Uma abordagem integrada para alcançar a sustentabilidade na cadeia de suprimentos

A busca por uma abordagem mais sustentável nas operações empresariais tem ganhado cada vez mais destaque, e uma área que merece especial atenção é a cadeia de suprimentos. Não sem razão: segundo um estudo recente da Accenture, o setor é responsável por gerar cerca de 60% das emissões globais de carbono. A boa notícia é que, tanto do lado corporativo, quanto do consumidor, essa é uma pauta prioritária.

Uma pesquisa realizada pela EY sobre as abordagens da cadeia de suprimento sustentável em 525 grandes empresas na Argentina, Brasil, Canadá, México e EUA, descobriu que oito em cada dez executivos da cadeia de suprimentos estão aumentando seus esforços em direção a operações sustentáveis.

Importância das práticas de sustentabilidade

O aumento da relevância do papel do Chief Sustainability Officer, ou diretor de ESG, nas empresas, é mais um indício dessa virada de chave. Um artigo recente da Harvard Business Review comparou a evolução do papel do CSO. Enquanto em 2018 o cargo era carregado de inconsistências e falta de acesso ao poder, hoje esses profissionais ganharam mais autoridade e estão mais envolvidos nas reuniões com investidores.

Do outro lado, os consumidores esperam mais empenho da parte das empresas. Uma pesquisa lançada em 2023 pela Manhattan Associates, em parceria com o Google Cloud e a Zebra Technologies, mostrou a preocupação dos clientes com a seguinte questão: segundo o estudo Unified Commerce Benchmark, apenas 20% dos compradores estão satisfeitos com as práticas de sustentabilidade de seus varejistas preferidos.

Isso mostra que a preocupação com a pauta da sustentabilidade da cadeia de suprimentos não é apenas uma tendência, mas uma necessidade imperativa em um mundo em que questões ambientais e sociais são centrais para consumidores, reguladores e investidores. Neste contexto, a união entre sustentabilidade e tecnologia surge como uma aliança estratégica capaz de impulsionar o progresso e transformar a forma como as empresas conduzem suas operações.

Tecnologias em prol do meio ambiente

Com uma tecnologia de gestão de armazém de última geração é possível, por exemplo:

– minimizar viagens de reabastecimento;

– fazer simulações de cubagem em estágio inicial para planejar necessidades de transporte mais precisas;

– realizar a separação simultânea de pedidos de varejo, atacado e comércio eletrônico para reduzir os caminhos de separação com diferentes locais de entrega, etc.

Esses são apenas alguns dos benefícios de um software pensado para minimizar o desperdício e os impactos ambientais associados.

Outras práticas para a sustentabilidade da cadeia de suprimentos

Além de investir em uma tecnologia que contribua para alcançar metas de sustentabilidade, outras práticas também ajudam nessa missão:

Defina objetivos

Estabeleça metas alinhadas com seus valores e estratégia de negócio. Elas devem ser mensuráveis, com o progresso monitorado e relatado regularmente.

Avalie fornecedores e parceiros

Entidades terceirizadas são uma extensão da sua organização. Avalie os fornecedores com base em suas práticas de sustentabilidade, incluindo impacto ambiental, práticas trabalhistas e direitos humanos.

Implemente práticas sustentáveis

Integre processos em toda a cadeia de suprimentos que reduzam o desperdício e as emissões, promovam a energia renovável e garantam que os trabalhadores sejam tratados de forma justa.

Envolva as partes interessadas

Você deve se conectar com as principais partes interessadas – clientes, colaboradores, fornecedores e comunidades – para entender suas preocupações de sustentabilidade e incorporar suas demandas em suas iniciativas.

Mensure e relate o progresso

Avalie e relate regularmente seu desempenho de sustentabilidade, incluindo o progresso em direção às metas definidas por sua organização.

Em resumo, a sustentabilidade da cadeia de suprimentos não é apenas uma questão ética, mas um impulsionador estratégico para o sucesso empresarial. A sinergia entre diferentes práticas, aliadas à tecnologia de última geração, pode transformar a maneira como as empresas operam, contribuindo para um futuro mais verde e próspero para todos.

O desafio agora é adotar essa abordagem integrada e liderar a mudança rumo a uma cadeia de suprimentos verdadeiramente sustentável.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/uma-abordagem-integrada-para-alcancar-a-sustentabilidade-na-cadeia-de-suprimentos”

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99Food encerra serviço de entrega para restaurantes parceiros e foca em marketplace

Restaurantes e entregadores parceiros têm sido comunicados e apoiados durante essa transição.

O aplicativo de entrega de comida 99Food anunciou o fim do seu serviço de entrega por meio de profissionais parceiros no Brasil, uma mudança importante na sua operação. Agora, a responsabilidade do frete fica com os restaurantes a partir do dia 28 de fevereiro.

Desde o início de sua operação, no final de 2019, o aplicativo oferecia duas opções. Restaurantes podiam escolher se usavam sua própria estrutura de entrega, usando o aplicativo apenas para acesso aos clientes, ou poderiam pagar pelas entregas da rede oferecida pelo 99Food.

“Em busca de um modelo que entregue mais valor para seus parceiros e a própria companhia, a 99 iniciou, em janeiro de 2022, uma transição da 99Food para uma operação focada em marketplace, sem oferecer o serviço de entrega. Restaurantes e entregadores parceiros têm sido devidamente comunicados e apoiados durante essa transição”, afirma a empresa em comunicado.

Segundo a 99, os restaurantes e entregadores parceiros têm sido comunicados e apoiados durante essa transição. “Hoje, parte da operação da 99Food ainda é realizada por meio de seus entregadores parceiros”.

Operações da 99Food
A plataforma de delivery da 99 atuava em 59 cidades brasileiras de 22 estados, com 114 mil restaurantes cadastrados. A empresa também lançou a 99Moto para contribuir com a mobilidade urbana e gerar mais uma oportunidade de ganho para motociclistas parceiros. Este serviço já está disponível em mais de 3 mil municípios.

Além do Brasil, o serviço de delivery era oferecido na Colômbia, Costa Rica, Japão e México. Até o momento, a empresa não forneceu dados atualizados sobre a cobertura atual da operação de delivery.

A 99Foods não foi a primeira a finalizar suas operações no Brasil. Em março de 2022, a Uber deixou de oferecer o serviço de entregas de refeições prontas dentro do app UberEats, no Brasil. A Uber era a segunda maior empresa de delivery de comida do país, atrás do iFood e seguida pelo Rappi.

Fonte : https://startupi.com.br/99food-encerra-servico-de-entrega/

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Magazine Luiza (MGLU3): “Expandir o marketplace será o foco para superar dificuldades em 2022”

O consenso Refinitiv esperava que o Magazine Luiza (MGLU3) entregasse um prejuízo líquido de R$ 16,5 milhões no 4T21. Nesta segunda (14), a varejista divulgou que seu lucro líquido contábil foi de R$ 93 milhões, uma queda de 57,6% na comparação com o 4T20. Com ajustes de valores não recorrentes, o valor caiu para um prejuízo líquido de R$ 79 milhões.

Em entrevista ao Suno Notícias, o vice-presidente de negócios do Magazine Luiza, Eduardo Galanternick, afirmou que o ano de 2021 foi importante para a empresa avançar nas suas estratégias de longo prazo, ainda que o cenário macroeconômico do País tenha sido mais duro e imposto dificuldades.

“Desde 2019, o principal motor do Magalu é o marketplace. Nesses dois anos, as vendas na plataforma quadruplicaram e chegaram a R$ 13 bilhões em 2021. Comparado com 2020, o crescimento foi de 69%. É uma grande conquista e coloca 2021 como um ano importante para a estratégia”, diz Galanternick.

Sobre o prolongamento do cenário de inflação e juros em alta no Brasil, o VP de negócios afirma que o que cabe à empresa é reagir com medidas de curto prazo, como uma análise mais minuciosa sobre o repasse dos preços, o parcelamento de compras sem juros, os subsídios com descontos, entre outros ajustes que buscam mitigar os efeitos e compensar parte das perdas com boas vendas.

Mas o foco da empresa agora, segundo Galanternick, está no avanço da estratégia de longo prazo. “Temos uma visão construtiva para este ano. No segundo semestre vai acontecer a Copa do Mundo, que é um evento importante para as vendas do Magalu. Temos que focar no que está em nossas mãos”, diz.

Embora não tenha aberto os valores, a empresa informou que em fevereiro de 2022, pela primeira vez, as vendas do marketplace do Magalu superaram o faturamento das lojas físicas.

Em 2021, a participação do e-commerce total chegou a 71,5% das vendas totais da varejista. Para 2022, é nessa expansão da plataforma marketplace que o Magazine Luiza vai focar para superar as dificuldades do cenário macroeconômico do país.

Segundo o VP de negócios, o crescimento dos sellers para a aceleração do 3P em conjunto com a estratégia de logística para diminuir os custos e o tempo das entregas é o movimento da empresa para se diferenciar de seus concorrentes.

“Os mesmos diferenciais competitivos do modelo de negócio multicanal que fizeram o Magalu atingir de maneira sustentável a liderança no 1P brasileiro estão sendo utilizados para alavancar nossa operação de 3P. Atualmente, temos mais de 160 mil sellers, a maior parte deles pequenos varejistas locais, que estão integrados à nossa plataforma. Eles vendem absolutamente tudo, de maneira formal e legal″, diz o Magalu em seu balanço financeiro.

Veja os números do balanço do Magazine Luiza

Magazine Luiza está de olho nos pequenos empreendedores

Galanternick destaca que o Magazine Luiza acredita na força dos comércios locais. Mais do que focar em sellers que já estão no ambiente digital, a varejista quer captar aqueles que ainda não fizeram a digitalização dos seus negócios.

“Cidades menores ou mesmo capitais mais distantes ainda impõem desafios de prazos mais longos e cobranças de fretes. Com a captação desses sellers, a empresa consegue aumentar o marketplace e integrar essas vendas aos pontos de logística das lojas físicas”, explica o VP.

Em 2021, os Parceiros Magalu somaram 96 mil varejistas digitalizados, sendo mais de 50 mil deles captados pelas equipes de lojas físicas. Para a empresa, isso significa maior distribuição geográfica e expansão de sortimentos locais.

A varejista já tem mais de 1.481 lojas físicas em diferentes localidades do País e planeja avançar no lançamento de mais unidades ao longo de 2022.  “Nossas lojas são mais do que espaços para entrar e comprar produtos. Hoje elas funcionam como ponto logístico de última milha, ponto de retirada para clientes e também de captação para novos vendedores.”

O “Parceiro Magalu” foi um projeto criado pela empresa no início da pandemia, com o objetivo de ajudar pequenos lojistas analógicos a viabilizar seus negócios no período de lockdown. Desde então, a estratégia cresceu e foi incorporada aos planos de longo prazo da varejista.

A adesão ao marketplace do Magalu por esses pequenos empreendedores disponibiliza para eles sistemas de faturamento, back office, crédito, logística, treinamento, promoção e marketing para o negócio.

Novas fontes de receita do Magalu

Magazine Luiza e KaBuM!. Foto: Divulgação
Magazine Luiza e KaBuM!. Foto: Divulgação

Além das categorias tradicionais do Magazine Luiza, em 2022, a varejista deve focar na expansão de novos negócios. No ano passado, as vendas de produtos de novas categorias representaram 45% das vendas do e-commerce (em termos anualizados), impulsionadas também pelo marketplace.

Entram nessa categoria negócios como Netshoes, Época Cosméticos, KaBuM!, Vip Commerce, entre outros. “Todos os novos negócios vêm gerando resultados positivos, acima das expectativas iniciais, e se mostrando extremamente resilientes às oscilações da economia”, diz a empresa.

A categoria de esportes e moda, com a Netshoes, atingiu uma receita recorde de R$ 5 bilhões em 2021. Já a KaBuM! somou um GMV de R$ 4 bilhões. A categoria beleza, com a Época Cosméticos, arrecadou R$ 1 bilhão em vendas totais, assim como a Vip Commerce.

“Quando a gente olha para esses números, é claro o potencial desse setor não tradicional. Todos eles foram importantes durante o período da pandemia e ganharam tração no ano passado. Agora, vamos olhar para frente, para o longo prazo”, diz o VP de negócios do Magazine Luiza.

Fonte : https://www.suno.com.br/noticias/magazine-luiza-marketplace-vendas-expansao/