefícios e superar eventuais receios antes de finalizar a compra.

– Urgência e escassez – Estratégias como promoções-relâmpago e estoques limitados são amplamente utilizadas nas transmissões ao vivo, incentivando a compra imediata.

O resultado dessa combinação é um aumento expressivo na taxa de conversão, que pode ser até dez vezes maior do que em um e-commerce tradicional.
Oportunidades para o e-commerce brasileiro: como aplicar o live commerce?

Para lojistas, indústrias e marketplaces brasileiros, o live commerce representa uma oportunidade estratégica para alavancar as vendas. Algumas formas de aplicar essa tática incluem:

– Uso de influenciadores – no Brasil, os consumidores são altamente engajados com criadores de conteúdo. Parcerias com influenciadores digitais podem aumentar o alcance e a credibilidade das lives.

– Foco em categorias de alto apelo visual – moda, beleza, eletrônicos e acessórios são segmentos que performam muito bem no live commerce, pois os consumidores valorizam demonstrações ao vivo.

– Adoção de um calendário recorrente – em vez de tratar as lives como ações isoladas, as marcas devem construir uma programação contínua de transmissões, fidelizando uma audiência recorrente.

– Personalização e interatividade – recursos como cupons exclusivos para quem assiste à live, sorteios e enquetes aumentam a participação e criam um senso de comunidade entre os espectadores.
O live commerce é o futuro do e-commerce?

O live commerce já provou seu valor na China e começa a ganhar tração no Brasil. Embora o modelo ainda esteja em fase de adaptação ao mercado nacional, tudo indica que sua adoção será cada vez maior, especialmente à medida que plataformas como TikTok, Kwai e Shopee expandirem seus investimentos na região.

Para empresas que já atuam no e-commerce, a adoção do live commerce não deve ser vista como uma tendência passageira, mas sim como um novo canal de vendas e relacionamento com o consumidor. Lojistas que saírem na frente e estruturarem uma estratégia sólida de transmissões ao vivo poderão obter uma vantagem competitiva significativa.

Seja no B2B, B2C ou D2C, o live commerce pode se tornar um fator decisivo para aumentar conversões, reduzir objeções de compra e construir uma base fiel de clientes. A questão não é mais “se” o Brasil adotará esse modelo, mas sim “quando” e “como” ele se consolidará no mercado nacional.

O futuro das vendas online já está acontecendo. O posicionamento estratégico e a adaptação ao comportamento do consumidor definirão quais empresas irão liderar essa transformação no Brasil.

Fonte: https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/live-commerce-a-revolucao-do-e-commerce-e-seu-potencial-no-brasil