“A Amazon destruiu a indústria de varejo”, diz Secretário de Tesouro dos EUA

“A Amazon destruiu a indústria do varejo”, disse Steven Mnuchin, Secretário de Tesouro do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, em entrevista à CNBC. O Departamento de Justiça do país anunciou, que irá realizar uma revisão antitruste com grandes empresas de tecnologia – o que inclui a Amazon, Alphabet (holding do Google) e Facebook.

“Se você olhar para a Amazon, embora tenha alguns benefícios, eles destruíram a indústria de varejo nos Estados Unidos, então não há dúvidas de que eles possuem uma competição limitada”, afirmou Mnuchin na entrevista.

Uma das críticas do secretário é o impacto da varejista em pequenos negócios. De acordo com ele, o Walmart não tem o mesmo peso do que a Amazon nos concorrentes, mesmo também sendo uma gigante no varejo. “As pessoas tiveram essas preocupações sobre o Walmart. Walmart desenvolveu um negócio no qual pequenos negócios podiam continuar competindo com eles”, disse.

A Amazon escreveu à CNBC em resposta. A empresa afirmou que pequenos e médios negócios estavam ascendendo junto com a Amazon. A varejista possui um marketplace em que concorrentes podem realizar vendas em troca de comissões. “Hoje, vendedores independentes possuem mais de 58% da receita típica de vendas na Amazon, e as vendas deles cresceram duas vezes mais rápido do que as nossas próprias, totalizando US$ 160 bilhões em 2018”.

Mas o marketplace da Amazon é motivo de preocupação inclusive fora dos EUA. Comissão da União Europeia anunciou, na semana passada, a abertura de uma investigação para verificar se a empresa estaria usando dados de vendas dos concorrentes.

Fonte: startse

Download

Alibaba abre plataforma de e-commerce para vendedores dos EUA

Alibaba, gigante chinesa do e-commerce, está ampliando sua presença nos EUA. A empresa anunciou  a abertura de seu marketplace B2B, o Alibaba.com, para pequenos e médios vendedores norte-americanos. Agora, PMEs dos EUA poderão vender para outras empresas da China, Índia, Canadá e Brasil.

“A Alibaba visa capacitar os empresários e ajudá-los a ter sucesso, sob seus próprios termos”, afirma John Caplan, diretor de B2B da América do Norte da empresa. “Com 10 milhões de compradores de empresas ativos em mais de 190 países e regiões, estamos reformulando o comércio B2B fornecendo as ferramentas e os serviços necessários para que as empresas americanas de PMEs concorram e tenham sucesso no mercado global de hoje”.

Entre estes serviços e ferramentas, estão, por exemplo, uma equipe local de atendimento ao consumidor para os vendedores norte-americanos. Além disso, a Alibaba desenvolveu uma interface para criar e gerir lojas virtuais customizadas dentro da plataforma B2B. Nela, já estão integradas soluções de marketing digital e pagamento online.

Atualmente, há um desequilíbrio (que é natural) na proporção entre China e EUA nos negócios da Alibaba. Cerca de 95% dos vendedores são chineses, enquanto quase um terço dos compradores vêm dos EUA. As recentes iniciativas da empresa visam aumentar a presença estrangeira de vendedores na plataforma.

Fonte: startse

Download

B2B apontam ao digital para chegar aos Millennials

A preocupação com a Geração Millennial chegou às marcas B2B. Segundo a mais recente edição do estudo “Europe Industrial Buying Dynamics” da UPS, as mudanças verificadas na demografia dos compradores empresariais estão a conduzir a uma necessária adaptação da oferta. Isto se quiserem responder às novas preferências do mercado, oferecendo serviços mais rápidos e focados no cliente.

«A ascensão dos Millennials no mundo empresarial leva-nos a uma nova era que desafia as normas convencionais da indústria», afirma Abhijit Saha, vice-presidente de Marketing e Estratégia da UPS na Europa. «Estes clientes jovens, com experiência em tecnologia, não querem apenas que os pedidos sejam entregues rapidamente; são também exigentes em termos de serviços adicionais e suporte pós-venda», adianta o responsável.

Em suma, o modelo comercial baseado numa equipa de vendas e no contacto pessoal já não é suficiente e não responde às exigências dos clientes empresariais. Segundo Abhijit Saha, este modelo está a evoluir no sentido das interacções online.

O mesmo estudo, realizado com base em mais de 2500 entrevistas a profissionais de compras globais, indica que são quatro os desafios que os Millennials colocam às marcas B2B:

1 – Mudança demográfica. Segundo a UPS, 38% dos inquiridos no estudo deste ano corresponde a Millennials, um aumento de 10% em relação a 2017. Esta crescente geração de clientes empresariais é menos fiel à tradição, preferindo, muitas vezes, realizar pesquisas através das redes sociais, em detrimento do contacto com um representante de vendas. Sustentabilidade e suporte pós-venda também são critérios mais valorizados do que a qualidade e o preço;

2 – Mudança nos padrões de procurement. Esta geração mostra uma preferência crescente pelas compras directamente aos fabricantes e pelas aquisições efectuadas em marketplaces online. Nos últimos dois anos, os distribuidores europeus registaram uma queda de 17% na sua quota, que caiu para 29%, enquanto os fabricantes e os mercados online cresceram 5% e 19%, respectivamente;

3 – Mudanças na distribuição internacional. Os compradores Millennials dizem encomendar quase metade do seus produtos além-fronteiras – muito mais do que os Baby Boomers ou a Geração X. Os entrevistados também revelaram que estão dispostos a pagar adicionalmente por serviços internacionais que sejam mais rápidos – 26% espera que as encomendas cheguem em dois dias; enquanto 81% confessa que, por vezes, exige a entrega no próprio dia;

4 – Mudanças no suporte pós-vendas. A assistência pós-venda é importante para compradores de diferentes gerações, mas os Millennials mostram-se especialmente interessados: 87% indica que a procura por um melhor suporte após a venda poderá implicar uma alteração dos seus fornecedores nos próximos três a cinco anos.

Fonte: marketeer.pt

Download

B2W, das lojas Americanas e Submarino, testa envio de mercadorias com drone

Empresas brasileiras estão começando a seguir rumo ao “novo varejo”. A B2W, holding a qual pertencem as lojas Americanas.comSubmarino e Shoptime, iniciou testes de envio de mercadorias com drones.

De acordo com a Reuters, a varejista está testando os veículos no trajeto dos centros de distribuição para as lojas. A expectativa é que a operação inicie até janeiro de 2021. Ainda não há planos de que as entregas sejam feitas diretamente aos clientes dos e-commerces.

Ainda segundo a Reuters, o drone que está sendo testado conta com o software da brasileira SMX Systems. O veículo pode percorrer até 36 km/h e é capaz de carregar até dois quilos.

A atuação dos drones no varejo não é nova. No entanto, a iniciativa estava sendo testada em larga escala pelo mundo – como nos Estados Unidos e Nova Zelândia. A Amazon é uma das empresas que mais testam essa iniciativa nos EUA. Ela registrou, inclusive, uma patente para a criação de um armazém flutuante em que os drones pegam pedidos e os levam diretamente para a porta dos consumidores.

Enquanto essa ideia não se torna realidade, a empresa está testando o PrimeAir, focado em entregas rápidas para usuários premium. O drone possui características de voos de aviões e helicópteros e a expectativa é de delivery em 30 minutos.

Agora os drones começam a ganhar fôlego no varejo brasileiro. Além da B2W, o iFood iniciou testes de entregas de refeições usando a tecnologia. Ambas as iniciativas estão sendo acompanhadas e dependem da aprovação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Fonte: Startse

Parcerias B2B fortalecem marcas

As parcerias Business to Business (Empresa para Empresa), mais conhecida como B2B, são estratégias que garantem uma troca de indicações e compartilhamentos de produtos e serviços de maneira mais confiável. Além de fortalecer amplamente a exposição das empresas e outros modelos, possibilita uma economia de investimento com troca de serviços, otimizando os benefícios oferecidos aos clientes, parceiros e colaboradores.

Para Rodrigo Oliveira, gestor e diretor comercial e de estratégias da Blob Web, as empresas que utilizam o modelo B2B ampliam os canais de comunicação com o público-alvo, fortalecendo a marca. “Para o consumidor é muito importante a experiência do uso. Quando você diz que utiliza ou confia em uma determinada marca, o receptor aumenta o grau de aceitação. Outro fator importante é que vivemos em uma sociedade de grupos e alianças, benéficas para muitas gerações. Isso certifica que se sua empresa é parceira de uma marca que conquista o público, ela cria um grupo forte de confiança e indicações”.

O ideal é buscar por produtos ou serviços que tenham sinergia com a sua empresa. Rodrigo reforça que as ações devem ser complementarem e é fundamental que conheça, pesquise e avalie o valor agregado. “Não adianta firmar parceria sem um profundo conhecimento e sem uma estratégia pré-estabelecida que tenham benefícios para ambas as marcas”.

O diretor dá dicas para encontrar parceiros que vão fortalecer o negócio, assim como elaborar estratégias sólidas. “Unir forças que ampliem os canais e potencial de mercado. É importante avaliar também que empresas com autoridade frente ao seu público desenvolvem ações que agreguem à sua marca aumentando seu alcance”.

Os resultados são vistos na própria empresa de Rodrigo. “Dentro da Blob Web buscamos sempre desenvolver parcerias com empresas que somam força e presença da marca. Um exemplo é recente parceria com o TransformaçãoDigital.com, um ecossistema focado em levar os efeitos da transformação digital de diversos setores do mercado com conteúdos educativos para inserir ferramentas e ações digitais que visam crescimento para as empresas”.

Tag: Parceria

Fonte: e-commerce news

Download

Visa lança tecnologia de pagamento internacional para B2B

Visa anunciou o lançamento comercial da Visa B2B Connect, rede que permite que as instituições financeiras processem pagamentos corporativos internacionais e de alto valor com rapidez e segurança, no mundo todo. O lançamento da Visa B2B Connect cobre mais de 30 corredores comerciais globais e deve crescer e chegar a 90 mercados até o final de 2019.

“O lançamento da Visa B2B Connect é um marco importante na indústria e vai acelerar a evolução dos pagamentos comerciais no mundo”, disse Kevin Phalen, VP sênior e diretor global da Visa Business Solutions. “Ao criarmos uma solução que facilita transações diretas, de banco para banco, eliminamos o atrito associado às principais dores da indústria. Com a Visa B2B Connect, agilizamos e simplificamos os pagamentos e aumentamos a transparência e uniformidade dos dados”.

A Visa B2B Connect elimina o atrito e agiliza as transações corporativas internacionais, facilitando transações do banco de origem direto para o banco beneficiário, segundo a empresa. A funcionalidade de identidade digital exclusiva da rede tokeniza as informações comerciais sigilosas de uma organização – como detalhes bancários e números de conta – atribuindo a elas um identificador exclusivo, usado para facilitar as transações na plataforma.

Fonte: e-commerce news

ANYMARKET anuncia expansão para a América Latina

Empresas de todos os tamanhos buscam cada vez mais mercados internacionais para expandir suas operações e aderir a essa tendência de globalização que pode trazer grandes benefícios para suas empresas.

Desta forma, o ANYMARKET, uma plataforma de vendas em marketplaces, criada e desenvolvida pelo Grupo DB1 para atender ao universo e-commerce, acelera seu projeto de expansão América Latina em 2019. Sendo referência como o mais completo hub de integração do mercado brasileiro, o movimento mais óbvio seria alcançar outros mercados fora do país.

Embora outros países da América Latina ainda não tenham um nível de desenvolvimento comparável ao do Brasil em termos de marketplaces e e-commerce, é inegável que é um mercado que está começando a ter um crescimento significativo. De acordo com um artigo da empresa BlackSip em conjunto com a Statista, espera-se que em 2019 as compras totais de comércio eletrônico na América Latina cheguem a US$ 79,7 bilhões.

Para acompanhar esse crescimento, o ANYMARKET vai focar sua estratégia de expansão apresentando a empresa a diferentes empresas que vendem em marketplaces e necessitam de assistência na gestão de suas operações. Nesta primeira etapa os mercados prioritários são Argentina, México, Chile e Colômbia, principais mercados de e-commerce na região, atrás do Brasil.

Como parte da estratégia de internacionalização, o ANYMARKET anuncia também a integração com o Mercado Libre Argentina e a chegada do colombiano Bryan Martinez, executivo de expansão do ANYMARKET. Entre suas atribuições estão buscar novas oportunidades de negócio, realizar pesquisas de mercado e investir em técnicas de inovação para otimizar ainda mais a plataforma.

O ANYMARKET vem apresentando crescimento acelerado com integração com mais de 100 canais de marketplaces, ERPs e plataformas, um time de mais de 100 especialistas altamente capacitados. Também apresentou 100% de disponibilidade durante a última edição da Black Friday, disponibilização de mais de 10 milhões de SKUs e mais de um bilhão de transações realizadas.

De acordo com Fabiano Camargo, coordenador de expansão do ANYMARKET, “o objetivo da expansão para a América Latina é analisar os principais mercados da região, buscar os principais marketplaces e estabelecer parcerias estratégicas que façam o ANYMARKET ser reconhecido a melhor opção entre os hubs do mercado, já que nenhum outro reúne as características imprescindíveis para uma integração de sucesso: estabilidade, segurança, robustez e estrutura”.

O ANYMARKET possui mais de 1.000 clientes ativos entre eles Samsung, Netshoes, Levi’s, Reserva, Livraria Cultura, Saraiva, L’oréal, Technos, LePostiche, Pneustore, Marabraz, Angeloni, Dpaschoal entre outras. A plataforma atende empresas com venda on-line que precisam de uma operação simples, ágil e centralizada para atuar em marketplaces, processando mais 1 bilhão de transações, conectando empresas a mais de 30 marketplaces como Amazon, Mercado Livre, Netshoes, Dafiti, Via Varejo, B2W, Magazine Luiza, Carrefour, entre outros.

Fonte: ecommercenews.com.br

Download

6 Segmentos que a Amazon está revolucionando nos varejos físico e online

Desde 1999, “pegar a Amazon” se tornou um medo para executivos. A CB Insights apontou seis mercados que a empresa vai romper nos próximos anos.

“Sua margem é a minha oportunidade.” A frase de Jeff Bezos mostra como a Amazon está encontrando oportunidades em indústrias impensáveis para a empresa há alguns anos atrás. Ao longo dos anos 2000, o domínio de e-commerce da Amazon pavimentou um caminho de expansão através de livros, música, brinquedos e outros ramos de varejo.

Desde 1999, a disruptiva fez com que “pegar Amazon” fosse um medo para executivos de qualquer setor. A CB Insights apontou seis setores de indústrias que a Amazon vai romper nos próximos anos. Veja abaixo.

Farmácias

Cadeias de farmácias já veem suas receitas de varejo sofrerem com a ascensão da conveniência da Amazon, que transforma medicamentos em commodities, com baixo custo. Hoje, a Amazon está dobrando sua atuação no setor para mudar o mercado de distribuição de remédios.

O interesse da Amazon em interromper drogarias é de décadas. Em 1999, a Amazon comprou 40% da Drugstore.com, e iria, mais tarde, contratar seu CEO, Kal Raman, para executar hardlines (produtos de varejo que são difíceis para manejo) na Amazon.

A Amazon começou a focar no mercado farmacêutico em 2016, quando teria recebido suas primeiras licenças para vender produtos farmacêuticos e drogas de vários conselhos estaduais.

Mantimentos online

Entrega mais rápida e melhor logística. Em 1998, Jeff Bezos começou a investir em startups  tentando trazer a mercearia para a loja online. Uma década depois, a Amazon contrataria quatro ex-executivos da Webvan, pra voltar a olhar para a mercearia online.

Hoje, a Amazon Fresh oferece serviços de entrega de produtos em duas horas em áreas metropolitanas dos Estados Unidos.

As compras online representam uma das maiores oportunidades no varejo. Muitos consumidores adotaram compras on-line, principalmente os mais jovens e experientes em tecnologia que não têm tempo para fazer compras e estão dispostos a pagar um prêmio pela conveniência da entrega de supermercado

Pagamentos

A Amazon está construindo uma presença no espaço de pagamentos por anos com Amazon Cash, Amazon Reload, Amazon Pay e Visa Amazon Prime.

A lógica por trás desse tipo de ecossistema financeiro é clara: se empresa pode fazer com que os consumidores coloquem dinheiro em uma conta, eles acabarão gastando mais com a Amazon. Por exemplo, o Amazon Prime Visa recompensa usuários com crédito na Amazon.

Hipotecas

Especulações sobre a possível entrada da Amazon na hipoteca ganhou espaço a partir de março de 2018, quando a empresa estava supostamente começando a procurar alguém para liderar um recém-formado núcleo de divisão de hipotecas.

A Amazon não seria a primeira empresa a tentar interromper o movimento de US$ 1,6 trilhões da indústria hipotecária residencial.  O processo de solicitação de uma hipoteca não mudou muito em nas últimas décadas.

Os candidatos geralmente têm que trabalhar com um profissional de hipoteca, produzir documentação para a instituição financeira por trás da hipoteca e subscritores, participar de contratações em pessoa, obter uma avaliação, esclarecer pendências contra sua propriedade e a aprovação entre 40 e 60 dias.

Casa e Jardim

Quando a Amazon lançou sua Loja de Plantas no início de 2018, o setor estava lutando com uma mudança de atitudes em toda a indústria. A Amazon tinha fortes evidências de que sua logística e distribuição experiência poderia fazer jardinagem um nicho rentável para a empresa crescer.

Cerca de 25% das vendas totais do grupo vieram da seção de jardim, que valeu mais de US$ 430 milhões em 2017.

Seguro

A Amazon já mostrou algum interesse em construir seu próprio negócio de seguros.Em 2016, lançou o Amazon Protect, um serviço do Reino Unido que fornece seguro contra acidentes e roubo de produtos vendidos pela Amazon. Em 2018, confirmou um investimento na startup indiana Acko, que trabalha principalmente em apólices de seguro de carro e moto.

Mais recentemente, a Amazon anunciou um novo empreendimento de saúde com JPMorgan e Berkshire Hathaway. O projeto, chamado Haven, terá como objetivo melhorar o acesso à atenção primária e simplificar o seguro.

Fonte: portalnovarejo.com.br

Download

Centauro faz proposta maior e tenta “atravessar” negócio entre Magazine Luiza e Netshoes

Duas grandes varejistas brasileiras estão envolvidas em uma disputa pelo controle da Netshoes. Em abril, o Magazine Luiza anunciou a compra do e-commerce por US$ 62 milhões. Agora, a Centauro, que atua no mesmo segmento da loja virtual, tenta “furar” o Magalu.

O Magazine Luiza já tem aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para a compra da Netshoes. A Superintendência Geral da instituição aprovou nesta quinta-feira (23) a negociação sem restrições. A varejista disse que “manterá seus acionistas e o mercado em geral devidamente informados sobre a conclusão e demais informações da operação”.

Nesta madrugada, porém, o grupo SBF, que controla a Centauro, fez uma proposta concorrente pelo e-commerce de artigos esportivos. Enquanto o Magazine Luiza oferece US$ 62 milhões pelo controle da Netshoes, a Centauro quer pagar US$ 87 milhões pela empresa.

Na próxima quinta-feira (30), acionistas da Netshoes participam da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para votar a fusão com o Magazine Luiza. A empresa tem a opção de não concluir o acordo firmado no fim de abril, de acordo com a Centauro. Encerrar a negociação com o Magazine Luiza custaria US$ 1,8 milhão à Netshoes. A diferença de US$ 35 milhões entre as propostas de Magazine Luiza e Centauro seria suficiente para compensar a perda.

Listadas em Nova York, as ações da Netshoes disparam após a divulgação da proposta da Centauro. Em fato relevante, a SBF disse ter identificado mecanismo que regula a possibilidade de apresentação por qualquer terceiro de proposta concorrente à diretoria da Netshoes desde que a oferta seja superior à anterior e feita antes da reunião de acionistas que vai votar a venda da empresa. O encaminhamento de proposta à Netshoes foi aprovado por unanimidade.

Fonte: portalnovasrejo.com.br

Download

Cada vez mais populares, marketplaces começam a revelar problemas

No México, Walmart é acusado de pressionar fornecedores que também são parceiros da Amazon. No Brasil, tendência é de redução dos shoppings virtuais.

São Paulo — Nesta semana, uma disputa entre duas das maiores empresas do varejo no mercado mexicano chamou a atenção para o lado B das operações de marketplace, cada vez mais populares, inclusive no Brasil.

A subsidiária mexicana do Walmart estaria pressionando os fornecedores de alimentos que distribuem seus produtos também para a Amazon. Esse comportamento teria forçado algumas dessas empresas a retirar suas mercadorias do site da maior varejista on-line do mundo. O caso foi revelado pela agência de notícias Reuters.

O mercado mexicano está entre os mais relevantes para as duas varejistas, mas o Walmart leva vantagem nessa briga. Ainda segundo a reportagem, a rede teria exigido descontos de empresas do setor de alimentos que tinham produtos com preços mais baixos no site da Amazon. O caso teria ocorrido no ano passado, segundo fontes.

Alguns desses fornecedores disseram que optaram por tirar seus produtos do marketplace da Amazon. Eles temiam que o relacionamento comercial com o Walmart do México fosse ameaçado no meio dessa disputa. As empresas informaram que a rede responde por mais da metade das vendas de supermercados no território mexicano. Em outras palavras, é o tipo de inimizade que ninguém que dependa do varejo quer comprar.

O Walmart mexicano negou à agência que force seus fornecedores a fazer negócio com esse ou aquele parceiro. No entanto, a multinacional admitiu pressionar por preços mais baixos, especialmente quando os concorrentes estão oferecendo um negócio melhor aos clientes. “Nunca poderíamos dizer a ninguém que eles não podem vender para outra pessoa”, declarou Ignacio Caride, diretor de comércio eletrônico do Walmart México, à Reuters.

As subsidiárias brasileiras das duas empresas foram procuradas pela reportagem para que contassem como funciona a relação com os fornecedores de seus marketplaces no país e se há alguma semelhança com a operação mexicana. Por e-mail, o departamento de comunicação da rede informa que “no momento, a agenda do Walmart Brasil para a imprensa está fechada”. Já a Amazon diz apenas que “não comentará” o caso.

Destaque no Brasil 

Os marketplaces no Brasil são cada vez mais relevantes como canal de venda. Pesquisa sobre o varejo virtual, divulgada ontem pelo Sebrae, mostra que mais da metade, ou exatos 52% dos negócios on-line, ocorrem nesses shoppings virtuais. Esse é o principal canal para microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte.

A 4ª edição da Pesquisa Nacional de Varejo On-line, feita em parceria com E-Commerce Brasil, Lojas Integradas (VTEX) e B2W, apontou que os empresários já presentes no comércio eletrônico planejam ampliar as vendas em marketplaces até 2021.
Ainda segundo o levantamento do Sebrae, 30% das empresas entrevistadas trabalham apenas com e-commerce, 22% mesclam seus negócios entre loja física e comércio eletrônico, e apenas 12% têm somente loja física.

Crescimento

Com o crescimento do e-commerce cada vez mais na rotina dos consumidores, estar fora desse canal de vendas pode comprometer o caixa e o futuro de muitos negócios. Mauricio Salvador, presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) e integrante do Conselho da E-commerce Foundation, diz que não vai levar muito tempo para que esse canal de vendas passe por um ajuste.

Segundo Salvador, não há notícias no Brasil de disputas entre marketplaces como o registrado entre as operações mexicanas do Walmart e da Amazon. Mas, para o presidente da Abcomm, “sob regras de livre mercado existe o direito de uma empresa se negar a atender um cliente”.

Hoje, diz ele, fica a critério do mercado se autorregulamentar. “Quando existe um desequilíbrio, como um monopólio, o governo passa a ter de interferir. Num caso como o da Amazon e do Walmart, no México, não vejo problema. Até porque, a rede sempre teve uma cultura global de pressão por pressão. Reduzindo preço, ele ganha na escala. É uma opção de o fornecedor aceitar ou não. Assim como tem o Walmart, há outras redes de varejo e o fornecedor tem a liberdade de escolher um plano B. Por isso, não vejo como isso possa causar distorção”, opina.

O representante da Abcomm acredita que, como os negócios em torno dos marketplaces estão em um processo rápido de expansão, a tendência é de que venham a fazer parte das políticas públicas. Hoje, lembra, sem uma regulação específica, esses shoppings virtuais podem ser punidos por regras mais genéricas que regulamentam o comércio, como nos casos de venda casada, questões de dumping ou de concentração de mercado.

Ajuste 

Para o presidente da associação, o Brasil deverá ver, em breve, uma fase de ajuste no segmento de marketplace. Salvador espera por uma consolidação, com menos empresas atuando como shoppings virtuais do que se vê hoje, assim como ocorreu em mercados mais maduros, como o americano. Ele acredita que sobraram poucas empresas de grande porte e outras pequenas que vão atuar em nichos, como o de petcare.

“Muitos vendedores já estão entendendo que, sem poder de barganha, não conseguem tornar suas operações lucrativas. Por isso, esse tipo de canal de venda tem de ser muito bem estudado antes de se tomar uma decisão”, explica.

Fonte: correiobraziliense.com.br

Download