Entendendo as estratégias de sucesso no Brasil de Mercado Livre, Amazon, Shopee e Magalu

Estratégias de sucesso dos maiores e-commerces do Brasil.

O mercado de e-commerce no Brasil tem se destacado pela inovação e crescimento acelerado, liderado por gigantes como Mercado Livre, Magazine Luiza, Shopee e Amazon, empresas que adotam estratégias avançadas para se manterem no topo e responder às demandas dos consumidores em um ambiente altamente competitivo. Segundo pesquisas, com mais de 30,4 bilhões de acessos nos últimos 12 meses apenas no Brasil, o e-commerce é um setor que só tende a crescer cada vez mais. Isso reforça a importância de aprender com essas gigantes e aplicar algumas de suas estratégias no seu próprio negócio.

Os principais modelos de e-commerce são:

B2C (Business-to-Consumer): Empresas vendem diretamente para consumidores finais. Ex: Amazon.

B2B (Business-to-Business): Transações entre empresas, como fabricantes vendendo para distribuidores.

C2C (Consumer-to-Consumer): Consumidores vendem para outros consumidores em plataformas como MercadoLivre.

Os maiores do Brasil
1. Mercado Livre

Líder no ranking com 29,4% do web traffic share, o Mercado Livre destaca-se pela diversidade de produtos e confiabilidade. Em 2022, a receita líquida global atingiu US$ 2,6 bilhões, com o Brasil representando 56% dessa receita. A empresa investe em inovações para adaptar-se às mudanças no comportamento do consumidor, oferecendo uma experiência de compra eficiente e transparente.

Principais estratégias:

Adaptação às mudanças no comportamento do consumidor: o Mercado Livre investe continuamente em inovações para replicar a experiência de compra física no ambiente digital, introduzindo funcionalidades que tornam sua plataforma única e atrativa​​
Variedade de produtos: oferece uma ampla gama de produtos, desde itens básicos até eletrônicos e produtos de luxo, atendendo a uma vasta gama de necessidades dos consumidores​​.
Experiência de compra transparente e eficiente: foca em proporcionar uma experiência de compra segura e eficiente, o que solidifica a confiança dos consumidores na plataforma​​.
Crescimento durante a Pandemia: aproveitou o aumento da demanda durante a pandemia, aumentando significativamente sua base de usuários e o volume de vendas​​.

2. Amazon Brasil

A Amazon trouxe sua forte marca global ao mercado brasileiro, capturando 22,3% do web traffic share. Sua estratégia inclui o uso de algoritmos para personalizar sugestões de produtos e criar uma experiência única para cada cliente. Com a expansão dos centros de distribuição no Brasil, a Amazon aprimora a logística e aumenta a oferta de produtos, reforçando sua posição no mercado.

Principais estratégias:

Personalização com algoritmos: utiliza algoritmos para rastrear o comportamento dos usuários e oferecer sugestões de produtos com base nas preferências individuais, criando uma experiência de compra personalizada​​.
Urgência e escassez: cria urgência nas compras através de cronômetros de contagem regressiva e indicações de estoque limitado, incentivando a compra imediata​.
Expansão da logística: aumentou o número de centros de distribuição no Brasil, melhorando a logística e a velocidade de entrega​.
Amazon Prime: oferece benefícios do Amazon Prime, como frete grátis e acesso a conteúdo exclusivo, aumentando a fidelidade dos clientes​.

3. Shopee

Conhecida por suas promoções agressivas e preços competitivos, a Shopee investe em marketing digital e logística para conquistar o público brasileiro. A empresa utiliza estratégias de engajamento, como colaborações com influenciadores e campanhas nas redes sociais, para criar uma comunidade em torno da marca. Em 2023, a Shopee registrou um crescimento de 400% nos pedidos no Brasil.

Principais estratégias:

Promoções e preços competitivos: destaca-se por suas promoções agressivas e preços competitivos, atraindo uma grande base de consumidores​.
Marketing digital e logística: investe pesado em marketing digital e logística para garantir uma experiência de compra satisfatória e rápida​​.
Engajamento com influenciadores: colabora com influenciadores para ampliar seu alcance e engajar o público, criando uma comunidade ativa em torno da marca​ (FashionUnited)​.
Live commerce: realiza transmissões ao vivo para promover produtos e interagir diretamente com os consumidores, aumentando as vendas e a visibilidade da marca​.

4. Magazine Luiza

A transformação digital é a principal estratégia do Magazine Luiza, que integra lojas físicas e online para oferecer uma experiência de compra omnichannel. A empresa investe em comunicação direta com os clientes através das redes sociais e utiliza a assistente virtual “Lu” para humanizar a marca. Em 2022, as vendas do e-commerce alcançaram R$ 43 bilhões, refletindo o sucesso dessa abordagem.

Principais estratégias:

Transformação digital: liderou a transformação digital no varejo brasileiro, integrando lojas físicas e online para oferecer uma experiência de compra omnichannel​.
Assistente virtual “Lu”: criou a assistente virtual “Lu”, que humaniza a marca e interage com os clientes nas redes sociais, proporcionando atendimento personalizado​​.
Engajamento nas redes sociais: utiliza redes sociais como Facebook, Instagram e YouTube para comunicar-se diretamente com os clientes, oferecendo análises de produtos e atualizações sobre promoções​.
Investimento em comunicação direta: foca em comunicação direta e personalizada com os clientes, aproveitando tendências de redes sociais para se destacar​.

Tendências e Inovações
Inteligência Artificial

A IA está transformando o e-commerce, permitindo personalização, automação e análise avançada de dados. Ferramentas como chatbots e assistentes virtuais oferecem atendimento eficiente e personalizado, enquanto a IA ajuda a prever a demanda por produtos e identificar padrões de consumo.

Sustentabilidade

Os consumidores estão cada vez mais exigentes quanto às práticas sustentáveis das empresas. Há uma demanda crescente por transparência nas informações sobre a sustentabilidade dos produtos, influenciando as estratégias de marketing e operações das empresas de e-commerce.

Omnicanalidade

Integrar diferentes canais de venda é essencial para oferecer uma experiência de compra fluida. A omnicanalidade permite que os consumidores comprem onde e como preferirem, seja online ou em lojas físicas, fortalecendo a lealdade à marca.

As estratégias adotadas pelos maiores e-commerces do Brasil demonstram a importância de inovação contínua, personalização da experiência do cliente e eficiência logística. Cada empresa, com suas abordagens únicas, conseguiu não apenas manter-se competitiva, mas também liderar o mercado em um ambiente dinâmico e exigente.

A integração de tecnologia, como inteligência artificial e automação, aliada a uma forte presença digital e engajamento com os consumidores, é fundamental para o sucesso no e-commerce. À medida que o setor continua a evoluir, essas empresas servirão como modelos de adaptação e crescimento, refletindo a capacidade de transformar desafios em oportunidades e de se antecipar às tendências do mercado.

O futuro do e-commerce no Brasil promete ser tão dinâmico quanto seu presente, impulsionado por essas estratégias inovadoras e focadas no cliente.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/entendendo-as-estrategias-de-sucesso-no-brasil-de-mercado-livre-amazon-shopee-e-magalu

Vendas online, CRM e omnicanalidade são as principais áreas de investimento das empresas

As informações são da 6ª edição do estudo “Transformação Digital no Varejo Brasileiro”, desenvolvido pela SBVC em parceria com o OasisLab

Em 2024, as principais áreas de investimento em transformação digital deverão ser as vendas online (foco de 69% dos varejistas entrevistados), CRM (69%) e omnicanalidade (65%). Para o varejo, os maiores benefícios trazidos pelos investimentos em transformação digital são o aumento da receita da empresa (77%) e o engajamento do consumidor (77%).

As informações são da 6ª edição do estudo “Transformação Digital no Varejo Brasileiro”, desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com o OasisLab. A pesquisa mostra que 48% das empresas pretendem investir mais em transformação digital neste ano, sendo que em 46% delas o investimento supera 0,45% do faturamento bruto.

O estudo faz uma radiografia dos investimentos em transformação digital, da automação e treinamento dos funcionários nas empresas do varejo brasileiro, assim como do uso das ferramentas de inteligência artificial nos pontos de venda. Os números mostram que a transformação digital se tornou prioridade estratégica para 63% dos entrevistados.

“A digitalização no varejo e adoção de diversas tecnologias é a realidade dos negócios. A transformação digital passou a ser uma agenda essencial, estratégica e de garantia de competitividade das empresas.”, afirma Eduardo Terra, Presidente da SBVC. 

Embora as principais áreas de investimento em transformação digital sejam e-commerce, omnichannel e experiência do cliente, seu alcance vai muito além. Mais da metade dos varejistas entrevistados estão incorporando a transformação digital às áreas de operações e infraestrutura, enquanto 31% estão investindo em ações na área logística.

Com o avanço da transformação digital dos negócios, também cresce o grau de automação das atividades cotidianas. Atualmente, 32% dos varejistas acreditam estar bastante ou muito automatizados em suas atividades, enquanto 41% se colocam em um estágio mediano nesse processo. “Fornecer serviços melhores, mais rápidos e eficientes se tornou uma necessidade estratégica – e o varejo tem trabalhado forte para dar esse salto de qualidade”, analisa Eduardo Terra.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/30/04/2024/inovacao/vendas-online-crm-e-omnicanalidade-sao-as-principais-areas-de-investimento-das-empresas/”

Mercado Livre gera 27 empregos por hora na América Latina

A companhia já é a principal fonte de renda para mais de 1,8 milhão de famílias na região.

Comparando com o estudo inicial realizado em 2020, observou-se um aumento de 11% no número de micro e pequenos empreendedores na região ao longo de dois anos. Essa expansão resultou na criação de 234 mil novos empregos a partir do ecossistema do Mercado Livre. Além disso, houve uma ampliação significativa do acesso ao crédito, beneficiando mais da metade (51%) dos empreendedores analisados nesta edição da pesquisa.

“Estamos orgulhosos de ver como milhares de pessoas, empreendedores e micro e pequenos negócios crescem ao lado do Mercado Livre. Isso nos motiva a continuar inovando e desenvolvendo novas soluções que geram oportunidades para todo o ecossistema”, afirma Fernando Yunes, vice-presidente sênior de Commerce e líder do Mercado Livre no Brasil.

A pesquisa também revela que 40% dos vendedores obtêm mais da metade de sua renda por meio da plataforma na América Latina. Além disso, 60% do total realizam vendas exclusivamente por meio do comércio eletrônico, e 9 em cada 10 conseguiram expandir para além de suas cidades de origem. Quanto ao perfil dos negócios, o estudo identificou que mais de 73% das micro e pequenas empresas têm caráter familiar, sendo que 1 em cada 5 delas é liderada por mulheres.

Da mesma maneira, ao longo do último ano, uma a cada três micro e pequenas empresas adotou tecnologias que possibilitaram a manutenção ou o aumento do quadro de funcionários na região. O estudo também revela que os empreendedores que realizaram vendas pelo Mercado Livre empregaram, em média, 2,3 milhões de trabalhadores envolvidos em atividades relacionadas à plataforma na América Latina.

Além disso, mais de um quarto das micro e pequenas empresas que comercializam no Mercado Livre geram entre 51% e 99% de sua receita por meio da plataforma, enquanto mais de 7% delas obtêm toda a sua receita no ecossistema da empresa.

Brasil

Dentre todos os países analisados nesta edição do estudo, que inclui Argentina, México, Chile e Colômbia, o Brasil registrou o melhor desempenho em termos de crescimento. Um total de 93,2% das micro e pequenas empresas, com receitas mensais entre R$ 30 mil e R$ 300 mil, conseguiram expandir para além de suas cidades de origem por meio da plataforma, sendo que 7% delas operam em mais de um país.

No cenário brasileiro, 48% dos usuários indicam que o Mercado Pago foi sua primeira experiência com meios de pagamento digital. Além disso, por meio do serviço de publicidade digital sob a marca Mercado Ads, 27,8% das micro e pequenas empresas nacionais pesquisadas realizaram investimentos para fortalecer sua presença de marca na comunidade de vendedores.

“O efeito propulsor do Mercado Livre é grande, quando um empreendedor ou uma micro e pequena empresa ingressa no nosso ecossistema, formado com o Mercado Pago, sua transformação digital acelera, abrindo um novo universo de possibilidades e novas oportunidades de desenvolvimento”, ressalta.

América Latina

Na região, a expansão da cadeia de operações logísticas que atende o Mercado Livre nos países onde opera resultou na criação de mais de 12 mil empregos, contribuindo para um aumento de 8,4% no emprego direto e indireto vinculado à plataforma nos últimos dois anos.

Quanto à adoção de serviços financeiros, a principal motivação para os usuários investirem está relacionada ao aumento das vendas proporcionado pelo uso de meios de pagamento digitais. Notavelmente, 79% dos comerciantes observam uma redução no uso de dinheiro em espécie após a digitalização do pagamento. No cenário físico, o Mercado Pago é a ferramenta escolhida por mais de 95 mil micro e pequenas empresas no ecossistema da América Latina. Desse total, 35% do financiamento solicitado pelos vendedores foi destinado à compra de estoque, enquanto 18% foi utilizado para manter a liquidez do negócio.

  • No México, cerca de 60% das micro e pequenas empresas no ecossistema do Mercado Livre realizam suas vendas exclusivamente por meio do comércio eletrônico, sendo que, em média, 34,9% das vendas têm origem no canal online.
  • Na Argentina, o Mercado Pago serve como ferramenta para mais de 49 mil empreendedores no canal físico, sendo que, para 64,7% dos vendedores, ele foi o primeiro meio de pagamento digital.
  • Na Colômbia, essas empresas aumentaram o número de colaboradores em mais de 13 mil funcionários.
  • No Chile, destaca-se com 33,2% pela maior participação de mulheres como líderes de empresas familiares.

“A aceleração digital gera um novo paradigma em todas as indústrias e, nesse sentido, estamos promovendo novos modelos de negócios baseados no efeito multiplicador e no potencial inclusivo da tecnologia”, conclui Yunes.

‘https://mercadoeconsumo.com.br/06/12/2023/noticias-varejo/mercado-livre-gera-27-empregos-por-hora-na-america-latina/

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IA e eficiência: qual é a fórmula do sucesso?

De acordo com especialista, é primordial que as empresas estejam preparadas para implementar a tecnologia e usufruir de todo o seu potencial.

A inteligência artificial possui uma característica muito interessante quando se pensa a que ela se refere: tem conexão com processamento de dados, em escala e volume, usando modelagem, algoritmos que permitem, a partir desses dados primários, que a própria fonte de informação trabalhada aprenda, interprete e processe com essas fórmulas matemáticas, o que permite a elaboração de novas soluções e respostas, que vão suportar processos diferentes de personalização, automação e gestão. Daí a relação entre IA e eficiência.

Essa capacidade de inteligência artificial de consolidar, com o apoio humano, diferentes fontes de dados, estratégias de negócio, de diferentes fontes que, muitas vezes, vêm de origens que não são triviais para o cérebro processar e com uma rapidez que o ser humano não tem, permitem tirar correlações, novos processos e formas de trabalhar.

Isso faz com que, naturalmente, exista um progresso, uma eficiência enorme em qualquer segmento ou área, seja em backoffice ou e-commerce, por exemplo.

Logo, a inteligência artificial, através dessa capacidade incrível de processamento de dados não estruturados, pode gerar soluções e informações através de painéis visuais muito diferentes, voltados para otimização e eficiência da operação.

IA e eficiência: os benefícios da integração com a otimização de processos e operações

Para Fernando Moulin, partner da Sponsorb, professor e especialista em negócios, transformação digital e experiência do cliente, existem dois pontos fortes relacionando a IA com o mercado.

O primeiro é não depender somente da interação humana e da capacidade de processamento de dados humana, isso porque há restrições que, muitas vezes, se traduzem em custo para as organizações.

“Um exemplo disso é quando você coloca um robô automático, que responde o atendimento com o cliente e aprende com as interações e feedback do mesmo (O que foi bom? O que foi ruim? O que ele acertou? A resposta que não acertou). A partir desse conhecimento, a IA desenvolve, em escala exponencialmente, novas respostas que vão gerar outros feedbacks do cliente. Isso otimiza os processos de atendimento de forma brutal”, coloca.

“O segundo benefício é o custo. Quando falamos de máquina e algoritmo, há um custo mais baixo. Logo, é possível trabalhar em escala, automatizar com personalização e relevância, utilizando de dados em tempo real com um custo mais baixo”, afirma Fernando Moulin.

O sucesso da implementação da IA em termos de eficiência

O partner da Sponsorb, professor e especialista em negócios, transformação digital e experiência do cliente elencou cinco fatores-chave que são essenciais para uma implementação de IA eficaz.

Estudo de caso

Qual o objetivo do negócio em fazer a implementação de uma solução de inteligência artificial, num determinado processo ou área da empresa, em uma certa necessidade ou dor do cliente? Ter um bom caso de estudo é muito importante.

Maturidade organizacional

É necessário avaliar qual a maturidade organizacional da empresa para adotar desse tipo de ferramenta.
Fontes de dados

A companhia deve entender quais são as fontes de dados, quais são os volumes de dados que têm que trabalhar e como estes serão processados.

Aplicação

É fundamental saber onde os dados coletados vão ser aplicados.

Cultural organizacional

Deve-se trabalhar a cultura organizacional para que as pessoas saibam tirar proveito desse tipo de solução e ferramenta.

Como capacitar os colaboradores e obter insights inéditos

Entre as estratégias mais eficazes para capacitar colaboradores a trabalhar em conjunto com sistemas de IA e eficiência, e alcançar resultados excepcionais, para Fernando Moulin, está desmistificar a inteligência artificial, que é o processamento de uma máquina.

Naturalmente, as pessoas se assombram com as possibilidades do ChatGPT e das inteligências artificiais generativas. Entretanto, aquilo também é um algoritmo que processa grandes volumes de dados e, a partir deles, gera respostas automáticas.

“Acredito que a principal estratégia é tirar o medo das pessoas acerca da ferramenta. Depois, ensinar as mesmas a fazer as perguntas corretas (a luz do objetivo e negócio, e da necessidade de uso daquela solução). É importante ter essas questões em mente para conseguir que a ferramenta dê um output correto e, principalmente, ter muita clareza, por parte de quem usa, qual vai ser a aplicação no dia a dia, em que usar, ou não, a inteligência artificial em prol do resultado”, reflete.

Já em relação sobre como a IA pode ser utilizada para analisar grandes volumes de dados e fornecer insights valiosos para tomadas de decisão mais assertivas, o partner da Sponsorb, professor e especialista em negócios, transformação digital e experiência do cliente, relembra os 5 Vs do Big Data:

  • Velocidade;
  • Volume;
  • Valor;
  • Variedade;
  • Veracidade.

“Então, trabalhando isso de uma forma interessante, a inteligência artificial tem uma capacidade de processar diversas fontes de dados, em geral não estruturados e mais complexos, que é o diferencial dessa ferramenta. Porém, ela também pode trabalhar com dados estruturados, como uma planilha Excel”, exemplifica.

Com a característica dos 5 Vs do Big Data, tem-se o volume em escala, a velocidade para rápido processamento, a variedade de fontes de dados muito grande, a veracidade dessa informação ou fonte (é verídica?) e, por fim, o valor da informação (de qualidade e credibilidade?), tendo em mente o que ela vai gerar para o negócio.

“A partir dessas premissas, é possível trabalhar o algoritmo que a gente chama de Machine Learning, que são algoritmos de aprendizado de máquina. Você cria regras de negócio que o próprio processamento da máquina vai receber dessas fontes de dados que comentamos e processar”, frisa Fernando Moulin.

Há algoritmos que fazem com que cada vez que tenha uma interação com esse dado, haja uma resposta. Se a resposta é boa e o feedback positivo, é possível obter uma nova resposta melhorada por meio daquele feedback positivo. Caso o feedback seja negativo, é necessário trabalhar para tornar essa resposta melhor.

Outro caso é pensar em escala ao trabalhar com fonte de dados. Em uma fábrica, por exemplo, com todos os dados das máquinas que estão operando em tempo real e dos processos que estão acontecendo. Ter uma máquina que está processando aquilo, com uma inteligência artificial aplicada, otimizando o seu fluxo de produção e garantindo que o volume produzido seja maior e mais rápido, com melhor propriedade físico-química, é fantástico.

Assim, torna-se viável ter insights que as ferramentas de data analytics provêm, alimentados pela inteligência artificial, que são radicalmente diferentes do que se conseguia ter antes.

A IA pode permear todos os processos dos negócios

É possível usar inteligência artificial como parte da geração de valor, sobre posse de valor, para ganhar tempo no processamento de dados, na interpretação das informações, na descoberta de insights novos, no conhecimento mais aprofundado do cliente, na criação de processos mais eficientes e organizacionais, mas sempre alinhando com o estudo de caso e a necessidade de negócio traz.

“Vale dizer que a inteligência artificial é adaptativa. Então, conforme o mercado muda, o algoritmo vai reprocessando aqueles dados, reinterpretando e gerando novos impulsos e novas soluções. É bem interessante adotar esse tipo de solução para os seus negócios”, finaliza Fernando Moulin.

‘https://www.consumidormoderno.com.br/2023/08/17/ia-e-eficiencia-qual-e-a-formula-do-sucesso/?utm_campaign=cm_news_180823&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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Open Logistics: a transformação digital da indústria logística

Tema será um dos destaques da programação do “Logística do Futuro”, evento promovido pela MundoLogística que será realizado nos dias 29 e 30 de agosto, em São Paulo.

Um estudo realizado pela McKinsey com 124 empresas do Brasil de grande e médio porte em diversos setores apontou que as organizações líderes em maturidade digital no Brasil alcançam uma taxa de crescimento do EBITA até três vezes maior que as demais. Globalmente, os líderes digitais cresceram cinco vezes mais que as demais empresas.

Segundo a pesquisa, essa diferença entre o crescimento dos líderes nacionais e globais deve-se ao fato de que um grande número de empresas que atuam no país se concentrou em usar a tecnologia digital como forma de ganhar eficiência e melhorar a experiência do cliente.

Isso mostra que um mercado cada vez mais globalizado e competitivo, a eficiência logística se torna um fator determinante para o sucesso das empresas. Um artigo publicado pela TD – Transformação Digital, inclusive, aponta que “é um clichê dizer que o mercado se torna mais competitivo a cada ano, mesmo que isso seja verdade”.

No entanto, o artigo questiona se existe espaço para a colaboração entre concorrentes em um ambiente como esse. Conforme a publicação, a resposta é sim e traz o termo “coopetição” para explicar a colaboração entre empresas que disputam um determinado mercado que pode oportunidades de crescimento.

Um exemplo é o Open Logistics, conceito de plataforma online aberta que permite que empresas de diferentes segmentos compartilhem informações, recursos e conhecimentos relacionados à logística. Isso permite as empresas tenham uma visão holística e atualizada de todos os processos logísticos, identificando gargalos, otimizando rotas de transporte, gerenciando estoques de forma eficiente e antecipando demandas futuras.

Em artigo publicado na MundoLogística, Vasco Oliveira, CEO e fundador da nstech, explicou que o conceito propõe a criação de padrões de comunicação entre os softwares. Dessa forma, todas as soluções podem adotar este padrão e a empresa terá as soluções necessárias para que seu negócio funcione de forma integrada e com acompanhamento integral da operação, independentemente da fase do processo (e software) em que seu dado esteja.

“Não há nada pior para uma empresa do que escolher um software ou ser obrigada a permanecer com o atual porque ele já é integrado aos demais. Isso limita os benefícios que a operação terá com a solução. Empresas que adotarem uma plataforma #openlogistics estarão livres desse problema”, afirmou.

Em março, a startup lançou a plataforma baseada em Open Logistics que é aberta a todos os softwares de mercado se integrarem, com mais de 100 soluções conectadas. Uma das ferramentas é o novo portal, uma espécie de marketplace que propõem as melhores soluções que existem no mercado para a operação.

“A plataforma é tudo o que ajuda esse ecossistema transacional. Com padrões e conexões de softwares, ajuda as empresas a trocarem dados, produtos, serviços, entre outros”, ressaltou Vasco Oliveira, em episódio do nstech cast.

Segundo o executivo, foi investido R$ 1,5 bilhão em pesquisa, desenvolvimento e aquisições de novas tecnologias nos últimos anos. Todos os processos e tipos de software do ecossistema logístico foram mapeados.

LOGÍSTICA DO FUTURO

O futuro da logística se mostra mais inclusivo, colaborativo e promissor. A iniciativa está ajudando a transformar a maneira como as empresas encaram a logística, promovendo uma abordagem mais aberta e colaborativa para enfrentar os desafios do setor.

O tema será destaque no evento “Logística do Futuro”, promovido pela MundoLogística, que terá programação focada e debates com executivas e executivos que são referências técnicas do setor.

O evento será realizado em São Paulo nos dias 29 e 30 agosto e, além dos painéis, terá uma feira de negócios com as soluções mais inovadoras do mercado. Para conferir o cronograma e garantir a sua participação, acesse o site: https://logisticadofuturo.com.br/

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A transformação digital levou o cliente para o centro das decisões?

Uma verdadeira transformação digital vai muito além de adotar a tecnologia como ferramenta para melhorar a eficiência de processos já existentes. Ela propõe uma reestruturação mais profunda em que soluções tecnológicas se tornam parte integrante da maneira como a empresa opera.

Isso traz impactos não só nos processos operacionais da companhia, em seu modelo de negócio e na sua cultura organizacional, mas também e principalmente na experiência do cliente.

As mudanças são sentidas e podem ser medidas no CX: segundo uma pesquisa da Altimeter, 30% das empresas que já implantaram a transformação digital aumentaram seu faturamento, 37% tiveram mais engajamento dos consumidores em canais digitais e 32% perceberam crescimento de visitantes em seus sites.

Além disso, para 55% dos grandes agentes da transformação digital, a evolução do comportamento e preferência dos consumidores é um dos grandes catalisadores para este processo.

“Ter o cliente no centro das decisões é um ponto-chave para atingir um diferencial competitivo. Aplicar tecnologia na experiência é onde está a maior oportunidade para a absoluta maioria do mercado corporativo”, fala Edney “Interney” Souza, especialista em inovação e marketing digital e professor em instituições como ESPM e Startse.

Transformação digital é acelerada com novos hábitos dos consumidores

Para o especialista, a digitalização das empresas e de vários aspectos da vida cotidiana, que já vinha acelerada, se intensificou na pandemia. Com essa mudança “forçada”, o consumidor adquiriu novos hábitos. Ele percebeu, por exemplo, que comprar online é mais prático, que trabalhar remotamente economiza tempo de deslocamento e que uma consulta por vídeo é mais fácil que ir ao consultório.

“Como consequência, os consumidores agora exigem de todo tipo de empresa esses recursos, como venda online, entrega via delivery, reunião por vídeo, etc. Assim, elas precisaram acelerar um processo de transformação digital mais horizontal enquanto estão se adaptando a essa realidade”, explica Edney “Interney” Souza.

Um relatório da McKinsey & Company de 2019, que estudou 124 empresas brasileiras de grande e médio porte de diversos setores, demonstrou que o nível de maturidade de transformação digital no Brasil estava próximo ao global, mas que ainda havia grande disparidade entre as empresas pesquisadas.


 

De lá para cá, a maioria das corporações se tornou cada vez mais ciente da importância da digitalização. No entanto, elas continuam diferindo no ritmo em que promovem as mudanças.

Enquanto uma pesquisa da IDC (Internacional Data Corporation) ouviu que 34% de CEOs de duas mil empresas globais acreditam que suas empresas vão estar totalmente transformadas digitalmente dentro de um ano ou menos, um relatório da Progress revelou que 47% das empresas não iniciaram este processo e 59% estão preocupadas de já ser tarde demais para isso.

De acordo com o especialista em inovação e marketing digital, Edney “Interney” Souza, para efetivar a transformação digital, em primeiro lugar as companhias precisam colocar os clientes no centro.

“Para se adaptar e se tornarem competitivas, devem entender as necessidades e expectativas dos clientes na era digital. Depois, devem revisar e, se necessário, alterar seus modelos de negócios para aproveitar as oportunidades oferecidas pela digitalização”, afirma.

Um dos gargalos que ele vê no Brasil é que a maioria das empresas empolgadas com a tecnologia até conseguem melhorar as vendas e atender mais clientes, porém ainda estão vendendo soluções antigas, que talvez o consumidor não queira mais. “É preciso repensar o negócio a partir da perspectiva do novo cliente”, diz.


Cliente no centro exige conhecimento de suas demandas e necessidades

Colocar o cliente no centro no processo de transformação digital, portanto, significa entender o consumidor da era digital, assim como seus novos hábitos, demandas e necessidades. O bom é que a própria digitalização e a crescente disponibilidade de dados facilitam este conhecimento.

Com a correta coleta, organização e análise destes dados, as empresas podem obter insights valiosos sobre o comportamento e as preferências de seus clientes, inclusive permitindo personalizar suas ofertas e a jornada de compra.

Neste sentido, uma pesquisa da Accenture constatou a tendência da demanda por personalização. Segundo o levantamento, pelo menos 75% dos clientes afirmam ter maior probabilidade de comprar de uma empresa que os reconhece pelo nome, conhece seu histórico de compras e recomenda produtos com base nestes dados.

Outro ponto positivo deste cenário de digitalização é que priorizar CX é possível para todo tipo de negócio: “o jogo de experiência funciona para os pequenos, médios e grandes, novos e antigos. Você volta ao lugar que teve uma boa experiência, compra de novo e fica fiel, não importa o tamanho da marca”, acrescenta Edney “Interney” Souza.


Como transformação digital agrega valor ao cliente

O especialista em inovação e marketing digital diz que existem quase infinitas maneiras de agregar valor ao cliente por meio da transformação digital, então o importante é focar na proposta de valor adequada.

Por exemplo, se a empresa quer oferecer conveniência, pode tornar seu produto ou serviço mais simples de usar, acessível e com facilidade de pagamento e entrega. Já se quer se destacar pela exclusividade, pode pensar em personalização no atendimento.

“Para cada proposta existe uma lista de transformações tecnológicas possíveis que aumenta a percepção de valor na perspectiva do cliente. E o passo mais importante é ter clareza sobre qual é a proposta de valor desejada”, comenta.

Ele ainda cita duas empresas globais que utilizaram a transformação digital para melhorar a experiência do cliente, colocá-lo no centro das decisões e agregar valor: Amazon e Netflix.

A primeira tem usado a tecnologia para tornar a experiência de compra online a mais simples e conveniente possível, melhorando a usabilidade das plataformas digitais, aumentando a confiabilidade dos produtos e oferecendo recursos como recomendações personalizadas, revisão de produtos e entrega rápida.

Além disso, a Amazon ainda oferece serviços agregados, como assinaturas gratuitas e descontos em streamings. Na América Latina, o Mercado Livre tem seguido pelo mesmo caminho.

Já a Netflix utiliza algoritmos não só para recomendar e oferecer conteúdo personalizado aos usuários, mas também considera estrategicamente os dados de consumo para determinar em que direção vai expandir seu portfólio, enriquecendo suas produções próprias.

Digitalização atinge 94% dos varejistas do país

A maioria dos varejistas brasileiros têm ao menos um canal de vendas virtual; especialista fala sobre a importância desses canais como fonte de coleta e sistematização de dados

Cada vez mais, as atenções dos empresários brasileiros estão voltadas para a o ambiente virtual, fato que foi comprovado por uma pesquisa desenvolvida pela Totvs. Segundo a análise, 94% dos varejistas têm ao menos um canal de vendas no meio digital, ainda que a maior parte (67%) do faturamento continue vindo de espaços físicos. As lojas on-line, por sua vez, são responsáveis por 14% da receita média, ao passo em que contatos com representante ou telefone respondem por 19%.

Segundo publicação do site Mercado & Consumo, o estudo aponta para o fato de que a maioria dos empreendimentos investiu em canais digitais para garantir melhor proximidade e atendimento, além de fidelizar e conquistar clientes. De forma síncrona, um levantamento da Visa Consulting & Analytics demonstrou que cerca de 70 mil negócios entraram para o comércio eletrônico desde o início da pandemia de Covid-19.

Pedro Ruibal, CEO da Olga – empresa que atua com Inteligência de dados para restaurantes -, destaca que o movimento de digitalização dos canais de venda já existia, porém, a pandemia acelerou este processo.

Ao lado da afirmação de Ruibal, indicativos de um estudo divulgado em dezembro de 2021 pela Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais) também destacam que as circunstâncias em torno da crise sanitária tiveram um papel decisivo na digitalização da economia.

“Uma empresa sem presença digital tende, inevitavelmente, ao desaparecimento. A digitalização das vendas traz benefícios operacionais, mas também permite que as empresas consigam mapear de forma mais consistente a jornada de compra dos consumidores, o que agrega uma gama de novas oportunidades”, afirma Ruibal.

Para ele, os canais digitais são a peça-chave para o desenvolvimento dos negócios e podem funcionar como um meio de coleta e sistematização de dados. “Muitas empresas olham para os canais digitais simplesmente como facilitadores da operação, mas a grande maioria deixa de lado a preocupação com a coleta e gestão dos dados que são produzidos a partir de canais como estes”.

É aí que mora a grande oportunidade, prossegue o especialista. “Canais digitais permitem que as marcas rastreiem. Tanto on-line, como off-line, a jornada de compra dos seus clientes, fazendo com que a empresa os conheça com muito mais profundidade”, complementa o CEO da Olga.

A nível mundial, o e-commerce deve crescer 55,3% nos próximos três anos, segundo estimativa do relatório Global Payments Report, divulgado em março pela Worldpay from FIS. De acordo com a análise, as vendas do gênero no Brasil devem crescer 95% até 2025.

No último ano, as vendas no ambiente virtual avançaram 48% no país em comparação a 2020, mesmo com o avanço da vacinação contra Covid-19, com o término do confinamento e com reabertura do comércio em todos os estados, como mostra o índice MCC-ENET, conduzido pela Neotrust | Movimento Compre & Confie, em colaboração com o Comitê de Métricas da Camara-e.net (Câmara Brasileira da Economia Digital).

Para mais informações, basta acessar: http://olga.tech

Fonte : https://www.terra.com.br/amp/noticias/digitalizacao-atinge-94-dos-varejistas-do-pais,c5bc613534c95c8519dba144159af906rsaujzcd.html

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Google anuncia investimento de US$ 1,2 bilhão na América Latina

O Google vai investir US$ 1,2 bilhão na América Latina para apoiar o desenvolvimento econômico da região através da transformação digital, de acordo com o CEO da companhia, Sundar Pichai, que concedeu uma entrevista exclusiva à Agência Efe na 9ª edição da Cúpula das Américas, que está sendo realizada nesta semana em Los Angeles (EUA).

“Estamos na América Latina desde 2005 e sempre a consideramos uma das regiões mais importantes para nós (…) Mas também vimos como a região foi desproporcionalmente afetada pela pandemia com um quarto das mortes em todo o mundo. Sabemos que há muito o que fazer, o potencial na região é imenso”, disse Pichai.

“Vemos muitos países capazes, que chamamos de ‘digital sprinters’, que investindo efetivamente na economia digital podem impulsionar o crescimento. Eles sabem que temos sido bem sucedidos em colocar o foco nisso em outras partes do mundo e isso tem que ser focado pelo setor privado e pelos governos nas pessoas, infraestrutura, tecnologia e política. Isso é o que impulsiona a transformação digital”, acrescentou.

Pichai também destacou o lançamento do cabo de conectividade submarino Firmina, que ligará a América do Norte à América do Sul através do Atlântico e deverá entrar em operação no próximo ano.

“Quando fazemos estes projetos de infraestrutura de altíssimo nível, realmente nos concentramos nas regiões onde estamos fazendo isso. Então o Firmina, combinado com as regiões onde temos o Google Cloud em Santiago, no Chile, e em São Paulo, no Brasil, tudo isso cria a espinha dorsal para que a economia digital prospere”, destacou.

Essa quantia de US$ 1,2 bilhão, que será investida nos próximos cinco anos, terá como focos: fortalecimento de infraestrutura, desenvolvimento de talentos tecnológicos, ecossistemas para o empreendedorismo e capacitação das comunidades mais vulneráveis.

Parte do compromisso anunciado será concentrado no aumento da equipe de engenharia no Brasil, com atenção especial em áreas essenciais como privacidade e segurança, bem como na criação e desenvolvimento de melhores produtos para a região e o mundo.

Outra quantia significativa será destinada ao treinamento em habilidades digitais, com a concessão de 1 milhão de bolsas de estudo, para impulsionar empregos de qualidade através do programa “Cresça com o Google”, através do qual a empresa já treinou quase 8 milhões de pessoas desde 2017.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/google-investimento-america-latina/

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Para presidente da Dell, falta de mão de obra trava digitalização

Luis Gonçalves, líder da companhia na América Latina, fala também sobre a adoção de tecnologias massivas, 5G e novas demandas no contexto de trabalho híbrido.

De acordo com a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brascomm), o déficit de profissionais de TI no mercado brasileiro deve chegar a 797 mil até 2025. Um grande desafio ainda vivido pela indústria da tecnologia. Neste contexto, segundo Luis Gonçalves, líder da Dell Technologies na América Latina, a falta de profissionais capacitados ainda é um importante desafio a ser vencido pela indústria na região.

“Principalmente neste momento em que vivemos uma nova fase de transformação digital acelerada na sociedade que aumenta a demanda por mão de obra qualificada no setor. Se quisermos usar a TI para acelerar a recuperação da economia e para reduzir a exclusão social, é fundamental o investimento na formação e capacitação”, destaca Luis. Na entrevista a seguir, ele fala à Forbes Brasil sobre adoção de tecnologias massivas, 5G e as novas demandas de tecnologia no contexto de trabalho híbrido.

Forbes Brasil – Esse momento de volta ao escritório e, automaticamente de uma demanda nova por equipamentos, reparos e outras assistências demanda um impacto direto nos negócios da Dell. Quais têm sido esses impactos e como essa volta híbrida afetou de alguma forma a oferta de produtos e serviços?
Luis Gonçalves – As previsões são de que a demanda por soluções tecnológicas tende a se manter aquecida nesse momento de retomada das atividades presenciais. No último ano fiscal, tivemos um dos melhores resultados da história da companhia na América Latina, com crescimento de dois dígitos nas principais linhas de negócio e em mercados-chave como o Brasil, onde seguimos como a marca líder nas vendas de computadores, servidores, storage (armazenamento) e sistemas hiperconvergentes. E agora visualizamos uma mudança nas demandas impulsionadas por essa retomada das atividades híbridas e presenciais. Enquanto nos últimos dois anos houve uma explosão nas vendas de computadores e acessórios para suportar o trabalho e atividades remotas, agora vemos um aumento nas iniciativas associadas à modernização e ampliação da infraestrutura de TI (Tecnologia da Informação) para suportar o aumento exponencial dos dados, fomentado por essa sociedade e economia cada vez mais conectadas. Nesse momento, os governos e as empresas de todos os portes e perfis precisam construir as ‘rodovias’ que vão permitir trafegar, processar, armazenar e tirar inteligência desses dados, de forma cada vez mais eficiente e segura.

FB – O quanto a companhia se adaptou no período de pandemia e, a partir deste contexto de quase volta à normalidade, quais passarão a ser as demandas dos clientes?
Luis Gonçalves – Na pandemia, a TI foi considerada um serviço essencial para a sociedade. Quanto às oportunidades futuras, enxergamos que a chegada do 5G no Brasil e na América Latina deve acelerar ainda mais o processo de transformação digital da economia e da sociedade. Alinhado a isso, a Dell Technologies acredita que quatro grandes tendências em TI devem ganhar força neste ano para suportar essa maior conectividade gerada por uma internet de altíssima velocidade: edge computing (computação de borda), mobilidade privada, gerenciamento de dados e segurança da informação. Para além de 2022, prevemos também o surgimento de aplicações inovadoras na área de computação quântica, uma revolução na indústria automobilística – motivada pelo uso intensivo de dados e sistemas computacionais –, e uma maior interação entre homem e máquina, criando o que chamamos de gêmeos digitais. Nos próximos anos, a tecnologia deve revolucionar a forma como vivemos, trabalhamos, nos relacionamos e aprendemos. E 2022 tende a ser um ano decisivo na história, com a aceleração de inovações e adoção massiva de tecnologias.

Computação quântica é uma das tecnologias na agenda de inovações da Dell

FB – Outro ponto importante da indústria é o déficit de profissionais de tecnologia, sabemos que a Dell possui um esforço em vários sentidos neste tema, mas para os profissionais que estão lendo essa entrevista o que há de oportunidades e desafios?
Luis Gonçalves – A falta de profissionais capacitados representa um importante problema a ser vencido pelo setor de TI no Brasil e na América Latina, principalmente nesse momento de transformação digital acelerada da sociedade e na qual aumenta a demanda por mão de obra qualificada no setor. Se quisermos usar a TI para acelerar a recuperação da economia e para reduzir a exclusão social, é fundamental o investimento na formação e capacitação. A Brascomm estima que o déficit de profissionais de TI no mercado deve chegar a 797 mil até 2025. No caso específico da Dell Technologies, temos investido de forma consistente em uma série de ações, em parceria com universidades, para formação de profissionais em áreas-chave como Big Data e Analytics, a partir dos Centros de Pesquisa e Desenvolvimento – três deles localizados no Brasil. Outro pilar estratégico para formação de profissionais é o Digital Labs, inaugurado no Brasil em 2019, em Eldorado do Sul (RS) e voltado ao desenvolvimento de projetos específicos para transformação digital. A partir desse centro, não só capacitamos profissionais para apoiar o desenvolvimento interno de soluções como preparamos mão de obra qualificada para clientes e parceiros. Eu diria que para quem quer entrar ou se especializar na área de TI, as principais oportunidades estão associadas às áreas de análise de dados. Para isso, é importante não só a formação adequada, mas também entender tendências que possam abrir novas possibilidades de carreira e emprego, que devem surgir a partir do uso intensivo de dados e todas as inovações tecnológicas provenientes dessa tendência.

FB – Falamos também da transformação das funções, fruto, sobretudo de novas tecnologias e dinâmicas de trabalho, de que maneira isso está afetando as posições da indústria e também no caso da Dell como vocês enxergam este contexto?
Luis Gonçalves –Já há alguns anos defendemos que a transformação na força de trabalho representa um dos importantes pilares para essa transformação digital da sociedade. Mas isso depende de investimentos em TI para garantir a produtividade dos colaboradores e ao mesmo tempo para assegurar que os dados das organizações estejam disponíveis para acesso seguro a qualquer hora e local. O que passa pela modernização da infraestrutura e pelo fornecimento dos equipamentos adequados para os colaboradores, combinando mobilidade, conectividade e segurança. Por outro lado, um modelo de trabalho híbrido requer uma atenção ainda maior à cultura organizacional, com um novo olhar sobre os papéis dos gestores e a construção de relacionamentos profissionais pautados pela autonomia e pela ética.

FB – A crise de insumos, dentre elas a de semicondutores, afetou o volume e a dinâmica da Dell? Como você identifica o impacto para a América Latina e quais as perspectivas?
Luis Gonçalves – Sabemos que as cadeias globais de distribuição e de suprimentos passam por um momento desafiador, tanto do ponto de vista da oferta de componentes eletrônicos e semicondutores como também de custos logísticos. E não temos uma previsão de melhora desse cenário no curto prazo. Entretanto, na Dell Technologies temos conseguido reduzir os impactos negativos desse cenário, graças a três principais fatores: o relacionamento de longo prazo com a cadeia de fornecedores; um modelo de atuação muito próximo dos clientes e que nos permite ter uma previsão da demanda com antecedência; e pelo uso intensivo de tecnologias que nos permitem ajustar a operação de forma mais rápida e eficiente. Vale destacar que, mesmo com todos os desafios, no último ano fiscal conseguimos entregar números recordes. E isso só foi possível com a construção de uma cadeia de suprimentos extremamente robusta e integrada. No Brasil, por exemplo, temos uma fábrica própria desde 1999 e que produz mais de 90% de todas as soluções da marca comercializadas no país e que hoje representa uma das mais modernas manufaturas da marca no mundo.

 

Fonte : https://forbes.com.br/forbes-tech/2022/05/para-presidente-da-dell-falta-de-mao-de-obra-trava-digitalizacao/

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Consumidor latino planeja seus gastos e compra em canais diversos, segundo pesquisa da Kantar

Transformação e digitalização dos canais de compras levaram à mudanças do varejo na América Latina.

Nos últimos dois anos, consumidores e canais de compras passaram por um processo de reinvenção para se adequar à nova realidade. De acordo com a 3ª edição do relatório Winning Omnichannel Latam 2022, produzido pela Kantar, o consumidor latino está mais experiente, compra em canais diversos e seu gasto é mais fragmentado.

Novos canais se destacaram, como farmácias e lojas especializadas, além do formato atacarejo, que continua crescendo constantemente na América Latina.

No Brasil, os principais destaques no ano passado foram os canais atacarejo e pequeno varejo de autosserviço, que conquistaram maior número de novos lares. Canais menores e de proximidade também se fortaleceram no segundo ano da pandemia no País, evidenciando que conveniência é fator de escolha do consumidor na hora de comprar.

pequeno varejo de autosserviços conquistou 7,6 milhões de novos lares compradores em relação ao ano pré-pandemia (2019) e hoje representa o maior valor total gasto (23,6%) pelo brasileiro nos canais de compra de bens de consumo massivo. Os canais de super vizinhança também registraram boa performance, alcançando mais 1,8 milhões de domicílios compradores.

Consumidor omnichannel 

O novo comportamento de compra do consumidor exige uma adaptação do varejo, já que ele está em mais canais, atende menos o canal físico e gasta de forma mais planejada. O relatório Winning Omnichannel segmentou os perfis dos consumidores latino-americanos em três grupos de acordo com o número de canais visitados.

O comprador experiente, que consome em oito ou mais estabelecimentos durante o ano, representa 1/3 da população e 40% dos gastos de bens de consumo massivo, ou seja, contribuiu para quase 80% do crescimento pós-covid-19 na América Latina.

Nos últimos 12 meses, a transformação e digitalização dos canais levaram à mudança do varejo na América Latina. Segundo o relatório, as empresas foram forçadas a se adaptar ao modelo “figital”, mix entre os canais físicos e digitais, somado ao omnichannel.

Além disso, apostaram na relação qualidade/preço, proximidade e especialização. Em 2021, o canal atacarejo atingiu seu pico de penetração, ultrapassando a metade da população latino-americana, enquanto super e hipermercados, assim como os tradicionais, continuaram perdendo espaço. Essa perda foi absorvida pelo desenvolvimento acelerado de canais não convencionais, que tiveram forte crescimento nesse novo ambiente.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/05/23/consumidor-latino-planeja-seus-gastos-e-compra-em-canais-diversos-segundo-pesquisa-da-kantar/

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