Omnichannel: como explorar a sinergia dos canais de venda?

Não é de hoje que as transformações do mercado digital vêm acontecendo e, para quem ainda não possui uma operação omnichannel, é importante estar atento a essas mudanças.

Afinal, uma comunicação omnichannel é aquela que visa oferecer uma experiência integrada e consistente aos consumidores em todos os canais, sejam online ou offline.

Para empresas que operam tanto online quanto em lojas físicas, a abordagem omnichannel pode ser a chave para o sucesso, pois elas possibilitam a melhoria de experiência ofertadas aos consumidores. Confira algumas dicas práticas para integrar suas operações e proporcionar uma experiência de compra excepcional aos seus clientes!

1. Comunicação única

Comece unificando sua comunicação. Una todos os canais que sua empresa utiliza para se comunicar com os clientes, como lojas físicas, sites, redes sociais, aplicativos móveis, e-mail, telefone etc.

É importante que suas promoções, ofertas e mensagens publicitárias sejam consistentes em todos os canais. Isso cria uma experiência coesa para os clientes, independentemente de estarem navegando no seu site, recebendo e-mails promocionais ou visitando suas lojas físicas.

2. Estoque integrado

Certifique-se de que as informações sobre a disponibilidade de produtos estejam atualizadas em tempo real no site e nas lojas físicas. Isso ajuda a evitar situações em que um cliente compra online, mas o produto está esgotado na loja física, ou vice-versa.

Um ponto importante é estar atento ao estoque de segurança. Não disponibilize 100% do estoque de produtos com maior giro. Assim, caso ocorra algum imprevisto, será possível atender aos pedidos em sua totalidade.

3. Retire na loja para economizar frete

Dê a opção “Retire na loja” para clientes que compram online. Muitos consumidores valorizam a conveniência de comprar online e retirar seus produtos na loja física, economizando nos custos de frete e reduzindo o tempo de espera.

Um exemplo prático que costuma funcionar bem é ofertar um cupom de desconto para compra na loja com um período curto de validade no momento da retirada do pedido, permitindo que o cliente efetue novas compras, ajudando ainda mais no faturamento da organização.

Utilizar os dados coletados dos clientes também pode ser uma opção para oferecer comunicações personalizadas. Isso pode incluir recomendações de produtos, ofertas especiais ou conteúdo relevante com base no histórico de compras, ou interações anteriores.

4. Ofereça experiências integradas em lojas físicas

Leve a experiência online para as lojas físicas. Integre tecnologias como QR codes ou telas interativas que permitam aos clientes acessar avaliações, vídeos ou detalhes adicionais sobre produtos. Isso cria uma ponte entre os mundos online e offline, aprimorando a experiência de compra.

Outros exemplos interessantes podem oferecer aos clientes até mesmo o pagamento dos produtos através de totens, evitando filas e facilitando a experiência da jornada de compra.

5. Facilite o processo de trocas e devoluções

Otimize o processo de devoluções e trocas, permitindo que os clientes retornem produtos comprados online em suas lojas físicas e vice-versa. Uma política de trocas e devoluções clara aumenta a conveniência para os consumidores, ampliando a confiança na sua marca e eliminando barreiras que podem desencorajar compras.

Afinal, vale a pena?

O omnichannel, apesar de ser um tema atual, ainda é pouco explorado pelo mercado, mas grandes varejistas estão se adequando bem a essas mudanças. Em negócios menores, ainda são pouco explorados, portanto, fica o ponto de atenção para essa grande oportunidade para impulsionar as vendas. Adotar uma abordagem omnichannel pode ser o diferencial para o seu negócio!

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/omnichannel-como-explorar-a-sinergia-dos-canais-de-venda

Brasil é o principal país da América Latina em movimentação financeira no e-commerce

Um relatório do PagSeguro, empresa de pagamentos internacionais do PagBank, apontou o Brasil como o país com mais movimentação no e-commerce na América Latina. Ao todo, foram R$ 275 bilhões em 2023 e, para 2026, são esperados US$ 435 bilhões.

De forma geral, o resultado para a América Latina também foi considerado animador. Foram US$ 479 bilhões alcançados neste ano, com projeção de US$ 870 bilhões em 2026. Os dados integram a pesquisa “E-commerce and Payment Landscape in Latin America: Insights for the retail, travel, betting, gaming, streaming, online education, and cryptocurrency verticals”.

Os países presentes no paper são Brasil, Argentina, Colômbia, Peru, México e Chile. De acordo com a PagSeguro, estes são considerados os seis principais mercados da América Latina em questão de e-commerce.

Ramificações no e-commerce

Setores

O varejo é o setor mais dominante no ecossistema de pagamentos digitais na América Latina, representando 54% do volume total no e-commerce. Até 2026, por outro lado, o relatório cita uma queda para 52%.

O maior crescimento neste termo deve vir dos sites de apostas, com previsão de crescer 38% ao ano até 2026. Partindo de 4%, a esperança é que a categoria tenha mais participação nas vendas do e-commerce para 6% em três anos.

Outra vertical com expectativa de aumento no protagonismo é mostrada como “Outros”, incluindo pagamentos online de impostos, taxas, contas, serviços governamentais, planos de saúde, seguros e mais serviços do gênero.

O setor de viagens é o terceiro mais proeminente no ecossistema do e-commerce, com cerca de US$ 61 bilhões em pagamentos online ou 13% do volume total do comércio eletrônico na América Latina.

A categoria de Jogos representa um mercado de US$ 9 bilhões e espera-se que atinja US$ 11 bilhões até 2026. O Chile é o que país com melhor perspectiva para o futuro.

Em conjunto, os Top Seis Mercados, segundo a PagSeguro, estão com boa participação das transações transfronteiriças no varejo. Estas representam, hoje, aproximadamente 25% do volume do varejo online em Argentina, Chile e México.

A participação da modalidade cresce para 31% no Chile e 28% no México até 2026. Na Argentina, espera-se que ela caia de 25% para 21%, refletindo os desafios enfrentados por grupos internacionais ao operar em um mercado tão complexo, marcado por inflação desenfreada e controles cambiais.

Canais

Segundo o PagSeguro, 73% das compras online atuais nos países analisados são realizadas por meio de dispositivos móveis. Em 2020, o índice era de 55%.

O México lidera com a maior parcela de transações móveis em volume total de comércio eletrônico, seguido por Colômbia. O Chile apresenta a menor taxa.

No Peru, Colômbia, Chile e México, menos de 40% da população têm acesso a um computador. Na Argentina, a taxa é de 63%, e no Brasil, 58%.

Meios de Pagamento

Para o Brasil, acredita-se que o Pix pode crescer de 17% para 19% de utilização no e-commerce entre 2023 e 2026. Já no caso dos bank transfers (que incluem pagamentos instantâneos de outros países Latam), o uso pode sair de 5% para 7% no mesmo período de tempo.

Desde 2018, a parcela de pagamentos de e-commerce feitos por meio de cartões de crédito na América Latina saiu de 55% para 47%. A perspectiva até 2026 é de queda para 43%, mas ainda liderando entre os pagamentos online.

América Latina e e-commerce global

Em termos mundiais, o relatório do PagSeguro mostra a América Latina como destaque, sendo a região na qual as vendas do varejo online mais cresceram. As transações de e-commerce cresceram 30% neste ano frente 2022. Nos Estados Unidos e Europa, o mesmo índice foi de 14% e 12%, respectivamente.

Espera-se ainda que as vendas de varejo online continuem expandindo a uma taxa mais rápida na América Latina, com crescimento anual composta (CAGR) de 21%, em comparação com 15% na África e 11% nos Estados Unidos.

A maior vertical no comércio eletrônico, o varejo, é atualmente um mercado de US$ 258 bilhões nos seis principais mercados e espera-se que atinja US$ 454 bilhões até 2026. O Brasil e o México lideram o setor de e-commerce regional, respondendo por 70% de todas as transações dos países pesquisados.

Além disso, o México se destaca como o setor de varejo online de crescimento mais rápido na região, com aumento de vendas para este setor esperado a uma CAGR de 33% no país até 2026.

Este é segundo levantamento sobre o assunto da companhia, sendo o primeiro voltado a cada vertical de e-commerce. Esta edição completa pode ser acessada pelo link.

https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/brasil-e-o-principal-pais-da-america-latina-em-movimentacao-financeira-no-ecommerce

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WhatsApp é canal de comunicação mais usado por empresas no mundo

Estudo mostra que tanto o consumidor quanto as empresas preferem que a comunicação seja feita pelo WhatsApp e redes sociais

A comunicação entre consumidor e empresa precisa acontecer de forma rápida e prática. Hoje em dia muitas marcas ainda optam pelos formulários de atendimento online e e-mail, mas os clientes querem seus problemas e dúvidas respondidos rapidamente. Isso faz diferença na experiência do cliente.

Pensando nessa agilidade de resposta, os chats tomaram conta das plataformas de atendimento ao cliente, e a principal delas é o WhatsApp. Segundo uma pesquisa encomendada pela Yalo, plataforma de comércio conversacional , realizada pelo International Data Corporation (IDC), o aplicativo da Meta é o mais usado por empresas para contatar o consumidor – ou atendê-los.

Os números não mentem: 95% das empresas entrevistadas dizem usar a plataforma de mensagens instantâneas. O documento descreve ainda que os canais preferidos dos consumidores são: WhatsApp (88%), redes sociais (77%) e e-mail (59%). Isso reflete no número de usuários do aplicativo só no Brasil, que chega a 197 milhões – somos o segundo maior mercado dele no mundo. Já de acordo com a We Are Social, 9 em cada 10 brasileiros têm uma conta no WhatsApp.

“Empresas de todos os setores têm colocado o cliente no centro de sua estratégia. Nesse sentido, já podemos comprovar o sucesso do comércio conversacional ao ajudar as organizações a escolher o melhor canal de comunicação para interações comerciais hiper personalizadas em qualquer tempo e lugar, conectando pessoas, dados, processos, sistemas e aplicações de forma bastante orgânica”, argumenta Erick Buzzi, General Manager da Yalo no Brasil.

O levantamento da IDC ainda mostra as boas perspectivas futuras para a adoção de aplicativos de mensagens pelo mundo: é estimado um crescimento de 30% em 2025. “O momento atual reforça a necessidade de aumentar os processos de marketing, pré-venda, venda e pós-venda, gerando melhores taxas de fidelidade e uma experiência de cliente perfeita e transparente. O foco no cliente requer canais de comunicação com os quais os usuários se sintam mais confortáveis na interação e a comunicação deve fluir naturalmente”, acrescenta Erick Buzzi.

Comunicação via Chat
O investimento na automação dos negócios tem exigido que os chatbots façam cada vez mais parte do atendimento ao cliente dentro das empresas, principalmente pela popularização do uso de Inteligência Artificial.

“No Brasil, 92% das empresas já recolhem dados de clientes e 75% utilizam chatbots. Isso só reforça o quanto a tecnologia precisa estar presente nos negócios. A conectividade já é uma estrutura onde os dados unem pessoas, coisas, aplicativos e processos a qualquer hora e de qualquer lugar e esse modelo deve ser cada vez mais valorizado como um impulsionador de agilidade e desenvolvimento econômico”, completa Buzzi.

Já a pesquisa Panorama de Marketing concluiu que grande parte das vendas feitas por pequenos e médios empreendedores é concretizada via WhatsApp. De acordo com o estudo, 72% do fechamento e atendimento comercial das vendas é feito pelo WhatsApp, enquanto o pós-venda contabiliza 55% das interações no aplicativo. O segmento que mais usa a plataforma é o varejo (74%), acompanhado pelo mercado imobiliário (70%), saúde e estética (67%) e tecnologia (40%) .

Dois terços das empresas de pequeno porte utilizam o serviço, principalmente quando o time de comunicação é composto por apenas uma pessoa – afirmaram 71% dos entrevistados – o que aumenta ainda mais quando se trata de MEI (Microempreendedor Individual): 78%.

A escolha do aplicativo para fazer essa ponte entre empresa-consumidor acontece pela praticidade da ferramenta, gratuidade e acesso. Sem falar que a comunicação mais próxima com os consumidores gera a sensação de individualização para quem quer fechar negócio, tendo a impressão do “atendimento personalizado”.

‘https://consumidormoderno.com.br/2023/10/16/comunicacao-whatsapp-empresas/?utm_campaign=cm_news_161023&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Magalu testa seu marketplace no WhatsApp

A companhia tem agora todo o seu marketplace disponível no catálogo do aplicativo, mas ainda não está disponível para 100% dos clientes.

Magalu, começou, em fase de teste, a oferecer o WhatsApp como mais um canal de compras para seus mais de 37 milhões de clientes ativos. Em parceria com a Meta e o smarters, O Magalu tem agora todo o seu marketplace disponível no catálogo do aplicativo. “Há uma nova forma de vender a partir do comércio conversacional e o WhatsApp nos permitiu isso, de forma pioneira no Brasil”, afirma Eduardo Galanternick, vice-presidente de negócios da companhia.

“O WhatsApp faz parte do nosso dia a dia e as pessoas já esperam poder se engajar com as empresas por mensagens, em experiências ricas, que vão desde a descoberta de um produto, esclarecimento de dúvidas, fechamento da compra, até rastrear o pedido e receber atendimento pós-venda. É isso que torna a experiência de integração de catálogos do Magalu tão valiosa e estamos ansiosos para acompanhar os resultados e expandir a solução”, afirma Guilherme Horn, head do WhatsApp para mercados estratégicos na Meta.

A funcionalidade ainda não está disponível para 100% dos clientes. Neste primeiro momento, tanto Magalu quanto Época Cosméticos estão analisando o comportamento do consumidor, taxas de abandono de carrinhos, entre outras métricas de desempenho antes de liberar o uso para toda a base das duas empresas. “Esses estudos não devem demorar muitos dias”, afirma o executivo. “Queremos explorar ainda a possibilidade de Click-to-WhatsApp e entender como usar o recurso nas conversas para gerar vendas”, explica, em referência aos anúncios que levam consumidores direto do feed do Instagram e Facebook para a conversa no WhatsApp.

Nesse sistema, o portfólio do marketplace do Magalu é atualizado em tempo real, incluindo preços e estoque, graças a uma integração de API, realizada pelo smarter. Ao navegar pelo catálogo das empresas no WhatsApp, os usuários podem checar informações sobre produtos, incluir itens no carrinho e, então, concluir a compra no app do Magalu. São mais de 106 milhões de ofertas disponíveis no marketplace da companhia, distribuídas por mais de 300 mil sellers.

“Com mais esse modelo, vamos chegar ao que acredito ser o caminho natural do varejo. Não estamos fazendo isso para substituir os canais de venda. Estamos indo ao encontro do desejo do consumidor, explorando uma forma de vender por meio do comércio conversacional”, diz Galanternick.

Potencial de mercado

Estima-se que existam 197 milhões de usuários de WhatsApp no Brasil, ou seja, 9 a cada dez brasileiros têm o aplicativo instalado. O país é um dos três maiores mercados da plataforma no mundo, juntamente com Índia e Indonésia

Ainda de acordo com a empresa, pelo menos 40% dos seus anunciantes no Brasil fazem uso da modalidade de click-to-message – formato de publicidade que direciona as pessoas que clicam no anúncio diretamente para conversas com os canais de mensageria da companhia, como WhatsApp, Messenger e Instagram.

Um estudo da Kantar – encomendado pela Meta – apontou que 80% dos brasileiros concordam que as mensagens como forma preferida de se comunicar com uma empresa. Já 81% responderam que acham que é mais fácil enviar mensagem para uma empresa do que lidar com um site. Em relação a fechar negócios, 78% dos entrevistados disseram que tenderiam a fazer compras com empresas com as quais conseguem conversar por meio de mensagens.

‘https://www.telesintese.com.br/magalu-testa-seu-marketplace-no-whatsapp/

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WhatsApp traz ao Brasil recurso que integra 100% dos e-commerces ao app

— Hoje já existe a possibilidade de você criar o seu catálogo no WhatsApp, mas existem limitações, como quantidades de produto e falta de integração com o catálogo da empresa — explica Guilherme Horn, head do WhatsApp na América Latina. — O objetivo é facilitar cada vez mais todos os momentos da jornada. Então nós estamos trazendo para o WhatsApp toda a experiência que já existe fora do WhatsApp.

Na Índia, a integração total do app com comércio digital foi lançada no ano passado com a JioMart. Por lá, é possível realizar todos os passos da compra pelo aplicativo – incluindo o apartamento.

Plataforma de e-commerce no Zap

No caso do Magalu e da Época Cosméticos, do grupo Magazine Luiza, os consumidores vão acessar o mesmo catálogo de produtos das lojas virtuais no chat da empresa no WhatsApp.

Por lá, é possível buscar produtos, pesquisar preço e adicionar itens ao carrinho de compra. O recurso também permite que, pela conversa, o consumidor tire dúvidas, peça por variações de um item (como tamanho ou cor) ou solicite mais detalhes sobre um produto.

Depois que o consumidor adiciona os produtos ao carrinho de compra, ele é direcionado ao site para finalizar a compra. Diferente do acontece hoje, todo o estoque da empresa é integrado às informações do catálogo, com preço e disponibilidade de unidades, são atualizadas em tempo real.

— Isso significa que o consumidor que entrar no contato do WhatsApp do Magalu ou da Época Cosméticos pode começar uma conversa e navegar por todos os produtos que temos no nosso aplicativo a partir do WhatsApp — diz Eduardo Galanternick, vice-presidente de novos negócios do Magazine Luiza.

Por enquanto, o recurso está disponível apenas para usuários que fazem parte dos testes que envolvem Magalu e WhatsApp. Segundo a varejista, o recurso será aberto em breve para todos os consumidores. A expectativa do WhatsApp é expandir a ferramenta para todos os negócios, mas ainda não há uma data para isso.

‘https://revistapegn.globo.com/negocios/noticia/2023/08/whatsapp-traz-ao-brasil-recurso-que-integra-100percent-dos-e-commerces-ao-app.ghtml

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Mercado de engajamento do cliente pode alcançar US$ 31 bi até 2026

Para executivos da Verint, o engajamento do cliente se consolida como uma área estratégica para empresas de todos os tamanhos; entenda os desafios e o potencial desse mercado, além dos principais canais.

A empresa de pesquisa de mercado Global Industry Analysts (GIA) avaliou o mercado mundial de soluções de gerenciamento de engajamento do cliente em US$ 15 bilhões em 2020 e espera que ele atinja US$ 31,1 bilhões até 2026, crescendo a uma taxa anual composta de 12,5%.

A GIA define o engajamento do cliente como o “processo pelo qual as empresas maximizam sua interação com os clientes por meio de vários canais para construir e fortalecer o relacionamento com o cliente”. Isso inclui campanhas de marketing, criação e publicação de novos conteúdos em sites e divulgação por meio de plataformas de mídia social, dispositivos móveis e wearables.

Mas quais são os canais populares de engajamento hoje?

Hoje, os canais digitais populares de engajamento são muitos. Incluem e-mail, mensagens de texto, mídias sociais, bate-papos ao vivo, webinars, podcasts, realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR), IoT, aplicativos móveis, chatbots e assistentes de voz, disse no relatório.

Os chatbots com IA e os assistentes de voz, por exemplo, dão resposta imediata às consultas de atendimento ou sobre produtos para os clientes, proporcionando assim uma experiência de engajamento gratificante. As tecnologias de big data, por sua vez, ajudam a tornar os compromissos mais pessoais e adaptados às preferências individuais.

Não há dúvidas de que o envolvimento do cliente está emergindo como um dos métodos mais eficazes de retenção de clientes e se tornando uma área de foco chave para pequenas e grandes organizações em todo o mundo, segundo os analistas da GIA. Em seu mais recente relatório, foi observado que, no contexto da digitalização generalizada do marketing, a capacidade das empresas de interagir com clientes potenciais e existentes por meio de vários canais digitais para construir relacionamentos está crescendo em importância, tanto que se tornou crucial para o sucesso competitivo no mercado. Clientes totalmente engajados demonstram lealdade e compram mais, mesmo durante condições econômicas difíceis, disseram os especialistas.

Regiões e mercados com maior potencial de engajamento

Geograficamente, os analistas da GIA descobriram que os Estados Unidos detêm a maior participação (32,3%) do mercado mundial total, com US$ 5,5 bilhões. A China, segunda maior economia do mundo, deve atingir um tamanho de mercado estimado em US$ 4 bilhões em 2026. Japão e Canadá devem crescer 9,7% e 11,7%, respectivamente, até 2026. Dentro da Europa, a Alemanha deve crescer a aproximadamente 11,1% CAGR, enquanto o resto da Europa atingirá US $ 1,4 bilhão até 2026.

Do mercado total, o componente de soluções deve crescer em 11,2% CAGR (taxa de crescimento anual composto) para atingir US $ 22,6 bilhões até 2026, enquanto o segmento de serviços deve contribuir com 15,5% CAGR para os próximos sete anos, respondendo por uma participação de 28,3% do mercado total.

Desafios

Para Evandro Trus, Sales Director da Verint no Brasil, diante de tamanha oportunidade de negócios, as marcas ao redor de todo o globo ainda estão enfrentando desafios sem precedentes quando se trata de como gerenciar sua força de trabalho e o engajamento de seus clientes.

Nesse cenário, Trus destaca que a composição de tecnologia avançada e talento humano fazem a diferença no mercado de customer engagement. “Pensamos que a força de trabalho atual ideal de customer engagement é composta de humanos, assistentes virtuais e de outras soluções digitais. Na Verint, buscamos ajudar nossos clientes no correto dimensionamento de equipes e robôs, proporcionando a melhor experiência na jornada dos atendimentos. Com o uso de IA, por exemplo, aumentamos a eficiência dessa força de trabalho ou de operações que aumentam a satisfação de consumidores”, pontua.

Para complementar o tema, uma pesquisa da Verint, apresentada em março deste ano, sobre Customer Experience (CX) auxilia no entendimento sobre alguns desafios das organizações sobre engajamento e CX. A pesquisa encontrou uma divisão significativa na confiança dos líderes em ofertarem um CX sólido para seus clientes: 67% dos entrevistados indicando que estão “altamente confiantes” sobre a capacidade de sua organização de fornecer o nível de experiência exigido pelos consumidores modernos, e os 33% restantes indicando que estavam menos confiantes nessa capacidade.

Contudo, o estudo aponta que muitos líderes de negócios acreditam que seu engajamento digital, gerenciamento da força de trabalho e esforços de qualidade e desempenho deram a eles uma base segura para melhorar o envolvimento do cliente e a entrega da melhor experiência nos últimos anos. Entretanto, uma possível recessão global, cortes orçamentários e um mercado de trabalho desafiador estão causando “perturbações significativas” para esses líderes.

Para Celia Fleischaker, diretora de marketing da Verint as organizações precisam estar confiantes em “alavancar o envolvimento digital e a automação” para “atender os clientes onde eles estão”, permitindo o envolvimento em escala por meio de “uma força de trabalho unificada de humanos e bots“. Simplificar o gerenciamento de talentos, criar um processo de contratação e integração mais eficiente e preparar funcionários com as ferramentas certas também são determinantes para o sucesso em CX, segundo a diretora.

Ainda sobre este último ponto (equipes), a pesquisa da Verint aponta que mais da metade dos líderes empresariais classificaram a gestão e retenção de talentos como principais desafios de 2023. Nesse ponto, a Verint aponta que a mentoria se destaca como forma de apoio e de bem-estar dos funcionários, além do treinamento de habilidades e suporte tecnológico necessários para melhorar a qualidade e desempenho em um modelo de CX cava vez mais híbrido.

https://www.consumidormoderno.com.br/2023/07/12/engajamento-do-cliente-mercado/?eg_sub=958b3d1ad0&eg_cam=db80b9965fda982e1b36e0df1228f18a&eg_list=2

Correios abre mais pontos de coleta para agilizar as entregas

O Correios anunciou nesta quinta-feira (25) que irá abrir 17 novos pontos de coleta nos estados de São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal para ampliar a agilidade da entrega.

Já foram inaugurados três pontos, um em São Paulo e dois em Brasília. O de São Paulo fica na Parada XV de Novembro, na zona oeste da cidade. Em Brasília, há dois pontos no Paranoá, um no Sudoeste e outro no Itapoã.
O objetivo da estatal é ampliar a oferta de pontos de captação e entrega de encomendas, em horários mais flexíveis. Eles funcionam em parceria com lojistas que, após credenciamento junto aos Correios, passam a receber e entregar encomendas em seus estabelecimentos comerciais.

Para saber os endereços e o horário de funcionamento da rede de agências, inclusive dos pontos de coletas, basta acessar a página ou app Correios, no serviço Busca Agência.

O credenciamento de lojistas que querem funcionar como Pontos de Coleta segue até junho. Podem se inscrever comerciantes do Distrito Federal, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e de São Paulo, localizados nas regiões listadas a seguir. Mais informações sobre credenciamento estão disponíveis no site.

Ponto de Coleta dos Correios

Distrito Federal
Lago Sul, Lago Norte, Asa Sul, Vila Telebrasília, Setor Rádio e TV, Setor de Clubes Sul, Sudoeste, Cruzeiro, Octogonal, Jardim Botânico, Paranoá, Taquari, Itapoã I e II, Varjão e Fazendinha.

Minas Gerais
Todos os bairros de Belo Horizonte/DF.

São Paulo
Locais da capital paulista e região metropolitana de Barueri, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Ferraz de Vasconcelos, Guarujá, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mauá, Moji das Cruzes, Praia Grande, Ribeirão Pires, Santana do Parnaíba, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Vicente, Suzano e Taboão da Serra.

Rio de Janeiro
Flamengo, Glória, Laranjeiras, Botafogo, Barra da Tijuca, Itanhangá, Copacabana, Ipanema, Jardim Botânico, Praça Mauá.

Fonte : https://www.tudocelular.com/mercado/noticias/n206598/correios-abre-mais-pontos-de-coleta-para-agilizar-as-entregas.html

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O que esperar do Magazine Luiza (MGLU3) em 2023? Luiza Trajano adianta planos

Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza (MGLU3), adianta que o foco da varejista em 2023 será na consolidação do marketplace e no cuidado com os vendedores e pequenos empreendedores da plataforma. A executiva não teme as projeções de aumento dos juros e da inflação para o próximo ano, nem uma eventual desaceleração do varejo.

“Estamos trabalhando para consolidar ainda mais o marketplace e dar aos vendedores e pequenos empreendedores condições para sobreviverem bem. Compramos muitas empresas, desde treinamento até logística, e passamos a nossa experiência, tudo que nós temos de sistema, para o pequeno e micro empresário”, explica Luiza em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo.

As previsões da Organização Mundial do Comércio (OMC) apontam que o varejo mundial deve desacelerar no próximo ano e crescer apenas 1%, sendo que a previsão anterior era de 3,4%.

Passada a Black Friday, as incertezas sobre o cenário político e o endividamento da população preocupam o mercado e jogam um balde de água fria no setor. Contudo, não é assim que Luiza Helena Trajano enxerga esse horizonte:

Para a executiva, o ano de 2022 no Magalu foi de aprendizado: “Este foi um ano de pós-pandemia, já tínhamos comprado muitas empresas e o mercado, nesse segmento, já comprou muito antes o crescimento [da companhia]”.

“Nos últimos três anos, o crescimento foi grande e 2022 foi um ano que paramos para estruturar tanta coisa que nós crescemos. Foi um ano de aprendizado”, resume.

Magazine Luiza em crise?

Segundo um levantamento do Status Invest, nos últimos doze meses, as ações do Magalu derreteram 54,21% na bolsa de valores. Contudo, a executiva defende que o investidor tem “vários motivos” para comprar os papéis da varejista.

“Primeiro porque o Magazine Luiza é um multicanal nacional muito forte. Nascemos no canal físico e conseguimos continuar com lojas físicas – vemos que todo mundo hoje valoriza as lojas físicas –, mas também digitalizamos as vendas”, inicia Luiza, ao ressaltar que a sua empresa saiu na frente nesse quesito.

“Além disso, não aceitamos vendedores que fazem qualquer tipo de coisa contra o ESG ou pirataria, mesmo que isso dê dinheiro. Nós lutamos pela sustentabilidade da empresa”, complementa a dona do Magazine Luiza.

Fonte : https://www.suno.com.br/noticias/magazine-luiza-mglu3-planos-2023/

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Saraiva reformula site e espera atingir mais de 25% das vendas pelo novo canal

A Livraria Saraiva está avançando no processo de reformulação do seu site para oferecer a melhor experiência de compra para seus clientes. Desenvolvido pela Omini55, o novo portal conta com novos canais de vendas digitais e terá uma jornada totalmente omnichannel, na qual a empresa vai privilegiar a forma de entrega mais conveniente. A ideia é oferecer, no e-commerce, uma experiência semelhante àquela que os clientes têm nas 33 lojas espalhadas em 17 estados do Brasil.

Segundo o CEO Marcos Guedes, um dos grandes objetivos dessa reformulação é oferecer a melhor experiência e valorizar a jornada completa do consumidor, do primeiro acesso ao e-commerce até a entrega do livro. “Queremos que nossos clientes se beneficiem de todos os canais de venda da Saraiva, como e-commerce, WhatsApp e que também volte a ter todo o sortimento que sempre teve à sua disposição”.

E por falar em sortimento, outra novidade será o marketplace. A partir de agora, não serão apenas os itens próprios que estarão disponíveis, mas também produtos de lojas parceiras, distribuídos em sessões de games, papelaria, presentes e, futuramente, eletrônicos.

Guedes também pontua a questão dos programas de fidelidade. “Faz parte da nossa estratégia reestabelecer a relação de benefícios de vantagens para nossos clientes por meio do Saraiva Plus”, afirma.

A iniciativa é parte importante dentro do plano estratégico de crescimento da Saraiva em sua fase final de recuperação judicial. A companhia encerrou o segundo trimestre com uma redução de mais de R$330 milhões sem seu passivo.

Com as novidades, a empresa quer ampliar o tráfego no site, o ticket médio e acredita que num futuro próximo poderá atingir mais de 25% das vendas via e-commerce.

O novo e-commerce está sendo conduzido pela Omini55, especializada em varejo digital e responsável pelas operações de vendas online da Cobasi, Americanas.com e Cyrela, entre outros gigantes.

Fonte : https://www.mundodomarketing.com.br/noticias-corporativas/conteudo/274802/saraiva-reformula-site-e-espera-atingir-mais-de-25-das-vendas-pelo-novo-canal

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Black Friday phygital e a logística pós-pandemia

O e-commerce cresceu como nunca nos últimos anos e, agora, os clientes também podem ir à loja física. Como entregar uma experiência excepcional nesse cenário?

As imensas e inúmeras transformações que aconteceram no mundo em decorrência da pandemia de COVID-19 não são novidade para ninguém. No âmbito do consumo, todos os segmentos foram impactados de alguma forma – alguns, inclusive, cresceram de maneira inimaginável, como o e-commerce. E a Black Friday, uma das datas mais importantes para o varejo, também passou por mudanças sensíveis nesse período.

De acordo com a Ebit | Nielsen, em 2020 o número de consumidores do e-commerce cresceu 29%, totalizando 79,7 milhões de pessoas; em 2021, a empresa calcula que 87,7 milhões de brasileiros fizeram compras pelo e-commerce e, entre eles, 12,9 milhões eram novos compradores. Não por acaso, o setor faturou R$ 150,8 bilhões em 2021, segundo dados da ABComm – Associação Brasileira de Comércio Eletrônico – um recorde histórico. Para este ano, a previsão é de crescimento de cerca de 12%, apontando para um volume de R$ 169,5 bilhões.

EM 2021, 87.7 MILHÕES DE BRASILEIROS FIZERAM COMPRAS PELO E-COMMERCE;
ENTRE ELES, 12,9 MILHÕES ERAM NOVOS COMPRADORES
Fonte: Ebit | Nielsen

Os números tornam indiscutível o fato de que as empresas de e-commerce e os marketplaces precisam, sim, investir no ambiente e na experiência on-line. Entretanto, não se pode esquecer que o crescimento do digital nesse período esteve atrelado ao distanciamento social e ao fechamento de lojas físicas – ou seja, o e-commerce se tornou, em muitos casos, a única alternativa para quem precisava e queria consumir.

Mas qual será a preferência do consumidor nesse cenário? De acordo com um estudo realizado pela plataforma Tiendeo, 42% dos brasileiros consideram que as lojas físicas garantem uma experiência melhor e mais satisfatória do que as lojas on-line. E como as empresas devem reagir, então, nesse cenário? O único caminho possível é a aposta no modelo phygital que, há pouco tempo, era apenas uma utopia.

EM 2021, O E-COMMERCE FATUROU R$ 150.8 BILHÕES
Fonte: ABComm – Associação Brasileira de Comércio Eletrônico

É nesse cenário que, em novembro de 2022, ocorrerá a Black Friday. Até 2019, o e-commerce influenciava, moderadamente, os resultados desse evento; em 2020 e 2021, as vendas on-line foram determinantes. Agora, pela primeira vez, a capacidade de combinar o digital com o físico será testada. Mas os desafios não acabam aí. Uma vez feita a venda e concluído o pagamento, o varejo passa para mais uma etapa que, se não for bem planejada e administrada, pode se transformar em um grande atrito na jornada do cliente: a logística.

O e-commerce ainda enfrenta muitos desafios para garantir uma boa experiência de entrega para os clientes no Brasil. As principais dificuldades estão na chamada last mile, ou última milha, em que o produto é levado até a casa do cliente. Na Era da Conveniência, o consumidor espera receber a mercadoria em perfeito estado, com uma entrega rápida, confiável, com custo reduzido e em data e hora escolhidas por ele.

“Uma logística mal-acertada, com demora na entrega ou prazos surreais, é algo inconcebível no mundo em que vivemos hoje”, afirmou Charles Varani, consultor em Experiência do Cliente e Transformação Digital da Ambidestra. “A experiência da entrega passou a ser uma peça fundamental de diferenciação de marca.”

Nesse sentido, o autor do livro Logística – O Último Rincão do Marketing e ex-presidente da Associação Brasileira de Logística, Carlos Mira, enfatiza que, na Era da Conveniência, a logística passa a ser um diferencial da marca durante todo o ano, não apenas em períodos como a Black Friday. Ele lembra que, no passado, o marketing trabalhava muito com os 4Ps: produto, preço, propaganda e praça. “Hoje já se sabe: vender é fácil, difícil é fazer a logística de forma conveniente. As empresas precisam pensar em soluções criativas, tecnológicas e sérias para fazerem boas entregas”, explica Carlos.

ALTERNATIVAS PARA UMA LOGÍSTICA EFICIENTE

Ainda que seja necessário manter a atenção a questões de logística durante todo o ano, especialistas são categóricos em afirmar: em momentos de aumento de demanda ou de crise, as empresas precisam compreender que as áreas de back office devem assumir esse protagonismo. Portanto, quando se fala de Black Friday, a logística passa a ser o grande diferencial das marcas.

Segundo o professor de Marketing e Mídias Sociais, Inovação e Gestão Comercial da FGV, Roberto Kanter, nos grandes centros esses desafios vêm sendo minimizados. “Uma das soluções que têm aparecido são os PUDOS, ou Pick Up & Drop Off, os quais são sistemas que permitem ao cliente pegar o produto em lugares como lockers e lojas de assuntos variados e fazem esse papel de centro logístico da última milha. Outras soluções têm sido os chamados dark places, ou dark stores, que são locais dentro das cidades onde você, simplesmente, armazena o produto; deixa uma parte do estoque”, detalha.

Mira afirma, entretanto, que mesmo as principais capitais do Brasil foram planejadas apenas pensando no fluxo de pessoas e não de mercadorias. “As cidades são projetadas a partir de um conceito ‘atacadista’ que, hoje, não funciona mais. É preciso repensar essas estruturas – criar centros de triagem de mercadorias nos bairros, por exemplo, para que as empresas deixem seus produtos para serem distribuídos por uma única van para as casas das pessoas”, defende.

O que o especialista explica é que a logística deve ser pensada de forma descentralizada, não dependente de tantos CDs (Centros de Distribuição) gigantescos, mas obedecendo a pequenos pontos que estejam localizados em raios de poucos quilômetros dos clientes. O desafio é muito mais de planejar o sortimento com maior saída nas diferentes áreas da metrópole do que, simplesmente, percorrer trajetos distantes dos CDs para os bairros e municípios adjacentes. Muitos varejistas utilizaram a própria rede de lojas como centros de coleta, de distribuição e, também, de troca.

42% DOS BRASILEIROS CONSIDERAM QUE AS LOJAS FÍSICAS GARANTEM UMA EXPERIÊNCIA MELHOR E MAIS SATISFATÓRIA DO QUE AS LOJAS ON-LINE.
Fonte: Tiendeo

Apesar dos desafios estruturais, os principais players do mercado têm investido no aprendizado e no investimento constante em logística. Já se sabe que o que se coloca para baixo do tapete durante todo o ano, principalmente em períodos de baixa demanda, acaba explodindo na Black Friday. Por isso, planejamento é fundamental.

COMPRE HOJE, RECEBA HOJE
Fala-se bastante – inclusive na Consumidor Moderno – sobre empresas que, por prestarem serviços acima da média, fizeram com que o consumidor se tornasse mais exigente. No
e-commerce, o Mercado Livre é referência nesse sentido. É ele quem faz entregas com mais velocidade no País: em menos de 24 horas, consegue entregar 20% das mercadorias compradas pela plataforma. Isso inclui cem cidades do País – aquelas com maior volume de vendas. Além disso, 75% das entregas são feitas no prazo de um dia, para mais de 2 mil cidades. Em dois dias, 90% das entregas são finalizadas em quase 5 mil cidades pelo Brasil.

De acordo com Julia Rueff, diretora de Marketplace do Mercado Livre, isso é possível porque a empresa entendeu que a logística é um dos principais pilares de competitividade hoje no mercado. Por isso, o Mercado Livre pensa e investe de forma contínua na área. Com uma malha logística própria, a empresa consegue ter total controle da qualidade da entrega e dos prazos. Hoje, a frota do Mercado Livre conta com 4.200 caminhões, 1.250 vans, mais de 2.300 carros Fiorinos, 5 aviões e 18 mil veículos atuando na última milha.

Mesmo sendo referência em entrega, Julia Rueff afirma que o Mercado Livre não se acomoda, se colocando sempre em uma posição de aprendizado e buscando soluções que melhorem a experiência do cliente. Já pensando na Black Friday deste ano, e seguindo o plano de investimento para a ampliação de sua eficiência logística, o Mercado Livre está fazendo a implantação do primeiro Centro de Consolidação (Sortation Center) da América Latina. Localizado em Cajamar, em São Paulo, o novo centro logístico deve ter a capacidade de consolidar cerca de 450 mil pacotes por dia, número que corresponde a cerca de 30% das entregas realizadas no Brasil.

O sistema funciona como uma grande esteira seletora de pacotes, que conecta todas as origens da rede do Mercado Livre com mais de cem destinos em 24 Estados do Brasil, por meio de tecnologia desenvolvida pela companhia. A executiva explica que, além de querer garantir uma melhor experiência de entrega para os clientes, o Mercado Livre está sempre inovando, pois acredita no potencial de crescimento do e-commerce no Brasil.

“Vemos um consumidor cada vez mais exigente, buscando excelência também na Black Friday. Então, estamos trabalhando para garantir ofertas e promoções relevantes. Estamos realizando eventos e treinamentos com os nossos vendedores, para que eles possam oferecer produtos interessantes, a preços imperdíveis, em prazos competitivos”, explica.

6 PASSOS PARA ASSEGURAR A MELHOR EXPERIÊNCIA DO CLIENTE NA BLACK FRIDAY
▷ INVESTIMENTO EM FORECAST: planejar a Black Friday com antecedência, aprimorando o portfólio de produtos para atender melhor à necessidade dos clientes.

▷ TRANSPARÊNCIA: garantir boas ofertas para o cliente e as informações necessárias para ele tomar a decisão de compra.

▷ ENTREGA RÁPIDA: não é porque o cliente está comprando com desconto que ele vai abrir mão da velocidade, que hoje é um grande diferencial dos principais players do mercado.

▷ CUMPRIMENTO DA PROMESSA: mais do que entregar rápido, é imprescindível que o produto chegue dentro do prazo combinado e nas condições informadas no momento da venda.

▷ PÓS-VENDA: garantir um bom atendimento no pós-venda, mantendo o cliente informado do status do pedido e oferecendo soluções rápidas em caso de “erros”.

▷ APRENDZADO COM OS ERROS: saber ouvir e entender as principais dores dos clientes, para aperfeiçoar a experiência oferecida no próximo ano.

ANTECIPAÇÃO E CUIDADO

Além de ser a primeira sem restrições e distanciamento social, a Black Friday 2022 acontecerá em meio à Copa do Mundo e pouco tempo depois do segundo turno das eleições no Brasil. Quem destaca esses pontos é Eduardo Souza, Digital Business Unit director da Evino. “Em outubro, a atenção do consumidor está mais dispersa”, comenta. “Talvez a Copa fortaleça players de produtos eletrônicos por exemplo, mas, para o nosso mercado, que não se encaixa no perfil da Copa do Mundo, fica difícil saber qual será o impacto desse evento.”

Apesar de tais fatores gerarem alguma imprevisibilidade, a Evino já está se organizando para a próxima Black Friday desde maio. Eduardo Souza, Digital Business Unit director da Evino, conta que o mês de novembro é o maior do ano para a empresa – o faturamento chega a dobrar. Por isso, a Evino trabalha dois pontos-chave para garantir uma Black Friday bem-sucedida: planejamento e plano de contingência.

A empresa começa a analisar o potencial da próxima Black Friday com seis ou sete meses de antecedência – estima o volume de vendas, planeja lançamentos, quantos produtos novos devem ser acrescentados ao portfólio e quanto de suprimento será necessário para isso.

Além disso, as áreas comercial, de compras e de marketing da Evino começam a trabalhar com a mesma antecipação, desenvolvendo as ofertas, organizando a produção de mídia, programando o que é preciso e buscando produtos novos para o portfólio da empresa, que é 99% composto por itens importados.

O dimensionamento da operação é outro ponto ao qual a Evino tem dedicado esforços desde maio. Nesse momento, de acordo com Souza, é avaliada a necessidade de aumentar a capacidade do Centro de Distribuição e de contratar mais pessoas. Também começam a ser planejados os treinamentos das equipes, para conseguir fazer uma entrega rápida e eficaz, sem perda de qualidade.

A Amazon, um dos players mais relevantes quando o assunto é e-commerce, também reforça o time de operações nesse período, recrutando associados temporários. E para entregar uma boa experiência para o cliente, mesmo com a correria exigida em períodos como este, a empresa considera essencial assegurar o bem-estar e a satisfação dos funcionários, como conta Thomas Kampel, líder de Relações Públicas das Operações da Amazon no Brasil.

Nesse sentido, a Amazon oferece a todos o maior conforto possível, que vai desde ar-condicionado central nas instalações, áreas de descanso, serviço fretado de ida e volta ao trabalho para diversas regiões e treinamentos constantes para manter os processos operacionais seguros. Para os entregadores, a Amazon disponibiliza um aplicativo criado pela empresa capaz de determinar a sequência das entregas de forma otimizada pelas rotas.

“Tudo isso nos permite garantir o alto nível de segurança que trabalhamos durante o ano, equilibrando a carga de trabalho dos nossos funcionários, enquanto atendemos nossos clientes com alta qualidade e agilidade. Um dos segredos do nosso sucesso é o fato de priorizarmos a saúde e o bem-estar de nossos associados e associadas antes de tudo o que fazemos. Acreditamos que, se eles estão bem e felizes, a experiência de atendimento certamente será muito melhor”, afirma Thomas Kampel, líder de Relações Públicas das Operações da Amazon no Brasil.

Desde 2020, a empresa inaugurou 11 Centros de Distribuição no Brasil, localizados em São Paulo, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio de Janeiro. Atualmente, a capacidade de produção da Amazon permite que a empresa atenda 100% dos municípios brasileiros, oferecendo uma variedade de mais de 45 milhões de produtos.

“Um planejamento sólido e com antecedência evita, de fato, muitas questões, assim como o uso mais intensivo de tecnologia, que permite o acompanhamento em tempo real de todas as etapas logísticas, de ponta a ponta. Uma equipe treinada e experiente também faz toda a diferença, pois, por meio dela, é possível se adaptar a eventuais imprevistos que ocorram”, afirma Gabriela Guimarães, VP de Operações de Varejo e E-commerce da DHL Supply Chain.

O QUE APRENDER COM QUEM É REFERÊNCIA?
▷ Pensar a logística como diferencial competitivo na Era da Conveniência
Investir na área durante todo o ano é um diferencial para se sair bem em momentos de alta demanda. Hoje, a logística é considerada um dos principais diferenciais das marcas, porque o consumidor quer receber o produto rapidamente, em perfeito estado, com segurança e custo reduzido.

▷ Planejar com antecedência
▷ Ter planos de contingência
▷ Integrar as áreas
▷ Dispor de tecnologia e inovação

ALÉM DA BLACK FRIDAY
Ainda que o volume de entregas da AMARO não possa ser comparado ao do Mercado Livre e ao da Amazon – até pela diferença entre os modelos de negócio – é preciso destacar que esta retail tech brasileira inovou na formatação da jornada oferecida ao cliente. O grande diferencial da AMARO é a possibilidade de conhecer, experimentar e comprar produtos nas lojas físicas – as chamadas guide shops – e recebê-los em casa, em um prazo curtíssimo.

Essa inovação está na raiz do modelo de negócio, mas a AMARO não parou por aí. Todos os meses, independentemente da Black Friday, a empresa lança novas features, produtos digitais e melhorias de navegação e integração entre o on-line e as lojas físicas, seguindo uma estratégia omnichannel. É um fluxo constante de inovação que tem como consequência menores prazos de entrega, uma experiência fluida e um menor índice de troca de produtos.

“A AMARO já é reconhecida por entregar uma experiência de compra incrível e ter uma entrega muito rápida para todo o País. Na Black Friday, vamos manter essa percepção positiva. Como esses níveis de serviço já são padrão, apenas aumentamos nossos contingentes para que eles sejam mantidos”, explica Wellington José, head of Digital Product da AMARO.

O esforço das empresas corresponde à necessidade de estar disponível e acessível para todos os consumidores, em todo o território brasileiro. Quem deu um grande passo nesse sentido foi a Riachuelo.

A partir de uma parceria iniciada em dezembro de 2021, com a Favela Brasil Xpress – uma startup parceira do G10 Favelas – em São Paulo, a Riachuelo já entregou cerca de 16 mil pacotes nas comunidades de Paraisópolis, Capão Redondo, Heliópolis, Cidade Júlia, Brasilândia e Diadema.

“A estratégia foi bem assertiva, pois, antes, o e-commerce não chegava às favelas por limitações de estrutura, como vielas estreitas, ou por falta de CEP ou numeração, e, assim, as entregas paravam nas agências dos Correios mais próximas. No início deste ano, com a intenção de ir aonde nosso cliente estiver, fechamos também uma parceria com o ‘Na Porta’ no Rio de Janeiro. No detalhe, a startup coleta os itens loja a loja na Riachuelo e, além de fazer middle mile, se responsabiliza pela entrega final”, conta Anaia Bandeira, diretora de Logística da empresa.

Esta é apenas uma entre as muitas inovações nas quais a Riachuelo apostou. A empresa investiu, nos últimos anos, em uma infraestrutura logística 100% integrada entre os canais físicos e digitais, em parcerias colaborativas, e vem implementando o conceito phygital em todas as suas lojas. Para a Black Friday, essa também será uma estratégia da Riachuelo.

“Estamos sempre buscando aprimorar nosso e-commerce e nosso canal direto com os consumidores. O cliente é omnicanal, podendo ter uma jornada que começa no digital, passa para o físico e finaliza no digital. Então, estamos aprimorando nossas ferramentas como o ‘Retire em Loja’, o ‘Retire Rápido’ e nossa operação E-store, plataforma digital de prateleira infinita que permite ao cliente comprar em nosso e-commerce e receber o produto em casa ou, então, retirar na loja”, descreveu Márcia de Bruno, head de E-commerce da Riachuelo.

PARCEIROS DE LOGÍSTICA
Além das inovações aplicadas internamente, as empresas contam com parceiros que atuam em diferentes frentes – no caso da Riachuelo, o apoio está em transporte e tecnologia com projetos integrados. Segundo a empresa, o efeito será percebido em um melhor prazo, menor custo e maior volume de entrega. “Melhoramos nosso tracking, desenvolvemos nossa Torre de Controle e investimos em novas ferramentas que nos permitirão ser mais proativos em caso de alguma dificuldade em alguma região específica”, exemplificou Anaia Bandeira, diretora de Logística da marca.

No caso do Mercado Livre, que é um marketplace, alinhar estratégias com os vendedores parceiros em um momento de aumento de demanda é indispensável. “É feito um planejamento conjunto, robusto, estimando a demanda”, explica Julia Rueff, do Mercado Livre. “Preparamos a nossa logística para o aumento do volume de entregas; fazemos um dimensionamento do time de pós-venda, para manter os níveis dos nossos serviços; e fazemos um investimento contínuo para garantir a satisfação dos nossos clientes – e isso inclui investimentos ao longo de todo o ano em logística.”

“Nossa intenção é sempre que o cliente volte. Não adianta a gente ter um excelente número de vendas, mas com um nível de serviço baixo. Temos meses maiores que a Black Friday. Queremos oferecer uma experiência que faça com que esse cliente que chega fique conosco dali em diante”, complementa a diretora de Marketplace.

Para a Evino, que trabalha com transportadoras terceirizadas, é fundamental investir em integração. “Nós passamos para elas a nossa expectativa de volume de entregas por região, para desenvolvermos juntos estratégias e negociarmos prazos para a operação”, conta o Digital Business Unit director da empresa. Ele explica que essa linha direta com as transportadoras é importante tanto para acompanhar o status detalhado da entrega do produto quanto para saber informar o cliente caso ele entre em contato com o atendimento.

Em relação aos principais desafios logísticos do e-commerce no Brasil em períodos como a Black Friday, Wellington, da AMARO, destaca o tamanho do País e a dependência de modais específicos como o rodoviário. Para driblar essas dificuldades, a AMARO se dedica a fazer um planejamento bem construído e a firmar parcerias sólidas com experts em logística. Além disso, a empresa conta com guide shops em formato de megastore, nas principais capitais do Brasil, que funcionam como minicentros de distribuição.

NÚMEROS, CÁLCULOS E ESTOQUE
O head of Digital Product da AMARO afirma, ainda, que o controle de estoque é um dos pontos centrais do planejamento para a Black Friday. A empresa se prepara meses antes para evitar qualquer tipo de desabastecimento ou rupturas. Isso é feito a partir de estudos das demandas de anos anteriores.

A C&A, por sua vez, além de possuir um Centro de Distribuição inteiramente dedicado ao e-commerce, investiu em tecnologias especializadas em promover agilidade e precisão em todas as etapas de preparação para a entrega de um produto. Uma delas foi o OSR Shuttle, que promove a movimentação de estoque de forma automatizada: robôs localizam e coletam os itens de cada pedido, enviando-os através de esteiras aos responsáveis pelas próximas etapas.

Segundo Marcel Modesto, head de Supply Chain da C&A, por meio desta tecnologia, o processo de separação de pedidos, que antes era feito em 2 horas, passou a ser finalizado em 5 minutos. Essa solução, somada ao Push & Pull por SKU, e a Identificação por Radiofrequência (RFID) são capazes de aumentar a eficiência logística do Centro de Distribuição e das lojas.

Nesse sentido, Kanter, da FGV, destaca que o estoque pode ser o “calcanhar de aquiles” de muitas empresas. “Na época da Black Friday, o principal desafio das empresas é fazer gestão de demanda, de estoque. Se está com muito estoque e não vende, há um problema no capital de giro. Em compensação, se há muita demanda e não há produtos suficientes, é uma perda irreparável”, detalha.

Armazém da DHL
Gabriela Guimarães, VP de Operações de Varejo e E-commerce da DHL Supply Chain, resume os desafios da Black Friday da seguinte forma: o primeiro é gerenciar um grande volume de pedidos em duas ou três semanas; o segundo é a entrega final que, ao mesmo tempo em que precisa ser rápida, não pode onerar muito a operação. Pensando nessas duas questões, as empresas precisam de um planejamento especial tanto na área de armazenagem como na de transportes, com o reforço de equipe, frota e estruturas dedicadas.

Analisando o cenário atual do Brasil, Gabriela também destaca a pressão sobre os custos, que continuam elevados. Fora isso, também devem ser levados em conta o baixo investimento em estradas e vias, a baixa disponibilidade de alternativas de distribuição e a falta de uma maior rede de lockers e pontos intermediários de entregas. A VP também falou dos aspectos de security, que ainda não tinham sido citados, mas que também se configuram como um grande desafio, principalmente, para a entrega de última milha.

Mesmo com todos os problemas que preocupam tanto as empresas como as transportadoras, a logística para o e-commerce cresceu, segundo Gabriela, cinco vezes ou mais em dois anos. O que por um lado é bom, por outro desenha um cenário bastante complexo e de grande competitividade. Para se diferenciar, são necessários investimentos pesados e mão de obra especializada.

“Uma forma de equacionar estas questões é compartilhar infraestruturas, equipe e malhas de entrega via operadores logísticos, que auxiliam também em questões de visibilidade na cadeia, inovação e flexibilidade para picos de demanda”, sugere a executiva. Atualmente, a área de e-commerce da DHL Supply Chain administra cinco fulfillment centers, com cerca de 300 mil m² de área de armazenagem, 6,5 mil colaboradores dedicados, 55 hubs de transporte e 800 veículos diários – a maior infraestrutura especializada de um operador logístico no Brasil, segundo Gabriela. A companhia trabalha tanto com armazenagem e e-fullfilment para e-commerce como com entregas em todo o processo produtivo, a partir de uma malha compartilhada de mais de 5 mil veículos e com visibilidade completa de ponta a ponta.

Seguindo a lógica de aprendizado e investimento constante, recentemente foi lançado o DHL Fulfillment Network, uma rede fulfillment multiclientes que auxilia na execução de toda a logística de e-commerce. A solução é indicada para indústrias e varejistas de médio e grande portes. Para a Black Friday deste ano, a DHL está trabalhando em duas frentes principais: utilizando, cada vez mais, dados para fazer uma previsão de demanda mais precisa e incorporando mais carros elétricos nas entregas, para agregar valor sustentável às soluções. Também está sendo feita uma expansão da equipe, da frota e de infraestrutura para atender ao pico de demanda.

PRINCIPAIS DESAFIOS LOGÍSTICOS DA BLACK FRIDAY NO BRASIL

Δ Dimensão territorial do País
Grande dependência dos modais rodoviários, acompanhada do baixo investimento em rodovias.

Δ Cidades planejadas para o transporte de pessoas, não de mercadorias
Manutenção do modelo atacadista, com grandes Centros de Distribuição nas marginais e baixa disponibilidade de alternativas de distribuição e pontos intermediários de entregas.

Δ Segurança, ou falta dela
Em muitos locais, a violência e os riscos de roubo de carga acabam se configurando como um grande desafio, principalmente para a entrega de última milha.

Δ Pressão dos custos
Altos custos para a manutenção de equipamentos e veículos; preços elevados de peças e combustível, associados à inflação, que dificultam a manutenção dos ativos logísticos; e alta taxa de desemprego no País.

Δ Aumento da demanda em um curto espaço de tempo

A Black Friday faz com que o volume de vendas cresça e se concentre em um período de dois, três dias, o que traz um desafio de gestão de demanda e de estoque.

LOGÍSTICA E ATENDIMENTO
Ainda que as etapas de descoberta, aquisição, transação e entrega sejam fundamentais, é fato que, em muitos casos, a experiência não termina aí. Por isso, as empresas estão olhando também para o pós-venda. É o caso, por exemplo, da Petlove, um dos principais players do mercado pet.

Diante de todos os desafios trazidos pela grande concentração de vendas em um único dia, a empresa vem investindo em melhorias dos algoritmos de estoque e frete, para garantir a melhor combinação para o consumidor. “O diferencial vai estar na disponibilidade, no preço do produto e no melhor frete. Em algumas regiões, iremos usar aplicativos de entrega gerenciados pela Petlove em parceria com agentes de transporte, trazendo um retorno mais rápido do status de entrega para o consumidor final”, contou Michel Gardim, diretor de Operações da Petlove.

Além disso, Heber Santos, diretor de CX da Petlove, afirma que a marca vem preparando o time de atendimento há um bom tempo para lidar com momentos “de crise”. Segundo ele, a equipe de atendimento ao cliente da Petlove é muito flexível, capaz de se ajustar de acordo com a demanda e a necessidade do momento. “Nós também planejamos um crescimento no headcount e um treinamento para essas pessoas pensando na Black Friday”, completa.

A previsão da Petlove é que haja um aumento entre 30% e 40% do volume de vendas na Black Friday em relação aos períodos convencionais. Heber reforça que, em uma época como essa, muitos fatores externos podem impactar o prazo da entrega dos pedidos. Para ele, a forma com que a marca lida com os problemas é o que vai fazer diferença.

“Nós tratamos caso a caso, entendendo a necessidade do cliente, atuando na medida do que for possível. Aqui na Petlove, temos como um princípio básico atender o cliente independentemente de qual seja a queixa ou a situação. Temos esse lema: mesmo durante um período de crise, a gente vai atendê-los da forma mais humana e empática possível”, enfatizou o diretor.

Mesmo diante de todo o planejamento, o Digital Business Unit director da Evino pondera sobre a necessidade dos “planos de contingência”, afinal, é impossível planejar 100% do que vai acontecer, e as equipes precisam estar preparadas para quando algo sair do controle. Por isso, a Evino monitora indicadores, que emitem alertas quando algo sai do planejamento, preparando a equipe do SAC para reagir.

“É importante preparar a equipe do SAC para a Black Friday. Quantas pessoas eu vou ter? Preciso de recurso extra? Nosso foco é manter a satisfação do cliente alta mesmo nesse período de aumento de demanda. Nosso NPS fica sempre em torno de 90% – é altíssimo – e a gente não tolera que ele fique menor nos momentos de pico. Não nos interessa vender mais a qualquer custo”, reforça Souza.

Na C&A, o uso de informações do ano anterior foi fundamental para o planejamento de 2022. Através do SAC e do relacionamento com os clientes, a marca conseguiu identificar as principais dores dos consumidores na última Black Friday: as queixas tinham relação com a agilidade na entrega dos produtos, a variação de preços e a necessidade de construção de um atendimento mais unificado, rápido e humanizado, que estivesse preparado para entender processos e auxiliasse clientes a solucionar seus problemas.

“Desde que identificamos essas questões, buscamos trabalhar para aumentar o acerto e garantir uma maior satisfação aos clientes. No ano passado, focamos muito em deixar o processo operacional mais dinâmico e estratégico. Neste ano, um dos focos será ampliar a efetividade do atendimento por meio dos canais digitais”, diz Modesto, da C&A.

Para a Black Friday, a C&A está ampliando o quadro de funcionários do atendimento visando estender a operação do SAC. A adoção de um bot auxiliará no filtro de demandas, agilizando ainda mais o atendimento nesse período de alta demanda. A empresa também está planejando com os parceiros logísticos, o SAC, o Centro de Distribuição e as lojas medidas para reagir rapidamente caso seja necessário.

“Para nós, a chave está na escuta ativa e na proximidade com o cliente. Entendemos e trabalhamos para que o consumidor realmente se sinta valorizado ao escolher nossa marca e ao comprar em nossas lojas. Além disso, para suprir o aumento da demanda, abrimos, recentemente, mais de cem vagas para atendimento digital e temos buscado trabalhar nosso canal de relacionamento com o cliente de forma unificada e ágil, trazendo uma experiência 100% satisfatória”, detalha Modesto.

Por compreender a importância do atendimento ao cliente e da integração entre os canais, a C&A também adotou o atendimento por WhatsApp em mais de 330 lojas. Hoje, o canal é responsável por quase metade das vendas da rede e é uma das plataformas que ajudam a solidificar a imagem omnicanal da C&A no mercado. Não por acaso, aprimorar esse canal é um dos focos da marca, que pretende usá-lo também para sugestões e reclamações e integrá-lo ao SAC.

BLACK FRIDAY NÃO É OBRIGAÇÃO
Diante de todos esses elementos, fica a questão: E se a marca não quiser ou não puder aproveitar a Black Friday? Os especialistas entrevistados pela Consumidor Moderno ponderam que participar desse evento não é uma obrigação. Varani, da Ambidestra, destaca que a pergunta mais importante antes de mergulhar em uma Black Friday é: “Para quê?”. Ele defende que os responsáveis pelas empresas devem avaliar se a participação está alinhada ao propósito da sua marca, se realmente faz sentido, se vai fazer diferença no fim das contas.

A iniciativa proposta vai gerar mais atritos do que benefícios? Se for gerar mais atritos, é melhor investir em algo diferente – uma promoção fora do calendário, novas estratégias comerciais, ferramentas de relacionamento com o cliente etc. Não dá para mergulhar cegamente em uma Black Friday, porque as consequências serão duras”, destaca.

Varani não nega os benefícios que uma boa Black Friday pode trazer: gera vendas, traz visibilidade para a marca, ajuda a nacionalizar marcas regionais, startups. Mas, é algo que precisa fazer sentido, e a empresa precisa estar preparada para oferecer uma experiência satisfatória para o cliente. Então, reforça: a Black Friday é uma ótima iniciativa se os “para quês” estiverem bem respondidos e alinhados à marca.

Fonte : https://revista.consumidormoderno.com.br/a-black-friday-e-phygital-a-logistica-pos-pandemia/edicao-274/

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