Estar em um segmento tão diversificado quanto o delivery nos faz ter contato com players diversos do mundo todo. Segundo pesquisa recente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), os pedidos de alimentos via app movimentam cerca de R$ 1 bilhão mensalmente por aqui. Ou seja, todos de dentro ou fora do país querem um pedaço deste promissor mercado. E o primeiro passo para isso é a real compreensão de seu público alvo.
Um caso recente que movimentou o mercado foi a saída da espanhola Glovo, empresa de entregas que encerrou suas operações no Brasil mesmo com um nome conhecido pelo grande público. Isso nos mostrou que a internacionalização, não apenas de uma marca, mas de sua cultura em si é um ponto delicado que não pode ser automatizado. Dinheiro no caixa é diferente de expertise de mercado.
Para crescermos entre os grandes nomes que atuam aqui no Brasil, utilizamos da nossa melhor arma: a logística personalizada. Temos um núcleo de Customer Success desde o início de nossas operações que gera insights regularmente a partir das necessidades e feedbacks de nossos clientes cadastrados. Com essa base de dados rica e própria, construída a partir de nossa vivência como empresa, conseguimos moldar o serviço mais assertivamente para quem nos consome e para futuros clientes.
Por exemplo, sabemos que em bairros com maior concentração de escritórios a natureza dos pedidos será diferente do que em locais mais residenciais. Outro ponto é que os pedidos de uma sexta-feira à tarde, antes de um feriado prolongado, serão diferentes das compras de uma segunda-feira de manhã. Portanto, temos que concentrar shoppers para operações diversas em pontos estratégicos. Todos estes aspectos precisam ser compreendidos e, além de conhecer o mercado, foco na execução e pessoas boas no time fazem muita diferença.
Recapitulando um pouco deste segmento, quando os serviços de deliveries de supermercado se iniciaram na década passada, um ponto que os tornavam menos atrativos era o tempo de espera para a chegada das compras. Eram compras separadas em um ponto de distribuição afastado dos centros urbanos e a logística de entrega era demorada. Esse intervalo entre a finalização dos pedidos e o recebimento dos itens na porta de casa poderia ultrapassar as 72 horas, algo pouco prático para o consumidor.
O cenário poderia ser outro se os clientes tivessem aderido de vez a este modelo, mas não foi isso que aconteceu. A busca por cada vez mais velocidade e qualidade nas entregas nos trouxe ao nosso cenário atual, com diversos players disponíveis. Em resumo, como crescemos e nos diversificamos perante eles depende de muita compreensão de nosso nicho e de um road map pautado na realidade de cada um. Não é preciso se apequenar, mas sim ser fiel à sua essência.
Fonte: ecommercebrasil.com