Correios terão venda de seguros nas agências em 2024

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Como os investimentos em tecnologia estão fazendo o setor logístico valer R$ 15 trilhões, em 2023

Segundo a Uello, os dados refletem as constantes injeções de capital no segmento, feitas pelas grandes empresas de logística e e-commerce; vendas online intensificaram aportes nos últimos anos.

O mercado logístico terá o valor de R$ 15,5 trilhões em 2023, de acordo com a pesquisa realizada pela Transparency Market Research. A projeção também aponta para uma movimentação de 92 bilhões de toneladas de mercadorias.

Segundo a Uello, empresa especializada em logística urbana, os dados refletem as constantes injeções de capital no segmento, feitas pelas grandes empresas de logística e e-commerce. Os investimentos se intensificaram com o aumento das vendas online dos últimos anos.

“Grande parte dos recursos têm sido destinados aos centros de armazenagem e distribuição – conhecidos como hubs –, contratação de mão de obra, contratação de parceiros logísticos, além do forte investimento nas principais tecnologias de mercado”, explicou Fernando Sartori, fundador e CEO da Uello.

O Brasil também tem apostado muito na tecnologia para logística. A Uello se coloca como um dos principais investidores locais, que realiza constantes contribuições para o desenvolvimento de tecnologias do setor. A principal plataforma da empresa é SaaS (sigla para Software as a Service), feito para atender demandas do mercado de forma flexível e personalizada, de acordo com o que cada parceiro precisa.

“Por meio de uma plataforma SaaS, permitimos que marcas e empresas estabeleçam a própria maneira de organizar a logística de entregas, de acordo com suas demandas de mercado”, ressaltou Sartori. “Nossa tecnologia disponibiliza programas de alta flexibilidade, que através do armazenamento em nuvem, podem ser acessados por computadores, dispositivos móveis definidos pela empresa ou player varejista.”

De acordo com a Uello, a plataforma é exclusiva no mercado, construída a partir de sistemas de gestão de entregas utilizados para estruturar a operação de crowdshipping — quando as entregas são feitas por pessoas comuns, com seus próprios veículos, com oferta e demanda combinados via app.

https://mundologistica.com.br/noticias/tecnologia-faz-a-logistica-valer-r$-15-trilhoes

Amazon Brasil abre logística própria a grandes varejistas e libera inscrição automática em SP

No Rio e Paraná, as limitações continuam, com liberação apenas aos registrados no Simples Nacional, com receita bruta anual até R$ 4,8 milhões.

A Amazon no Brasil decidiu abrir, neste mês, o seu modelo logístico a todos os vendedores do Estado de São Paulo que quiserem fazer parte de sua plataforma de vendas, na primeira abertura de seu sistema de armazenagem e entregas desde que anunciou a sua implementação no país, em 2020.

Até então, o “Fulfillment by Amazon” (FBA), o sistema de logística própria da empresa, um dos pilares do modelo de crescimento do grupo no mundo, estava disponível para vendedores com conta registrada na Amazon e optantes do Simples Nacional. Atendia, portanto, negócios de pequeno e médio portes, com endereço e Inscrição Estadual nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.
Em maio, a companhia liberou o FBA a vendedores não só com o Simples Nacional, mas de grande porte do Estado de São Paulo, optantes dos regimes tributários de lucro real e lucro presumido.

Esses lojistas, assim como os de pequeno e médio portes, ainda poderão se inscrever por conta própria no FBA, pelo site da Amazon, algo que não era permitido até então. Anteriormente, um consultor de negócios da Amazon precisava entrar em contato com cada vendedor que tentasse se inscrever no FBA, o que tornava o processo mais lento. Ainda será preciso análise dos dados pela empresa para verificar se a loja cumpre certos critérios, mas isso pode agilizar aumento da base de parceiros.

No Rio e Paraná, as limitações continuam, com liberação apenas aos registrados no Simples Nacional (receita bruta anual até R$ 4,8 milhões).
O foco maior da Amazon ainda se mantem no grupo das empresas menores, sem sistemas de entrega mais estruturado. Mas as grandes varejistas, apesar de já terem uma logística própria robusta, atraem clientes mais assíduos. E há líderes regionais de grande porte sem um bom sistema de entrega fora da região onde atuam.

Ricardo Garrido, executivo responsável pelo marketplace da Amazon, executivo responsável pelo marketplace da Amazon, conta que, em maio, eram 50 mil vendedores na plataforma. Apesar do crescimento mais recente (eram 40 mil ao fim de 2022, alta de 25% em cinco meses) é um total menor que o de Magazine Luiza e de Americanas.
Segundo ele, lojistas que usam o FBA multiplicam as suas vendas em média, cinco vezes, frente ao período sem o FBA. O direito ao uso do selo “Prime” pelo vendedor ajuda nessa expansão.

Por meio dele, é possível oferecer frete grátis e entregas mais rápidas. O vendedor passa a armazenar seus itens em centros e “hubs” da Amazon, que fica responsável por toda a logística. A plataforma cobra deles 8% a 15% sobre o valor da venda pelos seus serviços — no Brasil, essa taxa hoje varia de 6% a 22%, a depender da empresa —, mas entrega de volta o nível de serviço da Amazon. O grupo tem 12 centros de distribuição no país, sendo que 11 foram abertos de 2020 para cá.

A companhia não abre dados de de vendas no país, e basicamente diz que cresce bem acima do mercado. Ainda afirma que não sentiu a queda no varejo on-line vista desde 2022 — de janeiro a março, o faturamento do setor caiu 14%.

Mas, como tem bem menos lojistas na plataforma que seus concorrentes, para se expandir como afirma, haveria duas formas: pela venda de itens da base de 50 mil lojistas ou venda de seus próprios produtos.

Garrido não dá pistas do desempenho por área — no Mercado Livre, por exemplo, mais de 90% da venda vem de produtos de lojistas e no Magazine Luiza, esse percentual é de 40%. Mas questionado sobre o fato de ter menos lojistas do que rivais (a Americanas, em crise, tinha 127 mil em fevereiro, e Magalu, 280 mil em março), ele diz que a companhia prefere fortalecer a venda de lojistas já parceiros, a aumentar aceleradamente a sua base de vendedores, que não trazem, necessariamente, volume de vendas.
“Temos muito a explorar com aqueles que já são nossos parceiros. Não se trata só de pôr ‘seller’ para dentro da estrutura”, diz.

Ranking de 2021 da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo estimava vendas brutas anuais da Amazon, apenas de itens próprios, em R$ 4 bilhões em 2021 (sem incluir lojistas parceiros). Em janeiro passado, relatório do BTG, com base em dados da Similarweb, mostra a Amazon com 19,5% das visitas mensais de clientes a sites de venda on-line, atrás só de Mercado Livre.

Um consultor de marketplace, que presta serviço a lojistas, inclusive que operam junto à Amazon, diz que a venda de itens próprios da Amazon ainda é muito forte no Brasil. No mundo, a empresa tem 60% de sua venda oriunda de lojistas parceiros, depois de implementar uma máquina de digitalização do pequeno varejo nos EUA.

“Eles são bem mais seletivos na hora de buscar ‘sellers’. A questão é que no Brasil, há uma maluquice tributária cara e complexa nos Estados, que limita avanço deles para todas as praças mais rapidamente. Eles estão criando essa estrutura”, disse esse consultor.

A Amazon promoveu na quarta-feira o seu evento anual com lojistas, o Amazon Conecta, e apresentou aos vendedores essa extensão do FBA no país. Cerca de 99% dos 50 mil lojistas parceiros da Amazon Brasil são pequenas e médias empresas, que vendem 9,6 milhões de produtos listados.

Além disso, 81% das lojas foram criadas entre 2020 e 2022, após a pandemia. São Paulo, Paraná e Santa Catarina são os Estados com mais vendedores listados, representando 70%, o que mostra a concentração da empresa ainda em determinadas regiões.
Perguntado sobre a discussão em torno de um novo programa de tributação de marketplaces no Brasil, Garrido diz que a empresa vai se adequar ao que for definido.

Como o Valor noticiou na terça-feira, Ministério da Fazenda e a Receita Federal devem apresentar mudanças no atual sistema de remessas internacionais, de produtos adquiridos em sites e aplicativos estrangeiros.
A ideia é antecipar a cobrança dos impostos — atualmente isso é feito apenas após a chegada da mercadorias no país. As plataformas também serão obrigadas a enviar um conjunto de dados de todas as remessas para os Correios ou operadores privados.

“Nós já temos um sistema simples e transparente de cobrança no Brasil, mas estamos abertos a nos adequar àquilo que for definido”, diz ele. A Amazon cobra os impostos do cliente no ato da compra.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/05/25/amazon-brasil-abre-logistica-propria-a-grandes-varejistas-e-libera-inscricao-automatica-em-sp.ghtml

Shein já conta com 100 fábricas associadas no Brasil e quer aumentar investimentos na América Latina

A gigante da moda, Shein, está aumentando rapidamente a sua produção no Brasil, somando já 100 fábricas associadas que produzem para a empresa chinesa no âmbito da estratégia anunciada em abril passado, na qual prometeu investir 148 milhões de dólares (137,3 milhões de euros) na região.

Este plano visa expandir a produção fora da China e a empresa quer “aproveitar” o rápido crescimento na América Latina.

A informação é do presidente da Shein para a região, Marcelo Claure, que destacou em entrevista à Bloomberg que a América Latina representa “uma parte importante” do faturamento da empresa, e que o Shein é um dos aplicativos mais baixados do Brasil.

A empresa pretende fazer parceria com 2.000 fábricas têxteis brasileiras nos próximos cinco anos e já anunciou planos semelhantes na Índia e na Turquia.

A Shein, que atualmente fabrica quase todos os seus produtos na China, mas não vende praticamente nada para clientes chineses, está procurando concentrar a produção em regiões de rápido crescimento para reduzir os custos de distribuição e acelerar os prazos de entrega.

Fonte : https://br.fashionnetwork.com/news/Shein-ja-conta-com-100-fabricas-associadas-no-brasil-e-quer-aumentar-investimentos-na-america-latina,1519359.html

JSL anuncia conclusão da aquisição da IC Transportes

Aquisição teve a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e as companhias concluíram a transação

A JSL (JSLG3), empresa de logística do grupo Simpar (SIMH3), informou nesta terça-feira (2) que foram concluídas todas as condições precedentes à aquisição da Unitum, holding que detém 100% das quotas da IC Transportes, da Artus Administradora Ltda. e da Fortix Veículos Ltda., todas denominadas conjuntamente (IC Transportes).

Segundo comunicado, a aquisição teve a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e as companhias concluíram a transação.

A companhia da família Simões desembolsou R$ 338 milhões pelo equity value (valor de mercado menos dívidas) da companhia, que foi avaliada em R$ 587 milhões.

A IC Transportes conta com uma equipe com mais de 1.700 pessoas com larga experiencia em seus segmentos de atuação e uma frota com mais de 2.400 ativos que se destaca no transporte de gases, combustíveis, químicos e no agronegócio, incluindo a cadeia de suprimentos.

Com o fechamento da transação, a JSL adiciona R$ 1,75 bilhão de receita considerados os últimos doze meses (UDM) – não auditada – e reforça ainda mais sua diversificação em setores e clientes, consolidando sua liderança e posicionamento único no mercado de logística no Brasil. Combinando asreceitas UDM das duas Companhias o faturamento alcança R$9,2 bilhões.

Fonte : https://www.infomoney.com.br/mercados/jsl-jslg3-anuncia-conclusao-da-aquisicao-da-ic-transportes/

Como a Loggi quer fazer 1 milhão de entregas por dia?

Expectativa da startup é que o Loggi Fácil atinja um volume de 1 milhão de entregas por dia nos próximos anos.

Em seu primeiro grande movimento estratégico depois dos ajustes em sua operação, a Loggi colocou no ar nessa terça (02.05), um novo braço de atuação, o Loggi Fácil. Com o serviço, pessoas físicas e pequenas empresas poderão receber e enviar pacotes para todo o Brasil agendando a coleta pelo aplicativo.

A modalidade está disponível a partir de hoje em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Campinas, Ribeirão Preto e Londrina. A expansão acontecerá gradualmente ao longo do ano. Atualmente são duas janelas de agendamento ao longo do dia, também com previsão de ampliação. Dependendo da cidade, o pedido pode ser feito até 45 minutos antes da coleta. Hoje a Loggi tem operação própria em 4 mil cidades, e complementa sua malha por meio de uma parceria com os Correios para chegar às 1.568 restantes.

O novo serviço representa uma espécie de volta às origens para a logtech, que nasceu em 2013 como um serviço de entrega ponta a ponta para pessoas físicas e pequenas e médias empresas, e acabou crescendo com o atendimento de grandes players.

“O consumidor brasileiro não faz muitos envios para fora de sua cidade por conta da complexidade do processo. Então isso abre o leque para muitas coisas novas”, diz Grégoire Balasko, vice-presidente da Loggi. O executivo cita como referência de potencial os EUA, onde as pessoas enviam cerca de 65 pacotes por ano. No Brasil esse número é entre 6 e 7. “É um mercado com potencial para crescer 10 vezes”, diz.

Segundo ele, a expectativa é que o Loggi Fácil atinja um volume de 1 milhão de entregas por dia nos próximos anos. Hoje, a companhia faz 500 mil entregas por dia em suas duas modalidades de atuação – seu produto original, de entrega ponta a ponta, e a oferta para grandes empresas e marketplaces.

Em desenvolvimento desde o fim de 2021, o Loggi Fácil é um novo investimento feito em um momento de mais restrição e busca por eficiência. De acordo Grégoire, ele se encaixa bem neste contexto. A ideia é que, com o uso de tecnologia para roteirização e agrupamento de coletas e com o aumento do volume, a Loggi consiga ser mais eficiente em termos de custos e também oferecer preços competitivos para os consumidores.

“Fizemos uma série de ações voltadas a aumentar a eficiência operacional, priorizando grandes desafio estratégico para atender um mercado que mudou mundo e lidar com um ambiente mais desafiador. E os ajustes estão trazendo frutos. Crescemos quase 50% na comparação com o ano passado”, conta.

De acordo com ele, o cenário de curto prazo com inflação e o mercado de capitais menos receptivo é complicado, mas a perspectiva de longo prazo para o mercado de logística é crescimento. “Então focamos em eficiência operacional e no que vai fazer da Loggi a empresa mais relevante em envios no Brasil”, diz.

Fonte : https://www.startse.com/artigos/novo-servico-encomendas-loggi/

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Correios inaugura centro de tratamento de encomendas em Guarulhos, SP

Na manhã de segunda-feira (24/04), os Correios inauguraram o Centro de Tratamento de Encomendas (CTE) na cidade de Guarulhos/SP. O investimento total na unidade no período 2023-2024 será de R$ 212 milhões. De acordo com a estatal, o terreno mede 24 mil m2, com mais de 19 mil m2 de área construída. A região atendida será a zona leste da capital, Guarulhos, Alto Tietê e São José dos Campos — ou seja, 15 municípios do estado de São Paulo.

O CTE Guarulhos ampliará a capacidade operacional e a qualidade dos serviços prestados aos clientes da estatal. Com potencial de tratamento de 700 mil encomendas/dia, o novo centro está inserido no projeto de expansão da malha de tratamento de encomendas dos Correios. Neste caso, tem previsão de recebimento da maior máquina de automação de triagem da empresa.

Fortalecimento dos Correios nacionalmente
Em seu discurso na solenidade de inauguração, o presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, destacou que os Correios foram retirados da lista de privatizações pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “Hoje damos um passo importante em direção ao cumprimento da missão que o presidente Lula confiou a todos nós: fortalecer os Correios em seu papel de integrador nacional”.

Além disso, o executivo ressaltou que os investimentos nesse sentido estão sendo realizados e que a inauguração da nova unidade é um exemplo. “Sabemos que a economia brasileira será fortalecida nos próximos anos, que o poder de compra das pessoas será recuperado, que a indústria voltará a crescer — e temos que estar preparados para esse crescimento”.

Participaram do evento: Juscelino Filho, ministro das Comunicações; Fabiano Silva dos Santos, presidente dos Correios; Alencar Santana, deputado federal; José Rorício Aguiar de Vasconcelos, diretor de Administração dos Correios; Temístocles Rodrigues de Azevedo Júnior, diretor de Operações da estatal; José Marcos Gomes, superintendente estadual dos Correios em São Paulo Metropolitana; Rogério Bueno da Silva, vice-presidente do Sintect-SP, além de autoridades, convidados, gestores e empregados da empresa.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/correios-inaugura-centro-de-tratamento-de-encomendas-em-guarulhos-sp

Qual o futuro dos marketplaces no Brasil?

Com o passar dos anos e o avanço da tecnologia, os marketplaces se tornaram um dos principais canais de comércio no Brasil, permitindo que empresas de diferentes tamanhos e setores possam oferecer seus produtos e serviços online para um público muito maior. Mas qual será o futuro dos marketplaces no país?

De acordo com o “Cenário da Adoção do Marketplace Online” – pesquisa realizada pela Mirakl, em 2021 – 86% da população brasileira reconhece as compras online como a forma mais favorável para consumir produtos. No ano seguinte, a pesquisa feita pela Retail X, mostrou que o varejo digital brasileiro registrou o maior crescimento durante o ano, registrando um total de US$ 8,1 bilhões (R$ 39,2 bilhões), e a estimativa é que, em 2023, tenha um crescimento estimado em R$ 185,7 bilhões segundo levantamento recente da ABCOMM (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).

Os marketplaces no Brasil têm um futuro promissor, pois têm sido uma opção cada vez mais popular para compras online. Essa popularidade é impulsionada pelo fato de que os marketplaces oferecem uma ampla variedade de produtos de diferentes fornecedores, permitindo aos consumidores encontrar o que precisam em um só lugar, com entrega do pedido até no mesmo dia.

Pensando nisso, listo abaixo 3 tendências para os marketplaces nos próximos anos:

Mudança no comportamento dos consumidores

Após a mudança repentina por conta da crise sanitária da Covid-19 e o avanço da tecnologia, muitos consumidores adotaram a prática de comprar seus produtos através da internet e se tornaram mais exigentes em relação a alguns processos, como a entrega, que deve ser sempre rápida e a troca ou devolução de um produto sem maiores transtornos. Por mais que as compras sejam realizadas à distância, os clientes continuam com altas expectativas para receber seus produtos em ótimo estado e com um atendimento eficiente.

Com o passar dos anos, muitas coisas mudaram, mas, o desejo de ser bem atendido e ter sucesso em uma negociação, continua o mesmo. Com a diferença na rotina do consumidor, é necessário que os marketplaces tenham um planejamento para atingir todas as expectativas e necessidades dos clientes, gerando valor aos mesmos.

Hoje, os marketplaces contribuem com a confiança do cliente no momento da compra online. Ter uma grande empresa por trás da venda faz com que eles percam o “medo” de estar se envolvendo em uma fraude ou golpe, além disso, traz a garantia de que caso aconteça qualquer problema, terão o suporte necessário para que seja resolvido.

Concorrência no mercado brasileiro

O mercado brasileiro é altamente competitivo, e isso acontece pois diversas empresas disputam a preferência dos consumidores a todo tempo, fazendo com que o setor se expanda e tenha mais opções de mercadorias e serviços. Mas o que observamos com muita clareza, é que os comércios digitais brasileiros são obrigados a pensarem fora da caixa para conseguirem se equiparar aos players internacionais, como a Amazon que está presente no mercado há alguns anos e a SHEIN e a Shopee, que se consolidaram aqui mais recentemente. O motivo de eles ‘roubarem’ os holofotes do mercado nacional, se deve as opções de entrega e aos produtos com custo benefício que enchem os olhos do consumidor, e que não são encontrados com essas opções facilmente aqui.

Essa competição que acontece entre os marketplaces é normal, é uma forma de estratégia que muitos estabelecimentos utilizam para se sobressaírem. Se realizarmos uma pesquisa, é possível ver que existe uma variedade de valores em cima do mesmo produto, fazendo com que os consumidores tenham uma preferência pelas lojas que estão mais em conta. Um diferencial que as empresas adotam para gerar uma experiência melhor para os consumidores, é a utilização de cupons de descontos e frete com um valor mais acessível.

Consolidação dos big players

A consolidação dos “big players” está cada vez mais presente no comércio online. Esse processo ocorre quando uma grande empresa se funde ou adquire empresas menores, para ganhar mais escala e aumentar sua participação no mercado, diminuindo a concorrência.

Enquanto nos EUA existem três a quatro marketplaces consolidados, como Amazon, eBay, Walmart e Aliexpress, no Brasil este número é de duas casas decimais. A tendência é que as pequenas sejam absorvidas ou dizimadas pelas grandes, e isso não é necessariamente ruim, pois mantém o mercado mais focado.

Fonte : https://portalmakingof.com.br/qual-o-futuro-dos-marketplaces-no-brasil-por-rodrigo-garcia-petina/

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Entregas expressas procuram ir além do B2B

Empresas especializadas no transporte de encomendas preveem grandes desafios a enfrentar neste ano.

A percepção entre as empresas especializadas no transporte de encomendas é a de que enfrentarão um grande desafio em 2023. Com expectativa de crescimento abaixo do Produto Interno Bruto (PIB), as companhias estão empenhadas em ampliar sua participação no mercado e investem para ganhar eficiência nas operações.
No caso da Jadlog, por exemplo, o objetivo é buscar uma integração muito rápida com o cliente, diz o CEO Bruno Tortorello. “Também investimos em segurança da informação contra invasões para roubo de dados. Com essa estratégia, crescemos 20% no ano passado em faturamento e vamos repetir esse crescimento neste ano”, afirma.

Tortorello acredita que 2023 será um ano difícil, de baixo crescimento econômico e alto endividamento, o que afeta o consumo. “Mas seguiremos com os cuidados que toda empresa precisa ter em anos assim, que é racionalizar investimentos e buscar mais eficiência nas operações”, explica.

Ele destaca que o segmento de e-commerce cresceu de forma expressiva durante a pandemia e vem se ajustando com o fim do distanciamento social. No B2B, negócios entre empresas, houve avanço e as vendas retomaram o patamar pré-pandemia. No ano passado, o segmento cresceu 20% e tem mantido esse ritmo. Avança menos do que o B2C – voltado ao consumidor final –, que cresceu 50%.

“A Jadlog nasceu com o B2B, mas tem crescido bastante alavancada pelo B2C”, afirma o executivo. Para entender cada vez mais o consumidor final, a empresa conta com a experiência e os investimentos da GeoPost, holding controlada pelo grupo La Poste (correios franceses), que desde 2020 detém 98% do capital da Jadlog.

De acordo com Tortorello, o B2C representava 20% dos negócios da Jadlog em 2016 e hoje já chega a 70%, com potencial de avançar mais. Por isso, a empresa tem investido mais no segmento, buscando viabilizar o e-commerce como um todo. Uma das iniciativas nesse sentido foi criar uma rede de três mil pontos locais, onde o consumidor pode retirar sua encomenda no dia e horário que escolher. Segundo ele, hoje a empresa tem a maior abrangência no país depois dos Correios e alcança 5.300 municípios.

Também especializada em soluções logísticas para transporte de mercadorias, a Jamef segue a mesma estratégia. De acordo com o CEO da empresa, Ricardo Botelho, com o fortalecimento do e-commerce durante a pandemia, a companhia, que atua principalmente na cadeia B2B, ampliou o atendimento ao consumidor final.

“Na pandemia, o B2C chegou a representar 45% de toda a carga que a empresa transporta. Com o fim do distanciamento social, esse segmento voltou aos patamares anteriores e hoje representa 30% do que é transportado, ficando os 70% restantes com o B2B”, informa. Com o aumento da demanda pelo comércio eletrônico, cresceu também a necessidade de maior controle da operação e de ganho de eficiência no manuseio da carga, o que impulsionou o desenvolvimento tecnológico.

Para enfrentar esse cenário, a Jamef investiu R$ 30 milhões num grande centro operacional em Osasco, na Grande São Paulo, que terá software de separação automática de pacotes cuja capacidade é duas vezes superior à do centro de Barueri. A expectativa é de movimentar em média 60 mil volumes diariamente nesse centro, podendo chegar a 102 mil volumes/dia, em datas estratégicas, como Natal e Black Friday. A empresa também procurou aumentar a proximidade com o consumidor final e implantou uma rede de postos avançados, para dar agilidade ao processo de entregas B2C.

Especializada no transporte de carga tradicional, com maior valor agregado, a empresa utiliza protocolos de segurança e gerenciamento de risco, com escolta quando necessário. “Neste ano, devemos manter dois dígitos de crescimento, com o aumento de nossa participação dentro do segmento de entregas expressas”, diz Botelho. A Jamef vai investir R$ 12 milhões em tecnologia, com foco em ampliar a integração com o cliente, para que ele tenha em tempo real o posicionamento da carga. “Dentro do B2B, queremos dar a máxima eficiência e capilaridade: nosso papel é tirar o produto da fábrica e entregar diretamente aos pontos de venda, sem necessidade de distribuidores”, diz.

Glaucia Megna, diretora de vendas da FedEx no Brasil, também destaca a importância do e-commerce para o segmento. Ela acredita que o desempenho do mercado de entrega expressa está mais condicionado ao vigor da economia do que os demais tipos de serviço, mas afirma que a popularização do comércio eletrônico, muito por conta dos novos hábitos de compra adquiridos durante a pandemia, é um fator positivo para o segmento expresso.

“As empresas precisam estar preparadas para atender seus clientes na velocidade que eles precisam. Mesmo com o fim da pandemia e o menor crescimento do comércio eletrônico, esse é um tipo de serviço que continuará em evidência e com muitas oportunidades de avançar, o que também beneficiará o segmento expresso”, afirma.

De acordo com ela, na FedEx, o e-commerce é um dos pilares de crescimento em todo o mundo e, no Brasil, é uma das prioridades operacionais. Por isso, a empresa procura sempre melhorar a sua estrutura e o portfólio de produtos. Um dos investimentos mais recentes foi a modernização das infraestruturas do centro logístico em Cajamar (SP) e a abertura de dois novos centros logísticos: um em Serra (ES) e outro em Conde (PB). Outros investimentos foram feitos na automatização das suas instalações, para padronizá-las em termos de tecnologia e segurança, tendo como referência as instalações da empresa nos Estados Unidos.

Apesar do cenário positivo, a empresa anunciou cortes em suas equipes, com o desligamento de mais de 10% de seus executivos em nível mundial, incluindo o Brasil. “É sempre uma decisão difícil, mas temos a obrigação de ajustar nossas estruturas para nos alinharmos às novas demandas dos clientes e realidades do mercado”, diz Megna.

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Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/03/30/entregas-expressas-procuram-ir-alem-do-b2b.ghtml

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Centros de distribuição investem em novas unidades

Otimização da cadeia de suprimentos demanda maior atenção à tecnologia, produtividade e processos.

Em um ambiente de incerteza na economia, os centros de distribuição (CDs) mantiveram investimentos em tecnologia, inovação, produtividade e processos, em busca de otimização na cadeia de suprimentos. A DHL Supply Chain, uma das líderes em contratos logísticos no país, é uma das que devem liderar o processo nos próximos anos.

A empresa, braço de armazenagem e distribuição da alemã DPDHL, vai desembolsar R$ 800 milhões até 2025 na construção de CDs sustentáveis, na modernização de sua frota de transporte (eletrificação) e na automação e robotização de suas operações. Neste ano, a DHL Supply Chain já colocou em operação um CD em Aparecida de Goiânia (GO), outro em Viana (ES) e mais um em Itapoá (SC), totalizando uma área de 31 mil metros quadrados (m²).

Até dezembro, a empresa vai erguer outros 120 mil m² em Extrema (MG), distribuídos em mais de um armazém. Em 2024, de acordo com Marcos Cerqueira, vice-presidente de saúde da DHL Supply Chain, Minas Gerais deve ganhar outro CD de 100 mil m² e, para 2025, a empresa adquiriu um terreno de 300 mil m² em Jundiaí (SP), onde construirá um armazém de 138 mil m².

Com essas novas unidades, o estoque da empresa deve se aproximar de 1,5 milhão de m² no país, a maior parte concentrada na região Sudeste. Cerqueira ressalta que, em 2022, a DHL inaugurou uma área de armazenagem de 45 mil m² em sua filial de transportes em Jandira/Barueri (SP).
“Nosso objetivo é continuar a atender setores com perspectivas de crescimento, onde ainda há espaço para maior penetração, como é o caso do e-commerce, e onde há demanda reprimida, como o setor de tecnologia. Nosso negócio é resiliente”, diz Cerqueira. Outros segmentos que têm animado a DHL são: varejo, saúde, consumo e automotivo. A companhia atende 200 empresas no país.

A ID Logistics Brasil, que tem 55 operações espalhadas entre São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Espírito Santo, também acaba de colocar em operação o primeiro CD no Brasil em parceria com a Diageo, líder mundial no segmento de bebidas alcoólicas premium. De acordo com Gilberto Lima, CEO da empresa, a operação amplia a parceria internacional entre ambas as companhias. A Diageo é hoje dona das marcas Johnnie Walker, Tanqueray, Smirnoff, Ypióca, Baileys, Don Julio e Guinness, entre outras.

O novo CD da ID Logistics Brasil, subsidiária da multinacional ID Logistics, presente em 18 países, se soma a outros seis que a empresa loca em Extrema (sul de Minas Gerais), cidade considerada estratégica devido à facilidade de acesso às principais regiões do país e aos benefícios fiscais concedidos pelo município, onde a empresa conta com 130 mil m² de armazéns.
Lima informa ainda que, até o fim do ano, a empresa vai iniciar operações em outros quatro CDs que se encontram em construção na mesma cidade mineira. Embora a ID Logistics Brasil não conte com CDs próprios no país, Lima diz que está em estudo a construção de um que será destinado a um cliente que a companhia tem no Brasil e no exterior.

“O estudo de viabilização que vai definir o tamanho e o montante de investimento necessário deve ser concluído até o fim de março”, afirma Lima. Se o projeto vingar, o armazém será construído em Minas. “A decisão para erguer um CD passa por um contrato de pelo menos dez anos com o cliente.”
O grupo ID Logistics, que em 2022 faturou 2,5 bilhões de euros, opera mais de 355 CDs (8 milhões de m²) em 18 países da Europa, América, Ásia e África. A sua subsidiária no Brasil administra quase 900 mil m² de armazenagem, destinados a players de grande porte nos segmentos de varejo, industrial, FMCG (fast moving consumer goods), cosméticos e e-commerce. Entre seus principais clientes estão a Danone, Unilever, Privalia, Carrefour, Nívea, Heineken, Ambev e, agora, a Diageo.

A RaiaDrogasil (RD) é outra que acabou de iniciar operações de um novo centro de distribuição de 17 mil m² em Cuiabá (MT). Trata-se do décimo segundo CD da rede, que, além de atender Mato Grosso, suprirá o Mato Grosso do Sul, Rondônia e Acre. “É um investimento que possibilitará o abastecimento das farmácias dessas regiões com maior agilidade e entregas mais rápidas para os clientes de 200 farmácias da rede”, diz Erivelton Marcos Oliveira, diretor-executivo de supply chain da RD. Segundo ele, o investimento no novo armazém foi de R$ 56 milhões.

Ainda neste ano, a RaiaDrogasil vai abrir mais dois CDs, um no Pará e outro no Amazonas, com os quais serão 14 CDs em todo o Brasil. “O de Manaus (AM) será um modelo novo de tudo o que temos atualmente. Será menor, de 3,5 mil m², mas vai atender cerca de 50 farmácias”, diz Oliveira. Segundo ele, a logística para o Amazonas tem desafios que precisam ser vencidos, como a ausência de rotas rápidas via malha rodoviária, o que obriga o uso de transporte aéreo, que é mais caro. “A instalação dessa nova operação funcionará como um hub para abastecer de forma mais rápida as nossas farmácias do Amazonas.”

Oliveira diz que o vetor de inauguração de novos CDs está diretamente ligado à expansão das farmácias da companhia. Desde a fusão da Raia e da Drogasil, em 2011, foi triplicado o número de farmácias da rede no país. E, desde 2018, a empresa vem investindo na transformação digital, inserindo milhões de consumidores aos canais de e-commerce. “Tudo isso mexeu com a estrutura logística da RD e foi preciso investir em reformas, ampliação e inauguração de novos CDs. A logística é uma peça-chave na estratégia 2025 de ser a empresa que mais promove saúde e bem-estar para a sociedade.” Para Oliveira, a logística está agora em um patamar de destaque na RD.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/03/30/centros-de-distribuicao-investem-em-novas-unidades.ghtml