Black Friday: Pico de devoluções desafia logística reversa no e-commerce; entenda

Como todo mês de novembro, a Black Friday, marcada para o dia 29 nesse ano, é aguardada com grande expectativa por clientes e empresas do e-commerce no Brasil. Projeções da Confi.Neotrust indicam que, durante os dias que antecedem e sucedem o período, o faturamento do setor será de R$ 9,3 bilhões, um crescimento de 9,1% em relação a 2023. No entanto, um maior volume de vendas traz consigo um desafio: o aumento de devoluções.

Pesquisas da Ebit Nielsen, que monitoram o setor, indicam que os pedidos de devolução ou troca de produtos acontecem em cerca de 30% das compras on-line. Essa taxa tende a aumentar durante a Black Friday devido ao volume elevado de vendas, o que exige atenção redobrada das marcas para gerenciar a gestão da logística reversa de forma eficiente e assegurar a satisfação dos consumidores.

Para que se possa entender melhor, a logística reversa engloba todos os procedimentos de pós-venda ou pós-consumo que garantem o reaproveitamento ou o descarte correto dos resíduos de produtos utilizados pelos consumidores.

Segundo Carlos Tanaka, CEO da PostalGow, a Black Friday é um momento crítico para o e-commerce em termos de logística, de modo geral, e uma logística reversa eficiente se torna indispensável para manter a confiança dos consumidores e garantir uma experiência de compra satisfatória, mesmo diante de uma devolução.

“Uma equipe coordenada e munida de uma plataforma robusta que auxilie nesse processo, permite que as empresas gerenciem as devoluções de forma ágil e padronizada, reduzindo custos e melhorando a experiência do cliente”, afirma.

Eficiência e sustentabilidade na gestão 

Plataformas de logística reversa oferecem integração com sistemas de ERP, possibilitando que as empresas acompanhem, em tempo real, cada etapa do processo de devolução, desde a emissão do pedido até o processamento nos Centros de Distribuição.

A automação desses processos e a padronização do tratamento dos produtos devolvidos contribuem para otimizar as operações, reduzir erros e custos, e melhorar a experiência do consumidor.

“A plataforma DevolvaFácil, por exemplo, integra tecnologias e práticas padronizadas que ajudam a enfrentar os desafios de períodos de pico, garantindo tanto a satisfação do cliente quanto a sustentabilidade das operações comerciais”, explica Tanaka.

Durante a Black Friday, quando as devoluções atingem níveis críticos, essas plataformas desempenham um papel fundamental para gerir o aumento de demanda. Com esse suporte, as empresas conseguem monitorar cada etapa e ajustar rapidamente suas operações para lidar com o alto volume de produtos retornados.

A adoção de um sistema que centraliza e padroniza o tratamento das devoluções permite que os Centros de Distribuição mantenham o controle do inventário e reduzam perdas, algo que se mostra cada vez mais importante no e-commerce.

Com a proximidade da Black Friday, é essencial que as redes de comércio digital invistam em soluções que garantam eficiência na logística reversa. O aumento das devoluções exige processos ágeis e bem estruturados, que assegurem que cada produto retornado seja tratado de forma rápida e precisa.

“Isso não só fortalece a imagem da empresa perante seus consumidores, mas também impulsiona uma operação sustentável e financeiramente eficiente, adaptada às demandas do mercado”, conclui o CEO.

Fonte: “Black Friday: Pico de devoluções desafia logística reversa no e-commerce; entenda

E-commerce cresceu 0,7% e registrou faturamento de R$ 254,4 bilhões

Atingindo a marca de R$ 254,4 bilhões em 2023, o faturamento do e-commerce brasileiro teve um crescimento de 0,7%. O resultado é positivo quando comparado com 2022, ano no qual o setor registrou uma queda de 2,2%. Os resultados são da 49ª edição da pesquisa Webshoppers da NielsenIQ Ebit.

Com relação ao número de compradores, do varejo online, este permaneceu relativamente estável com uma variação negativa de 0,5% comparado a 2022. No total o e-commerce tem aproximadamente 108,4 milhões de usuários brasileiros.

Luiz F. Davison,  gestor de sucesso do cliente da NielsenIQ Ebit, diz: “os consumidores estão cada vez mais recorrendo ao e-commerce para atender às suas necessidades cotidianas de compras, e isso está impulsionando o crescimento no ambiente online”.

Principais destaques

Os principais produtos em destaque no período foram as vendas brutas dos produtos das cestas de alimentos, que tiveram um aumento de 26,2%. O faturamento cresceu 48,7%, mesmo com uma queda de 15,2% dos pedidos.

Por outro lado, as bebidas registraram uma diminuição de 4,9% no faturamento bruto, acompanhando de uma alta de 4% nos pedidos e 8,5% de perda no ticket médio.

“O crescimento das categorias FMCG (Bens de Consumo de Rápido Movimento, na sigla em inglês) no e-commerce brasileiro reflete uma mudança significativa no comportamento do consumidor, com ênfase crescente em compras de abastecimento e reposição”, completa o executivo.

Com relação ao consumo internacional, o relatório concluiu que houve uma retração nos brasileiros que utilizam canais estrangeiros. Em 2023, somente 69% dos consumidores afirmaram terem comprado no e-commerce internacional, uma queda de 3 pontos comparado ao ano anterior.

Fonte: “E-commerce cresceu 0,7% e registrou faturamento de R$ 254,4 bilhões – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)