Dona da Americanas lança portal para brigar com Mercado Livre e Amazon

Mercado Livre, Amazon, OLX, Magalu, Via Varejo… Quando o assunto é e-commerce e marketplace, a briga é de gigantes. Ao que tudo indica, essa disputa vai ficar ainda mais acirrada nos próximos meses. Nesta semana, a B2W Digital, dona das marcas Americanas, Submarino, Shoptime e Sou Barato, lançou no Brasil a plataforma mobile de social commerce OOOOO (isso mesmo, cinco vezes a letra O). Trata-se do mesmo nome utilizado na Inglaterra por uma empresa que agora é parceira da B2W no Brasil. A live piloto, na última sexta-feira (4), deu o pontapé inicial à operação. Comandada pelo apresentador de TV Felipe Fonseca, foram demonstrados produtos para a casa ao vivo.

Segundo Leonardo Rocha, diretor da B2W e executivo responsável pela nova estratégia, o objetivo é acelerar as verticais de advertising e entretenimento da companhia, que também conta com a Americanas ao Vivo. “O social commerce traz uma experiência de consumo única e inovadora, com conexão em tempo real. Nesse formato, o vendedor pode ser também um influenciador, gerando conteúdo de forma autônoma a partir do produto”, afirmou Fonseca, que aposta nesse modelo inédito de varejo digital uma verdadeira revolução do comércio eletrônico. “Do outro lado da tela, o cliente pode interagir com curtidas e mensagens, seguir o perfil do vendedor na OOOOO como em uma rede social, participar por vídeo para tirar dúvidas e comprar o produto desejado.”
No Reino Unido, o aplicativo da plataforma tem se destacado como um dos mais baixados da Inglaterra nos últimos meses. Um diferencial do app no Brasil é a experiência “end to end”, ou seja, os consumidores podem comprar os produtos demonstrados enquanto assistem as lives, de forma simultânea. “O cliente pode continuar participando da live, durante e após a compra. Se quiser assistir a outra demonstração de produto, é só mudar de canal”, disse Rocha.

O app permite que os usuários naveguem por ofertas e conteúdos gravados por influenciadores, especialistas e pessoas comuns, com dicas de produtos em vídeos de, no mínimo, 30 segundos. Os conteúdos ficam disponíveis na plataforma e os usuários podem acessar quando quiserem, mesmo que não estejam acontecendo lives no app. Para experimentar, basta fazer o download em uma loja de aplicativos e se cadastrar.

Nesta primeira fase de implementação, o app promoverá três lives semanais, em dias alternados, comandadas por influenciadores e especialistas de diversos segmentos. O aplicativo vai disponibilizar uma agenda com datas e horários das novas lives, além da opção de “lembretes” para que os clientes recebam alertas sobre demonstrações de sua preferência. “A ideia é ampliar, gradativamente, a agenda de lives e testar a adesão aos novos formatos, gerar mais conteúdos e habilitar novas funcionalidades para impulsionar o engajamento de clientes e parceiros”, afirmou o executivo.

Varejo paulistano cresce 22,7% em maio

Impulsionado pelas vendas do Dia das Mães e pelo maior número de lojas abertas, o varejo na cidade de São Paulo cresceu 22,7% em maio em relação ao mês anterior. Os dados fazem parte do Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), com amostra da Boa Vista.

Em relação a maio de 2020, o crescimento foi ainda mais robusto, de 51,1%. A explicação para esse aumento, de acordo com a Associação Comercial, é a base fraca de comparação, uma vez que as medidas de restrição estavam mais duras no ano passado e o temor das pessoas com o vírus era maior, resultado em queda expressiva nas vendas.

Apesar do crescimento, a alta ainda não recupera as perdas registradas em maio do ano passado, segundo a Associação Comercial de São Paulo. “A ampliação do horário de funcionamento de lojas, shoppings e restaurantes em todo o Estado de São Paulo contribuiu para o saldo positivo”, analisa o economista da ACSP, Marcel Solimeo.

Dia das Mães

Segundo transações realizadas pela Rede, empresa de meios de pagamentos do Itaú Unibanco, a receita movimentada pelas compras presenciais no Dia das Mães cresceu 66% neste ano, na comparação com a mesma data do ano passado. O faturamento das vendas on-line também seguiu em alta, registrando aumento de 32%. Considerando todas as transações realizadas via Rede, incluindo o comércio presencial e on-line, o último Dia das Mães registrou um acréscimo de 57% ao faturamento dos varejistas, se comparado a 2020.

Outra pesquisa relacionada à data, da da Dito, empresa de CRM para o mercado de varejo omnichannel, mostra que foram realizadas 3.739.688 compras, mais que o dobro do que da marca de 1,5 milhão alcançada no mesmo período de 2020. Essa movimentação gerou R$ 2,5 bilhões em receita, contra R$ 668 milhões do ano passado.

Robótica ajuda a impulsionar o comércio eletrônico

O crescimento do e-commerce no Brasil foi de 75% em 2020, comparado ao ano anterior, segundo o indicador Mastercard SpendingPulse. Este número, no entanto, pode ser ainda maior nos próximos anos, como aponta outra pesquisa da Statista, empresa alemã especialista em análise de mercado e consumo, prevendo que as receitas globais com e-commerce devem aumentar mais de 50% nos próximos cinco anos, passando de 1,7 trilhão de euros (cerca de R$ 11,12 trilhões) em 2019 para 2,6 trilhões de euros (aproximadamente R$ 17 trilhões) em 2024.

Diante desse cenário, a automação, a robotização e a inovação possíveis nas atividades logísticas com a redução das etapas com interação humana estão ganhando um forte impulso.

Tecnologias como essas oferecem flexibilidade e produtividade às empresas para atenderem ao desafio de fazer lotes menores de um maior número de produtos específicos em ciclos mais curtos, ao mesmo tempo em que melhoram a qualidade, a eficiência e a confiabilidade das suas operações, tanto em relação à produção, quanto ao prazo de entrega e à confiabilidade no trajeto e entrega – track & trace.

Mais ainda: uma pesquisa do Instituto QualiBest mostra que a quantidade de pessoas que não tinha um aplicativo de entrega instalado no smartphone caiu de 54% em 2018 para 28% em 2020. Nesse período, a modalidade que mais cresceu foi a de pedidos de refeição: 26%. Este número confirma a teoria de que há uma mudança no comportamento das pessoas.

Para tentarmos entender como a tecnologia e a robótica podem ajudar as empresas a suprirem a crescente demanda, tanto no que toca a quantidade de pedidos como na agilidade do processo entre a realização da compra e a entrega, vou usar o exemplo da holandesa Heemskerk que entrega entre 3,5 milhões a 4 milhões de produtos frescos toda semana para lojas e redes de comida em todo o mundo graças ao uso de robôs em sua linha de processamento, embalagem e despacho de mercadorias, processando de 300 a 400 caixas por pedido.

O sistema de robótica ajudou, com apoio ao processo de fabricação e separação de pedidos, possibilitando que 75% dos produtos (processados) da empresa estejam nas lojas no dia seguinte. Ao contrário do processo logístico tradicional, que costuma manusear unidades individualmente na separação do pedido, a solução de robótica permitiu que a companhia holandesa entregasse mais de 60 pedidos de larga escala todos os dias.

Outro ótimo exemplo vem da indústria farmacêutica, os robôs ajudam a aumentar a produtividade da sueca Apotea em 30%. A empresa é a maior do setor de vendas online do país, empacotando mais de 35 mil produtos por dia, ou 170 mil por semana. Cerca de 35.000 pacotes deixam o centro para serem entregues a clientes em todo o país.

Os robôs são equipados com um software de segurança robótica que pode tornar aplicações com robô industrial em aplicações colaborativas, sem a necessidade de grandes fechamentos e barreiras de proteção.

Além destas duas funções específicas, a robótica também permite o manuseio seguro de pacotes desconhecidos com o uso de Inteligência Artificial e Aprendizagem de Máquina, sem que seja necessário “ensinar o robô” a reconhecer todos os tamanhos de pacote, caixas ou embalagens.

Automatização da cadeia de produção já dá celeridade ao processo logístico em muitos países da Europa e se tornou fundamental para a entrega de produtos de maneira eficiente, com toda a flexibilidade requerida. No Brasil, começamos a ver movimentos no mesmo sentido, com estudos e consultas para automatização de processos em centros de distribuição e áreas logísticas.

*Adrian Covi [e gerente de robótica para Bens de Consumo e Logística da ABB Brasil

Clique Retire recebe aporte de R$ 32 milhões e quer triplicar capacidade de produção

Empresa quer expandir serviços de 38 para 60 cidades ainda em 2021.

A startup Clique Retire acaba de receber um novo aporte de R$ 32 milhões numa rodada liderada pela São Carlos Empreendimentos e Participações, por meio de sua subsidiária de centros de convivência, a Best Center. Os recursos serão destinados à ampliação da unidade fabril e expansão da rede da Clique Retire de 38 para 60 cidades ainda em 2021.

Hoje, a empresa possui 250 e-Boxes, ou armários inteligentes, no País. Eles estão instalados em locais estratégicos e de alto fluxo de pessoas, como estações de metrô e trens urbanos, shoppings, postos de combustível e dentro de comunidades.

O serviço otimiza a última milha principalmente em regiões com restrições de CEP, onde a logística tradicional tem dificuldades. A Clique Retire viu a demanda crescer cinco vezes desde 2020, impulsionada principalmente pela aceleração do e-commerce.

Soluções de omnicanalidade

Além dos serviços logísticos, a mudança de hábitos tem permitido à startup ampliar a oferta de soluções de omnicanalidade, passando a atender varejistas físicos, redes de shoppings e condomínios residenciais. Entre seus parceiros, estão gigantes como a B2W, Dafiti, PagueMenos, Decathlon, Aliansce Sonae, BR Malls, DHL.

A parceria com a DHL, por exemplo, teve início em agosto do ano passado. O projeto conta com a integração dos serviços da DHL aos 40 equipamentos de autoatendimento inteligente da Clique Retire instalados no MetrôRio. A iniciativa visa apoiar os lojistas na oferta de entregas mais acessíveis e alinhadas aos novos hábitos de consumo.

“Nossas soluções têm facilitado a logística no País e levado conveniência aos consumidores. Há lugares em que o risco para o transporte de mercadorias é muito alto e alguns serviços simplesmente não operam regularmente, como é o caso de 44% dos CEPs no Rio de Janeiro e 29% em São Paulo. Com os e-Boxes, contribuímos para o exercício da cidadania pela população. Em cinco anos, devemos chegar a 15 mil pontos”, projeta o diretor-executivo da Clique Retire, Gustavo Artuzo.

Segundo ele, com o novo aporte, a empresa vai aumentar a quantidade de lockers dos atuais 250 para 1.200 até meados do ano.

O futuro das compras pela internet pode não ser a entrega em domicílio

Era o verão de 2016 e Rafał Brzoska estava ficando sem saída para seu negócio. O então empresário polonês de 38 anos havia passado quase duas décadas tentando transformar a InPost, que distribuía cupons de supermercado em caixas de correio, em uma empresa de correio comercial de US$ 120 milhões por ano. No entanto, competir com o serviço postal do governo estava gerando prejuízos. Ele tinha uma dívida de US$ 65 milhões e estava tentando freneticamente encontrar novos investidores enquanto evitava o oficial de reintegração de posse.

Esses investidores não estavam interessados ​​no negócio postal praticamente em extinção de Brzoska, mas sim nos armários de e-commerce automatizado que ele havia iniciado em 2010. A Amazon e outros varejistas on-line enviam pacotes para retirada para esses armários de rua, que custam cerca de US$ 20 mil para instalar. Eles são populares porque os carteiros na Europa raramente deixam uma encomenda sem vigilância no lado de fora de uma residência. Isso efetivamente interrompe a porch piracy (nome dado à situação em que um indivíduo rouba um pacote de uma área externa da casa próxima à entrada principal antes que o destinatário possa recuperá-lo), mas se você não atender a campainha, terá um trabalho árduo de ir até o correio.

À beira da falência, Brzoska decidiu encerrar o negócio postal em 2016, antes das negociações com seu salvador, a Advent International. O grupo de private equity, com sede em Boston, fez da InPost uma empresa privada em abril do ano seguinte. O negócio de US$ 110 milhões saldou as dívidas da empresa e deu a Brzoska mais US$ 125 milhões para quase dobrar o tamanho de sua rede de armários para 4.400 em um ano.

“Havia muitos motivos para dizer não a este negócio, e muitas pessoas realmente disseram”, diz Paul Atefi, diretor administrativo da KKR, que emprestou US$ 145 milhões, em 2018, à InPost para construir novos armários. Brzoska agora tem 11.734 estantes na Polônia e mais de 1.100 no Reino Unido, além de algumas centenas na Itália. “Mas quando começamos a olhar armário por armário, foi realmente atraente. Às vezes, o retorno era tão baixo quanto 1,5 anos por locker. Amamos esta empresa.”

As margens também são invejáveis. Brzoska cobra cerca de US$ 2 por pacote, e seus custos são limitados à configuração do armário, mão de obra e aluguel do espaço do armário. A InPost embolsou US$ 97 milhões em lucro em 2020. “Nossas máquinas automatizadas de pacotes estão dobrando a receita ano a ano”, afirma.

Segundo Marek Różycki, consultor que assessorou a Advent no negócio com a InPost, colocar armários a uma “distância mínima” das casas e escritórios dos clientes transformou o negócio. “Se você tiver que caminhar cerca de 1,5 km até o seu armário mais próximo na chuva torrencial, isso não é atraente. Mas na Polônia, meu armário mais próximo fica a 350 metros de distância. É quase como uma entrega em domicílio – e mais conveniente.”

A InPost aprendeu a “regra do chinelo” da maneira mais difícil. A Advent reduziu a enorme expansão de Brzoska para quatro continentes, o que deixou a empresa escassamente espalhada e estendida. “Esse era um cenário clássico em que você tem um indivíduo carismático e muito empreendedor gerenciando uma empresa que estava crescendo muito rápido”, diz Różycki. “Mas ele assumiu muitos projetos com poucos recursos.”

Enquanto Brzoska estava dominando o negócio de armários, seus principais rivais – os serviços postais da Europa, além da UPS e Amazon – tiveram uma abordagem diferente, impulsionando a entrega em domicílio e assinando com milhares de lojas de bairro para lidar com a coleta e devolução de pacotes. Foi uma maneira rápida e barata de escalar em comparação com os armários, mas o boom do comércio eletrônico impulsionado pela pandemia deixou essas pequenas lojas de Berlim a Bilbao com corredores cheios de pacotes e longas filas para devolução. “As lojas de conveniência não são tão convenientes para a coleta de pacotes, principalmente durante a pandemia”, diz Kerstens.

O plano de Brzoska é eliminar esse intermediário – e sair à frente na Europa – com um acordo de US$ 675 milhões, anunciado em março, para comprar a gigante das entregas Mondial Relay e deixar seus armários nas lojas mais movimentadas de sua rede em toda a França.

Brzoska não é o azarão desta vez, e ele não se intimidará com uma luta. Ele dá o crédito ao seu signo e às pulseiras de contas da sorte – incompatíveis com seus ternos sob medida – o fato de ter sobrevivido a rodadas anteriores com pesos-pesados ​​dos correios. “Eu disse à minha equipe: ‘Eu sou um Escorpião. Eu vou sobreviver, e você vai sobreviver comigo, porque os escorpianos são sempre assim: lutam até o fim.’”

DHL Express vai lançar uma nova companhia aérea para o mercado europeu

A DHL Express anunciou o seu novo plano para a futura criação da sua rede de aviação européia.

Representando um novo marco da Estratégia 2025, as mudanças vão permitir responder à contínua e crescente procura dos serviços internacionais da DHL Express. Numa primeira fase, pretende criar uma nova companhia aérea de carga na Áustria.

Nova companhia

A DHL está, neste momento, no processo de apresentação de candidaturas junto das autoridades austríacas. Sob reserva de aprovação desses pedidos, o seu objetivo é que a nova companhia aérea seja criada e esteja operacional ainda este ano. Irá operar serviços de voo intraeuropeus, utilizando uma frota de aviões de carga B757 que serão transferidos a partir da DHL Air UK.

Por sua vez, a DHL Air UK irá tornar-se uma companhia aérea intercontinental, expandindo as suas operações B767 e adicionando novos B777Fs à sua frota. Com estes passos, a DHL Express irá reforçar a sua plataforma de rede aérea, garantindo uma capacidade de carga aérea flexível e resiliente para suportar as crescentes necessidades de envios expresso dos seus clientes. “Ao expandirmos a nossa plataforma aérea, não estamos apenas a adaptar-nos à alteração dos regulamentos, mas também a preparar a nossa rede europeia para um maior crescimento“, explica Roy Hughes, diretor de operações da DHL Express. “Para satisfazer a elevada procura dos nossos clientes pelas entregas expresso internacionais, tomámos estas medidas para continuar a fornecer-lhes o melhor serviço. Com a estrutura prevista, vamos alcançar, por um lado, uma rede aérea flexível e ainda mais resiliente na Europa e, por outro, uma melhor integração global, através do aumento dos nossos voos intercontinentais“.

Melhor trimestre da sua história 

A DHL Express anunciou recentemente o seu melhor trimestre, na história de mais de 50 anos de empresa. Impulsionada pelo crescimento mundial do comércio eletrônico, a empresa conseguiu aumentar o volume dos seus envios Time Definite International (TDI) em mais de 25% em comparação com o primeiro trimestre de 2020. Olhando para o futuro, espera-se um maior crescimento do comércio eletrônico devido à aceleração da digitalização do sector B2B e a um aumento significativo das compras comerciais nas plataformas on-line, resultando no aumento da procura de envios expresso internacional.

Para dar resposta a este crescimento e continuar a oferecer aos seus clientes tempos de trânsito mais rápidos para as suas entregas transfronteiriças, a DHL Express está a remodelar a sua companhia aérea sediada em East Midlands, a DHL Air UK. Centrando-se nos serviços intercontinentais, a DHL Air UK vai aumentar os voos entre o Reino Unido, a região das Américas e a Ásia. Neste contexto, a frota será expandida com a adição de mais B767s e a introdução de novos aviões B777F. O plano é que a DHL Air UK inicie as suas operações B777 no início de 2022. “O Reino Unido tem sido uma porta de entrada crucial para o mundo. Com uma procura crescente em entregas expresso internacional, isto é hoje mais válido do que nunca”, explica Tom Mackle, diretor geral da DHL Air UK. “A expansão da nossa frota intercontinental no Reino Unido, adicionando novos B777s, os aviões de carga mais modernos e eficientes, sublinha o nosso empenho e o nosso compromisso em satisfazer as necessidades dos clientes, para prestar continuamente excelentes serviços e também melhorar a nossa pegada de emissões de carbono“.

Live commerce: uma estratégia para aumentar as vendas e humanizar o e-commerce

Segundo um estudo da Coresight, estima-se que o GMV (Volume Bruto de Mercadorias) do live commerce da China chegue a US$ 305 bilhões esse ano. É pensando no sucesso dessa estratégia que a Via Marketplace tem apostado pesado no modelo de negócios. “Aproveitamos as ferramentas que desenvolvemos em casa para tornar o nosso live commerce ainda mais dinâmico”, ressaltou Ilca Sierra, CXMO da Via Marketplace.

Entre as ferramentas apontadas por Sierra, um dos destaques é o “Me Chama no Zap” — alternativa que nasceu com o fechamento das lojas no início da pandemia. “Colocamos os 21 mil colaboradores da empresa para interagir nas fanpages via WhatsApp e conquistamos um ótimo relacionamento com os clientes”.

Live commerce – uma humanização do e-commerce

Então, a partir dessa ferramenta, a Via desenvolveu o “Me chama na live”, live commerce que estreitou ainda mais a relação dos vendedores com os clientes. Como resultado, a estratégia de vendas trouxe mais de 90% de crescimento nas categorias de tíquete médio mais baixo — segundo Sierra, houve expressivo crescimento nas compras por impulso, por exemplo. Além disso, o GMV global no dia da live commerce teve aumento de 17%, o que é muito considerável para a marca.

Enquanto a plataforma de vendas por WhatsApp é nativa de fanpages, o Me chama na live nasce dentro do aplicativo das Casas Bahia. A diferença, nesse caso, é que a usabilidade é ainda mais atrativa. Afinal, o usuário interage com o apresentador da live commerce, vê especificações do produto e envia para o carrinho sem sair da apresentação. “Somente após isso ele chama um vendedor e vai para o WhatsApp para dar continuidade. Ou seja, eu consigo uma jornada de compra muito mais simples e sem fricções”.

“A verdade é que as pessoas já entenderam que dá pra comprar de tudo na Internet. A partir de agora, o relacionamento deve ser a base mais importante do negócio. E é aí que entra o live commerce para trazer o calor do vendedor para a minha venda”.

The Future Of E-Commerce – Edição Martech faz parte de uma série de congressos do E-Commerce Brasil para tratar sobre o futuro do comércio eletrônico no Brasil.

Mandaê expande operação para Minas Gerais e espera crescer cerca de 80% neste ano

Startup de logística é focada em pequenos e médios e-commerces.

A Mandaê, de São Paulo, lança no próximo dia 21 sua operação no Estado de Minas Gerais. A plataforma logística, focada em pequenos e médios e-commerces, cresceu 80% no ano passado a previsão é chegar perto deste índice em 2021.

A startup usa tecnologia própria para conectar agentes em variadas etapas do supply chain, o que facilita a gestão de transportes e diminui a complexidade da operação. Criada em 2014, a empresa estima atualmente ter cerca de 7% de share no Estado de São Paulo. O objetivo é se tornar líder no segmento em que atua entre os players privados.

“A expansão para Minas Gerais levou mais de nove meses de planejamento. Para nós, Minas Gerais é um Estado bastante estratégico. Além de ter muitos e-commerces, no setor de logística existem outras vantagens também. A operação no Estado vai nos ajudar a otimizar a nossa malha, a economizar e ser mais eficientes – benefícios que vamos conseguir repassar para nossos clientes”, afirma, em entrevista ao portal Mercado&Consumo, o CEO Marcelo Fujimoto.

A ideia é fazer expansões para outros mercados, mas sempre com foco nas pequenas e médias lojas virtuais. Isso significa atender desde e-commerces que gastam de R$ 2 mil a R$ 6 mil de frete por mês até outros que desembolsam R$ 200 milhões. “As PMEs fazem parte de um segmento extremamente bom para nós, e que ainda está carente de boa solução logística”, diz Fujimoto.

Logística sem veículo

A Mandaê, eleita uma das 50 startups mais inovadoras da América Latina em 2018, opera na área de logística sem ter um veículo sequer, fazendo a conexão entre e-commerces a transportadoras. Atua no modelo chamado de asset light, que designa empresas que mantêm a menor quantidade de bens e ativos fixos necessários. Possui um Centro de Distribuição em São Paulo, mas em Minas vai atuar com um parceiro.

“Nosso modelo de negócios gera eficiência para nossos clientes. Eles não têm poder de barganha para negociar com fornecedores, time ou estrutura para fazer isso. A gente tem essa escala. Nosso trabalho é eliminar ineficiências e trazer melhorias para nossos clientes para que eles possam vender mais. Hoje, a logística é o principal fator de impacto na conversão. Quanto maior o custo de frete e maior o prazo de entrega, menor é a taxa de conversão”, afirma o CEO.

Marcelo Fujimoto diz que, apesar de a pandemia de Covid-19 ter acelerado o desenvolvimento do e-commerce, não há registro desaceleração após a reabertura. “A penetração do e-commerce vai continuar elevada e subindo”, acredita. “É uma tendência inevitável. Todo mundo vai querer que a logística seja mais eficiente, que os prazos sejam mais curtos.”

O executivo admite que acompanhar essas mudanças tem sido um grande desafio. O nível de exigência está mais alto. “A tendência do same day ou do next day delivery é óbvia. Alguns players grandes já oferecem essa possibilidade em diversas regiões do País, e essa necessidade vai virar realidade para qualquer e-commerce, mesmo que seja pequeno. Se ele não oferecer a entrega rápida, não vai conseguir competir.”

Marcas que inspiram

Para Marcelo Fujimoto, apesar da concorrência acirrada, as PMEs contam com algumas vantagens na comparação com os marketplaces. “No curto prazo, pequenos e médios, para sobreviver e crescer, vão ter de competir com grandes marketplaces. Mas os consumidores vão querer ter opções. Naturalmente o mercado vai exigir alternativas”, prevê.

O CEO da Mandaê destaca diferenciais das marcas de menor porte. “Por que a gente gosta de certos produtos mais do que de outros? Muitas vezes é porque eles têm uma história, uma marca, um fundador por trás. Se o consumidores comprasse apenas dos grandes, não existiriam marcas que inspiram.’

Permanecer focada nos pequenos e médios, assim, é uma premissa básica da Mandaê. “A gente acredita que isso é bom para o mercado, para o consumidor final e para o mundo do e-commerce de forma geral. Muitas vezes os presidentes dos pequenos e médios e-commerces são donos e fundadores da empresa. Para nós, eles são os heróis dessa batalha versus os grandes.”

Amazon anuncia Prime Day em 21 e 22 de junho; data vendeu mais que a Black Friday

Será a segunda vez que o evento será realizado no Brasil.

Nos dias 21 e 22 de junho, a Amazon realiza o segundo Prime Day no Brasil, evento anual de descontos exclusivos para membros do programa Prime da companhia. Serão milhares de ofertas em todas as categorias de produto.

A empresa não divulga os descontos médios que serão oferecidos, mas Mariana Roth, líder de Prime para o Brasil, afirmou em coletiva que descontos de 20% a 60% podem aparecer; no entanto, eles são dinâmicos e as oportunidades variam durante o dia. No ano passado, a companhia afirma que vendeu mais nesta data de promoções do que na Black Friday anterior, de 2019.

O novo presidente da Amazon no Brasil, Daniel Mazini, ressaltou o ritmo de crescimento da operação no País. Apesar de não compartilhar dados específicos da operação, ele lembrou do lançamento de oito centros de distribuição nos últimos dois anos e disse que a companhia deve abrir mais destes complexos logísticos.

Ele destaca ainda o crescimento de produtos de alimentação e bebidas nas cestas de compras dos brasileiros como uma das principais mudanças em hábitos de consumo devido à pandemia. Além disso, informa que a companhia deve lançar em breve a funcionalidade de pagamento via Pix.

O Prime Day começa à meia-noite de 21 de junho e vai até o fim do dia 22 de junho para os assinantes Prime no Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos, Turquia, Espanha, Cingapura, Holanda, México, Luxemburgo, Japão, Itália, Alemanha, França, China, Bélgica, Áustria, Austrália, e – participando pela primeira vez neste ano – Arábia Saudita.

A partir desta terça-feira (2), no entanto, a companhia afirma que já haverá ofertas antecipadas. O serviço de streaming de música mais completo, o Amazon Music Unlimited, oferecerá quatro meses grátis para quem assinar o serviço. Haverá ainda descontos de até 15% em brinquedos colecionáveis, de até 20% em grandes marcas como Tip Top, Crocs, Jansport e Fossil, e de até 20% em produtos para bebês como Clingo, Buba, Lillo e Nuk.

65% dos brasileiros estão comprando mais em sites e apps estrangeiros

O e-commerce cross border é uma realidade e também um caminho para quem deseja internacionalizar suas operações. Cada vez mais sites americanos e chineses oferecem produtos com lojas on-line traduzidas para o português e preços em muitos casos inferiores aos praticados no Brasil, com fretes e tempo de entrega considerados satisfatórios pelo consumidor brasileiro. Será que o mercado brasileiro está preparado para essa evolução do consumidor?

De acordo com o estudo “2ª edição – O consumidor brasileiro e suas compras no E-commerce Cross Border”, desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com a Opinion Box, 65% dos consumidores estão comprando mais em sites e apps estrangeiros em relação a 12 meses atrás e e 35% declaram estar comprando menos, principal motivo é a economia de dinheiro (52%) — um reflexo da pandemia.

“O e-commerce brasileiro precisa estar ainda mais atento à concorrência com sites/lojas estrangeiros, pois o consumidor não vê as fronteiras e o tempo de espera pela entrega como barreiras tem diminuído bastante”, afirma Eduardo Terra, presidente da SBVC.

Mais vendidos no e-commerce estrangeiro

As compras em sites internacionais alcançam volumes expressivos: o tíquete médio da última compra em sites ou aplicativos estrangeiros foi de R$482,00, 7% acima do tíquete médio do e-commerce brasileiro. O estudo mostra que as categorias mais compradas em sites internacionais são Eletrônicos (36%), Beleza (29%), Acessórios Femininos (29%) e Acessórios para smartphone (29%), sendo “Shopee” (29%) o principal site da preferência do consumidor, seguido pela Amazon (25%) e AliExpress (18%).

De acordo com a SBVC, é perceptível o crescimento das compras por meio de aplicativos (70%), pois os usuários percebem mais facilidade no momento da compra. Seguindo a jornada do consumidor, prazo de entrega foi cumprido para 87% dos entrevistados, sendo que 85% aceitam esperar até 45 dias para a entrega feita no próprio endereço no Brasil.

Ainda sobre prazos de entrega, 60% pagariam mais para receber em menos tempo no máximo 30 dias (prazo considerado ideal para 44% dos entrevistados). “O tempo de entrega surgiu como um ponto negativo para os 25% de entrevistados que compraram menos nos últimos 12 meses. Existe uma oportunidade para o e-commerce nacional ganhar competitividade na competição com a concorrência global, que é o prazo de entrega”, diz Terra.

Metodologia

O estudo entrevistou 434 consumidores em todo o país, e teve como objetivo entender o comportamento do consumidor brasileiro no comércio online estrangeiro.

A íntegra do estudo está disponível no site da SBVC.